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  • Agropecuária inicia 2025 gerando 35,7 mil empregos formais

    Agropecuária inicia 2025 gerando 35,7 mil empregos formais

    A economia brasileira criou 137.303 novos postos de trabalho formais em janeiro de 2025, segundo Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O saldo é o resultado de 2.271.611 admissões e de 2.134.308 demissões no mês. Comércio foi o único setor que registrou saldo líquido negativo de empregos, com a redução de 52.417 vagas. Entre os demais setores da economia, Serviços contribuiu com 70.428 vagas, Indústria e Construção com 45.165 e 38.373 empregos, respectivamente.

    A Agropecuária gerou 35.754 novos postos, resultado acima do observado em janeiro de 2024, quando a criação de novas vagas havia sido de 22.485 e muito superior à média histórica dos últimos 20 anos (14.608 vagas).

    Quase todas as regiões brasileiras registram saldo total positivo na criação de vagas em janeiro, exceção apenas para o Nordeste. Na Agropecuária, os maiores saldos foram registrados nas regiões Sul (17.496) e Centro-Oeste (16.920). Sudeste e Norte criaram 3.191 e 322 empregos, respectivamente. A Região Nordeste, por outro lado, registou perda líquida de 2.175 vagas na Agropecuária.

    Quanto ao desempenho estadual, o Rio Grande do Sul registrou a maior criação líquida de postos de trabalho na agropecuária (14.900 postos), liderando entre as 13 unidades federativas que abriram vagas. Destaca-se a atividade de cultivo de maçã no estado, que apresentou saldo líquido positivo de 9.918 empregos. O segundo estado com maior geração de empregos foi Mato Grosso, com 12.094 vagas, seguido de Goiás (3.113) e São Paulo (1.979). Entre os estados com maior perda líquida de empregos, estão Pernambuco, com perda de 1.832 vagas, seguido de Rio Grande do Norte (-620) e Alagoas (-472).

    As atividades agropecuárias que mais contribuíram com a criação de novas vagas de trabalho em janeiro de 2025 foram:

    • Cultivo de Soja: 11.746;
    • Cultivo de Maçã: 9.918;
    • Serviço de Preparação de Terreno, Cultivo e Colheita: 3.299;
    • Cultivo de Uva: 3.067;
    • Produção de Sementes Certificadas, Exceto de Forrageiras para Pasto: 1.107.

     

    As atividades com maior perda líquida no período foram:

    • Cultivo de Laranja: -950;
    • Cultivo de Cana-de-Açúcar: -727;
    • Cultivo de Melão: -444;
    • Criação de Frangos para Corte: -273;
    • Cultivo de Cebola: -259.
  • Valor Bruto da Produção do agro alcançou R$ 1,41 trilhão em janeiro

    O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária referente à safra 2025, com base em janeiro deste ano, alcançou R$ 1,41 trilhão, um aumento de 11% sobre a safra 2024 (R$ 1,27 trilhão).

    Os produtos que tiveram maior aumento foram café (46,1%), mamona (40,5%), cacau (25,0%), amendoim (23,8%), milho (16,7%) e soja (13,4%). As variações negativas mais significativas foram da batata-inglesa (-61,1%), tomate (-20,0%), banana (-9%), trigo (-8,2%) e arroz (-7,2%).

    Na atividade de pecuária, a bovina teve maior evolução (21,8%), seguida por aves (6,5%), suínos (4,6%) e leite (2,2%). Já os ovos tiveram redução de 5,6%, não tendo sido captado, neste período, o recente reajuste nos preços.

    A atividade de lavoura, considerando as 17 culturas levantadas, teve aumento de 11,0%, e a pecuária bovina, suína, frango, leite e ovos, de 10,9%.

    Quanto aos valores da produção, a soja segue tendo a maior participação, respondendo com R$ 341,5 bilhões, seguida do milho com R$ 147,0 bilhões, cana-de-açúcar com R$ 121,6 bilhões e café com R$ 116,4 bilhões. Esses quatro produtos somados representaram 51,8% do total do VBP apurado.

    Na pecuária, a bovinocultura responde por R$ 206,1 bilhões, avicultura R$ 113,0 bilhões e leite R$ 69,3 bilhões, sendo que a bovinocultura representou 14,6% do total do VBP.

    O fator mais relevante no resultado deste levantamento, para os seis principais produtos que tiveram aumento na participação do VBP, foi o crescimento no preço para café, cacau e milho e o aumento na produção para mamona, amendoim e soja. Na pecuária, o aumento de preço foi o fator mais relevante, exceto para ovos, cujos preços deflacionados tiveram queda de 5,6%.

    O Valor Bruto da Produção é calculado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola do Mapa, representando o faturamento bruto na propriedade rural, com base na produção informada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e nos preços vigentes no período, levantados pela Conab e pelo Cepea/Esalq, deflacionados pelo IGP-DI da FGV, com base em janeiro de 2025.

  • Empregos formais: Agropecuária mantém saldo positivo pelo 8º ano consecutivo

    Empregos formais: Agropecuária mantém saldo positivo pelo 8º ano consecutivo

    O Brasil registrou a criação líquida de 1.693.673 empregos formais em 2024, conforme os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) divulgados esta semana. O saldo positivo foi resultado de 25.567.248 admissões contra 23.873.575 desligamentos. O setor de Serviços liderou a geração de empregos, com 929.002 novas vagas, seguido por Comércio (336.110), Indústria (306.889), Construção (110.921) e Agropecuária (10.808).

    A Agropecuária manteve saldo positivo pelo oitavo ano consecutivo, apesar de ter registrado um crescimento menor em comparação com 2023, quando o setor gerou 35.182 postos de trabalho. A última vez que a atividade apresentou saldo negativo foi em 2016, com redução de 14,2 mil vagas.

    No recorte regional, todas as 27 Unidades Federativas registraram saldo positivo de empregos. São Paulo liderou, com 459.371 novas vagas, seguido por Rio de Janeiro (145.240) e Minas Gerais (139.503). O Sudeste foi a região que mais gerou empregos (779.170), seguido pelo Nordeste (330.901), Sul (297.955), Centro-Oeste (137.327) e Norte (115.051).

    No setor agropecuário, a geração de empregos foi impulsionada pelo Centro-Oeste (23.526) e Nordeste (5.260). Em contrapartida, as regiões Sudeste (-17.615), Norte (-2.950) e Sul (-709) registraram perda líquida de vagas no setor. Entre os estados, Mato Grosso do Sul liderou a criação de empregos agropecuários (2.359), seguido por Bahia (2.123) e Ceará (2.084). Já São Paulo registrou a maior redução, com perda de 14.177 postos de trabalho, seguido pelo Pará (-2.479), Minas Gerais (-2.421) e Mato Grosso (-1.031).

    Entre as atividades agropecuárias que mais contribuíram para a criação de empregos em 2024, destacaram-se a produção de ovos (3.037 novas vagas), cultivo de soja (2.431) e atividades de apoio à produção florestal (1.977). Por outro lado, houve maior perda líquida de postos de trabalho em atividades de apoio à agricultura (-4.950), cultivo de laranja (-3.843) e cultivo de dendê (-2.504).

  • Lula sanciona lei sobre uso de bioinsumos na agropecuária

    Lula sanciona lei sobre uso de bioinsumos na agropecuária

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que dispõe sobre o uso de bioinsumos na agropecuária. A Lei 15.070/2024, que havia sido aprovada pelo Senado Federal no início de dezembro, foi publicada na edição desta terça-feira (24) do Diário Oficial da União.

    Segundo a lei, bioinsumos são itens ou processos de origem biológica usados na produção, beneficiamento ou armazenamento de produtos agropecuários, de produção aquática ou de florestas plantadas.

    Esses insumos podem ser usados em cultivos e criações, para auxiliar no seu crescimento e no combate a pragas e doenças, sendo uma alternativa mais saudável e sustentável do que insumos de base química usados tradicionalmente na agropecuária.

    O texto dispõe sobre a produção, a importação, a exportação, o registro, a comercialização, o uso, a inspeção e a fiscalização dos bioinsumos. Também versa sobre a pesquisa, a embalagem, a propaganda, o transporte, o armazenamento, as taxas, a prestação de serviços, a destinação de resíduos e embalagens e os incentivos à produção.

    Relator do então projeto de lei no Senado, o senador Jaques Wagner (PT-BA) comemorou a sanção do texto e afirmou, em suas redes sociais, que os bioinsumos permitem a produção de alimentos mais saudáveis.

    “Esta lei é fruto de um debate profundo, democrático e, acima de tudo, de uma construção coletiva que privilegia a desconcentração dos mercados, o fortalecimento da economia regional e a produção associada. Com ela, ganham as ciências agrárias, as ciências biológicas e a saúde de toda a população, com alimentos mais saudáveis. Ganham também os produtores, os trabalhadores rurais, o meio ambiente e, claro, as famílias consumidoras”, afirmou o senador.

  • VBP da agropecuária deve recuar 1,9% em 2024, mesmo com leve melhora em alguns preços

    VBP da agropecuária deve recuar 1,9% em 2024, mesmo com leve melhora em alguns preços

    O Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária deve atingir R$ 1,29 trilhão em 2024, valor 1,9% abaixo do resultado do ano passado. O VBP corresponde ao faturamento bruto dentro dos estabelecimentos rurais, considerando as produções agrícolas e pecuárias, com base na média dos preços recebidos pelos produtores de todo o país.

    Para a agricultura, as tendências de preço e de produção seguiram relativamente estáveis em relação aos meses anteriores.

    A soja, cultura com maior participação no VBP agrícola (38,0%) segue registrando queda nos preços (-11,7%), acompanhada pela queda produção, que registrou baixa de 4,5%, com isso, a projeção do VBP da oleaginosa é de recuo de 15,7% em 2024.

    O milho, segunda cultura com maior participação na agricultura (14,4%), também registra queda nos preços (-7,5%) e na produção (-12,3%) gerando uma retração de 18,9% no VBP dessa cultura.

    Por outro lado, a cana-de-açúcar, que possui terceira maior participação na agricultura (12,0%), registrou alta de 4,6% nos preços e baixa de 1,24% na produção, com o bom resultado para os preços, espera-se um crescimento de 3,3% no VBP.

    Nesse contexto, o VBP estimado da agricultura é de R$ 856,0 bilhões em 2024, o que representa uma retração de 4,0% em relação ao registrado em 2023.

    Na pecuária, a previsão de aumento de 6,6% na produção mantém a pressão sobre os preços da carne bovina, que segue com projeção de queda de 6,0%. A carne bovina representa quase metade do VPB da pecuária (44,6%), e, na previsão atual, é esperado um aumento de 0,3% em seu VBP. A pecuária leitera, que representa 21,5% do VBP da pecuária, registrou alta de 3,3% nos preços e crescimento de 0,4% na produção. Com esse cenário, espera-se que o VBP do segmento pecuário atinja R$ 431,257 bilhões, 2,5% maior em comparação a 2023.

  • Índice de Commodities do Brasil registra crescimento em 2024, impulsionado pela agropecuária

    Índice de Commodities do Brasil registra crescimento em 2024, impulsionado pela agropecuária

    O Índice de Commodities do Brasil (IC-Br) registrou um aumento significativo entre 2023 e 2024, impulsionado principalmente pelo setor agropecuário. Esse índice, que mede a média mensal dos preços das commodities exportadas pelo país, é composto por três subíndices: agropecuária, metais e energia. No período de agosto de 2023 a agosto de 2024, o índice geral teve uma alta de 12,69%, enquanto o subíndice da agropecuária subiu 10,93%, refletindo a importância deste setor na economia nacional.

    A alta nos preços das commodities agropecuárias foi atribuída a dois fatores internos principais. Primeiro, o aumento da taxa de câmbio influenciou diretamente as cotações de preços no mercado internacional, tornando as exportações brasileiras mais competitivas. Além disso, a oferta reduzida de milho e soja, duas das principais commodities do país, também contribuiu para a elevação dos preços. Essa diminuição na oferta foi causada por questões climáticas adversas que afetaram a safra de 2023, resultando em maior demanda e consequente aumento nos preços.

    Apesar da tendência de alta observada durante o ano, o cenário começou a mudar em agosto de 2024, quando o índice composto apresentou sinais de recuo. Essa inversão indica que, após um período de valorização acentuada, os preços das commodities podem estar se estabilizando, refletindo um possível ajuste nas condições de oferta e demanda. Mesmo assim, o crescimento do IC-Br ao longo do último ano reafirma o peso da agropecuária nas exportações brasileiras e sua sensibilidade a fatores econômicos e climáticos.

  • Líderes internacionais falam sobre segurança alimentar e sustentabilidade no FIAP, em Cuiabá (MT)

    Líderes internacionais falam sobre segurança alimentar e sustentabilidade no FIAP, em Cuiabá (MT)

    Um dos momentos mais esperados do FIAP 2024 – Fórum Internacional de Agropecuária, que aconteceu nesta segunda-feira (9), em Cuiabá (MT), foi o painel internacional, que reuniu lideranças da União Europeia, Estados Unidos, Japão e Mercosul para discutir a segurança alimentar e os desafios climáticos.

    Na abertura do painel, o Conselheiro da União Europeia no Brasil, Laurent Javaudin, falou sobre o “Green Deal”, o Pacto Ecológico Europeu, que apresenta uma série de medidas sociais e comerciais a fim de alcançar a neutralidade climática e o combate à fome. Laurent explicou que trata-se de uma legislação que está sendo implementada inicialmente para os produtores europeus e que, posteriormente, será exigida dos países exportadores. “Também estamos investindo na preservação da biodiversidade, no bem-estar animal e  na produção sustentável”, disse. O conselheiro ainda elogiou os avanços do Brasil nos últimos 50 anos:  “Se não fossem vocês, essa discussão sobre segurança alimentar seria muito mais difícil”, afirmou.

    O líder europeu convocou o Brasil a se juntar à União Europeia como parceiro estratégico para garantir o sucesso da legislação do Green Deal. “Ninguém quer interferir no Código Florestal, o que vai acontecer no Brasil será decidido por brasileiros. Mas não podemos falar de medidas unilaterais quando estamos tratando de questões globais”, destacou, apontando que esse regramento foi criado para países que não possuem Código Florestal ou mesmo cadastro ambiental.

    O discurso de cooperação também foi adotado pelo Adido Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Frederick Giles. Ele ressaltou a importância da parceria entre a Universidade da Flórida e a Embrapa em estudos sobre bioinsumos para a promoção de meios de produção mais sustentáveis para o mundo. “Queremos nos unir ao Brasil para fortalecer o planeta e superar esses desafios”, afirmou o executivo.

    Intitulado “Novas regras e modelos  para garantir a segurança alimentar do planeta”, o painel trouxe ainda a participação do representante do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e coordenador do Conselho Agropecuário do Mercosul, Gabriel Delgado, que destacou números da fome e da desnutrição no mundo e defendeu a engenharia genética para conseguir saltos produtivos.

    Participaram também da atividade o Adido Agrícola do Chile, Ricardo Moyano, falando sobre a inclusão de atores como povos originários e mulheres no pacto de segurança alimentar; a diretora de assuntos multilaterais do Ministério da Agricultura do Japão, Ritsuko Yoneda, que demonstrou preocupação com o tema, uma vez que o seu país importa ⅔ da comida que consome; e do Gerente de Agronegócio da Apex, Laudemir Muller. Segundo ele, o Brasil é o único país que consegue contribuir simultaneamente para os quatro principais desafios globais da atualidade: produção de alimentos, energia limpa, captura de carbono e enfrentamento às mudanças climáticas.

  • Prejuízos com queimadas em SP passam de R$ 1 bilhão, diz governo

    Prejuízos com queimadas em SP passam de R$ 1 bilhão, diz governo

    A pecuária, a cana-de-açúcar, a fruticultura, a heveicultura (cultivo de seringueiras) e a apicultura foram os setores da agropecuária paulista que mais tiveram perdas com as queimadas registradas na última semana no estado de São Paulo. Os dados, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do estado, mostram que os prejuízos de toda a agropecuária paulista ultrapassam R$ 1 bilhão.

    “As queimadas provocaram prejuízos de mais de R$ 1 bilhão ao agro paulista, com a queima de lavouras, pastagens e até morte de animais, conforme levantamento da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo”, destacou a pasta em comunicado.

    A secretaria destacou que a Defesa Civil do estado manteve 22 áreas do estado em alerta para queimadas mesmo com a chegada de uma frente fria que trouxe chuva e derrubou as temperaturas na Região Sudeste.

    Permanecem em alerta as regiões dos municípios de Andradina, Araçatuba, Assis, Barretos, Bauru, Campinas, Campos do Jordão, Franca, Guaratinguetá, Iperó, Itapeva, Jales, Jaú, Jundiaí, Marília, Ourinhos, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, Sorocaba, e Votuporanga.

    A SAA informou ainda que disponibilizou R$110 milhões para os produtores rurais paulistas afetados pelo fogo por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP). Para ter acesso ao crédito, o produtor deverá procurar a Casa da Agricultura de seu município.

    Edição: Carolina Pimentel

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  • Mais dois casos de suspeita de doença de Newcastle deram negativo para detecção do vírus

    Mais dois casos de suspeita de doença de Newcastle deram negativo para detecção do vírus

    Nesta quarta-feira (24), duas novas análises de casos suspeitos na zona de proteção contra a doença de Newcastle (DNC) revelaram resultado negativo para o vírus.

    Desta forma, o único caso confirmado ocorreu em um estabelecimento de avicultura comercial de corte, localizado no município gaúcho de Anta Gorda, no Vale do Taquari, em 17 de julho.

    “Os resultados negativos reforçam que o foco confirmado se trata de um evento sanitário isolado e que não há sinais de propagação no entorno da granja comercial onde o vírus foi identificado”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

    As análises de casos suspeitos são realizadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como laboratório de referência internacional para o diagnóstico da DNC.

    Equipe do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e da defesa agropecuária estadual seguem a campo no local afetado aplicando as ações do Plano de Contingência para a doença, entre elas a investigação epidemiológica em raio de 10km ao redor da área de ocorrência do foco confirmado.

    Na granja comercial onde ocorreu o foco foram realizados os abates e enterro dos demais animais e o início do processo de limpeza e desinfecção do local, conforme determina o protocolo sanitário.

    Emergência zoosanitária

    Também nesta quarta-feira (24), foi publicada, em edição extra do Diário Oficial da União, a redução da abrangência da área de emergência zoossanitária no estado do Rio Grande do Sul para os municípios de Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilopolis e Relvado.

    O Mapa ressalta ainda que, até o momento, não foram identificadas suspeitas de novos focos para a DNC, nas 443 propriedades visitadas, incluindo a totalidade de alojamentos de produção avícola comercial localizados na área de perifoco.

    “A agilidade com que nossa equipe tem trabalhado é de extrema importância para voltarmos a normalidade das nossas exportações de frango”, reforçou Fávaro.

    A população não deve se preocupar e pode continuar consumindo carne de frango e ovos, inclusive da própria região afetada. O Mapa reforça que o consumo de produtos avícolas inspecionados pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) permanecem seguros e sem contraindicações.

    Exportações

    Após a redução da abrangência da área de emergência zoossanitária, o Mapa também atualizou as áreas de suspensão da certificação temporária para exportações de carnes de aves e seus produtos.

    China, Argentina e México seguem com as restrições de exportação para todo Brasil. Já em relação ao estado do Rio Grande do Sul, segue apenas Bolívia, Chile, Cuba, Peru e Uruguai.

    Para os protocolos sanitários, baseados em zona de restrição ou raio afetado estão países como África do Sul, Albânia, Arábia Saudita, Canadá, Cazaquistão, Coreia do Sul, Egito, Filipinas, Hong Kong, Índia, Israel, Japão, Jordânia, Kosovo, Macedônia, Marrocos, Maurício, Mianmar, Montenegro, Namíbia, Paquistão, Polinésia Francesa, Reino Unido, República Dominicana, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan, Tadjiquistão, Timor Leste, Ucrânia, União Europeia, União Econômica Euroasiática, Vanuatu e Vietnã.

    O Mapa ressalta que as regras de suspensão são revisadas diariamente, tendo em vista as tratativas em curso com os países parceiros, nas quais são apresentadas todas as ações que estão sendo executadas para erradicar o foco.

    Doença de Newcastle

    A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral que afeta aves domésticas e silvestres, causando sinais respiratórios, frequentemente seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça nestes animais.

    De notificação obrigatória para a Organização Mundial de Saúde Animal, ela é causada pela infecção por vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), virulento em aves de produção comercial.

    Os últimos casos confirmados no Brasil ocorreram em 2006 e em aves de subsistência, nos estados de Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

  • Preços do boi gordo mostram maior dispersão na virada do semestre

    Preços do boi gordo mostram maior dispersão na virada do semestre

    Após uma série de quedas ao longo da primeira metade do ano, os preços do boi gordo coletados pelo Cepea estão apresentando maior dispersão neste início de segundo semestre. Pesquisadores do Cepea indicam que os agentes do mercado estão buscando valores que se ajustem melhor às condições atuais, marcadas por mudanças na oferta e demanda.

    Os levantamentos do Cepea revelam uma redução significativa na oferta de animais a pasto para abate, enquanto os lotes de confinamento estão cada vez mais presentes no preenchimento das escalas. Este cenário aponta para uma alteração na dinâmica do mercado, exigindo maior atenção dos envolvidos na cadeia produtiva.

    Para os próximos meses, os pesquisadores do Cepea recomendam uma análise cuidadosa das estimativas de volumes de animais confinados, além de considerar as previsões climáticas e as tendências das exportações. O inverno, influenciado pelo fenômeno La Niña, trará tempo seco e temperaturas acima da média, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, resultando em uma oferta limitada de pastagens.

    Por outro lado, as exportações de carne bovina brasileira tendem a se intensificar no segundo semestre. Os embarques, que já vêm registrando sucessivos recordes nos últimos meses, devem se manter em níveis elevados, impulsionados pela valorização recente do dólar. Esse fator é crucial para manter a competitividade da carne brasileira no mercado internacional, compensando, em parte, os desafios enfrentados no mercado doméstico.

    Diante deste cenário, a indústria pecuária deve se preparar para um período de ajustes e estratégias diferenciadas para lidar com as condições variáveis de oferta e demanda, além de maximizar as oportunidades no mercado externo.