Tag: agronegócio

  • Gestão financeira e aquisição de crédito nas mãos do pecuarista

    Gestão financeira e aquisição de crédito nas mãos do pecuarista

    Há algum tempo, a agropecuária brasileira extrapolou as porteiras do mercado físico para o mercado digital. Investimento, contratação de crédito, gestão de pagamentos e recebíveis são realizados pelo celular, facilitando a gestão dos negócios e ampliando a rentabilidade. Um exemplo disso são as operações de crédito realizadas no mercado financeiro, de acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os produtores movimentaram R$ 61 bilhões dos R$ 141 bilhões operacionalizados em captação de direitos creditórios do agronegócio (instrumento utilizado como lastro na estruturação de CRA – Certificados de Recebíveis do Agronegócio).

    Além do acesso a novos mercados, as ferramentas facilitam a gestão financeira dos negócios, reduzindo o tempo de trabalho e os custos operacionais. Na pecuária, as plataformas de gestão financeira permitem ao produtor gerenciar o pagamento de parcelas de leilões, acompanhar o recebimento das prestações ou antecipar recebíveis.

    O CEO da eruralpay, Matheus Ladeia, explica que a plataforma, desenvolvida pelo grupo erural, leva para a mão do produtor, serviços que muitas vezes eram realizados por bancos ou operadores de crédito. O objetivo é auxiliar o produtor e reduzir os custos dessas operações. “O gerenciador permite ao cliente novas aquisições, realizar um investimento, aumentar o rebanho, comprar insumos, ou mesmo um trator, por meio da antecipação de crédito no eruralpay”, explica Ladeia.

    Os recursos disponibilizados, segundo Ladeia, geralmente vêm de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs) operados por gestores parceiros. “É um serviço de conexão, uma conexão mais profunda, porque se o produtor fosse contratar diretamente do fundo de investimento, poderia pagar um juro muito alto. A plataforma direciona o produtor para o melhor produto disponível, de acordo com as margens e prazos disponíveis”.

    O empresário Alfredo Cardoso, que trabalha com produção e melhoramento genético de gado da raça Nelore PO na Fazenda Galopeira, em Conceição do Araguaia (PA), conta que a ferramenta facilitou uma série de afazeres que acabavam tomando muito tempo. Mesmo com pouco tempo de uso – ele usa o eruralpay desde julho deste ano -, considera que o resultado é bastante positivo. Antes, explica o criador, havia uma pessoa responsável por controlar os recebimentos e pagamentos.

    “Centralizei tudo na eruralpay. É uma ferramenta viável, muito boa para trabalhar porque libera muito tempo. A questão do recebimento é um problema a menos para a gente. Facilita muito. Estou gostando”, diz Alfredo. Segundo ele, hoje é muito tranquilo obter extratos de transações, toda vez que um cliente atrasa é enviado um comunicado, assim como em relação aos pagamentos que precisa efetuar.

    Serviços

     A plataforma erural, maior marketplace da pecuária brasileira (erural.net), depois de ouvir os anseios de seus clientes, desenvolveu a eruralpay para realização do controle de pagamentos e recebimentos e a obtenção de recursos para investimento de forma rápida e assertiva. Em operação desde o ano passado, o gestor já movimentou R$ 20 milhões em operações financeiras.

    A tecnologia eruralpay, de acordo com Matheus Ladeia, foi criada levando em conta as características dos negócios realizados, onde muitas vezes são adquiridos vários animais, em 30 a 40 parcelas. “A pessoa acaba esquecendo o que está pagando, não sabe quanto pagou, paga a mais. Então criamos um serviço que manda notificações alertando para o dia do vencimento, quantas parcelas foram pagas e quantas faltam”, cita.

    Já no caso de quem vende, o eruralpay faz a gestão desse recebível emitindo e enviando boletos, alertando as pessoas que estão inadimplentes. “Ele tem um ambiente digital onde o comprador consegue ver todos os boletos e o status e pagamento. E o fornecedor consegue ter a visão financeira de sua fazenda”, destaca Ladeia. O desenvolvedor lembra que se trata de um mercado onde produtores ainda trabalham a pecuária no próprio CPF. “A legislação brasileira permite isso, só que acaba causando um problema, porque as contas ficam todas misturadas e a pessoa não tem uma gestão financeira tão eficiente”.

    Além disso, um outro serviço importante que o eruralpay realiza é auxiliar o produtor com crédito. Muitas vezes ele tem dinheiro a receber, mas como o prazo de pagamento costuma ser longo no ramo da pecuária, se estendendo por anos, não consegue dispor de grandes volumes em curto espaço de tempo. A eruralpay vai permitir que o pecuarista antecipe o recurso com as melhores taxas disponíveis.

  • Governador afirma que déficit de armazenagem e seguro agrícola são principais desafios para o agro em MT

    Governador afirma que déficit de armazenagem e seguro agrícola são principais desafios para o agro em MT

    O governador Mauro Mendes alertou sobre os desafios do agronegócio brasileiro durante sua participação no painel “Agricultura e Meio Ambiente”, no Lide Brazil Conference, em Londres, nesta terça-feira (29.10).

    Mauro Mendes reconheceu que Mato Grosso, apesar de ser um gigante no agronegócio, ainda tem gargalos para poder alcançar todo seu potencial.

    “Mato Grosso lidera o agronegócio brasileiro, com o maior PIB agrícola e o maior valor bruto da produção. Nos últimos anos, investimos fortemente em infraestrutura, mas ainda enfrentamos desafios como a falta de armazéns para grãos e a ausência de um seguro agrícola robusto. Precisamos de um esforço conjunto para superar esses obstáculos”, afirmou.

    O governador ressaltou a importância do agronegócio para a economia brasileira, e chamou a atenção para os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

    “Se tivermos um problema mais sério no clima do nosso país, e isso afetar de maneira mais substancial o agronegócio brasileiro, pode trazer graves consequências à economia do país. Todos conhecemos a importância que ele tem no saldo da balança comercial, nas importações, nas exportações do nosso país, e isso poderia ser traumático para a estabilidade da nossa moeda e da própria economia brasileira”, apontou.

    Mauro Mendes também enfatizou os investimentos do Governo do Estado em infraestrutura rodoviária, citando a BR-163 como um exemplo de sucesso.

    “Hoje temos a maior obra de infraestrutura do país, a duplicação da BR-163. Essa importante rodovia, antes sob concessão federal e sem investimentos, agora está sendo revitalizada com recursos do governo estadual. Em uma iniciativa inédita, assumimos a concessão e estamos investindo pesado para melhorar o escoamento de grãos, a expansão da produção agrícola e o desenvolvimento do estado”, completou.

    Durante sua palestra, o governador destacou a construção da primeira Ferrovia Estadual de Mato Grosso. O modal, viabilizado pelo Governo do Estado e que está sendo construído pela empresa Rumo, é a primeira ferrovia estadual do país. A obra, que já está em andamento, terá 743 km de extensão e interligará os municípios de Rondonópolis a Cuiabá, e, em outro trecho, Rondonópolis a Nova Mutum e Lucas do Rio Verde.

    Também participaram do painel o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco; o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel; a co-presidente do International Resource Panel da ONU e conselheira emérita do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), Izabella Teixeira; o embaixador da FAO para o Cooperativismo, Roberto Rodrigues; e a diretora Global de Relações Corporativas da Suzano, Mariana Lisboa.

    Fonte: Secretaria de Comunicação de Mato Grosso

  • Inauguração do Instituto Luverdense de Inovação Green Hub marca nova fase de desenvolvimento tecnológico em Lucas do Rio Verde

    Inauguração do Instituto Luverdense de Inovação Green Hub marca nova fase de desenvolvimento tecnológico em Lucas do Rio Verde

    Na noite desta segunda-feira (28), Lucas do Rio Verde deu um importante passo em direção ao futuro com a inauguração oficial da sede do Instituto Luverdense de Inovação Green Hub. O evento, que reuniu autoridades, empresários e representantes do setor de tecnologia e inovação, marca a consolidação do município como um centro estratégico para o desenvolvimento de soluções tecnológicas voltadas à sustentabilidade e ao agronegócio.

    O Instituto Green Hub é uma iniciativa pioneira na região, com foco em promover a integração entre o conhecimento acadêmico, o setor produtivo e o desenvolvimento de tecnologias inovadoras. A proposta do instituto é fomentar startups, parcerias com universidades, e promover o desenvolvimento de pesquisas que possam contribuir diretamente para o crescimento sustentável de Lucas do Rio Verde e de todo o Mato Grosso.

    Durante a cerimônia, o prefeito do município, Miguel Vaz, destacou a importância da inauguração do Green Hub para a diversificação econômica local. “Este espaço será fundamental para o desenvolvimento de soluções que não só atendam as demandas do agronegócio, mas que também nos projetem em setores como a tecnologia verde e a inovação digital”, afirmou.

    A sede do Instituto conta com infraestrutura moderna e laboratórios equipados para abrigar projetos de pesquisa e desenvolvimento nas áreas de tecnologia da informação, biotecnologia, automação e energias renováveis. Empresas do setor privado, tanto de Lucas do Rio Verde quanto de outras regiões, já estão estabelecendo parcerias com o Green Hub para alavancar seus projetos e acelerar a inovação no campo.

    A inauguração também contou com palestras de especialistas em inovação e sustentabilidade, que ressaltaram o papel das novas tecnologias na transformação do agronegócio e na busca por soluções sustentáveis. O evento foi considerado um marco para o desenvolvimento tecnológico de Lucas do Rio Verde, que, com a criação do Green Hub, se consolida como um polo de inovação no Brasil.

  • Cooperativas de Mato Grosso demonstram otimismo, mesmo com desafios econômicos

    Cooperativas de Mato Grosso demonstram otimismo, mesmo com desafios econômicos

    Um novo estudo do Observatório do Cooperativismo de Mato Grosso revela um cenário de confiança e adaptação das cooperativas do estado. O 9º Índice de Confiança das Cooperativas de Mato Grosso (IC.COOP/MT) indica um crescimento do otimismo no setor, apesar dos desafios impostos pela economia, como a alta da taxa Selic e a reforma tributária.

    O levantamento, realizado pelo Sistema OCB/MT, aponta que as cooperativas agropecuárias, em especial, demonstram expectativas positivas para a próxima safra. A pesquisa também destaca a importância da taxa Selic para as decisões de investimento e financiamento das cooperativas, e como o acompanhamento desse indicador é fundamental para a gestão financeira das empresas.

    O estudo é realizado trimestralmente e abrange todos os ramos do cooperativismo em Mato Grosso. Os dados são coletados por meio de questionários aplicados às cooperativas filiadas à OCB/MT, permitindo uma análise detalhada do cenário e das perspectivas do setor.

  • Oferta recorde global e estoques elevados pressionam cotações da soja no Brasil

    Oferta recorde global e estoques elevados pressionam cotações da soja no Brasil

    A combinação de uma oferta global recorde e estoques elevados tem pressionado as cotações da soja no mercado spot brasileiro, de acordo com levantamentos do Cepea. Apesar dessa pressão, a valorização do dólar frente ao Real ajudou a conter uma queda mais acentuada nos preços. Ao mesmo tempo, chuvas irregulares continuam preocupando os produtores nacionais, o que tem limitado a comercialização do grão.

    Dados recentes do USDA indicam que a produção mundial de soja na temporada 2024/25 pode alcançar 428,9 milhões de toneladas, um aumento de 8,6% em relação às 394,7 milhões de toneladas da safra anterior. O esmagamento global está previsto em 346,3 milhões de toneladas, com um crescimento de 4,8%, enquanto as transações globais devem atingir 181,5 milhões de toneladas, um aumento de 2,6%. O estoque mundial também pode atingir um recorde, com uma previsão de 134,6 milhões de toneladas.

    Esses fatores globais, somados à preocupação com o clima no Brasil, seguem influenciando as decisões e expectativas dos sojicultores brasileiros.

  • Show Safra MT 2025: preparativos e expansão do evento refletem a grandeza de Mato Grosso

    Show Safra MT 2025: preparativos e expansão do evento refletem a grandeza de Mato Grosso

    A Fundação Rio Verde deu início aos preparativos para o Show Safra MT 2025, que acontecerá de 24 a 28 de março, no Parque Tecnológico da fundação, em Lucas do Rio Verde. Durante a reunião do Conselho Curador, realizada nesta terça-feira (15), foi definida a comissão organizadora do evento, que promete ser ainda mais grandioso e representativo.

    De acordo com Joci Piccini, presidente do Conselho Curador da Fundação Rio Verde, o Show Safra vive um novo momento, agora com o status de “Mato Grosso”, o que aumenta a responsabilidade de mostrar a grandeza do evento e do estado. “Queremos fazer uma feira que represente o tamanho do nosso negócio e do Mato Grosso, envolvendo mais pessoas, empresas, entidades e o Governo do Estado. Nosso objetivo é transformar o Show Safra em uma referência nacional, melhorando algumas condições, como energia e trânsito, e mostrando todo o potencial do agronegócio da região”, destacou Piccini.

    A criação da comissão organizadora busca envolver diferentes segmentos da sociedade, abrindo espaço para novas ideias e integrando mais pessoas ao processo. “Precisamos que toda a comunidade se sinta parte do evento. O Show Safra não é apenas da Fundação Rio Verde ou de Lucas do Rio Verde, mas de toda a região e de todas as empresas e entidades luverdenses”, afirmou Piccini.

    O lançamento oficial do Show Safra MT está marcado para o dia 28 de novembro, com um evento que contará com a presença do Governo do Estado, Mauro Mendes, e autoridades locais e estaduais. Na ocasião, será apresentada a nova marca do evento e as novidades que farão parte da edição de 2025.

    Impacto regional e importância econômica

    O Show Safra MT não apenas destaca o agronegócio, mas também movimenta a economia da região. Márcia Aparecida Coelho, secretária de Agricultura e Meio Ambiente de Nova Mutum, falou sobre o impacto positivo do evento para o município: “O Show Safra leva o nome de Mato Grosso para todo o Brasil, e Nova Mutum faz questão de participar. Além de apresentar inovações tecnológicas, o evento movimenta o setor de serviços, com alta demanda por hotéis e restaurantes”.

    Felipe Palis, secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Lucas do Rio Verde, reforçou que o evento é planejado o ano todo, logo após o encerramento da edição anterior. “O Show Safra é um evento de Lucas do Rio Verde, mas envolve toda a região e recebe visitantes de todo o Brasil e de outros países. Ele destaca nossas tecnologias e a produção local, além de trazer inovações a cada ano. A Prefeitura, assim como outras instituições e empresas privadas, também está envolvida, o que mostra a importância de todos os setores para o sucesso do evento”, concluiu Palis.

    Com as melhorias em infraestrutura e organização, o Show Safra MT 2025 promete consolidar ainda mais o evento como uma vitrine do agronegócio de Mato Grosso, destacando o Estado no cenário nacional e internacional.

  • Produção de grãos cresce mesmo com seca histórica em Mato Grosso

    Produção de grãos cresce mesmo com seca histórica em Mato Grosso

    Em um cenário desafiador marcado pela pior seca dos últimos 44 anos, o agronegócio de Mato Grosso demonstra sua resiliência e capacidade de superar obstáculos. De acordo com o 1º Levantamento da Safra de Grãos 2024/2025, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção estadual de grãos deve registrar um crescimento de 4,3%, atingindo a marca de 97,1 milhões de toneladas.

    A soja e o arroz se destacam entre as culturas que impulsionam esse crescimento. A produção de soja deve subir 17%, impulsionada por um aumento de 2,6% na área plantada, que deve chegar a 12,6 milhões de hectares. Apesar do atraso no início das chuvas, os produtores mato-grossenses projetam colher 46 milhões de toneladas da oleaginosa.

    O arroz também apresenta um desempenho expressivo, com um aumento de 40,4% na produção, impulsionado por um crescimento de 39,3% na área plantada. O estado deve colher 474 mil toneladas do cereal, consolidando sua posição como um dos maiores produtores do país.

    Logística como pilares do crescimento em Mato Grosso

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    Para dar suporte a essa produção recorde, o Governo de Mato Grosso tem investido fortemente em infraestrutura.

    A Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) já concluiu 3.838 km de asfaltamento em rodovias estaduais e outros 1.033 km estão em construção.

    Além disso, a duplicação da BR-163, um gargalo logístico crucial para o escoamento da produção, está em andamento com investimentos de R$ 7,6 bilhões.

  • Mercado suíno em setembro: estabilidade e avanços nas exportações

    Mercado suíno em setembro: estabilidade e avanços nas exportações

    Em setembro, os preços do suíno vivo e da carne mantiveram-se estáveis, embora as médias mensais tenham superado as observadas em agosto. Desde a segunda quinzena de junho, os valores desses produtos passaram por um ciclo de alta, que se estendeu até a terceira semana de agosto. Desde então, o mercado apresentou estabilidade, reflexo de um equilíbrio entre oferta e demanda em diversas regiões monitoradas pelo Cepea.

    As exportações brasileiras de carne suína, tanto in natura quanto industrializadas, registraram recuperação em setembro. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou 119 mil toneladas de carne suína no mês, um aumento de 1,7% em comparação a agosto e 7% em relação a setembro de 2023. Em termos de receita, os embarques geraram R$ 1,56 bilhão, valor 2,3% superior ao de agosto e 29,5% maior em relação ao mesmo mês do ano anterior.

    De agosto para setembro, os preços do suíno vivo subiram em São Paulo (SP-5). Enquanto isso, as cotações do milho e do farelo de soja, principais insumos para a suinocultura, também aumentaram, mas de forma menos acentuada. Com isso, os suinocultores paulistas viram melhora no poder de compra, especialmente no caso do milho, com o oitavo mês consecutivo de aumento na relação de troca, e para o farelo de soja, o terceiro.

    Em setembro, as carnes suína, bovina e de frango registraram alta nos preços no atacado da Grande São Paulo. A carne suína apresentou avanços superiores aos da carne de frango, mas menores que os da carne bovina, resultando em maior competitividade frente à proteína bovina e menor em relação à avícola. A carcaça suína especial atingiu a média de R$ 13,05/kg no atacado da Grande São Paulo, um aumento de 5,1% em comparação a agosto, impulsionada pela menor oferta interna de suínos.

  • Preços do arroz sobem em todos os segmentos em setembro

    Preços do arroz sobem em todos os segmentos em setembro

    Os preços médios do arroz registraram aumentos significativos em todos os segmentos ao longo de setembro de 2024. No acumulado do ano, enquanto os valores pagos ao produtor apresentam queda, as cotações no atacado e no varejo seguem em alta. De acordo com o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), o preço médio do arroz beneficiado atingiu R$ 160,05 por saca de 30 kg em setembro, uma alta de 11,4% em relação a agosto.

    Os preços ao produtor, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), subiram 1,1% no mesmo período. Já no varejo, conforme dados do IBGE, o aumento foi de 0,44%. Especialistas do Cepea destacam que os valores do arroz beneficiado no atacado mantêm-se alinhados com as variações do produto no mercado externo.

    Em um intervalo de 12 meses, a média nominal do arroz importado, já convertida para Reais, subiu 38,4%, sendo que apenas em 2024 o aumento foi de 27,3%. O cenário reflete a pressão dos preços globais e o impacto nas cotações domésticas, que vêm sendo influenciadas pela elevação dos custos de importação e demanda no mercado interno.

  • Projetos sustentáveis no Mato Grosso prometem até 10% a mais para o Agronegócio

    Projetos sustentáveis no Mato Grosso prometem até 10% a mais para o Agronegócio

    Produtores rurais do Mato Grosso estão encontrando uma nova forma de aumentar sua rentabilidade e acessar crédito mais vantajoso por meio da adoção de práticas sustentáveis e preservação das áreas de reserva legal. Segundo a Carbonext, especializada em créditos de carbono, essa estratégia pode resultar em ganhos de até 10% para agricultores e pecuaristas.

    Ao manter parte de suas propriedades preservadas, os produtores têm recebido compensações por créditos de carbono, além de conseguir entre 2% a 5% a mais pela saca de grãos com certificação que atesta a produção livre de desmatamento ilegal. Grandes empresas, como a Cargill, têm valorizado esses produtos certificados, proporcionando aos agricultores acesso a financiamentos com taxas mais atrativas e a oportunidade de contribuir para a redução das queimadas.

    Benefícios Econômicos e Ambientais no Mato Grosso

    Um exemplo notável é o projeto AHU, localizado em Paranatinga (MT), que se situa na transição entre os biomas do Cerrado e da Amazônia. Esse projeto tem sido fundamental para proteger a região de exploração ilegal de madeira e incêndios. As brigadas de incêndio, formadas em parceria com a Carbonext, conseguiram controlar queimadas em um dia, preservando vastas áreas protegidas.

    João Vilela, proprietário da Fazenda Agrochapada e participante do projeto, afirma: “Proteger uma parte da fazenda nos resguarda do fogo e ainda aumenta nossos lucros.” Ele ressalta os benefícios econômicos e ambientais da preservação, explicando que suas práticas sustentáveis não apenas melhoram a renda, mas também ajudam na proteção da floresta.

    João Vilela - proprietário da Fazenda Agrochapada e participante do projeto AHU - Imagens Carbonext
    João Vilela, proprietário da Fazenda Agrochapada e participante do projeto AHU. Imagens: Carbonext

    Atração de Financiamentos Vantajosos

    Os produtores que adotam práticas sustentáveis têm acesso a linhas de crédito com condições especiais. O Plano ABC+ (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) é um exemplo que incentiva projetos de sustentabilidade, oferecendo crédito com juros reduzidos e prazos mais longos.

    Além dos benefícios financeiros, o fator ESG (ambiental, social e de governança) está ganhando relevância. Produtores que participam de projetos de créditos de carbono estão se abrindo para novas fontes de renda, gerando créditos que podem ser vendidos tanto no mercado voluntário quanto no regulado no futuro.

    Conclusão sobre Sustentabilidade e Oportunidades

    A Carbonext tem trabalhado para ajudar os produtores do Mato Grosso a aproveitar essas novas oportunidades e atender às exigências do mercado internacional, como a Lei Anti-Desmatamento da União Europeia, que exige rastreabilidade das mercadorias. Segundo Gabriel Simões Buzzo, da Carbonext, “os produtores que adotam práticas de baixo carbono não apenas atendem às regulamentações, mas também se colocam em uma posição vantajosa no mercado global.”

    O Projeto AHU tem um impacto significativo, evitando o desmatamento de mais de 9 mil hectares de florestas e reduzindo emissões de cerca de 1,1 milhão de toneladas de CO2 ao longo de 30 anos. Além disso, o projeto foca em desenvolver a comunidade local, promovendo geração de renda e iniciativas educativas, assegurando que a biodiversidade da região se mantenha saudável e próspera.