Tag: Agro

  • Público prestigia inauguração de centro de distribuição de sementes em Lucas do Rio Verde

    Público prestigia inauguração de centro de distribuição de sementes em Lucas do Rio Verde

    O público prestigiou a inauguração do novo centro de distribuição da Sementes Petrovina, em Lucas do Rio Verde. A cerimônia aconteceu na noite da última sexta-feira (01). A estrutura está localizada na margem sul no km 680 da BR 163.

    O centro de distribuição conta com quase 4000 m2 e um pé direito de 13 metros. A unidade possui capacidade de armazenar 260 mil sacos de sementes e conta com tecnologia para assegurar qualidade no armazenamento. O aparato tecnológico é o mesmo usado em frigoríficos para conservação de produtos bem mais perecíveis que sementes. A cobertura e telhado foram desenvolvidos com isolamento térmico proporcionando uma estrutura de câmara fria.

    Outro detalhe que chamou a atenção do público é o sistema de refrigeração. Ele proporciona um monitoramento eficaz e remoto da temperatura, além de permitir um controle da umidade do ambiente para melhor qualidade das sementes.

    O armazém possui pontes rolantes desenvolvidas por especialistas em portos e aeroportos com uma tecnologia exclusiva, o que faz a empresa mais uma vez pioneira em inovação sementeira, agora para movimentação e armazenamento de sementes.

    A construção do centro de distribuição foi feita em parceria com a construtora BDR.

    Modernidade

    De acordo com o diretor da Sementes Petrovina, toda essa tecnologia e modernidade vai trazer desenvolvimento, empregos e potencial logístico para a cidade de Lucas do Rio Verde. Carlos Ernesto Augustin destaca que além de otimizar o carregamento e transporte, a nova estrutura traz ainda mais agilidade, capacidade de armazenamento, comodidade e qualidade para o produtor.

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    “O novo CD, que é o primeiro fora da sede, vai permitir que a semente esteja mais próxima do agricultor. Não precisa ter medo de todos os problemas de logística”, observou o empresário.

    Conforme Augustin, a empresa já está consolidada no mercado. Ele assinala que, além da qualidade no produto, a empresa busca oferecer maior conforto na oferta das sementes.

    Dentro do plano de expansão, a empresa planeja construir um novo centro de distribuição, nos mesmos moldes do construído em Lucas do Rio Verde. A região a ser atendida é do Parecis. “Na medida em que a gente vai crescendo a produção, vai ampliando, futuramente no Vale do Araguaia”.

  • Fundação Rio Verde: Investimento em maquinário eleva qualidade dos resultados de pesquisa científica

    Fundação Rio Verde: Investimento em maquinário eleva qualidade dos resultados de pesquisa científica

    Os resultados das pesquisas serão agora obtidos com mais precisão nos trabalhos de pesquisa realizados pela Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Rio Verde (Fundação Rio Verde). Isso porque, a instituição adquiriu uma colheitadeira de parcelas com alta tecnologia embarcada. Processo de colheita, pesagem e leitura de umidade das parcelas instantaneamente são alguns dos benefícios do novo maquinário, que representa grande avanço para pesquisa em Mato Grosso.

    Além da maior assertividade dos trabalhos de pesquisa da instituição, a agilidade dos processos é outro benefício proporcionado com a aquisição, já que antes os trabalhos de colheitas de parcelas eram realizados manualmente. Diretor de pesquisas da Fundação Rio Verde, Fábio Pittelkow conta que com o novo equipamento os pesquisadores estão colhendo um maior número de parcelas de milho por dia, se comparado com o trabalho manual.

    “Para colhermos isso manualmente seria necessária uma equipe grande de pessoas e após a colheita todo o processo de trilha, pesagem e leitura de umidade ainda seria necessário de realizar no barracão. O processo mecanizado, vem trazer muito mais rapidez e confiança no resultado e essa otimização de tempo também”, pontuou.

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    (Foto: Divulgação)

    O pesquisador, que é engenheiro agrônomo e doutor em agricultura tropical, explica que tecnicamente a colheita manual possui vários processos que ocasionam perdas ou que aumentam o erro experimental. “Já a mecanizada que faz todo o processo de colheita e pesagem na mesma operação, garante qualidade de colheita, com amostras homogênea, reduzindo o coeficiente de variação e com isso elevando a qualidade e a confiabilidade dos resultados gerados na pesquisa”, explicou

    De acordo com o Diretor Executivo da Fundação Rio Verde, Rodrigo Pasqualli o alto investimento foi necessário devido à grande demanda de experimentos mensais e pesquisas que a Fundação realiza, necessitando de uma grande mão de obra que era executada manualmente.

    “Nesse contexto, a gente viabilizou e pensou na aquisição de equipamento de tecnologia avançada em relação a colheita e processamento de parcela de experimentos e isso foi um benefício que acreditamos que venha de encontro ao novo patamar que a Fundação quer trabalhar, que é ser a referência de pesquisa no Estado. Então ela traz esse benefício de agilidade no trabalho e maior segurança na qualidade dos resultados”, disse Pasqualli.

  • Roça mecanizada está dobrando a produção dos quilombolas de Mata Cavalo

    Roça mecanizada está dobrando a produção dos quilombolas de Mata Cavalo

    A aquisição de um trator multiuso está aumentando a área de cultivo de cana de açúcar na Comunidade Quilombola de Mata Cavalo, em Nossa Senhora do Livramento, em Mato Grosso. Em alguns quintais, a produção da safra deste ano irá dobrar em relação ao ano passado. O trator faz parte do projeto Muxirum Quilombola, que é financiado pelo Programa REM Mato Grosso.

    “Vamos dizer que aumentou o cultivo em 100%. Porque quem cultivava um ou dois hectares de cana, hoje está em quatro, cinco hectares. Só para se ter uma ideia, para a safra deste ano, tem quintal que vai aumentar de 500 feixes para mais de 1.200 feixes de cana de açúcar, em relação à safra do ano passado. Cada feixe vem com 15 troncos de cana”, destaca Oildo Ferreira, uma das lideranças de Mata Cavalo, ao acrescentar que o aumento no cultivo se traduz em mais geração de renda às famílias locais.

    Ele acrescenta ainda que, além do plantio da cana de açúcar, o implemento tem ajudado a aumentar a produção em Mata Cavalo, nas culturas de mandioca, milho, arroz, abóbora, cará, quiabo e maxixe.

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    O trator é equipado com estrutura de grade niveladora e uma caçamba, além de pá carregadeira. Um dos responsáveis pela manutenção do veículo é João Pedro da Silva. Com 67 anos de idade, ele é um dos anciãos da comunidade.

    “Eu faço alguns ajustes mínimos: verificar o óleo, a limpeza, aperto alguns parafusos. A gente faz tudo com esse trator, até nivelar as estradas de chão da comunidade, por exemplo”, conta João.

    Para toda comunidade

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    Oildo ressalta que o trator está disponível para toda comunidade, atendendo mais de 40 quintais de cultivos tradicionais.

    “Temos um caderninho onde anotamos os pedidos. Por exemplo, se uma pessoa quer limpar ou gradear sua área, é só vir até a sede de Mato Cavalo e agendar. Aí no dia combinado, o trator é disponibilizado para fazer o serviço”, explica a liderança.

    Projeto amplo

    O trator multiuso é apenas um dos aspectos do projeto Muxirum, que visa potencializar a agricultura tradicional dos quilombolas de Mata Cavalo.

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    Entre outras coisas, o projeto também prevê uma fábrica de beneficiamento comunitário, que irá possibilitar a produção escalonada de itens como: a banana fatiada, o óleo de babaçu e a farinha de bocaiúva.

    Mata Cavalo, por sinal, é apenas uma das comunidades visadas pelo Muxirum, que, ao todo, pretende beneficiar mais de 500 famílias quilombolas da Baixada Cuiabana (Livramento e Poconé), do Médio-norte (Barra do Bugres) e Sudoeste do Estado (Cáceres).

    “O objetivo maior do Muxirum é o fortalecimento das atividades econômicas, produtivas e comerciais dos produtos quilombolas, a partir do manejo sustentável da biodiversidade e a valorização social e cultural das comunidades inseridas no projeto”, destaca Laura Ferreira, a coordenadora do Muxirum.

    Investimentos

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    Ao todo, o Programa REM MT investe no Muxirum R$ 1,5 milhão, para colocar as diferentes atividades do projeto em prática. Os recursos são administrados pelo Fundo Brasileiro para Biodiversidade (Funbio), que é o gestor financeiro do REM MT.

    O projeto faz parte da Chamada de Projetos 03.2020 do Subprograma de Agricultura Familiar e de Povos e Comunidades Traicionais da AFPCTs, que atualmente financia 22 projetos que atuam nos três biomas de Mato Grosso (Amazônia, Cerrado e Pantanal), e que são focados na preservação ambiental, transformação social e geração de renda das famílias.

  • Produtores rurais de Lucas do Rio Verde temem perda de até 15% da safra de milho

    Produtores rurais de Lucas do Rio Verde temem perda de até 15% da safra de milho

    A colheita da segunda safra de milho em Lucas do Rio Verde ainda não começou, mas os produtores rurais temem quebra da safra. As perdas podem chegar até 15% em relação a safra anterior.

    Ouvido por CenárioMT, o diretor executivo da Fundação Rio Verde, Rodrigo Pasquali, explica que a estiagem severa que Mato Grosso sofreu em abril é a responsável pelas perdas. “Foi pouca regularidade de chuva no período. E isso, em algumas regiões aqui no norte de Mato Grosso, vai provocar uma possível quebra de safra”, disse.

    A Fundação Rio Verde tem acompanhado e ouvido relatos de produtores da região oeste do Estado. “Temos grandes áreas com incapacidade de colheita, não vai ser viável colher pelo fato de o milho não formar nem espiga. E a gente acredita que isso vai ter reflexo significativo. Teremos uma diminuição da oferta de milho e isso vai impactar no mercado”, assinalou Pasquali.

    Em Lucas do Rio Verde, a previsão é que a colheita da safra de milho inicie a partir da próxima semana. Rodrigo disse que ainda não há um levantamento em relação à produtividade. “Ainda não temos informações porque não começou a colher. Vamos aguardar e ver o andamento da colheita, do milho plantado um pouco mais tarde”, explicou.

    Porém, a Fundação estima perda de até 15%. “Ainda é cedo pra falar em estimativa, mas a gente acredita que seja algo em torno de 10% a 15% aqui na nossa região, no médio norte, enquanto na região oeste essa perda pode chegar a 50% em potencial de produção do milho segunda safra”, conclui.

  • Lucas do Rio Verde: Projeto que ensina importância do agro é apresentado à Secretaria de Educação

    Lucas do Rio Verde: Projeto que ensina importância do agro é apresentado à Secretaria de Educação

    Ensinar alunos do 1º ao 9º ano da rede municipal de ensino sobre a origem dos alimentos e a importância do agro para a sociedade. Estes são alguns propósitos do Projeto Semeia que foi apresentado esta semana à Secretaria de Educação de Lucas do Rio Verde.

    O projeto é uma iniciativa do grupo Agroligadas e Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde. A proposta tem parceria do Senar e da Prefeitura Municipal.

    Durante a reunião realizada na segunda-feira (07), os representantes das entidades discutiram a melhor forma para implantação do projeto.

    Além de ensinar sobre a origem dos alimentos e importância do agronegócio, o Projeto Semeia quer abordar sobre a vivência prática e evidenciar o real valor do trabalho no campo.

    O projeto é dividido em 04 etapas. Na primeira, ocorre a capacitação dos professores envolvidos. Na etapa seguinte, acontece a execução do ‘Semeia’ nas escolas.

    De acordo com o cronograma, na etapa 3 ocorre a avaliação das atividades. Por fim, na etapa final, acontecerá a exposição dos trabalhos, com a realização de uma feira.

    “Ao final do projeto queremos que as nossas crianças, conheçam melhor de onde vêm os alimentos, possam cultivar mais interesse pela comida, pelo Agro e pelo nosso Estado que é referência no Brasil”, destaca o movimento Agroligadas.

  • Cerca de 30% da safra de soja na região de Lucas ainda não foi colhida, estima Pasqualli

    Cerca de 30% da safra de soja na região de Lucas ainda não foi colhida, estima Pasqualli

    Um levantamento feito pela Fundação Rio Verde, a pedido de CenárioMT, mostra que pelo menos 30% do plantio de soja na região de Lucas do Rio Verde não havia sido colhido até esta quarta-feira (09). Diretor executivo da FRV, Rodrigo Pasqualli aponta que o excesso de chuvas na reta final da colheita tem sido o motivo deste atraso.

    Pasqualli lembra que fevereiro é um mês que historicamente apresenta um período de chuvas acentuado. Pensando nisso, a maioria dos produtores adiantou o plantio. “Foi um pouco mais acelerado do que os outros anos, porque o agricultor hoje tem um parque de máquinas mais estruturado e isso consegue dar mais agilidade no plantio. Então isso concentrou muito o plantio, o a o plantio num período específico e a colheita, como consequência, num período específico”, explicou.

    Com o plantio antecipado, havia a expectativa de iniciar a colheita no final de janeiro. Contudo, na ultima semana do mês, houve chuvas intensas na região. “Isso impacta na qualidade do grão, na condição de colheita. Então, às vezes o produtor consegue colher, mas em função dessas grandes chuvas, de grande umidade intermitente, acaba que interfere diretamente na qualidade do grão”, detalha.

    Em razão das chuvas registradas nos primeiros dias de fevereiro, o avanço da colheita não está de acordo com o esperado. Os produtores têm aproveitado os períodos de estiagem para colocar as máquinas em campo. “Já está se encaminhando pra reta final. Se nós tivermos uma semana de sol, uma semana com condição de colheita a gente consegue concluir, mas as tendências climáticas não tendem a ser tão positivas. Devemos ter um fevereiro de bastante chuva. Com isso vai ficar um pouco limitado o avanço da colheita. Ela vai avançando, mas o processo é lento”, explicou.

    Queda na produtividade

    Também em razão das chuvas, Pasqualli acredita que a safra terá queda na produtividade. Há relatos de produtores que identificaram grãos de soja fora do padrão. E isso é um reflexo do período de plantio.

    “Temos um reflexo de um dezembro e novembro muito chuvoso. Foi um período extremamente com muita chuva e isso interferiu  na formação da planta. Ela limitou o número de vagens, ela teve vários características fisiológicas da planta que interferiu em sua formação e diretamente interferir na produtividade”, pontua Rodrigo.

    Segundo o diretor da FRV, algumas lavouras apresentam plantas com essas características por conta das condições climáticas. E, segundo ele, essa condição é mais presente em razão do período de chuva com grande intensidade no início de fevereiro. “Debilita mais a planta. Então a consequência disso tudo é a queda da produtividade e perda de qualidade de grãos. Nós podemos já identificar e alertar o público que nós temos uma um possível quebra de safra. Ainda não conseguimos quantificar os números disso, mas isso é uma quebra de safra talvez mais intensa que as que ocorreram na safra passada por excesso de sol ou falta de chuva”, lamenta.

    Cidades vizinhas

    Produtores de Nova Mutum e Sorriso, cidades que fazem divisa com Lucas do Rio Verde, também enfrentam esse problema. Alguns relatos mostram preocupação com a queda de produtividade também, mas em menor intensidade que os registrados no município.

    “Nós temos relatos de Sorriso, com pouca menos intensidade, e Nova Mutum, com menos intensidades. Mas também com problemas. Então não é uma coisa que o problema só tá em Lucas, ele tá concentrado em Lucas, mas a região como um todo está sofrendo isso consideravelmente”, finaliza.

  • Entidades organizam Mutirão Rural de Cidadania na Groslândia para o início de março

    Entidades organizam Mutirão Rural de Cidadania na Groslândia para o início de março

    A Comunidade Groslândia, zona rural de Lucas do Rio Verde, receberá nos próximos dias o Mutirão Rural da Cidadania. A ação acontecerá no dia 11 de março no Ginásio da Escola Municipal Fredolino Vieira Barros a partir de 8h da manhã.

    A realização do Mutirão Rural é feita em parceria entre Sindicato Rural, Senar-MT, Aprosoja e Prefeitura de Lucas do Rio Verde por meio das Secretarias de Assistência Social e de Saúde.  As parcerias foram confirmadas através de reunião realizada este mês.

    Entre os serviços disponibilizados no Mutirão Rural está a emissão de segundas vias das certidões, fotos 3×4 para os documentos, plastificação de documentos e fotocópias, corte de cabelo, palestras de saúde do homem e da mulher no campo.

    Também será possível realizar a emissão de documentos de registro geral, atendimentos jurídicos com a Defensoria Pública, atendimentos relacionados à educação no trânsito. Na ocasião acontecerão atendimentos de oftalmologista, produção de óculos de grau, consultas médicas e odontológicas e exames rápidos.

  • Pra conter avanço da cigarrinha, produtores cogitam vazio sanitário para não comprometer safra de milho em MT

    Pra conter avanço da cigarrinha, produtores cogitam vazio sanitário para não comprometer safra de milho em MT

    Produtores de milho de Lucas do Rio Verde e cidades vizinhas participaram de uma visita técnica a propriedades rurais com representantes do Ministério da Agricultura (MAPA), Embrapa, Indea e Aprosoja. Em pauta, adoção de medidas para conter o avanço da cigarrinha nas lavouras de milho. Durante debate ocorrido agora à tarde, eles chegaram a cogitar a adoção de um vazio sanitário, como já acontece com a soja e algodão.

    As visitas técnicas a algumas propriedades que apresentaram incidência da praga aconteceram pela manhã. Os pesquisadores coletaram plantas atacadas pela praga. Agora à tarde, na sede do Sindicato Rural, os representantes do MAPA, Aprosoja, Indea e Embrapa ouviram os produtores rurais.

    Para o Secretário Nacional de Defesa Agropecuária do MAPA, José Guilherme, ouvir os produtores é importante para definir ações que ajudem a prevenir e combater a cigarrinha. “Nós temos sim algumas medidas de mais de médio prazo, como fundamento em algumas questões de pesquisa, trabalhar pra ter as cultivares tolerantes. E os produtores discutiram, nós contribuímos com a discussão, mas acho que eles vão aprofundar a discussão se vão encaminhar alguma medida regional pensando em algum controle pra próxima safra”, declarou.

    Infestação alta

    A pesquisadora da Embrapa, Dagma Dionísia da Silva, observa que em situações onde há um índice alto de infestação de cigarrinha, há a possibilidade de enfezamento. Nesse caso, há necessidade de ações pra reduzir as perdas causadas pela praga. Ela cita a necessidade de implementar estratégia de manejo de forma a evitar prejuízos.

    “Porque a doença, ela pode chegar aí em 80%, 90% de produção quando o milho é um híbrido altamente suscetível, se tiver clima favorável e alta população de cigarrinha infectiva. Então existem algumas estratégias que já foram estudadas que podem ser implementadas”, explica a pesquisadora.

    Dagma ressalta, porém, que nenhuma das medidas adotadas de forma isolada tem efeito desejado. Ela orienta que o produtor deve estar atento com as populações de cigarrinha, além de adotar outras medidas, como o tratamento de semente, controle químico e controle biológico. O produtor deve ainda escolher um híbrido que tenha maior tolerância aos enfezamentos.

    “Porque a gente não tem controle químico pros enfezamentos. Evitar perda em colheita. É importantíssimo porque isso gera o milho tiguera, o milho guacho, e isso milho ele vai germinando durante o ano ali e ele favorece o crescimento dos patógenos, manutenção dos patógenos e também da cigarrinha, mas também de outros insetos e outras doenças”, adverte.

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    Foto: Jefferson Eduardo Ascom Aprosoja-MT

    Vazio sanitário

    Nos últimos anos, a segunda safra do milho ganhou importância para Mato Grosso. Atualmente, a então chamada safrinha alcançou relevância semelhante à primeira safra, tendo ampliado a área de plantio no Estado.

    Vice-presidente da Aprosoja, o produtor Lucas Costa Beber observou que o custo para controlar e combater a cigarrinha é muito alto para o setor produtivo. E mesmo assim, as medidas podem ser não eficazes. “Colocando em risco a sustentabilidade da cultura, a rentabilidade e também a geração de receita, não só pro produtor, mas pra toda a região que produz”, pontuou.

    Ele explicou que durante os debates, os produtores sugeriram uma cobrança maior das empresas que produzem essas variedades no sentido de intensificar a pesquisa de materiais resistentes. Eles também indicaram a necessidade de fiscalização quando ocorrer algum tipo de descuido em relação ao milho Tiguera.

    “Principalmente, pra que haja um acordo regionalizado, que fique claro aqui pra BR 163, pra região norte, mas também eles pediram pra que essa discussão seja levada pro resto do estado”, assinalou.

    Os produtores também sugeriram que no próximo ano haja um acordo pra que não seja feito o plantio de milho de primeira safra. A medida visa preservar o milho de segunda safra. “E caso no próximo ano não seja respeitado, aí sim que seja tomada uma medida mais drástica, com a criação de um calendário de plantio ou até mesmo de um vazio sanitário do milho pra não colocar em risco aí essa tão importante cultura aí no nosso estado”, ressaltou Beber.

    A discussão do problema envolvendo a cigarrinha começou pela região de Lucas do Rio Verde, mas a Aprosoja deve desenvolver ações nas demais regiões produtoras. “Considerando que a industrialização também já tem avançado em outras regiões aonde que favorece aí o plantio desse milho de safra”, destacou.

    Cigarrinha

    De acordo com a pesquisadora da Embrapa, a cigarrinha está no Brasil há décadas, com algumas ocorrências registradas na década de 70. Porém, a incidência de populações mais altas aconteceu em safras mais recentes. Dagma observa que começou em Minas Gerais, passou por Goiás e Bahia em entre 2014 a 2016. Em 2019 houve ocorrência da praga no Paraná e agora em Mato Grosso.

    “Não é uma praga nova, doença também não é nova. A questão é que atualmente ela tem sido uma praga que tem causado perdas mais severas no Brasil”, declarou.

  • Representante do MAPA vem a Lucas do Rio Verde avaliar infestação de cigarrinha em lavouras de milho

    Representante do MAPA vem a Lucas do Rio Verde avaliar infestação de cigarrinha em lavouras de milho

    Representantes do Ministério da Agricultura, Aprosoja e Indea visitam lavouras de milho em propriedades rurais de Lucas do Rio Verde nesta terça-feira (25). O objetivo é fazer um levantamento da infestação da cigarrinha em lavouras de milho safra e safrinha. À tarde, o grupo se reúne para debater possíveis soluções para o problema que tem preocupado produtores rurais da região.

    O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, José Guilherme, conversou com a reportagem de CenárioMT antes de ir a campo. Ele explicou que o MAPA e a Embrapa têm atuado de forma conjunta buscando soluções para o enfrentamento de diversas pragas que atacam culturas no país.

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    Foto: Jefferson Eduardo / Aprosoja

    “É uma praga complexa, de difícil controle, até agora não temos medidas como vazio, esse tipo de coisa que está em estudo. A gente quer identificar como está aqui em Lucas, conversar com produtores pra que a gente possa ter subsídios, trabalhando junto com a Embrapa, técnicos do Indea, Aprosoja, orientar para as melhores medidas de convivência com essa praga”, assinalou.

    A presidente do Indea-MT, Emanuelle Almeida, classificou a ação como preventiva. Ela adiantou que os técnicos farão coletas de materiais em algumas propriedades. “Fizemos isso no ano passado e agora, neste ano, a projeção é que façamos mais coletas. Vamos à campo e ver qual a medida fitossanitária que iremos tomar pra fazer algo preventivo, porque isso é algo muito pequenininho, aconteceu pontualmente em algumas propriedades. Então, esse é o momento, a hora de fazermos um trabalho preventivo para que posteriormente não haja uma infestação ou algo mais grave na lavoura do Estado de Mato Grosso e a nível de Brasil também”, avaliou.

    Vários relatos

    O vice-presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, adiantou que existem vários relatos sobre a presença de cigarrinha. Ele explicou que no ano passado houve uma pressão bastante importante em relação à ocorrência da praga. “É uma praga migratória que tem aumentado nos últimos anos e transmite uma doença. Ou seja, mesmo controlando, se a planta já estiver infectada não resolve mais. Pode ser uma ameaça pro milho safrinha em Mato Grosso”, alertou.

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    Foto: Jefferson Eduardo / Aprosoja

    Beber confirmou que existem relatos vindos de várias cidades do Estado. Em Nova Mutum, no ano passado, houve ocorrência relacionada à doença. A preocupação é que a praga se dissemine pelas lavouras e cause prejuízos aos produtores. O vice-presidente disse à CenárioMT que é difícil quantificar o impacto nas lavouras.

    “Ano passado foi um ano bastante seco e o produtor teve perdas por falta de chuvas e ai dificulta a quantificação. Em um ano que o clima ajuda mais e tem uma produção melhor fica mais nítido as áreas que foram atacadas”, descreveu, acrescentando que muitas áreas apresentaram perdas, sendo atribuído à seca.

  • Prazo para adequar equipamentos para aplicação de defensivos agrícolas é prorrogado até julho

    Prazo para adequar equipamentos para aplicação de defensivos agrícolas é prorrogado até julho

    O produtor rural tem novo prazo para realizar adequações dos tratores destinados à aplicação de defensivos agrícolas. Esta semana, o Ministério do Trabalho e Previdência publicou portaria estendendo o prazo até 05/07/2022.

    De acordo com a Portaria, a aplicação do defensivo agrícola com a utilização de atomizador mecanizado tracionado somente pode ser realizada por meio de máquina com cabine fechada, exceto para as culturas em parreiras.

    Desta forma, o Produtor Rural terá novo prazo para realizar as devidas adequações, dos tratores destinados à aplicação de defensivos agrícolas com utilização de atomizador mecanizado tracionado.

    O prazo original para vigência da Norma Regulamentadora 31, criada em  22 de Outubro de 2020, era em 27/10/2021.