Tag: Agro

  • Governo Federal institui Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas

    Governo Federal institui Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas

    Nesta quarta-feira (6), o Governo Federal instituiu o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD) e criou o seu Comitê Gestor Interministerial, por meio do Decreto nº 11.815.

    A pretensão do governo é a recuperação e conversão de até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis em dez anos, podendo praticamente dobrar a área de produção de alimentos no Brasil sem desmatamento, evitando assim a expansão sobre áreas de vegetação nativa.

    Para o ministro da Agricultura e Pecuária Carlos Fávaro, além de ser uma prática sustentável, a adoção dessas medidas garante a segurança alimentar e reduz o impacto das mudanças climáticas. “Com foco na produção com rastreabilidade e sustentabilidade, a proposta visa a intensificação da produção de alimentos, sem avançar no desmatamento sobre as áreas já preservadas e com práticas que levem à não emissão de carbono”, destaca.

    O PNCPD apoiará exclusivamente empreendimentos que estejam inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e que no prazo de dez anos, contado da data de ingresso no Programa, reduzam as suas emissões ou aumentem a absorção de gases de efeito estufa, por meio do uso de práticas sustentáveis do ponto de vista ambiental, social e de governança; não apresentem aumento das emissões de gases de efeito estufa advindas da mudança no uso da terra; e que observem, no caso de financiamento, as condições previstas em normas relativas a crédito rural, aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional.

    Para a execução do programa, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), deverá auxiliar na captação de recursos externos, sem a necessidade de subvenção do Governo Federal, para financiar as atividades desenvolvidas no âmbito do PNCPD.

    Em missões oficiais em diversos países, o ministro Fávaro já vem apresentando o programa e tem atraído o interesse dos investidores estrangeiros. Os investimentos poderão ser feitos para melhorar o pasto e intensificar a produção pecuária, para o cultivo de grãos em lavouras temporárias ou em sistemas integrados, como ILPF, para o plantio de florestas ou para a implantação de agroflorestas.

    Os demais detalhes do programa ainda serão definidos pelo Comitê Gestor Interministerial, que será composto pelo Mapa que o presidirá; além dos Ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA); do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDCI); da Fazenda (MF); e das Relações Exteriores (MRE). Também contam com representantes do Banco Central do Brasil (BCB); Comissão de Valores Mobiliários (CVM); Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe); Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); BNDES; dois representantes do setor agropecuário; dois representantes da agricultura familiar e de povos e comunidades tradicionais; e dois representantes da sociedade civil.

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  • Exportações brasileiras cresceram 3% até outubro de 2023

    Exportações brasileiras cresceram 3% até outubro de 2023

    O Brasil exportou US$ 140 bilhões, entre janeiro e outubro deste ano, um crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano passado, com um aumento de volume de 10%. O dado foi divulgado pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, durante encontrou com jornalistas do setor na manhã desta terça-feira (28) no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

    O objetivo do encontro foi a apresentação do balanço da secretaria neste ano. Os temas apresentados foram a abertura de mercados, balança comercial, programa de recuperação e conversão de pastagens degradadas e também a relação internacional do Brasil com países parceiros.

    Na oportunidade, Perosa expressou que o aumento se dá pelo baixo preço das commodities em comparação ao ano de 2022 e ao trabalho do Governo Federal e dos produtores rurais, para acesso ao alimento mundo afora, com destaque para o setor da soja, que teve um incremento de quase US$ 5 bilhões.

    Em relação as aberturas de mercado, foram abertos 71 mercados até o momento, com destaque para os novos mercados abertos de farinha e óleo de peixe para a Colômbia e carnes enlatadas bovina e suína e de extratos de carne bovina e suína para o Japão.

    “Muitos desses mercados foram abertos entre as Américas e a Ásia, o que mostra a retomada do diálogo regional do presidente Lula e também uma retomada da geopolítica sul-sul estabelecida pelo presidente Lula nesse novo momento”, destacou Perosa.

    A retomada das relações comerciais, além de abrir novos mercados internacionais para a venda de produtos do Brasil, também permite a entrada de produtos de outros países em solo brasileiro. “A reciprocidade tem que ser mútua; estamos abrindo mercados para países amigos e que temos relações comerciais para potencializar essa abertura de mercados ao redor do mundo” afirmou o secretário.

    Durante a coletiva, também foi anunciado que o órgão sanitário chines (GACC) virá ao Brasil no início de dezembro para visitar 18 plantas frigorificas, dentre elas, três para reconfirmação da habilitação já existente, quatro plantas de aves e 11 de bovinos. O secretário esclareceu que a vistoria não significa a habilitação para exportação, mas há expectativas para a habilitação e que o Mapa aguarda a chegada da comitiva chinesa para as tratativas.

    O secretário Perosa ainda ressaltou o trabalho do Governo Federal no âmbito do G20, destacando que o Brasil será a sede da reunião da cúpula no próximo ano e que o Mapa juntamente com os ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e da Pesca e Aquicultura (MPA) estão organizando os encontros voltados para a temáticas da agricultura, pecuária e aquicultura. Serão realizadas reuniões a partir de janeiro de 2024 em São Paulo, Recife e Cuiabá, além de uma reunião técnica dos cientistas que será na Embrapa, em Brasília.

    No encontro, também foram apresentadas as temáticas que o Mapa irá levar para COP28 que acontecerá na primeira semana de dezembro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Com os temas voltados para a transição energética e sistemas agroalimentares, o secretário destacou que “o Brasil tem muito o que mostrar na questão da transição energética, seja a matriz energética que o país possui, e o agro contribui para isso, com biomassa, biocombustíveis, e temos condição de mostrar isso ao mundo”.

    Também evidenciou o Plano ABC+, o maior Plano Safra do país, mais de 440 bilhões de reais direcionados para a agricultura, com destaque para a agricultura de baixo carbono e também o plano de conversão de áreas degradadas em áreas agriculturáveis, que prevê que o Brasil incorpore à sua atividade agrícola cerca de 40 milhões de hectares a um custo de US$3 mil por hectare, dando volume de recursos de 120 bilhões de dólares a serem investidos nos próximos 10 anos.

    “Temos debatido esse tema amplamente, vários técnicos da Embrapa, do Banco do Brasil, e isso certamente será o grande mote que vamos apresentar na COP28, inclusive com previsão de fala do presidente Lula sobre esse tema. Temos um decreto presidencial que está para sair, tratando do programa. O decreto foi elaborado pelo Mapa, já está na Casa Civil para publicação, aguardando algum ajuste final para ser publicado o mais breve possível”, afirmou o secretário Perosa sobre o tema a ser debatidos na conferência e o programa de pastagens degradadas.

    Ainda nesta terça-feira, o secretário juntamente com uma comitiva da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais embarcam para viagem oficial ao México para tratativas com o governo local para a volta das exportações de suínos e para a desoneração dos impostos de produtos de origem animal.

    Também participaram da conversa com a imprensa o diretor do Departamento de Negociações não-tarifárias e de Sustentabilidade, Marco Alencar, a diretora do Departamento de Negociações e Análises Comerciais, Ana Lúcia Gomes, o diretor de Promoção Comercial e Investimentos, Marcel Moreira, a coordenadora de Gestão dos Adidos Agrícolas, Carolina de Sá e a chefe da Assessoria Especial de Comunicação, Carla Madeira.

     
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  • Brasil amplia exportação de material genético animal para o Paraguai

    Brasil amplia exportação de material genético animal para o Paraguai

    O governo brasileiro tomou conhecimento, com satisfação, da abertura do mercado paraguaio para as exportações de sêmen e embriões caprinos e ovinos. As negociações foram iniciadas em março deste ano e a aprovação do Certificado Sanitário Internacional, que permite a exportação dos produtos, foi concluída em novembro corrente, com a publicação dos requisitos zoosanitários pela autoridade sanitária do Paraguai.

    De acordo com o documento, as condições de manipulação, carregamento e transporte obedecem aos padrões higiênico-sanitários recomendados internacionalmente, que asseguram os cuidados necessários para evitar o contato dos produtos com qualquer fonte potencial de contaminação.

    Pelas métricas do governo brasileiro, as exportações brasileiras de material genético animal – excluído o material genético de origem bovina – somaram USD 825,2 mil de janeiro a outubro deste ano. Os principais mercados importadores do produto brasileiro são Costa Rica, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai.

    Dessa maneira, o Brasil alcançou a abertura de 65 novos mercados externos para os produtos agropecuários brasileiros neste ano. Tais resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

     
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  • Operação do Mapa aponta diminuição da prática de adulteração de méis por açúcares

    Operação do Mapa aponta diminuição da prática de adulteração de méis por açúcares

    Em continuidade ao trabalho de combate a prática de fraude no mel brasileiro, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) encontrou adulteração por açúcares C-4, como xaropes de milho ou de cana-de-açúcar, em 7,46% das 67 amostras analisadas. Resultado demonstra diminuição do índice de não conformidades quando comparados com a operação do ano anterior, quando o resultado foi de 13,13%, das 99 amostras analisadas.

     

    “Estamos no caminho certo de combate à fraude do mel e, por isso, a necessidade de continuarmos com as ações de coletas de amostras para monitoramento”, relata a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Ana Lúcia Viana.

    O Operação do Mel 2023 ocorreu nos comércios varejistas em produtos elaborados em estabelecimentos sob Serviço de Inspeção Federal (SIF) e em estabelecimentos com equivalência no Sisbi-POA.

    Para a amostragem, foram coletadas 67 amostras em 42 dos 194 estabelecimentos elaboradores de mel com registro no SIF que produziram entre 2022 e 2023. Isso representa 21,65% do total de estabelecimentos do Brasil. Entre esses 42 estabelecimentos, quatro obtiveram amostras com resultados não conformes.

    Nesta operação específica, não foi coletada nenhuma amostra de mel produzido por estabelecimento importado.

    A adição de açúcares ao mel configura fraude econômica ao consumidor. Para cada amostra não conforme, o Serviço de Inspeção Federal adotou as ações fiscais e medidas cautelares previstas na legislação junto aos estabelecimentos produtores e seus produtos.

    As amostras foram coletadas pelas equipes dos Serviços de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SIPOA) e analisadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA).

    Informações à Imprensa
    Patrícia Távora
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  • Ministro visita retomada de obras em frigorífico incendiado em Mato Grosso

    Ministro visita retomada de obras em frigorífico incendiado em Mato Grosso

    O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou, nesta segunda-feira (20), da retomada das atividades e obras de ampliação de uma planta frigorífica em Diamantino (MT). A unidade foi incendiada em junho deste ano e, desde então, foi iniciado um trabalho conjunto para a manutenção de empregos e da atividade que é considerada essencial para a economia da região.

    Prevista para 2024, a conclusão das obras tornará a unidade a maior de processamento de carne bovina da América Latina com capacidade instalada de processamento de 3,6 mil cabeças por dia e 3 mil colaboradores.

    “Cinco meses depois do acidente, quatro meses de construção, e hoje ver os trabalhadores aqui com equipamentos novos, tudo de última geração, tudo que garante a qualidade da carne brasileira para nós brasileiros e para o mundo todo é a confirmação de que o momento de incerteza já passou. Agora, com a reconstrução, teremos geração de impostos, geração de riqueza, e é isso que faz a economia girar”, disse Fávaro.

    Neste início de retomada, a planta opera com capacidade de processamento de 600 cabeças de gado por dia, chegando a 1,8 mil nas próximas semanas. O plano da companhia com a nova instalação é, além dos equipamentos com tecnologia de ponta, ampliar em 2,4 vezes o volume de processamento de bovinos em relação à capacidade anterior.

    Segundo o presidente da unidade, Renato Costa, o frigorífico também já se prepara para o atendimento das principais exigências dos mercados internacionais, incluindo o processamento halal. “A fábrica de Diamantino está sendo equipada com o que há de mais moderno em automação e com a mais alta tecnologia em processamento e congelamento de carne bovina, com foco em produtos de valor agregado e produtos porcionados”.

    Após o incêndio que destruiu parcialmente fábrica, com prejuízo estimado em R$ 800 milhões, foi realizada uma força-tarefa com a participação do ministro Carlos Fávaro, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, além de autoridades municipais e estaduais visando garantir os 1,4 mil postos de trabalho. Com a medida, além da manutenção dos empregos, a realização das obras de ampliação está mais que dobrando os postos de trabalho diretos e incrementando a economia da região.

     
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  • Valor Bruto da Produção atinge R$ 1,151 trilhão em 2023

    Valor Bruto da Produção atinge R$ 1,151 trilhão em 2023

    As estimativas de safra recorde em 2023, divulgadas nesta semana pela Conab e IBGE, juntamente com os ganhos de produtividade foram determinantes do Valor Bruto da Produção (VBP), que atingiu R$ 1,151 trilhão na estimativa de outubro deste ano. Este valor está 2,2% acima do observado em 2022, que foi de R$ 1,126 trilhão. O VBP das lavouras cresceu 4,2% em valores reais e está estimado em R$ 811,7 bilhões. A pecuária obteve um faturamento de R$ 339,9 bilhões e apresentou retração de -2,1% em relação ao ano.

    Valor Bruto da Produção atinge R$ 1,151 trilhão em 2023
    Valor Bruto da Produção atinge R$ 1,151 trilhão em 2023Valor Bruto da Produção atinge R$ 1,151 trilhão em 2023

    Contribuições positivas estão sendo observadas em uma relação grande de produtos. São eles: amendoim com 17,6% de aumento real no VBP, arroz 17,8%, banana 15,9%, cacau 19,5%, cana de açúcar 17,2%, laranja 18,0%, mandioca 42,4%, soja 2,9%, tomate 23,0% e uva 14,5%. Esse comportamento deve-se à influência de preços, quantidades produzidas ou a ambos.

    Num ranking de produtos destacam-se soja, milho, cana de açúcar, café e algodão. Estes cinco representam 81,9% do VBP das Lavouras. Pior desempenho é observado em algodão, batata-inglesa, café e trigo. Fortes retrações de preços em relação ao ano passado estão entre as principais causas desses resultados.

    Na pecuária os destaques positivos são para suínos, leite e ovos. Carne bovina e de frango não têm apresentado bons resultados neste ano.

    Finalmente, os resultados regionais mostram a liderança de Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás, que representam 59,8% do VBP total.

    Prognóstico do VBP para 2024

    Ainda é cedo para prognósticos sobre o Valor da produção para o próximo ano, tendo em vista as ocorrências climáticas. Excesso de chuvas e períodos secos trazem grandes incertezas. Os primeiros prognósticos não são muito otimistas, pois têm indicado uma safra menor do que a obtida em 2023. Algodão, café, feijão, milho soja e trigo são os produtos que devem apresentar as maiores baixas. Em termos percentuais, o VBP previsto pode ser 5,3% menor do obtido em 2023.
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  • Abertura de novos mercados no Vietnã, Tailândia, Turquia e Nova Zelândia

    Abertura de novos mercados no Vietnã, Tailândia, Turquia e Nova Zelândia

    O governo brasileiro tomou conhecimento com satisfação da abertura dos mercados de Vietnã, Tailândia, Turquia e Nova Zelândia para a exportação de farelo de milho, um dos produtos resultantes da produção do etanol de milho, tecnicamente chamado de DDG (distiller´s dried grains/ grãos secos por destilação) ou DDGS (distiller´s dried grains with solubles/ grãos secos por destilação com solúveis).

    Os DDGS/DDG são gerados a partir da produção do etanol do milho na segunda safra. O insumo é fonte proteica e energética nas formulações de ração animal (de ruminantes, suínos, aves, peixes e camarão).

    De acordo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), as projeções indicam que até 2031/2032 a produção de etanol de milho brasileiro saltará para 10,88 bilhões de litros, o que levará a uma oferta para o mercado de aproximadamente 6,5 milhões de toneladas de DDG/DDGS.

    A abertura dos novos mercados, que reforça o comprometimento do país em fortalecer o agronegócio e ampliar a oferta de insumo para a produção de proteína animal, é resultado dos esforços conjuntos entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

    Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo, atrás apenas da China (2ª) e dos Estados Unidos (1º). Cerca de 10% dos grãos são destinados à produção de etanol, que é realizada com o milho de segunda safra. A “safrinha” é plantada na mesma área após a colheita da safra principal, dentro do mesmo ano agrícola, e não demanda terra adicional para ser cultivada, o que reduz significativamente a emissão de gás carbônico.

    Pelas métricas do governo brasileiro, o etanol de milho tem uma das pegadas mais baixas dentre todas as usinas de etanol do Brasil (cerca de 17gCO2/MJ).

    Segundo o 1º Levantamento da Safra de Grãos 2023/24, divulgado em outubro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de milho total esperada para o cereal na safra 2023/24 é de 119,4 milhões de toneladas. Estima-se que 38 milhões de toneladas do cereal serão exportadas pelo país.
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  • Exportações do agronegócio em outubro foram de US$ 13,38 bilhões

    Exportações do agronegócio em outubro foram de US$ 13,38 bilhões

    As exportações brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$ 13,38 bilhões em outubro de 2023, uma cifra 2,3% inferior na comparação à exportada no mesmo período de 2022. O valor correspondeu a 45,4% das exportações totais do Brasil.

    Dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa) indicam que o resultado das vendas externas de outubro foi fortemente influenciado pelo recuo do índice de preços dos produtos exportados. Por outro lado, a safra recorde de grãos de 2022/2023 possibilitou um aumento de volume exportado pelo Brasil.

    Soja em grãos, milho e açúcar são os produtos que merecem destaque no mês.

    As exportações de soja em grãos atingiram volume recorde para os meses de outubro, com 5,53 milhões de toneladas. Esta quantidade embarcada é quase 45,7% superior ao exportado no mesmo mês de outubro do ano passado. A participação da China nas aquisições da soja em grãos exportada pelo Brasil subiu para quase 88% do volume exportado no mesmo período do ano passado. As vendas externas de soja em grãos alcançaram US$ 2,89 bilhões em outubro de 2023, com alta de 24%.

    O volume embarcado de milho foi recorde para os meses de outubro, chegando a 8,44 milhões de toneladas nesse outubro de 2023 ou uma quantidade 24,5% superior na comparação com os 6,78 milhões de toneladas exportados no mesmo mês do ano anterior. As vendas externas de milho foram de US$ 1,89 bilhão, praticamente idêntico ao de outubro de 2022.

    Nesse mês de outubro de 2023, a China foi o principal país importador do milho brasileiro, com participação de 40,9% na quantidade exportada pelo Brasil (3,46 milhões de toneladas) ou US$ 765,77 milhões.

    O terceiro produto com desempenho favorável neste mês foi o açúcar. Os preços internacionais do açúcar continuaram elevados em setembro, devido ao déficit hídrico registrado nas lavouras asiáticas e preocupações com uma possível quebra de safra. As exportações de açúcar brasileiro subiram de US$ 1,30 bilhão (outubro/2022) para US$ 1,50 bilhão (outubro/2023), alta de quase 15,4%.

    O incremento dos preços médios de exportação em 26,9% é o principal fator responsável pelo aumento do valor embarcado. Os maiores importadores do produto são Índia (US$ 197,73 milhões); Argélia (US$ 124,56 milhões; +22,4%); Indonésia (US$ 104,19 milhões; +3,8%); China (US$ 96,97 milhões; -51,3%); Canadá (US$ 91,77 milhões; +236,8%); e Malásia (US$ 80,72 milhões; +0,2%).

    Acumulado do ano (janeiro a outubro)

    Entre janeiro e outubro de 2023, as vendas externas do agronegócio brasileiro alcançaram a soma recorde US$ 139,58 bilhões, o que representa um crescimento de 3% na comparação com o mesmo período de 2022 (US$ 135,55 bilhões).

    Os setores que mais contribuíram para o desempenho positivo das exportações no período foram o complexo soja (+US$ 4,37 bilhões), complexo sucroalcooleiro (+US$ 3,02 bilhões) e cereais, farinhas e preparações (+US$ 1,82 bilhão).

    A Ásia foi a principal região geográfica de destino dos produtos do agronegócio brasileiro no período, com 53,4% de participação, enquanto a China foi o maior mercado comprador individual, com US$ 51,10 bilhões e 36,6% de market share.

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  • Brasil conquista mercado de gelatina e colágeno bovinos em Singapura

    Brasil conquista mercado de gelatina e colágeno bovinos em Singapura

    Singapura anunciou a abertura de seu mercado para gelatina e colágeno bovinos provenientes do Brasil. As negociações para a aprovação do Certificado Sanitário Internacional (CSI), exigido para o comércio desse tipo de produto para consumo humano, duraram cerca de um mês.

    Em 2022, o país asiático importou o equivalente US$ 62 milhões dos dois produtos, sendo aproximadamente US$ 6 milhões em gelatina bovina, principalmente da China, e cerca de US$ 56 milhões em colágeno, oriundo dos Estados Unidos.

    O colágeno bovino é um insumo com diversas propriedades tecnológicas e nutricionais. É muito utilizado na indústria alimentícia, para a produção de embutidos, e como matéria-prima para a fabricação de remédios e cosméticos.

    Esse novo anúncio soma-se à recente abertura do mercado de Singapura para crustáceos e moluscos bivalves congelados e para carnes bovina e suína processadas do Brasil, o que deverá contribuir para o aumento do fluxo comercial com aquele país. Tais resultados são fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
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  • Mapa fortalece agropecuária pantaneira

    Mapa fortalece agropecuária pantaneira

    Patrimônio Nacional do Brasil e reconhecido como Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Pantanal – considerado o menor bioma em extensão territorial – tem uma grande importância para o setor agropecuário brasileiro. Devido à sua importância para o Brasil, neste domingo (12) é celebrado o Dia Nacional do Pantanal.

    O bioma possui uma área aproximada de 140 mil quilômetros quadrados, equivalente a 1,8% de território dos biomas do país. São 15 milhões de hectares distribuídos em dois estados: Mato Grosso do Sul com 64,5% de área e Mato Grosso com 35,5%. Além do Brasil, o Pantanal ocupa áreas no Paraguai e na Bolívia.

    De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em seu Atlas do Espaço Rural Brasileiro, publicado em 2020, 67,3% do bioma destinam-se somente a pastagens, que são a base da alimentação dos bovinos, atividade econômica fundamental para a região. Esse percentual divide-se em três: 45,3% são pastagens naturais; 20,5% são pastagens cultivadas em boas condições; e 1,5% são pastagens cultivadas degradadas.

    “É uma região que foi fundamental para o desenvolvimento econômico de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e que, agora, passa a contar com o reconhecimento do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para o desenvolvimento de seus municípios”, destacou o ministro Carlos Fávaro.

    Maior área alagável do planeta, o Pantanal tem na pecuária, atividade presente na região por mais de 300 anos, a principal base de sua economia.

    Com uma produção baseada em sistemas extensivos produtivos de cria e recria, é um importante fornecedor de bezerros para engorda no cerrado. A pecuária de corte que é desenvolvida na região é feita por meio do sistema “Land Sharing”.

    A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) criou, por meio da unidade Embrapa Pantanal, uma ferramenta que avalia a sustentabilidade das fazendas (FPS_ Fazenda Pantaneira Sustentável) contribuindo para certificar e valorar as propriedades e também seus produtos, conforme explica a pesquisadora Sandra Santos.

    De acordo com o chefe adjunto de Transferência e Tecnologia da Embrapa Pantanal, Thiago Copolla, os pecuaristas pantaneiros adotam práticas de manejo e tecnologias sustentáveis específicas e desenvolvidas pela Embrapa Pantanal e seus parceiros com foco no aumento dessa produtividade de forma sustentável.

    “O produto originário da pecuária pantaneira carrega consigo um produto diferenciado que alia produção com tecnologia, conhecimento empírico e manejo sustentável da região”, disse ele.

    De acordo com a Superintendência Federal de Mato Grosso do Ministério da Agricultura e Pecuária (SFA-MT), são quase 8,1 milhões de cabeças de bovinos, sendo 4,1 milhões nas áreas de planície e os demais 3,96 em áreas de planalto. Em Mato Grosso do Sul, a atividade é realizada mais em áreas de planície e em Mato Grosso é o inverso, com mais bovinos em áreas de planalto.

    Ainda de acordo com a SFA-MT, são 650 espécies de aves (com destaque para o tuiuiú, símbolo do bioma), 152 de mamíferos, 127 de répteis, 60 de anfíbios e 269 de peixes de água doce. A flora pantaneira tem mais de 3,5 mil espécies de plantas terrestres e aquáticas.

    O Pantanal também favorece a piscicultura de peixes nativos, apicultura, linhas de cosméticos, turismo de pesca amadora e de observação da natureza e demais produtos originários da bioeconomia do bioma.

    BID PANTANAL

    O Mapa criou o programa BID Pantanal com o objetivo de promover ações de fortalecimento econômico, social e ambiental no bioma. Com investimentos de U$ 400 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o programa visa estimular o desenvolvimento local.

    As ações serão realizadas em seis municípios de Mato Grosso do Sul, com benefícios à população de 24 cidades, e em 12 municípios da Baixada Cuiabana, no pantanal mato-grossense.

    São projetos em diferentes vertentes que incluem o fomento à produção agropecuária e agroflorestal, escoamento da produção, beneficiamento e acesso a mercados, restauração ambiental e produtiva da bacia do Alto Taquari com melhoramento de pastagens, restauração de voçorocas e recuperação das matas ciliares, valorizando o produto pantaneiro.

    Após as visitas técnicas nas cidades que serão contempladas pelo programa, o próximo passo é a entrega da carta consulta ao BID. A expectativa que a carta seja entregue ao banco no início de 2024 e que, caso aprovado, o programa já tenha recursos financeiros liberados no segundo semestre do próximo ano.

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