Tag: Agro

  • Com alta de quase 10% no mês, preço do milho se aproxima de R$ 70/sc

    Com alta de quase 10% no mês, preço do milho se aproxima de R$ 70/sc

    Os preços do milho seguem em alta na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP.

    Próximo dos R$ 70/saca de 60 kg, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) acumula valorização de 9% na parcial de dezembro (até o dia 14).

    Segundo pesquisadores do Cepea, a forte retração de vendedores, que seguem preocupados com o clima e com os possíveis impactos sobre a oferta dos próximos meses, tem mantido o ritmo de negócios lento no spot nacional.

    Do lado da demanda, parte dos consumidores mostra necessidade de repor estoques, sobretudo para este final de ano, ao mesmo tempo em que as exportações estão aquecidas.

    Até o momento, a Conab estima que a área destinada ao cereal para a safra verão de 2023/24 seja 9% menor que a de 2022/23, resultando em produção de 25,31 milhões de toneladas, que seria, por sua vez, 7,5% inferior à da temporada anterior.

  • Soja/Cepea: retração produtora volta a elevar preços

    Soja/Cepea: retração produtora volta a elevar preços

    Os preços da soja reagiram no mercado doméstico na última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, preocupações quanto à produtividade da safra 2023/24, devido ao clima adverso, afastaram produtores das negociações envolvendo grandes lotes no spot.

    Embora as recentes chuvas no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil tenham beneficiado as atividades de campo, a umidade do solo ainda está abaixo do adequado para a cultura.

    Em relatório divulgado no último dia 8, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revisou para baixo a produção brasileira de soja em 2 milhões de toneladas frente ao indicado em novembro. A nova projeção é de 161 milhões de toneladas. Ainda assim, esse volume seria um recorde.

    O movimento de alta nas cotações internas da oleaginosa ao longo da última semana também esteve atrelado a estimativas indicando maior demanda por parte da China na temporada 2023/24.

  • Exportações do agronegócio foram de US$ 13,48 bilhões em novembro

    Exportações do agronegócio foram de US$ 13,48 bilhões em novembro

    As exportações brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$ 13,48 bilhões em novembro de 2023, um valor US$ 1,33 bilhão superior na comparação com os US$ 12,15 bilhões exportados no mesmo mês de 2022. Com esse resultado, atingiu-se recorde de exportação para os meses de novembro, que correspondeu a 48,4% das exportações totais do Brasil.

    O resultado de novembro, segundo indicam dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), foi fortemente influenciado pela elevação do volume embarcado, que subiu 19,2%. Apesar da queda de 6,9% nos preços médios de exportação dos produtos do agronegócio brasileiro, impossibilitando o registro de um valor ainda mais expressivo nas exportações.

    A safra recorde de grãos 2022/2023 possibilitou o aumento do volume exportado pelo Brasil. Neste ano de 2023, até novembro, o Brasil já exportou praticamente 180 milhões de toneladas diretas de grãos ou 56% da safra total, que foi de 319,97 milhões de toneladas.

    Soja em grãos, açúcar de cana, farelo de soja e carne bovina são, para os analistas da SCRI, os produtos que mais contribuíram para o crescimento das exportações no mês.

    Destaque de novembro, as exportações de soja em grãos atingiram volume de 5,20 milhões de toneladas. Esta quantidade embarcada foi 105,8% superior ao exportado no mesmo período do ano passado. O setor é o maior responsável pelo crescimento das vendas externas do agronegócio.

    As vendas externas de soja em grãos alcançaram US$ 2,73 bilhões em novembro de 2023, com alta de 76,0%.

    As exportações de soja em grãos para a China cresceram 90,2% entre novembro de 2023 e o mesmo mês do ano passado. O país adquiriu 87,5% do volume total exportado pelo Brasil de soja em grãos em novembro de 2023.

    O volume exportado de milho também foi recorde para os meses de novembro, atingindo 7,40 milhões de toneladas, um aumento de 25,7%. Por sua vez, a queda do preço médio de exportação do milho em 19,9% no período em análise impediu uma maior elevação do valor exportado, que foi de US$ 1,68 bilhão (+0,7%).

    Assim como para a soja, a China permanece sendo o principal mercado importador do milho brasileiro, com US$ 605,94 milhões ou 2,73 milhões de toneladas. O país asiático respondeu por 36,9% do volume exportado pelo Brasil do cereal.

    O terceiro produto com desempenho favorável em novembro foi farelo de soja. As vendas externas de farelo de soja subiram de US$ 793,88 milhões em novembro de 2022 para US$ 916,65 milhões em 2023, alta de 15,5%. O aumento do valor se dá em função do incremento do volume exportado, que cresceu 23,7%. União Europeia, Indonésia e Coreia do Sul foram os maiores importadores do produto brasileiro.

    Acumulado do ano (janeiro a novembro)

    Entre janeiro e novembro de 2023, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram o montante de US$ 153,08 bilhões, o que representou expansão de 3,6% em comparação aos US$ 147,70 bilhões exportados entre janeiro e novembro de 2022.

    Dessa forma, os produtos do agronegócio brasileiro representaram 49,3% das exportações brasileiras no período, 1,3 ponto percentual a mais do que a participação do agronegócio nas vendas externas entre janeiro e novembro de 2022.

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  • Abertura de mercado no Peru para exportação de farinha de carne e ossos bovinos

    Abertura de mercado no Peru para exportação de farinha de carne e ossos bovinos

    O governo brasileiro informa, com satisfação, a abertura de mercado às exportações brasileiras de farinha de carne e ossos de bovinos para o Peru. As negociações começaram em julho de 2016 e foram concluídas com a aprovação do Certificado Sanitário Internacional (CSI), recém-publicada pelo governo peruano.

    Trata-se de um mercado da ordem de US$ 30 milhões e com potencial de crescimento, considerando-se a reativação da indústria peruana de aves, suínos e “pet food”. As exportações brasileiras de produtos agrícolas para o país andino ultrapassaram US$ 628 milhões no último ano, com destaque para produtos florestais, carne e soja.

    Ao longo de 2023, o Brasil logrou abrir 75 novos mercados externos para os produtos agropecuários nacionais. Tal resultado é fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

    Informações à Imprensa
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  • Mulheres dirigem 1,7 milhão de propriedades rurais no Brasil e continuam quase invisíveis

    Mulheres dirigem 1,7 milhão de propriedades rurais no Brasil e continuam quase invisíveis

    A pecuarista Dora Bileco herdou a gestão da fazenda da família no Mato Grosso do Sul após ficar viúva. Com filhos pequenos, Dora teve que estudar, capacitar-se e abandonar a arquitetura para dar continuidade aos negócios, antes comandados pelo marido. Ela está entre as mulheres que dirigem propriedades rurais no Brasil e encontrou muita resistência entre os trabalhadores, muitos pediram demissão para não aceitarem o comando feminino. Dora conta que para evitar ser colocada à prova, costumava ler os manuais de máquinas e equipamentos quando precisava contratar serviços de manutenção ou comprar peças para seus tratores.

    Assim como Dora, no Brasil, 1,7 milhão de mulheres estão pouco na gestão ou coordenação de propriedades rurais, segundo o Censo Agropecuário de 2017. Para apresentar um sobre essas produtoras, a Embrapa lançou a Coleção Mulheres Rurais no Brasil, levando em consideração diferentes realidades.

    Mesmo diante da multiplicidade de papéis reforçados nos estabelecimentos, a participação feminina passa quase despercebida. Em Mulheres na Pecuária , um dos livros da coleção, são apresentados dados, informações, perfis e desafios no gerenciamento de suas atividades no campo.

    A publicação, coordenada pela pesquisadora Claudia de Mori, da Embrapa Pecuária Sudeste, foi escrita por vários pesquisadores e pesquisadoras de centros que atuam em pecuária no país.

    Para Claudia, embora alguns fatos mostrem a importância da participação feminina na produção pecuária, há poucos registros, pesquisas e divulgação sobre o assunto. “Os novos tempos e a mudança nos comportamentos trouxeram esse tema para o debate e uma coleção de publicações que contextualizam esta participação e os principais problemas, tiraram o assunto da invisibilidade e contribuíram nessa discussão”, destacou a pesquisadora.

    As mulheres desempenham múltiplos papéis e responsabilidades na criação de animais, na propriedade e na família. Segundo Claudia, elas estão na lida diária do manejo, na gestão da propriedade, na agroindustrialização e nas organizações sociais. “Infelizmente, aspectos culturais e normas sociais fizeram com que a contribuição econômica das mulheres na produção agroalimentar fosse ignorada e tratada como ‘complementar’.

    “Os dados e histórias trazidas nesta publicação mostram um pouco desta multiplicidade de atuação e a importância das mulheres na produção pecuária. As histórias têm em comum uma mesma questão: a mulher produtora ou técnica ainda é vista com estranheza e desconfiança e exige isso dela um esforço “Muito maior para provar seu conhecimento e valor. Embora haja muitos problemas, eles têm aplicado, transformando suas realidades e seu entorno. Eles mostram que o mundo da peculiaridade também é feminino”, observa.

    O documento também apresenta recomendações de ações e políticas públicas direcionadas às mulheres no campo, no que diz respeito ao enfrentamento das desigualdades de gênero no meio rural. Claudia ressalta que uma mudança mais eficaz e ampla requer políticas públicas de acesso a recursos, serviços e treinamentos, contemplando a diversidade de situações nas diferentes regiões do território brasileiro.

    O Censo (2017) mostra que apenas 18,2% (450 mil) dos estabelecimentos de pecuária tinham, no período, gestão feminina. A região Nordeste apareceu com mais da metade dos estabelecimentos pecuários geridos por mulheres (53,8%). Na sequência seguem Sudeste (16,5%), Sul (10,4%), Centro-Oeste (10,2%) e Norte (9,2%). O tamanho médio da propriedade com mulheres na gestão foi de 48,8 ha, já dirigido por homens envolvidos em uma média de 94,9 ha.

    O perfil desses gestores é mais jovem comparando-se aos homens. Cerca de 30% deles têm menos de 35 anos. Nessa faixa etária, o grupo masculino é de 24,3%.

    A publicação contribui para o alcance da meta 5, proposta pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), relacionados à igualdade de gênero.

    São autores do volume Claudia De Mori (Embrapa Pecuária Sudeste), Danielle Ribeiro Azevêdo (Embrapa Meio-Norte), Jorge Sant’Anna dos Santos (Embrapa Pecuária Sul), Juliana Alves Dias (Embrapa Rondônia), Manuela Sampaio Lana (Embrapa Gado de Leite), Mariana de Aragão Pereira (Embrapa Gado de Corte), Patrícia Goulart Bustamante (Embrapa Alimentos e Territórios), Thais Basso Amaral (Embrapa Agricultura Digital), Helenira Marinho Vasconcelos (Embrapa Agroindústria Tropical) e Aline Costa Silva (Embrapa Caprinos e Ovinos ).

    Mulheres na direção

    Em 1 mil hectares, no município de Bagé (RS), Lieli Borges Pereira trabalha com gado de corte e plantio de soja. Com a morte prematura do pai, Lieli assumiu a gestão da propriedade, saindo da cidade para a fazenda. Situações como essa não são naturais. A sucessão antecipada por evento que envolva invalidez ou morte do pai-gestor.

    Lucy Araújo de Armas , pequena produtora rural no município de Jaguarão (RS), trabalha em uma propriedade com 140 hectares, sendo 10 arrendados. No estabelecimento, criação gado de corte e ovinos. Lucy atua na criação e comercialização de cordeiros.

    Antonielly Rottoli iniciou a pecuária em Mato Grosso do Sul, apoiando o marido nas atividades, principalmente na contabilidade. A mudança para Alto Paraíso (RO), em 2013, foi um momento de transformação. Com o desenvolvimento e ampliação do negócio, ela se aprimorou-se técnica e como líder. Além de pecuarista, Antonielly é bacharel em Direito, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais e líder do Movimento Agromulheres Rondônia.

    A veterinária Aline Kehrle, junto com seu marido e em sociedade com seu pai, comanda uma propriedade rural de cinco mil hectares no Tocantins. Ela se formou, fez mestrado e morou fora do Brasil por dois anos, quando decidiu voltar, implantou um sistema inovador na fazenda que tinha sido de seu avô: o sistema ultra denso de pastel rotacionado, preconizado pelo biólogo Allan Savory.

    “Fazer algo diferente de todo mundo já gera desconfiança. Feito por uma mulher, então, mais ainda”, observa Aline. Mas a veterinária mantém a determinação de fazer a diferença: “Eu acredito muito no que a gente faz [na fazenda]. É muito difícil mudar o mundo inteiro. A gente só consegue mudar ao nosso redor”. Por experiência própria, ela aconselha às mulheres que se dedicam à pecuária a cercarem-se de pessoas que acreditam nelas e que procuram espaços onde sejam bem recebidas.

    Filha de produtores rurais de Betânia, no Piauí, Francisca Neri é produtora de ovinos. Iniciou no associativismo aos 16 anos como secretária da Ascobetânia. A oportunidade surgiu por uma demanda do Projeto Viva o Semiárido, para que mulheres e jovens participassem da diretoria da associação. Francisca foi premiada pelos dirigentes da Ascobetânia e, ao completar 18 anos, assumiu a presidência.

    Atualmente, é secretário de agricultura de Betânia, vice-presidente da Ascobetânia e atua como conselheiro da Cooperativa dos Produtores Rurais da Chapada Vale do Itaim (Coovita). Para Francisca, sua vida gira em torno da agricultura familiar, sendo a organização coletiva a sua ferramenta de transformação dos produtores e da realidade local.

    Segundo ela, a mulher nas organizações é um novo necessário, por sua sensibilidade para conduzir as situações, maior capacidade de organização, pensar mais longe e ocupar espaços necessários, além de agregar a família ao negócio. Em 2022, ela foi reconhecida pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) como uma das Líderes da Ruralidade.

    Rosevania Viera da Silva Leite é uma mulher do Agreste Alagoano. Há 30 anos comprei a sua primeira cabra para garantir a alimentação da filha recém-nascida. Rosevania vive em Limoeiro de Anadia, onde produz e comercializa leite de cabra e derivados, agregando valor e gerando renda para sustentar a família. Desde 2010, envolve-se em exposições de caprinos na região Nordeste, buscando meios para melhorar a qualidade de vida das famílias da região do agreste e do sertão. Atualmente, é presidente da Associação de Agricultores Alternativos, uma organização formada por agricultores familiares que realiza capacitações para elaboração de produtos à base de leite de cabra.

    Há, no país, muitos grupos de mulheres engajadas na agropecuária. Esses movimentos promovem encontros técnicos, treinamentos e até congressos voltados exclusivamente para o público feminino. Segundo a pesquisadora Claudia de Mori, as mulheres vêm conquistando seu espaço e contribuindo com novas perspectivas para uma peculiar mais plural e diversa.

  • Valor da Produção Agropecuária deve atingir R$ 1,159 trilhão este ano

    Valor da Produção Agropecuária deve atingir R$ 1,159 trilhão este ano

    O Valor Bruto da Produção (VBP) de 2023, obtido com base nas informações de novembro, atingiu o valor recorde de R$ 1,159 trilhão, 2,5% superior em valores reais ao obtido no ano de 2022, que foi de R$ 1,131 trilhão.

    O valor da produção das lavouras cresceu 3,8%, tendo atingido R$ 813,0 bilhões. O valor estimado para a pecuária é de R$ 346,9 bilhões, com redução de -0,6% em relação a 2022.

    A divulgação de safras pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Instituto de Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE), mostra o resultado favorável da produção neste ano, 319,9 milhões de toneladas.

    Vários produtos alcançaram recorde de produção como a soja, milho, cana-de-açúcar, café e batata inglesa. Pouca alteração deve ocorrer até o final de 2023, pois com exceção do trigo em algumas regiões, as demais lavouras estão colhidas.

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    Contribuições positivas ao VBP vieram de diversos produtos, entre os quais: amendoim (18,7%), banana (15,5%), cacau (26,3%), cana-de-açúcar (17,6%), laranja (19,4%), mandioca (43,6%), soja (2,5%) e uva (19,6%). Estas representam 65,6% do faturamento das lavouras. Já os melhores resultados neste ano foram atingidos por um grupo mais seletivo, entre eles algodão, café, cana-de-açúcar, laranja, milho e soja.

    As exportações do agronegócio (janeiro-novembro de 2023), foram um dos fatores que na divulgação das contas nacionais divulgadas pelo IBGE em dezembro, afetaram positivamente o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária. As exportações geraram U$ 139,58 bilhões, sendo que 36,61% do valor foi embarcado para a China.

    Finalmente, os dados do VBP regional continuam mostrando-se favoráveis a quase todos os estados brasileiros. A liderança continua com Mato Grosso, seguido por São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul.

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  • Mapa prorroga período de plantio da soja até 13 de janeiro de 2024

    Mapa prorroga período de plantio da soja até 13 de janeiro de 2024

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) prorrogou o período de plantio de soja até 13 de janeiro de 2024. A portaria nº 968/2023 da Secretária de Defesa Agropecuária do Mapa foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta terça-feira (12).

    Inicialmente, o período de plantio definido para o estado de Mato Grosso é de 16 de setembro a 24 de dezembro de 2023. Porém, o período de seca e ondas de calor ocasionaram o atraso de semeadura em todas as regiões do Estado e obrigaram muitos produtores a realizarem replantios.

    Conforme o último levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a área de replantio do estado está prevista em 5,54% até o momento.

    Com isso, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) provocou o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), que fez a solicitação ao Mapa para a prorrogação do prazo.

    No ano anterior, os produtores alcançaram 100% do plantio em 2 de dezembro.

  • Sistemas agroalimentares sustentáveis fazem parte da solução para a crise climática

    Sistemas agroalimentares sustentáveis fazem parte da solução para a crise climática

    Integrantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participaram, nesta quarta-feira (6), em Dubai, de evento oficial da Convenção do Clima, para debater sobre o futuro dos sistemas alimentares sustentáveis. A Agricultura foi incluída como parte da solução para as mudanças climáticas e considerada um dos temas mais relevantes da Declaração de Sistemas Alimentares, assinada por 137 países na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP 28).

    Durante a dinâmica, proposta pela presidência da COP 28, representantes de organizações multilaterais, do governo e do setor privado de diferentes países responderam a perguntas importantes, com a participação ativa das autoridades presentes e interação do público virtual. As questões abordaram necessidades a nível mundial e possíveis estratégias para sua melhor aplicação, tanto para a sustentabilidade da produção de alimentos, quanto para a mitigação dos efeitos climáticos.

    Para sintetizar o futuro dos sistemas sustentáveis em uma palavra, o diretor do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação do Mapa, Bruno Brasil, utilizou a palavra “resiliência”, a qual também foi votada pela maioria dos internautas nas enquetes propostas. “A resiliência é a capacidade de adaptarmos a agricultura aos efeitos das mudanças climáticas, uma vez que este é um setor particularmente vulnerável. Temos visto este ano, por exemplo, uma seca histórica na Amazônia, ao mesmo tempo que ocorreram inundações e ciclones tropicais em partes do sul do país. Tais eventos estão se tornando cada vez mais frequentes e intensos”, justificou.

    Segundo o diretor, o principal grupo que deve ser envolvido na implementação de políticas públicas para sustentabilidade agropecuária é o de produtores. “Sem entender as necessidades dos produtores rurais e engajá-los numa política que concilie os benefícios ambientais com ganhos de produtividade e renda, não é possível alcançar sucesso. É justamente por endereçar esta questão chave que o Plano ABC/ABC+ funciona no Brasil há 13 anos com excelentes resultados”, destacou.

    Sobre o que os governantes têm em mente na hora de determinar qual política pública deve ser aplicada, a palavra multilateralismo foi o destaque. Para os debatedores, apenas a cooperação mútua entre os países poderá levar à vitória sobre a crise climática. “Temos que repudiar qualquer ação unilateral e protecionista que vise simplesmente repassar custos e penalizar produtores, pois vivemos em uma cadeia global de suprimento de alimentos. É preciso reconhecer e valorizar os atores que já utilizam práticas sustentáveis, para que estas possam, cada vez mais, ser adotadas”, finalizou o diretor do Depros.

    Informações à Imprensa
    Suellen Siqueira
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  • Governo Federal atualiza preços mínimos da uva e do arroz

    Governo Federal atualiza preços mínimos da uva e do arroz

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feira (6) a Portaria n° 636, que estabelece os preços mínimos da uva industrial, de acordo com o voto aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 30 de novembro deste ano. Além disso, consta na Portaria a inclusão da cultura do arroz longo fino em casca na região Nordeste, em complemento a Portaria nº 612/2023.

    O diretor de Comercialização da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, Silvio Farnese, destacou que o preço mínimo para uva foi resultado de acordo entre os membros da cadeia produtiva da uva, que, por consenso acataram a proposta apresentada. “Isto representa um fato importante no balizamento dos negócios entre produtores e industriais do setor”, disse.

    Segundo a Portaria, fica estabelecido o preço mínimo básico de R$ 1,50/kg da uva industrial com 15° glucométricos, da safra 2023/2024, para os estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, com vigência de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2024.

    Já para o arroz longo fino em casca do tipo 1-58/10, o preço mínimo básico fica ajustado para R$ 72,73/60kg, para os estados da região Nordeste, com vigência de 1º de fevereiro de 2024 a 31 de janeiro de 2025.

    O objetivo da iniciativa é dar suporte à comercialização destes produtos em conformidade com as diretrizes da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). A medida de preços mínimos entra em vigor em 1º de janeiro de 2024.

    Os produtores beneficiados fazem parte da PGPM, que é uma importante ferramenta para diminuir oscilações na renda dos produtores rurais e assegurar uma remuneração mínima, atuando como balizadora da oferta de alimentos, incentivando ou desestimulando a produção e garantindo a regularidade do abastecimento nacional.
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  • Ensaios avaliam desempenho de cultivares de soja em ano de intenso estresse climático

    Ensaios avaliam desempenho de cultivares de soja em ano de intenso estresse climático

    A escolha adequada da cultivar de soja é uma decisão estratégica para os produtores rurais e que pode impactar significativamente na rentabilidade e sustentabilidade da produção agrícola. É crucial que eles conheçam as características específicas de cada material e, além disso, que saibam como está o desempenho das variedades no campo com relação ao local e época de semeadura, à resistência às pragas e doenças, adaptação às condições climáticas e à qualidade dos grãos.

    Para munir os agricultores de informações técnicas e imparciais necessárias para essa tomada de decisão, a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) vai realizar, durante o Fundação MT em Campo Safra 2024 que acontece em janeiro, o Circuito do Conhecimento de Cultivares nos municípios de Sorriso, Nova Mutum e Itiquira. A iniciativa será nas estações de Vitrines de Cultivares de Soja, que contemplam aproximadamente 60 variedades em cada local de pesquisa, totalizando cerca de 1.526 parcelas experimentais.

    No Centro de Aprendizagem e Difusão (CAD) Norte, em Sorriso, o Circuito terá temas relacionados à fitopatologia, como a ocorrência de mancha alvo e podridão de grãos, além de debate sobre vigor de sementes. Já nos CADs de Nova Mutum e Itiquira, será abordado também a sensibilidade de cultivares à mosca branca e à ferrugem asiática, problemas comuns em semeaduras da oleaginosa no fechamento de janela como ocorreu na safra 2023/24. Em ambas as áreas de conhecimento, o público terá informações sobre a sensibilidade dos materiais avaliados, como se comportam em diferentes locais, principalmente no que diz respeito às condições climáticas adversas, com atraso das chuvas no estabelecimento das semeaduras.

    Daniela Dalla Costa, engenheira agrônoma e pesquisadora de Fitotecnia da Fundação MT, destaca que assim como nas lavouras comerciais de boa parte de Mato Grosso, as áreas de pesquisa também tiveram adiamento de plantio. “Com o atraso da ocorrência e estabilidade de chuvas, em Sorriso implantamos apenas uma semeadura em 27/10. Em Nova Mutum conseguimos estabelecer as duas épocas, em 13/10 e 01/11 e, em Itiquira, em 20/10 e 03/11”, descreve.

    Constatações

    Entender como a fisiologia das plantas está associada à densidade de semeadura junto às condições climáticas da safra 23/24 também é um dos objetivos dos ensaios de cultivares da Fundação MT. Todo o conhecimento adquirido será repassado aos participantes do Circuito do Conhecimento de Sorriso, Nova Mutum e Itiquira. A especialista da instituição adianta que já há informações interessantes a partir da percepção de sensibilidade de materiais que apresentaram redução de estande por questões como vigor de sementes, estresse hídrico e temperaturas elevadas.

    “Nesta safra, as sementes obrigatoriamente passaram por uma situação de estresse. Na maior parte do Estado, tivemos temperaturas muito elevadas e falta de chuva na maioria das áreas cultivadas. É fundamental que nesse momento tenhamos sementes vigorosas para que elas consigam superar essas situações e estabelecer um estande adequado de plantas”, pontua. Contudo, ela salienta que em algumas parcelas experimentais, assim como em diversas lavouras do Estado, houve redução de vigor ou a resposta à emergência não foi tão uniforme porque a semente não tinha o vigor necessário para superar todo o estresse. “Isso acende um alerta ao produtor para que ele fique atento às sementes que está comprando”, cita Daniela.

    Na temática densidade de semeadura, a equipe técnica da instituição tem avaliado que as densidades utilizadas, a partir da recomendação das obtentoras, estão elevadas. E isto já é um consenso entre os produtores também. Um dos exemplos foi a safra passada, nos ensaios de Sorriso, onde a fertilidade de solo é alta e as chuvas se mantiveram do início ao fim do ciclo da cultura. A pesquisadora lembra que as plantas com hábito de crescimento indeterminado cresceram muito e acabaram acamando. “De 64 materiais em avaliação, boa parte poderíamos ter reduzido a densidade de semeadura”, completa.

    Para mostrar essa percepção nos dias de campo, foi implantado em Sorriso um ensaio com diferentes densidades e cultivares de soja com características de desenvolvimento diferentes, principalmente em hábitos de crescimento e ciclos. “Buscamos entender como esses materiais se comportaram nas condições ambientais, se é mais interessante aumentar a densidade de semeadura ou se é melhor reduzir, e como esses materiais vão se comportar com relação à produtividade, eficiência de aplicação, ocorrência de doenças”, explica a pesquisadora.

    Doenças

    Nas regiões de pesquisa da Fundação MT, as condições ambientais não estão favoráveis à ocorrência de doenças, como a mancha alvo que costuma ser um problema em Sorriso. Associado a esse cenário, realiza-se um manejo de fungicidas robusto buscando evitar a podridão de grãos e permitir que as cultivares expressem o seu máximo potencial produtivo. A especialista ressalta, no entanto, que há preocupação com relação à ferrugem da soja nos ensaios mais tardios (começo de novembro), especialmente na região Sul do Estado, o que será enfatizado nas rodadas.

    Programação

    O Fundação MT em Campo Safra 2024 terá início no dia 10 de janeiro em Sorriso, no CAD da instituição de pesquisa. Em seguida, no dia 17, o evento acontece em Nova Mutum e, por último, em Itiquira, nos dias 24 e 25. Além da Vitrine de Cultivares e Circuito de Conhecimento de Cultivares, a programação terá temas relacionados a solos, entomologia, fitopatologia, matologia e nematologia. Outras informações e inscrições estão disponíveis no site da Fundação MT (fundacaomt.com.br).