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  • Agricultura Familiar fornecerá hortifrúti para merenda escolar em 2025

    Agricultura Familiar fornecerá hortifrúti para merenda escolar em 2025

    Oferecer uma alimentação adequada aos estudantes do ensino público municipal é uma preocupação constante da administração municipal. A Prefeitura de Lucas do Rio Verde já vem a alguns anos adquirindo produtos da agricultura familiar, para o preparo do cardápio da merenda escolar e, neste ano, a Chamada Pública 002/2025 já garantiu a aquisição dos alimentos para o primeiro semestre do ano.

    A iniciativa atende ao Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, sendo que os gêneros alimentícios da agricultura familiar serão usados na alimentação nas escolas municipais de ensino fundamental, educação infantil e creches municipais.

    No ano de 2024, a Prefeitura adquiriu o total de 88,5% do valor repassado pelo PNAE para aquisição de produtos provenientes da agricultura familiar, sendo que o mínimo exigido pelo programa é que 30% dos produtos venham de pequenos produtores.

    Os produtos adquiridos, conforme a Chamada Pública deste ano que aconteceu nesta semana, inclui frutas, legumes, folhosos, polpas de frutas e mandioca. A entrega acontecerá semanalmente conforme a necessidade de cada unidade escolar.

    “A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente é parceira no fomento da produção que vai atender na alimentação dos estudantes. Dessa forma, apoiamos os agricultores familiares durante o ano com assistência técnica, patrulha agrícola, fomento e demais necessidades”, explicou a veterinária da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, Silvia Krause.

    O montante investido neste primeiro trimestre atenderá as 24 unidades de ensino da rede municipal, com a oferta de alimentos de qualidade, com segurança e variado para garantir o crescimento e desenvolvimento dos alunos.

    A abertura dos envelopes aconteceu na Prefeitura com a presença de fornecedores, sendo dois deles aprovados para atender ao Chamamento: a Cooperativa Luverdense de Agricultores Familiares (COOPERLAF) e Cooperativa de Desenvolvimento Agro-Industrial de Tapurah (COAIT).

  • Parceria entre Município e Estado fortalece produção avícola em Sorriso

    Parceria entre Município e Estado fortalece produção avícola em Sorriso

    Com foco no fortalecimento da avicultura de Sorriso, o secretário municipal de Agricultura Familiar e Segurança Alimentar, Lucas de Oliveira, e o vice-presidente da Câmara de Vereadores, Emerson Farias, estiveram em Cuiabá, nesta terça-feira (25), para alinhar investimentos destinados ao Abatedouro Municipal de Aves de Sorriso. Durante a visita à Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (SEAF), onde foram recebidos pela gestora da pasta, Andreia Fujioka, as autoridades políticas debateram parcerias para ampliar a capacidade produtiva e melhorar a infraestrutura do local.

    O abatedouro, que atualmente tem capacidade para processar 250 aves por dia, deverá receber um aporte financeiro de R$ 700 mil do Estado, somado aos R$ 250 mil já garantidos pelo Município. Esses recursos serão utilizados na aquisição de novos equipamentos, como caldeira e mesa de desossa, além de melhorias na estrutura física. Com as atualizações, a produção deve crescer cerca de 75%, beneficiando diretamente os produtores de Sorriso e região.

    Para o secretário Lucas de Oliveira, o investimento representará um avanço significativo para o setor avícola de Sorriso, promovendo mais oportunidades para os agricultores familiares e fortalecendo a economia local. “Estamos promovendo uma transformação na produção avícola do município. A modernização do abatedouro garantirá mais eficiência no processamento, além de agregar valor ao produto e impulsionar a economia rural, principalmente para os pequenos produtores”, destacou.

    Além da reunião na SEAF, a agenda em Cuiabá incluiu uma visita ao gabinete do deputado estadual Juca do Guaraná, onde foi assegurada a destinação de uma calcareadeira para atender os moradores do Assentamento Jonas Pinheiro. “Saímos dessa visita com conquistas importantes para a agricultura familiar do município. O apoio do Estado é fundamental para garantir melhores condições de trabalho e renda para os nossos produtores”, finalizou Lucas de Oliveira.

  • Prefeitura e IFMT iniciam parceria para análise micrológica de produtos da agricultura familiar

    Prefeitura e IFMT iniciam parceria para análise micrológica de produtos da agricultura familiar

    A Prefeitura de Lucas do Rio Verde, por meio da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, fechou uma importante parceria com o Campus avançado do IFMT para análise micrológica de produtos da agricultura familiar. A iniciativa visa garantir que os produtos fabricados pelos agricultores familiares, que são derivados da carne, sejam analisados micrologicamente.

    O projeto de extensão teve início essa semana e o contrato é de um ano, garantindo maior qualidade nos produtos que chegam à mesa dos luverdenses.

    “Vão participar, a princípio, os produtores de salame, que são do nosso “Programa Selo de Origem Municipal” e também os abatedouros. Hoje, isso é importante não só para nós da fiscalização, mas também para a população que consome e para o produtor saber se a sua agroindústria está com a adequada higienização”, explicou a médica veterinária da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, Silvia Krause.

    O projeto de extensão é importante para que os estudantes tenham, no instituto, a parte técnica e prática das aulas ministradas no curso de biotecnologia. “Nosso trabalho será todo prático, até porque os alunos precisam conhecer a fundo as técnicas que a gente vai aplicar. A gente tem que ter mais segurança e, principalmente, os alunos têm que ter essa segurança de aplicar essas metodologias. Então exige refino, um cuidado específico para trabalhar com isso”, acrescentou o coordenador do projeto de extensão do IFMT, Adilis Paulo de Lima.

    A ideia é iniciar por produtos cárneos e futuramente trabalhar a análise micrológica de outros itens produzidos pelos pequenos agricultores familiares, como derivados de leite, mel, entre outros.

  • Desenrola Rural entra em vigor em 24 de fevereiro e facilita renegociação de dívidas para agricultores

    Desenrola Rural entra em vigor em 24 de fevereiro e facilita renegociação de dívidas para agricultores

    O governo federal instituiu o programa Desenrola Rural, que passa a valer a partir do dia 24 de fevereiro, oferecendo condições especiais para a renegociação de dívidas de agricultores familiares, cooperativas e beneficiários de programas de financiamento rural. A iniciativa busca facilitar a regularização de débitos inscritos na Dívida Ativa da União e em instituições financeiras, garantindo acesso a novos créditos.

    Para aqueles que possuem pendências na Dívida Ativa da União, o processo de regularização pode ser feito pelo site Regularize, onde basta acessar com o CPF, consultar os débitos e escolher a melhor opção de pagamento. Já para os produtores que têm dívidas relacionadas ao Pronaf ou ao Crédito Fundiário, a renegociação deve ser feita diretamente com o banco ou instituição financeira responsável pelo contrato. No caso do Crédito de Instalação, a regularização dos débitos pode ser feita no Incra, onde há possibilidade de obtenção de descontos na quitação.

    Os agricultores podem contar com o apoio de sindicatos rurais e entidades representativas para facilitar o processo de renegociação. Além disso, o programa permite que, mesmo com restrições no nome por pequenas dívidas, como contas de água, luz ou telefone, os produtores continuem tendo acesso a novos créditos do Pronaf A e B.

    O Desenrola Rural é direcionado a agricultores familiares e cooperativas da agricultura familiar que possuem dívidas do Pronaf, Crédito de Instalação, Crédito Fundiário ou débitos inscritos na Dívida Ativa da União há mais de um ano. Com a medida, o governo busca fortalecer a economia no campo, garantindo que os produtores tenham acesso a crédito e possam continuar investindo no desenvolvimento da agricultura familiar.

  • Produtores familiares quadruplicam produtividade de cafés Robustas Amazônicos

    Produtores familiares quadruplicam produtividade de cafés Robustas Amazônicos

    O cultivo de variedades de café clonal, conhecido como Robustas Amazônicos, associado a outras tecnologias recomendadas pela Embrapa, tem possibilitado trabalhos mais produtivos e grãos de qualidade em propriedades rurais familiares da Amazônia. Produtores do Acre, Rondônia, Amazonas, Roraima e outras localidades da região conseguiram quadruplicar a produção, em relação aos cultivos seminais, saindo de uma produtividade entre 20 e 30 sacas de 60 quilos de café em grãos por hectare, para até 120 sacas. Esse resultado garante mais renda e qualidade de vida para as famílias rurais.

    Os cafés Robustas Amazônicos são cultivados há décadas na Amazônia e, nos últimos dez anos, ganharam visibilidade no mercado e a preferência dos cafeicultores da região. A atividade começou com agricultores de Rondônia e se expandiu entre produtores de outros estados, que passou a renovar antigos cafés seminais e implantaram novos plantios com variedades clonais. Segundo o pesquisadora da Embrapa Acre , Aureny Lunz , os cafés seminais apresentam pouca alta variabilidade genética, fator que limita a produção e torna a cultura competitiva.

    “Já os cafés clonais Robustas Amazônicos, além de altamente produtivos, obtiveram maturação uniforme, essencial para obtenção de grãos de qualidade, e o uso de variedades precoces ou tardias permite planejar a colheita. Esses materiais genéticos, aliados às tecnologias de manejo, conferem à cafeicultura expressiva capacidade de gerar renda e agregar valor à produção familiar e elevar o potencial de transformação da cultura, ainda mais visível na vida de pequenos produtores”, destaca.

    Salto na produtividade

    De acordo com Enrique Alves , pesquisador da Embrapa Rondônia , a cafeicultura na Amazônia evoluiu de um modelo quase extrativista para uma produção tecnológica sustentável. A média atual de produção de estados como Acre (45 sacas por hectare) e Rondônia (52 sacas), em nada lembra a produtividade de um passado recente, que raramente superava 10 sacas por hectare.

    “Alcançamos avanços significativos na cultura e dispomos de tecnologias que possibilitam aproveitar todo o potencial agronômico dos clones de cafés Robustas Amazônicos e elevar a produção. Por isso, é comum encontrar propriedades familiares com produtividade de 120 a 150 sacas de café por hectare e alguns trabalhos superam 200 sacas”, ressalta o pesquisador.

    O agricultor Wanderlei de Lara, morador de Acrelândia, principal polo de produção de café do Acre, plantou os primeiros clones de Robustas Amazônicos em 2016, depois de conhecer, junto com outros produtores, a experiência de cafeicultores da Nova Brasilândia, em Rondônia. Ele conta que esses cafés possibilitaram um salto na produtividade, resultado da qualidade genética dos materiais clonais e adoção de práticas adequadas de manejo e inspeção das lavouras.

    “Saímos de 20 sacas de 60 quilos, com os cafés seminais, para 100 sacas por hectare. Na safra de 2024 produzimos 120 sacas por hectare, comercializadas entre mil e parcelas e mil e trinta reais, cada”, relata o produtor, informando que o retorno econômico na atividade possibilitou modernizar a produção e a infraestrutura da propriedade. “Hoje, vendemos o nosso café todo torrado e moído, pronto para ser embalado. Minha família tem melhores condições de trabalho e uma vida mais confortável, graças à cafeicultura clonal”, enfatiza Lara, que também investe na produção de café fermentado, produto vendido pelo dobro do preço do café em coco.

    Negócio familiar rentável

    No Juruá, uma das regionais do Acre, o café é cultivado há mais de duas décadas, mas a produção ganhou força a partir de 2021, com a criação da Cooperativa dos Cafeicultores do Vale do Juruá (Coopercafé), iniciativa que reúne 92 produtores familiares e incentiva o uso de clones Robustas Amazônicos em pequenas propriedades. Na propriedade do agricultor Romualdo da Silva, de Mâncio Lima, a produção chama a atenção pelo vigor do cafezal e os resultados obtidos possibilitaram a criação do café Vô Raimundo, já disponível em mercados locais.

    “Somente com o uso de clones adequado, o manejo nutricional baseado nas necessidades das plantas e um sistema de diretiva eficiente, a cultura evoluiu. Produzimos 120 sacas de grãos em uma área de 1,2 hectares, um desempenho excelente. Com o apoio da cooperativa, adequamos a propriedade para um processo de produção que vai do campo à xícara e transformamos a atividade em um negócio familiar rentável. Ver o nosso café nas prateleiras de supermercados é a realização de um sonho”, declara o agricultor.

    Para Michelma Lima, agrônoma da Secretaria de Agricultura do Acre (Seagri), a cafeicultura é uma atividade em expansão na Amazônia, processo fruto de investimentos em tecnologias. “No Acre, o aumento da área cultivada e da eficiência produtiva na cafeicultura é prioridade do programa de fortalecimento da produção agrícola do estado. Além de obter ganhos no rendimento dos cafezais, o acesso dos produtores a clones adaptados à região e à assistência técnica continuada reduz os custos na produção”, avalia.

    Cafeicultura gera turismo rural sustentável

    Outro exemplo de como uma cafeicultura tem ajudado a transformar a produção familiar e a vida no campo é a família Bento, de Cacoal (RO), que mantém uma produtividade de 100 sacas de café por hectare, desempenho que gera renda para cinco famílias no Sítio Rio Limão. O trabalho compartilhado e os investimentos em tecnologias de cultivo e para melhoria da qualidade dos grãos trouxeram a propriedade uma referência em cafés Robustas Amazônicos de excelência e em turismo rural sustentável na Amazônia.

    O produtor Ronaldo Bento explica que a colheita no tempo certo e os processos de secagem e investigação bem orientados, além de procedimentos adequados no armazenamento, transformaram o perfil sensorial dos grãos, resultando em um café especial, premiado em concursos estaduais e nacionais. A qualidade e notoriedade do produto chamou a atenção dos turistas e, nos últimos cinco anos, a propriedade já recebeu visitantes de mais de 20 países.

    “Atendemos cerca de dois mil turistas por mês, que buscam conhecer as lavouras e o processo produtivo e degustar um típico café colonial. Vendemos uma média de 200 quilos de café por semana, somente na propriedade. Cada embalagem com 500 gramas de café comum ou 250 gramas de café gourmet custa 25 reais. Além disso, nosso café abastece mercados locais e de outros estados. Produzir café está no nosso sangue. Não imagino minha família em outra atividade”, enfatiza Bento.

    Café indígena

    Os cafés Robustas Amazônicos também são cultivados em diferentes terras indígenas e se destacam como vitrine da sociobioeconomia amazônica. Em Rondônia, o “Projeto Tribos”, iniciativa do Grupo 3 Corações, reforçado pela Embrapa, implementa um modelo de produção sustentável que gera renda para cerca de 150 famílias, de oito etnias que habitam as terras indígenas Sete de Setembro e Rio Branco.

    “O trabalho se baseia na transferência de tecnologias que preconizam a preservação das florestas, o protagonismo indígena e a qualidade da produção. Entre os resultados alcançados está um café especial, produzido por uma família Suruí, avaliado com nota 100, pontuação máxima atribuída a cafés Robustas em premiações, no mundo”, explica o pesquisador Enrique Alves.

    No estado de Roraima, a produção de Robustas Amazônicos envolve agricultores de diferentes municípios, incluindo indígenas da comunidade Kauwê, na Terra indígena Raposa Serra do Sol, localizada em Pacaraima, onde os primeiros cafezais foram implantados em 2020, com apoio da Embrapa. Idauto Pedrosa Lima cultiva 10 variedades desses cafés, com a participação de toda a família, e o rigor na atividade, especialmente na colheita, seleção e torra dos grãos, resultado em um café indígena com qualidade aprovada por consumidores de diversas partes do mundo.

    “Testamos a bebida com a comunidade e a acessibilidade foi muito positiva. A partir desse resultado, buscamos um nome e uma identidade visual que refletissem a sua origem e batizamos o produto de Café Uyonpa (“café família” na língua Macuxi). A produção é vendida para turistas que visitam a Terra Indígena e pela internet e gera uma renda média mensal de quatro mil reais.

    O analista da Embrapa Roraima , Lourenço Cruz , que acompanha as atividades na Terra Indígena, considera o apoio às famílias indígenas essencial para viabilizar uma atividade econômica sustentável. “Os produtores estão comprometidos com a produção de café de qualidade e já estão gerando renda para suas famílias. O projeto tem potencial para ser replicado em outras comunidades indígenas de Roraima”, afirma.

    Aproveitamento de áreas degradadas

    Segundo o pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental (AM)  Edson Barcelos , o estudo de cafés clonais no Amazonas começou há pouco mais de uma década e tem se tornado uma alternativa para o aproveitamento e conversão de áreas alteradas em espaços produtivos. “A cafeicultura é uma importante atividade econômica para dez municípios amazonenses; a maioria dos cultivos tem até dois hectares e predominam clones Robustas Amazônicos”, destaca.

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    No município de Silves, uma atividade teve início, a partir de 2015, com Unidades de Referência Tecnológica (URTs) implantadas com apoio da Embrapa, na área da Associação Solidariedade Amazonas (ASA), na estrada da Várzea. A família Lins, uma das primeiras a adesão à parceria, passou a colher dez vezes o que produzia com o café seminal. Além de boa produtividade e qualidade diferenciada, a atividade, realizada somente em áreas de capoeira, permite conservar a floresta em pé.

    Conciliar produção de qualidade e conservação ambiental rendeu à família o prêmio Florada Premiada, na categoria Campeãs Regionais Canéfora, em 2024. Para a matriarca Maria Karimel Lins (a dona Vanda), a conquista é resultado do conhecimento adquirido em capacitações sobre diferentes aspectos da cafeicultura. “Melhoramos procedimentos de colheita, pós-colheita e os cuidados para manutenção da qualidade dos grãos”, relata a produtora, que acredita que a premiação pode inspirar outros agricultores a valorizar a qualidade e o meio ambiente na produção de café.

  • Dia de Campo da Embrapa sobre ILPF tem sinergia com as atividades do Cat que participa do evento com representantes de Sorriso

    Dia de Campo da Embrapa sobre ILPF tem sinergia com as atividades do Cat que participa do evento com representantes de Sorriso

    Produtores da Agricultura Familiar do Assentamento Jonas Pinheiro, Rita de Cássia Hachiya (sítio Vila Láctea) e José Reis (sítio Cristo Rei) estiveram presentes na segunda edição do Dia de Campo sobre Pecuária Leiteira em Sistemas Integrados de Produção (ILPF) promovido pela Embrapa Agrossilvipastoril.

    O evento aconteceu no campo experimental da Embrapa, em Sinop e visou levar aos produtores de leite, profissionais de assistência técnica e estudantes informações que possam trazer melhorias para a produção leiteira em Mato Grosso. A programação contou com palestras que abordaram temas de interesse do produtor, como qualidade do leite, manejo de forrageiras, genética do rebanho e uso de sistemas de integração lavoura-pecuária e integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) na pecuária leiteira.

    A participação dos produtores foi viabilizada com o apoio do CAT Sorriso, por meio do projeto Cultivando Vida Sustentável. Os dois foram acompanhados pela técnica de campo, a engenheira florestal Bruna Valério, que destacou a importância do evento. “O dia de campo da Embrapa sobre ILPF e gado leiteiro foi muito produtivo, destacando a importância da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta como uma estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade da pecuária leiteira. Participar desse tipo de evento é essencial para conhecer novas técnicas e manejos aplicáveis às realidades locais. Além disso, levar produtores da região para vivenciar essas experiências possibilita a troca de conhecimento e incentiva a adoção de práticas mais eficientes e sustentáveis na pecuária leiteira”.

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    O sistema ILPF melhora a qualidade das pastagens, proporciona conforto térmico para os animais e otimiza o uso da terra ao integrar diferentes componentes produtivos. Essas condições favorecem a saúde do rebanho e o aumento na produção de leite, além de gerar benefícios ambientais e econômicos para os produtores.

    Rita já possui uma unidade demonstrativa de ILPF e Sistemas Agroflorestais em seu sítio e José Reis está em fase de implementação em sua propriedade. Os dois seguem na jornada de busca por conhecimento e pesquisa, com apoio do CAT Sorriso, por meio do projeto Cultivando Vida Sustentável.

    Rita relatou como foi sua experiência em participar desse dia de campo: “Foi uma experiência muito enriquecedora participar desse dia de campo. Tive oportunidade de conhecer novas tecnologias, boas práticas, melhoramento genético, incluindo manejo alimentar. Consegui tirar muitas dúvidas, poder ver onde estou errando e onde estou acertando e onde posso melhorar. Um momento muito valioso essa troca de experiência entre produtores, técnicos e pesquisadores. E saber que muitas coisas que a Embrapa desenvolve lá a gente já faz na nossa propriedade, uma delas é o melhoramento genético, nosso rebanho é 100% leite A2A2, que é mais saudável e a Embrapa está mudando o rebanho para leite A2A2. Fiquei feliz em saber que estamos no caminho certo e podemos ser referência para outros produtores. E quero agradecer a parceria do CAT pelo apoio e da Bruna que me acompanhou nesse dia de campo”.

    José dos Reis agradeceu todo apoio recebido do CAT e parceiros e destacou o que chamou sua atenção durante o dia de campo, em relação aos trabalhos desenvolvidos pela Embrapa. “Há vários anos eles vêm trabalhando essa questão do Agrossilvipastoril, integração lavoura pecuária floresta, com a arborização, é um trabalho inovador e que vem trazendo resultados fantásticos para todos os produtores que tenham interesse em copiar. É um trabalho brilhante que vale a pena e traz resultados positivos tecnicamente, economicamente, ambientalmente e socialmente e prezando pelo conforto dos animais com o sombreamento das pastagens que traz resultados para os animais e para os produtores que visam equilibrar a atividade leiteira de forma rentável com o meio ambiente. É uma integração interessantíssima. Com base em tudo isso podemos repensar nossa atividade e ver no que podemos melhorar para aumentar nossa produtividade e melhorar a posição de Mato Grosso para ser um dos maiores produtores de leite do País”.

  • Agricultores familiares indígenas de Mato Grosso são beneficiados com o PAA

    Agricultores familiares indígenas de Mato Grosso são beneficiados com o PAA

    A partir desta semana, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai dar início à execução de projeto do Programa de Aquisição Alimentos (PAA) da aldeia Meri Ore Eda, pertencente ao Povo Boe Bororo, localizado no município General Carneiro, em Mato Grosso.

    Pelo projeto, serão adquiridos, ao longo de dois anos, 21.428 kg de raiz de mandioca, no valor total de R$ 89.997,60, da Associação Projeto Equipe Meri Ore (Pemo), que beneficiará 13 famílias de agricultores familiares indígenas. O recurso é oriundo do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Os alimentos serão doados à instituição de ensino da região e contribuirão para alimentação de estudantes em situação de insegurança alimentar e nutricional.

    Apoio à produção e segurança alimentar – O PAA, criado há mais de 20 anos no âmbito da estratégia Fome Zero, une o incentivo à produção das agricultoras e dos agricultores familiares ao fornecimento de alimentos a pessoas em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar. O Programa é coordenado pelo MDS, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e o Ministério da Fazenda, e executado pela Conab, além de estados e municípios.

  • Redes de agricultores familiares fortalecem sistemas orgânicos no Brasil e na Espanha

    Redes de agricultores familiares fortalecem sistemas orgânicos no Brasil e na Espanha

    A participação dos agricultores familiares em redes de sistemas orgânicos tem se consolidado como uma importante inovação social, promovendo inclusão e melhorias nas condições de vida. Nos territórios brasileiro e espanhol, essas redes têm apresentado crescimento significativo ao longo das últimas décadas, com soluções que impactam positivamente a produção e o consumo de alimentos orgânicos.

    A pesquisa conduzida pela pesquisadora Lucimar Abreu da Embrapa Meio Ambiente, analisou a dinâmica de funcionamento desses sistemas coletivos à luz das políticas públicas que incentivam o setor. “A pesquisa foi conduzida por meio de estudos de casos no Brasil e na Espanha, utilizando técnicas qualitativas construtivistas”, explica ela.

    Na Espanha a promoção de sistemas alimentares orgânicos tornou-se prioridade com a adoção de políticas alimentares urbanas pela União Europeia, especialmente após a aprovação do Pacto de Milão em 2015. Muitas cidades espanholas, como Segóvia, em Castilla y León, desenvolveram estratégias baseadas no consumo de alimentos locais e orgânicos. Em Segóvia, o programa “Alimenta ConCiencia” se destaca ao integrar produtores, pesquisadores, comerciantes e restaurantes em uma rede focada na sustentabilidade e na produção ecológica, com metas estabelecidas até 2030.

    No Brasil a pesquisa concentrou-se no Vale do Ribeira, em São Paulo, com foco nos impactos das políticas de compra institucional, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O estudo buscou compreender como essas políticas influenciam a organização social dos agricultores, o funcionamento das redes de produção orgânica e os desafios locais. Segundo Abreu, ajustes são necessários, principalmente no que diz respeito à oferta de assistência técnica adequada e à revisão dos mecanismos que garantam o cumprimento da lei do PNAE, que exige que pelo menos 30% da alimentação escolar seja adquirida da agricultura familiar.

    A pesquisadora destaca também a necessidade de aprofundar o conhecimento sobre a transição agroecológica. A falta de suporte técnico impacta diretamente a rede de produção, a organização social e a operacionalização dos programas públicos. Nesse sentido, a assistência técnica especializada em agricultura ecológica é essencial para o sucesso das redes.

    Na Espanha atores-chave entrevistados destacaram que a produção orgânica exige a redefinição dos circuitos de comercialização, transporte e consumo. Há um consenso entre os participantes sobre a necessidade de valorizar circuitos locais de produção e comercialização, com sistemas de certificação participativa. Ademais, os entrevistados enfatizam a importância de reconhecer a diversidade dos estilos de produção ecológica e o pluralismo conceitual entre agricultura orgânica e agroecologia.

    Representantes do Ministério da Agricultura da Espanha reforçaram que a agricultura orgânica e a agroecologia têm como objetivos valorizar a produção econômica, promover hábitos alimentares saudáveis e garantir sustentabilidade. Campanhas em defesa de alimentação saudável são mais efetivas na Província de Segóvia do que no Vale do Ribeira, onde essas iniciativas ainda são incipientes.

    A participação dos agricultores familiares em redes orgânicas, seja no Brasil ou na Espanha, aponta para soluções sustentáveis, inclusivas e de fácil implementação. Além disso, promove uma reflexão sobre os desafios do modelo convencional de agricultura e a necessidade de apoiar o desenvolvimento de circuitos locais e sustentáveis de produção e consumo de alimentos.

  • Mais Alimentos fecha 2024 com crescimento recorde e fortalece a agricultura familiar

    Mais Alimentos fecha 2024 com crescimento recorde e fortalece a agricultura familiar

    Em 2024, o programa Mais Alimentos consolidou resultados significativos que reforçam sua importância como instrumento de fortalecimento da agricultura familiar no Brasil. Em comparação com a safra 2022/2023, o programa apresentou um aumento de 46% no número de operações de crédito, que passaram de 187 mil para 274 mil contratos. Além disso, o volume de recursos destinados à agricultura familiar cresceu 29%, saltando de R$ 8,7 bilhões para R$ 11,3 bilhões, mostrando a força renovada do programa e sua capacidade de gerar impacto no campo e na cidade.

    Os números expressivos refletem os esforços do governo do presidente Lula em priorizar políticas públicas que ampliam o acesso a tecnologias no campo e promovem uma agricultura sustentável e inclusiva. O Mais Alimentos, que integra o Plano Safra da Agricultura Familiar, tem sido um pilar fundamental para modernizar as propriedades rurais, aumentar a produtividade e melhorar as condições de trabalho de agricultores e agricultoras familiares.

    Em 2024, o programa também avançou na diversificação dos investimentos. Do total financiado, 27% foram destinados a tecnologias para criação de animais, 15% a implementos agrícolas, 12% à irrigação, além de aportes em setores como agroindústria, eletrificação rural e cultivos protegidos. Essa diversidade demonstra como o programa se adapta às diferentes realidades dos produtores, incluindo mulheres e jovens rurais, e fortalece o desenvolvimento sustentável das comunidades agrícolas.

    O programa, que foi um dos oito pilares do Plano Safra da Agricultura Familiar 2023/2024, também obteve resultados expressivos graças à redução nas taxas de juros de 6% para 5% para máquinas produzidas no Brasil. Essa medida, aliada a parcerias estratégicas com instituições como o Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste, tem contribuído para ampliar o acesso a crédito e fomentar a indústria nacional de máquinas e equipamentos agrícolas.

    Com 77% dos estabelecimentos rurais do país pertencentes à agricultura familiar, mas com apenas 18% deles equipados com tratores até 2017, os avanços do Mais Alimentos em 2024 sinalizam um movimento de transformação no campo. O objetivo é não apenas modernizar as propriedades, mas também fortalecer a segurança alimentar, gerar empregos e impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável no Brasil.

  • Curso de manejo orgânico de pragas e doenças será ministrado na Comunidade Nossa Senhora Aparecida

    Curso de manejo orgânico de pragas e doenças será ministrado na Comunidade Nossa Senhora Aparecida

    “Manejo Orgânico de Pragas e Doenças”, será tema de um curso ofertado pela Prefeitura de Lucas do Rio Verde e Empaer MT, no dia 13 de novembro, na Comunidade Nossa Senhora Aparecida.

    “É muito utilizado já na agricultura familiar o controle químico e queremos mostrar que existem possibilidades também para alguns tipos de controle de forma orgânica. Então o professor vai abordar tanto a parte teórica, para que serve, como funciona, como se constrói esse mecanismo para que consigamos fazer esse controle”, explicou o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Felipe Palis.

    Poderão participar os chacareiros e pequenos produtores da agricultura familiar da Comunidade Nossa Senhora Aparecida e de outras comunidades que pertencem a Lucas do Rio Verde.

    O curso é gratuito, das 07h às 17h, com parte teórica e prática, ministrada pelo técnico e servidor da Empaer MT, Rogério Leschewitz.

    Inscrições estão disponíveis no link docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSc2vULGCMLKM_z8ajFR6oQ_fb32NbUjjAHTTGwbyWvg5J5LuA/viewform