Tag: agricultura

  • Avanço na colheita de Milho: Mato Grosso próximo à conclusão

    Avanço na colheita de Milho: Mato Grosso próximo à conclusão

    O Mato Grosso, principal estado produtor de milho no Brasil, atinge impressionantes 91,62% da área de colheita, num total de 7,4 milhões de hectares dedicados ao cultivo do grão, segundo dados atualizados na última sexta-feira (28).

    Progresso Rápido na Região Norte e Médio-Norte

    O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta que as regiões norte, com 99,35% de progresso, e médio-norte, com 97,50%, estão prestes a finalizar a colheita durante a semana.

    Um Início Tardio, Mas Progresso Constante

    Embora a colheita tenha começado apenas em meados de 19 de maio, devido ao atraso no plantio causado pela colheita tardia da soja, os trabalhos em andamento têm avançado constantemente ao longo das últimas 11 semanas. No entanto, em comparação com o ciclo 2021/22, a colheita do milho ainda está atrasada; em 29 de julho do ano passado, a colheita estava em 97,95%.

    Comparação com a Média Histórica

    O Imea destaca que, em comparação com a média dos últimos cinco anos, o progresso da colheita deste ano ainda está um pouco atrás, já que a média histórica para o período é de 92,63%. A boa notícia é que o avanço semanal foi de 7,74 pontos percentuais.

    Sudeste do Mato Grosso: Área com Maior Atraso na Colheita

    As regiões norte, médio-norte e nordeste do estado estão liderando o caminho na colheita, com a expectativa de que os trabalhos sejam concluídos até sexta-feira (04). Porém, a região sudeste ainda tem um longo caminho a percorrer, com apenas 75,48% do milho colhido.

    Na região noroeste do Mato Grosso, 93% da área foi colhida, enquanto no oeste, o número é de 88,21%, e no centro-sul, de 84,11%.

    A medida que o Mato Grosso segue em direção ao final da colheita de milho, as expectativas são altas para uma produção bem-sucedida e uma contribuição significativa para a economia agropecuária do estado.

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  • Agricultura familiar é 8ª maior produtora de alimentos do mundo

    Agricultura familiar é 8ª maior produtora de alimentos do mundo

    Se todos os agricultores familiares do Brasil formassem um país, seria o oitavo maior produtor de alimentos do mundo. O dado está no Anuário Estatístico da Agricultura Familiar 2023, divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

    O documento tem o objetivo de mostrar a participação da agricultura familiar no total da produção agrícola brasileira. Os números são baseados em pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A divulgação do anuário acontece na semana em que se comemora o Dia Internacional da Agricultura Familiar, dia 25 de julho, uma data criada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO/ONU).

    O anuário da Contag aponta que a agricultura familiar brasileira é a principal responsável pelo abastecimento do mercado interno, com produtos saudáveis e manejo sustentável dos recursos ambientais.

    As propriedades de agricultura familiar somam 3,9 milhões no país, representando 77% de todos os estabelecimentos agrícolas. Já em área ocupada, são 23% do total, o equivalente a 80,8 milhões de hectares. Para se ter uma ideia, isso é quase toda a área do estado do Mato Grosso.

    Essas propriedades são responsáveis por 23% do valor bruto da produção agropecuária do país e por 67% das ocupações no campo. São 10,1 milhões de trabalhadores na atividade. Desses, 46,6% estão no Nordeste. Em seguida aparecem o Sudeste (16,5%), Sul (16%), Norte (15,4%) e Centro-Oeste (5,5%).

    Na agricultura familiar, tanto a produção de alimentos quanto a gestão da propriedade ficam, predominantemente, a cargo da família.

    O presidente da Contag, Aristides Santos, defende que conhecer os números da agricultura familiar é uma forma de desenvolver a atividade. “Além de conhecer e mostrar a importância estratégica do segmento a toda sociedade, reunir esses dados em um anuário também visa contribuir com o debate sobre o papel da agricultura familiar para o desenvolvimento do país. E a busca por valorização e reconhecimentos dos sujeitos que a compõem e suas entidades representativas”, disse.

    Além da produção de alimentos em si, outra contribuição das propriedades familiares é funcionar com um “motor” para a economia. De acordo com a Contag, a agricultura familiar responde por 40% da renda da população economicamente ativa de 90% dos municípios com até 20 mil habitantes, que representam 68% do total do país. Ou seja, faz o dinheiro circular nas pequenas cidades do campo, gerando um efeito multiplicador de emprego e mais renda.

    Incentivo

    No dia 28 de junho, o governo lançou o Plano Safra da Agricultura Familiar 2023/2024, com R$ 71,6 bilhões destinados ao crédito rural no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O valor é 34% superior ao anunciado na safra passada e o maior da série histórica.

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  • O Dia do Colono: Uma Homenagem à Herança Agrícola

    O Dia do Colono: Uma Homenagem à Herança Agrícola

    O Dia do Colono é uma celebração importante em muitos países, incluindo o Brasil, onde é comemorado em 25 de julho. Este dia destina-se a reconhecer e celebrar os contribuintes inestimáveis para a sociedade agrícola. Os colonos, como os pioneiros da agricultura, desempenharam um papel crucial na formação de nossas comunidades agrícolas e na alimentação de nossas nações.

    Origens do Dia do Colono

    A data foi instituída para homenagear os imigrantes europeus que vieram para o Brasil no século XIX e ajudaram a colonizar o país, especialmente as regiões Sul e Sudeste. Estes imigrantes trouxeram consigo práticas agrícolas avançadas e uma ética de trabalho incansável, contribuindo significativamente para o desenvolvimento econômico e cultural do país.

    O Dia do Colono: Uma Homenagem à Herança Agrícola
    O Dia do Colono: Uma Homenagem à Herança Agrícola | Pixabay

    O Papel dos Colonos na Agricultura

    Os colonos foram essenciais para a expansão e o crescimento da agricultura. Eles converteram terras brutas em terras cultiváveis, plantaram culturas, criaram animais e estabeleceram comunidades agrícolas. Sua influência pode ser vista na variedade de alimentos que comemos hoje e na riqueza da cultura agrícola brasileira.

    Celebrando o Dia do Colono

    Em muitos lugares, o Dia do Colono é celebrado com festivais, feiras e outros eventos que destacam a contribuição dos colonos para a agricultura e a sociedade. É um dia para homenagear aqueles que trabalham na terra e para refletir sobre o valor inestimável da agricultura na nossa vida diária.

    O Dia do Colono é uma oportunidade para homenagear aqueles que ajudaram a moldar nosso mundo agrícola. Em um tempo de crescente apreciação pela agricultura sustentável e pela comida local, o Dia do Colono nos lembra das raízes profundas que a agricultura tem na nossa história e cultura.

  • Governo anuncia R$ 7,6 bi para Plano Safra e crédito rural

    Governo anuncia R$ 7,6 bi para Plano Safra e crédito rural

    O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou nesta terça-feira (6) a liberação de R$ 3,6 bilhões para o Plano Safra (Safrinha) e de R$ 4 bilhões em linha de financiamento em dólar para investimentos em crédito rural – para a construção e ampliação de armazéns, obras de irrigação, formação e recuperação de pastagens, geração e distribuição de energia de fontes renováveis e regularização ambiental da propriedade. O anúncio foi feito durante a abertura da Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães (BA). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participou do evento.

    “A linha dolarizada parou de ser só para investimentos em máquinas. Ela é agora uma linha de crédito para programas. Tudo aquilo que o produtor tiver necessidade, quer seja compra de calcário, a conversão de pastagens em áreas de agricultura, todos os investimentos em máquinas, armazéns. Inclusive, a construção civil dessas obras será financiada por essa linha de crédito dolarizada”, explicou.

    O ministro destacou ainda uma linha de crédito de apoio a estradas vicinais, que permitem o fluxo de mercadorias e serviços na zona rural dos municípios. Em geral, essas rotas são geradas por meio do aproveitamento de trilhas e caminhos já existentes, condicionadas a um traçado geométrico carregado de fortes rampas e curvas acentuadas.

    “Já conversamos com governador [da Bahia, Jerônimo Rodrigues], o [ministro da Casa Civil,] Rui Costa, a bancada de deputados do estado da Bahia, para que nós façamos parcerias em estradas vicinais. O Ministério da Agricultura, governo do estado da Bahia, governo do presidente Lula e os produtores para substituir pontes de madeira, galerias tubulares, cascalhar as rodovias, integrar com as rodovias pavimentadas e dar mais competitividade logística”, afirmou Fávaro.

    Investimento

    De acordo com Ministério da Agricultura, os recursos serão disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O financiamento conta com taxa de juros fixas de até 8,06% ao ano mais a variação do dólar e prazo de 120 meses, com até 24 de carência.

    Ao todo, neste primeiro semestre, o BNDES disponibiliza cerca de R$ 11 bilhões para o setor agropecuário. Já o Banco do Brasil, em maio de 2023, registrou o maior investimento de toda a sua história no setor, totalizando aproximadamente R$ 15 bilhões.

  • FAO: trabalhadoras do campo recebem 20% a menos que os homens

    FAO: trabalhadoras do campo recebem 20% a menos que os homens

    Cerca de um terço (36%) das mulheres trabalhadoras no mundo todo atuam com funções relacionadas a sistemas agroalimentares. A proporção de homens é ligeiramente superior, de 38% e, apesar do percentual similar, as mulheres ainda exercem atividades laborais em condições piores e recebem menos – US$ 0,82 para cada US$ 1 pago a trabalhadores do gênero masculino.

    Em alguns locais do globo, como na África Subsaariana, 66% do emprego das mulheres está no setor, em comparação com 60% dos homens. Os dados constam de relatório divulgado hoje (13) pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

    O documento destaca que ignorar as especificidades do universo feminino, que inclui duplas ou triplas jornadas, com o cuidado da casa, da família e estudos, gera impactos, que foram mensurados pela FAO. Exemplo disso é o nível de produtividade, que é mais baixo entre as mulheres, já que elas não têm à mão ferramentas de trabalho adequadas às suas necessidades.

    Como resultado da discriminação e da desigualdade, observa-se uma diferença de produtividade de 24% entre homens e mulheres que trabalham em fazendas de tamanho idêntico. Como exemplo, a representante da FAO no Brasil Úrsula Zacarias contou, em entrevista à Agência Brasil, sobre a experiência de mulheres que trabalham, com auxílio de maquinário, na classificação de batatas, na Bolívia.

    “As mulheres tinham maior participação na classificação das batatas, mas, no momento em que foi feita a avaliação sobre a máquina, se ela classificava de forma apropriada as batatas, as mulheres não participaram do debate. Logo, não puderam levar suas contribuições. Por isso, os investimentos aplicados não corresponderam à realidade. Elas levam mais tempo para exercer seu trabalho e com dificuldades, o que gera um desgaste.”

    Os especialistas da FAO também evidenciam outro desafio: o de titularidade de terras. Os homens têm maior propriedade ou direitos de posse garantidos sobre terras agrícolas do que as mulheres em 40 dos 46 países que afirmam desenvolver ações de igualdade de gênero – um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

    Outro dado em destaque mostra que, embora 75% dos documentos de políticas sobre agricultura e desenvolvimento rural de 68 países reconheçam a importância das mulheres para o setor, apenas 19% estabelecem metas para trazer soluções. “Além disso, elas têm menor acesso ao crédito”, acrescenta a representante da FAO no Brasil.

    O relatório menciona ainda que as mulheres estão mais suscetíveis a situações envolvendo choques climáticos e desastres naturais. Isso porque, em geral, há restrições a elas na distribuição de recursos disponibilizados nesses casos. Além disso, a a carga de trabalho das mulheres, em geral, não é reduzida, o que as força a acumular atividades domésticas com a carga de trabalho remunerado e a pressão que vem com o contexto.

    Segundo o estudo, acabar com as disparidades geradas pelo tratamento desigual entre gêneros aumentaria o Produto Interno Bruto global em quase US$ 1 trilhão. Outro ganho diz respeito à redução de pessoas em situação de insegurança alimentar. Ao todo, 45 milhões poderiam sair dessa condição, caso as medidas fossem adotadas, estima a FAO.

    Edição: Denise Griesinger

  • Golpista usa nome de Carlos Fávaro para tirar dinheiro de vítimas, alerta Mapa

    Golpista usa nome de Carlos Fávaro para tirar dinheiro de vítimas, alerta Mapa

    O nome do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, está sendo usado para a prática de golpes. O alerta foi feita pelo Governo Federal nesta segunda-feira (30).

    Em comunicado direcionado à imprensa, o MAPA diz que uma pessoa tem se passado pelo ministro Carlos Fávaro. Por meio de ligação telefônica, tem aplicado golpes no qual solicita dinheiro para ajuda financeira a terceiros.

    Conforme o Ministério, Carlos Fávaro nunca autorizou qualquer pessoa a pedir o que seja em seu nome.

    As providências necessárias já foram tomadas junto à Polícia Federal, a quem caberá a investigação do fato.

    R$ 1,6 mil

    As primeiras informações são de que a vítima trabalha no próprio Ministério da Agricultura. Durante a ligação, o homem que se apresentou como assessor de Fávaro alegou que precisava de R$ 2,6 mil para pagar as despesas de um velório em Luziânia (GO).

    Momentos depois, por meio de mensagens, o golpista pediu para fazer a transferência do valor. A forma como demonstrou conhecer o funcionamento da pasta ganhou a confiança da vítima. Contudo, o valor repassado foi de R$ 1,6 mil, R$ 1 mil a menos que o pedido inicialmente.

    O boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

  • Carlos Fávaro é confirmado ministro da Agricultura do governo Lula

    Carlos Fávaro é confirmado ministro da Agricultura do governo Lula

    Acabou o mistério. Carlos Fávaro será o ministro da Agricultura do governo Lula. A confirmação do nome do senador mato-grossense foi dada pelo próprio presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

    O anúncio de Fávaro e de outros futuros ministros foi feito pelo presidente eleito na sede do CCBB, em Brasília. Nos últimos dias o nome do senador e produtor rural mato-grossense foi bastante citado nos meios políticos.

    Fávaro foi escolhido pela trajetória política e empresarial. Antes de entrar na vida política, o mato-grossense foi presidente da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso). Contudo, durante a campanha política, o senador foi duramente criticado por entidades rurais e políticos mato-grossenses. As críticas ocorreram após Fávaro assumir a coordenação da campanha de Lula em Mato Grosso.

    O futuro ministro terá a tarefa de aproximar o governo do setor produtivo.

    “Acabo de ser anunciado como o ministro da Agricultura do governo Lula. Agradeço ao presidente e ao vice-presidente a confiança e ressalto que essa gratidão vem em forma de comprometimento. O agro é o setor mais próspero do Brasil, com um enorme espaço para crescer e nenhum milímetro para retroceder. O avanço responsável, sustentável, contemporâneo, aliado a tudo que há de mais moderno e mais seguro para continuarmos evoluindo na segurança alimentar do Brasil e do mundo é uma responsabilidade incomensurável. É um desafio que assumo com o cuidado de quem sabe que está cuidando da comida no prato da própria família, de uma trajetória de vida que começa muito antes de mim e eu sei que vai além. Os cargos são temporários, mas os erros nos perseguem por toda a vida e é por isso que eu digo que o Brasil poderá contar com meu compromisso e trabalho incansável”, disse o futuro ministro.

    Será a segunda vez que o Ministério da Agricultura terá um produtor rural com residência em Lucas do Rio Verde como titular da pasta. Antes, Neri Geller comandou a pasta no mandato de Dilma Rousseff.

    Confira a lista completa anunciada:

    Gonçalves Dias – Gabinete de Segurança Institucional (GSI)

    Paulo Pimenta – Secretaria de Comunicação (Secom)

    Carlos Fávaro – Ministério da Agricultura

    Waldez Góes – Ministério da Integração

    André de Paula – Ministério da Pesca

    Carlos Lupi – Ministério da Previdência

    Jader Filho – Ministério das Cidades

    Juscelino Filho – Ministério das Comunicações

    Alexandre Silveira – Ministério de Minas e Energia

    Paulo Teixeira – Ministério do Desenvolvimento Agrário

    Ana Moser – Ministério do Esporte

    Marina Silva – Ministério do Meio Ambiente

    Simone Tebet – Ministério do Planejamento

    Daniela Souza Carneiro (Daniela do Waguinho) – Ministério do Turismo

    Sonia Guajajara – Ministério dos Povos Originários

    Renan Filho – Ministério dos Transportes

    O presidente eleito também anunciou que o deputado José Guimarães (PT) será líder do governo na Câmara dos Deputados, Jaques Wagner será líder do governo no Senado e o senador Randolfe Rodrigues (Rede) será líder do governo no Congresso.

  • Mendes acredita em bom relacionamento com Fávaro caso ele seja confirmado ministro

    Mendes acredita em bom relacionamento com Fávaro caso ele seja confirmado ministro

    Uma relação republicana. Esta é a definição do governador Mauro Mendes para o que espera do relacionamento com Carlos Fávaro, senador do PSD, e principal cotado a assumir o Ministério da Agricultura no governo Lula. Mendes falou à imprensa da capital sobre o assunto.

    O governador citou que deverá ter o mesmo diálogo que procurou manter com os ministros do governo Bolsonaro, que encerra no próximo dia 31.

    Coordenador da campanha de Lula em Mato Grosso, Carlos Fávaro é dado como certo no primeiro escalão do futuro governo. O anúncio deve ser feito até sexta-feira (30).

    Até as eleições presidenciais deste ano, Mendes e Fávaro eram aliados, mas seguiram caminhos opostos, gerando críticas por parte do governador. Porém, Mauro Mendes disse não ter problemas com o ex aliado.

    Em novembro o governador chegou a declarar que seria importante para Mato Grosso ter Fávaro no comando do Ministério da Agricultura. Como a economia mato-grossense é baeada no agronegócio, a pasta tem forte relação com o Estado.

  • Carlos Fávaro deve ser anunciado ministro da Agricultura no Governo Lula

    Carlos Fávaro deve ser anunciado ministro da Agricultura no Governo Lula

    O senador do PSD-MT, Carlos Fávaro, deverá ser anunciado para compor o ministério do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Fávaro, que tem base eleitoral em Lucas do Rio Verde, deverá ocupar o Ministério da Agricultura. Se confirmado, será o segundo mato-grossense a ocupar o cargo. Neri Geller, que foi ministro da gestão Dilma Rousseff, chegou a ser cogitado para a função, mas deverá ocupar a presidência da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

    A última barreira para definir o nome de Fávaro para o Ministério da Agricultura foi vencida esta semana. A suplente do mato-grossense no Senado Federal, Margareth Buzetti, apoiadora do presidente Jair Bolsonaro nas eleições deste ano, migrou do PP para o PSD. O segundo suplente, José Lacerda, também se filiou ao PSD. A manobra assegura ao partido a vaga no Senado e consequente apoio ao governo Lula.

    Tanto Fávaro, quanto Neri, vêm com a missão de aproximar o futuro governo Lula com o agronegócio. Contudo, a tarefa não será simples. Liderados pela Aprosoja e sindicatos, produtores rurais repudiaram a decisão dos dois mato-grossenses que apoiaram Lula durante as eleições deste ano. A Aprosoja chegou a lançar nota pública declarando que ambos não “não têm legitimidade para representar o setor como interlocutores em Brasília”.

    Antes de entrar para a política, Fávaro foi presidente da Aprosoja-MT, com boa avaliação dos produtores rurais associados. Depois o produtor rural concorreu e foi eleito vice-governador de Pedro Taques e em 2018 concorreu ao Senado Federal. Em razão da cassação da senadora eleita, Selma Arruda, eleições complementares foram realizadas em 2020, quando foi eleito para o Senado.

  • IBGE: 32% dos solos do país têm potencial natural para a agricultura

    IBGE: 32% dos solos do país têm potencial natural para a agricultura

    Entre os mais de 500 tipos de solos existentes no Brasil, 29,6% tem boa e 2,3% muito boa potencialidade ao desenvolvimento agrícola. Outros 33,5% apresentam potencialidade moderada, com problemas relativamente fáceis de serem corrigidos. As áreas com restrições significativas são 21,4% do território nacional e em 11% do país as áreas têm restrições muito fortes ao uso agrícola.

    É o que mostra o Mapa de Potencialidade Agrícola Natural das Terras do Brasil divulgado hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando se comemora o Dia Mundial do Solo, data implementada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

    O analista da pesquisa, Daniel Pontoni, destaca que o Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, o que demonstra a importância da publicação, que é inédita. “Buscamos entender melhor o potencial agrícola do solo do Brasil e suas limitações, fazendo uma análise não indicativa de uso, mas interpretativa do solo e do relevo”.

    A publicação interpretou o potencial natural dos solos para a agricultura, a partir do mapeamento do IBGE, levando em consideração os recursos naturais, o solo e o relevo. O instituto destaca que os mais de 500 tipos de solos do Brasil foram classificados segundo características como textura, pedregosidade, rochosidade e erodibilidade, para definir se a terra tem potencialidade ou restrições ao desenvolvimento agrícola.

    Os locais com potencialidade moderada são as que têm relevos ligeiramente acidentados e que exigem adequações para a agricultura, mas que são relativamente fáceis de serem corrigidos. As áreas com restrições significativas têm relevos mais acidentados, com problemas de fertilidade e restrições de profundidade, o que pediria ações mais complexas de manejo agrícola e uma agricultura especializada adaptada.

    Já a classificação de áreas com restrições muito fortes ao uso agrícola indica locais com declividade muito acentuada, a presença de sais indesejáveis ou restrições importantes de profundidade, o que exigiria ações muito significativas e intensivas para tornar a terra adequada ao plantio.

    Pontoni explica que também foram classificadas assim as áreas de preservação ou conservação em função da fragilidade do ambiente. “São locais onde a agricultura pode levar à degradação”, afirma.

    O analista destaca ainda que o mapa não traz detalhamento local, apenas regional, e que não foram levadas em conta as atribuições legais de áreas como, por exemplo, as unidades de conservação do meio ambiente ou os territórios indígenas ou quilombolas. “As áreas que possuem algum enquadramento ou atribuição legal devem ser respeitadas de acordo com as leis estabelecidas”, ressalta o analista.

    Edição: Lílian Beraldo