Tag: agricultura

  • Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente estará presente no Show Safra Mato Grosso com programação todos os dias

    Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente estará presente no Show Safra Mato Grosso com programação todos os dias

    A Prefeitura de Lucas do Rio Verde, por meio da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, estará presente na maior feira de agronegócio do estado, o Show Safra Mato Grosso 2025, que acontecerá de 24 a 28 de março, na Fundação Rio Verde. A agricultura familiar contará com um stande cheio de novidades, a partir de cultivos preparados com base em variedades que foram adaptadas a realidade da região.

    “No Show Safra Mato Grosso 2025 vocês terão a oportunidade de conhecer o programa Agro 360, um projeto voltado para a agricultura familiar. Teremos uma área experimental com diversas variedades de culturas, que são novidades aqui para a nossa região. Além de algumas tecnologias, e um espaço agradável para receber cada um de vocês, tirar dúvidas, trocar experiência com a equipe técnica qualificada, além das rodadas técnicas”, explica o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Felipe Palis.

    Na área experimental, o Campo 360, os visitantes terão acesso a algumas culturas, como do amendoim, o café, apicultura, leguminosas e frutas. “Nós convidamos você para visitar esse espaço e conhecer um pouco mais do trabalho que está sendo desenvolvido na Fundação Rio Verde e, claro, conhecer também um pouco mais do trabalho realizado pela Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente”, acrescentou.

    O evento ainda contará com Workshops e a presença da equipe técnica da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente. Outra novidade que a Prefeitura levará ao Show Safra Mato Grosso é a presença do Projeto Lixo Zero, desenvolvido nas escolas e na Prefeitura de Lucas do Rio Verde desde 2024, voltado para uma gestão de resíduos de referência.

    “O projeto Lixo Zero, cujo objetivo principal é mudar a forma de pensar a gestão de resíduo, reduzindo a quantidade de materiais que são encaminhados para to aterro sanitário. É um programa que tem dado muito certo em parceria com a Secretaria de Educação e com o Saae”, ressaltou Felipe.

    A programação do evento contará ainda com a realização de uma roda de conversa com a participação da Secretaria de Assistência Social e Habitação, com o “Momento Mulher”, voltado para mulheres da agricultura familiar.

    Na sexta-feira (28), acontecerá o 8º Fórum da Agricultura Familiar, com a participação de várias instituições, autoridades e agricultores familiares. O evento terá início às 7h30 com café da manhã, seguido de palestras.

    O estande ainda disponibilizará uma palestra em parceria com Sicredi Ouro Verde com o tema financiamento agro familiar.

  • Conheça as Boas Práticas Agrícolas que geram sustentabilidade e oportunidades na agricultura

    Conheça as Boas Práticas Agrícolas que geram sustentabilidade e oportunidades na agricultura

    O manejo da terra e o cultivo dos alimentos estão presentes desde os primórdios da humanidade, tornando a agricultura um pilar fundamental para o desenvolvimento da economia mundial. Para destacar este setor, nesta quinta-feira (20), é comemorado o Dia Mundial da Agricultura.

    O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, produzindo para atender à demanda interna e externa. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atua no fomento a uma agricultura mais sustentável e eficiente.

    “Incentivamos as boas práticas e manejo responsável para que a agricultura brasileira seja referência internacionalmente como uma agricultura sustentável. Celebramos este setor que é primordial para a economia e estamos trabalhando para incentivar cada vez mais os nossos agricultores”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

    Segundo a Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, as Boas Práticas Agrícolas (BPAs) são um conjunto de princípios, normas e recomendações técnicas que visam garantir a produção de alimentos de forma segura, sustentável e responsável.

    Fazem parte do conjunto de princípios das BPAs: a segurança alimentar visando garantir que os produtos sejam seguros para o consumo humano; sustentabilidade ambiental para minimizar os impactos ambientais da produção agrícola; responsabilidade social para promover condições de trabalho justas e respeitar os direitos dos trabalhadores; e eficiência econômica objetivando o aumento da produtividade e a rentabilidade das atividades agrícolas.

    Conheça as Boas Práticas Agrícolas que geram sustentabilidade e oportunidades na agricultura
    Conheça as Boas Práticas Agrícolas que geram sustentabilidade e oportunidades na agricultura

    A adesão às boas práticas contribui para a preservação ambiental e uso responsável dos recursos naturais, melhora a segurança e qualidade dos alimentos, permitem aos produtores acessarem mercados que exigem padrões de qualidade e sustentabilidade e pode reduz custos operacionais e redução de insumos por meio de práticas eficientes.

    A agricultura de precisão, que consiste em conjunto de técnicas que permitem o gerenciamento localizado dos cultivos, pode ser considerada uma BPA, pois utiliza tecnologias para otimizar o uso de insumos, melhora a eficiência e reduz impactos ambientais. Outro exemplo é a agricultura irrigada, que pode usar técnicas que conservem água e evitem a salinização do solo.

    Em 2021, foi instituído o Programa BPA Brasil, visando regulamentar nacionalmente as boas práticas e estabelecendo os requisitos mínimos necessários ao enquadramento da ação como promotora das BPAs e trazer chancela pública federal, por meio do reconhecimento do Mapa a programas geridos por entes públicos e privados, que promovam às boas práticas na cadeia produtiva agrícola.

    Os produtores que adotam as boas práticas podem ser reconhecidos por meio de certificações que atestam a conformidade com as normas estabelecidas. Esse reconhecimento pode ocorrer por meio de organizações independentes que realizam auditorias e verificações das práticas adotadas pelos produtores e por programas de certificação, como o Programa de Certificação de Boas Práticas Agrícolas, reconhecido pelo Ministério.

    Por meio da Plataforma AgroBrasil + Sustentável, os produtores rurais podem utilizar para qualificar a sustentabilidade socioambiental da propriedade, auxiliando não só na agregação de valor à sua produção, mas também no processo de comercialização. Propriedades rurais que apresentem práticas de sustentabilidade vinculadas a programas do Mapa, como o Programa BPA Brasil, têm direito a uma bonificação de 0,5% de desconto nas operações de custeio.

    Além dos incentivos a adesão destes programas e reconhecimentos da Plataforma AgroBrasil+Sustentável, o Mapa incentiva por meio de diversas formas de apoio e fomento a sustentabilidade na agricultura, dentre elas: capacitação e treinamento; acesso a informações e tecnologias; programas de Assistência Técnica; Iniciativas de Pesquisa e Desenvolvimento; entre outros.

     

  • Governo publica MP com crédito extraordinário de R$ 4 bi a Plano Safra

    Governo publica MP com crédito extraordinário de R$ 4 bi a Plano Safra

    O governo publicou nesta segunda-feira (24) à noite a medida provisória (MP) que libera R$ 4,18 bilhões em crédito extraordinário para o Plano Safra deste ano. O dinheiro assegurará a continuidade do programa, suspensas por causa da não aprovação do Orçamento de 2025.

    O texto foi publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União.

    Desde quinta-feira (20), a concessão de financiamentos para o Plano Safra estava suspensa pelo Tesouro Nacional.

    O projeto de lei do Orçamento de 2025 deveria ter sido aprovado em dezembro, mas só será analisado em março, após o carnaval e a montagem da Comissão Mista de Orçamento (CMO).

    Embora a MP não entre em detalhes sobre o tema, o crédito extraordinário ficará dentro dos limites do arcabouço fiscal, que limita o crescimento real (acima da inflação) dos gastos a 70% do crescimento real das receitas no ano anterior.

    Na última sexta-feira (21), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia anunciado que os créditos seriam submetidos às limitações do marco fiscal.

    Pela Constituição, créditos extraordinários, normalmente destinados a despesas imprevistas, urgentes ou emergenciais, não são submetidos ao teto de gastos do arcabouço fiscal.

    “Apesar de ser um crédito extraordinário, o governo está anunciando que ele estará dentro dos limites do arcabouço fiscal. Portanto, é como se tivesse sido aprovado dentro do Orçamento com os limites do arcabouço fiscal. Lamentavelmente o Congresso ainda não apreciou o Orçamento”, disse Haddad na última sexta.

    Solução

    A solução da MP foi costurada após Haddad consultar o Tribunal de Contas da União (TCU) para encontrar uma solução legal que permitisse a continuidade do Plano Safra.

    Com R$ 400 bilhões em crédito para médios e grandes produtores, o Plano Safra tem juros mais baixos que os de mercado.

    Para evitar prejuízo para as instituições financeiras, o Tesouro Nacional cobre a diferença nos juros, num processo chamado de equalização.

    Por causa do aumento da Taxa Selic (juros básicos da economia) nos últimos meses, o Tesouro tem de gastar mais recursos para equalizar os juros. A Selic passou de 10,5% ao ano em setembro para 13,25% em janeiro.

  • Brics Brasil discute momento de concertação e avanço em boas práticas na agricultura

    Brics Brasil discute momento de concertação e avanço em boas práticas na agricultura

    Os países do Brics são importantes para a produção agrícola e para o comércio agropecuário mundial. Segundo Luís Rua, secretário de comércio e relações internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), dos 550 milhões de produtores do mundo, cerca da metade está em países do Brics.

    O grupo corresponde a 30% da pesca de cultivo, 70% da aquicultura e tanto a produção nesses países de matérias-primas utilizadas na agropecuária, como os fertilizantes, quanto a alta produtividade em cereais e carnes demonstram a importância do debate em torno da agricultura e da cooperação entre os membros do grupo.

    O secretário Luís Rua participou de uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (21), em Brasília, após a reunião do Grupo de Trabalho de Agricultura do Brics.

    “Os países do Brics são muito relevantes para nós, o Brasil exportou no ano passado cerca de US$ 165 bilhões em produtos agropecuários, mais de 60 milhões, ou seja 41% de tudo que nós exportamos, foram para os países do Brics”, afirmou.

    Luís Rua acrescentou também que em termos de comércio justo e inclusivo, um dos pilares da discussão é a segurança alimentar. Pois, em um mundo onde 733 milhões de pessoas passam fome, ele acredita que países grandes produtores de alimentos devem ter uma postura ativa para erradicar o problema.

    Agricultura e COP 30

    O secretário destacou ainda que o Brasil vive um momento marcante porque além da reunião do Brics, vai sediar a COP 30, e há uma conexão entre o que está sendo discutido no GT de Agricultura e os temas debatidos na Conferência das Nações Unidas. Como exemplo, ele citou o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas que busca converter uma pastagem degradada em lavoura eficiente e dessa forma melhorar a produtividade dentro de um sistema de integração entre lavoura, pecuária e florestas.

    “No ano passado foram mais de 1 milhão de hectares recuperados e nós queremos fazer essa agricultura sustentável, sem precisar derrubar árvores ou mexer nos nossos biomas e melhorar as condições das nossas pastagens. Assim, a gente vai poder garantir um objetivo maior – a segurança alimentar, que inclusive vai ao encontro ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 2, da Organização das Nações Unidas (ONU), para 2030, que é o Fome Zero”.

    Certificação eletrônica

    Em termos de comércio, de acordo com o secretário, o grupo tem debatido sobre a certificação eletrônica com o objetivo de diminuir a burocracia e levar mais oportunidades para produtores e exportadores em todos os países do Brics. A expectativa é poder comerciar bens e serviços sem travas, por exemplo, como no caso de uma mercadoria parada em um porto por falta de um certificado. Além de demonstrar para o mundo como o Sul Global pode contribuir com práticas inovadoras para o comércio internacional.

    “Então, eu acho que estamos em um momento de concertação para justamente trazer essas boas práticas e juntos mostrar que podemos avançar com o peso de boa parte da produção agropecuária mundial”, concluiu.

  • Calor extremo impacta produção de Café, Soja e Arroz no Brasil: Especialista aponta soluções agroecológicas

    Calor extremo impacta produção de Café, Soja e Arroz no Brasil: Especialista aponta soluções agroecológicas

    O calor intenso registrado nos últimos dias tem prejudicado significativamente as lavouras de café, soja, milho, arroz e frutas em diferentes regiões do Brasil. Na Região Sul, cultivos de soja, milho e arroz enfrentam dificuldades, enquanto no Sudeste, plantações de café e frutas sofrem com o estresse causado pelas altas temperaturas. Esses impactos são reflexos diretos das mudanças climáticas, que vêm intensificando desafios para a produção de alimentos no país.

    De acordo com Francis Lacerda , climatologista e pesquisadora do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), estratégias baseadas na agroecologia podem atenuar os efeitos adversos do clima e reduzir os riscos de insegurança alimentar. No entanto, ela alerta que essas práticas precisam ser adotadas urgentemente. “Existem práticas que ainda podem reduzir esses efeitos. Eu digo ainda porque daqui a pouco não vai poder mais”, afirma a especialista.

    Reflorestamento e Consórcio como Solução

    Lavoura de trigo - Imagem CenárioMT
    Lavoura de trigo – Imagem CenárioMT

    Uma das principais recomendações de Francis é o reflorestamento e a implementação de sistemas agroflorestais. Na agroecologia, o consórcio de culturas é uma prática amplamente utilizada, onde árvores frutíferas são plantadas junto com cultivos como feijão, milho ou outras leguminosas. Essa técnica promove interações benéficas entre as plantas, melhorando a resistência ao calor e à escassez de água.

    “Essas plantas vão interagir de forma que beneficiam umas às outras. Algumas têm raízes profundas que buscam água no subsolo, enquanto outras se protegem sob a sombra de árvores maiores. Precisamos implementar esse modelo de sistema agroflorestal”, explica a climatologista.

    Além disso, a diversificação de culturas fortalece a fertilidade do solo, reduz a incidência de pragas e doenças e contribui para a redução do uso de agrotóxicos. Isso resulta em vantagens econômicas e ambientais para os agricultores, como menor custo de produção e maior resiliência a condições climáticas extremas.

    Mudanças Climáticas Surpreendem Agricultores Familiares

    A grande maioria dos alimentos consumidos pelas famílias brasileiras vem da agricultura familiar, que está cada vez mais vulnerável às mudanças climáticas. Segundo Francis, os agricultores familiares estão perdendo a previsibilidade sazonal que orientava suas atividades agrícolas.

    “Quando ocorrem ondas de calor, organismos mais resilientes, como insetos, fungos e bactérias, proliferam rapidamente, devastando as lavouras”, explica. Para mitigar esses impactos, ela defende políticas públicas que incentivem o uso de tecnologias para captação e armazenamento de água, além da geração de energia renovável nas propriedades rurais.

    “A autonomia para produzir alimentos dentro dessas novas condições climáticas é essencial. Além disso, os agricultores devem ser apoiados para realizar o reflorestamento de suas terras. É possível, é barato e eles querem fazer isso”, enfatiza.

    Perda de Espécies Endêmicas

    Outro ponto preocupante destacado pela especialista é a diminuição de espécies vegetais endêmicas dos biomas brasileiros, especialmente aquelas adaptadas a ambientes secos e quentes. Um exemplo é o umbuzeiro, planta emblemática do semiárido brasileiro, conhecida por sua capacidade de armazenar água em suas raízes.

    “O umbuzeiro está sumindo da paisagem porque não consegue mais se adaptar às variáveis climáticas atuais. Ele era uma referência de resiliência no semiárido, mas agora enfrenta dificuldades”, avalia Francis.

    Lições para o Meio Urbano

    As soluções propostas pela climatologista também podem ser aplicadas ao ambiente urbano. Francis sugere a criação de espaços produtivos nas cidades, como quintais cultiváveis e “farmácias vivas”, onde plantas medicinais e alimentos podem ser cultivados localmente. No entanto, para que isso seja viável, é necessário o apoio de políticas públicas que orientem e financiem essas iniciativas.

    “Sem justiça social, não conseguiremos combater as mudanças climáticas. Precisamos pensar em formas inovadoras de garantir segurança hídrica, energética e alimentar tanto para as populações urbanas quanto para as rurais”, conclui.

  • Promoção de Segurança Alimentar do Mapa para indígenas será ampliado para povos do Xingu

    Promoção de Segurança Alimentar do Mapa para indígenas será ampliado para povos do Xingu

    O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com lideranças indígenas Yawalapiti da região do Xingu que vieram a Brasília nesta quarta-feira (19) apresentar demandas para melhoria da produtividade no território que vem sofrendo com os efeitos das mudanças climáticas.

    Em Mato Grosso, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já conta com dois projetos de Promoção da Segurança Alimentar para Povos Indígenas, atendendo às etnias Xavante e Tapirapé, por meio da parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), respectivamente.

    Ao todo, são R$ 14 milhões investidos para promoção de segurança alimentar e geração de renda por meio de capacitação de produtores indígenas, do desenvolvimento de áreas produtivas, agregação de valor à cadeia produtiva e manutenção de banco de germoplasma de alimentos tradicionais e da aquicultura.

    Aliado a programas estruturantes do Mapa, que, além da capacitação, realizam estudo e disponibilizam máquinas, equipamentos e insumos para a correção do solo, o ministro ressaltou que as ações poderão ser ampliadas para atender os povos indígenas do Xingu.
    “Vamos trabalhar para que eles possam cultivar, de acordo com a vocação e suas culturas, no melhor aproveitamento da terra para a garantia da segurança alimentar e nutricional desses povos”, explicou Fávaro.

    Isso porque as demandas apresentadas pelos Yawalapati vão ao encontro do programa do Mapa e poderão ser estendidas nos convênios em andamento, atendendo com celeridade aos anseios da região.

  • Programa nacional investirá para aumentar a produtividade na agricultura

    Programa nacional investirá para aumentar a produtividade na agricultura

    Impulsionar a produção agropecuária brasileira por meio do incentivo à mecanização agrícola, com ações direcionadas para modernizar as atividades no campo, aumentar a eficiência produtiva e melhorar a qualidade de vida dos agricultores. Assim estão definidos, em parágrafo único, os objetivos do Programa Nacional de Modernização e Apoio à Produção Agrícola (Promaq), instituído pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Portaria n° 775/25 , e publicado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (19/02).

    Com a modernização do setor, incrementa-se a produtividade no campo, inclusive incentivando as práticas mais sustentáveis e eficientes. “Não restam dúvidas de que a produção de alimentos é a vocação do Brasil. E essa agropecuária, que é destaque no mundo e essencial para a nossa economia, também é um importante instrumento para a redução das desigualdades”, defende o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

    Para alcançar tal meta, o Promaq fará a aquisição e doação de máquinas e equipamentos agrícolas em redes e parcerias com organizações públicas federais, estaduais, distritais, municipais, além de organizações privadas. A mecanização será essencial para recuperação de solos, preparo de áreas de plantio, terraços, bem como obras de dragagem e irrigação, recuperação e construção de estradas vicinais. Além disso, estão previstos otimização das colheitas e beneficiamento dos produtos agropecuários.

    A mecanização ainda ajuda a promover o desenvolvimento em diferentes regiões, reduzindo, consequentemente, as desigualdades entre elas. Assim, o programa vai priorizar localidades com maior vulnerabilidade socioeconômica, baixa mecanização e infraestrutura para escoamento de produção. Estados e municípios em situação de emergência ou de calamidade também serão, preferencialmente, contemplados.

    COMO PARTICIPAR – Para receber os bens, o beneficiário deverá apresentar diagnóstico que demonstre a demanda específica por máquinas e equipamentos, considerando o perfil agrícola da região, a extensão da área rural e a condição das estradas vicinais.

    Será firmado um termo de compromisso e de doação que assegure a utilização dos equipamentos exclusivamente para os objetivos do Promaq, garantindo que os equipamentos serão utilizados em conformidade com práticas agrícolas sustentáveis e com as normas ambientais, minimizando impactos negativos.

  • Desenrola rural prevê descontos de até 96% em dívidas de agricultores

    Desenrola rural prevê descontos de até 96% em dívidas de agricultores

    As condições para a quitação de dívidas de agricultores familiares pelo Desenrola Rural preveem descontos de até 96% no valor devido. Lançado esta semana em decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa de renegociação e acesso a crédito está disponível para 1,35 milhão de agricultores que têm alguma pendência financeira. Esse volume representa 33% de um total de 5,43 milhões de agricultores familiares no país.

    “Aqueles que têm dívidas menores, o desconto chega a 96%. Além disso, o nome fica limpo, porque retira os agricultores da chamada prisão perpétua, termo cunhado pelo presidente Lula a quem renegociava com o banco, mas ficava no escore negativo. Essa questão o decreto agora resolve”, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, durante apresentação dos detalhes do programa, em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (14), no Palácio do Planalto.

    Segundo técnicos da pasta, após conversas com o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste (BNB), o Banco da Amazônia (Basa) e a Caixa Econômica Federal, o conjunto das dívidas desses agricultores familiares será incluída na negociação, e não apenas aquelas ligadas ao crédito rural. Na prática, isso vai permitir que eles possam regularizar a avaliação de crédito para acessar novas operações.

    “O Pronaf é uma política pública que é implementada por algumas instituições financeiras específicas. Nós autorizamos, por lei, que os bancos possam voltar a executar operações de crédito mesmo que, no passado, esse agricultor familiar tenha ocasionado algum tipo de prejuízo a essa instituição”, esclareceu a secretária-executiva do MDA, Fernanda Machiaveli.

    Um levantamento do MDA constatou que, das famílias endividadas, 70% estão com restrições nos bancos e 30% com restrições nos serviços de proteção ao crédito, muitos por atrasos nas contas de água, luz e telefone. Em relação às instituições de crédito, 69% dos débitos dos agricultores familiares têm valor inferior a R$ 10 mil. Entre as pessoas com restrição de crédito, 47% têm dívidas de até R$ 1 mil.

    O programa abrange tanto dívidas de crédito rural, como aquelas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), quanto débitos inscritos na Dívida Ativa da União e créditos de instalação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

    Os maiores descontos, que chegam a 96% da dívida total, beneficiam justamente os assentados da reforma agrária e agricultores quilombolas que acessaram alguma modalidade do crédito de instalação, entre 27 de maio de 2014 e 29 de junho de 2022. Esse crédito, concedido pelo Incra, serve para a construção de moradia e investimentos iniciais de quem obtém terras pelo programa fundiário federal.

    Operações de crédito concedidas pelo Banco do Brasil, por exemplo, a instituição financeira que mais concede financiamentos do Pronaf, vão oferecer abatimentos que chegam a 86%. A meta do governo federal é conseguir que ao menos 250 mil agricultores consigam renegociar suas dívidas este ano, podendo se reinserir no mercado de crédito e contribuir com a ampliação da produção de alimentos.

    Para dívidas do Pronaf ou dívidas bancárias de qualquer natureza, o produtor familiar deverá procurar a instituição financeira para regularizar a situação também a partir do dia 24, primeiro dia útil após o prazo de 10 dias da publicação do decreto. Se a dívida for de crédito de instalação de beneficiários da reforma agrária, o pequeno agricultor deve ir ao Incra para quitar os débitos com o desconto.

    O MDA também orienta os agricultores familiares a procurar os sindicatos, as associações e as entidades representativas para receberem ajuda. A adesão vai até 31 de dezembro.

  • Ministro Fávaro recebe comitiva de prefeitos de Mato Grosso no Ministério da Agricultura e Pecuária

    Ministro Fávaro recebe comitiva de prefeitos de Mato Grosso no Ministério da Agricultura e Pecuária

    Nesta terça-feira (11), por ocasião do Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas (ENPP), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu uma comitiva com mais de 30 prefeitos mato-grossenses para dialogar sobre a realidade dos municípios e detalhar os programas do Mapa.

    O ENPP é uma iniciativa da Presidência da República que tem o objetivo de aproximar as prefeituras do trabalho do Governo Federal e fortalecer o pacto federativo.

    “A equipe do Ministério da Agricultura e Pecuária está aqui para atender os municípios e os prefeitos da melhor forma possível. Muitos já estão sendo atendidos e nós já temos um cronograma de entregas bastante positivo. Estamos aqui para ouvir quais são as principais demandas dos municípios”, destacou Fávaro. “Nosso compromisso é atender os municípios porque é lá que, de fato, moram as pessoas”, completou.

    Participaram da reunião os prefeitos de Curvelândia, Jadilson de Souza; Nossa Senhora do Livramento, Dr. Thiago; Novo Santo Antônio, Junior Contador; Porto dos Gaúchos, Vanderlei de Abreu; Santo Antônio do Leste, Miguel Brunetta; Tangará da Serra, Vander Masson; Rio Branco, Pabollo; Salto do Céu, Professor Mauto; Rosário Oeste, Mariano Balabam; Reserva do Cabaçal, Jonas Campos; Poxoréu, Luciano Sol; Mirassol D’Oeste, Hector Alvares; Jauru, Passarinho; Araputanga, Enilson Rios; General Carneiro, João Filho; Guarantã do Norte, Subtenente Márcio Gonçalves; Juara, Nei da Farmácia; Alto Taquari, Marilda Sperandio; São José dos Quatro Marcos, Jamis Bolandin; São Pedro da Cipa, Eduardo Abreu; Alto Paraguai, Adair Moreira; Torixoréu, Thiago Oliveira; Araguainha, Francisco Naves; Boa Esperança do Norte. Calebe Francisco; Santa Rita do Trivelato, Volmir Bassani; Nova Nazaré, Narizinho; Nova Brasilândia, Toninho; Novo Mundo, Casciano Reis; Vila Bela da Santíssima Trindade, André Bringsken; Jangada, Rogério Meira; Santa Terezinha, Thiago Castellan; Nova Marilândia, Jefferson Souto; Vera, Yago Giacomelli e Rondolândia, José Guedes.

    Após as intensas chuvas do início do ano, a principal demanda dos municípios mato-grossenses é a recuperação de estradas vicinais e a reconstrução de pontes. No estado, o Mapa já executou cerca de 1,5 mil quilômetros de recuperação de estradas vicinais. “São obras em andamento e contratos em diversos locais nesse período de dois anos que estamos aqui”, disse Fávaro.

    O ministro também apresentou o catálogo de programas e ações disponíveis para que as prefeituras se cadastrem e destacou a eficiência do Mapa com entregas de máquinas de primeira qualidade, permitindo aos gestores garantir a manutenção dos equipamentos e a agilidade na recuperação de estradas vicinais, com uma equipe de engenharia do Ministério atuando diretamente na vistoria das obras. Já foram investidos aproximadamente R$ 15 milhões em máquinas e equipamentos para os municípios de Mato Grosso.

    Ainda, foi destacado por Fávaro o projeto da Unidade Mista de Pesquisa e Inovação (Umipi) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Nossa Senhora do Livramento. A Embrapa da Baixada Cuiabana atuará, em parceria com outras instituições, com foco no desenvolvimento da agricultura familiar e culturas locais, como a fruticultura, olericultura, mandiocultura, piscicultura, entre outras. De acordo com o ministro, a estrutura trará benefícios significativos para o desenvolvimento econômico e social da região.

    Na segunda-feira (10), o ministro recebeu 12 prefeitos de municípios mato-grossenses. Com as reuniões, será realizado um diagnóstico da situação geral do estado para melhor atender as demandas de cada região.

  • Mapa declara emergência fitossanitária ao risco de surto da praga quarentenária da mandioca

    Mapa declara emergência fitossanitária ao risco de surto da praga quarentenária da mandioca

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na quinta-feira (30) a Portaria nº 769 declarando estado de emergência fitossanitária relativo ao risco de surto da praga quarentenária Rhizoctonia theobromae (Ceratobasidium theobromae) nos estados do Amapá e do Pará. A declaração, que valerá por um ano, visa reforçar as medidas de prevenção e evitar a dispersão da praga para outras áreas de cultivo.

    “Esta é uma medida que demonstra o reconhecimento do tema por parte do Mapa. Durante a vigência do estado de emergência fitossanitária, todas as ações necessárias para erradicar a praga e evitar sua disseminação para outras áreas produtivas poderão ser adotadas com mais agilidade, tanto em nível federal quanto estadual”, afirmou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

    A doença, que é conhecida na literatura como “vassoura de bruxa” da mandioca, foi detectada pela Embrapa Amapá nos plantios de mandioca das terras indígenas de Oiapoque, em 2024.

    Os sintomas da doença caracterizam-se por ramos secos e deformados, nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules. Com a evolução da doença, é comum a ocorrência de clorose, murcha e seca das folhas, morte apical e morte descendente das plantas.

    Já a dispersão pode ocorrer por meio de material vegetal infectado, ferramentas de poda, além de possível movimentação de solo e água. A movimentação de plantas e produtos agrícolas entre regiões também pode facilitar a dispersão do patógeno, aumentando o risco de infecção em novas áreas.

    Ações de Defesa Fitossanitária

    Durante a manhã de quarta-feira (29), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, representantes da Embrapa e equipe técnica dos dois ministérios, estiveram reunidos para debater as ações de defesa fitossanitária para diminuir os impactos da nova doença.

    “Nós temos o melhor sistema de defesa agropecuária do mundo e trataremos essa situação com a máxima seriedade e agilidade”, pontuou o ministro Fávaro.

    Desde a confirmação oficial da presença da praga no país, equipes compostas por profissionais do Mapa, Embrapa, Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do estado do Amapá (Diagro) e o Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) estão atuando no estado do Amapá, executando uma varredura completa na área considerada de novos riscos de detecção de novos focos da praga e aplicação de medidas de contenção nos focos identificados.

    Com a publicação da Portaria será estabelecido um Comando Nacional de emergenciais, compostos por várias instituições públicas federais, estaduais e municipais, além da iniciativa privada, para tratar das ações necessárias no enfrentamento a esta praga.