Tag: Agricultura e Pecuária

  • Brasil e Argentina discutem colaboração em fertilizantes e nutrição de plantas

    Brasil e Argentina discutem colaboração em fertilizantes e nutrição de plantas

    A delegação do Ministério da Agricultura e Pecuária está em missão na Argentina para tratar de oportunidades de colaboração bilateral para a produção de adubos e fertilizantes, insumos primordiais no desenvolvimento do setor agrícola.

    O secretário executivo adjunto do Mapa, Cleber Soares, esteve reunido, recentemente, com o secretário da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, Juan Jose Bahillo, quando foram discutidas ações e trocas de informações e, em especial, sobre os planos nacionais de fertilizantes de cada país vizinho.

    “Estamos aqui para apresentar e identificar pontos convergentes para relação bilateral de futuro comércio de fertilizantes e oportunidades em bioinsumos. Precisamos conhecer melhor as potencialidades da Argentina na produção de fertilizantes nitrogenados a partir de gás natural e na produção de potássio – elementos essenciais para os cultivos brasileiros. Por outro lado, é importante para o Brasil abrir mercado para bioinsumos, tanto biofertilizantes como biodefensivos, segmento que somos líderes no mundo”, considera Cleber Soares.

    “Estive reunido com o secretário Cleber Soares e a equipe técnica para tratar da situação regional em matéria de fertilizantes. Ambos os países compreendem a importância e a vitalidade de um _input_ estratégico para o setor agrícola na região e no mundo. Por isso, estamos empenhados em construir em conjunto programas e projetos para o bom uso e aproveitamento dos mesmos”, ressalta Bahillo.

    “A produção de gás natural de Vaca Muerta e as reservas de potássio em Rio Colorado-Mendoza, geram oportunidades muito relevantes nesse segmento”, complementa o secretário de Agricultura argentino.

    Dois grandes produtores agrícolas mundiais, o Brasil e a Argentina importam mais do que 70% dos adubos que usam.

    A missão brasileira é composta, além do secretário executivo adjunto, que chefia a delegação, do assessor José Carlos Polidoro; a adida agrícola em Buenos Aires, Andrea Parrilla; o conselheiro da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), Leonardo Valverde Corrêa da Costa; o primeiro e segundo secretários do setor Econômico da Embaixada do Brasil em Buenos Aires, Paulo Gustavo Barbosa Martins e Igor Goulart Teixeira.

    Participou ainda das reuniões o representante do IICA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura) no Brasil, Gabriel Delgado.

    Da parte argentina, esteve presente, além do secretário de Agricultura, o responsável pelas Relações Internacionais da Secretaria de Agricultura, Ariel Martínez; o diretor nacional de Agricultura, Agustín Pérez Andrich; e o chefe de Gabinete, Juan Manuel Fernández Arocena.

    A comitiva brasileira reuniu ainda com a diretoria do INTA (Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária), na sede daquela instituição, onde discutiram temas para parcerias em fertilizantes, nutrição de plantas e bioinsumos. Por parte do INTA, as discussões foram lideradas por seu presidente Mariano Garmendia e pela vice-presidente Nacira Belén Muño.

    Está programada para esta segunda-feira (11) a participação dos representantes brasileiros na XIV Argentina Oil & Gas Expo, em Buenos Aires. No dia 12 (terça-feira) se juntarão à comitiva do Ministério de Minas e Energias do Brasil, chefiada pelo secretário de Mineração, Vitor Saback, para uma visita à mina e às instalações de exploração de potássio, no Rio Colorado, localizadas em Mendoza. Na ocasião, haverá assinatura de contrato de venda da empresa PRC S.A.. A empresa, da qual um dos sócios é brasileiro, é destinada à exploração de potássio, em Malargue.

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  • Rural + Conectado chega para ampliar a conectividade no campo

    Rural + Conectado chega para ampliar a conectividade no campo

    Buscando expandir os serviços de telecomunicações e levar mais conectividade para o campo, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ministérios das Comunicações (MCom) e Desenvolvimento Social (MDS), lançou nesta sexta-feira (8), o Projeto Rural + Conectado.

    O anúncio foi feito pela secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI/Mapa), Renata Miranda, durante a apresentação do Plano Safra da Agricultura Familiar 23/24 no evento realizado pelo Banco Nordeste, em Aracajú (SE).

    O Rural + Conectado tem como objetivo a ampliação da infraestrutura para acesso à internet em povoados e vilarejos de baixa densidade demográfica que ainda não possuem esse serviço. Essa iniciativa é parte da estratégia de inovação do Mapa e visa fomentar o desenvolvimento, a inclusão tecnológica e o aprimoramento da atividade agropecuária nessas regiões.

    A fase inicial terá uma linha de crédito reembolsável para as empresas de telecomunicações, com taxa de juros subsidiada e com prazo de 15 anos para pagamento. Os recursos, da ordem de R$ 1,2 bilhões, poderão ser utilizados para a ampliação do acesso, aumento da velocidade e da qualidade dos serviços e expansão das redes de telecomunicações, inclusive das redes de transporte de alta capacidade.

    Esta primeira linha vai disponibilizar para as operadoras 2.315 pontos na região Nordeste e alguns prioritários na região Norte. Essas localidades apresentam maior potencial para gerar impacto econômico e social no curto prazo, atendendo a um dos objetivos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), instituído pela lei nº 9.998 e regulamentado pelo decreto nº 11.004.

    Segundo Renata Miranda, o Projeto Rural + Conectado é um primeiro passo para atender à demanda dos produtores rurais, permitindo que a inovação chegue para quem mais precisa. “A conectividade é o elemento de infraestrutura essencial para a agricultura digital. A internet de qualidade vai possibilitar que os agricultores das regiões atendidas tenham acesso a mais informações, assistência técnica digital e novas tecnologias”, completou.

    Diretor do Departamento de Apoio à Inovação para Agropecuária (Diagro /Mapa), Alessandro Cruvinel, explica que o acesso à internet é um fator determinante para a permanência do jovem no campo, na medida que reduz as desigualdades sociais e se torna um agente facilitador de práticas sustentáveis e inovadoras, e do empreendedorismo.

     
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  • Araras resgatadas no Suriname são monitoradas em Cananéia

    Araras resgatadas no Suriname são monitoradas em Cananéia

    As cinco araras-azuis-de-lear, que foram roubadas e resgatadas no Suriname em agosto, devem permanecer na Estação Quarentenária de Cananéia (EQC), no litoral de São Paulo, pelo menos até dia 14 de setembro. Elas seguem em observação por auditores fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), formados em medicina veterinária, que verificaram indícios de que seriam animais de vida livre.

    Além das araras, sete micos-leões-dourados, que estavam no mesmo local no país vizinho, foram repatriados e estão em quarentena no Zoológico de Guarulhos. As duas espécies estão categorizadas como ‘em perigo de extinção’ e são nativas do Brasil.

    A operação que resgatou os animais envolveu os Ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Justiça e Segurança Pública e Relações Exteriores. Eles foram repatriados em uma aeronave da Polícia Federal e as araras chegaram a Cananéia no dia 24 de agosto, devendo permanecer sob monitoramento por, ao menos, 21 dias.

    De acordo com o chefe da EQC, Mateus Araújo, se confirmados os indícios de que as aves sejam animais de vida livre, é possível que elas tenham sido capturadas na natureza por traficantes. Um dos indicadores é a habilidade das aves em relação aos alimentos oferecidos a elas: animais livres e animais de cativeiro desenvolvem habilidades distintas no manuseio de alguns frutos.

    Na ocasião da repatriação, a analista ambiental Silvia Neri Godoy, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave), que participou da operação de busca, declarou à imprensa que as araras e os micos serão destinados a programas de conservação. Como são animais ameaçados de extinção, a retirada de cada indivíduo da natureza pode ser muito danosa.

    A operação traria de volta ao Brasil 29 araras, mas apenas cinco foram localizadas em Paramaribo, capital do Suriname. Outras 24 teriam sido roubadas novamente após a apreensão.

    Estação

    Na terça-feira (5), o superintendente de Agricultura e Pecuária de São Paulo, Guilherme Campos, esteve na Estação Quarentenária de Cananéia, a pedido do ministro Carlos Fávaro. Ele foi conhecer as instalações que abriga aves e suínos recém-chegados ao Brasil e que precisam passar um período em observação para garantir que não tragam doenças que ameacem a sanidade animal do país.

    “Os animais ficam isolados e aquela estrutura é referência mundial na proteção da produção animal”, disse Guilherme. Recentemente Cananéia dobrou sua capacidade para receber suínos e agora pode abrigar cerca de 1.800 animais.

    A EQC é vinculada ao Departamento de Saúde Animal, da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), do Mapa. Cabe a essa secretaria a prevenção e o combate de doenças de animais que possam ameaçar a preservação do patrimônio pecuário nacional.

    De acordo com o chefe da EQC, os suínos passam pelo menos 30 dias na quarentena. “Se detectamos algum problema no lote, a presença de algum agente de doença infectocontagiosa que o Brasil controla ou que nunca tenha registrado, a gente detém esse lote para investigação. O objetivo é evitar que animais doentes ingressem no território nacional, assim protegemos o plantel brasileiro”, explicou Mateus.

    Danilo Tadashi Kamimura, chefe da Divisão de Defesa Agropecuária no Estado de São Paulo (DDA-SP), acompanhou o superintendente na visita e falou dos procedimentos de biossegurança para acesso à estação quarentenária. Para entrar ao local, o veículo passa obrigatoriamente pelo rodolúvio. Pessoas que entram na estação precisam tomar um primeiro banho, trocar totalmente de roupa, e em seguida passar por um segundo banho e trocar novamente de roupa. O procedimento é repetido na saída.

    “Essas ações são necessárias para evitar qualquer escape de agentes patogênicos que possam introduzir doenças ausentes no Brasil”, afirmou. Danilo disse ainda que a EQC está localizada em um ambiente protegido por “um grande pulmão” de mata atlântica, que dificulta a disseminação de doenças.

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  • Operação interdita depósito irregular com 24 toneladas de farinha de trigo contrabandeadas da Argentina

    Operação interdita depósito irregular com 24 toneladas de farinha de trigo contrabandeadas da Argentina

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal (RFB) apreenderam na quarta-feira (6) produtos irregulares e contrabandeados da Argentina. A ação ocorreu no município de Foz do Iguaçu (PR), na região próxima a aduana da Ponte Internacional Tancredo Neves, após policiais federais localizarem um depósito irregular dos produtos.

    Na propriedade onde se encontrava o depósito, foram apreendidas cerca de 24 toneladas de farinha de trigo de origem Argentina e sem anuência de importação. Também foi identificado no local uma residência anexa que da mesma forma estocava os produtos contrabandeados. O local foi interditado por apresentar condições higiênico-sanitárias precárias e armazenagem de produto ilegal.

    Ainda durante a ação, foram identificados dois estabelecimentos que possuíam relação com as mercadorias contrabandeadas. Um dos locais é uma padaria, onde foram vistas marcas no muro que indicavam ter o abastecimento da farinha ilegal. O fato confirmado pelo proprietário que informou usar e conhecer a procedência da mesma.

    Já o outro estabelecimento é um supermercado que foi fiscalizado por auditores fiscais federais agropecuários. Durante a vistoria, foram encontrados 300 quilos de carvão vegetal argentino, bem como 68 litros de vinho colonial com rotulagem em desacordo com normas e legislações vigentes, além de não possuir selo de certificação. No local também foi constatada a presença de pequena quantidade da farinha.

    “Devemos lembrar que qualquer produto agropecuário introduzido ilegalmente no País possui risco, tanto a saúde pública quanto de entrada de doenças e pragas agrícolas, por não ser um produto com origem certificada e conhecida”, alerta o agente de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal, Rodrigo Batista, que atuou pelo programa Vigifronteira.

    As três propriedades vistoriadas pertencem a membros da mesma família. Além dos produtos, foram apreendidos dois veículos utilizados no transporte dos produtos ilegais.

    O responsável pelo depósito foi preso em flagrante e os produtos e os veículos encaminhados para a sede da Receita Federal.

     
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  • Agropecuária apresenta crescimento perto de 18% neste semestre

    Agropecuária apresenta crescimento perto de 18% neste semestre

    O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2023, ante o trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. Em relação ao mesmo trimestre de 2022, o PIB cresceu 3,4%. No semestre, a alta acumulada foi de 3,7%.

    Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2023 totalizou R$ 2,651 trilhões. A Governouária cresceu 17% em relação a igual período do ano anterior. Esse resultado pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho favorável de alguns produtos da lavoura que possuem produção relevante no segundo trimestre, como a soja (24,5%), o milho (13,7%), o algodão (10,2%) e o café (5,3%). O IBGE destaca os ganhos de produtividade das lavouras PIB da Agropecuária como um dos principais fatores de crescimento.

    No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços avançaram 12,1%, ao passo que a expansão das Importações de Bens e Serviços foi de 2,1% no segundo trimestre de 2023. Entre as exportações, a expansão é explicada, principalmente, pelos produtos agropecuários, extrativa mineral e produtos alimentícios.

    A participação das atividades no Valor Agregado ficou assim definida: Agropecuária 7,9%; Indústria 23,9% e Serviços 68,2%.

    O PIB no primeiro semestre de 2023 apresentou crescimento de 3,7% em relação ao mesmo período de 2022. Nessa base de comparação, houve desempenho positivo na Agropecuária (17,9%), na Indústria (1,7%) e nos Serviços (2,6%).

    Tomando essas taxas e relacionando-as à participação de cada atividade no Valor Agregado, a Agropecuária tem este ano uma contribuição de 38,2% no PIB, a Indústria 10,98% e Serviços, 47,9%. A contribuição da Agropecuária corresponde a quase cinco vezes o seu tamanho.

    Agropecuária apresenta crescimento perto de 18% neste semestreAgropecuária apresenta crescimento perto de 18% neste semestre

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    *com informações doIBGE

     
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  • Em dois meses o desembolso do crédito rural chega a R$ 101 bilhões

    Em dois meses o desembolso do crédito rural chega a R$ 101 bilhões

    O desembolso do crédito rural nos dois primeiros meses do Plano Safra 2023/2024 chegou a R$ 101 bilhões, aumento de 10% em relação a igual período da safra passada. Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 64,3 bilhões. Já as concessões das linhas de investimentos totalizaram R$ 12,1 bilhões. As operações de comercialização atingiram R$ 11,8 bilhões e as de industrialização, R$ 12,7 bilhões.

    De acordo com a análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram realizados 385.487 contratos no período de dois meses do ano agrícola, sendo 269.587 no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e 62.058 no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).

    Os valores concedidos aos pequenos e médios produtores em todas as finalidades (custeio, investimento, comercialização e industrialização) foram, respectivamente, de R$ 13,8 bilhões no Pronaf e de R$ 17,5 bilhões no Pronamp.

    Os demais produtores formalizaram 53.842 contratos, correspondendo a R$ 69,6 bilhões de financiamentos liberados pelas instituições financeiras.

    Nos financiamentos agropecuários para investimento, o Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (Moderagro) teve contratações de R$ 287 milhões, significando um aumento de 33% em relação a igual período na safra anterior. E os financiamentos para o programa do Pronamp alcançaram R$ 1,1 bilhão, alta de 8%.

    Em relação às fontes de recursos do crédito rural, a participação dos recursos livres equalizáveis nas contratações teve destaque nos meses de julho e agosto, com R$ 4,2 bilhões, significando um aumento de 94% em relação a igual período da safra anterior, sinalizando uma maior utilização de recursos das instituições financeiras colocadas a disposição para equalização dentro do Plano Safra.

    O secretário adjunto substituto da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, Wilson Vaz de Araújo, considera que a interrupção na contratação das operações de crédito rural, em algumas linhas do BNDES, deverá ser superada com o envio do Ofício Circular SEI nº 1492/2023/MF às instituições financeiras, que permite antecipar a programação de aplicação trimestral de recursos equalizados.

    Os valores apresentados são provisórios e foram extraídos no dia 5 deste mês, do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), que registra as operações de crédito informadas pelas instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural.

    Dependendo da data de consulta no Sicor ou no Painel Temático de Crédito Rural do Observatório da Governouária Brasileira, podem ser observadas variações dos dados disponibilizados ao longo dos trinta dias seguintes ao último mês do período considerado.

    Confira aqui a programação dos recursos equalizáveis, por programas e por instituição financeira.

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  • Mapa esclarece informação sobre a fraude em azeite de oliva extravirgem importado

    Mapa esclarece informação sobre a fraude em azeite de oliva extravirgem importado

    Em virtude das informações divulgadas que um levantamento do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) indica que 84% dos azeites de oliva importados como extravirgem são fraudados, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Governouária esclarece que não se trata de fraude no produto, e sim irregularidade na classificação do tipo – extravirgem, virgem ou lampante – que está relacionado a qualidade ofertada ao consumidor.

    A fraude é dita quando em análises realizadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) detecta a substituição do azeite de oliva por óleo vegetal (óleo de soja, girassol, ou canola) e adição de corantes e aromas não permitidos. Essa prática é danosa aos consumidores pois tem potencial risco à saúde.

    Já a irregularidade de classificação do tipo está ligada à qualidade do que é ofertado. Neste caso, o azeite é legítimo, originário da oliveira, mas possui diferenças de qualidade onde devem ser identificadas características sensoriais que atribuem superioridade ou não ao produto. E é aqui que o produto importado está inserido.

    Para identificar as diferenças de qualidade nos azeites de oliva ofertados ao consumo, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária no Rio Grande do Sul (LFDA-RS) realiza análises sensoriais do produto para provar e identificar nele aromas e sabores. A ação é complementar a análises laboratoriais físico-químicas de confirmação da identidade e qualidade do produto.

    O painel é formado por um grupo de painelistas altamente treinados, capazes de identificar sensorialmente pequenas variações de qualidade em azeite de oliva, que após validado pelo chefe de painel é emitido um certificado dizendo se aquele azeite é virgem, extravirgem ou lampante. A análise sensorial é o único método para determinar o tipo de azeite e está prevista na Instrução Normativa nº 01/2012.

    Neste ano, o grupo de painelistas recebeu amostras de azeite de oliva importado, especialmente aquelas coletadas nas fronteiras pela Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), para análise de classificação. Até o momento, foram analisadas 46 amostras, a maioria das quais correspondendo a cargas importadas a granel. Dessa amostragem, 82,6% apresentaram irregularidades, indicando que estavam sendo importadas e comercializadas como azeite de oliva extravirgem, apesar de não atenderem aos padrões sensoriais dessa classificação.

    É importante ressaltar que o universo de amostras analisadas pelo LFDA-RS não representa necessariamente todo o mercado brasileiro de azeite de oliva, mas sim uma área de investigação pré-determinada pelas autoridades fiscais, incluindo esforços de combate à pirataria e falsificação.

    O Mapa reforça que as constantes ações de fiscalização têm contribuído para reduzir as irregularidades inicialmente identificadas, e o LFDA-RS está trabalhando para ampliar seu painel sensorial, além de estimular que instituições criem novos painéis sensoriais, visando aprimorar a capacidade de fiscalização e possibilitar análises de controle de qualidade para o setor produtivo.

     
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  • Exportações da agropecuária brasileira é destaque

    Exportações da agropecuária brasileira é destaque

    Integrante do Comitê Nacional para a Promoção da Cultura Exportadora e Execução da Política Nacional de Cultura Exportadora, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representado pelo Secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, participou do lançamento da Política Nacional da Cultura exportadora (PNCE) nesta segunda-feira (4), em Brasília, e destacou a participação da agropecuária brasileira nas exportações.

    “Neste ano já conseguimos a abertura de 42 novos mercados para o Brasil, reforçando a grande vocação brasileira para a produção de alimentos, para a segurança alimentar e para a manutenção da paz global”, disse o secretário.

    A PNCE busca aprimorar as políticas públicas do setor, desenvolvendo e fortalecendo programas, projetos e ações inclusivas para a maior inserção de empresas no comércio exterior brasileiro, além de proporcionar maior coordenação entre órgãos envolvidos em promoção do comércio exterior e apoiar o ingresso e a permanência de empresas no mercado externo.

    Para o vice-presidente da República e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, há um desafio muito grande pela frente. “Essa é uma grande pauta, um desafio de além de exportar mais, incluir as pequenas empresas. O cooperativismo pode ser extremamente significativo para o Brasil inteiro exportar. Nós temos uma tarefa grande: exportar com o valor agregado”.

    Para isso, o Mapa está reforçando sua participação no exterior. Está em andamento o processo de renovação dos quadros de adidos agrícolas com nove postos novos de trabalho ao redor do mundo e, para o ano que vem, outros 10 postos deverão ser criados.

    “O papel dos adidos agrícolas no exterior tem sido fundamental para que possamos aumentar a participação dos produtos brasileiros no mundo”, reforçou Perosa.

    Além disso, o maior programa de produção sustentável de alimentos do mundo, que vem sendo desenvolvido pelo governo federal por meio do Mapa, deverá impactar positivamente o crescimento das exportações brasileiras.

    A proposta é converter cerca de 40 milhões de hectares de baixa produtividade em áreas agricultáveis, intensificando a produção de alimentos no Brasil, que, atualmente, ocupa o terceiro lugar no ranking mundial.

    “Isso significa dizer que teremos, nos próximos 10 anos, quase metade da produção agrícola brasileira com índices de sustentabilidade avançados, com rastreabilidade e com certificação de carbono”, informou o secretário.

    Estudo realizado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostra que empresas que exportam pagam salários mais altos, contratam mão de obra mais qualificada, são mais inovadoras e têm vida mais longa em relação às que atuam apenas no mercado interno.

     
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  • Estoque de CPRs registradas chegou a R$ 266 bilhões

    Estoque de CPRs registradas chegou a R$ 266 bilhões

    A cada mês, os instrumentos de financiamento privado do agro têm apresentado novos incrementos. No caso da CPR (Cédula de Produto Rural), os valores em estoque registrados do título saltaram de R$ 170 bilhões, em julho/2022, para R$ 266 bilhões em julho/2023, com 57% de elevação.

    A atualização do valor foi registrada no Boletim de Finanças Privadas do Governoroduzido pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com dados referentes ao mês de julho. O boletim é atualizado mensalmente com o desempenho dos principais instrumentos de captação privada de recursos para o financiamento das cadeias produtivas do agronegócio.

    O tíquete médio do estoque de CPR registrado ficou em R$ 1,64 milhão em julho, 23% inferior ao do ano passado. Dentre as razões da redução do tíquete médio, uma das principais é que neste ano tornou-se obrigatório o registro de CPR com valor superior a R$ 50 mil. Antes, a obrigatoriedade de registro era para CPR com valor superior a R$ 250 mil.

    O tíquete médio significa uma maneira de se referir a um valor médio, no caso, ao valor médio dos contratos de CPR.

    “Com a ampliação da obrigatoriedade de registro para CPR de menor valor, o mercado ganha maior transparência, o que permite uma melhor avaliação de risco do produtor rural pelo mercado financeiro, podendo resultar em redução de custos de financiamento ao produtor”, explicou o diretor de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário, Wilson Vaz de Araújo.

    “A CPR hoje é um dos principais instrumentos de financiamento privado da produção agropecuária brasileira. A lista de produtos que podem ser financiados pelo título é bastante ampla, como pode ser visto no Boletim de Finanças Privadas do Agro”, acrescentou o coordenador-geral de Instrumentos de Mercado e Financiamento, Jonathas Alencar.

    Os estoques de LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) continuaram crescendo. Em julho deste ano, estavam em R$ 423,88 bilhões, sendo 49% superiores aos de um ano atrás. De acordo com análise da Coordenação de Instrumentos de Mercado e Financiamento (SPA/Mapa), com o novo Plano Safra, a exigibilidade para que recursos de LCA sejam aplicados no financiamento do setor agropecuário foi elevada de 35% para 50%. Nesse sentido, o aumento nas emissões de LCA somado à elevação da exigibilidade, tem como resultado a maior entrada de recursos financeiros privados no setor.

    Estoque de CPRs registradas chegou a R$ 266 bilhõesEstoque de CPRs registradas chegou a R$ 266 bilhões

    Em julho, o patrimônio líquido dos Fiagro alcançou R$ 15,4 bilhões, um salto de 170% frente a igual período do ano passado, apesar do leve recuo em relação ao mês anterior.

    Maiores detalhes sobre a CPR e LCA, bem como de outros títulos do agronegócio e do Fiagro podem ser acessados no Boletim de Finanças Privadas do Agro, disponível no link.

    Informações à Imprensa
    imprensa@agro.gov.br

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  • Mapa investe no zoneamento da produção forrageira para pecuária

    Mapa investe no zoneamento da produção forrageira para pecuária

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Governouária (Embrapa), estão investindo recursos orçamentários em uma iniciativa inovadora visando o desenvolvimento de um Zoneamento Agrícola de Risco Climático para a produção forrageira para pecuária de corte.

    A pecuária de corte, baseada em pastagens, é uma atividade relevante na economia brasileira e enfrenta enormes desafios atualmente. Com a demanda crescente por carne bovina em contraponto a redução da área de pastagens nos últimos 20 anos, é fundamental aplicar maior eficiência ambiental nos processos produtivos.

    Nesse cenário a tecnologia torna-se o motor para que melhores resultados sejam alcançados. Informações do sistema clima x solo x planta x animal podem ser incluídos no modelo de previsão da produtividade de forragem de pastagens para geração de um Zarc nesta modalidade.

    Para o Diretor de Gestão de Risco do Mapa, Jônatas Pulquério, o ZARC da produção Forrageira para a pecuária, é o resultado da parceria do MAPA com a Embrapa e mostra a importância da pesquisa cientifica para trazer maior eficiência ambiental e evolução da pecuária brasileira.

    Zarc para forrageiras

    O zoneamento agrícola de risco climático para pecuária é um pouco mais complexo que o zoneamento para culturas agrícolas, pois o sistema envolve mais um componente: o animal.

    Para elaboração do zoneamento agrícola de risco climático está sendo desenvolvido um modelo matemático que é capaz de simular a capacidade de suporte das pastagens, seu risco e a necessidade de suplementação alimentar dos animais a partir de dados de variações climatológicas em séries históricas de longas durações e de características do solo. No Zarc forrageiras para pecuária de corte, o balanço entre crescimento do pasto e demanda por alimentos é o principal fator para identificação do risco climático.

    A partir dos resultados do Zarc Pecuária será possível verificar a taxa de lotação crítica das pastagens em cada município e os meses com maior risco de faltar alimentos em função da taxa de lotação animal utilizada. O Zarc Pecuária será disponibilizado inicialmente para o capim-marandu, forrageira mais plantada no Brasil, no Cerrado e nas porções Nordeste e Sudeste da Mata Atlântica. Os resultados obtidos serão submetidos a validações pela Embrapa, por instituições de pesquisa parceiras e pelo setor produtivo por meio de reuniões.
    No futuro, o estudo poderá ser expandido para novas forrageiras e regiões do país.

    Zarc

    O Zoneamento Agrícola de Risco Climático, coordenado pelo Mapa e executado pela Embrapa, com apoio do Banco Central do Brasil, já apresentou resultados indicativos das épocas de cultivo de menores riscos de perdas, relacionadas ao clima, para mais de 60 sistemas produtivos no País. Essas informações são relevantes para permitir o acesso ao crédito agrícola e para atender as exigências para o acesso ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).

    O Zarc é uma importante ferramenta para a redução dos riscos de perdas na agropecuária e minimização das perdas de ordem econômica.

    Aplicativo Plantio Certo

    Produtores rurais e outros agentes do agronegócio podem acessar por meio de tablets e smartphones, de forma mais prática, as informações oficiais do Zarc já publicadas, facilitando a orientação quanto aos programas de política agrícola do governo federal. O aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, desenvolvido pela Embrapa Agricultura Digital (Campinas/SP), está disponível nas lojas de aplicativos.

    Os resultados do Zarc também podem ser consultados e baixados por meio da plataforma “Painel de Indicação de Riscos” e nas portarias de Zarc por Estado.

    Informações à Imprensa
    imprensa@agro.gov.br
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