Tag: Agricultura e Pecuária

  • Governo Federal publica a Portaria do segundo Leilão Eco Invest voltado à recuperação de terras degradadas

    Governo Federal publica a Portaria do segundo Leilão Eco Invest voltado à recuperação de terras degradadas

    Nesta quarta-feira (30), foi publicada no Diário Oficial da União a Portaria STN/MF nº 926, que estabelece as regras e diretrizes para o 2º Leilão Eco Invest, voltado à recuperação de terras degradadas em apoio ao Programa Caminho Verde Brasil. A iniciativa busca promover sistemas produtivos agropecuários e florestais sustentáveis, com foco em elevar a produtividade, restaurar o solo e fomentar práticas ambientalmente responsáveis no campo brasileiro.

    Coordenada pela Secretaria do Tesouro Nacional, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a ação integra o escopo do Programa Eco Invest Brasil, que utiliza o modelo de blended finance — combinação de recursos públicos e privados — para impulsionar investimentos em práticas regenerativas e de baixo carbono na agropecuária nacional.

    A nova rodada do leilão irá financiar a primeira fase do Caminho Verde Brasil, com potencial de recuperar até 1 milhão de hectares nos biomas da Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal. O bioma Amazônico, por sua complexidade e especificidade, será contemplado em um leilão exclusivo, previsto para os próximos meses.

    O objetivo central do leilão é viabilizar a transição produtiva de áreas degradadas, por meio da redução das emissões de gases de efeito estufa, do incentivo à adoção de tecnologias sustentáveis, da proteção contra o desmatamento e do aumento da produtividade agropecuária com respeito ao meio ambiente. A iniciativa também reforça o compromisso do país com a segurança alimentar, a preservação da biodiversidade e a inclusão produtiva de pequenos e médios produtores rurais.

    A portaria estabelece critérios rigorosos de elegibilidade. As propriedades devem estar devidamente inscritas e regulares no Cadastro Ambiental Rural (CAR), sem registros de desmatamento desde dezembro de 2023, mesmo que legalmente autorizado. Estão impedidos de participar projetos localizados em áreas embargadas, florestas públicas não destinadas, unidades de conservação e territórios indígenas ou quilombolas — salvo quando conduzidos por membros dessas comunidades.

     

  • Operação apreende 336 toneladas de fertilizante orgânico sem registro no Mapa no interior de SP

    Operação apreende 336 toneladas de fertilizante orgânico sem registro no Mapa no interior de SP

    Uma empresa de Pederneiras, no interior de São Paulo, foi fiscalizada e suspensa pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) por produzir fertilizantes orgânicos sem possuir registro de estabelecimento e de produtos junto ao ministério. A indústria também não apresentou aos fiscais a licença ambiental para funcionamento.

    A operação ocorreu na terça (29), a partir de uma denúncia na Ouvidoria do Mapa, e envolveu a equipe de fiscalização da regional de Araraquara. Como a empresa não tem habilitação para produzir fertilizantes, os fiscais fizeram a apreensão cautelar de 300 toneladas de fertilizantes a granel, 36.425 kg de produtos ensacados e 3.000 embalagens vazias encontradas no local.
    De acordo com a equipe, a empresa foi suspensa e não poderá produzir fertilizantes até regularizar a situação no prazo de 30 dias. A indústria também foi autuada em processo administrativo fiscal, que vai apurar as irregularidades e apreciar a defesa do estabelecimento.

    Além de infringirem a legislação, fertilizantes orgânicos produzidos sem registro no Ministério da Agricultura não possuem confiabilidade, podendo causar prejuízos aos agricultores por apresentarem formulações desequilibradas. Eles podem conter contaminantes biológicos, como salmonela, coliformes termotolerantes e ovos viáveis de helmintos, além de metais pesados tóxicos dependendo das matérias-primas utilizadas. Como consequência, o uso desses produtos pode contaminar alimentos e causar desequilíbrio fisiológico das plantas. Sem a licença ambiental, não há garantias de que a produção seja segura e não cause danos ao meio ambiente.

    O Mapa reforça que a plataforma Fala BR, encontrada no site do Ministério da Agricultura, é um instrumento criado para que os cidadãos possam fazer denúncias, elogios, solicitações ou enviar sugestões, de forma anônima ou não.

     

  • Brasil amplia presença no agronegócio africano com participação na SIAM 2025, no Marrocos

    Brasil amplia presença no agronegócio africano com participação na SIAM 2025, no Marrocos

    Em busca de novos mercados e com foco na diversificação de suas exportações agrícolas, o Brasil participou da 17ª edição do Salon International de l’Agriculture au Maroc (SIAM), uma das principais feiras do setor na África. O evento aconteceu na última semana, de 21 a 27 de abril, na cidade de Meknès e recebeu milhares de visitantes.

    A presença de empresas brasileiras foi coordenada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), que organizaram um pavilhão coletivo reunindo oito empresas dos setores de proteína animal, fertilizantes, equipamentos agrícolas e cafés especiais. “É a terceira vez que o Brasil participa da SIAM. A feira é uma vitrine importante para o agronegócio brasileiro no norte da África”, afirmou Ellen Laurindo, adida agrícola do Brasil no Marrocos.

    O Pavilhão Brasil reuniu empresas como Agroprime (bovinos vivos), El Toro Beef Brasil e West Food (carnes e produtos alimentícios), além de Fertminas e Mescla International (fertilizantes e aditivos agrícolas). A Jacto apresentou soluções de mecanização agrícola, enquanto a Nelly Cafés Especiais apostou no mercado de cafés premium.

    Com uma população de cerca de 37 milhões de habitantes, o Marrocos tem investido em programas de modernização agrícola e ampliado suas importações de alimentos e insumos.

    Em 2023, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de produtos cárneos ao país, exportando mais de US$ 43 milhões apenas nesse segmento. No total, o comércio agrícola entre Brasil e Marrocos movimentou cerca de US$ 1,36 bilhão em 2024, com destaque para açúcar, milho, animais vivos, carne bovina e café.
    Além disso, recentes negociações abriram o mercado marroquino para miúdos bovinos brasileiros e estabeleceram cotas tarifárias para carnes, bovinos vivos, arroz e azeite de oliva — medidas que devem impulsionar ainda mais as exportações brasileiras.

    O Brasil espera, com esta participação, fortalecer sua posição no mercado norte-africano e criar novas oportunidades para produtos ainda pouco explorados no continente.

    “A nossa expectativa é ampliar não apenas os negócios com o Marrocos, mas também usar a feira como uma ponte para outros mercados africanos”, explicou Ellen Laurindo.

    Além das rodadas de negócios e da exposição de produtos alimentícios, o Brasil também apresentou no evento tecnologias em maquinário agrícola, segmento que ganha importância no esforço do país em agregar valor às exportações.

    A participação na SIAM 2025 confirma a estratégia brasileira de diversificar seus destinos de exportação e reforçar sua imagem como um fornecedor de alimentos e tecnologia agrícola em mercados emergentes.

     

  • Mapa destaca trabalho para ampliação de mercados e oportunidades para o Brasil no cenário internacional

    Mapa destaca trabalho para ampliação de mercados e oportunidades para o Brasil no cenário internacional

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) promoveu, nesta terça-feira (22), um encontro com profissionais da imprensa na sede do Mapa, com o objetivo de apresentar o cenário internacional do agronegócio brasileiro e as estratégias de promoção comercial de produtos do agro. A reunião foi conduzida pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, que detalhou as ações que têm sido realizadas para ampliar o acesso dos produtos agropecuários brasileiros aos mercados globais.

    Na ocasião, Rua destacou que, na gestão do ministro Carlos Fávaro, ocorreram, até o momento, mais de 100 ampliações de mercados para produtos agropecuários brasileiros, além de 349 novas aberturas de mercado. “As ampliações de mercado têm um impacto muito importante e são eventualmente tão relevantes como as aberturas que temos feito”, afirmou o secretário.

    Desde o início do mandato do Ministro Carlos Fávaro no MAPA, ocorreram novas habilitações de frigoríficos para a China, além de pré-listings para mercados como Filipinas, Chile, Cuba e Singapura, entre outras ampliações. Rua destacou que, com os pré-listings, já começaram a ser observados resultados práticos no comércio internacional de alguns produtos. Um exemplo claro disso é que as Filipinas se tornaram o principal mercado de exportação da carne de porco brasileira. Além disso, importantes reduções tarifárias acontecerem, como é o caso do suco de laranja para a Coreia do Sul.

    Durante o evento, o secretário Luís Rua apresentou o Pool de Tradings, uma iniciativa estratégica para diversificar os produtos e ampliar as oportunidades de exportação do agronegócio brasileiro. O objetivo é promover um ambiente colaborativo entre o governo, produtores e as tradings, facilitando o acesso a novos mercados internacionais. Por meio de reuniões e encontros, o Mapa se coloca como facilitador no processo, ajudando a estruturar canais de comercialização e conexões que impulsionam a presença do Brasil no mercado global.

    Já a plataforma ConectAgro, lançada recentemente, visa fortalecer o fluxo de informações entre produtores brasileiros e mercados internacionais, proporcionando dados atualizados sobre perfis tarifários, intercâmbio comercial, feiras e eventos.

    Além disso, apresentou a ferramenta AgroInsight, que gera 76 relatórios mensais com análises detalhadas sobre oportunidades de produtos de origem animal e vegetal, visa contribuir nas decisões estratégicas dos exportadores e também alertar para possíveis novos mercados. A partir da análise de 40 adidos agrícolas do Mapa, espalhados pelo mundo, esses relatórios fornecem dados cruciais que já estão disponíveis ao público e, em breve, estarão reunidos em um banco de dados acessível, oferecendo insights profundos sobre as tendências do comércio e as oportunidades emergentes para produtos específicos.

    O secretário Luís Rua também apresentou o Passaporte Agro e as Caravanas do Agro Exportador, duas iniciativas para promover a exportação de produtos brasileiros. O Passaporte Agro oferece aos produtores informações como requisitos sanitários e fitossanitários, perfil tarifário, procedimentos de registro e contatos de importadores, tudo para facilitar o acesso aos mercados internacionais. Já as Caravanas do Agro têm sido essenciais para expandir a cultura exportadora no Brasil. Este ano, já foram realizadas sete caravanas, e outras 21 estão programadas. Essas ações incluem desde orientações sobre questões sanitárias até estratégias financeiras, com o objetivo de interiorizar o conhecimento sobre as oportunidades de exportação.

    Ao longo da atual gestão, o Mapa realizou mais de 90 missões internacionais, com participação em feiras, eventos e encontros estratégicos que fortalecem a inserção do Brasil no comércio global.

    Essas missões têm sido uma ferramenta fundamental para ampliar as oportunidades para os produtos brasileiros e consolidar a presença do país nos mercados internacionais.

    Em resumo, para além de abrir portas, o MAPA está apoiando para que os produtores e exportadores atravessem essas portas.

    Essas iniciativas se somam a outras relevantes já consolidadas da ApexBrasil, do MRE e do MDIC.

    O encontro contou ainda com a participação do secretário adjunto da SCRI, Marcel Moreira; da diretora do Departamento de Negociações e Análises Comerciais, Ana Lúcia Gomes; da diretora do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos, Ângela Peres; e da coordenadora-geral de Gestão dos Adidos Agrícolas, Carolina de Sá.

     

  • Abertura de mercado no Peru

    Abertura de mercado no Peru

    O governo brasileiro e o governo peruano concluíram negociação para que o Brasil possa exportar óleo de aves destinado à alimentação animal para aquele país.

    Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 755 milhões em produtos agropecuários para o Peru, com destaque para produtos florestais, carne de frango, cereais, óleo de soja e café.

    Com população de 34 milhões de habitantes e pecuária em constante expansão, o Peru tem demanda crescente por insumos voltados à nutrição animal.

    Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança a 49ª abertura de mercado em 2025, totalizando 349 novas oportunidades de negócios desde o início de 2023.

    Tais resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

    Informação à imprensa

  • Mapa promove evento para discutir a sustentabilidade na produção agropecuária no cerrado brasileiro

    Mapa promove evento para discutir a sustentabilidade na produção agropecuária no cerrado brasileiro

    Com o objetivo de elaborar um plano de ação eficiente, gerando mais oportunidades de fomento à implementação de agricultura regenerativa no cerrado brasileiro, teve início no dia 15 de abril, em Luís Eduardo Magalhães (BA), o Cerrado Summit. Essa é a segunda atividade da “Trilha pré-COP30”, que promove eventos internacionais, realizados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para engajar o setor privado e a sociedade civil no diálogo sobre temas relevantes para a sustentabilidade do planeta, como a recuperação de pastagens degradadas, a segurança alimentar e o clima.

    O encontro reuniu, numa extensa programação, cerca de 50 diretores de grandes empresas privadas do agro, gestores públicos das três esferas de governo, produtores e líderes globais e nacionais do setor financeiro. Nos painéis foram debatidos temas como a necessidade de alinhamento de métricas e diretrizes para o bioma, bem como de investimento e parcerias público-privadas que promovam uma agricultura regenerativa no cerrado.

    Em sua participação no evento, o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, Pedro Neto, mostrou que é possível trabalhar com políticas públicas direcionadas para esse foco, ressaltando a necessidade de crédito. Destacou a importância dos Planos ABC+, de Conversão de Recuperação de Pastagens Degradadas (PNCPD) e do Floresta+, para alcançar metas significativas e sustentáveis na agropecuária brasileira.

    “Eventos como esse reafirmam o comprometimento do agro brasileiro, que mostra o caminho da sustentabilidade para o mundo ao conciliar ganhos econômicos e benefícios ambientais, posicionando o Brasil como liderança em agricultura regenerativa na COP30”, declarou Neto.

    O Cerrado Summit é uma realização do Mapa em parceria com Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Associação dos Produtores de Algodão da Bahia (Abapa), Boston Consulting Group (BCG), World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).

    “Queremos estimular o diálogo entre empresas, produtores e entidades da sociedade civil e apresentar o potencial da agricultura regenerativa para o Brasil e o mundo. O objetivo é engajar ainda mais atores, destacar iniciativas brasileiras de comando e controle ambiental e transformá-las em referências para outros países e biomas”, afirmou Arthur Ramos, diretor-executivo e sócio do BCG.

    Moisés Schmidt, presidente da Aiba, destacou a necessidade de se ter comprometimento com a preservação do cerrado.  “Temos um compromisso coletivo com o futuro. O cerrado é um bioma rico, que passou por grandes transformações nas últimas décadas, acompanhando o avanço do agronegócio. Esse esforço não é apenas do produtor rural, mas também do governo e da sociedade. É possível, sim, produzir alimentos de forma sustentável”, afirmou

    Agricultura Regenerativa

    É um sistema de práticas agrícolas que prioriza a regeneração e revitalização dos recursos naturais, como o solo, a água e a biodiversidade, ao mesmo tempo em que produz alimentos e fibras de forma sustentável.

    Informações à imprensa

  • Brasil exporta US$ 15,6 bilhões em produtos do agronegócio em março

    Brasil exporta US$ 15,6 bilhões em produtos do agronegócio em março

    O Brasil registrou, em março de 2025, o segundo maior valor de exportações do agronegócio para o mês desde o início da série histórica. Foram exportados US$ 15,6 bilhões. O resultado representa um aumento de 12,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, com o setor respondendo por 53,6% de todas as exportações brasileiras no mês. O avanço foi impulsionado principalmente pelo aumento dos volumes exportados, que cresceram 10,2%, enquanto os preços internacionais apresentaram alta de 2,1%.

    Para o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o agronegócio brasileiro tem se consolidado como um dos principais motores da economia nacional. “Esses números confirmam que estamos promovendo o crescimento do agro com responsabilidade, sustentabilidade e com os olhos voltados para novos mercados e oportunidades para produtos com maior valor agregado”, afirmou o ministro.

    Entre os principais produtos exportados no mês estão a soja em grãos – US$ 5,7 bilhões (+7%), café verde – US$ 1,4 bilhão (+92,7%), carne bovina in natura – US$ 1,1 bilhão (+40,1%), celulose – US$ 988 milhões (+25,4%) e carne de frango in natura – US$ 772,3 milhões (+9,6%).

    Além dos produtos tradicionais, o governo brasileiro vem impulsionando oportunidades em segmentos com forte potencial de crescimento. Por meio de novos avanços, itens como gelatinas, café solúvel, óleo essencial de laranja, pimenta-do-reino e rações para animais domésticos atingiram recordes de exportação e podem ganhar maior protagonismo nos próximos meses, especialmente em mercados da Ásia, Europa e América do Norte.

    No acumulado do primeiro trimestre de 2025, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 37,8 bilhões, aumento de 2,1% quando comparado ao ano anterior, o maior valor já registrado para o período. O superávit do setor no trimestre foi de US$ 32,6 bilhões, um crescimento de 2,1% em relação ao mesmo período de 2024. China, União Europeia e Estados Unidos seguiram como os principais destinos, respondendo juntos por mais da metade das exportações do setor. Países asiáticos como Vietnã, Turquia, Bangladesh e Indonésia também registraram aumento expressivo nas compras de produtos como soja, algodão, celulose e carnes.

    O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luís Rua, destacou o compromisso do governo em ampliar a presença internacional dos produtos brasileiros. “Os resultados de março demonstram o fortalecimento do agronegócio brasileiro no exterior, em um contexto de crescentes tensões comerciais, com foco na segurança alimentar global. A ampliação da presença em mercados de nicho, por meio de produtos de maior valor agregado, reflete uma estratégia comercial que valoriza a escuta ativa das demandas dos setores produtivos. Ao oferecer alimentos com sanidade, qualidade e competitividade, o Brasil se consolida como parceiro confiável”, afirmou.

    A expansão das exportações de produtos não tradicionais e a abertura de novos mercados, mantendo ou ampliando a oferta interna, fortalecem significativamente a economia brasileira. Esse processo estimula a geração de empregos e renda, atrai divisas, diversifica os parceiros comerciais e reduz a exposição a riscos econômicos. Também valoriza os produtos nacionais, incentiva investimentos em inovação e sustentabilidade e consolida relações estratégicas no cenário internacional. Assim, o Brasil amplia sua presença global e reforça sua competitividade.

    Os avanços refletem o trabalho conjunto entre os setores público e privado, com foco na abertura de mercados, segurança sanitária e promoção comercial.

     

     

  • Em Santos, Mapa destaca importância da melhoria dos controles da qualidade na exportação de grãos

    Em Santos, Mapa destaca importância da melhoria dos controles da qualidade na exportação de grãos

    Representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) defenderam em Santos (SP) a melhoria nos controles de qualidade e de rastreabilidade na cadeia de exportação de grãos. Para isso, a implementação dos controles previstos na Lei 14.515/22, conhecida como Lei do Autocontrole, na recepção dos terminais portuários de embarque é fundamental para a cadeia produtiva brasileira. Eles participaram nesta quinta-feira (10) do 1º Santos Grain Day 2025, na Associação Comercial de Santos.

    O evento reuniu associações de produtores, exportadores, certificadores e representantes do Poder Público. O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Hugo Caruso, fez questão de dizer que a exportação de grãos do país é responsabilidade de todos os envolvidos na cadeia. “O Dipov é responsável pelo controle da qualidade, da identidade e da segurança dos produtos de origem vegetal. Se você quer manter esse nível de exportação, temos que zelar pela qualidade”, disse ele.

    Caruso destacou a necessária observação às normas brasileiras, bem como dos países de destino, para garantia dos mercados compradores. “O primeiro passo é o registro das empresas que exportam. Todas as empresas precisam ter um programa de autocontrole para garantir que os produtos estejam em conformidade”, afirmou. Segundo ele, o Mapa verifica as condições da empresa na ocasião do registro e por meio de auditorias nas empresas e nas supervisões de embarques nos terminais.

    O diretor afirmou ainda que apenas na área de qualidade vegetal, são cerca de 6 mil empresas registradas no Mapa. Cerca de metade delas têm habilitação para exportação. “É um volume grande de empresas que estão sob o controle do ministério”, falou. Caruso esteve acompanhado da coordenadora-geral da Qualidade Vegetal, Helena Pan Rugeri, e da coordenadora de Regulamentação da Qualidade Vegetal, Karina Fontes Coelho Leandro.

    O Mapa também apresentou o sistema e-Phyto, uma ferramenta de certificação eletrônica utilizada nas relações comerciais entre os principais mercados do mundo. Segundo Eduardo Porto Magalhães, coordenador-geral da Certificação da Secretaria de Defesa Agropecuária, o e-Phyto tem facilitado o processo de certificação fitossanitária porque padroniza a troca de informações a um custo menor.

    O subsecretário de Tecnologia da Informação (STI) do Mapa, Camilo Mussi, também apresentou aos participantes os avanços que a instituição vem obtendo na área com a informatização de processos e o abandono do papel. “É um processo sem volta, uma mudança radical”, afirmou. Entre os exemplos dessa modernização, além da certificação eletrônica, Mussi destacou a agilidade de registro de estabelecimentos no Sistema de Inspeção Federal (SIF) simplificado.

    Também estiveram no evento coordenadores do Sistema de Vigilância Agropecuária (Vigiagro), como o coordenador-geral, Cleverson Freitas; o coordenador de Fiscalização do Trânsito Regular, José Marcelo Mazieiro; o chefe do Serviço Regional de Gestão do Vigiagro na região sudeste, Celso Gabriel Herrera Nascimento. O superintendente do Mapa em São Paulo, Estanislau Steck, acompanhou o evento.

     

  • Certificado para exportação de ração animal está três vezes mais rápido no Brasil

    Certificado para exportação de ração animal está três vezes mais rápido no Brasil

    A emissão de certificado sanitário para exportação de ração animal está três vezes mais rápida no Brasil. Com medidas de desburocratização adotadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o prazo de emissão caiu de 15 para 5 dias no último ano, gerando economia de tempo e redução de custos para exportadores de insumos destinados à fabricação de ração de pets e de animais de grande porte.

    As medidas se tornaram possíveis com o progresso na implementação do Portal Único do Comércio Exterior e envolveram o MDIC, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Receita Federal.

    “O que levava 15 dias, agora o exportador está fazendo em cinco dias. A emissão dos certificados sanitários está três vezes mais rápida e ao mesmo tempo mantendo todas as garantias sanitárias para os insumos que vão se transformar em comida para pets e ração para animais de grande porte”, comemorou o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin. “Estamos reduzindo prazos, desburocratizando processos e facilitando a vida do setor produtivo”, acrescentou.

    Antes das medidas de desburocratização, o processo era mais demorado e envolvia vários sistemas. Para solicitar o certificado sanitário, era necessário abrir um processo no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) do governo federal e o exportador tinha de cumprir várias etapas sequenciais, como enviar um e-mail à unidade técnica responsável pelo processo após registro no SEI. Também era preciso anexar a declaração de exportação no formato de PDF, para só então dar entrada no Siscomex, o que levava ao todo cerca de 15 dias para liberação da carga.

    “Com as facilidades implantadas pelo Portal Único de Comércio Exterior, o exportador faz todo o processo de forma automatizada no Portal, desde a solicitação do certificado até a emissão, sem a necessidade de anexar PDF. E toda a documentação está concentrada em um só lugar, com todas as informações da cadeia de suprimentos integradas, o que manteve a segurança do procedimento, mesmo reduzindo o prazo para um terço do tempo”, explica a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres.

    O certificado sanitário internacional, emitido para as exportações brasileiras, atesta a conformidade sanitária de um alimento com os padrões de segurança alimentar exigidos pelo país importador.

    “Esse trabalho de eficiência gera oportunidades concretas e com rápidos resultados. É a garantia para quem produz de mais dinamismo na comercialização, investimento nas operações e geração de novos postos de trabalho, além da importante contribuição para a nossa cadeia de produção”, ressaltou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

    Em 2024, a exportação brasileira de ração para pets teve crescimento de 14% em relação a 2023. Os principais destinos são Colômbia, Uruguai e Chile. Já para a exportação de ração para pecuária de corte, o principal destino é a Indonésia, com foco na ração para frango de abate.

    O Brasil é o terceiro maior produtor de ração animal do mundo. Além de abastecer o mercado interno, de 2023 para 2024, houve um aumento de 3% na produção de ração no Brasil, alcançado o recorde 85 milhões de toneladas.

    PORTAL ÚNICO

    O Portal Único é uma iniciativa do governo federal para reduzir a burocracia, o tempo e os custos nas exportações e importações brasileiras, e para atender com mais eficiência às demandas do comércio exterior. Sua implementação foi iniciada em 2014 e está sendo realizada de forma modular, em substituição ao Siscomex antigo. O programa já processa 100% das exportações brasileiras e até o fim do ano estará 100% implantado, contemplando também todas as importações. Com as mudanças, estima-se uma economia anual de mais de R$ 40 bilhões para os operadores privados.

     

  • Brasil conquista mercado do Vietnã para carne bovina após 20 anos de negociações

    Brasil conquista mercado do Vietnã para carne bovina após 20 anos de negociações

    Nesta sexta-feira (28), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, acompanhou a comitiva brasileira liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na visita de Estado ao Vietnã. Na oportunidade, o presidente Lula anunciou a abertura do mercado do Vietnã à carne produzida no Brasil.

    A decisão veio após uma série de reuniões com os líderes dos quatro pilares do sistema político vietnamita: o presidente, Luong Cuong; o presidente da Assembleia Nacional, Tran Thanh Man; o secretário-geral do Partido Comunista, Tô Lâm, além do primeiro-ministro, Pham Minh Chính.

    “Estamos trabalhando intensamente na relação comercial dos produtos agropecuários para o Vietnã e a presença do presidente Lula foi fundamental para essa reabertura tão esperada que é o acesso da carne bovina brasileira aos consumidores vietnamitas”, explicou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

    Desde o início desta gestão, já foram abertos quatro novos mercados no Vietnã, além da facilitação do comércio de couro brasileiro no país. Em 2025, o Vietnã já figura como quarto maior destino das exportações dos produtos da agropecuária brasileira, respondendo por 3,2% do que foi comercializado até fevereiro, atrás apenas de China, União Europeia e Estados Unidos.

    “Depois de muitos anos de tentativas, o primeiro-ministro anunciou que finalmente vai comprar a carne brasileira para o mercado do Vietnã. É uma notícia extraordinária e acho que é muito importante para o Vietnã, e é muito importante para o Brasil”, disse Lula, em vídeo postado em seu perfil nas redes sociais, ressaltando que a medida vinha sendo tentada pelo Brasil há mais de 20 anos.

    Atualmente, o país asiático importa cerca de 300 mil toneladas de carne bovina por ano e tem no Brasil seu principal parceiro comercial na América Latina, representando uma grande oportunidade para os produtores brasileiros. Fávaro ainda pondera que o consumo vietnamita privilegia cortes que são menos tradicionais para os brasileiros, o que pode aumentar, também, a competitividade da carne bovina no mercado interno.

    “A abertura do mercado vietnamita para a carne bovina brasileira atrairá investimentos de frigoríficos do Brasil para fazer deste país uma plataforma de exportação para o Sudeste Asiático”, afirmou Lula em declaração à imprensa, após as atividades da visita de Estado ao país asiático.

    Outro assunto destacado pelo presidente no fortalecimento das relações entre Brasil e Vietnã foi a inclusão de uma parceria estratégica voltada para o setor do café. Os dois países, que são os maiores produtores mundiais do grão, se comprometeram a intensificar pesquisas conjuntas para desenvolver variedades mais resistentes aos impactos das mudanças climáticas. “Vietnã e Brasil são os dois maiores produtores mundiais de café e ambos tivemos safras recentes afetadas pela mudança do clima. Estamos determinados a ampliar nosso intercâmbio técnico para fortalecer a resiliência da cultura do café”, disse Lula.

    ASSINATURA DE ATOS BILATERAIS NO VIETNÃ

    Presidente Lula anuncia abertura do mercado vietnamita à carne brasileira

    A agenda no país asiático contou com a cerimônia de assinatura de atos bilaterais no Vietnã, com a formalização do Plano de Ação para Implementação da Parceria Estratégica. Além desse documento, também foram assinados dois acordos e dois memorandos de entendimento, ampliando a cooperação bilateral em diversas áreas.

    A oficialização do Plano de Ação ocorreu em Hanói, capital vietnamita, após uma reunião entre o presidente Lula e o presidente do Vietnã, Luong Cuong. Em declaração à imprensa, o presidente brasileiro destacou a abrangência do acordo. “Adotamos um plano de ação abrangente para o período 2025-2030, que nos ajudará a avançar em diversas áreas”, frisou Lula.

    O Plano de Ação reúne prioridades do relacionamento bilateral em assuntos como defesa, economia, comércio e investimentos; agricultura e segurança alimentar e nutricional; ciência, tecnologia e inovação; meio ambiente e sustentabilidade; transição energética e cooperação sociocultural e assuntos consulares. A Parceria Estratégica pretende aprofundar o diálogo político, reforçar a cooperação econômica, intensificar o fluxo de comércio e os investimentos, fortalecer a coordenação em temas da agenda multilateral e impulsionar novas iniciativas de cooperação.

    Com esses avanços, Brasil e Vietnã reafirmam o compromisso de expandir sua cooperação e fortalecer seus laços comerciais e diplomáticos nos próximos anos.