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  • Dificuldades financeiras? A solução pode ser o programa Desenrola Rural

    Dificuldades financeiras? A solução pode ser o programa Desenrola Rural

    O campo brasileiro ganha um novo aliado na superação das dificuldades financeiras. O programa Desenrola Rural, lançado pelo Governo Federal, surge como uma luz no fim do túnel para agricultores familiares e cooperativas que enfrentam o peso das dívidas.

    Com descontos que podem chegar a incríveis 96%, a iniciativa oferece uma oportunidade única para recomeçar, limpar o nome e voltar a investir na produção.

    O programa não é apenas um alívio financeiro, mas um verdadeiro motor de transformação para cerca de um milhão de famílias que vivem da agricultura.

    Ele abre as portas para a renegociação de dívidas que se acumularam ao longo do tempo, permitindo que pequenos produtores, pescadores artesanais, povos tradicionais e cooperativas da agricultura familiar possam se livrar do sufoco e voltar a sonhar com um futuro próspero.

    Do Passado ao Presente: Programa Desenrola Rural

    Do Passado ao Presente: Programa Desenrola Rural
    Do Passado ao Presente: Programa Desenrola Rural Foto: Canva

    O programa Desenrola Rural não se limita a apagar as dívidas do passado. Ele oferece a chance de construir um presente mais sólido e um futuro promissor, facilitando o acesso a novas linhas de crédito rural.

    Com o nome limpo e a confiança restabelecida, os agricultores familiares poderão investir em suas propriedades, adquirir novos equipamentos, expandir a produção e garantir a segurança alimentar de suas famílias e da população brasileira.

    Quem pode participar?

    Quem pode participar?
    Quem pode participar? Foto: Canva

    O Desenrola Rural é destinado a um público potencial de 1 milhão de agricultores familiares, incluindo:

    • Agricultores familiares e pescadores artesanais
    • Povos e comunidades tradicionais
    • Cooperativas da agricultura familiar
    • Produtores com dívidas do Pronaf
    • Produtores com pendências em cartões e empréstimos em instituições financeiras
    • Produtores com dívidas de Crédito Instalação
    • Produtores com débitos inscritos na Dívida Ativa da União (DAU)

    Como aderir ao programa Desenrola Rural?

    Como aderir ao programa Desenrola Rural?
    Como aderir ao programa Desenrola Rural?
    • Dívida Ativa da União: Acesse o site Regularize com seu CPF e selecione “Consultar Dívida” para escolher as opções de pagamento.
    • Dívidas do Pronaf ou outras dívidas bancárias: Procure sua instituição financeira para regularizar sua situação.
    • Dívidas de Crédito de Instalação: Dirija-se ao Incra para quitar os débitos com desconto ou acesse a Sala da Cidadania.
    • Auxílio: Procure sindicatos, associações e entidades representativas para obter auxílio.

    Benefícios do programa Desenrola Rural:

    Mato Grosso celebra saúde financeira e reduz dívida em bilhões
    Benefícios do programa Desenrola Rural Foto: Canva
    • Descontos de até 96% nas dívidas
    • Facilidade de acesso a novas linhas de crédito rural
    • Regularização da situação financeira
    • Possibilidade de voltar a investir na produção
    • Estímulo à sustentabilidade econômica da agricultura familiar

    Se você é agricultor familiar e se identifica com essa realidade, não perca tempo! Procure sua instituição financeira, o Incra ou a Sala da Cidadania e descubra como o Desenrola Rural pode transformar sua vida. Se preferir, busque auxílio em sindicatos, associações e entidades representativas da sua região. A hora de recomeçar é agora!

  • Agricultores familiares terão sinal de celular e internet de alta velocidade no campo

    Agricultores familiares terão sinal de celular e internet de alta velocidade no campo

    Agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas, povos e comunidades tradicionais, terão acesso ao sinal de telefonia móvel 4G e internet de alta velocidade no campo. É o que prevê o Acordo de Cooperação Técnica celebrado entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), o Ministério das Comunicações (MCom), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

    O documento foi assinado na tarde de hoje durante a 6ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf), pelos ministros do MDA, Paulo Teixeira, e do MCom, Juscelino Filho, e pelo presidente da Anatel, Carlos Baigorri.

    A parceria entre as entidades tem como eixos ampliar as oportunidades de educação, bem como promover a inclusão digital e democratizar o acesso aos e recursos tecnológicos para fomentar o desenvolvimento de atividades econômicas voltadas à agricultura familiar no meio rural. O projeto de expansão da conectividade será financiado com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).

    “Esse tema é fundamental na zona rural, porque se nós queremos ter progresso, juventude no campo e viabilizar os negócios dos agricultores familiares, nós temos que ter esse meio de comunicação moderno. Esse diálogo é fundamental para universalizar o acesso ao celular nas zonas rurais brasileiras, porque isso vai possibilitar que as pessoas continuem morando e fazendo as suas atividades no campo e tendo relação com o mundo quando se trabalha com essa tecnologia. Essa atenção é decisiva para o desenvolvimento do campo no Brasil”, declara o ministro Paulo Teixeira.

    Segundo o acordo, caberá ao MDA e Incra mapear, em até 120 dias, as áreas de relevância à agricultura familiar, visando a articulação e o desenvolvimento de ações relacionadas à conectividade no campo para a agricultura familiar associadas à ações de educação, culturais e artísticas no campo, considerando a política de desenvolvimento territorial.

    O MCom ficará responsável por apoiar as políticas públicas de inclusão digital, além de disponibilizar dados relevantes dos projetos financiados pelo Fust. Na avaliação do ministro Juscelino Filho, o acordo representa mais um passo importante na busca de melhoria da vida dos brasileiros e brasileiras que estão no campo. “A inclusão digital não é privilégio de poucos, é direito de todos. Com esse acordo vamos avançar com políticas públicas para atender aqueles que mais precisam e reafirmamos que estamos no caminho certo para garantir que nenhum brasileiro fique para trás”, disse.

    A Anatel irá auxiliar no desenvolvimento de ações de conectividade e acesso à rede de internet nas áreas rurais, associações representativas e cooperativas para atendimento à agricultura em escolas públicas rurais e prestar apoio ao intercâmbio técnico e a capacitação de profissionais da educação e da assistência técnica rural em conectividade e tecnologia.

    “Ao executar esse Acordo de Cooperação, poderemos fazer com que a conectividade chegue não só para os grandes latifundiários, mas que toda a população possa ter acesso à tecnologia. A gente sabe que o jovem precisa ter esse acesso para ajudar no trabalho das famílias. É uma grande satisfação fazer isso hoje, contribuindo com agricultura familiar e a justiça no campo”, disse o presidente da Anatel, Carlos Baigorri. A entidade terá até 60 dias para mapear as áreas de interesse como foco na expansão do serviço de internet em alta velocidade.

    Outras parcerias

    Na ocasião, o ministro Paulo Teixeira também assinou outro acordo, juntamente com o MCom e a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), para viabilizar o transporte de produtos produzidos por meio da agricultura familiar, incluindo alimentos, cosméticos e farmacêuticos. “Esses acordos são fundamentais, e a gente está dando essa virada, que é fazer a logística em prol da população e de quem precisa. Os Correios estão se colocando à disposição de vocês, apresentando um produto que atende a agricultura familiar”, avaliou o presidente da ECT, Fabiano dos Santos.

    Uma Portaria foi assinada em parceria com o Incra, que prevê a ampliação da inscrição de beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), por meio do compartilhamento de dados entre ambos os órgãos.

    Reunião Condraf

    Mais cedo, durante o evento de abertura da 6ª Reunião Ordinária do Condraf, o ministro do MDA e presidente do Condraf, Paulo Teixeira, apresentou um panorama referente ao crescimento na produção de alimentos em dois anos de governo. “Aumentou a produção de arroz, feijão, frutas e legumes e aumentou a produção de alimentos para a mesa do povo. A inflação de alimentos se resume a um núcleo de cinco alimentos, carnes, ovos, café, açúcar, laranja, óleo de soja, que se deve ao aumento do dólar. O fato é que agora, com as políticas de governo, essa inflação está arrefecendo”, disse.

    Ele também reforçou a importância em concentrar o crédito agrícola na produção de alimentos para a cesta básica. “Nós expandimos o Pronaf para a cesta básica, diminuímos os juros pela metade para quem produz alimentos e baixamos os juros para máquinas. Então, nesses dois anos, nós tivemos um aumento de 60% na mecanização da tomada de financiamento em relação ao que era antes”, completa.

    Teixeira enumerou, ainda, as medidas que vêm sendo executadas pelo Governo Federal para o fortalecimento da agricultura familiar, como a viabilização de novos créditos fundiários, o Desenrola Rural, programa de refinanciamento de dívidas lançado pelo presidente Lula na última semana, as políticas públicas voltadas à reforma agrária e o Programa de Aquisição de Alimentos.

  • Desenrola Rural: Uma nova chance para agricultores familiares

    Desenrola Rural: Uma nova chance para agricultores familiares

    Já ouviu falar sobre o Desenrola Rural? O Governo Federal anunciou uma excelente notícia para agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais: uma nova etapa do Desenrola Brasil, agora com foco no rural.

    O Desenrola Rural é uma oportunidade para que agricultores familiares e comunidades tradicionais possam renegociar suas dívidas e ter mais fôlego financeiro.

    É um passo importante para a recuperação econômica dessas famílias e para o desenvolvimento sustentável do campo.

    Quem pode participar do Desenrola Rural?

    Quem pode participar do Desenrola Rural?
    Quem pode participar do Desenrola Rural?

    Esta modalidade do programa é voltada para:

    • Agricultores familiares
    • Assentados da reforma agrária
    • Quilombolas
    • Povos e comunidades tradicionais

    Quais dívidas podem ser negociadas?

    Quais dívidas podem ser negociadas?
    Quais dívidas podem ser negociadas?

    Será possível renegociar:

    • Dívidas de crédito rural
    • Débitos inscritos na Dívida Ativa da União
    • Débitos com créditos de instalação do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária)

    Como vai funcionar a renegociação no Desenrola Rural?

    1. Atualização dos sistemas: As instituições financeiras têm até o dia 22 de fevereiro para ajustar seus sistemas e estarem prontas para a renegociação.
    2. Acesso ao programa: A partir de 24 de fevereiro, o programa estará disponível para os diferentes tipos de dívida:
      • Dívidas na Dívida Ativa da União: Acesse o site Regularize, informe seu CPF, consulte os débitos e escolha a melhor opção de pagamento.
      • Dívidas bancárias ou do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar): A negociação será feita diretamente com a instituição financeira.
      • Dívidas relacionadas à Reforma Agrária: Procure os canais de atendimento do Incra para obter informações sobre como renegociar.

    Como se preparar?

    • Reúna seus documentos: Tenha em mãos os documentos que comprovam suas dívidas e sua situação de agricultor familiar ou membro de comunidade tradicional.
    • Entre em contato com as instituições financeiras: Converse com os bancos e cooperativas onde você tem dívidas para saber mais sobre as condições de renegociação.
    • Acesse os sites e plataformas: A partir do dia 24 de fevereiro, fique atento aos sites do Governo Federal, da Dívida Ativa da União e das instituições financeiras para iniciar sua renegociação.

    Informações adicionais sobre o Desenrola Rural

    • O programa tem como objetivo atender até 1,35 milhão de pessoas com débitos atrasados há mais de um ano.
    • Fique atento aos prazos! As instituições financeiras têm até 22 de fevereiro para se preparar e você tem até cinco anos para renegociar suas dívidas.
    • Em caso de dúvidas, procure os canais de atendimento do Governo Federal, da Dívida Ativa da União, do Incra e das instituições financeiras.
  • Redes de agricultores familiares fortalecem sistemas orgânicos no Brasil

    Redes de agricultores familiares fortalecem sistemas orgânicos no Brasil

    A participação dos agricultores familiares em redes de sistemas orgânicos tem se consolidado como uma importante inovação social, promovendo inclusão e melhorias nas condições de vida. Nos territórios brasileiro e espanhol, essas redes têm apresentado crescimento significativo ao longo das últimas décadas, com soluções que impactam positivamente a produção e o consumo de alimentos orgânicos.

    A pesquisa conduzida por Lucimar Abreu, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, analisou a dinâmica de funcionamento desses sistemas coletivos à luz das políticas públicas que incentivam o setor. “A pesquisa foi conduzida por meio de estudos de casos no Brasil e na Espanha, utilizando técnicas qualitativas construtivistas”, explica Abreu.

    Na Espanha, a promoção de sistemas alimentares orgânicos tornou-se prioridade com a adoção de políticas alimentares urbanas pela União Europeia, especialmente após a aprovação do Pacto de Milão em 2015. Muitas cidades espanholas, como Segóvia, em Castilla y León, desenvolveram estratégias baseadas no consumo de alimentos locais e orgânicos. Em Segóvia, o programa “Alimenta ConCiencia” se destaca ao integrar produtores, pesquisadores, comerciantes e restaurantes em uma rede focada na sustentabilidade e na produção ecológica, com metas estabelecidas até 2030.

    No Brasil, a pesquisa concentrou-se no Vale do Ribeira, em São Paulo, com foco nos impactos das políticas de compra institucional, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O estudo buscou compreender como essas políticas influenciam a organização social dos agricultores, o funcionamento das redes de produção orgânica e os desafios locais. Segundo Abreu, ajustes são necessários, principalmente no que diz respeito à oferta de assistência técnica adequada e à revisão dos mecanismos que garantam o cumprimento da lei do PNAE, que exige que pelo menos 30% da alimentação escolar seja adquirida da agricultura familiar.

    A pesquisadora destaca também a necessidade de aprofundar o conhecimento sobre a transição agroecológica. A falta de suporte técnico impacta diretamente a rede de produção, a organização social e a operacionalização dos programas públicos. Nesse sentido, a assistência técnica especializada em agricultura ecológica é essencial para o sucesso das redes.

    Na Espanha, atores-chave entrevistados destacaram que a produção orgânica exige a redefinição dos circuitos de comercialização, transporte e consumo. Há um consenso entre os participantes sobre a necessidade de valorizar circuitos locais de produção e comercialização, com sistemas de certificação participativa. Ademais, os entrevistados enfatizam a importância de reconhecer a diversidade dos estilos de produção ecológica e o pluralismo conceitual entre agricultura orgânica e agroecologia.

    Representantes do Ministério da Agricultura da Espanha reforçaram que a agricultura orgânica e a agroecologia têm como objetivos valorizar a produção econômica, promover hábitos alimentares saudáveis e garantir sustentabilidade. Campanhas em defesa de alimentação saudável são mais efetivas na Província de Segóvia do que no Vale do Ribeira, onde essas iniciativas ainda são incipientes.

    A participação dos agricultores familiares em redes orgânicas, seja no Brasil ou na Espanha, aponta para soluções sustentáveis, inclusivas e de fácil implementação. Além disso, promove uma reflexão sobre os desafios do modelo convencional de agricultura e a necessidade de apoiar o desenvolvimento de circuitos locais e sustentáveis de produção e consumo de alimentos.

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  • Agricultores familiares apontam sentimento de pertencimento à terra

    Agricultores familiares apontam sentimento de pertencimento à terra

    Agricultores familiares apontam sentimento de pertencimento à terra

    Agricultores apontam geração de renda, terra, tecnologias, acompanhamento técnico e agrotóxicos como principais desafios da categoria. As famílias Polez e Reis  contam as histórias das terras em que vivem e trabalham e afirmam não desejarem mudar de vida.

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    Entre os pontos positivos, o sentimento de pertencimento da terra passada de pais para filhos, geração a geração, além da geração de renda, consequência da busca da população por mais alimentos saudáveis. Teonilde Polez, junto de seu esposo Geovani, sua mãe dona Irondina e seu pai Luiz.

    Teonilde é a quinta geração da família, com raízes profundas nessa terra, localizada na Linha Polez, zona rural do município de Coronel Vivida, região sudoeste do estado do Paraná. Seu tataravô desembarcou de um navio vindo da Itália e escolheu esse lugar para viver quando tudo ainda era sertão. “Passaram por terras de campos, plana, mas não quiseram ficar, procuraram um lugar de mata virgem, que era mais fértil”, diz Teonilde.

    Leia também: Brasil é líder em uso de biofertilizantes e biodefensivos

    Já Dona Irondina conta que na viagem o navio dos imigrantes incendiou, dentre os prejuízos, todas as ferramentas foram queimadas, o que dificultou os trabalhos iniciais de construção de moradias e o cultivo das primeiras lavouras. Lembra que a cidade mais perto era Palmas, localizada a uns 100 km de distância, e era lá que se comprava ferramentas, mantimentos para a cozinha, onde tinha acesso ao médico e comercializavam as safras de porcos e de gado.

    A família possui uma área de 11,5 alqueires, sendo seis mecanizados, destinado a produção de grãos (soja e milho); outra parte ao cultivo de alimentos para o auto consumo – frutas diversas, mandioca, batata, feijão, arroz, hortaliças, aves, suínos, gado de corte, peixes – e o restante possui preservação da mata nativa, na beira do rio, encostas e topos de morro. Quando perguntada sobre o significado em viver ali, Teonilde não titubeia e responde em segundos: “aqui é o paraíso, só saio daqui quando Deus chamar.” Dona Irondina complementa que “não vendemos nossa terrinha, passemos aos filhos,” demonstrando amor pela terra, pelo lugar, um sentimento de pertencer àquele território.

    Teonilde complementa, reafirmando os laços de pertencimento da família com a terra, relatando o caso de um irmão que mora na cidade, mas pretende construir uma casa e voltar ao campo. Já seu Genuíno dos Reis, junto de sua esposa Ivete e seu filho José.

    O senhor Genuíno conta que nasceu ali, mas com 20 anos saiu para trabalhar de peão em fazendas da redondeza, na lida de gado. Seus outros irmãos também saíram, quatro deles trabalham na cidade de Pato Branco e um trabalha na agricultura familiar, numa comunidade próxima. Genuíno retornou há 14 anos e tem se dedicado nos trabalhos diários sobre a terra de seus pais, que moram ao lado. A área total é de quatro alqueires, divididos entre pastagens, mata nativa e pequenas produções de alimentos.

    Na divisão dos trabalhos, os pais cuidam da “produção do gasto”, como o feijão, mandioca, milho, batatinha e cebola. Já seu Genuíno e família, são responsáveis pela atividade leiteira, de onde geram renda. O filho José estuda numa escola do campo, a uns 3km dali e, até então, fala em “ficar na roça”, afirma o pai com orgulho nos olhos.

    Leia também: Retorno: Feira Sabores do Paraná valoriza produtos da agroindústria familiar

    Instagram: CenarioMT

    Relatos das informações do brasildefato.

  • Mato Grosso avança em políticas de saúde mental para agricultores familiares

    Mato Grosso avança em políticas de saúde mental para agricultores familiares

    Uma nova proposta legislativa em Mato Grosso busca garantir mais qualidade de vida e bem-estar aos agricultores familiares do estado. O projeto de lei nº 1742, de autoria do deputado estadual Valdir Barranco, institui a Política Estadual de Saúde Mental para Agricultores Familiares.

    A iniciativa reconhece os desafios únicos enfrentados por esses profissionais, como isolamento social, dificuldades econômicas e condições de trabalho adversas, que podem afetar significativamente sua saúde mental.

    O objetivo é criar uma rede de apoio psicológico e emocional, com serviços como atendimento psicológico em comunidades rurais, campanhas de educação em saúde mental e grupos de apoio.

    “A saúde mental dos agricultores familiares é fundamental para a sustentabilidade do campo e para o bem-estar de suas famílias”, afirma o deputado Valdir Barranco. “Com essa política, queremos oferecer ferramentas para que esses trabalhadores possam lidar com as dificuldades do dia a dia e construir uma vida mais saudável e equilibrada.”

    Principais pontos do projeto em Mato Grosso:

    • Atendimento psicológico: Garantia de atendimento psicológico nas comunidades rurais, por meio de parcerias com instituições de saúde pública.
    • Educação em saúde mental: Campanhas de conscientização sobre temas como estresse, ansiedade e depressão, adaptadas à realidade do campo.
    • Grupos de apoio: Criação de espaços seguros para que os agricultores possam compartilhar suas experiências e receber apoio emocional.
    • Capacitação de agentes comunitários: Preparação de profissionais para identificar sinais de sofrimento psicológico e orientar os agricultores.
    • Linha de apoio emocional: Implementação de um canal de atendimento telefônico para oferecer suporte em momentos de crise.
    • Integração com outras políticas: Articulação entre a saúde mental e as políticas de apoio à agricultura familiar, garantindo uma abordagem integral.

    A proposta destaca a importância de cuidar da saúde mental dos agricultores familiares, não apenas para o bem-estar individual, mas também para a sustentabilidade da produção agrícola e a segurança alimentar do estado.

  • Governo de MT entrega 18 picapes para agricultores familiares transportarem produção

    Governo de MT entrega 18 picapes para agricultores familiares transportarem produção

    A Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf) entregou, nessa quinta-feira (14.12), 18 picapes para 15 associações de produtores em Mato Grosso, sendo a maioria indígenas, e à Empresa de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer). O investimento foi de R$ 1,8 milhão.

    Uma das associações beneficiadas é a do Assentamento Egídio Brunetto, localizado em Juscimeira, a 164 km de Cuiabá, onde moram 72 famílias de agricultores familiares.

    O secretário interino de Agricultura Familiar, Luluca Ribeiro, afirmou que o Governo do Estado tem investido no apoio aos agricultores familiares e a destinação de veículos facilitará o transporte de produtos para vendas em feiras e até os comércios. “Esses veículos vão desempenhar papel crucial no apoio à agricultura familiar, facilitando o transporte de insumos, apoio técnico, produtos e contribuindo para o fortalecimento das comunidades”, afirmou.governo de mt entrega 18 picapes para agricultores familiares transportarem producao interna 1 2023 12 15 615608907Veículos vão ajudar agricultores familiares a levarem produção para feiras e comércios – Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT

    As entregas ainda beneficiaram a Associação Thutalinansu de Mulher Indígenas, em Sapezal; o Centro de Formação e Pesquisa Olga Benário Prestes, em Várzea Grande; a Cooperativa Agropecuária da Agricultura Familiar de São Jose dos Quatro Marcos; Instituto Krehawa- Inkrê, em Luciara; Empreendimentos da Economia Solidária do Centro de Formação do Bairro Planalto, em Cuiabá; Associação Indígena Areme Korogedo Paru, em Santo Antônio de Leverger; Associação Produtiva Indígena Chiquitano/APIC Aldeia Fazendinha e Associação Niorsch Haukina da Aldeia Acorizal do Povo Chiquitano, em Porto Esperidião; além de quatro entidades em Juara. São elas: Associação Indígena Kawaiwete do Povo Indígena Kayabi; Associação Comunitária da Aldeia Indígena Mayrob-ACAIM – Povo Indígena Apiaká; a Associação Indígena Rikbaktsa TSIRIK, da Aldeia Indígenas Pé de Mutum, Instituto Munduruku, Aldeia Indígena Nova Munduruku.

    “Esse veículo é muito importante para nós que estamos na agricultura familiar camponesa. Vai contribuir na articulação da produção e da comercialização e soma com a nossa luta para permanecer no campo e produzir um alimento saudável para a população”, afirmou Itelvina Maria Masioli, da coordenação nacional do Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra.

    Os veículos foram adquiridos com recursos de emenda parlamentar.
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  • Agricultores familiares de Feliz Natal usam caixas de abelha construídas por reeducandos

    Agricultores familiares de Feliz Natal usam caixas de abelha construídas por reeducandos

    Em Feliz Natal, um dos municípios com maior produção de mel em Mato Grosso, os agricultores familiares estão usando caixas de abelha confeccionadas por reeducandos do Centro de Ressocialização de Sorriso, com madeira apreendida em fiscalizações da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). O trabalho é apoiado pela Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf), que, em 2021, distribuiu outras 100 caixas para a criação de abelhas, por meio do MT Produtivo Apicultura.

    Entre os agricultores beneficiados com as caixas de abelha estão aqueles que começaram a investir na apicultura agora, conforme a especialista em apicultura, Clarice Saueressig, que foi contratada pelo município para atuar nas ações de fortalecimento do segmento no município.

    “Nós pegamos as caixas do Centro de Ressocialização em três etapas. Primeiro, foram 100 caixas; a segunda, de 180 caixas, e a outra de 350 caixas. As entregas beneficiaram os produtores familiares do Assentamento Ena e das comunidades indígenas do Pavuru e Sobradinho”, afirmou.agricultores familiares de feliz natal usam caixas de abelha construidas por reeducandos interna 1 2023 11 13 1547883934A caixa entregue aos produtores serve para acondicionar as colmeias de abelhas, contendo, na parte interna, melgueiras – compartimentos adicionais utilizados para a expansão da colônia e a produção de mel.

    O estado possui um clima favorável que propicia a produção de mel durante todo o ano e uma rica variedade de espécies de abelhas nos três biomas (Pantanal, Cerrado e Amazônia). Todo o mel produzido no Estado é consumido no mercado interno e ainda é preciso trazer o produto de outras regiões do país.

    A secretária de Agricultura Familiar de Mato Grosso, Teté Bezerra, apontou que o incentivo à produção de mel no estado é uma das ações do MT Produtivo, implantado durante a atual gestão.

    “Nosso objetivo é expandir a atividade e aumentar a produção de mel de Mato Grosso e, com isso, incrementar o número de postos de trabalho e a renda a famílias que trabalham com apicultura”, afirmou a secretária.

    As entregas foram feitas entre 2020 e 2022. A fabricação das caixas foi supervisionada pela Fundação Nova Chance, e garante aos reeducandos a remição da pena. A Lei de Execução Penal define que o reeducando abaterá um dia de sua pena a cada três dias trabalhados.

    “Projetos como esse são extremamente importantes porque beneficia os reeducandos e também os produtores. Um dos mais importantes pilares da ressocialização é o trabalho, sendo um dever social tendo finalidade educativa e produtiva, reintegrando-o ao convívio social e oportunizando mudança do seu comportamento diante da conduta cometida no passado”, afirmou o presidente da Fundação Nova Chance, Winkler de Freitas Teles.

    O Governo do Estado já doou 6 mil caixas de abelhas para mil agricultores familiares desde 2019.

    Atualmente, Mato Grosso produz 466 toneladas de mel por ano, o que o deixa em 14º colocação no ranking da produção de mel no país.
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  • Plataforma do Desenrola renegociará dívidas de agricultores familiares

    Plataforma do Desenrola renegociará dívidas de agricultores familiares

    Desenvolvida pelo Ministério da Fazenda e pela B3, a bolsa de valores brasileira, a plataforma usada para leiloar descontos no Desenrola poderá ser usada para renegociar dívidas de pequenos produtores rurais. A informação foi dada nesta segunda-feira (23) à noite pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após se reunir com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

    “A plataforma é um ativo que pode ser mobilizado para outras renegociações. Então coloquei à disposição do MDA [Ministério do Desenvolvimento Agrário], para o futuro, a mesma plataforma construída para o atual Desenrola”, disse Haddad ao deixar o ministério.

    Segundo Haddad, Teixeira tinha pedido um programa de renegociação de dívidas de agricultores familiares. O ministro da Fazenda informou que a plataforma não poderá ser usada neste momento por causa da terceira fase do Desenrola, que prevê descontos para dívidas de até R$ 5 mil de quem ganha até dois salários mínimos, mas fez a promessa de estender a ferramenta tecnológica para os produtores rurais de menor porte.

    A terceira fase do Desenrola está em vigor desde o início do mês e oferece desconto médio de 83% para dívidas de nove setores: serviços financeiros; securitizadoras; varejo; energia; telecomunicações; água e saneamento; educação; micro e pequena empresa, educação. No entanto, em alguns casos, o abatimento superou esse valor, dependendo da atividade econômica.

    A plataforma está disponível no site www.desenrola.gov.br. Para acessá-la, o consumidor precisa ter cadastro no Portal gov.br, com conta nível prata ou ouro e estar com os dados cadastrais atualizados. Em seguida, o devedor tem de escolher uma instituição financeira ou empresa inscrita no programa para fazer a renegociação. A página lista as dívidas por ordem de desconto, do maior para o menor. Basta selecionar o número de parcelas e efetuar o pagamento.

    Edição: Sabrina Craide
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  • Mais de 31 mil agricultores familiares receberam apoio em 2020

    Mais de 31 mil agricultores familiares receberam apoio em 2020

    Durante todo esse período de distanciamento social por causa da Covid-19, em 2020, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) vem apoiando a comercialização de agricultores familiares brasileiros, garantindo renda e destino final de pelo menos parte da produção desses trabalhadores.

    Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revelam que mais de 31 mil agricultores familiares do país receberam apoio para a comercialização de 77,4 mil toneladas de alimentos. Para isso, foram investidos R$ 223,2 milhões em 1.766 projetos do PAA. Esses recursos, investidos pela Conab, vieram do Ministério da Cidadania e de emendas parlamentares.

    O recurso gerou uma renda média de R$ 7 mil por agricultor familiar beneficiado, contribuindo para a economia de 868 municípios brasileiros.

    “A Conab foi fundamental, porque gerou renda ao agricultor familiar neste momento tão difícil, comprando a sua produção. E, ao mesmo tempo, o programa complementou a alimentação de pessoas que estão em situação de insegurança alimentar e nutricional com produtos adquiridos da própria agricultura familiar”, ressaltou o gerente da Gerência de Acompanhamento e Controle das Ações da Agricultura Familiar, da Conab, Gustavo Viegas.

    Públicos de destaque

    Entre os produtores atendidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos, aproximadamente 74% são mulheres. Segundo a Conab, outros públicos de destaque no PAA são os povos de comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas. Juntos, eles representam 15% dos agricultores contemplados.

    Segundo Viegas, desde 2011, o grupo gestor do PAA definiu, por meio de uma resolução, que para participar do programa, na modalidade Compra com Doação Simultânea, era necessário no mínimo a participação de 40% de mulheres.

    Uma das beneficiadas pelo programa é Leide Martins Moreira. “O PAA dá o destino final dos produtos, porque muitos agricultores familiares não têm feira. Então, o programa veio trazer uma renda mensal para o produtor poder sobreviver na zona rural e não precisar ir para a cidade”, explicou.

    Estados mais beneficiados

    A Bahia foi o estado que recebeu o maior aporte para a agricultura familiar, com R$ 15,45 milhões, seguido de São Paulo e Minas Gerais, com R$ 15,39 milhões e R$ 15,32 milhões respectivamente.

    Entre os 284 tipos de produtos adquiridos pela Conab, destacaram-se a banana e a mandioca.

    PAA

    O Programa de Aquisição de Alimentos foi criado em 2003 e tem como principais objetivos promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar. A execução do programa pode ser feita por meio de seis modalidades: Compra com Doação Simultânea, Compra Direta, Apoio à Formação de Estoques, Incentivo à Produção e ao Consumo de Leite, Compra Institucional e Aquisição de Sementes.

    O programa vem sendo executado por estados e municípios em parceria com o Ministério da Cidadania e a Companhia Nacional de Abastecimento. É uma das ações do Governo Federal para a inclusão produtiva rural das famílias mais pobres.

    Os alimentos adquiridos são destinados ao abastecimento da rede socioassistencial e a restaurantes populares e cozinhas comunitárias.

    “O PAA hoje tem o objetivo fantástico de apoiar a comercialização de produtos de diversos segmentos da agricultura familiar, e, ao mesmo tempo, esses alimentos são doados a equipamentos de alimentação e nutrição e às redes socioassistenciais e outras entidades definidas pelo grupo gestor”, complementou Viegas.