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  • Ações do Agosto Lilás propõem uma reflexão necessária sobre a violência contra a mulher

    Ações do Agosto Lilás propõem uma reflexão necessária sobre a violência contra a mulher

    No mês em que se comemora o aniversário da Lei Maria da Penha, o Brasil dedica à conscientização para o fim da violência contra a mulher com a campanha “Agosto Lilás”.  Por meio do Agosto Lilás, são estabelecidas iniciativas para informar a população sobre como identificar violência contra a mulher e quais canais recorrer para fazer as denúncias. Nesse mês, diversas ações foram realizadas em todo o país para promover a causa.

    A importância do Agosto Lilás se dá pela necessidade urgente de abordar e combater a violência contra a mulher em suas diversas formas, que incluem violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. A campanha busca não apenas informar, mas também desmistificar e empoderar as mulheres, incentivando-as a denunciar abusos e a buscar apoio.

    As atividades, que contaram com a participação da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (DPEMT), em agosto, proporcionaram momentos de aprendizado e sensibilização. Palestras, reuniões e campanhas de divulgação foram essenciais para esclarecer conceitos e promover um diálogo necessário sobre a violência de gênero, suas causas e consequências. Também foi um período de fortalecimento das redes de apoio, com ênfase nos direitos da mulher, na importância do acolhimento e da escuta ativa para aquelas que enfrentam situações de abuso.

    É fundamental lembrar que o combate à violência contra a mulher não se limita a um único mês. Agosto Lilás é um lembrete de que toda a sociedade deve estar vigilante e ativa na luta diária, promovendo a educação e a conscientização, encorajando a denúncia e a busca por ajuda, além de apoiar as iniciativas que visam proteger e empoderar as mulheres em nossas comunidades.

    “Na verdade, a gente não tem que discutir um Agosto Lilás, a gente tem que discutir um ano lilás. Os números ainda são estarrecedores. O que a gente quer é que a violência contra uma mulher seja efetivamente uma temática constante”, reforçou a defensora pública-geral, Luziane de Castro.

    Os dados apontados pela defensora pública-geral vão ao encontro do número crescente de atendimentos do Núcleo de Defesa da Mulher (Nudem) da DPEMT. “Fizemos, de janeiro até a última semana de agosto de 2024, 8.300 atendimentos pelo Núcleo de Defesa das Mulheres. O Nudem tem sido muito demandado pela sociedade, aliás, cada dia mais. O trabalho vem se fortalecendo junto à aplicação dos direitos humanos das mulheres e a Defensoria Pública como referência no enfrentamento à toda e qualquer violência contra as mulheres” disse a defensora pública e coordenadora do Nudem, Rosana Leite.

    O estado de Mato Grosso registrou a maior taxa de feminicídios do país, com 2,5 mortes para cada grupo de 100 mil mulheres. Os dados foram divulgados em março deste ano pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Em números absolutos, foram 46 feminicídios em 2023.  No primeiro semestre de 2024, segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso, foram registrados 20 feminicídios no estado.

    “Existe um sistema de acolhimento multiportas em todos os lugares. Seja na Defensoria Pública, seja no Judiciário, seja junto ao Conselho Estadual de Direitos da Mulher de MT, seja Governo do Estado, prefeituras… Todos desenvolvendo uma série de ações para esse acolhimento, para esse empoderamento, para poder fazer com que essa mulher tenha sua voz amplificada, para que ela seja vista e para que ela saia desse ciclo de violência. As mulheres não podem ser figuras periféricas. É por isso que nós, do Sistema de Justiça, trabalhamos incansavelmente. E eu digo: a Defensoria Pública está com suas portas abertas todos os dias, 24 horas por dia. Mulheres, se vocês estão em situação de violência, em situação de insegurança, a Defensoria Pública está de portas abertas pra você a qualquer momento. Nós iremos acolhe-la, orienta-la e encaminha-la para esse sistema multiportas, para essas inúmeras instituições que estão de braços abertos para acolhe-la e recebe-la”, lembrou Luziane, reforçando que o Agosto Lilás é um mês de encorajamento. “Temos meses como o Agosto Lilás para que o medo seja o menos importante. Para que a mulher se sinta poderosa, para que tenhamos nossas vozes amplificadas e que sejamos ouvidas”.

    Lei Maria da Penha

    A Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, surgiu da necessidade de inibir os casos de violência doméstica no Brasil. O nome foi escolhido em homenagem à farmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes, que sofreu agressões do ex-marido por 23 anos e ficou paraplégica após uma tentativa de assassinato. O julgamento de seu caso demorou justamente por falta de uma legislação que atendesse claramente os crimes contra a mulher. Hoje, a lei 11.340/2006 considera o crime de violência doméstica e familiar contra a mulher como sendo “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”.

    As ações fundamentadas na Lei Maria da Penha garantem às vítimas o acesso a diversos dispositivos legais de proteção. Dentre as garantias previstas pela lei existem aquelas referentes ao atendimento da mulher junto aos serviços da Rede de Proteção, como a determinação de que esse atendimento seja preferencialmente prestado por pessoas do sexo feminino, bem como que estes atendimentos sejam orientados de forma a não revitimizar, não julgar e não ridicularizar a mulher.  Também há garantias referentes à estrutura para que a mulher vítima de violência possa viver em segurança e com autonomia após os episódios de violência.

    Atendimento DPEMT

    A Defensoria Pública acolhe casos de violência contra a mulher tanto por meio do atendimento individual, com defensoras e defensores públicos, quanto pela atuação do Nudem, em Cuiabá, que atua em todas as violências, preconceitos e discriminações que as mulheres são vítimas, dentro e fora de casa. “No interior não há Nudem, mas todas as Defensorias Públicas do interior, nos respectivos núcleos, atendem a mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Os plantões atendem a toda e qualquer situação de urgência, incluindo a defesa das mulheres. Assim, em sendo necessário, toda a sociedade pode buscar a Defensoria Pública do respectivo município, para o atendimento das ações de violência doméstica e familiar, incluindo nos plantões”, explicou a defensora pública Rosana Leite.

  • Agosto Lilás: Gestores escolares participam de palestra sobre violência doméstica

    Agosto Lilás: Gestores escolares participam de palestra sobre violência doméstica

    Na manhã de quinta-feira (22), gestores e coordenadores escolares, assistentes sociais, representantes do conselho da mulher e profissionais de outras instituições, acompanhadas de servidores públicos e autoridades, participaram de um encontro que sobre a violência doméstica e o Agosto Lilás. Entre os assuntos abordados, foram citadas as leis vigentes que são a favor da mulher vítima de violência e como tratar o tema violência doméstica dentro da sala de aula com os alunos.

    O encontro “Dialogando sobre: Combate à Violência Contra a Mulher”, contou com a presença do Juiz da 2ª Vara Criminal de Lucas do Rio Verde e facilitador, Juiz Fabio Petengill. Foram mais de 2h de conversa.

    “A ideia é trazer esse diálogo com os atores da educação, em especial os que estão diretamente recebendo as crianças em situação de violência no ambiente. E conversar com as pessoas que estão nessa atividade para apontar eventuais dúvidas e esclarecer situações, para identificar o que é violência de gênero”, disse o juiz.

    A iniciativa conta com a participação da Rede de Enfrentamento e Combate à Violência Contra a Mulher e Secretaria de Educação. A servidora Ana Cristina Blessa, do setor administrativo da Secretaria da Educação, destacou a importância de falar sobre o tema.

    “Nós fizemos um convite para os gestores e coordenadores para conversarmos um pouco sobre o que é a violência doméstica, porque ela direta ou indiretamente chega para nós na escola. O objetivo é olhar para isso e pensar quais são essas vertentes”, acrescentou Ana.

    A agenda de atividades ligadas ao Agosto Lilás segue ao longo do mês com encontros, palestras e ações de combate a violência contra a mulher.

  • Operação Perfídia desmantela rede internacional de tráfico de mulheres para exploração sexual em Mato Grosso

    Operação Perfídia desmantela rede internacional de tráfico de mulheres para exploração sexual em Mato Grosso

    A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 20 de agosto, a Operação Perfídia, em Mato Grosso e outros estados do Brasil, com o objetivo de combater uma rede internacional de tráfico de mulheres para exploração sexual na Europa.

    A investigação revelou um esquema sofisticado de aliciamento de mulheres, envolvendo principalmente em Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Santa Catarina. Uberlândia/MG, conhecida como um importante centro logístico, foi identificada como o principal ponto de atuação da quadrilha, onde as vítimas eram atraídas com promessas falsas de emprego na Europa.

    As mulheres, muitas vezes em situação de vulnerabilidade, acreditavam estar embarcando em uma oportunidade de construir uma vida digna para si e suas famílias. Porém, ao chegar na Europa, elas eram conduzidas a apartamentos, onde tinham seus documentos retidos e eram forçadas a se prostituir. Os criminosos lucravam com 60% das comissões geradas, além de impor despesas abusivas às vítimas, tornando-as reféns financeiras da organização.

    A operação, que ocorreu durante o mês de valorização das mulheres e combate ao tráfico de pessoas em Mato Grosso e outros estados, resultou na apreensão de celulares e outros materiais que poderão contribuir para o aprofundamento das investigações. A PF acredita que a organização criminosa pode ter recrutado mais vítimas e alerta sobre os perigos de propostas de emprego suspeitas no exterior.

    A Polícia Federal segue investigando o caso, com o objetivo de identificar todos os envolvidos e oferecer suporte às vítimas resgatadas, reforçando a importância de denunciar práticas de exploração e tráfico de pessoas.

    Número de mulheres desaparecidas em Mato Grosso

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    A cada dia, uma mulher desaparece em Mato Grosso. Esse é um dado da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e divulgado pela redação do CenárioMT no dia 18/08/2024.

    Desde 2014, mais de três mil mulheres entre 18 e 60 anos foram dadas como desaparecidas. A média de um caso por dia em 2023 é alarmante e se mantém em 2024.

    Por trás desses números, um cenário de violência e vulnerabilidade se desenha, com conflitos familiares, violência doméstica e abuso sexual como principais causas, segundo o delegado Roberto Amorim.

    A população é fundamental nessa luta: ao notar qualquer desaparecimento, a denúncia imediata é crucial para aumentar as chances de encontrar a vítima.

  • Agosto Lilás: município define ações para combater violência contra a mulher

    Agosto Lilás: município define ações para combater violência contra a mulher

    O mês de agosto marca o Agosto Lilás, uma campanha dedicada à conscientização sobre a violência contra a mulher, e em Lucas do Rio Verde, a rede de apoio local está reforçando suas ações para enfrentar esse problema que persiste em alarmar a sociedade. A secretária de Assistência Social e Habitação, Janice Ribeiro, e a vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Gisele Bellotti de Rezende, falaram à imprensa nesta quarta-feira (31) sobre a importância da conscientização comunitária durante este mês.

    Janice Ribeiro destacou que, apesar dos esforços contínuos, os números de violência contra a mulher ainda são preocupantes e têm aumentado na região. “Estamos iniciando mais um Agosto Lilás, sempre com grande preocupação, pois é um tema que afeta muitas pessoas. Os números são gritantes, e os últimos acontecimentos em nosso município nos deixaram ainda mais apreensivos”, afirmou a secretária. Ela enfatizou que a rede de enfrentamento à violência contra a mulher em Lucas do Rio Verde envolve Ministério Público, a Defensoria Pública, o Judiciário, escolas, secretarias municipais, e o Conselho da Mulher. No entanto, ela reconhece que, diante da magnitude do problema, todos esses esforços ainda são insuficientes.

    Conscientização e ação coletiva

    A secretária ressaltou que a responsabilidade pela mudança é de toda a sociedade e incentivou a participação ativa de todos. “Queremos conscientizar nossa sociedade de que esse é um problema social que envolve todos nós. Cada um tem a responsabilidade de levar informação, conscientizar sobre a importância de denunciar, de não ficar em silêncio sofrendo violência”, destacou. Ela também mencionou o núcleo de atendimento à violência contra a mulher disponível no município, além do CREAS, que oferece serviços de convivência e fortalecimento de vínculos para as vítimas.

    Gisele complementou, destacando o papel do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e a importância das políticas públicas voltadas para a prevenção e a capacitação profissional das mulheres. “Nosso foco é promover não apenas a prevenção da violência, mas também a saúde, a autonomia financeira e emocional das mulheres, capacitando-as para o mercado de trabalho para que se tornem protagonistas de suas histórias”, explicou.

    Ela enfatizou a relação entre a violência doméstica e a dependência econômica e emocional, fatores que frequentemente dificultam a saída das mulheres de ciclos de violência. “É preocupante a baixa adesão das mulheres aos serviços de apoio, pois muitas vezes, devido à fragilidade emocional, elas não conseguem reconhecer ou denunciar a violência que estão vivenciando”, ressaltou a vice-presidente.

    Rede de apoio e ações estratégicas

    A rede de enfrentamento à violência contra a mulher em Lucas do Rio Verde conta com diversos mecanismos de apoio, incluindo a Patrulha Maria da Penha, que realiza um trabalho exemplar no acompanhamento de mulheres vítimas de violência doméstica. Janice Ribeiro destacou a importância do botão do pânico, um recurso que já salvou vidas no município, e reiterou a necessidade de conscientizar as mulheres sobre a disponibilidade e eficácia desses serviços.

    “Precisamos continuar fortalecendo essa rede e conscientizando as mulheres para que procurem ajuda e utilizem os recursos disponíveis. A rede está aqui para contribuir significativamente na resolução dessa problemática grave que é a violência doméstica”, afirmou Janice.

    Gisele Bellotti também mencionou que o Conselho Municipal está desenvolvendo um protocolo de atendimento para mulheres vítimas de violência, que incluirá medidas como o uso do botão do pânico e outras ações para proteger e apoiar as vítimas. Ela reforçou que qualquer sinal de violência deve ser imediatamente denunciado e que a rede de apoio está pronta para acolher e ajudar as mulheres a saírem dessa situação.

    “Temos diversos canais de apoio, como o CREAS e as delegacias, onde as mulheres podem se sentir seguras para denunciar e buscar auxílio. É fundamental que elas saibam que não estão sozinhas e que há uma rede de suporte pronta para assisti-las”, concluiu Gisele.

    Mobilização social e participação comunitária

    Durante o Agosto Lilás, a comunidade é convidada a participar ativamente das discussões e ações promovidas pela rede de enfrentamento à violência contra a mulher. Reuniões e eventos abertos ao público são organizados para debater políticas públicas e fortalecer o apoio às vítimas.

    A rede está aberta para sugestões e a participação de mulheres interessadas em contribuir para a causa, oferecendo um espaço de diálogo e troca de experiências na Casa dos Conselhos, localizada próxima à Pastoral da Criança, na Avenida São Paulo, bairro Alvorada.

  • Encenação teatral sobre violência contra mulher chama a atenção no centro de Lucas do Rio Verde

    Encenação teatral sobre violência contra mulher chama a atenção no centro de Lucas do Rio Verde

    A presença de atores da Cia de Teatro Cena Um no centro de Lucas do Rio Verde chamou a atenção das pessoas que passaram pelo local na manhã de hoje (30). Eles encenavam situações de violência contra mulher.

    A ação faz parte da programação do Agosto Lilás, mês em que são desenvolvidas atividades para conscientizar sobre os problemas relativos à violência doméstica. A diretora Sônia Silva explica que o objetivo do teatro é conscientizar a comunidade. Além de tudo passar um recado às mulheres.

    “Acho extremamente importante a mulher entender que ela não está sozinha, que ela pode sim buscar ajuda, que ela tem rede de apoio, pode contactar e enfim, essa nossa mensagem hoje, você não está sozinha, existe quem possa te acolher, quem possa te abraçar, se você está passando por essa situação de violência”, disse.

    A intervenção artística aconteceu no cruzamento das Avenidas Mato Grosso com a Paraná. Além dos atores que interpretaram dois casais em que os homens simulavam agressões às companheiras, duas atrizes mostravam cartazes condenando a violência contra mulher. Agentes da Guarda Civil Municipal acompanharam a encenação.

    Apesar de todo o cuidado, muitas pessoas se manifestaram a respeito. E quase interviram para cessar as agressões.  É o caso de Andreia Vieira, que estava se dirigindo ao trabalho num comércio próximo e presenciou a cena. Só não abordou o casal de atores por perceber que era uma encenação.

    “Você vê essas atitudes igual ela, não dá, não dá. A gente está vendo que tem uma placa que tá mostrando, mas mesmo assim ferve a gente por dentro. Eu ainda apanho, mas que eu vou defender, eu vou”, disse.

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    Atrizes ganharam caracterização com maquiagem, dando ainda mais realidade à cena apresentada no centro da cidade. (Foto: CenárioMT)

    Outra moradora que passava pelo local e ficou chocada com a encenação foi Elisandra da Conceição Santos. Ela se mostrou comovida com o que viu e chocada por ver que as pessoas passavam próximo ao local e não demonstravam reação. Mesmo sendo uma encenação artística.

    “Eu me senti no meu lugar. Graças a Deus a moça (funcionária de uma farmácia) avisou que era uma encenação, mas eu ia lá saber. Mesmo não fazendo parte, mas eu queria saber o que estava acontecendo, porque eu me comovi”, revelou, ressaltando que a violência doméstica não deve ser encarada como uma coisa normal. “Não é normal, não é normal. Na verdade, o homem que ama realmente sua esposa não vai fazer isso”.

    É um assunto bem delicado, e. Através dos tempos, o teatro, ele tem sido uma ferramenta importante para conscientização. Inclusive, o senhor estava falando que em outras intervenções houve manifestação da das pessoas com relação a esse assunto, né?

    A diretora do grupo teatral disse que as manifestações acontecem. E não são apenas favoráveis às vítimas. Sonia Silva lembra de outras intervenções artísticas abordando a violência contra a mulher e que contaram com manifestação pública. “Já teve caso assim, das pessoas pararem, interferirem de uma forma positiva, mas é grande parte a interferência de forma negativa. Infelizmente, as pessoas ainda acreditam que a mulher é fez alguma coisa para passar por aquilo. E de repente não é nada disso e acho que ninguém precisa e ninguém merece passar por uma situação dessa”, ressalta.

    Por isso, a diretora diz que o teatro é uma ferramenta social importante para abordar temas como a violência doméstica com o propósito de debater esses assuntos. “É, de fato, uma ação de conscientização não só para as mulheres, mas para os homens. Eu acho que rever a forma que se trata a mulher é extremamente importante”.

    Essa intervenção será realizada no final da tarde desta quarta-feira (30) no centro de Lucas do Rio Verde e deve ser levada ainda a escolas da rede pública do município.

  • Peça teatral e palestra alertam para cuidados com segurança e bem-estar das mulheres

    Peça teatral e palestra alertam para cuidados com segurança e bem-estar das mulheres

    A Câmara de Vereadores realizou ontem (28) à noite uma palestra e peça teatral sobre cuidados com a segurança e bem-estar das mulheres. As atividades fazem parte da programação do Agosto Lilás em Lucas do Rio Verde.

    A programação começou a apresentação da peça de teatro ‘Rompendo correntes’, uma iniciativa de acadêmicos do curso de Direito da UniLaSalle. Em cena, os atores apresentam a trajetória de Alessandra e Geberson que se conhecem e constituem família. Da união nascem três filhos e a criação de uma bem-sucedida empresa. Contudo, com o passar dos anos, o relacionamento rui, o casamento é desfeito e o homem, descontente com a escolha da ex-esposa, acaba cometendo feminicídio, mesmo após vários sinais de uma iminente tragédia.

    “Eu representei a vítima é forte saber que muitas mulheres passam por isso em nossa sociedade, muitas mulheres enfrentam essa realidade. O que encerramos no teatro acontece no cotidiano de muitas famílias”, lamenta Kimberly Alcântara, que encenou a personagem Alessandra.

    O teatro nasceu durante evento sobre violência doméstica na faculdade. A intenção, com a peça teatral, é chamar a atenção da sociedade para o tema. A professora do curso de Direito, Ana Carolina, elogiou o envolvimento dos acadêmicos com os detalhes para realizar a peça teatral. “Se dedicaram muito. Eles amaram a ideia. Essa foi a nossa quarta apresentação”, disse a professora.

    Ana Carolina comentou que, apesar de impactante, as cenas da peça relatam o que é a realidade da sociedade. “Infelizmente temos inúmeras mulheres que passam por isso”, enfatizou. “Muitas pessoas veem e acabam se omitindo. Temos que dar um jeito de proteger”.

    Sobrecarga

    A palestra com a psicóloga Iara Santos abordou ‘Sobrecarga materna e saúde mental’, uma condição que afeta grande parte das mulheres. Segundo a palestrante, é necessidade trazer à visibilidade a sobrecarga materna e o cansaço mental que as mulheres têm há vários anos. “Falamos um pouco do adoecimento mental que as mães têm e que a população precisa nos ajudar, criar rede de apoio, criar políticas públicas”, apontou.

    A psicóloga reforça o envolvimento da sociedade é fundamental para aliviar um pouco dessa sobrecarga e trazer bem-estar às mulheres. “A ciência comprova que uma mãe que não está bem mentalmente impacta diretamente no desenvolvimento infantil. Isso é um ciclo vicioso. Se o filho não está bem, a gente sobrecarrega o sistema de saúde, sobrecarrega as escolas. A gente precisa trabalhar isso ai pra gente melhorar a saúde mental e automaticamente a qualidade de vida da família como um todo”, destacou Iara.

    Para a profissional, os homens podem ajudar a reduzir a sobrecarga materna, o que influencia na melhora da saúde mental. “(Basta) assumir a parentalidade que lhes cabe, exercendo o papel de pai de fato e não só na certidão de nascimento”, resume.

    Agosto Lilás

    A iniciativa da Câmara em realizar a programação na noite desta segunda-feira (28) faz parte das ações programada para o Agosto Lilás. Segundo a presidente da Câmara, Sandra Barzotto, é difícil as pessoas assumirem a condição de que estão com a saúde mental abalada. “Difícil a própria sociedade assumir que a mulher tem fraquezas, acham sempre a mulher muito forte, mas a gente precisa se cuidar, buscar nossos momentos para cuidar da saúde pra você estar bem e cuidar de todo o resto também”, observou.

    Sandra disse que o mês de agosto está encerrando, pondo fim ao Agosto Lilás, o mês dedicado à luta contra a violência que vitima mulheres. Contudo, é importante manter as ações para reduzir os índices de violência. “A luta continua e pra que dê certo precisamos do envolvimento de todos”, conclui.

  • Palestra vai abordar sobrecarga materna e saúde mental. Atividade faz parte do Agosto Lilás

    Palestra vai abordar sobrecarga materna e saúde mental. Atividade faz parte do Agosto Lilás

    Uma palestra que aborda a sobrecarga materna e saúde mental será realizada na próxima segunda-feira (28) no plenário da Câmara Municipal. O evento é promovido pelo legislativo de Lucas do Rio Verde e faz parte das atividades relacionadas ao Agosto Lilás, mês em que são desenvolvidas ações que buscam conscientizar sobre o combate à violência contra a mulher.

    A palestra, que iniciará às 19 horas, será proferida pela psicóloga Iara Santos. Segundo a Câmara Municipal, o objetivo é reunir mulheres para participar do momento que servirá de lembrança ao Agosto Lilás e também somar com as ações para combater a violência contra as mulheres em suas diversas formas.

    Além da palestra, será apresentado uma peça teatral da UniLaSalle com o tema ‘Rompendo Correntes’.

    “Fazer um convite a toda a população a prestigiar, na segunda-feira, às 19h, uma palestra aqui com a psicóloga Iara, que vai falar também sobre os cuidados que nós devemos ter com a mulher que está grávida e também a mulher que já teve o seu bebê. Nesse período pré e pós parto, o quanto é necessário esse apoio psicológico a essas mulheres”, convidou a presidente da Casa de Leis, Sandra Barzotto.

    A presidente ressalta a necessidade de envolvimento de toda comunidade  na busca de soluções que buscam combater a violência contra a mulher. Sandra observa o encerramento do mês conclui a programação do Agosto Lilás, mas é importante manter o debate. “Não se encerra a luta, mas as ações que estão mais potencializadas agora no mês de agosto”, enfatizou.

    A Campanha do Agosto Lilás foi lançada no início do mês pela Secretaria de Assistência Social e Habitação de Lucas do Rio Verde e a Rede de Enfrentamento à Violência Contra Mulher, com várias atividades.

  • Lucas do Rio Verde | Delegada faz palestra sobre violência contra a mulher

    Lucas do Rio Verde | Delegada faz palestra sobre violência contra a mulher

    Um grupo de mulheres acompanhou ontem (09) uma palestra sobre violência contra a mulher. Intitulada ‘Violência contra a mulher não tem desculpa, tem lei’, a palestra fez uma abordagem sobre os aspectos da lei Maria da Penha, criada há 17 anos para inibir a violência contra a mulher. A delegada Ana Terra foi convidada a falar sobre o tema.

    A atividade faz parte do Agosto Lilás e foi realizada pela CDL de Lucas do Rio Verde com apoio da Secretaria de Assistência Social e Habitação.

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    “Eu procurei apresentar mais algumas ideias que possam contribuir, tanto com a prevenção, quanto a conscientização das mulheres vítimas de familiares”, explicou a delegada.

    Por meio de slides, a palestrante a respeito da lei, dos sinais de violência doméstica, do ciclo de violência doméstica, possíveis causas, fatores de risco e consequências, não apenas para as vítimas, como também dos filhos, familiares e a sociedade em geral. Dra. Ana Terra ainda trouxe alguns números do Núcleo de Violência Doméstica de Lucas do Rio Verde, além de apresentar como é o funcionamento do atendimento no núcleo. “Como se dá o atendimento, qual é o passo a passo para que a as pessoas tenham uma consciência também a respeito de como funciona todo o nosso trâmite, como se dá essas ações”, detalhou.

    17 anos

    A Lei Maria da Penha completou esta semana 17 anos de criação. A delegada destacou o avanço que a legislação significou no enfrentamento à violência. Contudo, há a necessidade de maior envolvimento da comunidade. Durante a palestra, Ana Terra falou sobre o aumento no número de casos, mas observa que em Lucas do Rio Verde há uma consciência positiva.

    “O que é essa consciência positiva? A parte de conscientização é tão bem trabalhada que instrui as mulheres para que tão logo, no primeiro sinal de que existe uma relação tóxica que pode desencadear um ciclo de violência doméstica, elas já pleiteiam por medidas protetivas, inicialmente, já registram o fato”, explica.

    A delegada reforça que a omissão em casos de violência pode tornar a pessoa cumplice de eventual crime. Ana Terra ressalta que pessoas próximas à potencial vítima de violência devem estar atentas e denunciar quando há suspeita. “Tem sim o dever de interferir, de auxiliar de alguma forma, de prestar um apoio. Tem que tentar fazer com que a mulher entenda a vivência que ela tem de um ciclo de violência doméstica, auxiliar no que for possível, é indicar para ela ali os meios que ela pode estar utilizando, como atendimento algum atendimento jurídico”, adianta.

    Agosto Lilás

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    O presidente da CDL, Petronilio de Souza, acompanhou a programação. Ele comentou que a entidade cumpre seu papel social ao abrir as portas e discutir um tema tão importante e que acaba refletindo em toda a sociedade. “Alguns até pensam que o objetivo da CDL é só no fortalecimento do comércio local, mas é entidade tem esse papel importante e não poderia ficar de fora desse momento. Esse é o mês de conscientização no sentido de não violência a mulher”, reforçou.

    “O Agosto Lilás é dedicado às causas da violência contra a mulher e a gente fica feliz em saber que aqui em Lucas existe essa rede de enfrentamento. Uma rede forte, uma rede participativa, onde todos já entenderam seu papel, a importância de cada um”, elogiou a Secretária de Assistência Social e Habitação, Janice Ribeiro.

    A vereadora e primeira secretária da Mesa Diretora da Câmara, Ideiva Foletto, prestigiou o evento. Ela observou que momentos como esse são fundamentais para reforçar a luta contra a violência. “É importante não só para nós, mulheres, mas para toda a sociedade, porque a gente sabe que se nós mulheres estivermos bem, toda a sociedade, a família também vai bem”, destacou.

    A programação foi encerrada com um desfile e um coquetel servido aos participantes.

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  • Rede de enfrentamento à violência contra a mulher definem agenda para o Agosto Lilás

    Rede de enfrentamento à violência contra a mulher definem agenda para o Agosto Lilás

    As entidades e instituições que compõem a rede de enfrentamento a violência contra a mulher em Lucas do Rio Verde, estão definindo ações a serem desenvolvidas no próximo mês. Agosto Lilás é um período dedicado a ações para combater a violência contra a mulher.

    A Secretária de Assistência Social, Janice Ribeiro, observa que a rede de enfrentamento no município é bastante forte. Contudo, mesmo com as ações desenvolvidas, ainda há muitos casos de violência doméstica registrados pelas autoridades policiais.

    “A gente já vem fazendo várias ações, mas vê os números crescentes e sempre vem aquela preocupação, o que cada um de nós pode fazer a mais para contribuir. Tivemos várias ideias”, explicou Janice, assinalando que as propostas serão colocadas no papel e uma programação será desenvolvida no próximo mês.

    A intenção é trabalhar a conscientização da sociedade, homens e mulheres, para amenizar essa situação. Segundo os representantes das instituições que formam a rede, muitos homens praticam a violência por virem de um ambiente em que era comum a violência doméstica. “Isso passou a ser uma coisa natural e nós queremos que essa coisa não seja natural, que a gente possa se ajudar e caminhar juntos, principalmente sem violência”, assinalou.

    Ações

    Durante o bate papo ocorrido na última semana foram avaliadas as ações já empreendidas, principalmente as que envolvem as forças de segurança. Um dos exemplos é a patrulha Maria da Penha desenvolvida pela Guarda Civil Municipal.

    Outra ‘ferramenta’ é o botão do pânico desenvolvido para que mulheres que já tenham medidas protetivas. “É só acionar o botão do pânico e a viatura (da GCM) que estiver mais próximo da sua residência socorrerá aquela mulher”, observou Janice.

    O Núcleo de Atendimento à Violência Contra a Mulher também foi citado na reunião pelo atendimento feito a mulheres vítimas de violência. “A partir da abertura desse núcleo, um espaço onde as mulheres se sentem encorajadas para procurar ajuda, porque elas vão ser acolhidas por outra mulher que entende do seu problema”, detalhou.

  • Agosto Lilás: Lucas do Rio Verde define ações para conscientizar sobre violência contra mulher

    Agosto Lilás: Lucas do Rio Verde define ações para conscientizar sobre violência contra mulher

    O mês de agosto é dedicado à conscientização pelo fim da violência contra a mulher. Em todo o país, várias ações são definidas para marcarem o ‘Agosto Lilás’, campanha desenvolvida para divulgar informações e chamar a atenção da sociedade para o enfrentamento à violência doméstica.

    A escolha do mês tem relação com a data de sanção da Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha no dia 7 de agosto.

    Em Lucas do Rio Verde, entre as ações previstas estão a realização do Cinema na Praça, rodas de conversa, visitas aos PSF’s do município. Outra novidade é a campanha ‘Precisamos falar’. “É um trabalho onde a gente leva para as empresas, delegacia, cadeia pública e dar oportunidade para que o público masculino possa falar, dialogar sobre esse problema tão grande nos dias atuais”, explicou a secretária de Assistência Social, Janice Ribeiro.

    “Acreditamos que em pleno 2022, ninguém precise passar por problemas de violência, como os números mostram”, pontua.

    Ações

    Além das atividades desenvolvidas no Agosto Lilás, o poder público desenvolve ações ao longo do ano. A implantação de um núcleo para tratar exclusivamente de casos de violência domestica. Outra ação é a implantação da Patrulha Maria da Penha.

    “Temos o ‘botão do pânico’. Esse é pras mulheres que têm medida protetiva. É um aplicativo que é instalado no celular. Quando a mulher se sentir em perigo, vamos dizer assim, ela aciona o ‘botão do pânico’. A viatura policial que estiver mais próximo dela vai socorrer”, relata Janice.

    Denúncias

    Dentro da proposta de conscientizar a população, a ideia é estimular que pessoas que presenciarem casos de agressão, ou mesmo que vierem a ter conhecimento a respeito, possam denunciar esses casos. “Em briga de marido e mulher, deve-se ‘meter’ a colher sim, diferente do que ouvíamos no passado”.

    Entre os canais disponíveis estão os telefones 180, 197 e o núcleo de atendimento à mulher.

    “Vamos fazer a nossa parte. Com estas nossas ações podemos salvar vidas. Nós todos podemos fazer sim a diferença”, conclui.