Tag: aftosa

  • Brasil e Bolívia avançam em processo de reconhecimento internacional como zonas livres de febre aftosa sem vacinação

    Brasil e Bolívia avançam em processo de reconhecimento internacional como zonas livres de febre aftosa sem vacinação

    A Comissão Científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) aprovou, nesta segunda-feira (24), o pedido do Brasil e da Bolívia para o reconhecimento internacional como zonas livres de febre aftosa sem vacinação. A medida representa um avanço significativo dentro do processo de certificação, mas ainda depende da aprovação final dos países-membros da OMSA, em Assembleia Geral, prevista para maio deste ano.

    A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), que acompanha de perto o andamento desse pleito, destaca que a certificação trará impactos positivos para a pecuária do estado e do país, ampliando o acesso a mercados internacionais mais exigentes e fortalecendo a competitividade dos produtores.

    O pedido faz parte de um trabalho conjunto da equipe gestora estadual do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), coordenado pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), com apoio da Famato e demais entidades do setor produtivo.

    O presidente da Famato, Vilmondes Tomain, reforça que o resultado da Comissão Científica representa uma etapa fundamental dentro do processo, mas ainda há passos importantes a serem dados.

    “Recebemos com atenção e responsabilidade essa aprovação dentro da Comissão Científica da OMSA. Esse é um avanço importante para o setor produtivo, mas seguimos acompanhando de perto todo o processo até a votação final em maio. O reconhecimento internacional da nossa condição sanitária abre novas oportunidades para os pecuaristas e para o agronegócio brasileiro. Estamos atentos aos próximos desdobramentos e continuaremos trabalhando para garantir essa certificação.”

    A decisão final sobre o status sanitário do Brasil e da Bolívia será tomada na Assembleia da OMSA, quando os países-membros votarão a concessão oficial do reconhecimento. Até lá, a Famato segue monitorando os trâmites e mantendo o setor produtivo informado sobre cada etapa desse processo.

  • MT e outros 16 Estados são reconhecidos nacionalmente como livres de aftosa sem vacinação

    MT e outros 16 Estados são reconhecidos nacionalmente como livres de aftosa sem vacinação

    A Portaria nº 665 publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no último dia 21 reconheceu nacionalmente como livres de Febre Aftosa sem vacinação 17 Estados. Além de Mato Grosso, entram na lista o Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.

    Esse marco representa mais uma etapa cumprida do Plano Nacional de Vigilância contra Febre Aftosa (PNEFA), que visa pleitear em maio de 2025 à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) o status internacional de livre de Febre Aftosa sem vacinação em todos os estados mencionados, bem como nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rondônia e Acre integralmente, além de algumas propriedades que já obtiveram esse reconhecimento nos estados de Mato Grosso e Amazonas.

    Esse avanço atesta a eficácia do plano estratégico e do sistema de controle e vigilância do MAPA e dos órgãos de defesa sanitária estaduais.

    Até que a OMSA se manifeste sobre o pleito internacional, o trânsito de bovinos, bubalinos, suínos e ovinos para os estados já reconhecidos internacionalmente permanece proibido.

    A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) participa do PNEFA desde sua criação em 2017, integrando o Grupo Gestor Estadual. Para a instituição, esse é um importante marco para a pecuária do estado.

    Além de possuir o maior rebanho bovino do Brasil, Mato Grosso também é reconhecido por sua excelente genética e pelo comércio de matrizes e reprodutores puros de origem ou com certificado especial de Inspeção e Produção (CEIP). O reconhecimento internacional do estado, previsto para maio de 2025, é aguardado com grande expectativa pelos produtores mato-grossenses e pelos consumidores dessa genética, principalmente nos estados de Rondônia e Acre.

  • Indea alerta produtores sobre atualização do rebanho em Mato Grosso

    Indea alerta produtores sobre atualização do rebanho em Mato Grosso

    Depois de muitos anos vacinando o rebanho bovino contra a aftosa, os pecuaristas de Mato Grosso conseguiram alcançar o status de livre da doença sem a necessidade de vacinação. Porém, para manter esse status, é necessário aumentar a vigilância sanitária. Por isso, o Indea (Instituto de Defesa Agropecuária) faz uma orientação aos produtores rurais.

    Apesar de não precisar vacinar o rebanho, o produtor deve seguir fazendo a atualização do número de animais presentes em sua propriedade rural. Essa comunicação deve ser feita nos meses de maio e novembro, quando ocorria o período de vacinação.

    O médico veterinário e fiscal do Indea-MT em Lucas do Rio Verde, Clodomiro Reverdito, diz que o produtor pode vir ao escritório ou usar o módulo do produtor, o sistema online disponibilizado no site do governo do Estado. Essa comunicação deve ser feita entre os dias 1º a 31 de maio. “Ele precisa informar os nascimentos, o que tem de macho, fêmea, se porventura teve alguma morte, algumas propriedades usam para consumo próprio, ou morte acidental, enfim. É importante atualizar o rebanho para saber o que ele tem no pasto, na propriedade dele. Fazendo essa atualização no mês de maio, a propriedade dele está apta a continuar fazendo movimentações, venda, compra, e ele estará de acordo com a norma pedida pelo Indea”, explica.

    Atualização

    Essa comunicação é necessária para o rebanho de gado e de outras espécies que tenha propriedade, como suínos, aves, como ganso, pato, entre outros criados para subsistência. Proprietários de granjas de aves e suínos têm acompanhamento técnico e fazem essa comunicação nos meses de referência, em maio e novembro.

    “O produtor que está pensando: ‘agora paramos de vacinar contra aftosa, estou tranquilo’. Não, o produtor deve manter as campanhas de informação de saldo, precisar informar esse saldo semestralmente no Indea. Importantíssimo que ele cumpra dentro do mês pra não vir a ser punido com alguma ação pecuniária”, alertou Reverdito.

    A multa prevista para quem não comunicar sobre a atualização de estoque é de 27 UPF’s ou cerca de R$ 6 mil.

    Vigilância

    Como a partir deste ano o rebanho bovino não tem a proteção da vacina, o que aumenta a necessidade de ampliar a vigilância e evitar focos de aftosa. Clodomiro explica que o produtor é o principal aliado do Indea para conseguir manter o status de livre da aftosa sem vacinação. Na lida com o rebanho, o produtor percebe quando há alguma situação que precise da ação dos fiscais.

    “Como não temos mais a vacina, temos de ser mais vigilantes”, reforça o médico veterinário.

    Com a atualização cadastral, os técnicos do Indea consegue definir ações rápidas conforme a necessidade de momento, atuando de modo a realidade de campo. Com base nos dados repassados pelo produtor é possível definir a estrutura que será utilizada para essa atuação. “Pra tudo isso é necessário ter essas informações atualizada, pra que o Estado tenha uma forma de garantir e certificar que nossa produção está apta a acessar mercados exteriores, que a gente possa buscar os melhores nichos de mercado, para que tenha a valorização rural nossa”, ressalta.

    Lucas do Rio Verde

    O volume do rebanho bovino presente em Lucas do Rio Verde é pequeno se comparado a outras regiões, como Juara ou Pontes e Lacerda. Com extensão territorial pequena, o município tem produtores com criação de gado em outras cidades. Apesar disso, Lucas do Rio Verde conta com animais para engorda, o que representa um ciclo curto. A estimativa é que o município tenha em média 60 mil cabeças de gado.

    “Não é muito, se comparar com outros municípios, que tem animais de cria, com muitas vacas e bezerros, tem um volume maior. Porém, tem muita rotatividade de animais em Lucas do Rio Verde”, explicou Reverdito, citando que a vigilância permanece a mesma de regiões com maior volume. “O produtor que tem uma cabeça de gado é tão importante quanto o que tem 10 mil cabeças, ele impacta da mesma forma”.

  • Brasil deve vacinar 161 milhões de bovinos e bubalinos contra aftosa

    Brasil deve vacinar 161 milhões de bovinos e bubalinos contra aftosa

    Começa hoje (1º) e vai até o próximo dia 30 a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Febre Aftosa 2022. Em dez estados – Alagoas, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Roraima e Rio Grande do Norte – a imunização de 161 milhões de bovinos e bubalinos ocorrerá em animais de até 24 meses, conforme o calendário nacional de vacinação.

    Cronograma

    Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária ( Mapa), para as 11 unidades da Federação – Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Tocantins e o Distrito Federal -, que compõem o Bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa (PE-PNEFA), a vacinação em novembro será para bovinos e bubalinos de todas as idades. O bloco totaliza 141 milhões de animais a serem vacinados.

    A inversão das estratégias de vacinação em alguns estados, observou o ministério, foi adotada em abril com objetivo de adequar a demanda de vacinas contra febre aftosa ao cronograma previsto de produção da indústria e, assim, garantir a oferta de vacinas para manter índices satisfatórios e a imunidade do rebanho.

    Os imunizantes devem ser adquiridos nas revendas autorizadas e mantidos entre 2°C e 8°C, desde a aquisição até o momento da utilização – incluindo o transporte e a aplicação, já na fazenda. Devem ser usadas agulhas novas para aplicação da dose de 2 ml na tábua do pescoço de cada animal, preferindo as horas mais frescas do dia, para fazer a contenção adequada dos animais e a aplicação da vacina.

    “Além da vacinação, o produtor deve fazer a comprovação no órgão executor de defesa sanitária animal de seu estado. A declaração da vacina pode ser entregue de forma online ou, quando não for possível, presencialmente nos postos designados pelo serviço veterinário estadual nos prazos estipulados”, orientou o ministério. Ainda segundo a pasta, em caso de dúvidas, a sugestão é para que procurem o órgão executor de defesa sanitária animal do estado.

    Retirada da vacinação

    Após a etapa de novembro, sete unidades da Federação do Bloco IV do PE-PNEFA – Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Tocantins – vão suspender a vacinação. Ao todo, serão aproximadamente 114 milhões de bovinos e bubalinos que deixarão de ser vacinados, o que corresponde a quase 50% do rebanho total do país. A ação faz parte da evolução do projeto de ampliação de zonas livres de aftosa sem vacinação no país, previstas no programa.

    De acordo com o ministério, nesse momento de evolução sanitária da doença, não haverá restrição na movimentação de animais e de produtos entre os estados do Bloco IV, que terão a vacinação suspensa a partir de 2022, e os demais estados que ainda praticam a imunização.

    “O Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura aguarda a evolução nos demais estados, a fim de compor o pleito brasileiro para o reconhecimento internacional de zona livre sem vacinação na Organização Mundial da Saúde Animal”, afirmou em nota.

    Zona Livre

    Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, de Rondônia e partes do Amazonas e de Mato Grosso têm a certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.