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  • Dengue, Zika e Chikungunya: orientação e prevenção

    Dengue, Zika e Chikungunya: orientação e prevenção

    Com o período de chuvas, previsto para ir até maio, cuidados com a saúde precisam ser redobrados, em virtude da proliferação do  mosquito Aedes aegypti em águas paradas. Ele é o responsável pela transmissão das doenças Dengue, Zika e Chikungunya, que nos primeiros dias de 2025 já tem 5.391 casos confirmados de dengue e 10.020 de chikungunya, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

    Essas arboviroses, que se traduzem em um grupo de enfermidades virais transmitidas principalmente por artrópodes, como mosquitos e carrapatos, criam um cenário preocupante no estado, e a quantidade de casos tende a aumentar, conforme afirma o profissional da enfermagem da Coordenação de Assistência Social e Saúde do Servidor (CASS), Rogério de Figueiredo.

    “Estamos só no começo da epidemia, que é cíclica. Todo ano a gente tem.As arboviroses são mais frequentes nesta época do ano por causa do período de chuvas. Eliminar o mosquito é um desafio. O aumento expressivo dos casos de arboviroses em Cuiabá pode estar relacionado a vários fatores, entre eles o período intenso de chuvas, que cria mais criadouros para o Aedes aegypti, já que a água parada favorece a reprodução do mosquito”, ressalta.

    Ele complementa que pode haver água atrativa para os mosquitos em calhas, vasos de plantas, atrás da geladeira, tampinhas de garrafas e qualquer objeto que possa acumular água parada.  “Remover folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas. Manter a caixa d’água sempre fechada com tampas adequadas. Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada. Evitar acúmulo de inservíveis, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem as caixas d’água”, orienta.

    Sintomas e cuidados

    Quando acometido por essas doenças, o enfermeiro explica que na dengue clássica, em geral, a recomendação é de repouso, enquanto durar a febre. “A  ingestão de líquidos, administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre também são recomendadas. Assim como acontece nos casos de Dengue, o tratamento para a Chikungunya inclui medidas como repouso e o uso de medicamentos para controlar a febre e as dores no corpo. Também é essencial que o paciente se mantenha bem hidratado e se alimente bem durante todo o período de recuperação”, indica.

    Ele explica ainda que, classicamente, os sintomas variam de faixa etária para faixa etária. “De uma maneira geral, a dengue é uma doença que surge com uma febre elevada, de início súbito, com dor de cabeça, dor retro ocular atrás dos olhos, aquela sensação de que o olho parece que vai sair da órbita. Dor no corpo, a febre elevada, de difícil controle às vezes, e entre o terceiro e o quinto dia de evolução dessa febre, você tem aparecimento de manchas pelo corpo, no caso da dengue”, pontua.

    Complementa que normalmente, quando a dengue começa a aparecer essa erupção no corpo, a febre começa a ceder. “É nesse momento que, no caso da dengue, na forma hemorrágica, começam a aparecer os fenômenos hemorrágicos. Quando a febre desaparece, a erupção no corpo aparece no corpo inteiro, na forma hemorrágica é que você começa a ter a complicação”, sinaliza.

    Explica ainda que  aquelas pessoas que tiveram um quadro febril intenso, dor de cabeça, dor retro ocular, erupção no corpo, que a febre cedeu e voltou a ficar mal novamente, é um sinal de gravidade da doença. “Dor abdominal intensa, sinais de sangramentos, que normalmente ela não tem, nasal, gengival, isso seria uma forma mais grave da doença dengue”, diz.

    Outros sintomas, mais cuidados e vacina

    Sobre os sintomas da chikungunya, Rogério explica que nem sempre a febre é tão elevada e o que predomina é a dor, a dor articular. “É como se você tivesse apanhado. Então, o corpo inteiro doi, doi muito, tanto as juntas como os músculos. A febre, como eu falei, às vezes não é tão alta, mas pode ser elevada também e tem mais ou menos o mesmo curso”, conta, complementando ainda que a febre de uma virose dura de 3 até 5, ou 7 dias.

    Sobre o quadro de melhorias, o enfermeiro explica ainda que algumas pessoas mais suscetíveis podem permanecer com essas manifestações de dor no corpo, com os braços, extremidades inchadas, doloridas, com mobilidade difícil, um certo grau de vermelhidão ainda pelo corpo. “Classicamente, a dengue vem também uma coceira muito intensa ao final da erupção. A chikungunya não costuma ter tanta coceira assim, mas também pode ter”, conta.

    “O descarte irregular de lixo também é um problema, pois o acúmulo de resíduos como pneus, garrafas e recipientes plásticos facilita a reprodução do mosquito. Devemos jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias etc. Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada”, orienta, recomendando  a manutenção das casas sempre limpas e cuidar dos quintais, além de se prevenir com o uso de repelente.

    Sobre a vacinação contra a dengue, o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a disponibilizar vacinas contra a dengue no sistema público de saúde. Produzida pelo laboratório japonês Takeda. Busque orientação junto ao seu município para verificar a disponibilidade do imunizante.

  • Saúde alerta a população para os cuidados contra o Aedes aegypt

    Saúde alerta a população para os cuidados contra o Aedes aegypt

    “Dez minutos por semana, podem salvar vidas”, é com essa mensagem que a Secretaria de Saúde de Lucas do Rio Verde está orientando a população sobre os cuidados para evitar a proliferação do Aedes aegypti.

    O mosquito, que se reproduz em qualquer recipiente com água parada, é o principal responsável pela transmissão do vírus da dengue, febre chikungunya e zika.

    A supervisora da Vigilância em Saúde, Cláudia Engelmann, explica que o período chuvoso é o mais propício a proliferação do mosquito, mas que hábitos de limpeza podem evitar a reprodução do Aedes aegypti.

    “Se as pessoas tirarem pelo menos dez minutos por semana pra olhar o seu quintal, verificar se há embalagens que possam acumular água, vamos evitar a proliferação do mosquito e com certeza, salvar vidas”.

    Em 2024, o município de Lucas do Rio Verde registrou 304 casos confirmados de dengue, com um óbito e nove casos de chikungunya. Os dados são da Vigilância em Saúde.

    Segundo a supervisora, somente nos 18 primeiros dias deste ano, foram confirmados 11 casos de dengue, três casos de chikungunya, e outros três ainda em investigação.

    “A nossa preocupação maior, hoje, é em relação a chikungunya. São moradores de Lucas, e a maioria se contaminou em outros municípios, e podem contribuir com a transmissão do vírus”.

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    Foto: Ascom Prefeitura/Patrícia Pires

    Mutirão de Recolhimento de Entulhos

    Para reduzir os focos e criadouros do mosquito Aedes aegypti, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras está realizando um mutirão de recolhimento de entulhos.

    O trabalho começou em dezembro de 2024, nos bairros Jaime Seiti Fujii e Vida Nova e será finalizado na sexta-feira (24), no Industrial V (em frente a BRF).

    Em 25 dias de mutirão, foram recolhidas cerca de 4.200 toneladas de entulhos, são móveis, eletrodomésticos, podas de árvore e pneus, que terão o descarte adequado.

    Vacinação contra Dengue

    Uma iniciativa importante na redução dos casos graves da doença é a imunização. As doses da vacina contra a dengue estão disponíveis em todas as unidades básicas de saúde (UBSs).

    Inicialmente, estão sendo imunizadas as crianças e adolescentes, com idades entre 10 e 14 anos. O esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de três meses.

    A escolha do público-alvo foi realizada pelo Ministério da Saúde, tendo como base estudos que apontam maior risco de agravamento da doença nessa faixa etária.

    A vacina apresenta mais de 80% de eficácia contra a dengue, causada pelos quatro sorotipos e também previne as formas graves da doença.

    Importante

    Horário de vacinação nas UBSs

    De segunda a sexta-feira, das 07h às 10h30 e das 13h às 16h30 e nos finais de semana e feriados, na unidade do Tessele Junior, das 13h às 18h.

  • Lucas do Rio Verde: Casos de dengue registram queda de 77% em 2023

    Lucas do Rio Verde: Casos de dengue registram queda de 77% em 2023

    O período chuvoso está voltando com maior intensidade e frequência, e com ele aumentam as preocupações com a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Para isso, trouxemos nesta matéria os números de notificações e casos positivos da dengue nos últimos anos.

    Em 2023 foram registradas, em Lucas do Rio Verde, 1.182 notificações de dengue, destes 628 foram casos positivos, um número inferior a 2022, que no mesmo período havia registrado 3.801 notificações e 2.821 casos confirmados de dengue.

    Se comparado a 2021, neste mesmo período, os números eram de 344 notificações e 193 confirmados. Nos demais anos, foram 1.736 notificações e 1.408 casos confirmados em 2020; em 2019 e 2018 foram 516 e 129 notificações, respectivamente.

    Todos os dados foram extraídos do dengue on line, no Sistema de informação de agravos de notificações (Sinan), no dia 28 de dezembro, ás 14h15. Referente a semana epidemiológica 01 a 51.

    A Secretaria de Saúde de Lucas do Rio Verde orienta que para prevenir as doenças transmitidas pelo mosquito é fundamental evitar o acúmulo de água parada, onde ocorre a proliferação do mosquito.

    Segundo a secretária de Saúde, Drª Fernanda Heldt Ventura, para se prevenir do transmissor, a higiene é um fator imprescindível. “Cuidar do nosso ambiente, mantendo tudo coberto, como caixas d’água, ralos, e não deixar água parada e acumulada em garrafas ou pneus”, salienta.

    A secretária ainda enfatiza que os terrenos abandonados são outro fator que deve ter maior atenção. “Temos que ficar de olho nesses terrenos baldios. São locais muito comuns de proliferação”, complementa.

    O período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, mas é importante manter a higiene e evitar água parada todos os dias porque os ovos do Aedes aegypti podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver.

    A Secretaria de Saúde mantém vigilância contínua na cidade durante todo o ano para evitar a proliferação do Aedes aegypti com o uso de inseticidas e ação de agentes de saúde, entre outros.

    Sintomas

    Existem quatro tipos de vírus de dengue – sorotipos 1, 2, 3 e 4. A febre alta é um dos principais sintomas da doença. Outros sintomas são dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. A infecção por dengue também pode não causar sintomas, ser leve ou grave. Nesse último caso, pode até levar à morte.

    As pessoas mais velhas têm maior risco de desenvolver dengue grave e outras complicações que podem levar à morte. O risco aumenta quando a pessoa tem alguma doença crônica, como diabetes e hipertensão.

    Não há tratamento específico para a dengue. De acordo com a avaliação médica, são recomendadas medidas como fazer repouso, ingerir bastante água e não tomar medicamentos por conta própria. Pode ser recomendada também a hidratação com soro. Em caso de suspeita é fundamental procurar um profissional de saúde para ter o diagnóstico correto.

    A zika e chikungunya têm sintomas semelhantes aos da dengue como febre, dor de cabeça, mal-estar, dores pelo corpo e muita dor nas juntas. O tratamento também é feito de acordo com os sintomas.

    No caso da chikungunya, algumas pessoas podem desenvolver um quadro pós-agudo e crônico com dores nas articulações que duram meses ou anos.

  • Mudança na lei permite que donos de imóveis que evitem fiscalização sobre a dengue sejam punidos

    Mudança na lei permite que donos de imóveis que evitem fiscalização sobre a dengue sejam punidos

    Cerca de 4,5 mil imóveis localizados em Lucas do Rio Verde não têm sido fiscalizados por agentes de endemias do município. Eles se encontram fechados ou os responsáveis pelos imóveis se negam a atender os servidores. Essa conduta tem dificultado o controle da dengue e outras doenças provocadas pelo Aedes aegypti, vetor também da zika e Chikungunya.

    Em razão dessa recusa e dificuldades para fiscalizar, o município propôs mudança na legislação que regulamenta a atividade dos agentes de endemia. A partir de agora, os responsáveis pelos imóveis que recusarem passar por fiscalização poderão ser multados.

    De acordo com a coordenadora de Vigilância em Saúde, Cláudia Engelmann, as multas são estipuladas conforme a gravidade. Restringir acesso dos fiscais é caracterizada como grave e podem chegar a R$ 2 mil. “A pessoa será notificada. Se ela não responder a esse agendamento será feito o auto de infração e a penalidade de multa é prevista na lei. Por isso, então a gente reforça sobre isso, para que a população seja parceira da vigilância, seja parceira dos agentes, para que a gente possa vencer juntos a essas doenças”, disse.

    Notificação

    A mudança na legislação seguiu exemplos de outras cidades, como Nova Mutum. O novo texto orienta que serão feitas pelo menos duas visitas em dias e horários diferentes. Nestes dois casos, o agente deixará uma comunicação no imóvel. Caso não haja manifestação do morador aí pode acontecer a notificação.  “Para que em 48 horas seja alinhado, aconteça a facilitação do responsável pra entrada do agente”, explicou Cláudia.

    A coordenadora do programa de combate a dengue, Miriam Campos, reforça que os moradores fiquem atentos. As comunicações de visitas geralmente são deixadas nas caixinhas de correios com o nome do agente e número de telefone para contato. “Se vocês encontrarem, entre em contato com a gente pra agendar o horário para que o agente possa retornar e realizar o trabalho dele, até mesmo para diminuir a incidência da casa fechada no nosso município”.

    Como a característica do município é de pessoas que passam o dia fora, em função do trabalho, o município cogita a adoção de horários e dias alternativos para a visita de retorno dos agentes. “Nessas situações nós vamos começar a trabalhar também em possíveis horários alternativos, agendando com uma pessoa, qual é o período, qual é o horário que nós conseguimos ir nesse imóvel e fazer o trabalho”, ressaltou Cláudia.

    Casos de dengue

    De acordo com dados da Vigilância em Saúde, nos primeiros meses do ano já são mais de 500 casos positivos confirmados. Em 2022 foram mais de 2,8 mil casos confirmados de dengue com 2 óbitos. Este ano há um óbito em investigação.

    “É uma situação preocupante e mesmo no período de seca a gente encontra focos. Precisamos desse trabalho que não pode parar, até mesmo no período de estiagem”, reforça Cláudia.

    Orientações

    Ainda conforme a coordenação do programa de combate a dengue, os focos são encontrados com maior frequência no lixo doméstico. Tem sido observados pelos agentes que falta acondicionamento correto do lixo. “Mesmo nós tendo um trabalho todo de separação do lixo. Nós temos os depósitos fixos, que são as saídas dos canos, piscinas abandonadas, que as pessoas acham que colocando cloro uma vez ao ano vai resolver, mas não resolve”, explica Miriam, alertando que as piscinas têm que ser limpas regularmente. Ou, em casos extremos, o ideal é mantê-la seca.

    No período da chuva, uma das grandes preocupações era com as calhas dos imóveis. “Agora a gente entra no período da seca e todo o depósito onde possa ficar com a água, vasilha de animais, nós encontramos panela de pressão com água de molho no pátio, máquina lavar velha. Que as pessoas estejam atentas a isso e retirem todo e qualquer depósito dos pátios”, orienta.

  • Mudança na lei permitirá maior autonomia a agentes de endemias no combate a dengue em Lucas do Rio Verde

    Mudança na lei permitirá maior autonomia a agentes de endemias no combate a dengue em Lucas do Rio Verde

    Uma das maiores dificuldades encontradas pelos agentes de combate a endemia é relacionada à inspeção de imóveis fechados. A realidade vivida no país também é a de Lucas do Rio Verde. Por este motivo, o município está modificando a lei que trata do combate a endemias no município.

    Na segunda-feira (27), os vereadores aprovaram o projeto que atualiza o Programa de Combate às doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti. A reformulação da legislação busca dar maior autonomia aos agentes na fiscalização dos ambientes para eliminação de focos do mosquito transmissor da dengue, zika e Chikungunya.

    Segundo o Poder Executivo, a nova lei teve como embasamento legislações de diversos municípios de Mato Grosso e de outros estados. A nova lei institui o Comitê Interinstitucional de Mobilização, Prevenção e Controle de Doenças Tropicais, no Município de Lucas do Rio Verde na situação de iminente perigo a saúde pública.

    Visitas

    Outro ponto importante é regulamentar o ingresso forçado em imóveis públicos e particulares, no caso de situação de abandono, ausência ou recusa de pessoa que possa permitir o acesso dos agentes públicos.

    Um levantamento feito indica que os agentes chegam a fazer por mês, mais de 4,5 mil visitas a imóveis fechados, não conseguindo realizar suas tarefas. Por isso, os responsáveis por imóveis que estiverem fechados ou em situação de ausência, após duas visitas em dias e horários distintos pelos agentes de combate a endemias, serão intimados para que no prazo de 48 (quarenta e oito) horas realizem o agendamento da visita em seu domicílio através dos canais indicados na intimação, em horário comercial.

    Punição

    As infrações passam a ser classificadas conforme quantidade de criadouros (local que propicia condições de crescimento e desenvolvimento de larvas de mosquitos) ou de focos (locais que já possuem larvas).

    O novo texto da lei prevê a notificação dos proprietários devido à presença de criadouros, estimulando a mudança de hábitos em relação aos depósitos que acumulam água, pois atualmente são notificados apenas quando há presença de larvas.

    Os infratores em débito de multa não poder receber quaisquer quantias ou créditos que tiverem com a Prefeitura Municipal, participar de licitações, celebrarem contratos ou termos de qualquer natureza, ou transacionar a qualquer título com a administração municipal.