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  • Disque 100: denúncias registradas crescem 38% durante o Carnaval de 2024

    Disque 100: denúncias registradas crescem 38% durante o Carnaval de 2024

    O canal de denúncias “Disque 100”, da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), registrou mais de 73 mil violações durante o carnaval de 2024. O dado revelado nesta segunda-feira (19/02) é reflexo do empenho do MDHC em ampliar a divulgação do serviço nacionalmente durante o período de folia, o que contribuiu para um aumento de 38% no número de denúncias quando comparado com o carnaval de 2023.

    Em 2024, foram registradas 73,9 mil violações a partir de 11,3 mil denúncias no período de 8 a 14 de fevereiro. Durante o carnaval 2023, foram 53,5 mil violações por meio de 8,1 mil denúncias.

    Mais uma vez, a maior parte dos casos envolvem suspeitas de crimes contra crianças e adolescentes: foram mais 26 mil casos. Comparando os dados referentes ao período de 16 a 22 de fevereiro de 2023 ao mesmo período carnavalesco de 2024, observou-se um aumento de 30% no total do número de violações contra o público infantojuvenil. Já as denúncias recebidas durante o mesmo recorte de dias chegaram a 4.712, 32% a mais do que no carnaval de 2023. Cada denúncia conte uma ou mais violação de direitos humanos.

    Recorte

    A situação com mais casos denunciados envolve negligência, com 3.654 neste período, contra 2.370 no mesmo período de 2023, um aumento de mais de 54%. Outro tópico com aumento este ano são as denúncias de maus-tratos, com 2.374 registros, contra 2.003 no carnaval do ano passado, seguido por exposição de risco à saúde, que teve um aumento de mais de 13% se comparado com o mesmo período de 2023.

    As idades mais atingidas pelas violações foram 7, 10 e 5 anos, sendo que a maior parte desses casos ocorrem na casa onde residem a vítima e o suspeito. Somente nesse cenário, foram 15,4 mil violações e mais de 2,6 mil denúncias, em seguida, aparece a casa da vítima, com 6,3 mil violações e 1,2 mil denúncias. O estado de São Paulo lidera o ranking de denúncias e violações, com 1.596 denúncias; seguido do Rio de Janeiro, com 508; Minas Gerais, 367; e Bahia, com 236 denúncias.

    Outras denúncias

    Ainda de acordo com o levantamento, depois das crianças e adolescentes, as pessoas idosas aparecem em segundo lugar na lista de violações durante o carnaval, representando 21,7% do total de casos; seguido por violações contra as mulheres, 20,4% – sendo que nesses casos estão incluídas denúncias recebidas via Ligue 180, serviço sob gestão do Ministério das Mulheres. Os dados também incluem violência contra pessoas LGBTQIA+, pessoas com deficiência, em situação de rua, entre outros públicos.

    Bloco do Disque 100

    Durante o período, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) lançou a campanha intitulada “Bloco do Disque 100: Cuidado, Respeito e Diversão na Avenida”, iniciativa que teve como objetivo combater violações comuns no período do carnaval, como trabalho infantil e abuso sexual.

    Realizada pelo MDHC, por meio da Assessoria Especial de Comunicação Social e da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, a campanha de alcance nacional envolveu também a mobilização de personalidades, a divulgação de vídeos e materiais físicos incentivados denúncias de suspeitas de violações, postagens nas redes sociais, e a distribuição de um spot para ser transmitido nas emissoras de rádio.

    Canal de denúncias

    O serviço funciona 24 horas por dia, nos sete dias da semana e registra denúncias de violações, dissemina informações e orienta a sociedade sobre a política de direitos humanos. O canal pode ser acionado por meio de ligação gratuita – discando 100 em qualquer aparelho telefônico. Pela internet, as denúncias podem ser feitas no site da Ouvidoria , pelo WhatsApp (61) 99611-0100) ou Telegram. O serviço também dispõe de atendimento na Língua Brasileira de Sinais (Libras).

    Por: Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC)
    Edição: Yara Aquino

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  • Adolescentes fazem propostas contra desinformação sobre vacina  

    Adolescentes fazem propostas contra desinformação sobre vacina  

    Filha, essa informação sobre a vacina está correta?

    A estudante Yamila Miranda, de 16 anos, ficou feliz quando ouviu a pergunta e a manifestação de confiança do pai. Ela, que está no 2º ano do ensino médio de uma escola pública em Brasília, lamenta que a família e amigos recebam mensagens de desinformação sobre saúde pública, incluindo imunização. “Durante e também depois da pandemia, chegaram mensagens de que a vacina podia carregar ímã ou chip. É um absurdo”, disse a adolescente.

    Ela é uma das 80 estudantes do ensino público, na faixa dos 15 aos 18 anos de idade, que participam, neste sábado (21), na capital federal, de um evento chamado de “Hackathon”, com o propósito de combater a desinformação sobre vacinação. Divididos em grupos, eles participam dessa maratona de reflexões para apresentar ideias contra as mentiras que circulam na sociedade. Eles apresentarão as propostas no fim da tarde deste sábado.

    O evento integra a Semana de Ciência e Tecnologia, com apoio da Secretaria da Comunicação, da Presidência da República, e de entidades civis que atuam para combater informações falsas e criminosas sobre o tema.

    “Eles informam a família”

    Coordenadora de Políticas de Liberdade de Expressão e Enfrentamento à Desinformação da Presidência, Roberta Battisti explica que a ideia principal é engajar os jovens para refletir sobre o tema da desinformação. “Eles são agentes de informação para a própria família e amigos”. Ela entende que a desinformação tem sido responsável por uma baixa cobertura vacinal no país.

    Roberta, que tem monitorado grupos que repassam informações criminosas, avalia que o fim da pandemia não reduziu a desinformação. Há mensagens muito graves que deixam a sociedade vulnerável e sob risco de saúde. Entre eles, a venda de documentos falsos que comprovariam que a pessoa tomou vacina mesmo sem ter feito a imunização, além de discursos que se multiplicaram de forma falsa de que a vacina conteria um chip.

    Brasília, 21/10/2023 80 estudantes do ensino médio de escolas públicas do DF participam de um Hackathon que tem como objetivo pensar soluções e estratégias para o enfrentamento à desinformação sobre vacinas nas escolas. A representante da SECOM, Roberta Battisti, fala com a Agência Brasil. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência BrasilBrasília, 21/10/2023 80 estudantes do ensino médio de escolas públicas do DF participam de um Hackathon que tem como objetivo pensar soluções e estratégias para o enfrentamento à desinformação sobre vacinas nas escolas. A representante da SECOM, Roberta Battisti, fala com a Agência Brasil. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência BrasilBrasília – Estudantes do ensino médio de escolas públicas do DF participam de Hackathon a fim de propor soluções contra desinformação sobre vacinas A representante da Secom, Roberta Battisti – Foto Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

    “Outra situação grave é a venda, por exemplo, de dióxido de cloro, que é comercializado na internet com a ideia de desintoxicar o corpo da vacina”, diz Roberta Battisti, que é especialista em direito digital. Ela explica que o governo, de forma interministerial, realiza, na próxima terça-feira (24), o lançamento da estratégia de enfrentamento à desinformação em saúde.

    Educação midiática

    Vai ser nessa data também que os alunos vencedores do Hackaton, com a melhor proposta contra desinformação, serão homenageados. A coordenadora-geral de Educação Midiática da Secretaria de Comunicação, Mariana Filizola, contextualiza que se espera dos mais jovens, por serem nativos digitais, um amplo conhecimento da internet, mas, na verdade, pode faltar repertório para entender as mensagens que chegam.

    “Esse é o nosso papel na hora de promover a educação midiática. Ajudar a discernir as informações, quais são as narrativas falsas, as intenções dos discursos e como checar e verificar uma informação”. No início do evento deste sábado, os alunos foram questionados se recebiam fake news sobre vacina. Uma boa parte deles respondeu que sim, de mentiras como chips, desmaio, ou que a pessoa poderia virar jacaré. “Eles ouvem nas ruas, nas redes, na escola e até dentro de casa. Por isso, estimulamos que eles pensem ideias inovadoras”.

    Prioridades

    A estudante Talita Cristina Lopes, de 17 anos, estava entusiasmada com a discussão. “Como estou agora no ensino médio, procuro ficar sempre muito informada, principalmente sobre temas da atualidade. Algumas coisas que a gente escuta nos deixam realmente chocados, como a ideia de que a vacina poderia levar a modificações genéticas”. O momento desafiador que ela vive faz com que sonhe em ser professora de história no futuro.

    Brasília, 21/10/2023 80 estudantes do ensino médio de escolas públicas do DF participam de um Hackathon que tem como objetivo pensar soluções e estratégias para o enfrentamento à desinformação sobre vacinas nas escolas. A estudante Talita Lopes, fala com a Agência Brasil. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil Brasília – Estudantes do ensino médio de escolas públicas do DF participam de Hackathon. A estudante Talita Lopes – Foto Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

    A assistente de projetos Isabela Ferro, da SaferNet, atuou como tutora dos alunos neste sábado a fim de encaminhar propostas com os mais jovens. “É um trabalho muito importante de conscientização, de escuta e de diálogo sobre as percepções deles, para que possam fazer o papel de protagonismo, de exercício na cidadania dentro e fora das telas”. A SaferNet oferece serviço de orientação sobre crimes e violações de direitos humanos na internet.

    Vulnerabilidades

    Também no papel de tutoria dos alunos estava a diretora da Redes Cordiais, Gabriela de Almeida, que entende que os mais jovens são vetores para uma comunicação responsável. Ela exemplifica que o trabalho de combate à desinformação e ao discurso de ódio deve contar com pessoas em lugar de confiança. “Sem informação, há um ambiente fértil para a desinformação. A gente tem algumas redes que são mais impenetráveis. Nesses lugares percebemos o aumento do radicalismo. Os jovens podem ficar vulneráveis”.

    Brasília, 21/10/2023 80 estudantes do ensino médio de escolas públicas do DF participam de um Hackathon que tem como objetivo pensar soluções e estratégias para o enfrentamento à desinformação sobre vacinas nas escolas. A representante da Redes Cordiais, Gabriela de Almeida, fala com a Agência Brasil. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência BrasilBrasília, 21/10/2023 80 estudantes do ensino médio de escolas públicas do DF participam de um Hackathon que tem como objetivo pensar soluções e estratégias para o enfrentamento à desinformação sobre vacinas nas escolas. A representante da Redes Cordiais, Gabriela de Almeida, fala com a Agência Brasil. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência BrasilBrasília – Estudantes do ensino médio de escolas públicas do DF participam de Hackathon. A representante da Redes Cordiais, Gabriela de Almeida – Foto Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

    Ela avalia que a estratégia de grupos criminosos é criar um pânico moral e depois vender uma falsa substância e até curso contra a vacina. “É uma estrutura de marketing que consegue enganar pessoas mais vulneráveis”.

    Por outro olhar, de acordo com integrante da diretoria do Coletivo Intervozes, Alfredo Portugal, é necessário observar também as notícias falsas que jovens sem acesso digital recebem. “Disse a esses alunos aqui de Brasília, que estão em centros urbanos, sobre a responsabilidade de pensar em soluções também diante da pluralidade de realidades no Brasil”. Ele recorda que pessoas que estão em regiões de desertos de notícias também estão vulneráveis às mentiras que correm de boca em boca.

    Brasília, 21/10/2023 80 estudantes do ensino médio de escolas públicas do DF participam de um Hackathon que tem como objetivo pensar soluções e estratégias para o enfrentamento à desinformação sobre vacinas nas escolas. O representante do Intervozes, Alfredo Portugal, fala com a Agência Brasil. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil Brasília – Oitenta estudantes do ensino médio de escolas públicas do DF participam de um Hackathon a fim de propor soluções contra a desinformação sobre vacinas. O representante do Intervozes, Alfredo Portugal – Foto Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

    O estudante Lucas Cruz, de 18 anos, que vive em Brasília, tem consciência da diversidade de desafios. “Eu acho que a gente passou por um momento na nossa história de negacionismo, inclusive das autoridades, e isso foi referência para pessoas que não quiseram tomar a vacina até hoje”.

    Ele também ouviu de familiares e amigos sobre possíveis problemas que a imunização iria gerar. “Vinham principalmente dos mais velhos e precisamos corrigir com comunicação eficiente. Também buscamos ajudar pessoas de nossa idade que recebem falsidades. Precisamos todos trabalhar contra isso”. Para o futuro, Lucas já decidiu que quer ajudar os outros profissionalmente. “Penso muito no jornalismo”.

    Edição: Graça Adjuto
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  • Entidades desportivas devem proteger crianças e adolescentes

    Entidades desportivas devem proteger crianças e adolescentes

    A proteção integral de crianças e adolescentes é um dos princípios que orientam as novas diretrizes para entidades que promovem práticas desportivas a este público.

    As regras estabelecidas pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) foram publicadas no Diário Oficial da União desta quarta-feira (30).

    Para atuarem no setor, as entidades devem ter inscrição obrigatória nos Conselhos Municipais e do Distrito Federal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), onde também devem registrar os programas de formação desportiva, seja de natureza educacional; de participação, que promove a integração social; ou de rendimento. As novas regras trazem orientações conforme a natureza do programa.

    A medida estabelece que as entidades de desporto educacional, ou de participação, terão que promover avaliação de saúde e prestar assistência integral à saúde, além de incentivar o desenvolvimento integral das crianças e adolescentes, com realização também de atividades pedagógicas e desenvolvimento de pesquisas para melhoria dos serviços prestados.

    No caso das entidades de desporto de rendimento, passa a ser obrigatória a gratuidade dos testes seletivos, que devem acontecer no período de férias do ano letivo escolar, com duração máxima de 15 dias. A participação de adolescentes nos testes só é permitida a partir dos 14 anos de idade, com autorização assinada pelos pais, ou responsáveis legais, após realização de exame clínico.

    A permanência dos adolescentes nos programas é condicionada à realização regular de avaliação integral à saúde, aproveitamento escolar satisfatório, além da contratação de seguro de vida e saúde. Também foram estabelecidas regras sobre o alojamento, que deverá ser formalizado por meio de contrato, além de ter autorização judicial, para casos em que o atleta adolescente precise permanecer por mais de 15 dias.

    Edição: Denise Griesinger

  • Pesquisa avalia acesso à internet por crianças e adolescentes

    Pesquisa avalia acesso à internet por crianças e adolescentes

    Menos da metade (44%) dos usuários de internet de 9 a 17 anos já acessam a rede mundial de computadores no ambiente escolar, segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil, divulgada nesta quarta-feira (3) pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil. O percentual sobe para 56% entre os mais ricos, classes A e B, e fica em 34% para as crianças e adolescentes das classes D e E.

    Existe uma grande diferença de acesso à internet na escola também pelas faixas etárias. Entre os jovens de 9 e 10 anos, apenas 8% usam a rede no ambiente escolar. Na faixa de 11 e 12 anos, a proporção sobe para 36% e chega a 68% para os adolescentes de 15 a 17 anos.

    A coordenadora da pesquisa, Luísa Adib, chama a atenção que “a escola tem um papel importante de também ser um lugar em que a criança e o adolescente tenha acesso a uma internet de qualidade, com dados ilimitados”.

    O local em que os jovens mais se conectam é a própria casa, mencionada por 97%.

    Desigualdades

    Há ainda outras desigualdades no acesso à internet, especialmente em relação a qualidade da conexão. A velocidade é ruim sempre para 31% dos jovens que acessam a rede, enquanto 45% disseram enfrentar esse problema às vezes. O percentual cai para 18% dos que respondem sempre para as famílias das classes A e B. Para as crianças das classes D e E a proporção fica em 39%. A falta de créditos no celular impede a conexão sempre de 22% das crianças e adolescentes e eventualmente de 25%.

    O celular segue o dispositivo mais utilizado para conexão, sendo usado por 96% dos jovens. No entanto, ele é a única opção de acesso para 82% dos jovens das classes D e E, e para 49% da classe C. Entre as crianças e adolescentes das classes A e B, a proporção cai para 21%. Entre essa parcela mais rica da população, 91% dos jovens usam a rede pela televisão, 77% pelo computador e 48% pelo videogame. Para as crianças e adolescentes das classes D e E, a televisão só é uma possibilidade de acesso para 41% e o computador para 50%.

    Atividades

    A atividade mais realizada pelos jovens na internet é ouvir música (87%); seguida por assistir vídeos, filmes ou séries (82%); pesquisa para trabalhos escolares (80%); envio de mensagens instantâneas (79%); pesquisa por iniciativa própria (65%); conversas por chamadas de vídeo (32%).

    O Whatsapp é a rede social mais usada pela faixa entre 9 e 17 anos de idade, sendo acessada por 78% desses jovens, em seguida vem o Instagram (64%), o Tik Tok (60%) e o Facebook (47%). O Tik Tok é a rede favorita para as crianças de 9 e 10 anos, utilizada por 35%. Entre os adolescentes -15 a 17 anos – o Instagram é o mais popular (51%). Mas mesmo entre essa faixa, o Tik Tok é a mais popular para 32%.

    Cuidados

    A maioria dos jovens (79%) diz ser cuidadosa com aquilo que fala ou posta na internet e 77% diz só clicar em sites ou aplicativos que confia. Enquanto 73% afirma ter cuidado com os convites de amizade que aceita nas redes sociais e 63% só compartilha conteúdo ou informações com amigos próximos.

    A pesquisa foi realizada com 2,6 mil crianças, adolescentes e o mesmo número de pais ou responsáveis, em todo o país, entre junho e outubro de 2022.

    Edição: Fernando Fraga

  • Adolescentes são protagonistas durante conferência em Lucas do Rio Verde

    Adolescentes são protagonistas durante conferência em Lucas do Rio Verde

    Adolescentes de Lucas do Rio Verde se destacaram durante a Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente realizada nesta segunda-feira (28). O evento reuniu representantes de entidades no auditório dos Pioneiros. O tema central da conferência foi a situação dos direitos humanos de crianças e adolescentes em tempos de pandemia da Covid-19.

    Já na abertura, os mestres de cerimônia foram devidamente preparados para conduzirem a abertura do evento que contou com presenças do prefeito Miguel Vaz, defensor público Guilherme Rigon, secretaria de Assistência Social Janice Ribeiro, entre outras personalidades.

    O protagonismo foi citado pelo defensor público. Guilherme elogiou os adolescentes atendidos pelo projeto Construtores do Futuro quando cantaram o Hino de Lucas do Rio Verde. Rigon observou que cantar o hino do município demonstra respeito ao lugar em que se vive. O defensor destacou ainda a importância da discussão de ideias. “Sempre que temos uma conferência, é hora de colocarmos nossas ideias no papel e que todos aqui presente, a partir dessas ideias, transformar em políticas públicas”, pontuou.

    O prefeito Miguel Vaz também elogiou o envolvimento de crianças e adolescentes no evento. Segundo ele, é extremamente importante que os jovens se envolvam nos debates das propostas que vão proteger os direitos de crianças e adolescentes. “Eles devem sugerir, debater, analisar propostas para que as crianças e adolescentes tenham seus direitos assistidos. Que as políticas públicas para eles sejam realmente aplicadas”, assinalou.

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    Falando em nome dos adolescentes, a estudante Sofia de Menezes citou que a oportunidade de compor o dispositivo de honra era de todos os adolescentes. Aluna do 9º ano da Escola Olavo Bilac, Sofia enalteceu a iniciativa de estarem fazendo valer sua voz junto à sociedade. “Nós somos o futuro. E a gente está fazendo o futuro não só pra nós, mas pra todos. É sempre a gente estar colocando a nossa voz nas políticas públicas pra gente saber que um dia nós vamos estar aqui,” ressaltou a estudante.

    Eixos temáticos

    Durante a conferência ocorreu a ministração de palestra sobre o tema central do evento. Em seguida os participantes foram distribuídos em grupos e debateram os eixos temáticos propostos.

    Por fim foram apresentadas e votadas as propostas elaboradas nos grupos de trabalho e eleitos delegados que representarão o município na Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.

  • Frequência de meninas ao médico é 18 vezes maior que a dos meninos

    Frequência de meninas ao médico é 18 vezes maior que a dos meninos

    Pesquisa inédita feita pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) com dados do Sistema de Informação Ambulatorial do Ministério da Saúde revela que o número de consultas de meninos adolescentes, de 12 a 18 anos, ao urologista é 18 vezes menor que o de atendimentos de ginecologistas a meninas da mesma faixa etária.

    Em 2021, foram registrados 189.943 atendimentos femininos por ginecologistas na faixa etária de 12 a 18 anos, contra 10.673 atendimentos masculinos por urologistas nessa mesma faixa etária. Em 2020, foram 165.925 atendimentos de meninas por ginecologistas e 7.358 atendimentos de meninos por urologistas.

    Ampliando o levantamento para a busca por atendimento médico, as meninas entre os 12 e os 19 anos vão quase duas vezes e meia a mais ao médico que os meninos da mesma idade. Números de 2020 do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA) do Ministério da Saúde revelam que o acesso das meninas entre 12 e 19 anos ao SUS foi quase 2,5 vezes maior que o dos meninos: 10.096.778 de meninas, contra 4.066.710 de meninos.

    Independentemente da faixa etária, o homem procura menos o médico para consultas de rotina, o que faz com que ele tenha uma expectativa de vida de menor. “As mulheres vivem, em média, sete a dez anos mais do que os homens. A gente percebeu que isso ocorre porque o homem não procura fazer os exames necessários, como as mulheres fazem”, disse o presidente da SBU, Alfredo Canalini, à Agência Brasil.

    Para os médicos, não adianta fazer campanha apenas para o homem adulto, já que esse comportamento é reflexo de toda uma história de vida que começa logo depois que o menino larga o pediatra.

    Canalini afirma que, ao contrário das meninas, que as mães levam à ginecologista para serem avaliadas tão logo entram na adolescência e menstruam, os meninos “ficam meio à deriva”. “O adolescente do sexo masculino não vai ao médico”.

    #VemProUro

    Neste mês, a SBU realiza a quinta edição da campanha #VemProUro, que enfatiza a importância de o menino ir ao médico na adolescência. Este ano, a campanha aborda a relevância dos cuidados com a saúde genital e reprodutora e visa, principalmente, os pais, para que tenham consciência da necessidade de levar não só as filhas, mas também os filhos, a um atendimento médico preventivo – e não apenas quando ficam doentes.

    A campanha se engaja ainda na luta contra os cânceres provocados pelo HPV, incentivando os responsáveis a levarem seus filhos adolescentes para serem vacinados.

    O coordenador da campanha, Daniel Suslik Zylbersztejn, acredita que, com o passar do tempo, a campanha contribuirá decisivamente para uma mudança de cultura de cuidados à saúde dos meninos, equiparando ao que vemos hoje nos cuidados à saúde das meninas adolescentes.

    Durante o mês, serão realizadas ações online de esclarecimento à população no perfil da SBU nas redes sociais (@portaldaurologia). No site, a SBU também terá conteúdos voltados para os adolescentes.

    Na avaliação do presidente da entidade, é preciso uma mudança de comportamento social. Sem o hábito de ir ao urologista quando jovens, os pais acabam não levando seus filhos homens para exames de rotina. “Investimento em saúde não é tratar mais doença, mas evitar mais doenças. Tratar da saúde de uma pessoa não é só curar essa pessoa quando ela está doente, mas é também prevenir que a doença ocorra”, avalia Canalini.

    Segundo o presidente da SBU, para cada R$ 1 gasto em medicina preventiva, economiza-se R$ 5 em tratamento de doenças avançadas. “Esse é um dado bom para a saúde pública porque significa economia do dinheiro público quando se faz um processo de prevenção de doenças e diagnóstico precoce”, alertou.

    ISTs

    De acordo com o coordenador do Departamento de Urologia do Adolescente, José Murillo Bastos Netto, é cada vez mais comum o atendimento, em consultório ou no serviço público de saúde, adolescentes com infecções sexualmente transmissíveis.

    Em 2020, pesquisa conduzida pela SBU com adolescentes constatou que 44% dos entrevistados não usaram preservativo na primeira relação sexual e 35% não usam, ou usam raramente, o preservativo. Quatro em cada dez meninos (38,57%) disseram não saber sequer colocar o preservativo.

    “O sexo seguro passa pelo aviso de que o preservativo deve ser usado em todas as relações sexuais”, afirmou Canalini.

    Entre as ISTs mais comuns estão sífilis, herpes simples, cancro mole, HPV, linfogranuloma venéreo, gonorreia, tricomoníase, hepatite B e C e HIV.

    Sondagem divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em julho deste ano, mostra que, no período de 2009 a 2019, o percentual de escolares que usaram camisinha na última relação sexual caiu de 72,5% para 59%. Entre as meninas, a queda foi de 69,1% para 53,5% enquanto, entre os meninos, foi de 74,1% para 62,8%.

    HPV

    Meninos (de 11 a 14 anos) e meninas (de 9 a 14 anos) podem se vacinar contra o papilomavírus humano (HPV), a infecção sexualmente transmissível mais comum. A imunização ajuda na prevenção contra o câncer de útero nas mulheres e contra o câncer de pênis nos homens.

    Dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI) revelam que apenas 36% dos meninos tomaram as duas doses da vacina, contra 56,2% das meninas. A vacina contra o HPV é ofertada gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Podem se vacinar também contra o HPV homens e mulheres imunossuprimidos, de 9 a 45 anos, que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos.

    Além do câncer de colo de útero e de pênis, o HPV está associado a cânceres de ânus e de orofaringe. O vírus tem uma prevalência mundial estimada em 11,7% e a faixa etária de maior prevalência é nos menores de 25 anos. Por ser uma doença na maioria das vezes assintomática e com remissão espontânea em até dois anos, muitas pessoas ignoram ter o problema e o transmitem a seus parceiros.

    Consulta

    Educação sexual é um dos assuntos tratados na consulta de um adolescente do sexo masculino com o urologista.

    De acordo com a SBU, a consulta ao médico na idade dos 12 aos 18 anos é importante para avaliação de vários quesitos, entre eles, o desenvolvimento físico e a nutrição, condições gerais de saúde, noções sobre a higiene correta do corpo e dos órgãos genitais, identificação e medidas preventivas para o desenvolvimento de doenças futuras como os fatores hereditários e comportamentais, exame testicular e orientações sobre o autoexame para detecção de anormalidades como varicocele (veias dilatadas nos testículos que podem levar à infertilidade), hérnias, testículos mal descidos e tumores no órgão (cuja idade de maior risco começa por volta dos 14 a 15 anos).

    Além desses temas, são abordadas orientações sobre ISTs, paternidade responsável e prevenção de gravidez indesejada, uso correto do preservativo, fimose, excesso de pele no pênis, dúvidas sobre sexualidade e desenvolvimento genital, avaliação da caderneta de vacinação, orientações a respeito do início da vida sexual, entre outros assuntos.

  • Petrobras Jovem Aprendiz tem 734 vagas em 14 estados e DF

    Petrobras Jovem Aprendiz tem 734 vagas em 14 estados e DF

    Estão abertas a partir de hoje (18) as inscrições para mais uma edição do Programa Petrobras Jovem Aprendiz (PPJA), que visa à qualificação profissional de adolescentes e jovens.

    As 734 vagas estão distribuídas em municípios de 14 estados e do Distrito Federal: Maceió; Manaus; Salvador; Alagoinhas (BA); Fortaleza; Brasília; Vitória; Juiz de Fora (MG); Três Lagoas (MS); Ipojuca (PE); Campo Largo (PR); Rio de Janeiro; Macaé (RJ); Duque de Caxias (RJ); São Gonçalo (RJ); Nova Iguaçu (RJ); Natal; Canoas (RS); Aracaju; São Paulo; Paulínia (SP); Mauá (SP); Cubatão (SP); Santos (SP); e São José dos Campos (SP).

    “O objetivo do PPJA é promover a inclusão social dos aprendizes por meio de qualificação profissional e contribuir para sua inserção no mercado de trabalho”, disse, em nota, o gerente executivo de Recursos Humanos da Petroras, Juliano Mesquita Loureiro.

    Segundo a Petrobras, além das vagas já reservadas para pessoas com deficiência e adolescentes egressos de trabalho infantil nos programas anteriores, uma novidade neste ciclo é que adolescentes em situação de acolhimento institucional, como casa lar, abrigo, casa de passagem e residência inclusiva terão uma cota de 15% das vagas oferecidas.

    O programa oferece cursos profissionalizantes pelo Senai de cada região nas áreas de assistente de logística, assistente administrativo, auxiliar de caldeireiro, auxiliar de linha de produção, eletricista industrial, eletricista predial, encanador(a) hidráulico(a), instalador(a) de tubulações prediais de gás combustível, mecânico(a) de bombas motores, compressores e equipamentos de transmissão, mecânico(a) de manutenção, mecânico(a) industrial, operador(a) de suporte técnico em tecnologia da informação, programador(a) WEB e soldador(a).

    Todos os estudantes que não tenham concluído o ensino médio precisam comprovar matrícula e frequência em suas respectivas séries, no momento da admissão. Os aprovados no processo de recrutamento e seleção cumprirão jornada de trabalho de 4 horas diárias, de segunda-feira a sexta-feira, durante o período de 20 meses e terão direito a um salário mínimo e outros benefícios, como 13º salário, férias, vale-transporte e plano de previdência complementar opcional.

    Além das aulas de capacitação e atividades de prática profissional no Senai, também poderão fazer visitas técnicas às instalações da Petrobras.

    Requisitos

    Para participar do programa é necessário ter entre 14 anos e 22 anos e três meses completos, não se aplicando idade máxima prevista aos candidatos portadores de deficiência, e estar cursando a partir do 7° ano do ensino fundamental ou ter concluído o ensino médio, conforme critérios do curso ofertado e demais requisitos estabelecidos no edital. Os interessados podem se inscrever pelo site do programa de hoje até o dia 22 de abril.

     

  • Fórum discute indicadores para manutenção do Selo Unicef em Lucas do Rio Verde

    Fórum discute indicadores para manutenção do Selo Unicef em Lucas do Rio Verde

    Foi realizado durante a manhã desta quarta-feira (30) o Fórum Comunitário Unicef. O evento foi coordenado pelo Conselho Municipal da Criança e Adolescente em parceria com a Prefeitura de Lucas do Rio Verde. A realização do Fórum integra as ações do Selo UNICEF Edição 2021-2024 e é necessária para a certificação do Selo.

    Cerca de 200 pessoas participaram do Fórum Comunitário. A participação é importante, já que é o momento de planejamento participativo, troca de informações e diálogo entre diversos membros da comunidade sobre políticas públicas municipais voltadas a crianças e adolescentes.

    Boa parte dos participantes são jovens que integram o NUCA (Núcleo de Cidadania de Adolescentes). Ele é composto por, no mínimo, 16 adolescentes, sendo oito meninas e oito meninos. “É uma proposta que veio do Selo UNICEF, na edição passada, como a forma dos adolescentes poderem participar ativamente políticas públicas, no espaço coletivo, engajamento, participação, diretamente deles na sociedade”, explicou a assistente social e articuladora do Selo Unicef em Lucas do Rio Verde, Gisele Rezende.

    Durante o fórum, os participantes foram distribuídos em grupos, oito ao todo. Cada grupo abordou um dos indicadores definidos pelo Unicef para avaliar políticas públicas para jovens de até 18 anos. “Além de trabalhar esses sete indicadores, mais a participação social, a importância da participação da sociedade no envolvimento das ações que vão ser propostas nesse fórum, e em quatro anos. Começou em 2021, em quatro anos nós vamos desenvolver ações de forma a gente mantenha os serviços já existentes aqui no município de qualidade pra criança e adolescentes e melhorar. Então eu falo assim, o grande desafio é manter e avançar”, acrescentou Gisele.

    Participação jovem

    Entre os participantes, a jovem Emily Mariana Torres Ferreira, de 14 anos, classificou a realização do fórum como necessária. Ela vê o evento como um momento de diálogo. “É importante pra ajudar tanto adolescente quanto adultos. E é bom porque muita gente não tem com quem conversar ou não tem como pedir ajuda. Então é um incentivo para aqueles que têm medo de falar pra se abrir”, assinalou.

    Outro adolescente, Felipe Gabriel Fernandes da Silva, de 11 anos, participa do projeto Construtores do Futuro. Ele foi orientado pela coordenadora do projeto a participar do Fórum Comunitário. “A gente faz várias atividades, entra em posição de sentido, descansar, faz várias coisas”, disse.

    Políticas públicas para crianças e adolescentes

    A secretária de Assistência Social, Janice Ribeiro, ressalta que Lucas do Rio Verde sempre faz a adesão do selo UNICEF. Segundo ela, ao atender indicadores, o município consegue criar novas ações que possam garantir políticas públicas voltadas às crianças e adolescentes. “E aqui hoje então nós temos a participação da sociedade civil, nós temos os jovens, os adolescentes, que é pra eles que nós estamos principalmente fazendo esse trabalho”, comentou.

    Conforme a secretária, a boa participação no Fórum demonstra a importância das políticas públicas na preparação dos jovens para o futuro. “Como foi dito várias vezes aqui: hoje eles são o futuro. Daqui um pouco nós nos aposentaremos e eles vão ter que assumir esses cargos. E eu vejo é o comprometimento da sociedade”, avaliou Janice.

    A articuladora do Selo Unicef lembra que Lucas do Rio Verde é um município já ativo nessas propostas. Gisele Rezende reforça que o desafio é manter o Selo e consequentemente avançar no desenvolvimento de políticas públicas. “Como uma forma de reduzir desigualdades sociais, como forma de engajamento, participação”, citou.

    A certificação do Selo é um reconhecimento do Unicef ao trabalho do município, no que diz respeito a qualidade de vida das crianças e adolescentes.

  • Em Lucas: Câmara sugere criação de programa para fornecer absorventes higiênicos a mulheres e adolescentes de baixa renda

    Em Lucas: Câmara sugere criação de programa para fornecer absorventes higiênicos a mulheres e adolescentes de baixa renda

    A Câmara de Vereadores de Lucas do Rio Verde aprovou ontem (13), por unanimidade, projeto que sugere a criação de programa que forneça absorventes higiênicos às mulheres e adolescentes de baixa renda e em vulnerabilidade social. A iniciativa é dos vereadores Ideiva Foletto, Sandra Barzotto, Daltro Figur, Noel Dias, Gilson de Souza e Wlad Mesquita. O projeto ainda deve passar por segunda votação.

    absorventes

    De acordo com os vereadores, o objetivo é levar dignidade e esperança por um futuro mais justo e igualitário. Eles observam que a falta de absorventes íntimos não sejam fatores para desencorajar as jovens de frequentarem as escolas.

    Na justificativa, os vereadores citaram que um levantamento coordenado pela antropóloga Mirian Goldemberg, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mostra que uma em cada quatro jovens brasileiras já faltou à escola por não ter dinheiro para comprar absorvente higiênico. Nesses casos significa que essas estudantes perdem, em média, 45 dias de aulas por  ano, com óbvias consequências para o processo educacional e de socialização dessas jovens, bem como a saúde de todas as mulheres.

    “Hoje em dia no Brasil, milhares de mulheres e adolescentes sofrem com a precariedade em seu período menstrual, no mínimo uma vez por mês, precisando improvisar com papel higiênico ou paninho. Em famílias de baixa renda, o que deveria ser um direito de higiene básico, torna-se motivo de vergonha, oferecendo riscos à saúde das mulheres, além de bullying nas escolas, em se tratando de adolescentes”, justificam os vereadores no projeto. “Em Lucas do Rio Verde a realidade não é muito diferente, portanto, a distribuição deve fazer parte do orçamento das unidades de saúde e de educação (escolas municipais)”, acrescenta.

    Lei Federal

    No mês passado, o Senado Federal aprovou o projeto que torna obrigatória a distribuição gratuita de absorventes higiênicos as jovens e mulheres de baixa renda e em vulnerabilidade social. O projeto tem a intenção de combater a precariedade menstrual, que significa a falta de acesso ou a falta de recursos para a compra de produtos de higiene e outros itens necessários ao período da menstruação feminina.

    “Esse projeto não trata apenas da distribuição de absorventes higiênicos, mas sim de levar dignidade e esperança por um futuro mais justo e igualitário. Portanto, não podemos cruzar os braços para essa triste realidade e permitir que a falta de absorventes íntimos sejam fatores que desencorajam essas jovens de frequentarem as escolas, reduzindo as chances de um futuro melhor, bem como das mulheres em geral”, diz a justificativa.

    Discussão

    O presidente da Câmara, vereador Daltro Figur, explicou que o projeto teve um caráter diferenciado em relação a outro projeto que causou polêmica recentemente. Figur se referiu ao projeto do vereador Marcos Paulista que tratava do chamado aluguel social a vítimas de violência domestica. “Estamos encaminhando para que o Executivo possa elaborar o projeto, encaminhar dentro da legalidade. As vezes cria uma certa discussão, uma polemica. As vezes diz: ‘ah, mas nós tínhamos um projeto parecido’. Parecido não é igual. Esse aqui é um projeto muito bem estudado, a quatro mãos, pra que ele vá e não tenha problema nenhum de haver rejeição por parte do Executivo”, assinalou.

    O projeto do Aluguel Social chegou a ser aprovado por unanimidade pela Câmara, mas vetado pelo Executivo Municipal. O veto foi mantido pela Câmara mesmo em meio a muito questionamento feito pelos vereadores.

  • Vereador pede providências do poder público para inibir entrada de jovens na criminalidade

    Vereador pede providências do poder público para inibir entrada de jovens na criminalidade

    Os assassinatos de três adolescentes em Lucas do Rio Verde repercutiram durante a sessão da Câmara de Vereadores na segunda-feira (04). Os três garotos foram executados por, supostamente, estarem envolvidos com o tráfico de drogas no município.

    O vereador Márcio Albieri (PSD) pediu que o poder público municipal adote medidas preventivas para que crianças e adolescentes não fiquem vulneráveis à criminalidade. Ele defendeu maiores ações em cultura e esporte como medidas para impedir que elas sejam assediadas por traficantes.

    “Temos que ter 30 mil crianças e jovens praticando atividades. São ‘vacinas’ esses esportes pra essas crianças”, pontuou Albieri, ao citar o projeto Nós Podemos Nadar, que envolve crianças e adolescentes semanalmente. Além o vereador defendeu que outras modalidades esportivas sigam a mesma prática, absorvendo alunos no contraturno escolar.

    “Temos que avançar rápido, fazer parcerias, a Secretaria de Esportes com a iniciativa privada. Cada grande empresa adotar uma modalidade esportiva. Temos sim que combater toda essa questão de criminalidade com esporte, com cultura”, declarou.

    Para o vereador, extinguindo o consumo, reduz a violência.

    Por fim, Márcio pediu que, não apenas o poder público, mas os pais fiquem atentos ao comportamento dos filhos, sabendo com quem eles estão ‘andando’. “Se vocês não cuidarem, as coisas perigosas vão cuidar”, enfatizou.