Tag: adoção

  • Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente promove ações do Abril Laranja

    Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente promove ações do Abril Laranja

    O mês de abril é marcado pela prevenção aos maus tratos animais. A Prefeitura de Lucas do Rio Verde, por meio da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, está promovendo algumas ações ao longo do mês, com o objetivo de conscientizar sobre o bem-estar animal, cadastrar cães e gatos no projeto de castração e microchipagem da Prefeitura e, ainda, orientar sobre os cuidados ao adquirir um animal.

    O Abril Laranja contemplará ações como rodas de conversa nas três unidades do Centro de Referência e Assistência Social (Cras), feira de adoção, eventos, em parceria com instituições de ensino, e palestras ligadas ao tema.

    A programação iniciou com uma roda de conversa, nesta quarta-feira (16), reunindo participantes do grupo de Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Na oportunidade, estiveram presentes o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Felipe Palis, a coordenadora da Unidade Permanente de Castração (UPC), Carine Moreira, um médico veterinário da unidade, além da equipe de vigilância sanitária, sendo um fiscal e um médico veterinário.

    “Hoje todos os animais que chegam para castração na UPC, também recebem a microchipagem com toda segurança. Além disso, também temos a disposição um veículo para buscar e levar de volta os animais para sua residência. Estamos trabalhando para levar informação para a população sobre os benefícios da castração e o bem estar animal”, acrescentou Felipe.

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    (Foto: Ascom Prefeitura/Victor Paulletti)

    Já ao longo da manhã desta quinta-feira (17), foi realizada mais uma edição da Feirinha de Adoção, na entrada principal do Paço Municipal. Todos os animais já são devidamente microchipados e saem com encaminhamento para posterior castração.

    Foram disponibilizados 20 animais para a feirinha e 12 foram adotados, seguindo os critérios de adoção com responsabilidade.

    As ações seguem e, no dia 09 de maio, a equipe da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente terá participação na Vitrine Tecnológica da Faculdade UniLaSalle, das 16h às 21h. No local, uma equipe realizará microchipagem de animais, gratuitamente.

  • Adoção de pets: compromisso e responsabilidade

    Adoção de pets: compromisso e responsabilidade

    A apresentadora Xuxa Meneghel, em sua série “Deu Petch” no programa Fantástico, tem destacado histórias de pets resgatados que aguardam por um novo lar. No segundo episódio, exibido recentemente, Xuxa visitou ONGs dedicadas ao resgate e reabilitação de animais abandonados, enfatizando a importância da adoção responsável.

    Série na TV reforça a importância da adoção consciente e dos cuidados necessários com animais de estimação

    Adoção de pets: compromisso e responsabilidade

    No Brasil, segundo o Instituto Pet Brasil, existem cerca de 6,1 milhões de cães e 2,7 milhões de gatos em situação de vulnerabilidade, vivendo nas ruas ou sob a tutela de famílias abaixo da linha da pobreza. Além disso, cerca de 185 mil animais resgatados de maus-tratos estão sob os cuidados de ONGs e grupos de proteção. Esse cenário tende a se agravar em determinadas épocas do ano, apesar de o abandono de animais ser considerado crime previsto em lei.

    Adotar um animal de estimação é uma decisão que traz alegria e companheirismo ao lar, mas requer planejamento e comprometimento. Antes de tomar essa decisão, é fundamental considerar alguns aspectos para garantir o bem-estar do animal e a harmonia no novo ambiente.

    Para aqueles que nunca tiveram um pet, é aconselhável buscar informações detalhadas sobre os cuidados necessários. Conversar com tutores experientes, veterinários e visitar ONGs ou abrigos pode fornecer uma compreensão clara das demandas envolvidas na criação de um animal. Conhecer as necessidades específicas de cada espécie e raça é essencial para uma convivência saudável.

    A introdução de um novo membro na família afeta a rotina de todos os moradores da casa. Portanto, é crucial que a decisão de adotar seja consensual. Discutir responsabilidades e expectativas assegura que todos estejam alinhados e dispostos a contribuir para o bem-estar do animal. A falta de concordância pode gerar conflitos e impactar negativamente a adaptação do pet.

    Adoção de pets: compromisso e responsabilidade

    Adocao de pets compromisso e responsabilidade

    Animais necessitam de atenção diária, incluindo alimentação, higiene, exercícios e interação social. Antes da adoção, é importante avaliar se há tempo suficiente na rotina para atender a essas demandas. A ausência de dedicação pode levar a problemas comportamentais e de saúde no animal.

    Cada animal possui um temperamento único. Alguns são mais enérgicos, enquanto outros são mais tranquilos. Entender o comportamento do pet e verificar se ele se adapta ao estilo de vida da família é fundamental para uma convivência harmoniosa. ONGs e abrigos geralmente fornecem informações sobre o histórico e o temperamento dos animais disponíveis para adoção.

    Antes da chegada do novo pet, é necessário preparar o espaço físico da casa. Isso inclui garantir áreas seguras, disponibilizar itens como cama, comedouro, bebedouro e brinquedos adequados. Além disso, verificar se o ambiente é propício para a espécie escolhida, considerando espaço para movimentação e locais para descanso.

    A transição para um novo lar pode ser estressante para o animal. É essencial ter paciência e permitir que o pet se adapte no seu próprio tempo. Estabelecer uma rotina consistente e proporcionar um ambiente tranquilo facilita esse processo. A compreensão e o respeito ao tempo de adaptação do animal são pilares para uma relação de confiança mútua.

    A responsabilidade com um pet vai além do fornecimento de alimento e abrigo. Envolve cuidados veterinários regulares, vacinação, controle de parasitas e atenção às necessidades emocionais do animal. Investir em educação e treinamento também contribui para uma convivência equilibrada e segura.

    Manter um animal de estimação implica em custos financeiros. Despesas com alimentação de qualidade, atendimento veterinário, vacinas, medicamentos e outros suprimentos devem ser planejadas. Avaliar o orçamento familiar e assegurar que há recursos para cobrir essas despesas é parte do compromisso da adoção responsável.

    A adoção responsável é um ato que exige reflexão e preparação. Ao seguir esses passos, é possível proporcionar uma vida digna e feliz ao novo integrante da família, contribuindo para a redução do número de animais em situação de vulnerabilidade. Iniciativas como a série “Deu Petch” buscam conscientizar a sociedade sobre a importância desse compromisso, incentivando adoções conscientes e transformadoras.

    Para aqueles interessados em adotar, é recomendável procurar ONGs e abrigos locais, onde muitos animais aguardam por uma segunda chance. A decisão de adotar deve ser pautada na responsabilidade e no desejo genuíno de oferecer cuidado e afeto ao novo companheiro.

    A adoção responsável não apenas transforma a vida do animal, mas também enriquece a vida dos tutores, estabelecendo uma relação de companheirismo e lealdade que perdura por muitos anos.

  • Quase 8% dos processos de adoção de criança são desfeitos, mostra CNJ

    Quase 8% dos processos de adoção de criança são desfeitos, mostra CNJ

    “A gente já mudou o nome”, diz, orgulhosa, a jornalista Leonor Costa, ao informar o nome completo da filha Safyra, de 6 anos, adotada em 2023. A adoção, além de simplesmente ter dado um lar e uma família para a Safyra, evitou que a menina vivenciasse uma situação traumática: o retorno a um abrigo após ter sido devolvida por outra mãe adotiva.

    Moradora de Brasília, a jornalista conta que Safyra já tinha passado por dois abrigos e estava vivendo com uma “família acolhedora” – um programa que insere a criança de forma provisória em um lar até ela ser adotada definitivamente. “É muito melhor que estar em um abrigo”, diz.

    No começo de 2023, uma pretendente iniciou, com aval da Justiça, um período de aproximação com a menina. O processo começa com visitas e vai avançando a convivência gradativamente. Cerca de um mês depois do primeiro contato e, após ter levado a Safyra para passar um fim de semana em casa pela primeira vez, a potencial mãe comunicou à Vara da Infância e da Juventude que tinha desistido do processo.

    “A Safyra já a estava chamando de mãe”, conta Leonor à Agência Brasil.

    A menina voltou para a família acolhedora, no entanto com um novo problema. Estava se esgotando o tempo em que ela poderia ficar no lar provisório. Se não fosse adotada em alguns meses, voltaria para um abrigo. “Voltar ao abrigo seria o pior sofrimento que essa criança poderia passar”, afirma Leonor.

    Foi nesse ínterim que a jornalista recebeu a ligação da Vara da Infância indicando que havia uma criança dentro do perfil que ela tinha indicado ainda em 2017, quando se dispôs a entrar na fila de adoção.

    Em 2018, Leonor descobriu que o diagnóstico de infertilidade que tinha recebido de um médico era errado e acabou engravidando. Mesmo assim, não retirou o nome da fila de espera para adoção.

    “A gente disse que sim, que seguiria com o processo”, relembra ela da resposta que deu à Vara da Infância.

    Brasília (DF), 28/11/2024 - Mães adotivas. Leonor Costa com sua filha adotiva Safyra. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil A jornalista Leonor Costa e sua filha Safyra, adotada há um ano – Bruno Peres/Agência Brasil

    Casos desfeitos

    Casos de interrupção de processos de adoção, como o que envolveu Safyra antes de se unir a Leonor, fazem parte de uma estatística revelada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão de transparência e controle do Poder Judiciário. De cada 100 crianças em guarda provisória de processo de adoção no Brasil, aproximadamente oito tiveram o processo desfeito. Isso representa 1.666 crianças. Foram analisados dados de janeiro de 2019 a outubro de 2023.

    O estudo inédito foi feito com base em entrevistas com equipes de unidades de acolhimento, representantes do Poder Judiciário envolvidos em processos adotivos e dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), que contabilizou 21.080 crianças e jovens em processo de guarda provisória desde 2019. Ou seja, o percentual de interrupções foi de 7,9%.

    No caso de Safyra, o desejo de Leonor impediu que a menina fosse para um abrigo.

    “Deu certo. Estamos com ela já tem um ano. Agora saiu a sentença, ela já é nossa filha perante o Estado. Ela já tem a nossa certidão, já é nossa filha definitivamente”, comemora. “A gente já a conquistou, ela está bem ambientada, entendeu que essa é a família dela, chama minha outra filha de irmã o tempo todo, mamãe e papai”, conta a mãe.

    Leonor explica que Safyra é neurodivergente. Ela acompanhava a menina na terapia, quando conversou com a Agência Brasil. “A gente está vendo se é um grau de autismo, de deficiência intelectual ou de TDAH [Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade]”, descreve.

    “Agora ela está supertranquila, mas ela era uma criança muito agitada”, diz. “A moça não conseguiu, disse que não ia dar conta, ela é sozinha. Eu não condeno”, conta ao se referir ao processo anterior de adoção de Safyra. A família mora em Pinhalzinho, no interior paulista, a cerca de duas horas de carro da capital.

    A pesquisa do CNJ está disponível neste endereço e foi apresentada em um seminário online no último dia 21. Clique aqui para assistir à íntegra do seminário.

    O Sistema Nacional de Adoção foi criado pelo CNJ e traz dados como os perfis de crianças aptas à adoção e dos pretendentes.

    No universo avaliado, de 21.080 crianças, não estão incluídas as que passam pela chamada “adoção pronta”, casos que costumam ocorrer dentro da própria família, em que o adotante não precisa ter cadastro prévio no SNA. Em alguns casos, por exemplo, os pais biológicos decidem passar a guarda da criança para terceiros sem notificarem a Justiça.

    Adoção legal

    No processo de adoção legal, os pretendentes precisam passar por etapas para se tornarem habilitados. Eles são submetidos a análise de documentação, avaliação psicossocial e precisam participar de um programa de preparação para adoção.

    Uma vez habilitados, entram na fila do SNA. Após esse cadastramento, ocorre a vinculação, quando o perfil de criança indicado pelo pretendente corresponde ao perfil de uma criança em unidade de acolhimento, respeitando a fila no cadastro. Até esse momento, crianças e adultos ainda não se conhecem.

    A partir de então, o pretendente passa a conviver com a criança de forma monitorada pela Justiça e pela equipe técnica, em um processo de aproximação. O convívio é gradual e se realiza por meio de visitas ao lugar em que a criança vive ou por meio de pequenos passeios.

    Se a aproximação se mostrar bem-sucedida, começa o estágio de convivência, em que a criança ou o adolescente passa a morar com o postulante. Ainda há o acompanhamento da equipe técnica do Poder Judiciário. O estágio de convivência tem prazo máximo de 90 dias, prorrogável por igual período.

    O levantamento do CNJ também contabilizou casos de reversões que aconteceram depois de a adoção ter se tornado definitiva. Foram 139 registros em um universo de 17.946 (0,8%).

    A legislação brasileira diz que adoção é um ato irrevogável. No entanto, o estudo do CNJ ressalta que pais adotivos que optam por voltar atrás na decisão de adotar uma criança conseguem desfazer o compromisso.

    “O Juízo da Infância acaba atendendo a esse pedido e reacolhendo a criança”, frisa o estudo, ressaltando que a decisão é baseada no bem-estar dos adotados.

    Desistência durante guarda

    O levantamento do CNJ não aponta objetivamente o motivo que levou os pais adotivos a desistirem da adoção, mas mapeou o perfil das crianças que tiveram que voltar ao sistema de adoções. Para buscar possíveis indícios de motivações, os pesquisadores compararam o perfil das pessoas adotadas com as que tiveram o processo revertido.

    A análise apontou que os perfis de crianças que voltaram aos pontos de acolhimento se diferenciam em questões como idade, diagnóstico de deficiência mental, problema de saúde tratável e uso contínuo de medicamentos.

    Por exemplo, a proporção de crianças com mais de 5 anos no grupo das que tiveram o processo interrompido é muito maior que entre as adotas. Pessoas com mais de 5 anos são 22,7% dos casos de adoção e 54,1% dos casos de processos desfeitos.

    Leonor faz parte de uma comunidade de pais adotivos e relata o caso de adoção de uma criança de 9 anos que terminou em retorno para unidade de acolhimento. “A criança começou a querer muito a presença da genitora”. Segundo ela, os pais adotivos insistiram no processo, mas não foi possível demover a criança da ideia de voltar para o abrigo. “É um trauma para todo mundo”, constata.

    Em relação a deficiência mental, o CNJ mostra que 2,5% dos adotados apresentavam diagnóstico, enquanto entre os que tiveram o processo desfeito, eram 4,4%. Em relação ao uso de medicamentos, os percentuais são 7,5% entre as crianças adotadas e 17,3% entre as que voltaram para abrigos.

    “Se tiver transtorno mental, alguma deficiência intelectual ou algum nível de autismo, isso é um fator que pesa e que as famílias não conseguem sustentar esse desejo da adoção de crianças com esse perfil”, respondeu aos pesquisadores uma equipe técnica de psicologia.

    Em relação a cor, crianças negras (conjunto de pretas e pardas) foram 59% das adotadas e 68% das com processo desfeito. Por outro lado, as brancas representam 39,6% das adotadas e 31,3% das que voltaram para o acolhimento.

    Desistência após conclusão

    No grupo das crianças que tiveram que retornar a abrigos após a conclusão do processo de adoção, ou seja, já depois da guarda provisória, pessoas com mais de 15 anos são 9,4% dos casos de adoção e 46,2% dos casos revertidos.

    Em relação a deficiência mental, 2% dos adotados apresentavam diagnóstico, enquanto entre os que voltaram para abrigos eram 10,1%.

    Em relação ao uso de medicamentos, os percentuais são 7,9% entre as crianças adotadas e 22,3% entre as que tiveram o processo revertido.

    Em relação a cor, crianças negras (conjunto de pretas e pardas) foram 57% das adotadas e 63% das que retornaram para o acolhimento. Por outro lado, as brancas representam 39% das adotadas e 34% das que voltaram.

    Consequências

    Além de apresentar perfis, a pesquisa indica encaminhamentos para que ocorram menos revogações de processos por parte dos adotantes, uma vez que esses episódios afetam a saúde psicológica e emocional das crianças e adolescentes.

    Os entrevistados identificaram sentimentos de culpa, tristeza, baixa autoestima e transtornos como a depressão e questões comportamentais como quadros de agressividade.

    A secretária aposentada Débora Teixeira Alli vivenciou essa consequência. Ela tem duas filhas adotadas. Uma delas é Alessandra Alli Marques, hoje com 22 anos e uma trajetória com marcas de uma devolução durante processo de adoção.

    Aos 3 anos de idade, foi retirada pela Justiça da tutela da genitora, que vivia em situação de rua. Alessandra morou um ano e meio em um abrigo, até entrar em um processo para ser adotada por uma família.

    Segundo Débora, por ter vivido nas ruas, Alessandra tinha um comportamento complicado, o que tornou difícil a convivência com a primeira família adotiva. Em menos de um ano, a pretendente, que já era chamada de mãe, pediu para encaminhar a menina de volta para o abrigo.

    “Isso causou um trauma enorme na Alessandra”, constata Débora, que se tornou mãe da menina quando ela tinha 6 anos e meio.

    Rio de Janeiro (RJ) 27/11/2024 - Débora Teixeira (e) e sua filha Alessandra Marques - Quase 8% das crianças em processo de adoção são devolvidas, mostra CNJ. Foto: Débora Teixeira/Arquivo Pessoal

    Débora Teixeira e a filha Alessandra Marques – Débora Teixeira/Arquivo Pessoal

    Débora explica que a filha tem leve deficiência intelectual, o que não a impede de trabalhar, a não ser que seja, por exemplo, mexendo com dinheiro. “Ela se dá muito bem, principalmente pelo convívio. É uma pessoa que, por onde passa, é amável, carinhosa, gentil. Todo mundo fica encantado com ela”.

    Mesmo oferecendo lar, carinho e educação à filha, Débora percebe que a menina ainda continuou insegura em relação à plena aceitação pela nova família.

    “Ela achava que se eu ficasse brava, eu iria devolvê-la”, conta. “Na porta da escola, por exemplo, ela vinha correndo, com medo de eu não estar lá”, acrescenta.

    “É um trauma que tentei de todas as formas apagar na Alessandra. Não consegui. Ela teve psicólogo, psiquiatra, psicopedagoga, teve tudo e mais um pouco. Se eu ficava brava com ela, ela entrava em pânico com medo de que eu não fosse a querer mais”.

    Débora acredita que um dos caminhos para passar segurança e acolhimento para a Alessandra e a outra filha, Ana Carolina Alli Marques, é enfatizar que elas não são um plano B.

    “Elas eram tão desejadas quanto uma gravidez. Elas foram escolhidas”, afirma.

    Ao lado da mãe, Alessandra conversou com a Agência Brasil. “Eu sou bastante feliz. É um sonho meu que eu queria muito”, disse sobre a vivência em família.

    Recomendações

    Entre as recomendações sugeridas pelos autores do estudo do CNJ estão padronização da avaliação dos pretendentes, de forma que seja mais fácil identificar motivações inadequadas para a adoção, expectativas irreais em relação à criança e despreparo para lidar com os desafios da adoção.

    A jornalista Leonor Costa, a mãe da Safyra, faz questão de afirmar que não se pode haver romantização do ato de adotar uma criança. “As pessoas precisam ter compreensão do que está por vir. É importante saber que tem dificuldade, seus desafios”, sinaliza.

    Outra iniciativa sugerida pelos pesquisadores é a promoção de programas de troca de experiências continuadas para os profissionais que atuam na avaliação e no acompanhamento dos pretendentes, com foco na identificação de fatores de risco comuns para pedidos de reversão dos processos de adoção.

    De acordo com o coordenador acadêmico da pesquisa, Julio Adolfo Zucon Trecenti, é interessante que haja um protocolo mínimo, que tenha alguns quesitos a serem observados.

    “A decisão sobre se a pessoa está preparada ou não também precisa ser baseada em critérios.”

    Pode ser baseada na subjetividade e no conhecimento técnico das equipes, mas deve seguir algum protocolo mínimo que leve em conta um check list”, afirmou Trecenti durante o seminário de apresentação.

    O estudo do CNJ aponta que “a rede de proteção ainda não oferece suporte psicológico e emocional que é essencial para crianças e adolescentes que são devolvidos em processo de adoção”.

    “É fundamental investir na criação de programas e projetos específicos para oferecer suporte psicológico e emocional a esses indivíduos”, diz o texto, acrescentando que “esse acompanhamento pode ajudar a criança ou o adolescente a lidar com o trauma, a reconstruir sua autoestima e a desenvolver mecanismos de enfrentamento para os desafios futuros”.

  • Homem consegue reconhecimento de paternidade socioafetiva em decisão judicial em Mato Grosso

    Homem consegue reconhecimento de paternidade socioafetiva em decisão judicial em Mato Grosso

    Um homem obteve na Justiça de Mato Grosso o reconhecimento de sua paternidade socioafetiva e a exclusão da paternidade biológica do registro civil. A decisão foi proferida pela 3ª Vara Especial de Família da Comarca de Cuiabá, após o pai biológico concordar em abrir mão de seus direitos, admitindo que foi ausente durante toda a vida do filho.

    O processo revela que o pai biológico abandonou a família logo após o nascimento do filho e nunca estabeleceu qualquer vínculo afetivo ou contribuiu para o seu sustento. Aos 3 anos, o menino passou a ser criado pelo novo companheiro de sua mãe, com quem ela iniciou um relacionamento após a separação. Desde o início, esse homem assumiu o papel de pai, criando um laço profundo com a criança, que perdurou até mesmo após o divórcio do casal.

    Agora, aos 29 anos, o filho e o pai socioafetivo buscaram na Justiça a formalização dessa relação de décadas. A ação foi protocolada no dia 27 de setembro e, surpreendentemente, a sentença foi proferida no dia 30 do mesmo mês, demonstrando a agilidade do Judiciário mato-grossense em casos dessa natureza.

    Adoção de maior de idade

    Embora o pedido inicial tenha sido registrado como reconhecimento de paternidade socioafetiva junto com a exclusão da biológica, a juíza que analisou o caso tratou-o como uma adoção de maior de idade, explicando que o reconhecimento da filiação socioafetiva não necessariamente implica a extinção do vínculo biológico, algo que, neste caso, ocorreu por meio da adoção.

    “O instituto jurídico adequado para autorizar a exclusão da paternidade biológica em favor do reconhecimento da paternidade pelo afeto é a adoção, seja de menor ou maior de idade”, explicou a magistrada, ressaltando que tanto o Código Civil quanto o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) permitem a adoção de maiores de 18 anos, desde que sejam atendidos os requisitos legais.

    A sentença reconheceu que a legalização da paternidade socioafetiva traria claros benefícios para o filho, formalizando uma relação de cuidado e afeto que já existia há muitos anos, e cumprindo com os preceitos estabelecidos no artigo 43 do ECA.

  • A importância da adoção de pets no Brasil

    A importância da adoção de pets no Brasil

    No dia 4 de outubro, o Brasil celebra o Dia Nacional da Adoção de Animais, coincidindo com o Dia Mundial dos Animais. Em razão dessa data vamos abordar na coluna dessa semana a necessidade de sensibilizar a sociedade para a adoção responsável e para a importância de oferecer uma vida digna e amorosa a animais que, muitas vezes, são vítimas de abandono e maus-tratos.

    É importante sensibilizar a sociedade sobre a importância de oferecer uma vida digna e amorosa aos animais com a adoção

    A importancia da adocao de pets no Brasil Pixabay 1

    A adoção de animais é uma prática cada vez mais importante no Brasil, especialmente diante do grande número de cães e gatos abandonados que precisam de um lar. O Brasil enfrenta um problema sério de superpopulação de animais de rua.

    De acordo com dados de ONGs e grupos de proteção animal, há milhões de cães e gatos abandonados no País, vivendo em condições precárias. Muitos deles foram vítimas de abandono ou nasceram nas ruas, sem acesso a cuidados adequados, alimentação ou proteção.

    Esses animais estão expostos a doenças, fome, acidentes e a diversos tipos de violência, além de contribuírem para a disseminação de zoonoses, doenças transmitidas entre animais e humanos.

    A adoção de animais é, portanto, uma solução fundamental para esse problema. Ao adotar, você não apenas oferece uma segunda chance a um animal que precisa, mas também ajuda a reduzir o número de animais vivendo nas ruas e em abrigos superlotados. Além disso, adotar em vez de comprar promove a conscientização sobre a posse responsável, incentivando o cuidado adequado com os pets.

    A importância da adoção de pets no Brasil

    A importância da adoção de pets no Brasil

    Outro ponto relevante é que muitos animais disponíveis para adoção em ONGs e abrigos são adultos ou idosos, que geralmente têm mais dificuldade para encontrar um lar. Ao optar por adotar um animal mais velho, você oferece amor e conforto a um pet que, muitas vezes, passou por situações difíceis. Esses animais, por serem mais tranquilos e já terem desenvolvido sua personalidade, podem se adaptar mais facilmente a novos lares.

    Apesar dos inúmeros benefícios da adoção, é essencial que o processo seja feito de forma responsável. Adotar um animal é um compromisso de longo prazo, que envolve cuidados diários, custos e dedicação. Para garantir que a adoção seja bem-sucedida tanto para o tutor quanto para o animal, listamos a seguir algumas recomendações que podem ser seguidas.

    Avalie o seu estilo de vida

    Antes de adotar um pet, é importante avaliar se o seu estilo de vida é compatível com as necessidades do animal. Cães, por exemplo, precisam de tempo para passeios diários, atividades físicas e interação social.

    Gatos, por outro lado, tendem a ser mais independentes, mas ainda assim requerem atenção, cuidados com a alimentação e um ambiente enriquecido para evitar o tédio. Pense em quantas horas por dia você está em casa, se viaja com frequência ou se tem tempo e disposição para cuidar do animal a longo prazo.

    Verifique os custos envolvidos

    Ter um pet envolve custos financeiros que vão além da compra de ração. Despesas com veterinário, vacinas, medicamentos, castração, brinquedos e outros itens são frequentes. Certifique-se de que você está preparado para arcar com esses custos, além de ter um fundo de emergência para eventuais problemas de saúde do animal. A saúde e o bem-estar do seu novo companheiro dependem de cuidados contínuos.

    Escolha o pet adequado ao seu espaço

    O tamanho e a energia do animal devem ser compatíveis com o espaço disponível na sua casa. Cães de grande porte podem não se adaptar bem em ambientes pequenos ou sem áreas externas, enquanto gatos geralmente se adaptam a apartamentos, desde que tenham acesso a brinquedos e locais para se exercitar. Também é importante verificar as regras do condomínio, se você mora em apartamento, para garantir que a presença do pet será permitida.

    Tenha em mente que a adaptação leva tempo

    A chegada de um novo pet em casa pode ser um período desafiador, tanto para o tutor quanto para o animal. Muitos animais resgatados passaram por situações traumáticas, o que pode levar a comportamentos de medo ou desconfiança. Dê tempo para que o animal se adapte ao novo ambiente, fornecendo paciência, amor e respeito. Se necessário, busque ajuda de um adestrador ou especialista em comportamento animal para facilitar o processo de adaptação.

    Considere a castração

    A castração é uma prática essencial para evitar a superpopulação de animais e prevenir o abandono. Muitos abrigos já entregam os animais castrados, mas caso você adote de uma fonte alternativa, é importante providenciar a castração o quanto antes. Além de evitar crias indesejadas, a castração também traz benefícios para a saúde do pet, como a prevenção de algumas doenças.

    O impacto positivo da adoção

    A importancia da adocao de pets no Brasil Pixabay 1

    Ao adotar um animal, você não apenas transforma a vida daquele pet, mas também contribui para uma causa maior: a redução do abandono e o incentivo à posse responsável. Animais adotados tendem a ser extremamente gratos e a oferecer companheirismo e afeto incondicionais aos seus tutores.

    Além disso, a adoção promove uma cultura de responsabilidade e compaixão, estimulando a sociedade a refletir sobre os cuidados com os animais e a importância de tratar todos os seres vivos com dignidade e respeito. As ONGs e abrigos desempenham um papel crucial nesse processo, acolhendo, tratando e disponibilizando os animais para adoção.

    É essencial reforçar a importância da adoção responsável como uma solução eficaz para o problema do abandono de animais no Brasil. Adotar um pet é um ato de amor e responsabilidade, que transforma vidas e promove o bem-estar animal.

    Se você está pensando em adotar, lembre-se de seguir as recomendações para garantir que essa decisão seja a melhor tanto para você quanto para o animal, proporcionando um lar seguro, acolhedor e cheio de carinho para o seu novo companheiro.

  • Cuiabá realiza primeiro ‘arraiá de adoção’ de Pets

    Cuiabá realiza primeiro ‘arraiá de adoção’ de Pets

    Nesta sexta-feira (5), Cuiabá sediará o primeiro ‘Arraiá de Adoção’ de pets, promovido pela Bem-Estar Animal. O evento acontecerá na sede da instituição, localizada no bairro Ribeirão do Lipa, das 8h às 17h. Estarão disponíveis para adoção 34 animais, entre filhotes e adultos castrados, todos vestidos com trajes típicos juninos.

    Segundo informações da Prefeitura de Cuiabá, o evento contará com 10 gatos adultos, 6 filhotes de gato, 6 cães adultos e 12 filhotes de cachorro prontos para serem adotados. O espaço de adoção será decorado com tema de festa junina e oferecerá delícias típicas como pipoca, pé-de-moleque e quentão para os participantes.

    Uma atração especial será a “barraca do lambeijo”, onde os visitantes poderão tirar fotos com seus pets preferidos e receber beijos dos cãezinhos. De acordo com a secretária adjunta de Bem-Estar Animal, Tatiana Soares, quem desejar adotar um dos animais precisará atender a algumas exigências, garantindo que os novos donos estejam preparados para cuidar bem dos pets.

  • Corregedoria-geral de Justiça de MT promove aprimoramento processual da adoção

    Corregedoria-geral de Justiça de MT promove aprimoramento processual da adoção

    No mês de maio, quando se comemora o Dia Nacional da Adoção, o desembargador Juvenal Pereira da Silva, corregedor-geral da Justiça de Mato Grosso, deu uma ordem direta para melhorar os processos de adoção ao longo do mês. O objetivo é acelerar esses procedimentos e encontrar lares para as crianças e adolescentes que estão sob cuidados institucionais.

    Por meio de um comunicado enviado a todos os juízes das Varas da Infância e Juventude do Estado, ele estabeleceu que os processos em andamento de habilitação dos pretendentes, adoção e destituição do poder familiar devem receber uma atenção especial, com a exigência de sentença.

    Essa iniciativa ocorre anualmente em maio, porque é quando se fala mais sobre adoção pelo país afora. A juíza Christiane da Costa Marques Neves, que é especialista nesse assunto, destacou que, além dos mutirões, estão programadas várias atividades para sensibilizar a população sobre a importância da adoção e mostrar a realidade das crianças e adolescentes acolhidos.

    Elaine Zorgetti, secretária geral da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja), ressaltou que muitos processos receberão um impulso extra para serem resolvidos rapidamente, com o intuito de melhorar a prestação jurisdicional nos casos relacionados à adoção.

    Segundo o Sistema Nacional de Adoção (SNA), em Mato Grosso existem 92 unidades que prestam serviços de acolhimento, distribuídas em 70 comarcas. No entanto, ainda há crianças e adolescentes aguardando por adoção, enquanto há diversos pretendentes cadastrados.

  • Adotar um pet é ato de amor que precisa ter muita responsabilidade

    Adotar um pet é ato de amor que precisa ter muita responsabilidade

    Na coluna dessa semana voltamos a falar de adoção, assunto que precisa ser recorrente em razão do compromisso ético e consciente que é cuidar de um animal de estimação. Falando mais e mais sobre o tema, buscamos mostrar que com tutores cada vez mais responsáveis podemos ter um número cada vez menor de cachorros e gatos passando por situações de maus-tratos e abandonos.

    Adotar um pet é um ato de amor que pode trazer muito carinho, companheirismo e felicidade para as famílias e os lares

    Adotar um pet e ato de amor que precisa ter muita responsabilidade Pixabay 1

    De acordo com o IPB – Instituto Pet Brasil, o Brasil tem aproximadamente 6,1 milhões de cães e 2,7 milhões de gatos em condição de vulnerabilidade, isto é, que vivem sob a tutela de famílias classificadas abaixo da linha da pobreza, ou que vivem nas ruas.

    Há ainda 185 mil animais abandonados ou resgatados por maus-tratos aos cuidados de ONGs e grupos de proteção. Um cenário que mesmo sendo considerado um crime previsto em lei.

    “Adotar um pet é um ato de amor que pode trazer muito carinho, companheirismo e felicidade para as famílias e os lares, porém alguns cuidados são muito importantes e devem ser levados em consideração assim que o interesse pela adoção de um pet despertar”, afirma Roberta Paiva, gerente de marketing de Pet Health da Elanco Saúde Animal.

    Adoção responsável é aquela que considera o compromisso ético e consciente de cuidar de um animal de estimação de forma adequada

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    Preparamos oito passos que contribuem para uma adoção responsável, isto é, aquela que considera o compromisso ético e consciente de cuidar de um animal de estimação de forma adequada, levando em consideração suas necessidades físicas, emocionais e comportamentais.

    Informe-se

    Se você nunca teve um animal de estimação antes, converse com pessoas próximas para compreender suas experiências. Você também pode visitar ONGs e abrigos para entender quais são as demandas e necessidades que envolvem o cuidado de um pet.

    Compartilhe a decisão

    A chegada de um novo animal a um lar interfere na rotina de todos. Por isso, caso você viva com outras pessoas, consulte-as para compreender se todas estão dispostas a embarcar nesta nova jornada. Ou seja, mesmo que haja uma divisão de tarefas, eventualmente, é importante que todos na casa estejam preparados para assumir as funções que envolvam o cuidado do novo membro da família.

    Avalie a disponibilidade de tempo

    Você deverá destinar tempo da sua rotina para as interações com o pet além de atenção com os cuidados com a saúde. Por mais tranquilo que seja o pet, ele demandará cuidados diários e dependerá de você para se exercitar e brincar. Lembre-se: você é o mundo dele.

    Avalie o perfil comportamental do animal

    Busque informações sobre o comportamento do animal com as ONGs ou com os responsáveis pelo pet. Assim como nós, os animais têm diferentes perfis. Há os que são mais ativos, os mais calmos, os que aceitam a companhia de outros animais, os que não aceitam, entre muitas outras variáveis. É fundamental que o seu perfil e a sua rotina tenham sinergia com o perfil do animal para que a adoção seja bem-sucedida. Isso é muito mais importante do que avaliar a aparência física do amiguinho!

    Prepare um ambiente adequado

    Oferecer um ambiente seguro e estimulante para o animal é crucial. Isso inclui espaço suficiente, abrigo adequado, brinquedos apropriados e interação social. você mora em condomínio e/ou de aluguel, certifique-se das regras. Há proprietários que não aceitam pets, bem como condomínios que também possuem regras mais rígidas sobre a questão;

    Tenha paciência

    A adaptação é um processo que exige tempo e dedicação. Pense como é difícil para você se adaptar ao novo, como uma nova casa, um novo trabalho ou ir morar com alguém. Com isso você terá uma ideia de como é para o pet a chegada a um novo lar. Saiba que você precisará se dedicar até que seu novo amigo de estimação esteja completamente adaptado e sentindo-se realmente em casa.

    Cuide do seu pet

    Lembre-se que cuidar do seu pet vai muito além de fornecer alimento e água. Ele é um ser vivo que, assim como você, precisa de interação social, de se exercitar, se divertir, ter momentos dedicados à higiene e aos cuidados com a saúde, atividades que dependerão de você, seja se dedicando, seja procurando apoio profissional, como veterinários, tosadores, creches e passeadores.

    Avalie os custos

    Além das consultas veterinárias, seu novo amiguinho precisará de ração de qualidade, vacinas, banhos periódicos, proteção antiparasitária e outros cuidados médicos quando necessários. Esteja ciente dos gastos envolvidos, lembrando que essas também são responsabilidades de um responsável por cão ou gato.

  • Caramelos no ônibus: vira-latas fazem sucesso ao passearem tranquilamente em transporte coletivo

    Caramelos no ônibus: vira-latas fazem sucesso ao passearem tranquilamente em transporte coletivo

    Imagens de dois cachorros caramelos viralizam nas redes sociais. Os vira-latas foram flagrados em um ônibus de transporte coletivo, deitados tranquilamente nos bancos, como se estivessem em casa. Acompanhe  muito mais em Mundo Animal.

    Caramelo rouba a cena em concurso da Rainha da Uva no Paraná

    Caramelos no busão: vira-latas roubam a cena em passeio tranquilo no transporte coletivo

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    Fofura em quatro patas: cachorros caramelos encantam internautas ao passearem de ônibus

    A cena inusitada foi registrada por um passageiro e rapidamente se espalhou pela internet. Os internautas se encantaram com a fofura dos animais e a forma tranquila como eles aproveitavam o passeio.

    Companheiros de jornada: A presença dos cachorros no ônibus gerou uma onda de comentários positivos. Muitos usuários destacaram a importância da adoção de animais e a necessidade de garantir o bem-estar dos pets.

    As redes sociais ajudaram a popularizar o cão caramelo, que passou a ser visto como um símbolo do Brasil. Memes e campanhas de conscientização sobre a adoção ajudaram a aumentar a visibilidade da raça.

    Conscientização e responsabilidade

    A história dos caramelos no ônibus serve como um lembrete da responsabilidade que os donos de animais têm com seus bichinhos. É importante garantir que os pets estejam sempre seguros e que não causem transtornos aos demais.

  • TJDFT regulamenta entrega voluntária de bebê para adoção

    TJDFT regulamenta entrega voluntária de bebê para adoção

    O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) regulamentou, neste mês, como deve ocorrer a entrega de um recém-nascido à adoção, após a gestante ou mãe biológica manifestar voluntariamente que não pretende criar a criança, independentemente da motivação pessoal. O procedimento já é previsto na legislação brasileira, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), lei de 1990; pela Lei da Adoção (nº 13.509/2017); e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que publicou aResolução 485/2023.

    A nova portaria do Judiciário do Distrito Federal, publicada em 15 de setembro, estabelece, entre outros pontos, os locais em que a gestante ou a mãe que pariu há poucos dias poderá declarar o desejo de entregar o filho para adoção; o atendimento humanizado à mulher participante; além da garantia de sigilo sobre a decisão de entrega voluntária; promoção de ambiente de acolhimento, de escuta, orientação e acompanhamento; a proibição de qualquer forma de pré-julgamento e constrangimento à mulher pelo ato.

    No canal de podcast do TJDTF, na série Prioridade Absoluta, o juiz substituto da 1ª Vara da Infância e da Juventude do tribunal, Redivaldo Dias Barbosa, afirmou que a mulher que não deseja maternar tem o direito à entrega legal em adoção e defende medidas para preveniro abandono, a venda da criança, o infanticídio ou qualquer outra prática que coloque em risco mãe e filho.

    “O abandono ocorre quando a criança é deixada sozinha, na porta de um desconhecido ou até, como não é incomum, ser jogada na lata do lixo. E, se encontrada, será sem a informação sobre a mãe, a criança não tem informação sobre sua própria origem, [torna-se] sujeita a graves riscos, inclusive de ter a sua vida ceifada, por intempéries. Mas, na entrega legal, os direitos da criança estão preservados. E também não pode ser confundida a entrega voluntária [legal] com a entrega direta da criança a terceiro. Às vezes, a mulher julga que vão cuidar bem daquela criança. Porém, pode ser uma pessoa que, realmente, não tem a menor condição [de fazer isso].”

    Passo a passo do TJDFT

    De acordo com a nova portaria do TJDFT, o desejo da entrega voluntária do filho poderá ser manifestado perante a própria Justiça (na 1ªVara da Infância e da Juventudedo TJDFT) ou em qualquer uma das unidades da rede de saúde pública ou privada do Distrito Federal, instituições de ensino, centros de Referência de Assistência Social (CRAS), centros de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS) ou demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA), como os conselhos tutelares.

    A gestante ou parturiente que manifestar interesse em entregar espontaneamente o recém-nascido para adoção será encaminhada à 1ª Vara da Infância e da Juventude (1ª VIJ-DF). Lá, será formalizado o procedimento judicial, com a presença de um defensor público ou advogado para a mulher.

    Uma equipe técnica multiprofissional deverá oferecerorientação e apoio adequados para que a gestante ou mãe possa decidir de forma mais consciente, sem pressão ou constrangimento, a respeito da entrega ou não do filho para adoção. O objetivo também é evitar que fatores socioculturais ou econômicos impeçam a tomada de decisão amadurecida pela mulher.

    No momento do parto, o estabelecimento de saúde, ao ser comunicado da intenção da gestante, deverá respeitar a vontade da paciente, caso não queira ter contato com o recém-nascido.

    O juiz Redivaldo Dias Barbosa reforça que a mãe que decide entregar uma criança voluntariamente àadoção não deve ser julgada, nem constrangida. “Não sabemos o motivo que levou aquela mãe a tomar a atitude. Ela pode ter passado por constrangimento ou foi vítima de violência, de estupro ou de miserabilidade na adolescência ou teve a infância negligenciada, ou foi rejeitada pela família, teve um problema familiar ou psicológico. São inúmeros os motivos que podem levar aquela mãe a adotar esse tipo de atitude.”

    Pela regulamentação, após a alta hospitalar, salvo restrições médicas, será marcada uma audiência judicial para confirmar o consentimento da mãe sobre a adoção, em até dez dias.

    Se houver a identificação paterna, este homem, igualmente, será ouvido pelo Poder Judiciário sobre a intenção materna. Na situação de investigação de paternidade ou ação de guarda, o processo ficará suspenso até solução do caso. Porém, na ausência da identidade do pai, será autorizada a entrega da criança unilateralmente pela mãe.

    A portaria estabelece que, após a criança ser entregue para adoção, o tribunal declarará a extinção do poder familiar dos genitores. Mas, no processo, ainda existirá espaço para o arrependimento. A mulher poderá rever a decisão de entrega da criança no prazo de dez dias.

    Campanha

    Entrega voluntária de bebê para adoção é regulamentada no TJDFT. Foto: Divulgação/TJDFTEntrega voluntária de bebê para adoção é regulamentada no TJDFT. Foto: Divulgação/TJDFT

    Campanha do TJDFT sobre entrega voluntária de bebês para adoção – Divulgação/TJDFT

    Para conscientizar as mulheres sobre o direito à entrega do filho para adoção, oTJDFTlançou a campanha “Entrega legal é amor, entrega ilegal é crime”.

    A campanha pretende, também, informar a população sobre essa possibilidade legal e a necessidade de respeito às mulheres que optem por tal decisão.

    O juiz substituto da 1ª VIJ-DF, Redivaldo Dias Barbosa, comenta a entrega legal de uma criança para adoção. “Ela é um duplo ato de amor. Por um lado, permite à criança crescer em uma família que cuide dela; de outro, permite a uma família que espera por um filho a concretização desse desejo por meio da adoção”.

    Desde 2006, de forma pioneira, a 1ª Vara da Infância e da Juventude do TJDFT desenvolve o Programa de Acompanhamento a Gestantes, destinado especificamente a mulheres que procuram a Justiça com a intenção de entregar legalmente seu bebê para adoção.

    A unidade judiciária ainda disponibilizou o serviço de WhatsApp para recebimento de mensagens sobre o tema, no telefone (61) 99272-7849, e o e-mail sefam.vij@tjdft.jus.br .

    Legislação sobre adoção

    A Lei da Adoção garante o direito ao sigilo da entrega do bebê; o direito de receber assistência psicológica; e de arrependimento dentro do prazo previsto em lei.

    Em janeiro deste ano, o CNJ uniformizou para os tribunais de Justiça o procedimento para entrega protegida de bebês, por meio daResolução 485/2023,para a adoção e o atendimento adequado à gestante ou parturiente.

    Por exemplo, após a alta hospitalar, se o interesse na entrega for confirmado, o magistrado determinará o acolhimento familiar ou institucional, com emissão da guia de acolhimento no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA).

    A mulher também deve ser informada que, apesar do sigilo, será garantido o direito à criança de saber de sua origem biológica. A mãe também tem o direito de deixar informações e registros que favoreçam a preservação da identidade do filho – seja sobre o histórico familiar, da gestação e de sua decisão de entrega, seja sobre dados que possam ser úteis aos cuidadores da criança, como o histórico de saúde da família de origem.

    Edição: Juliana Andrade
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