Tag: Acusação

  • CBF mantém Lucas Paquetá entre convocados da seleção brasileira

    CBF mantém Lucas Paquetá entre convocados da seleção brasileira

    O meia-campista da seleção brasileira Lucas Paquetá está mantido na lista de 26 convocados para dois amistosos e para a Copa América, com início em 20 de junho. A CBF confirmou nesta quinta-feira (30) a permanência de Paquetá, apesar de o jogador – atualmente no clube West Ham – ter sido acusado pela Associação de Futebol da Inglaterra (FA na sigla em inglês) de tentar manipular resultados de apostas.

    Em nota oficial, a CBF justificou a decisão após troca de informações com a FA. Segundo a entidade britânica, “embora o jogador esteja agora sujeito a uma série de acusações, a FA não recebeu qualquer ordem de suspensão provisória contra Lucas Paquetá e, portanto, não há impedimento para que ele continue jogando neste momento”. A FA esclareceu ainda que Paquetá tem até a próxima segunda-feira (3) para responder às acusações.

    Lucas Paquetá e outros 17 convocados da seleção que atuam fora do Brasil se apresentaram hoje (30) ao técnico Dorival Júnior, na Flórida (Estados Unidos), para a preparação que visa os dois últimos amistosos antes da Copa América. O primeiro será contra o México, em 8 de junho (sábado), no Texas, e quatro dias depois a seleção encara os Estados Unidos, em Orlando.

    “Diante do todo exposto, e ante os fatos relatados pela Federação Inglesa, a CBF, com respaldo de parecer elaborado conjuntamente pelas Diretorias Jurídica e de Governança e Conformidade e pela Unidade de Integridade, decide pela manutenção da convocação do jogador“, diz o comunicado da entidade, assinado pelo presidente Ednaldo Rodrigues. “É certo afirmar que o atleta está liberado a exercer o seu ofício profissional até o presente momento, fonte de seu sustento e de sua família, de maneira plena e irrestrita, seja pelo seu clube, seja pela seleção do seu país de origem”, acrescentou a CBF.

    As suspeitas de envolvimento de Paquetá com manipulação de apostas veio à tona no ano passado, e serviram de motivo para o jogador não ter sido convocado em setembro pelo então técnico interino Fernando Diniz para os jogos da seleção brasileira nas Eliminatórias da Copa do Mundo, contra a Colômbia e a Argentina. O meio-campista retornou ao elenco verde e amarelo seis meses depois, na primeira convocação de Dorival Júnior como técnico da amarelinha.

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

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  • Lewandowski mantém no STF acusação de extorsão contra Moro e Deltan

    Lewandowski mantém no STF acusação de extorsão contra Moro e Deltan

    O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, na noite de ontem (10), que é competência da Corte tratar da notícia-crime apresentada pelo advogado Rodrigo Tacla Duran, que acusou o ex-juiz e hoje senador Sergio Moro de extorsão no âmbito da Operação Lava Jato. O ex-procurador da República e atual deputado federal Deltan Dallagnol também é citado.

    O caso é antigo, mas voltou a ser relatado em novo depoimento prestado a Eduardo Appio, atual juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde tramitam os casos remanescentes da Lava Jato. A força-tarefa da operação, que era coordenada por Dallagnol, já foi desmontada pelo Ministério Público Federal (MPF).

    Ao colher o depoimento, Appio decidiu enviar o caso ao Supremo a fim de que o tribunal decidisse a competência para investigar os fatos narrados por Duran. Lewandowski ouviu a Procuradoria-Geral da República (PGR), que se posicionou para que o caso fique no Supremo.

    Segundo a PGR, no depoimento, além da tentativa de extorsão, Tacla Duran narra fatos que teriam ocorrido quando Moro já era ministro da Justiça no governo Jair Bolsonaro, “bem como ainda a notícia de suposta interferência do senador da República Sérgio Moro, na condição de ex-Juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba na prática de atos decisórios, nos autos da Ação Penal no 5019961-43.2017.4.04.7000/PR”.

    Por esse motivo, a PGR se manifestou pela manutenção do caso no Supremo, onde os parlamentares têm foro por prerrogativa de função. O ministro concordou. “Assim, verifico que, ao menos nesta fase inicial, a competência para a supervisão e apuração dos fatos noticiados no presente expediente é do Supremo Tribunal Federal, a teor do art. 102, I, b, da Constituição da República”, escreveu Lewandowski.

    “Aplica-se ao caso o precedente firmado na Ação Penal 937/DF quanto à prorrogação da competência, considerando que, segundo a PGR, alguns dos supostos atos podem ter sido praticados no exercício de cargos com foro especial por prerrogativa de função”, acrescentou o ministro.

    Essa foi uma das últimas decisões de Lewandowski como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele se aposenta nesta terça-feira (11). A Agência Brasil tenta contato com o senador Sergio Moro e o deputado Deltan Dallagnol. Até o momento, eles ainda não comentaram a decisão do ministro. Cabe recurso.

    Edição: Graça Adjuto