Tag: abuso de poder econômico

  • Polícia Federal e Promotoria deflagram Operação Transporte Limpo em Brasnorte para combater aliciamento de eleitores indígenas

    Polícia Federal e Promotoria deflagram Operação Transporte Limpo em Brasnorte para combater aliciamento de eleitores indígenas

    A Polícia Federal e a Promotoria Eleitoral de Brasnorte deflagraram nesta sexta-feira (8), em Brasnorte/MT, a Operação Transporte Limpo, que visa investigar suspeitas de captação ilícita de sufrágio, transporte irregular de eleitores e abuso de poder econômico. O foco das investigações é um esquema de aliciamento envolvendo indígenas da etnia Enawene Nawe, que teriam sido induzidos a transferir seus títulos eleitorais para Brasnorte com o intuito de votar em determinados candidatos a vereador e prefeito.

    As autoridades apuram também a tentativa de transporte em massa desses eleitores até o local de votação. As diligências buscam evidências de que a mobilização dos indígenas foi organizada para beneficiar candidatos locais, comprometendo a integridade do processo eleitoral.

    Dois servidores da Prefeitura de Brasnorte estão sob investigação, suspeitos de envolvimento no fretamento de dois ônibus que transportariam eleitores indígenas ao município. A ação tinha como objetivo garantir o comparecimento desses eleitores durante o pleito, favorecendo candidaturas específicas.

    A Operação Transporte Limpo, que leva esse nome em referência ao uso de transporte gratuito para aliciar eleitores, é uma tentativa de desarticular uma estratégia que buscava obter votos de forma indevida. A Polícia Federal e a Promotoria Eleitoral seguem investigando o caso para assegurar a transparência e lisura do processo eleitoral em Brasnorte.

  • TRE retoma em Curitiba julgamento que pode levar à cassação de Moro

    TRE retoma em Curitiba julgamento que pode levar à cassação de Moro

    O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná retomou, há pouco, em Curitiba, o julgamento dos processos que podem levar à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Operação Lava Jato.

    O placar do julgamento está 1 a 0 contra a cassação de Moro. Na segunda-feira (1º), o relator do caso, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, manifestou-se pela rejeição das ações nas quais o PT, o PL e o Ministério Público Eleitoral (MPE) acusam o senador de abuso de poder econômico pela suposta realização de gastos irregulares no período de pré-campanha nas eleições passadas.

    Na sessão desta quarta-feira (3), estão previstos os votos dos desembargadores José Rodrigo Sade, Claudia Cristina Cristofani, Julio Jacob Junior, Anderson Ricardo Fogaça, Guilherme Frederico Hernandes Denz e do presidente do tribunal, Sigurd Roberto Bengtsson.

    Em 2021, Moro estava no Podemos e realizou atos de pré-candidatura à Presidência da República. De acordo com a acusação, houve “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador diante dos “altos investimentos financeiros” realizados antes de Moro deixar a sigla e se candidatar ao Senado pelo União.

    Conforme a acusação do Ministério Público, foram gastos aproximadamente R$ 2 milhões oriundos do Fundo Partidário com o evento de filiação de Moro ao Podemos e com a contratação de produção de vídeos para promoção pessoal, além de consultorias eleitorais.

    O PL apontou supostos gastos irregulares de R$ 7 milhões. Para o PT, foram R$ 21 milhões.

    No primeiro dia do julgamento, a defesa do senador Sergio Moro defendeu a manutenção do mandato e negou irregularidades na pré-campanha.

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  • Ministério Público pede cassação de Moro por abuso de poder econômico

    Ministério Público pede cassação de Moro por abuso de poder econômico

    A Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) pediu, na noite dessa quinta-feira (14), a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR) por abuso de poder econômico na pré-campanha de 2022. O órgão também pede que o ex-juiz seja declarado inelegível.

    Moro responde a duas ações que são julgadas em conjunto no TRE-PR, uma aberta pelo PL e outra pela federação PT/PV/PCdoB. O partidos alegam que Moro fez gastos excessivos antes de oficializar sua candidatura ao Senado, quando ainda pretendia se candidatar à Presidência da República, desequilibrando a disputa.

    Em parecer de 79 páginas protocolado no fim da noite, os procuradores regionais eleitorais Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado escreveram que “a lisura e a legitimidade do pleito foram inegavelmente comprometidas pelo emprego excessivo de recursos financeiros no período que antecedeu o de campanha eleitoral”.

    As ações foram motivadas pelos gastos do senador quando era pré-candidato à Presidência pelo partido Podemos. Segundo a acusação, enquanto tentava viabilizar a candidatura, Moro gastou com viagens, eventos e outras despesas mais de R$ 4 milhões.

    Em seguida, pouco antes do prazo final, o senador mudou de partido, para o União Brasil, legenda pela qual saiu candidato ao Senado. O limite legal de gastos para o cargo, contudo, é consideravelmente menor, motivo pelo qual Moro teria desequilibrado o pleito a seu favor, argumentam as legendas adversárias.

    A defesa do Senador diz haver “conotação política” nos processos e nega irregularidades, argumentando que gastos de pré-campanha à Presidência não podem ser contabilizados na campanha para o Senado, uma vez que um cargo é de votação nacional e o outro somente no Paraná.

    Segundo as alegações do Ministério Público Eleitoral, contudo, tal separação não pode ser feita, “pois a projeção nacional de uma figura pública desempenha papel crucial, mesmo em eleição em nível estadual, influenciando diversos aspectos do processo eleitoral”.

    Após as alegações das partes e do MPE, cabe agora ao relator, juiz Luciano Carrasco Flavinha de Souza, divulgar seu voto, condenando ou absolvendo Moro. A maior probabilidade é que o caso seja julgado somente no ano que vem, dada a proximidade do recesso judiciário, que começa na próxima semana.

    Edição: Graça Adjuto
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