Tag: TEA

  • Projeto de lei propõe adaptação de alarmes escolares para alunos com Autismo em Mato Grosso

    Projeto de lei propõe adaptação de alarmes escolares para alunos com Autismo em Mato Grosso

    A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou, em primeira votação, um projeto de lei que visa adaptar os sistemas de alerta sonoro nas escolas do estado para atender às necessidades de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

    A proposta do deputado estadual Lúdio Cabral, busca substituir os tradicionais “sinos” escolares por sinais musicais adequados, sinalização visual e outras alternativas que minimizem o impacto sensorial nos alunos com hipersensibilidade auditiva.

    O projeto de lei, aprovado por unanimidade, argumenta que sinais sonoros como sirenes e alarmes podem causar desconforto, desregulação emocional e até pânico em crianças e jovens com TEA.

    A iniciativa propõe que as escolas públicas e privadas de Mato Grosso adotem medidas para substituir esses sinais por indicações de horário mais compatíveis com a presença de alunos com hipersensibilidade sonora.

    As medidas propostas incluem a substituição de sinais sonoros por sinais musicais adequados, sinalização visual e o uso de músicas específicas para indicar os horários escolares.

    O projeto de lei estabelece um prazo de 120 dias para que as escolas implementem as mudanças, e prevê a aplicação de multas em caso de descumprimento.

  • Inclusão em foco: Mato Grosso celebra avanços no apoio a pessoas com autismo

    Inclusão em foco: Mato Grosso celebra avanços no apoio a pessoas com autismo

    Mato Grosso se une às celebrações do Dia Mundial de Conscientização do Autismo com avanços significativos no apoio a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O estado se destaca com a emissão de mais de 10 mil Carteiras de Identificação do Autista (CIA), documento que garante acesso facilitado a serviços e direitos, como prioridade em filas e vagas de estacionamento.

    O programa estadual de apoio à causa autista oferece ainda um auxílio financeiro bimestral para famílias em situação de vulnerabilidade, beneficiando mais de 2 mil pessoas. Além disso, iniciativas como projetos de inclusão escolar, distribuição de cartilhas informativas e apoio à emissão de credenciais de trânsito demonstram o compromisso do estado com a causa.

    Um exemplo de superação é o de um piloto de automobilismo autista, natural do Paraná e radicado em Mato Grosso, que se tornou o primeiro com TEA registrado na Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA). Sua história é inspiradora e demonstra o potencial das pessoas com autismo.

  • Rondonópolis sanciona lei que permite cães de assistência no transporte público para pessoas com Transtorno do Espectro Autista

    Rondonópolis sanciona lei que permite cães de assistência no transporte público para pessoas com Transtorno do Espectro Autista

    Uma nova lei em Rondonópolis, sancionada pelo prefeito Cláudio Ferreira, garante o direito de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) utilizarem o transporte público municipal acompanhadas de seus cães de assistência.

    A permissão de viagens com os cães de assistência para pessoas com TEA nos ônibus da Autarquia Municipal do Transporte Coletivo (AMTC) passou a valer com a sanção do prefeito Cláudio Ferreira da Lei nº 14.057 de 5 de março de 2025, que também vem sendo denominada de ‘Lei Eloá’.

    A nova legislação municipal regulamenta o ingresso e permanência no transporte público municipal das pessoas com TEA acompanhadas de cães de assistência. Ao usuário acompanhado do cão de assistência fica garantida ainda prioridade no uso de assentos mais amplos e de fácil acesso.

    Com a sanção da lei, a estudante de medicina da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), Eloá Ribeiro, 20 anos, que é autista de suporte tipo 1, fez suas primeiras viagens em ônibus do transporte público local acompanhada do cão de assistência Hector. A experiência deu certo e Hector esteve com a jovem durante todo o trajeto de sua casa no bairro Vila Aurora até a sala de aula no bloco de Medicina do campus da UFR.

    Eloá comemorou a aprovação da lei de forma rápida e destacou que se sentiu acolhida pela gestão municipal desde o primeiro momento, quando solicitou à AMTC que pudesse utilizar o transporte coletivo público acompanhada do cão de assistência. O pedido da estudante mobilizou as equipes da autarquia municipal para que o transporte fosse regulamentado e agora, não só ela, como todas as pessoas com TEA,  podem passar a utilizar o transporte público local com seus cães de assistência de forma gratuita.

    Em 10 dias, a gestão municipal fez um projeto de lei e o encaminhou para votação na Câmara Municipal, tendo em vista que a legislação federal não trata especificamente da regulamentação do acompanhamento de cães de assistência para pessoas com TEA no transporte público.

    A lei municipal de autoria do poder executivo, aprovada pela Câmara de Vereadores, e sancionada pelo prefeito, é inédita entre os municípios de Mato Grosso e reafirma o compromisso da administração municipal com a inclusão social, acessibilidade e proteção dos direitos das pessoas com TEA.

    “Me senti muito acolhida pela Prefeitura e feliz em poder fazer, pelo menos um pouco, para garantir mais inclusão para as pessoas com Transtorno do Espectro Autista na nossa cidade”, disse a estudante que acrescentou que espera que a visibilidade sobre a lei possa fazer com que mais pessoas com TEA busquem a companhia de um cão de assistência e utilizem o transporte coletivo.

    Paulo Sérgio da Silva, superintendente-geral da AMTC, destacou que a iniciativa de criar uma legislação municipal regulamentando o transporte de cães de assistência de pessoas com TEA nos veículos do transporte coletivo local surgiu após o pedido feito pela estudante Eloá, uma vez que, até então, esse tipo de solicitação nunca havia sido recebido.

    “Chamamos a estudante para fazer testes nos ônibus com seu cão para compreender a adaptação dele e como deveríamos nos organizar para garantir esse direito não só para ela como para todos que precisarem. E, agora, com a aprovação da lei, todos que quiserem poderão usar o transporte coletivo com os cães de assistência”, afirmou e reforçou que a regulamentação de ingresso no transporte público específica para pessoas com TEA acompanhadas de cães de assistência é realidade em poucas cidades do Brasil e Rondonópolis é a primeira a regulamentar esse tipo de serviço em Mato Grosso.

    Para atender esse público, o superintendente-geral ressaltou que a AMTC fez um treinamento com os motoristas e está providenciando a sinalização dos assentos nos veículos destinados para as pessoas com TEA acompanhadas com os cães de assistência.

    “Desde que recebemos o pedido da Eloá nos mobilizamos para poder atendê-la, porque é uma determinação do prefeito Cláudio Ferreira para que possamos atender as solicitações dos usuários do transporte público de Rondonópolis”, finalizou.

    A Lei Municipal

    Rondonópolis sanciona lei que permite cães de assistência no transporte público para pessoas com Transtorno do Espectro Autista
    Rondonópolis sanciona lei que permite cães de assistência no transporte público para pessoas com Transtorno do Espectro Autista

    A nova lei municipal estabelece que o cão de assistência é o animal devidamente treinado e certificado para oferecer suporte físico, emocional e comportamental à pessoa com TEA, auxiliando em sua autonomia e qualidade de vida. Por isso, para serem transportados nos ônibus coletivos deverão ser respeitadas as exigências previstas no Decreto Federal nº 5.904, de 21 de setembro de 2006, que trata da identificação e utilização desses animais.

    A lei ainda define que o usuário acompanhado do cão de assistência deverá ter prioridade no uso de assentos mais amplos e de fácil acesso, garantindo segurança e conforto e que o direito de acesso ao cão de assistência não poderá ser condicionado ao uso de focinheira, exceto em situações onde a segurança do animal ou de terceiros justifique essa medida.

    Fica ainda vedada a cobrança de qualquer taxa, tarifa adicional ou encargo pelo ingresso e permanência dos cães de assistência no transporte público.

    Cães de assistência e inclusão

    Os cães de assistência desempenham um papel essencial no suporte físico e emocional das pessoas com Transtorno do Espectro Autista, auxiliando no desenvolvimento da comunicação, socialização e controle emocional, além de proporcionar maior segurança e qualidade de vida. São treinados por profissionais para oferecer suporte específico, sendo reconhecidos legalmente como um recurso fundamental para a inclusão e acessibilidade dessas pessoas.

    Portanto, a nova lei fortalece as políticas municipais de inclusão social, acessibilidade e proteção dos direitos das pessoas com TEA, reafirmando o compromisso da administração pública com a promoção da dignidade, independência e qualidade de vida dessa parcela da população.

  • Saúde cria grupo para propor ações de cuidados a pessoas com autismo

    Saúde cria grupo para propor ações de cuidados a pessoas com autismo

    Portaria do Ministério da Saúde publicada nesta quinta-feira (4) no Diário Oficial da União institui grupo de trabalho sobre transtorno do espectro autista (TEA). A proposta é estruturar ações integradas no âmbito da saúde para qualificar o cuidado integral a pessoas com TEA.

    Dentre as atribuições do grupo estão:

    – assessorar tecnicamente a Secretaria de Atenção Especializada à Saúde na proposição de políticas, programas e atividades referentes ao cuidado integral às pessoas com TEA;

    – propor a atualização da linha de cuidado e das diretrizes de atenção às pessoas com TEA e das diretrizes da estimulação precoce;

    – propor a revisão da Caderneta da Criança, que traz informações sobre autismo;

    – apoiar a elaboração de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas com finalidade de qualificar o diagnóstico de pessoas com TEA;

    – discutir a incorporação de novas tecnologias para o cuidado de pessoas com TEA nos serviços de saúde;

    – apoiar a elaboração de estudos para a incorporação de medicamentos para autismo;

    – apoiar a elaboração de pesquisa rápida de evidências sobre eficiência/eficácia quanto ao uso de abordagens terapêuticas para pessoas com TEA;

    – incentivar a qualificação dos profissionais que atuam nos serviços de saúde; e

    – apoiar a elaboração de estratégias de comunicação para o enfrentamento às notícias falsas relacionadas ao TEA.

    De acordo com a portaria, os membros do grupo de trabalho e seus respectivos suplentes serão indicados no prazo de 15 dias. “Os representantes serão indicados pelos titulares dos órgãos, preferencialmente, a partir de critérios de qualificação técnica e experiência no campo das políticas públicas para pessoas com deficiência”, define a portaria.

    “O coordenador do grupo de trabalho poderá convidar, sem direito a voto, representantes de outros órgãos e entidades, públicas ou privadas, bem como especialistas em assuntos afetos ao tema em discussão, cuja presença pontual seja considerada necessária ao cumprimento do disposto nesta portaria”, esclarece.

    A previsão é que o grupo se reúna em caráter ordinário mensalmente e, em caráter extraordinário, sempre que convocado pelo coordenador, durante o prazo de 365 dias, que poderá ser prorrogado uma única vez, por igual período.

    O relatório final das atividades do grupo deve ser encaminhado ao ministro da Saúde, até 30 dias após a conclusão dos trabalhos.

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  • A Voz dos Pais – Insatisfação com Palestra sobre Autismo em Lucas do Rio Verde

    A Voz dos Pais – Insatisfação com Palestra sobre Autismo em Lucas do Rio Verde

    A ALFFA (Associação Luverdense dos Familiares, Amigos e Autistas) lançou ontem (18) uma nota de repúdio contra a palestra proferida pelo pedagogo Geraldo Peçanha. Ela aconteceu na quarta-feira (17) e após sua realização, ocorreram diversas manifestações de indignação na página da entidade na internet.

    A palestra “Deficiências, Inclusão, Escola e a Responsabilidade de Todos: Caminhos” faz parte das ações da Secretaria Municipal de Educação relativo ao mês de Conscientização sobre o Autismo – Abril Azul. Peçanha, inclusive, vem realizando capacitações dos profissionais que atuam na educação de Lucas do Rio Verde.

    Na página da ALFAA, familiares de autistas fizeram vários questionamentos a respeito da abordagem de Peçanha sobre o tratamento de pessoas com espectro autista. Uma delas é relacionada à medicação e terapia. Na manifestação, os familiares questionaram o embasamento adotado pelo palestrante para justificar as declarações.

    Também foi questionada declaração sobre a sexualidade de pessoas autistas, de que apenas 30% dos portadores de TEA são heterossexuais., afirmando que tal pesquisa que foi realizada no ano de 2018, que a grande maioria dos autistas são homossexuais, bissexuais, transsexuais, entre outros. Tal afirmação é questionada pelos pais que dizem não haver embasamento científico para tal uma vez que a pesquisa não foi validada, tendo sido realizada pelo facebbok, atingindo publico específico, na representando a realidade das pessoas com TEA.

    Ontem a tarde, a reportagem de CenárioMT foi ao trabalho de capacitação realizado por Geraldo Peçanha junto a profissionais da rede pública. Após a capacitação, o pedagogo conversou com a imprensa e disse que terapia é apenas parte do tratamento, pois o aluno autista passa poucos momentos realizando esse procedimento, ficando a maior parte do tempo em família. Peçanha declarou que terapia, medicação e o trabalho inclusivo do Poder Público são essenciais.

    A entrevista não foi finalizada pois quando questionado por um integrante de um movimento popular local sobre a sexualidade de pessoas autistas,  Peçanha explicou que faria uma live no próximo dia 29 com um especialista no assunto. Porém, indagado sobre a declaração na palestra, o pedagogo acabou deixando o auditório onde estava sendo realizada a capacitação.

    Na nota emitida ontem, além de repudiar o posicionamento de Geraldo Peçanha, a ALFAA cobra alguns posicionamentos da Secretaria de Educação e Prefeitura Municipal. A entidade quer, por exemplo, que o PEI (Plano Educacional Individualizado) seja flexível e possa ser formulado com participação da comunidade.

    A entidade quer ainda um posicionamento do Poder Público. “Por fim, é de suma importância que a Prefeitura Municipal de Lucas do Rio Verde-MT manifestasse a fim de que esclareça os fatos narrados e quais as atitudes que serão tomadas”, diz a nota.

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    Nota de Repúdio

    A ALFAA – Associação Luverdense dos Familiares, Amigos e Autistas vem expressar seu total REPÚDIO a palestra proferida por Geraldo Peçanha Almeida intitulada “DEFICIÊNCIAS, INCLUSÃO, ESCOLA E A RESPONSABILIDADE DE TODOS: CAMINHOS” no mês de Conscientização sobre o Autismo – Abril Azul realizada pela Secretaria Municipal de Educação de Lucas do Rio Verde – MT, em 17/04/2024, na Câmara Municipal de Lucas do Rio Verde.

    As diversas falas sem qualquer comprovação científica, minimizando a importância das terapias na vida de crianças autistas, bem como o uso de medicação, causa indignação a todas as famílias que batalham arduamente por um mundo mais inclusive para seus filhos. Essa minimização além de absurda é perigosa e pode desmotivar muitos pais em relação aos tratamentos necessários para o desenvolvimento e bem-estar de seus filhos.

    Nos causa profundo espanto é que o Plano Educacional Individualizado (PEI) será implementado e utilizado pelo período de um ano, e os pais não poderão questionar após a assinatura. É fundamental ressaltar que o PEI deve ser flexível a alterações e reavaliações periódicas, de acordo com as necessidades individuais da criança. A imposição de restrições à participação dos pais nesse processo vai contra os princípios básicos de uma educação inclusiva e personalizada.

    A falta de embasamento científico em relação às afirmações do palestrante sobre a disforia de gênero associada ao autismo. É imprescindível que qualquer informação compartilhada em um contexto educativo seja respaldada por evidências científicas confiáveis, especialmente quando se trata de assuntos tão sensíveis como a sexualidade. Relatando “apenas 30% das pessoas autistas (atípicas) em um estudo de 2018 foram identificadas como heterossexuais, em comparação com 70% do grupo típicos Ou seja, a grande maioria dos autistas são homossexuais, bissexuais, transsexuais, entre tantos outros”, causando indignação nas famílias pela forma como foi abordado, sem trato com a questão de identidade de gênero e identificação das crianças.

    Sabemos a importância e a responsabilidade no cuidado de nossos filhos autistas, é fundamental que eles também recebam acolhimento, orientação e suporte adequados. A escola e a saúde são direitos fundamentais de todas as crianças, e colocar toda a responsabilidade no âmbito familiar, é injusto em inadequado.

    O Poder Público, como todo sabemos, tem o DEVER de proteger zelar e cuidar dos munícipes, especialmente aqueles que necessitem condições especiais para se desenvolver dignamente. Minimizar o papel do Poder Público não contribui com a inclusão que tanto batalhamos, o que precisamos é de uma sociedade forte, inclusiva, participativa e honesta.

    Esperasse que o município forneça palestras com embasamento científico, profissionais capacitados, sem falas tendenciosas e agressivas. Por fim, é de suma importância que a Prefeitura Municipal de Lucas do Rio Verde-MT manifestasse a fim de que esclareça os fatos narrados e quais as atitudes que serão tomadas.

  • Maiores demandas de famílias de autistas são na educação e saúde, diz presidente da ALFAA

    Maiores demandas de famílias de autistas são na educação e saúde, diz presidente da ALFAA

    O dia 2 de abril é o dia mundial de conscientização do autismo. A data foi estabelecida em 2007 pelas Nações Unidas. Desde então, várias ações são desenvolvidas como forma de aumentar a conscientização relacionada a todos os aspectos do transtorno do espectro do autismo (TEA). O autismo é uma condição de saúde caracterizada por desafios em habilidades sociais, comportamentos repetitivos, fala e comunicação não-verbal; entretanto, terapias adequadas a cada caso podem auxiliar essas pessoas a melhorar sua relação com o mundo.

    Ontem, em Lucas do Rio Verde, a presidente da Associação Luverdense dos Familiares, Amigos e Autistas, Karla Patrícia Quinzani, usou a tribuna da Câmara de Vereadores durante sessão extraordinária. Ela falou sobre os objetivos da ALFAA, criada em novembro do ano passado. A ideia da instituição foi reunir familiares de autistas e compartilhar experiências e buscar que políticas públicas sejam criadas para atender demandas existentes, garantia de direitos, além de trabalhar a conscientização da comunidade.

    “Eu como mãe de criança autista, eu tenho gêmeos de seis anos, e os dois são autistas. As demandas elas são muito grande em relação a educação como a saúde, que são as principais demandas que a gente tem hoje”, destacou.

    Intervenção precoce

    A preocupação em conscientizar a sociedade no sentido de assegurar uma intervenção precoce e assim conseguir benefícios para as crianças autistas. Karla observa que isso permite avançar, levando-se em consideração que a maioria dos autistas tem dificuldade na fala, se alimentar adequadamente, entre outras características. “E hoje a ciência fala que se a gente pegar a lacuna de um até seis anos, se a gente intervir, essa criança ela vai vencendo os atrasos e vai tendo melhora na qualidade de vida, vai se tornar um adulto independente, trabalhar, ter sua família. E se isso não acontecer, quem vai cuidar desse adulto? Essa conscientização é nesse sentido que nós precisamos de política públicas pra poder a fila andar, não é só aqui no nosso município, a nível de Brasil”, descreve.

    Entre as garantias que o grupo busca está o acesso à terapia adequada que auxilia no atendimento a essas situações. Karla reforça que algumas crianças que falam e outras que não conseguem a comunicação verbal. Por outro lado, há crianças com outras dificuldades. “É muito peculiar, é um espectro, é amplo. A principal característica é a falta de contato visual com a pessoa e o atraso na fala, são duas características muito fortes”, explica a presidente, ressaltando que somente essas duas características não fecham o diagnóstico. “A gente precisa pelo menos cinco características analisadas por profissionais que tenham essa capacitação, sejam psicólogos, psiquiatras, neurologistas, são eles que fazem esse essa análise”, não existindo exame que detecta o TEA, apenas a análise comportamental.

    Sobre as duas principais demandas, a presidente da ALFAA lamenta que o poder público não tenha assegurado, no início do ano, a presença de monitores nas escolas municipais. “A lei fala que a criança autista, se tiver prescrito pelo médico que acompanha, ela tem direito a um monitor e o ano letivo começou com vários déficits de monitores. A gente se reuniu várias vezes com a Secretaria de Educação, inclusive a doutora Danusa (Oneda) da OAB nos acompanhou numa dessas reuniões, e agora foi aberto um seletivo emergencial pra suprir essa demanda. A criança que tem prescrição e está sem o monitor, está tendo uma infração na legislação, o direito dessa criança está sendo violado”, ressaltou Karla. “Tem crianças que não falam, tem crianças que fogem da escola, só a professora não consegue. Então precisa, na educação, ter esse acompanhamento especializado, um monitor que acompanha a professora na sala de acordo com cada criança”.

    Na área de saúde as dificuldades são ainda maiores. Pais de autistas aguardam por atendimento de seus filhos, mesmo tendo o diagnóstico feito por neurologista, pediatra ou por psiquiatra. “A grande maioria não possui plano de saúde, não tem como pagar particular, o custo do tratamento do autismo é muito alto, porque são terapias com fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo, tem crianças que precisa fisioterapia, ecoterapia, então se você vê aí são mais de cinco tipos de modalidades de terapias. E a fila de espera está grande, tem muitas crianças na fila de espera e isso é muito ruim pro autismo, porque o tempo no autismo custa ouro. Os dias vão passando, os meses e o ano e a dificuldade e os atrasos dessa criança só vão aumentando se não for não for feita a intervenção corretamente”, lamenta.

    A presidente da ALFAA reforçou a necessidade da conscientização do autismo. “Por isso que hoje a gente fez essa fala. Se fosse o seu filho, você iria ficar esperando o tratamento na fila de espera? O que você faria? Essa é a é a pergunta, reflexão que a gente quer deixar nesse mês de abril. Nós precisamos ter essa conscientização. Eu sei que é difícil a gente se colocar no lugar do outro, mas antes precisamos falar isso, estar aberto e entender que há uma dor por trás dessas famílias, porque as famílias que não tem condições de ter plano de saúde, pagar particular, elas precisam de um tratamento especializado, e isso nós vamos se tornar realidade no nosso município, um município tão rico, eu acho que é possível se tornar uma realidade, a curto, médio, longo prazo. Mas precisamos planejar pra isso acontecer”, finaliza.

  • Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo: Um chamado para a inclusão e o respeito

    Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo: Um chamado para a inclusão e o respeito

    Hoje, 2 de abril, celebramos o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, uma data importante para promover a compreensão e o respeito pelas pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

    O autismo é um transtorno do desenvolvimento neurológico que afeta a forma como a pessoa se comunica e interage com o mundo. As pessoas com TEA podem apresentar dificuldades na comunicação verbal e não verbal, comportamentos repetitivos e interesses restritos.

    É importante lembrar que o autismo não é uma doença, mas sim uma condição que acompanha a pessoa ao longo de toda a vida. Não existe uma única causa para o autismo, mas acredita-se que seja resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais.

    Autismo . Fotos do Canva
    Autismo . Fotos do Canva

    O diagnóstico do autismo é fundamental para que a pessoa possa receber o tratamento adequado e ter acesso a serviços de apoio. O tratamento para o autismo é individualizado e pode incluir terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia comportamental.

    Ainda há muito preconceito e desinformação sobre o autismo. É importante conscientizar a sociedade sobre o transtorno para que as pessoas com TEA possam ter seus direitos garantidos e viver com dignidade e respeito.

    Neste Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, vamos juntos construir um mundo mais inclusivo e acolhedor para todas as pessoas, com ou sem autismo.

    Algumas ações que podemos fazer para promover a inclusão das pessoas com autismo:

    • Informar-se sobre o autismo: quanto mais você souber sobre o transtorno, melhor poderá compreender e ajudar as pessoas com TEA.
    • Respeitar as diferenças: cada pessoa com autismo é única e tem suas próprias necessidades. É importante respeitar essas diferenças e evitar fazer julgamentos.
    • Ser paciente: as pessoas com TEA podem precisar de mais tempo para processar informações e se comunicar. Seja paciente e compreensivo.
    • Promover a inclusão: incentive a participação das pessoas com TEA em atividades sociais e educativas.
    • Combater o preconceito: fale sobre o autismo com seus amigos e familiares e ajude a combater o preconceito e a discriminação.

    Juntos, podemos fazer a diferença na vida das pessoas com autismo!

  • Abril Azul: Prefeitura promove ações para conscientizar sobre o autismo em Lucas do Rio Verde

    Abril Azul: Prefeitura promove ações para conscientizar sobre o autismo em Lucas do Rio Verde

    O Abril Azul, campanha de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), está recheado de atividades em Lucas do Rio Verde. A Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, preparou uma programação especial para o mês, com ações que visam informar a população e promover a inclusão das pessoas com autismo.

    Panfletagem para iniciar a campanha

    No dia 3 de abril, a partir das 7h, a avenida Goiás, esquina com a avenida Paraná, será palco de uma panfletagem informativa. Pais de crianças atendidas no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Infantojuvenil e profissionais da unidade se unirão para distribuir materiais educativos sobre o TEA.

    Diversão e aprendizado para toda a família

    No dia 5 de abril, a partir das 14h, o Caps Infantojuvenil será palco de um evento especial para as famílias. Gincana, atividades ao ar livre e socialização garantirão a diversão, enquanto a equipe de profissionais da unidade oferecerá orientações valiosas sobre o autismo.

    Equipe multidisciplinar à disposição

    O Caps Infantojuvenil conta com uma equipe multidisciplinar dedicada ao atendimento de pessoas com TEA. Enfermeira, técnica em enfermagem, assistente social, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, psicólogas, médica clínica com especialização em saúde mental, psiquiatra, professor de dança, teatro e artesãos formam um time de profissionais experientes e atenciosos.

    Atendimento individualizado e em grupo

    A equipe do Caps oferece atendimento individual e em grupo, oficinas terapêuticas de teatro e dança, além de grupos terapêuticos para estimulação motora e sensorial. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h.

    Localização e acesso facilitados

    O Caps Infantojuvenil está situado na avenida Mato Grosso do Sul, nº 280 S, bairro Alvorada, esquina com a rua Corbélia. O acesso ao atendimento é livre demanda, ou seja, não necessita de encaminhamento da rede de saúde.

    Sobre o TEA: sinais e diagnóstico

    O autismo é um transtorno de desenvolvimento neurológico que pode ser detectado nos primeiros anos de vida, mas o diagnóstico definitivo geralmente ocorre entre os 4 e 5 anos de idade. A Sociedade Brasileira de Pediatria define o TEA como uma condição que afeta a comunicação e a interação social.

    Características que podem indicar o TEA:

    Dificuldade de interação social

    Dificuldade de comunicação

    Hipersensibilidade sensorial

    Desenvolvimento motor atrasado

    Comportamentos repetitivos ou metódicos

    Gravidade do TEA varia de pessoa para pessoa

    O autismo se manifesta em diferentes níveis, podendo ser leve, moderado ou grave. O diagnóstico preciso e o grau do TEA serão determinados por um profissional da saúde.

    Abril Azul: um mês para celebrar a inclusão

    As ações do Abril Azul em Lucas do Rio Verde reforçam o compromisso da Prefeitura com a inclusão e o bem-estar das pessoas com autismo. Participe das atividades e contribua para um mundo mais tolerante e acolhedor para todos!