Tag: Rio Grande do Sul

  • Aeronaves privadas de São Paulo levam 2,5 toneladas de doações ao RS

    Aeronaves privadas de São Paulo levam 2,5 toneladas de doações ao RS

    Empresários e pilotos já enviaram 2,5 toneladas de mantimentos ao Rio Grande de Sul a partir do Aeroporto do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo. O aeródromo é ponto de partida de jatos privados.

    Nos últimos dias, foi organizada uma campanha para recebimento de doações no hangar da empresa de aviação executiva Mine Too. Empresários disponibilizaram aeronaves, foram feitas doações de combustíveis e pilotos comandaram quatro voos de forma voluntária.

    Os mantimentos recebidos no local, no entanto, superam as doações de combustível necessárias para levar todo o material para as famílias atingidas pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul.

    Por isso, parte do material está sendo enviado também de caminhão para a região. No total, já foram enviadas, por terra e avião, mais de 20 toneladas de água, três toneladas de roupas e remédios e 12 toneladas de alimentos.

    FAB

    Em todo o país, a Força Aérea Brasileira (FAB) emprega 17 aeronaves para enviar doações aos municípios atingidos, além de apoiar os trabalhos de resgate. Segundo o último balanço divulgado pela Aeronáutica, já foram enviadas 108 toneladas de doações.

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  • Associações dizem que estoque de arroz para o Brasil está garantido

    Associações dizem que estoque de arroz para o Brasil está garantido

    Produtores de arroz e supermercados informam que não há risco de desabastecimento do grão no Brasil, apesar das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional. A garantia é da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).

    Diante do risco de haver especulação – e aumento da procura pelo produto, por consumidores preocupados em estocar arroz, para o caso de uma eventual falta nos mercados – o governo federal publicou, no Diário Oficial da União desta sexta-feira (10), uma medida provisória que autoriza a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a importar até 1 milhão de toneladas de arroz beneficiado ou em casca, por meio de leilões públicos, para recompor os estoques públicos.

    De acordo com a MP, os estoques terão, como destino preferencial, pequenos varejistas das regiões metropolitanas, “dispensada a utilização de leilões em bolsas de mercadorias ou licitação pública para venda direta”.

    A expectativa é de que, na primeira etapa, sejam compradas 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia.

    Abastecimento garantido

    Segundo a Federarroz, a colheita no RS abrange, até o momento, 83% do total da área prevista para a safra. A entidade acrescenta que o produto colhido apresenta “boa qualidade e produtividade, o que garante o abastecimento dos brasileiros”.

    Presidente da entidade, Alexandre Velho disse que as áreas onde a colheita já foi feita apresentam boas médias de produtividade. “Já temos um bom volume de arroz e mesmo que a gente tenha dificuldades na colheita deste saldo que falta colher, certamente o Rio Grande do Sul tem plenas condições de colher uma safra bem acima dos sete milhões de toneladas”, disse.

    “Embora tenhamos este grande problema com relação à colheita do que falta, nós temos plenas condições de afirmar que nós não temos problemas com relação ao abastecimento do mercado interno”, acrescentou.

    Segundo ele, há um “problema momentâneo de logística”, principalmente na ligação com o interior do estado, mas a ligação com os grandes centros, por meio da BR-101, está normal. “Temos bastante arroz para deslocar para as regiões centrais do Brasil. Então não existe qualquer problema com relação ao abastecimento ou uma necessidade urgente de importação”, complementou.

    Supermercados

    Na mesma linha dos rizicultores, a Associação Brasileira de Supermercados informou estar normalizado o abastecimento no varejo, “com diversas marcas, preços e promoções para atender à demanda de consumo tanto nas lojas físicas quanto pelo e-commerce”.

    A entidade, no entanto, recomenda, aos consumidores, que não façam estoques em casa para que todos tenham acesso contínuo ao produto.

    Em caráter preventivo, a Abras manifestou apoio à abertura da importação anunciada pelo governo federal para completar o abastecimento da população brasileira.

    Edição: Aline Leal

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  • Papa Francisco destina mais de meio milhão de reais para ajudar vítimas das enchentes

    Papa Francisco destina mais de meio milhão de reais para ajudar vítimas das enchentes

    O Papa Francisco destinou a soma de 100 mil euros (em torno de R$ 550 mil) para auxílio humanitário às vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul. A informação foi divulgada nesta quinta-feira pelo jornal oficial do Vaticano e confirmada pelo arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Jaime Spengler.

    “Fomos informados através da Nunciatura Apostólica que o Santo Padre destinou um valor substancial, através da Esmolaria Apostólica, para auxílio dos desabrigados. Este valor, em torno de 100 mil euros, será repassado para a Regional Sul 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que abrange todo o Rio Grande do Sul, para ajudar no que for possível”, afirmou Spengler.

    No último domingo, 5 de maio, o Papa já havia expressado sua solidariedade com as pessoas atingidas pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul, que já causaram 107 mortes e afetam 428 municípios do estado. “Quero assegurar a minha oração pelas populações do estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, atingidas por grandes inundações: que o Senhor acolha os mortos e conforte os familiares e quem teve que abandonar suas casas”, afirmou o pontífice.

    BALANÇO – Segundo atualização divulgada pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul às 12h10 desta quinta-feira (9/5), o total de municípios impactados pelas chuvas no estado chegou a 428. São 67.563 pessoas em abrigos, 165.112 mil desalojados, 1,4 milhão de pessoas afetadas pelos efeitos das chuvas. O número de óbitos confirmados chegou a 107 e há 136 desaparecidos e 374 feridos.

    FORÇA-TAREFA – O Governo Federal atua com uma Força-Tarefa que envolve 17 ministérios e mais de 15 mil profissionais diretamente, entre integrantes das Forças Armadas, das Forças de Segurança (Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional), servidores da área de saúde, da defesa civil, além de integrantes das áreas de assistência social, transportes, comunicações, energia elétrica e fornecimento de água. O trabalho é realizado em parceria com o Governo do Rio Grande do Sul e as prefeituras municipais.

    Mais de 60 mil pessoas e mais de cinco mil animais domésticos foram resgatados desde o início dos trabalhos. Uma mobilização de todo o país já fez chegar ao estado mais de 800 toneladas de donativos enviados pela sociedade civil via Correios, entre gêneros de primeira necessidade, colchões, água potável, purificadores de água, roupas e ração para animais domésticos.

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  • Governo anuncia pacote de R$ 50 bilhões em suporte ao Rio Grande do Sul

    Governo anuncia pacote de R$ 50 bilhões em suporte ao Rio Grande do Sul

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e ministros, anunciou, nesta quinta-feira (9/5), Medida Provisória que destina R$ 50,94 bilhões para o estado do Rio Grande do Sul, contendo uma série de ações iniciais para a reconstrução do estado, assolado pelas enchentes dos últimos dias. Somente para empresas localizadas no Estado, os recursos somam R$ 6 bilhões, que devem alavancar até R$ 35 bilhões em crédito.

    “O que vocês viram aqui foram as primeiras medidas de crédito. Isso não termina aqui. Eu tenho dito aos ministros que nós temos que nos preparar porque a gente vai ter o tamanho da grandeza dos problemas quando a água baixar e quando os rios voltarem à normalidade”, afirmou o presidente da República, que também destacou a solidariedade e a generosidade do povo brasileiro com a população do Rio Grande do Sul.

    O vice-presidente ressaltou que das 12 medidas que compõem a MP, cinco são voltadas às empresas, como a prorrogação de vencimento de tributos e ampliação de crédito para agropecuária, comércio e indústria. “São ações para fazer frente aos desafios já mapeados, e ajudar a população gaúcha a reconstruir suas empresas e a economia do estado. Vamos continuar atentos para as necessidades do estado”, afirmou.

    Entre as principais medidas anunciadas está o aporte de R$ 500 milhões no Fundo Garantidor de Investimento (FGI), gerido pelo BNDES, que irá gerar até R$ 5 bilhões em operações de crédito para micro, pequenas e médias empresas e microempreendedores individuais (MEIs), por meio do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (FGI-PEAC) .

    “Isso é crucial nesse tipo de evento, porque normalmente quem perdeu muito não tem o que dar como garantia”, explicou Nelson Barbosa, diretor de planejamento e estruturação de projetos do BNDES.

    A concessão de garantias por parte de agentes financeiros, por meio do FGI-PEAC, já está disponível a partir deste mês de maio, com taxa média de juros de 1,75% ao mês.

    Além disso, serão destinados R$ 4,5 bilhões para concessão de garantias em outro fundo — o Fundo Garantidor de Operações —, com potencial para gerar concessão de crédito de R$ 30 bilhões no âmbito do Programa Nacional de Apoio a Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

    Também será colocado R$ 1 bilhão para concessão de desconto em juros de créditos garantidos pelo Pronampe, até o valor máximo de crédito concedido passível de desconto de R$ 2,5 bilhões (ou seja, dos R$ 30 bilhões potenciais de crédito, R$ 2,5 bilhões serão concedidos com desconto de juros).

    A MP prevê, ainda, a prorrogação por, no mínimo, três meses, dos prazos de recolhimento de tributos federais e Simples Nacional; e dispensa da apresentação da Certidão Negativa de Débitos para facilitar o acesso ao crédito em instituições financeiras públicas.

    As medidas voltadas a empresas se somam ao total de R$ 50,9 bilhões destinados também a trabalhadores, produtores rurais, estado, municípios e famílias beneficiárias de programas sociais do Rio Grande do Sul.

    Medidas para empresas

    MEDIDA 1 – Aporte de R$ 4,5 bilhões para concessão de garantias de crédito no Fundo Garantidor de Operações, Programa Nacional de Apoio a Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe)

    O QUE É: Aporte de R$ 4,5 bilhões em recursos no FGO que permitirão a concessão de garantias, e então a alavancagem da concessão de crédito no total de R$ 30 bilhões às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte no âmbito do Pronampe.

    BENEFICIÁRIOS: Microempresas e Empresas de Pequeno Porte

    PERÍODO: Maio em diante

    IMPACTO: R$ 4,5 bilhões de aporte, com potencial de alavancagem de R$ 30 bilhões

    MEDIDA 2 – R$ 1 bilhão para subvenção de juros no Programa Nacional de Apoio a Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe)

    O QUE É: Será colocado R$ 1 bilhão para concessão de desconto em juros de créditos garantidos pelo Pronampe, até o valor máximo de crédito concedido passível de desconto de R$ 2,5 bilhões (ou seja, dos R$ 30 bilhões potenciais de crédito, R$ 2,5 bilhões serão concedidos com desconto de juros).

    BENEFICIÁRIOS: Microempresas e Empresas de Pequeno Porte

    PERÍODO E CONDIÇÕES: Pronampe: maio em diante, financiamento de até 72 meses (até 24 meses de carência), com subsídio do governo federal para reduzir a taxa de juros para 4% nominal (taxa de juros real zero) para os primeiros R$ 2,5 bilhões tomados e depois juros normal da linha.

    IMPACTO: R$ 1 bilhão para desconto de juros no Pronampe até o limite de R$ 2,5 bilhões de créditos concedidos.

    MEDIDA 3 – R$ 500 milhões no Fundo Garantidor de Investimentos para garantir a alavancagem de crédito no Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (FGI-PEAC)

    O QUE É: Serão colocados R$ 500 milhões para concessão de garantias via Fundo Garantidor de Investimentos para alavancagem, no Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (FGI-PEAC) de até R$ 5 bilhões a serem concedidos a Microempresários Individuais, Micro, Pequenas e Médias Empresas. Neste caso, o aporte alavanca e garante acesso ao crédito, não se fazendo subvenção da taxa de juros. No caso do FGI-PEAC, o operador é o BNDES.

    BENEFICIÁRIOS: Microempresários Individuais, Micro, Pequenas e Médias Empresas

    PERÍODO E CONDIÇÕES: Maio em diante, com taxa de juros média de 1.75% a.m, com bancos que oferecem até 1.55% a.m.

    IMPACTO: R$ 500 milhões em aporte de garantias no Fundo Garantidor de Investimentos para alavancar até R$ 5 bilhões em concessão de crédito

    MEDIDA 4 – Prorrogação de vencimento de tributos

    O QUE É: Prorrogação por no mínimo 3 meses dos prazos de recolhimento de tributos federais e SIMPLES Nacional

    BENEFICIÁRIOS: 203 mil empresas

    PERÍODO: 3 meses (abril, maio e junho)

    IMPACTO: R$ 4,8 bilhões

    MEDIDA 5 – Dispensa da apresentação da Certidão Negativa de Débitos para facilitar o acesso ao crédito em instituições financeiras públicas

    O QUE É: Dispensa de apresentação de certidão negativa de débito para contratações e renegociações de crédito junto a instituições financeiras públicas

    BENEFICIÁRIOS: Empresas e produtores rurais

    PERÍODO: 6 meses (maio a novembro)

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  • Governo Federal publica medida para recomposição de estoques públicos de arroz

    Governo Federal publica medida para recomposição de estoques públicos de arroz

    Para o enfrentamento das consequências sociais e econômicas decorrentes das enchentes no estado do Rio Grande do Sul, o Governo Federal publicou uma medida provisória autorizando, em caráter excepcional, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a importar até um milhão de tonelada de arroz beneficiado ou em casca para recomposição dos estoques públicos.

    A decisão foi tomada diante do alto volume de chuvas na região Sul, afetando a produção gaúcha, responsável por cerca de 68 % do arroz produzido no Brasil. O objetivo é evitar especulação financeira e estabilizar o preço do produto nos mercados de todo o país.

    O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reforçou que a iniciativa visa evitar alta nos preços e que o arroz importado não irá concorrer com os agricultores brasileiros, pois o produto comprado no comércio externo deve ser repassado apenas para pequenos mercados.

    “Neste momento, a medida vem para evitar qualquer especulação com o preço do arroz. Também já conversei com os produtores para deixar claro que não é para concorrer com o nosso arroz, até porque os produtores já têm para suprir a demanda nacional, porém, tem dificuldade logística. Com a dificuldade logística para abastecer, vem a especulação”, explicou Fávaro. “Não queremos qualquer peso no bolso do brasileiro. Queremos estabilidade e comida na mesa”, completou.

    A compra será realizada por meio de leilões públicos a preço de mercados. Os estoques serão destinados, preferencialmente, à venda para pequenos varejistas das regiões metropolitanas, dispensada a utilização de leilões em bolsas de mercadorias ou licitação pública para venda direta. A autorização é limitada ao exercício financeiro de 2024.

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  • Mapa facilita e prioriza doações internacionais para o Rio Grande do Sul

    Mapa facilita e prioriza doações internacionais para o Rio Grande do Sul

    Em movimento de extrema agilidade e atendendo às necessidades humanitárias do Rio Grande do Sul, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) determinou na manhã desta quinta-feira (9) que cargas provenientes de doações internacionais para o Rio Grande do Sul sejam facilitadas e priorizadas em todos os pontos de Vigilância Agropecuária do Brasil, ou seja, onde é feito todo o controle de importação e exportação de produtos agropecuários.

    A medida segue recomendação do ministro Fávaro para atender à população do Rio Grande do Sul e foi tomada pela Coordenação-Geral do Sistema de Vigilância Agropecuária (Vigiagro) assim que o Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), foi acionado pela Azul Linhas Aéreas, que está recebendo doações de civis dos Estados Unidos. Nesta sexta (10) existe uma previsão de chegar em Viracopos uma carga com toneladas de rações para pets e leite em pó para consumo humano.

    O chefe da Divisão de Defesa Agropecuária de São Paulo (DDA-SP), Fabio Paarmann, explicou que o controle agropecuário não deixará de existir, mas, em função da catástrofe, será bastante ágil. Amostras de produtos devem ser coletadas, mas a burocracia será reduzida. Ele lembra que é fundamental acompanhar a destinação dos produtos que vão entrar no país.

    PROCEDIMENTO

    Assim que procurada pela companhia aérea, a chefe do Vigiagro de Viracopos, Rita Lourenço, procurou o superintendente do Mapa em São Paulo, Guilherme Campos, para que ele intermediasse a demanda junto ao ministro Carlos Fávaro. Ainda no começo da manhã, a Secretaria-Executiva do Mapa em Brasília foi acionada e antes do meio-dia a determinação foi formalizada para todo o país.

    Desta forma, a Coordenação-Geral do Vigiagro irá direcionar as demandas aos diferentes departamentos do Mapa que estejam envolvidos com os produtos agropecuários e encaminhar as autorizações diretamente à unidade que servirá como porta de entrada dos itens no Brasil. As doações poderão chegar em aeroportos, portos e nas fronteiras terrestres.

    Segundo Rita, no caso dessa doação dos Estados Unidos, a exportadora será a Azul Linhas Aéreas e o importador será o Estado do Rio Grande do Sul. Mas ela já foi comunicada que Canadá, Portugal e Reino Unido também querem enviar doações.

    Rita, Fabio e Guilherme se reuniram no final da manhã para tratar de detalhes práticos de como a ação ocorrerá em Viracopos. “Numa situação como essa, a agilidade do Mapa foi fundamental. Não dá para seguir o trâmite normal”, disse o superintendente.

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  • Mapa elabora proposta para atender produtores gaúchos

    Mapa elabora proposta para atender produtores gaúchos

    Para apresentar medidas céleres e efetivas para socorrer a agropecuária do Rio Grande do Sul, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, mantem um canal de diálogo constante com representantes do setor no estado. Na noite desta quinta-feira (9), voltou a se reunir com a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e representantes de 122 sindicatos rurais dos municípios gaúchos e também do Ministério da Fazenda parar avaliar o impacto das ações já apresentadas e debater novas medidas.

    Além da suspensão imediata das parcelas vincendas do crédito rural gaúcho e de um novo programa de renegociação de dívidas que já estão sendo elaborados, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) está trabalhando em uma proposta extraordinária para o Programa de Subvenção do Seguro Rural (PSR) que atenda especificamente aos produtores do Rio Grande do Sul.

    “Há três anos, a safra do Rio Grande do Sul vem sofrendo com estiagens e chuvas intensas. É fundamental que tenhamos um amplo programa de Seguro Rural porque o seguro vai significar garantia de renda”, explicou o ministro.

    Outra proposta que está sendo estruturada é a de um Fundo Garantidor de Operação de Crédito Rural, para que os produtores continuem tendo acesso às linhas de crédito para a reconstrução e retomada de suas atividades agrícolas. Também está sendo tratada, junto ao Ministério da Fazenda, a possibilidade da operacionalização de linhas de créditos por parte das cooperativas financeiras.

    Visando dar mais agilidade ao processo de reconstrução, a equipe técnica de 15 engenheiros do Mapa foi disponibilizada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR) para atuar na avaliação dos projetos.

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  • Governo cria malha aérea emergencial para atender o Rio Grande do Sul

    Governo cria malha aérea emergencial para atender o Rio Grande do Sul

    O Ministério de Portos e Aeroportos anunciou nesta quinta-feira (9), em Brasília, a disponibilização de uma malha aérea emergencial com 116 voos comerciais semanais para atender a população do Rio Grande do Sul, afetada por fortes chuvas e enchentes, que obrigaram o fechamento, por tempo indeterminado, do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, que permanece com pista, pátio e saguão completamente alagados.

    Antes do fechamento, o aeroporto da capital gaúcha estava entre os 10 mais movimentados do país e representava quase 90% do volume de passageiros transportados em todo o estado.

    Segundo o ministro Sílvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, dos 12 aeroportos existentes hoje no Rio Grande do Sul, seis terminais farão parte do plano emergencial, com ampliação de voos e número de passageiros, além da Base Aérea de Canoas, na região metropolitana, que se tornou o principal centro logístico para a chegada de cargas e operações de resgate, e que poderá receber cinco voos comerciais diários e até 35 por semana.

    Ao todo, segundo o governo, serão 53 voos semanais operando nos aeroportos de Caxias do Sul, Santo Ângelo, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria e Uruguaiana, no interior do estado.

    Além disso, os aeroportos de Florianópolis, Chapecó e Jaguaruna, em Santa Catarina, também farão parte do plano para apoio à população do Rio Grande do Sul, com ampliação de frequências e número de assentos.

    Os aeroportos regionais gaúchos e catarinenses estão operacionais e as principais companhias aéreas estão disponibilizando a venda de bilhetes para os novos voos. As principais ligações aéreas, nessa primeira fase, serão os aeroportos de Guarulhos, na Grande São Paulo, e Viracopos, em Campinas (SP), além do aeroporto Afonso Pena, em Curitiba.

    O Ministério de Portos e Aeroportos explicou que a malha aérea emergencial amplia de sete mil para 13 mil os assentos semanais em voos para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O volume representa uma fração do que o Aeroporto de Porto Alegre ofertava quando estava em funcionamento, transportando 100 mil passageiros por semana.

    “Nós vamos avançar na aviação regional. Naturalmente, conforme a demanda da população, a gente vai ampliando o número de voos regionais, para que a sociedade brasileira, sobretudo o povo do sul, possa ter acesso aos voos que são tão importantes para o estado”, afirmou o ministro Sílvio Costa Filho.

    Canoas

    O início dos voos comerciais para a Base Aérea de Canoas ainda não tem data marcada e deve levar, pelo menos, alguns dias. A operação será toda coordenada pela Fraport, a concessionária que administra o aeroporto de Porto Alegre.

    “A Fraport assumiu a operação, está estruturando o aeroporto [de Canoas], o que vocês sabem que leva alguns dias. E a gente espera que a Fraport possa o quanto antes iniciar os cinco voos diários”, explicou o ministro.

    A estruturação inclui montagem da logística, adaptação do terminal de passageiros, montagem de equipamentos de raio-X, escadaria de acesso a aeronaves, segurança e logística de bagagens, entre outros serviços essenciais para a aviação civil.

    A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que atuou na construção do plano emergencial, informou que as principais companhias áreas do país estão interessadas e envolvidas na operação da nova malha aérea.

    “Todas as empresas aéreas – Gol, Latam e Voepass – operam nessas seis bases [aeroportos regionais] que foram apresentadas, e têm interesse de operar, também, dentro da viabilidade operacional de segurança, na base área de Canoas, quando isso estiver regularizado para operação regular”, afirmou Jurema Monteiro, presidente da entidade que representa as aéreas.

    Malha emergencial

    Veja como fica a malha aérea emergencial no Rio Grande do Sul e Santa Catarina:

    Aeroporto de Caixas do Sul (RS) | 25 voos semanais

    Aeroporto de Santo Ângelo (RS) | 2 voos semanais

    Aeroporto de Passo Fundo (RS) | 16 voos semanais

    Aeroporto de Pelotas (RS) | 5 voos semanais

    Aeroporto de Santa Maria (RS) | 2 voos semanais

    Aeroporto de Uruguaiana (RS) | 3 voos semanais

    Base aérea de Canoas (RS) | 35 voos semanais

    Aeroporto de Florianópolis (SC) | 21 voos semanais

    Aeroporto de Jaguaruna (SC) | 7 voos semanais

    Aeroporto de Chapecó (SC) | aumento de capacidade da aeronave

    Edição: Kleber Sampaio

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  • Telefonia e internet permanecem instáveis em 222 cidades gaúchas

    Telefonia e internet permanecem instáveis em 222 cidades gaúchas

    O sinal da telefonia móvel e de outros serviços de telecomunicações funcionam parcialmente em 222 cidades gaúchas, em decorrência das fortes chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul na última semana. A interrupção parcial ocorre quando há pelo menos uma operadora funcionando em uma determinada região, ainda que outras estejam com serviço afetado.

    Já em outros quatro municípios, o apagão da telefonia móvel é total: Arroio do Meio, Doutor Ricardo, Eldorado do Sul e Progresso. Nessas localidades, não há sinal de telefonia.

    O balanço foi apresentado nesta quinta-feira (9) pelo ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que foi a Porto Alegre para acompanhar as ações de resposta à crise.

    “Além das operadoras estarem atuando para retomar o serviço da banda larga móvel, os provedores de pequeno e médio porte estão, dentro do possível, com equipes mobilizadas para restabelecer o serviço”, afirmou o ministro. Ele se reuniu mais cedo com a associação de pequenos e médios provedores de internet banda larga e ouviu relatos de que parte dessas empresas foram muito atingidas pelo evento climático.

    O ministro prometeu apoio do governo federal para a recuperação do setor.

    Ainda segundo Juscelino Filho, a Telebrás disponibilizou antena para conexão de internet banda larga de alta velocidade via satélite, que foram alocadas nas áreas que seguem com serviços regulares interrompidos.

    Edição: Carolina Pimentel

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  • RS: nível do Guaíba fica abaixo de 5 m; rios sobem no sul do estado

    RS: nível do Guaíba fica abaixo de 5 m; rios sobem no sul do estado

    O nível rio Guaíba ficou abaixo de 5 metros nesta quinta-feira (9). No último domingo (5), o Guaíba registrou a marca de 5,3 metros, a maior máxima histórica, superando a cheia de 1941, quando alcançou 4,75 metros. .

    Às 14h15 de hoje, o nível era de 4,92 metros, conforme levantamento da Agência Nacional de Águas (ANA).

    A tendência é de queda, porém as marcas ainda estão acima da cota de inundação, limite antes de uma enchente, que é de 3 metros.

    De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, os níveis dos rios no Rio Grande do Sul ainda estão altos, principalmente nos rios Uruguai, Jacuí, Sinos, Gravataí e na Lagoa dos Patos, da Bacia do Taquari.

    Lagoa dos Patos

    Esse grande volume de água vai para o Guaíba e, depois, chega à Lagoa dos Patos, no sul do estado. Conforme o serviço, todos os pontos de monitoramento registram marcas acima da cota da inundação, porém é observado declínio nas últimas horas.

    Inmet

    O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê chuvas fortes no Rio Grande do Sul a partir desta sexta-feira (9). A expectativa é de que se prolongue até o domingo (12) com maior intensidade entre o centro-norte e leste do estado, incluindo o litoral norte e o sul de Santa Catarina.

    “Neste período, os volumes de chuva podem passar dos 100 milímetros (mm). Ainda conforme a previsão, os ventos mudarão de direção e soprarão predominantemente de sul. Entre o fim do domingo (12) e a segunda-feira (13), as rajadas variam de oeste a sul e depois de sul, com velocidade acima de 30 km/h. Já na terça-feira (14), os ventos enfraquecem”, informou o instituto.

    Edição: Carolina Pimentel

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