Tag: pantanal

  • Silvio Fávero pede reforço do Exército no combate às queimadas em Mato Grosso

    Silvio Fávero pede reforço do Exército no combate às queimadas em Mato Grosso

    Parlamentar também reivindica ao Governo do Estado parceria para utilização de aviões agrícolas.

    Diante do estado de calamidade pública decretado em Mato Grosso, o deputado Silvio Fávero oficializou, nesta quarta-feira (16.09), o pedido de ajuda do Exército Brasileiro para reforçar as ações de combate às queimadas no Estado.

    O Pantanal é o bioma brasileiro mais afetado pelas queimadas proporcionalmente, mas em Mato Grosso os incêndios estão espalhados por todo o estado. Dados do Prevfogo, o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos incêndios florestais do Ibama, em 2020 mostram que a área queimada no Pantanal já passou de 2,3 milhões de hectares, sendo 1,2 milhão em Mato Grosso e mais de 1 milhão em Mato Grosso do Sul.

    “Nem a ação do corpo de bombeiros, com o apoio dos produtores rurais e de moradores das diversas regiões tem sido suficiente para impedir que as chamas se espalhem rapidamente pela vegetação seca, em meio a áreas de difícil acesso. O apoio dos brigadistas do Exército é mais que necessário para conter as chamas que avançam por diversas regiões, colocando em risco os biomas mato-grossenses”, argumentou Fávero, em ofício encaminhado ao Comandante da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, General Reinaldo Salgado.

    O parlamentar também é autor de indicação direcionada ao Governo do Estado sobre a necessidade de utilização de aviões agrícolas, por meio de parcerias públicas privadas, para ampliar o controle e combate dos incêndios no Estado do Mato Grosso. “O Brasil detém uma das maiores e melhores aviações agrícolas do planeta, e o Estado do Mato Grosso lidera internamente, com aproximadamente 22% da frota nacional, o que significa 494 aeronaves. Em Mato Grosso, o número de operadores privados também aparece em primeiro lugar. Esse apoio também seria de grande valia no combate às chamas”, completou Silvio Fávero.

    Incêndios no Pantanal

     

    Emergência homologada

    O decreto de situação de emergência no âmbito do Estado, em decorrência dos incêndios florestais foi homologado pela União nesta quarta-feira (16.09).  A medida permite que Mato Grosso adote medida de reforço na prevenção e combate aos focos, assim como a manutenção de serviços públicos nas áreas atingidas pelo fogo.

    https://www.cenariomt.com.br/mato-grosso/uniao-homologa-situacao-de-emergencia-em-decorrencia-dos-incendios-florestais-em-mt/

  • União homologa situação de emergência em decorrência dos incêndios florestais em MT

    União homologa situação de emergência em decorrência dos incêndios florestais em MT

    O decreto de situação de emergência no âmbito do Estado, em decorrência dos incêndios florestais foi homologado pela União nesta quarta-feira (16.09).  A medida permite que Mato Grosso adote medida de reforço na prevenção e combate aos focos, assim como a manutenção de serviços públicos nas áreas atingidas pelo fogo.

    A normativa foi reconhecida pelo ministro de Estado de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho e publicada no Diário Oficial da União. A situação de emergência foi decretada pelo governador Mauro Mendes no dia 14 de setembro, devido ao aumento das áreas atingidas pelos incêndios no Pantanal mato-grossense e outras regiões do Estado. A ausência das chuvas também tem contribuído.

    Incêndios no Pantanal

     

    Não há previsão de chuvas para Mato Grosso, conforme informações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Todas essas condições têm causado danos ambientais e materiais, agravando à saúde da população e trazendo prejuízos econômicos e sociais.

    “Esse reconhecimento da situação por parte do Governo Federal veio de forma célere e vai permitir que dobremos a nossa estrutura de combate ao fogo. Poderemos alugar mais aeronaves, contratar mais equipes e realizar aquisições em caráter de urgência para fazer frente aos incêndios. Sem essa medida, esses trâmites demorariam meses”, explicou o governador.

    Pelo decreto está autorizada, entre outras medidas, a aquisição de bens e materiais mediante dispensa de licitação, conforme preceitua o artigo 24, IV, da Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, respeitados os requisitos constantes do artigo 26 da mesma lei, entre outros. O decreto tem duração de 60 dias podendo ser prorrogado por igual período.

    Atualmente, a estrutura de pessoal utilizada em todo o Estado para o combate aos incêndios florestais é de 2.500 profissionais, entre Forças de Segurança, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, voluntários e Exército Brasileiro. No combate estão sendo utilizadas seis aeronaves, três  helicópteros, maquinário e veículos de apoio oficiais e de voluntários, um total de 40 equipes.

    O governador Mauro Mendes e os ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, vão se reunir  nesta quarta-feira (16.09), no hangar do Ciopaer, no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, para tratar de medidas de combate aos incêndios florestais no Estado.

  • Governador de Mato Grosso: “Quem está cometendo crime ambiental não vai dormir sossegado”

    Governador de Mato Grosso: “Quem está cometendo crime ambiental não vai dormir sossegado”

    O governador Mauro Mendes afirmou que os autores de crimes ambientais em Mato Grosso, como os incêndios florestais, vão sofrer as consequências da lei, desde multas até a responsabilização na esfera criminal.

    Mendes concedeu entrevista para a CNN Brasil, na manhã desta quarta-feira (16.09) e fez um balanço da atuação do Governo de Mato Grosso no combate ao fogo, especialmente no Pantanal.

    “Alguém começa o fogo, pode ser por acidente ou de forma criminosa. Nós não vamos amaciar para ninguém que cometeu crime ambiental no nosso estado. Quem não cometeu crime pode ficar tranquilo, mas quem cometeu crime não vai dormir sossegado”, ressaltou.

    Conforme o governador, com o monitoramento via satélite o Governo do Estado consegue identificar em até 24 horas o local exato do início do fogo e verificar se foi um acidente ou ocorreu de forma criminosa.

    “Já emitimos mais de R$ 100 milhões em multas para aqueles que começaram os incêndios. E vamos responsabilizar objetivamente aqueles que praticaram crime ambiental, para quem usou fogo nesse período. Existem os acidentes e, lamentavelmente, nesses casos não poderemos responsabilizar”, explicou.

    Além das multas, os responsáveis responderão criminalmente. Recentemente, o Governo do Estado identificou, via perícia, que vários incêndios ocorridos em áreas do Pantanal foram criminosos. Os casos estão sendo investigados pela Delegacia de Meio Ambiente (Dema).

    Ações de combate

    Desde março, o Governo de Mato Grosso tem executado o Plano de Ação de Combate ao Desmatamento Ilegal e Incêndios Florestais.

    De acordo com o governador, já foram mais de R$ 22 milhões investidos de recursos próprios, contando com 40 equipes espalhadas por todo o estado para o combate ao fogo, seis aeronaves, três helicópteros e mais de 2500 profissionais envolvidos, desde bombeiros, voluntários, integrantes da Defesa Civil e do Exército.

    “Estamos fazendo tudo o que é possível, até no limite do impossível. Temos muitas equipes mobilizadas atuando na região do Pantanal. Estamos vivendo um longo período de estiagem, mais de 100 dias sem chover no estado. A baixa umidade relativa do ar cria, com o calor, uma condição muito adequada para que haja incêndios e quando isso acontece, ele se propaga muito rapidamente”, frisou.

    Nesta semana, Mendes decretou estado de calamidade, que foi reconhecido nesta quarta-feira pelo Governo Federal.

    “Estamos comprando de forma emergencial mais equipamentos e alugando mais aviões para ajudar a conter o fogo. Porque no Pantanal há muitas áreas de difícil acesso. Demora às vezes muitas horas para chegar porque não tem estrada, há condições que dificultam o acesso dos Bombeiros. Estamos praticamente dobrando essa infraestrutura para combater o incêndio no Pantanal e em outras regiões do estado, já que infelizmente é um problema muito comum nessa época”, completou.

  • Ministros em Mato Grosso: preocupação com os incêndios florestais no Estado

    Ministros em Mato Grosso: preocupação com os incêndios florestais no Estado

    O governador Mauro Mendes e os ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, se reúnem nesta quarta-feira (16.09), no hangar do Ciopaer, no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, para tratar de medidas de combate aos incêndios florestais no Estado.

    Após a reunião, eles atenderão a imprensa em entrevista coletiva, por volta das 13h30. A visita dos ministros estava prevista para terça-feira (15.09), porém por problemas na aeronave, eles não chegaram a pousar no Estado.

    Na segunda-feira (14.09), o governador assinou decreto de calamidade para acessar recursos e contratos de emergência. Essa iniciativa irá oportunizar dobrar também os equipamentos empregados nas ações e ampliar a proteção à fauna e flora do Estado.

    Atualmente, a estrutura de pessoal utilizada em todo o Estado para o combate aos incêndios florestais é de 2.500 profissionais, entre Forças de Segurança, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, voluntários e Exército Brasileiro. Além disso, são seis aeronaves atuando no combate ao fogo, 3 helicópteros, maquinário e veículos de apoio oficiais e de voluntários, em um total de 40 equipes.

  • Bolsonaro libera verba para combater queimadas no Pantanal

    Bolsonaro libera verba para combater queimadas no Pantanal

    O Ministério do Desenvolvimento Regional liberou R$ 3,8 milhões para ações de combate aos incêndios florestais que atingem a região do Pantanal, em Mato Grosso do Sul. A portaria que autoriza a transferência de recursos ao estado foi publicada hoje (16) no Diário Oficial da União.

    De acordo com o ministério, os recursos vão custear 37 ações, a serem implementadas durante 90 dias. Estão incluídas a contratação de 200 horas de voo para auxiliar o combate às chamas, locação de helicópteros e a compra de equipamentos para a contenção e extinção do fogo, como mangueiras, esguicho, abafadores, sopradores e piscinas flexíveis, entre outras medidas.

    Ontem (15), o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho esteve no estado, quando anunciou o repassa, que se soma a outros R$ 562,8 mil já transferidos pela União para auxiliar no enfrentamento às chamas. As cidades de Corumbá, Alcinópolis e Pedro Gomes são as mais atingidas do estado.

    A estiagem e as queimadas destroem o Pantanal há meses e vêm alterando o cenário florestal em Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso, com fumaças encobrindo a paisagem e rios secando. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que há meses, o fogo vêm atingindo o Pantanal. Foram registrados 15.477 focos de incêndio na região, entre janeiro e esta quarta-feira, 16 de setembro. No mesmo período do ano passado foram 5.109 focos.

    Hoje, o ministro Marinho cumprirá agenda em Mato Grosso, também para tratar dos incêndios florestais. O governo federal também reconheceu situação de emergência no estado, por procedimento sumário – quando a ocorrência, pública e notória, é considerada de grande intensidade.

    De acordo como o ministério, nestes casos, para agilizar o atendimento à população, a Defesa Civil Nacional antecipa os trâmites e publica a decisão antes mesmo que as solicitações do município ou do estado sejam oficializadas. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira.

    No mês passado, o governo federal repassou R$ 870,8 mil para o município mato-grossense de Poconé combate aos incêndios.

    Incêndios no Pantanal

     

  • Operação Pantanal 2 recebe suprimentos para combate aos incêndios em Poconé

    Operação Pantanal 2 recebe suprimentos para combate aos incêndios em Poconé

    Na manhã de ontem, segunda-feira (14/09), foi realizada a entrega oficial de materiais e insumos para apoiar as ações de combate a incêndios florestais que atingem o Pantanal. Essa entrega contempla a Operação Pantanal 2, que visa diminuir e extinguir os focos de calor que atingem toda a região pantaneira em Poconé.

    Os recursos são oriundos da Defesa Civil Nacional e destinados diretamente ao município, que decretou situação de emergência devido as queimadas. Poconé também foi responsável por instruir todo o processo para a compra emergencial desses materiais e insumos, afim de dar aporte a todas as ações até então realizadas no combate aos incêndios florestais no Pantanal Mato-grossense, sendo realizado um trabalho intenso da Defesa Civil do Estado no auxílio para a obtenção do recurso.

    O emprego dos recursos vão desde a locação de caminhão pipa e de pá carregadeira, até a aquisição de combustível, alimentação, contratação de brigadistas e aquisição de retardante (material que impede a rápida propagação do fogo em materiais combustíveis), sendo um montante total de 1 milhão e 50 mil reais. Desse total,  284 mil foram empregados somente para aquisição de retardantes.

    No ato de entrega desses recursos, estiveram presentes a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), por meiodo Comitê de Gestão do Fogo, o Corpo de Bombeiros Militar, a Defesa Civil Estadual, o poder Executivo Municipal e a empresa que fornecerá o material retardante.

  • Luciano Huck pede socorro pelo Pantanal ao Governo Federal

    Luciano Huck pede socorro pelo Pantanal ao Governo Federal

    Luciano Huck acaba de postar em seu Facebook pedido de socorro ao Pantanal.

    O apresentador diz que o pantanal precisa de uma operação de guerra. O parque das águas já queimou 60% e não está sob controle.

    Com uma área de 108 mil hectares, o Parque Estadual Encontro das Águas, no Pantanal de Mato Grosso, próximo a Poconé, a 103 km de Cuiabá, abriga rica biodiversidade do Pantanal mato-grossense. Estima-se que as áreas protegidas da maior planície alagável do mundo sejam habitadas por cerca de oito onças a cada 100km2. A alta densidade do felino nas unidades de conservação do Pantanal são um indicativo de alta qualidade ambiental.

    Confira o post do apresentador:

    https://www.facebook.com/LucianoHuck/posts/3624726930913508

    Fogo avança nos últimos redutos de onças no Pantanal

     

    Bombeiros constroem refúgio para animais silvestres de parque localizado no Pantanal de MT

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    Foto: Assessoria

    Para proteger do fogo a fauna que habita o Parque Estadual Encontro das Águas, no Pantanal de Mato Grosso, próximo a POconé, a 103 km de Cuiabá, o Corpo de Bombeiros Militar iniciou a construção de um refúgio dentro da unidade de conservação. A área de cerca de 7 mil hectares foi escolhida por ter via de acesso por uma fazenda vizinha e por ser uma formação florestal que, além de ainda não ter sido atingida pelo fogo, permanece muito verde e densamente vegetada mesmo com a seca. [veja mais, clique aqui]

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  • Perícia afirma que incêndio no Pantanal mato-grossense foi intencional

    Perícia afirma que incêndio no Pantanal mato-grossense foi intencional

    O governo do Mato Grosso divulgou resultados das perícias em cinco áreas da região do Pantanal, ao sul do estado, onde ainda ocorrem incêndios florestais. Em nota, o governo afirma que há danos provocados por ação humana intencional.

    De acordo com o Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman-MT), na Reserva Particular do Patrimônio Natural Sesc Pantanal (RPPN) – região de Barão de Melgaço, o incêndio foi provocado com o propósito de queimar a vegetação desmatada “para criação de área de pasto para gado.”

    Em outro local, denominado Fazenda São José, o fogo começou por causa da “queima de raízes para o uso de fumaça a fim de retirar os favos de mel”, em uma área onde se costuma fazer extração de mel de abelhas silvestres.

    A perícia diagnosticou também causas acidentais. Na Fazenda Espírito Santo, a máquina agrícola que fazia limpeza de área e juntava o material colhido para fazer feno “pegou fogo e começou o incêndio na região.”

    Na Rodovia Transpantaneira, a causa do incêndio florestal foi um veículo que pegou fogo, após acidente no qual despencou do barranco próximo a uma ponte na estrada. Na Rodovia Helder Cândia, um cabo de alta tensão se rompeu e as faíscas provocaram o incêndio.

    A apuração das razões dos incêndios havia sido prometida pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes.

    “A Secretaria estadual do Meio Ambiente tem tecnologias suficientes para identificar minuto a minuto o que acontece no estado de Mato Grosso. Uma região de incêndios dessa nós recuperamos as imagens do Sistema Planet, e nós vamos ter imagens que podem demonstrar quando o fogo começou, aonde ele começou, em que ponto começou”, disse Mendes após fazer vistoria aérea do local no dia 18 de agosto.

    De acordo com a Lei nº 9.605/1998, é crime “provocar incêndio em mata ou floresta” com pena de “reclusão, de dois a quatro anos, e multa”.

    Operação Pantanal

    Desde 5 de agosto, o Ministério da Defesa estendeu a Operação Pantanal que se dedicava ao combate aos incêndios no Mato Grosso do Sul para o Mato Grosso. Equipes e veículos das Forças Armadas, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Corpo de Bombeiros epanta brigadistas atuam no combate ao fogo.

    Na última quinta-feira, 182 militares e 139 agentes atuaram contra três focos de incêndio em Porto Jofre e Hotel Pantanal Mato Grosso, no município de Poconé (MT). Eles também debelaram dois focos de incêndio nas localidades de Fazenda Santa Maria e Fazenda Rio Novo, em Barão de Melgaço.

    Cerca de 1,7 milhão de hectares devem ter sido destruídos, no Mato Grosso, por causa de incêndios florestais. Além da ação humana, a vegetação seca e o calor potencializam o surgimento de focos de incêndio no estado.

    Edição: Lílian Beraldo

  • Governador de MT promete apurar causas dos incêndios no Pantanal

    Governador de MT promete apurar causas dos incêndios no Pantanal

     

    O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobrevoaram de helicóptero a região de Poconé, atingida por incêndios no Pantanal, a cerca de 100 quilômetros ao sul de Cuiabá. De acordo com o governador, 73% dos pontos focais onde se percebeu fogo por satélite “foram contidos”.

    Segundo ele, no entanto, 5% da área do Pantanal foi afetada e 2% dos santuários ecológicos. Além de Poconé, os incêndios ainda ocorrem na região de Barão de Melgaço. O governador descreve que os focos de fogo são “residuais”, mas “ainda de grande escala em determinadas regiões.”

    Mendes prometeu apurar as causas do incêndio e punir eventuais responsáveis em caso de crime ambiental. “A Secretaria estadual do Meio Ambiente tem tecnologias suficientes para identificar minuto a minuto o que acontece no estado de Mato Grosso. Uma região de incêndios dessa nós recuperamos as imagens do Sistema Planet, e nós vamos ter imagens que podem demonstrar quando o fogo começou, aonde ele começou, em que ponto começou.”

    O sistema é uma plataforma de monitoramento em tempo real com boletins semanais, com base em imagens de satélite, contratada há um ano pelo governo do estado. “Com essa tecnologia nós teremos capacidade de saber se é um incêndio criminoso, acidental, feito por alguém, alheio ao proprietário rural”, disse Mendes.

    Apesar do recurso, ele disse que “não há prevenção que vá conseguir atuar em 10 milhões de hectares. Estamos só falando de um pedaço do Pantanal. É impossível conseguir em um território tão vasto e um clima tão seco, com uma estiagem tão longa, não ter essas coisas [os incêndios] acontecendo.”

    O ministro Ricardo Salles disse ter visto no sobrevoo da área “centenas de pontos” em combustão. Ele considera o enfrentamento dos incêndios “um desafio”, porque o ambiente está “muito quente e seco, com ventos fortíssimos e temperatura alta.”

    Salles defendeu o manejo da biomassa que pode alimentar os incêndios e o uso de “retardantes de fogo”, compostos químicos, misturados à água lançada por aeronaves das Forças Armadas, Ibama, ICMBio e de aviões particulares usados nas lavouras. “Quando há emprego desses retardantes de fogo, a eficácia das aeronaves no combate às queimadas é muito superior do que somente o uso da água”, disse.

    Ministério da Defesa

    Conforme nota do Ministério da Defesa, as Forças Armadas combatem o incêndio desde 5 de agosto no Pantanal mato-grossense. No Mato Grosso do Sul, as ações começaram em 25 de julho. Mais de 400 pessoas, entre militares, brigadistas e civis atuam nos dois estados.

    Ontem (17), as equipes atuaram em áreas de focos de incêndio no município de Poconé: Estrada do Manuelito, Corixão e Moquem. Uma onça-pintada fêmea, com cerca de 70 quilos, foi resgatada com ferimentos causados pelos incêndios. O animal socorrido está no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

  • Equipes lutam para conter queimadas no pantanal

    Equipes lutam para conter queimadas no pantanal

     

    As equipes de bombeiros de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul continuam lutando contra o incêndio na região do Pantanal, em uma operação que teve início na primeira semana de agosto. O governo de Mato Grosso estima que uma área de 204 mil hectares já tenha sido atingida pelo fogo nos municípios de Barão de Melgaço e Poconé.

    Os números do estado vizinho são mais abrangentes. Segundo o Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul (CBMS), foram 910 mil hectares de vegetação do Pantanal, no lado sul-mato-grossense, queimados entre janeiro e agosto. No mesmo período, 640 mil hectares teriam sido destruídos pelo fogo no estado vizinho. “São 1,55 milhão de hectares de vegetação atingida pelo fogo no Bioma Pantanal em 2020”, disse o tenente-coronel Moreira, do CBMS.

    De acordo com Moreira, os focos atualmente se concentram em três áreas, no Sesc Pantanal, no Mato Grosso; em Corumbá e na terra indígena Kadweus. Segundo A coordenadora do Centro Estadual de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul, Franciane Rodrigues, há possibilidades de chuva na região nesta semana.

    A Operação Pantanal II, feita em conjunto entre os governos dos dois estados e do governo federal, reduziu de 301 para 50 o número de focos de incêndio na região. Já os focos de calor caíram 73%. Segundo levantamento realizado na última sexta-feira (14) os focos de calor passaram de 1.370, registrados no dia 7 de agosto, para 368.

    Além disso, o Comitê de Gestão Estadual do Fogo, de Mato Grosso, mobilizou uma força-tarefa para prestar atendimento aos animais silvestres atingidos pelos incêndios. O grupo seguiu ontem (15) para a região atingida e vai elaborar um plano de contingência. O grupo é formado pela Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros Militar, Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

    Edição: Pedro Ivo de Oliveira