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  • Cerca de 100 militares estão atuando em combate aos incêndios no Pantanal

    Cerca de 100 militares estão atuando em combate aos incêndios no Pantanal

    O Governo de Mato Grosso atua em oito frentes de combate aos incêndios no Pantanal mato-grossense, nesta segunda-feira (13.11). Cerca de 100 militares estão em campo, sendo auxiliados por satélites, que acompanham em tempo real a evolução dos incêndios, para traçar as estratégias diariamente.

    As frentes se dividem no Parque Estadual Encontro das Águas, bacia hidrográfica do Rio Sararé, região de Mimoso, comunidade São Pedro de Joselândia, Fazenda Alvorada do Pantanal, fronteira com a Bolívia/San Matías, e nas áreas federais Parque Nacional do Pantanal/Reserva do Dorochê e Terra Indígena Portal do Encantado.

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    Do total de militares em campo, 60 homens atuam no Parque Estadual Encontro das Águas, em Poconé, com apoio de dois aviões, um helicóptero, 11 barcos, caminhões-pipa e viaturas. Neste parque, as ações se concentram em dois pontos, a cerca de 27 quilômetros de Porto Jofre, distrito de Poconé.

    “Os bombeiros se infiltram nas áreas atingidas pelo fogo com helicóptero e barcos por se tratar de uma região de difícil acesso por terra. Essas ações contam ainda com aviões no despejo de água, uma ação primordial para que a intensidade das chamas possa diminuir e, consequentemente, aumentar a umidade do ar. É um trabalho intenso, mas com bombeiros capacitados e altamente equipados”, explica o comandante do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), tenente-coronel Marco Aires.

    Na região do Parque Nacional do Pantanal e da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Dorochê, o Corpo de Bombeiros auxilia o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) nas ações na região.

    Já em Acuri e Sararé, os bombeiros fazem a construção de barreiras e trincheiras para impedir o avanço do fogo, bem como o combate direto às chamas.
    Na região de Barão de Melgaço e Mimoso, as equipes atuam no combate de um incêndio a cerca de 4 quilômetros do Memorial Marechal Rondon. Enquanto em São Pedro de Joselândia, os bombeiros fazem o combate direto e trabalham na construção de aceiros próximo à comunidade.

    Região de Cáceres

    Em Cáceres, são três frentes de combate: Fazenda Alvorada do Pantanal, Terra Indígena Portal do Encantado e na divisa de Mato Grosso com a Bolívia.

    Na Fazenda Alvorada do Pantanal, as ações de combate acontecem próximo ao Rio Paraguai, ao sul da região da Baiazinha, com ações de combate direto às chamas e de prevenção para que se alastrem.

    Já na Terra Indígena Portal do Encantado, o Corpo de Bombeiros atua junto ao Exército Brasileiro e indígenas no combate ao fogo.

    Por fim, na divisa de Mato Grosso com a Bolívia, no município de San Matias, a estratégia atual consiste na construção de uma linha de defesa por meio de aceiros.

    A Sala de Situação Central do Corpo de Bombeiros, em Cuiabá, faz o monitoramento de todas as oito frentes de incêndio com satélites de alta tecnologia para garantir que as equipes tenham uma ação efetiva no combate. O monitoramento é realizado 24 horas por dia.

    “São satélites de alta tecnologia capazes de monitorar o estado inteiro em tempo real. Todos os dados que extraímos do Pantanal, como previsão de chuvas e direcionamento do vento, são encaminhados para as equipes que estão nos locais para garantir um planejamento estratégico diário de combate ao fogo”, explica o comandante do batalhão.
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  • Maior reserva natural privada do Brasil fica em Mato Grosso

    Maior reserva natural privada do Brasil fica em Mato Grosso

    O Dia do Pantanal foi comemorado neste domingo (12/11), bioma considerado um dos mais importantes berços de biodiversidade do planeta, onde está localizada a Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil – RPPN Sesc Pantanal. Maior do país com 108 mil hectares, a reserva localizada em Barão de Melgaço-MT tem títulos internacionais de Sítio Ramsar e Zona Núcleo da Reserva da Biosfera, que demonstram a importância da área de conservação.

    Para entender o que significam os reconhecimentos internacionais, é preciso saber primeiro que o Pantanal tem apenas 5% do bioma protegido em Unidades de Conservação. Deste total, 1% corresponde à RPPN Sesc Pantanal, que faz parte do Polo Socioambiental Sesc Pantanal, iniciativa do Sistema CNC-Sesc-Senac.

    A definição das áreas como “Reserva da Biosfera” é feita pela Organização das Nações Unidas para a Educação e Cultura (UNESCO) como instrumento de conservação que favorece a descoberta de soluções para problemas como o desmatamento das florestas tropicais, a desertificação, a poluição atmosférica e o efeito estufa. Uma Reserva da Biosfera privilegia o uso sustentável dos recursos naturais e tem por objetivo promover o conhecimento, a prática e os valores humanos para implementar as relações entre as populações e o meio ambiente em todo o planeta.

    No Brasil, são sete Reservas da Biosfera: Pantanal, Mata Atlântica, Cinturão Verde de São Paulo, Cerrado, Caatinga, Amazônia Central e Serra do Espinhaço. A RPPN Sesc Pantanal recebeu em 2000, o título de Zona Núcleo da Reserva da Biosfera, dado às regiões preservadas de um ecossistema representativo, pelo registro de ocorrência de endemismos (grupos de fauna e flora que só existem no local), espécies raras, em extinção ou de importante valor genético e lugares de excepcional interesse científico.

    Já o título de Sítio Ramsar, também conhecido como Lista de Zonas Úmidas de Importância Internacional, é o instrumento adotado pela Convenção Ramsar (tratado intergovernamental) para promover a cooperação entre países na conservação e no uso racional das zonas úmidas no mundo. Ao aderir à Convenção, os países signatários devem designar ao menos uma zona úmida de seus territórios para ser integrada à Lista que, uma vez aprovada por um corpo técnico especializado, receberá o título de Sítio Ramsar, como ocorreu em 2002 com a RPPN Sesc Pantanal.

    “É evidente a extrema relevância do papel da RPPN enquanto área de conservação, que beneficia a fauna, a flora e os seres humanos, com seus serviços ecossistêmicos fundamentais para a manutenção da vida na terra. Um exemplo é a adaptação às mudanças climáticas, principalmente diante de eventos extremos registrados em todo o mundo nos últimos meses, como é o caso das altas temperaturas”, destaca o ecólogo e gestor da RPPN Sesc Pantanal, Alexandre Enout.

    O fornecimento de alimentos e de plantas medicinais, regulação da qualidade do ar atmosférico e da qualidade da água, controle de erosão ou de grandes desastres de inundações também estão na lista atreladas à RPPN Sesc Pantanal.

    Riqueza de vida

    A riqueza de vida encontrada também explica sua relevância. Da abundante biodiversidade da Bacia do Alto Paraguai, com mais de 1 mil espécies de peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos registradas, a RPPN detém 630. Entre as espécies ameaçadas de extinção, a RPPN possui 12, entre elas a onça-pintada, animal topo de cadeia que representa a qualidade do ambiente para a vida animal. A área também é um laboratório a céu aberto, com mais de 70 pesquisas realizadas desde a sua criação, há 26 anos.

    O reconhecimento internacional também valoriza a área e cria oportunidades para ações e parcerias com instituições, tanto do governo, quanto organizações não governamentais e representantes da sociedade civil.

    “Todos pensam juntos sobre o futuro dessa área, qual tipo de atividade fazer, como manejar, quais são as demandas e os gargalos também, como podemos gerir o impacto com apoio das demais instituições, garantindo maior efetividade na gestão e maior proteção dessas áreas”, conclui o ecólogo e gestor da RPPN.

    Prevenção a incêndios

    Dia do Pantanal
    Fotos: Arquivo

    Para cuidar dos 108 mil hectares, área equivalente à cidade do Rio de Janeiro, o Sesc Pantanal realiza trabalhos preventivos, como manutenção de estradas e limpeza de aceiros, estratégicos em ações de combate. Entre os equipamentos, a Brigada conta com bomba costal, soprador, motobomba, motosserra, quadriciclos, caminhonetes, caminhões-pipa, pipinha, pá carregadeira, trator com roçadeira e grade, barcos e um avião, usados para monitorar e combater focos de incêndios.

    A prevenção de incêndios tem sido ampliada, desde 2020, com diferentes frentes de atuação, sendo a principal delas o Plano de Manejo Integrado do Fogo (PMIF). Iniciativa inédita no Pantanal norte, o documento que está em fase de aprovação pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) reforça a integração de todas as atividades relacionadas à prevenção e combate aos incêndios florestais na reserva e entorno, tendo a construção colaborativa como a abordagem principal no planejamento e a queima prescrita como uma das ferramentas de conservação e manejo.

    O PMIF associa aspectos essenciais do fogo: ecologia, cultura e manejo. O uso do fogo como aliado a incêndios florestais utilizando métodos de queimas prescritas já é utilizado em todos os outros biomas existentes no Brasil e em unidades de conservação dos Estados Unidos, África e Austrália e simula uma queima de origem natural, em período previamente analisado, em áreas selecionadas, adaptadas ao fogo, com o objetivo de reduzir parte da vegetação para melhorar as condições de controle dos incêndios na estação seca.

  • Brasil queimou área equivalente a Colômbia e Chile entre 1985 e 2022

    Brasil queimou área equivalente a Colômbia e Chile entre 1985 e 2022

    Em 38 anos, O Brasil queimou 185,7 milhões de hectares, uma área equivalente aos territórios da Colômbia e do Chile juntos, ou 21,8% do território nacional. É o que revelam os dados do MapBiomas Fogo, mapeamento que contabilizou a extensão consumida pelas chamas entre os anos de 1985 e 2022 a partir de imagens de satélite.

    “Com essa série histórica de dados de fogo, podemos entender o efeito do clima e da ação humana sobre as queimadas e os incêndios florestais”, afirma Ane Alencar, coordenadora do MapBiomas Fogo e diretora de Ciência no Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).

    Usando imagens geradas por três satélites Landsat, foi rastreada a ação do fogo em todos os tipos de uso e cobertura da terra em território brasileiro. De acordo com os resultados, o Cerrado e a Amazônia foram os biomas mais atingidos, correspondendo a cerca de 86% da área queimada.

    O Cerrado queimou em média 7,9 milhões de hectares/ano, ou seja, uma área equivalente ao território da Escócia a cada ano. No caso da Amazônia, a média foi de 6,8 milhões de hectares/ano. Quando se analisam as proporções das áreas atingidas dentro dos biomas, o Pantanal foi mais afetado: teve 51% de seu território consumido pelo fogo naquele período.

    Cobertura impactada pelo fogo

    Segundo a análise, mais de dois terços (68,9%) das queimadas e dos incêndios ocorreram em vegetação nativa, embora a proporção varie entre os biomas. Campos e savanas, por exemplo, são tipos de vegetação nativa mais afetados, enquanto Amazônia e Mata Atlântica apresentaram maior incidência de fogo em áreas antrópicas, isto é, alteradas pelo ser humano, tais como zonas de pastagem.

    Mato Grosso foi o estado que apresentou maior ocorrência de fogo no período analisado, seguido por Pará e Maranhão. Já os municípios que mais queimaram no país foram Corumbá (MS), São Félix do Xingu (PA) e Formosa do Rio Preto (BA). Segundo Ane, o fogo nem sempre é indesejável.

    “O fogo só é ruim quando é utilizado de forma inadequada e em biomas que não dependem do fogo para se manter, como a Amazônia. Em biomas como o Cerrado, o Pantanal, o Pampa, o fogo tem um papel ecológico e deve ser manejado de forma correta para não virar um agente de destruição”, explica a especialista.

    Frequência e intensidade

    Embora seja natural em alguns ecossistemas, os dados mostram que a frequência e a intensidade do fogo têm aumentado nos últimos anos, devido ao desmatamento e às mudanças climáticas, que afetam as temperaturas e intensificam os períodos de seca.

    “Para isso, as práticas relacionadas ao Manejo Integrado do Fogo (MIF) são importantes, pois elas podem, através das queimas prescritas e controladas, reduzir a quantidade de material combustível e evitar grandes incêndios”, afirma Ane.

    Os dados completos do mapeamento podem ser acessados gratuitamente na plataforma do MapBiomas, organização que une universidades, ONGs e empresas de tecnologia.

    O estudo disponibiliza ainda recortes por frequência, bioma, estado, município, bacia hidrográfica, unidade de conservação, terra indígena, assentamentos e áreas com Cadastro Ambiental Rural (CAR). Este cadastro é um registro público obrigatório para todos os imóveis rurais e reúne informações para o planejamento ambiental e econômico e para o combate ao desmatamento.

    Edição: Heloisa Cristaldo

  • Projeto poderá ampliar proteção ao Pantanal

    Projeto poderá ampliar proteção ao Pantanal

    Uma proposta que visa proteger o Pantanal de Mato Grosso do Sul da expansão da monocultura tramita na Assembleia Legislativa. O deputado estadual Pedro Kemp (PT) apresentou, nesta terça-feira (21), o Projeto de Lei (PL) 69/2023, de autoria de Amarildo Cruz (PT), que faleceu em 17 de março. Agora, a matéria segue para a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).

    Caso o texto seja aprovado em plenário, empresários do agronegócio deverão esbarrar em restrições. Com o projeto, a abertura de novas áreas destinadas a monoculturas – como o plantio de soja e a expansão de lavouras – terá proibições “rigorosamente observadas nas áreas de preservação permanente e de reserva legal previstas na legislação estadual e no Código Florestal”.

    Delimitação

    Se a proposta se tornar lei, ficará instituído o Programa Estadual de Proteção e Desenvolvimento Sustentável do Pantanal Sul-Mato-Grossense, que deve melhorar a delimitação e a proteção de áreas prioritárias para conservação e recuperação de ecossistemas e estimular o desenvolvimento de pesquisas sobre o bioma e de projetos de educação ambiental e de capacitação. O programa ainda deverá servir de base para atividades de ecoturismo e turismo sustentável na região.

    Segundo o Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD), do MapBiomas, entre 2020 e 2021 houve um aumento de 50,5% nas notificações que alertam para casos de desflorestação. Houve, também, crescimento de 15,7% da área desmatada no período.

  • Amazônia concentra 90% da área com focos de incêndio no 1º bimestre

    Amazônia concentra 90% da área com focos de incêndio no 1º bimestre

    Durante o primeiro bimestre deste ano, 90% das áreas com queimadas foram concentradas no bioma Amazônia, de acordo com um informe emitido pelo Monitor do Fogo, iniciativa do Projeto de Mapeamento Anual do Uso e Cobertura da Terra no Brasil (MapBiomas) em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). O perímetro atingido pelas chamas somou 487 mil hectares, e no primeiro bimestre de 2022 a área se elevou para 654 mil hectares.

    Nos seis biomas do país — Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal –, em 536 mil hectares, houve focos de incêndios. Conforme destaca a pesquisadora Vera Arruda, do Ipam, a área é 28% menor do que a registrada no primeiro bimestre de 2022.

    Segundo a pesquisadora Vera, de modo geral, as chuvas que caracterizam os primeiros meses do ano, no país favorecem a diminuição de incêndios. “Mesmo assim, são muitos hectares queimados, em um período de mais chuva”, afirma a pesquisadora, que integra a equipe responsável pelo Monitor do Fogo.

    Outra particularidade da época é o alto índice de ocorrências em Roraima. O levantamento mostra que as queimadas no estado chegaram a consumir 259 mil hectares, ou seja, 48% do total identificado.

    “Lá tem um tipo de vegetação que se assemelha mais ao Cerrado. Não são só florestas, como na maior parte da Amazônia”, explica Vera. Nos estados de Mato Grosso e do Pará, o fogo atingiu espaços de 90 mil e 70 mil hectares, respectivamente. Juntos, se somados a Roraima, respondem por 79% dos incêndios detectados pela equipe do projeto.

    O Cerrado figura em segundo lugar na lista, com 24 mil hectares atingidos pelo fogo. Perguntada sobre o que a equipe considera uma margem de tolerância quanto aos incêndios, quando se trata do bioma, Vera comenta que, de fato a vegetação se adaptou à presença do fogo.

    A pesquisadora, porém, faz uma observação: “O fogo que acontece, hoje em dia, nos últimos anos, não é mais o fogo que naturalmente ocorreria na vegetação, porque ocorreria mais por presença de raios. Ou seja, mais entre as estações. Mais ou menos, de maio a julho. E a gente vê que, na verdade, o fogo do Cerrado se concentra no auge da estação seca, entre agosto e setembro, que são os meses mais críticos do fogo no Cerrado. A maioria do fogo na vegetação vem de origem antrópica, humana, não é de origem natural.”

    “Além disso, mesmo o fogo que ocorreria de forma natural ocorreria de forma espaçada não queimaria uma mesma área, repetidas vezes. O que a gente vê, com os dados do Monitor, é que a frequência das áreas queimadas no Cerrado também está aumentando. Isso não permite que a vegetação, o ecossistema se recupere”, finaliza.

    Edição: Nádia Franco

  • Mulheres falam sobre experiência em conhecer pecuária e turismo no Pantanal

    Mulheres falam sobre experiência em conhecer pecuária e turismo no Pantanal

    Palestras técnicas, visitas em propriedades rurais, turismo rural e networking marcaram os quatro dias do “Tour Pantanal Agroligadas”, realizado entre os dias 19 a 22 de junho, em Poconé. O encontro reuniu cerca de 50 mulheres do agro, com objetivo de proporcionar conhecimento e informações sobre a produção agropecuária local. A avaliação geral das participantes é positiva.

    O evento foi organizado pela diretoria das Agroligadas, que montou um grupo de trabalho formado pelas diretoras Eloisa Hage, Denise Hasse, Hebe Vacari, Manaíra Minuzzi, Loriane Duque e Roseli Giachini. Marcaram presença os núcleos mato-grossenses de Sapezal, Sinop, Lucas Rio Verde, Tapurah, Campo Verde e Barra do Bugres. Bem como os núcleos dos estados da Bahia, Rio Grande do Sul, Roraima e São Paulo.

    Produtora rural em Cláudia-MT, Roseli Gianchini, que participou da organização lembrou da importância do bioma e da preocupação que o pecuarista da região tem com a preservação. “Nós conhecemos pessoas, produtores, colaboradores. Foi fundamental para nós conhecermos a realidade desse ecossistema e tudo que as pessoas que aqui vivem tem realizado para que ele tenha essa sustentabilidade. Mantendo equilíbrio com rentabilidade”, pontuou.

    Representando o núcleo de São Paulo, Débora Simão não conhecia o Pantanal e destacou a conexão com pessoas proporcionada pelo tour. Ouvir e conhecer histórias de famílias pantaneiras foi o que mais chamou a atenção dela. “Pessoas que passaram gerações aqui e que hoje tem dificuldade em produzir, gerar renda da sua fazenda e desenvolver a pecuária. Aprender um pouco desse dia a dia, desses desafios, faz com que tenhamos um outro olhar para essa região e sabermos a importância de desenvolvermos soluções de políticas públicas para realidade local”, disse Débora.

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    Foto: Thales Murilo

    Para Roberta Nicareta, do núcleo Agroligadas de Roraima, conhecer o Pantanal foi uma oportunidade única. Ela conta que o que mais marcou foi a preservação local aliada à produção. “Eu vejo que os pantaneiros precisam ser apoiados para continuarem esse trabalho e precisamos garantir assistências, políticas públicas efetivas e dar continuidade à pecuária, ao turismo rural que é tão bem feito e para que prosperem na região, mantendo esse equilíbrio que a gente pode conhecer”, enfatizou.

    Quem também esteve na região pela primeira vez foi a produtora Gabriela Sagin, do núcleo de Tapurah. Apesar de morar em Mato Grosso, o evento proporcionou novos conhecimentos, especialmente a produção pecuária local. “Adorei, foi uma experiência nova, eu não conhecia o Pantanal. Gostei muito, principalmente dessa parte turística que é bastante famosa e a parte produtiva, que não é muito difundida pelo mundo, mas que tivemos a oportunidade de conhecer”.

    Convidada pela diretoria, a produtora rural Sônia Bonato veio de Imaperi-GO para participar do Tour Pantanal Agroligadas. “Eu não conhecia e não tinha ideia de como era o Pantanal. Foi importante conhecer os desafios que eles têm para produzir aqui no pantanal e o quantos os pantaneiros trabalham em parceria com a natureza. Agradeço demais o convite para participar desse encontro que foi muito especial”, disse.

    Além do conhecimento técnico, as mulheres aprenderam e vivenciaram também o turismo local com visitas em duas propriedades que fomentam o turismo rural, participaram de safári e outros passeios para observação de animais e pássaros locais.

    A presidente do movimento Agroligadas, Geni Schenkel, fez uma avaliação geral do evento, agradeceu o grupo de trabalho que organizou toda programação, bem como a participação de todas as mulheres. “Foi mais um evento de excelência, como tudo que as Agroligadas fazem. Tenho certeza que todas nós estamos voltando abastecidas com muito conhecimento para continuar nosso propósito que é conectar o campo com a cidade, falando do Pantanal com muito mais propriedade. Agradeço imensamente as nossas diretoras que organizaram com tanto carinho, aos patrocinadores que acreditaram neste trabalho e a todas as mulheres que se fizeram presentes”, finalizou.

    O Tour Pantanal contou com patrocínio da FMC Agrícola, John Deere – revendas Agrobaggio, Iguaçu Máquinas, Aster Máquinas e Primavera Máquinas. Também da Agro Amazônia, Sicredi, Valtra Brasil, Fendt, Sumitomo Chemical Brasil, CHDS do Brasil e Ouro Fino Agro.

    Agroligadas

    O movimento é formado por mulheres profissionais do agronegócio e têm como propósito conectar o campo e a cidade com verdade, ética, coragem, compromisso e amor, a partir de ações educativas e de comunicação. Mostra que o agro está em tudo, em todo lugar e no dia a dia de todos.

  • Evento leva mulheres do agro para conhecer agropecuária em Poconé

    Evento leva mulheres do agro para conhecer agropecuária em Poconé

    Entre os dias 19 a 22 de junho, cerca de 50 mulheres do movimento Agroligadas vão participar do Tour Pantanal, que proporcionará conhecimento e informações sobre a produção agropecuária em Poconé, especialmente na região pantaneira do município. A programação conta com a participação de entidades do setor produtivo e organizações como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Guardiões do Pantanal. Dos assuntos abordados estarão em destaque a sustentabilidade e o meio ambiente.

    A ação é organizada pelo núcleo Agroligadas de Mato Grosso e reúne mulheres de diversos estados brasileiros. A coordenadora do projeto, Eloisa Hage conta que o evento foi idealizado com objetivo de proporcionar novos conhecimentos e experiências para mulheres já profissionais no agro. O pantanal foi escolhido para que elas conheçam a preservação e a importância do bioma. O foco é vivenciar a produção sustentável da região.

    “Nós queremos levar mais conhecimento para essas mulheres. Proporcionar que elas conheçam outras cadeias do agro, aprender mais sobre o setor, com algo que seja diferente da realidade delas. Elas vão conhecer esse bioma que é único, brasileiro e está dentro de estados importantes para o agronegócio. É uma área tradicional de pecuária de corte e vamos mostrar cadeias produtivas dentro de Poconé e dentro do pantanal”, explicou Eloisa.

    Consta na programação visitas técnicas e palestras com especialistas, dentre elas da Embrapa, da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), do Sindicatos Rurais de Poconé e Cáceres, também da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e do movimento Guardiões do Pantanal.

    “A Embrapa conosco é de extremante importante, terá o papel de mostrar que a ciência justifica e valida esse bioma como cadeira produtiva do agro sustentável, porque temos tecnologia, estudos, manejo e genéticas. Muitas famílias já produzem no local, com conhecimento e respeito ao meio ambiente e é isso que as Agroligadas poderão ver e aprender nesses dias. Vamos conhecer pessoas, a ciência e a produção”, enfatizou Eloisa Hage.

    Agroligadas

    O movimento é formado por mulheres profissionais do agronegócio e têm como propósito conectar o campo e a cidade com verdade, ética, coragem, compromisso e amor, a partir de ações educativas e de comunicação. Mostra que o agro está em tudo, em todo lugar e no dia a dia de todos.

  • Projetos ajudam na conservação e recuperação do Pantanal

    Projetos ajudam na conservação e recuperação do Pantanal

    O Governo Federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), possui, atualmente, seis projetos de recuperação da vegetação nativa do Pantanal, que são coordenados pela Secretaria da Amazônia e Serviços Ambientais. Um deles, na Serra do Amolar, realizado em parceria com o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), está recuperando 30 hectares de áreas degradadas. Na Reserva Particular do Patrimônio Natural do Sesc Pantanal são mais 30 hectares recuperados no projeto mais recente e 46 hectares em outro já concluído. Já na Reserva Biológica Marechal Rondon, são 32 hectares que estão sendo recuperados, mais 25 já concluídos. Na Área de Proteção Ambiental Baía Negra foram recuperados 58 hectares. Já na Estação Ecológica Taiamã são 24 hectares.

    Somando todos os projetos, serão recuperados quase 250 hectares de áreas degradadas no Pantanal. Os investimentos passam de R$ 6,8 milhões.

    Na quarta-feira (08/06), representantes do MMA estiveram na região para acompanhar as medidas de recuperação e prevenção de queimadas no pantanal sul-mato-grossense.

    Em Corumbá, a equipe do MMA conheceu o projeto de instalação de antenas que vão monitorar focos de incêndio na Serra do Amolar e Porto Jofre, divisa de Mato Grosso do Sul com Mato Grosso. De iniciativa do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), com a participação de ONGs locais e empresas privadas, o projeto conta com câmeras de alta definição, instaladas em torres de comunicação, que vão monitorar um raio de 300 quilômetros ao redor do Parque Nacional do Pantanal e no seu entorno de forma ininterrupta.

    As imagens são transmitidas até uma central de monitoramento, que fica na sede do IHP, em Corumbá. São cinco câmeras que cobrem um raio de detecção automática de 15 quilômetros, podendo chegar a 40 quilômetros, girando a 360°. Com isso, a área de cobertura chega a 70 mil hectares.

    Brigadista desde 2018, Manuel Garcia da Silva conta que o acionamento das equipes levava até quatro dias e que agora será imediato. “É uma ferramenta que veio para nos auxiliar muito, a gente vai saber onde está o foco do incêndio, o local certo com as coordenadas”, explica.
    O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta e ocupa uma área aproximada de 150.355 km², 1,76% do território brasileiro.

    Em 2021, o ICMBio assinou um acordo com o IHP que prevê a realização de aceiros, um novo sistema de monitoramento de embarcações e o impulso a pesquisas científicas sobre o impacto do fogo no Parque Nacional do Pantanal.

  • Sema vai propor melhorias na legislação que prevê limpeza de áreas no Pantanal

    Sema vai propor melhorias na legislação que prevê limpeza de áreas no Pantanal

    Para promover o desenvolvimento sustentável do Pantanal, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) vai propor melhorias no decreto 785/2021, que prevê a limpeza de áreas do Pantanal. As alterações serão feitas com base na Nota Técnica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Pantanal. O assunto foi discutido na reunião extraordinária da Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Recursos Minerais da Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira (24.02).

    O estudo será entregue pela instituição à Sema ainda nesta semana, e irá subsidiar políticas públicas sobre a limpeza de área, substituição de gramíneas, e a exploração economicamente sustentável da pecuária pantaneira.

    “Todos estão preocupados em realizar medidas que possam prevenir incêndios, como o que houve em 2020, e possibilitar atividades que melhorem a economia regional. Partimos agora para a segunda etapa, que é analisar a nota técnica e, a partir dela, fazer a transformação na legislação e as regulamentações. Isso vai nos permitir aprimorar o decreto de limpeza de áreas do Pantanal que já existe, trazer inovações, e avaliar os reflexos disso”, explica a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti.

    O decreto 785/2021 foi instituído pelo Governo de Mato Grosso para que proprietários de imóveis rurais possam realizar a restauração de campos, após análise técnica do órgão ambiental. Com isso, o resultado é a redução de biomassa que alimenta os incêndios, e a recomposição dos campos, sem as espécies invasoras.

    Haverá um cronograma das ações a partir da entrega deste trabalho. O embasamento técnico deve mostrar como fazer a limpeza do Pantanal, onde fazer, e quais as técnicas que precisam ser desenvolvidas.

    “Temos a convicção de que esta será a legislação mais moderna, pautada no conhecimento científico mais atualizado que a Embrapa vem reunindo nos últimos dois anos. É um passo largo para que possamos restabelecer essa área na sua capacidade produtiva e preservar o meio ambiente”, ressalta Mauren Lazzaretti.

    Cooperação

    Assinado em 2020, o contrato de cooperação técnica e financeira reuniu a Sema-MT, Embrapa Pantanal, Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária e Ambiental (Fundapam), e a Assembleia Legislativa, para integração de esforços na elaboração de um estudo técnico com recomendações de alteração na legislação ambiental vigente. O estudo irá subsidiar as políticas públicas de atividade pecuária no Pantanal de Mato Grosso para melhorar a economia regional, ao mesmo tempo que conserva a biodiversidade do Bioma.

     

  • Dia Internacional das Áreas Úmidas: saiba porque é fundamental preservar esses ecossistemas

    Dia Internacional das Áreas Úmidas: saiba porque é fundamental preservar esses ecossistemas

    Nesta quarta-feira (02.02.22) é comemorado o Dia Internacional das Áreas Úmidas: um ecossistema de extrema importância para o planeta. Mas, o que são elas, afinal? Para quem não sabe, as áreas úmidas envolvem áreas costeiras, continentais, marinhas e artificiais, bem como pântanos, manguezais, lagos, reservatórios de hidrelétricas e áreas irrigadas para uso agrícola. Um dos exemplos mais famosos é o Pantanal Mato-grossense, considerado a maior planície alagada do mundo e classificado pela UNESCO como Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera.

    Porque preservar?

    Segundo a Convenção de Ramsar – tratado assinado por vários países do mundo para proteger e conservar essas áreas, ao todo, existem mais de 40 tipos de áreas úmidas no planeta. Mas, porque é importante protegê-las? Simplesmente porque o futuro da humanidade depende dessas áreas, que são fundamentais para o equilíbrio da biodiversidade do planeta e a regulação das mudanças climáticas, além de garantirem a produção de alimentos.

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    No entanto, de acordo com os especialistas, 60% desses espaços já deixaram de existir no planeta, por conta da degradação ambiental promovida muitas vezes pelo desenvolvimento econômico desenfreado.

    Comitê de Ramsar

    Foi pensando nessa situação, que em 2 de fevereiro de 1971, juntamente com o tratado, foi instituído o Comitê Permanente da Convenção de Ramsar, que anualmente pensa em uma série de medidas para preservar o que restou das áreas úmidas. Já a data é celebrada desde 2 de fevereiro de 1997.

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    Atualmente, conforme o site do comitê de Ramsar, 169 países são signatários do tratado para proteger essas áreas. O Brasil é um deles, com 12 ecossistemas desse tipo catalogados. Além do Pantanal, outros exemplos são: Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses (MA), Parque Nacional do Araguaia – Ilha do Bananal (TO) e o Parque Estadual do Rio Doce, em Minas Gerais.

    Em  Mato Grosso

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    O REM MT (do inglês, REDD para pioneiros) também busca fazer a sua parte na manutenção e preservação desses espaços em Mato Grosso. Um dos projetos que o Programa apoia nesse sentido é o Muxirum Quilombola, que busca práticas da agricultura orgânica milenar dos quilombolas para manter em pé a vegetação do Pantanal, e também do Cerrado.