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  • E-book detalha o panorama da suinocultura em Mato Grosso e aponta desafios e oportunidades para o setor

    E-book detalha o panorama da suinocultura em Mato Grosso e aponta desafios e oportunidades para o setor

    O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em parceria com a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), lançou o e-book Diagnóstico da Suinocultura em Granjas Mato-Grossenses durante o Seminário da Suinocultura de Mato Grosso, realizado na terça-feira (03/12), no Hotel Deville, em Cuiabá. A publicação traz uma visão abrangente sobre a cadeia produtiva de suínos no estado, destacando aspectos positivos, desafios e tendências estratégicas para o setor.

    “Com uma visão estratégica da suinocultura em Mato Grosso, o diagnóstico traz informações essenciais para compreender os avanços e os desafios do setor. Os dados refletem a crescente profissionalização dos produtores, mas também evidenciam pontos de atenção, como o acesso ao crédito e a necessidade de planejamento para a sucessão familiar. A elaboração deste e-book é resultado da parceria entre o Imea e a Acrismat, reforçando nosso compromisso conjunto em apoiar os produtores e promover o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva. Com esta publicação, esperamos contribuir para decisões mais assertivas e para a construção de um futuro ainda mais competitivo para a suinocultura no estado”, destacou o superintendente do Imea, Cleiton Gauer.

    Com base em 83 entrevistas realizadas nas macrorregiões de Mato Grosso, o levantamento apontou que 75,90% dos suinocultores têm mais de 50 anos, com uma média de idade de 56 anos. Esse dado revela um perfil experiente, mas também destaca a necessidade de planejar a sucessão nas granjas, já que muitos produtores estão próximos da aposentadoria. A baixa participação de jovens, representando apenas 7,23% dos entrevistados, levanta preocupações sobre a continuidade da atividade e a renovação de lideranças no setor.

    A pesquisa evidenciou um alto nível de qualificação entre os produtores: 43,37% possuem ensino superior completo e 8,43% têm pós-graduação. Esse cenário reflete avanços na profissionalização e no acesso a tecnologias e práticas modernas, o que contribui para a competitividade do setor. Contudo, uma pequena parcela, 6,02%, ainda não concluiu o ensino fundamental, indicando áreas nas quais a capacitação pode ser fortalecida.

    O diagnóstico também revelou a diversidade das granjas de suínos em Mato Grosso, com áreas que variam de 2 a mais de 10.000 hectares. Em propriedades menores, com até 50 hectares, a suinocultura ocupa 36,83% da área, enquanto em propriedades médias, com até 100 hectares, a ocupação sobe para 44,48%. Nas maiores, a suinocultura representa uma atividade complementar, sendo parte de portfólios diversificados que incluem culturas agrícolas e pecuária extensiva.

    A estrutura operacional também varia significativamente: 39,76% das propriedades empregam até cinco funcionários, enquanto 28,92% possuem mais de 20 colaboradores, refletindo os diferentes modelos de produção entre pequenos e grandes produtores.

    Apesar do avanço em educação e gestão, os suinocultores enfrentam desafios importantes, como dificuldades no acesso ao crédito, relatadas por 57,31% dos entrevistados. A questão da sucessão familiar também é crítica, especialmente em propriedades familiares que podem enfrentar incertezas quanto à continuidade.

    Por outro lado, o uso de tecnologias avançadas, biossegurança rigorosa e genética de qualidade reforçam a capacidade do setor de se manter competitivo, tanto no mercado nacional quanto internacional. A pesquisa mostra que 32,53% das granjas operam no ciclo completo, demonstrando um nível elevado de independência e controle das etapas produtivas.

    O e-book representa uma ferramenta valiosa para produtores, indústrias e formuladores de políticas, permitindo uma compreensão mais profunda do setor. Segundo o Imea e a Acrismat, as informações agregadas asseguram a confidencialidade dos dados individuais, garantindo um panorama fiel e estratégico da suinocultura no estado.

    O Diagnóstico da Suinocultura em Granjas Mato-Grossenses já está disponível para download, trazendo informações que podem orientar decisões e fomentar o desenvolvimento sustentável do setor em Mato Grosso.

  • Mato Grosso projeta queda na área de plantio de algodão para a safra 2024/25, mas mantém alta em relação ao ciclo anterior

    Mato Grosso projeta queda na área de plantio de algodão para a safra 2024/25, mas mantém alta em relação ao ciclo anterior

    O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) apresentou a projeção de dezembro para o plantio de algodão na safra 2024/25 em Mato Grosso. A área destinada ao cultivo do algodão está estimada em 1,54 milhão de hectares, uma redução de 1,70% em comparação com o relatório de novembro deste ano. No entanto, o número ainda é 2,43% superior ao registrado na safra 2023/24, indicando uma expansão anual, apesar do ajuste recente.

    A expectativa de produtividade média no estado permaneceu em 284,34 arrobas por hectare, sem alterações em relação às previsões anteriores. Este dado reforça o compromisso dos produtores em manter altos níveis de eficiência no cultivo, mesmo diante de ajustes na área plantada.

    Produção total recua ligeiramente, mas supera safra anterior

    A produção de algodão em caroço foi projetada em 6,55 milhões de toneladas, representando uma diminuição de 1,68% em relação às estimativas de novembro. Ainda assim, o volume permanece superior ao da safra 2023/24, refletindo o aumento anual na área plantada e a manutenção da produtividade.

    Embora o ajuste na área e na produção sinalize cautela entre os produtores, o aumento anual reforça a importância do algodão na matriz agrícola de Mato Grosso. Com um cenário de mercado global volátil, as decisões sobre manejo e comercialização serão cruciais para sustentar a competitividade e a rentabilidade do setor algodoeiro no estado.

  • Preenchimento do IMEA é essencial para a distribuição do ICMS a partir de 2025 em Mato Grosso

    Preenchimento do IMEA é essencial para a distribuição do ICMS a partir de 2025 em Mato Grosso

    As prefeituras de Mato Grosso têm até o dia 31 de dezembro para finalizar o preenchimento do formulário do Índice Municipal de Esforço de Arrecadação (IMEA), disponível no Portal de Serviços do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT). Este índice, que substituirá o indicador de “receita própria” dos municípios, desempenha um papel crucial na distribuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a partir de 2025.

    O IMEA visa avaliar o esforço de arrecadação de cada município, considerando sua capacidade tributária própria e a eficiência na gestão fiscal. Por meio dessa iniciativa, o governo estadual espera incentivar os municípios a buscarem novas fontes de receita e aprimorarem sua gestão tributária, criando um ambiente mais justo e transparente na redistribuição dos recursos.

    Portanto, as prefeituras devem estar atentas ao preenchimento correto do formulário, pois qualquer erro ou omissão pode impactar negativamente a participação do município na partilha do ICMS.

    O que é o IMEA e sua importância para os municípios de Mato Grosso?

    O IMEA é um indicador desenvolvido para avaliar o esforço de arrecadação das prefeituras, levando em consideração a capacidade de geração de receita própria e a eficiência na administração tributária. Este índice será fundamental para o cálculo do Índice de Participação dos Municípios no ICMS (IPM-ICMS) a partir de 2025. O IMEA representará 2% do total do cálculo do IPM-ICMS, e sua principal função será incentivar as prefeituras a melhorarem sua arrecadação e a buscarem fontes de receita alternativas. Além disso, a adoção do IMEA busca premiar os municípios que investem em melhorias fiscais e tributárias, promovendo a equidade na distribuição dos recursos provenientes do ICMS, que são essenciais para o financiamento das atividades públicas municipais.

    Como fazer o preenchimento do formulário no Portal de Serviços?

    Para garantir que o processo de coleta de dados ocorra sem problemas, o TCE-MT disponibilizou um sistema específico no Portal de Serviços, onde um responsável designado pela prefeitura deve preencher o formulário com as informações referentes ao exercício de 2023.

    O preenchimento do formulário deve ser feito de forma cuidadosa, seguindo as instruções fornecidas durante o workshop realizado em agosto e as orientações detalhadas no tutorial disponibilizado pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). É imprescindível que as prefeituras cumpram o prazo de até o dia 31 de dezembro para evitar que seu município seja prejudicado.

    Caso o formulário não seja preenchido corretamente ou dentro do prazo estipulado, o município será automaticamente atribuído a nota zero no IMEA, o que impactará negativamente na distribuição do ICMS, resultando em menor participação no repasse estadual de recursos.

  • Imea revisa demanda por soja em MT para as safras 23/24 e 24/25; exportações são ajustadas para baixo

    Imea revisa demanda por soja em MT para as safras 23/24 e 24/25; exportações são ajustadas para baixo

    O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) revisou em novembro as previsões de demanda por soja em Mato Grosso para as safras 23/24 e 24/25, com alterações importantes nas exportações e no consumo interno.

    Para a safra 23/24, a principal mudança foi nas exportações. O ritmo de escoamento da soja mato-grossense diminuiu significativamente no segundo semestre, devido à menor disponibilidade da oleaginosa no estado. Com isso, a previsão de envios ao exterior foi ajustada para baixo em 3,51% em relação à projeção de outubro de 2024, alcançando 24,96 milhões de toneladas. Além disso, a demanda de outros estados foi estimada em 2,47 milhões de toneladas, o que representa uma queda expressiva de 53,48% em relação à safra anterior.

    Para a safra 24/25, o ajuste se concentrou no consumo interno de Mato Grosso. De acordo com levantamento com as indústrias, houve uma leve alta na intenção de esmagamento, com a projeção de consumo interno agora estimada em 12,77 milhões de toneladas, um crescimento de 0,47% em relação ao relatório anterior. Os estoques finais também foram revisados para baixo, com uma redução de 18,40% na comparação com o último relatório, sendo projetados em 240 mil toneladas.

    Essas mudanças refletem os desafios e ajustes que o setor tem enfrentado em relação à disponibilidade e ao consumo interno e externo da soja em Mato Grosso, um dos principais estados produtores do grão no Brasil.

  • Levantamento do IMEA mostra redução na relação de troca entre milho e ureia e alerta para custos na produção agrícola

    Levantamento do IMEA mostra redução na relação de troca entre milho e ureia e alerta para custos na produção agrícola

    Uma análise recente do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) aponta uma redução na relação de troca (RT) entre milho e uréia no último mês, que se distribuiu em 67,47 sacas por tonelada. Esse índice representa uma queda de 1,51 saca por tonelada em comparação com agosto de 2024, em um cenário que traz implicações importantes para os custos e a rentabilidade dos produtores.

    O principal fator que influenciou essa queda na RT foi a elevação no preço do milho comercializado em setembro, que subiu 2,03% em relação ao mês anterior. Com isso, a quantidade de milho necessária para adquirir uma tonelada de uréia, principal fonte de nitrogênio para as culturas agrícolas, foi menor. Para os agricultores, essa diferença é crucial, pois a uréia é essencial para a produtividade das atividades, principalmente em um país de grande produção agrícola como o Brasil.

    A relação de troca entre milho e uréia é uma métrica significativa para o planejamento financeiro dos produtores, especialmente aqueles que dependem de insumos químicos para manter os níveis de produtividade em suas plantações. Como o milho é uma cultura importante em Mato Grosso, a alteração de preços impacta diretamente o custo de produção agrícola. Quando o preço do milho aumenta, a quantidade de produto necessária para adquirir a uréia é menor, o que pode parecer vantajoso, mas esse cenário revela uma preocupação com a alta dos insumos e a possibilidade de variação na relação nos próximos meses.

    Desafios com o custo da ureia e preços futuros

    Apesar dessa redução pontual na relação de troca, o IMEA alerta os produtores sobre uma tendência de elevação nos preços da uréia, o que pode aumentar as despesas de produção e pressionar a margem de lucro dos agricultores. Em períodos de alta nos preços de insumos como a uréia, a produção se torna mais custosa, exigindo um planejamento financeiro ainda mais detalhado e rigoroso para garantir a sustentabilidade das atividades.

    As variações nos preços futuros do milho e da uréia também são fatores de incerteza que requerem atenção. No contexto do agronegócio, essas oscilações de mercado podem impactar diretamente as decisões de investimento e os custos operacionais. Como o preço da uréia depende de fatores globais, incluindo a cotação do petróleo e o cenário geopolítico, o IMEA recomenda monitoramento constante dos custos para evitar imprevistos.

    Estratégias e planejamento

    Diante desses desafios, o produtor que utiliza a uréia como insumo essencial precisa adotar estratégias de proteção financeira, como a negociação antecipada de insumos e o estudo das tendências de preços. Outra possibilidade é que o produtor possa avaliar é a diversificação de fornecedores, buscando melhores condições de compra, principalmente em épocas de demanda elevada.

    A relação de troca entre milho e uréia traz reflexões importantes para o setor agrícola, especialmente para Mato Grosso, um dos maiores produtores de milho e que dependem diretamente desses insumos para manter a competitividade. Ao acompanhar os dados do IMEA e se preparar para as variações de preços, os agricultores podem mitigar os impactos financeiros e planejar o próximo ciclo produtivo de maneira mais eficaz.

  • Projeções indicam aumento de 60,20% na área de milho em Mato Grosso nos próximos 10 anos

    Projeções indicam aumento de 60,20% na área de milho em Mato Grosso nos próximos 10 anos

    O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou uma projeção que aponta um aumento significativo de 60,20% na área destinada ao cultivo de milho em Mato Grosso ao longo dos próximos 10 anos. Segundo as estimativas, a área plantada deve atingir 10,90 milhões de hectares na safra 2033/34, com um crescimento médio anual de 4,83%.

    Esse avanço reflete a maior participação do milho na área antes ocupada pela soja, sendo que o grão deve representar 65,57% da área destinada à soja no estado. O crescimento é motivado pela crescente demanda do mercado, tanto para exportação quanto para o consumo interno, especialmente pelas indústrias de etanol, que têm fortalecido sua presença em Mato Grosso.

    Além do aumento de área, a produtividade média do milho no estado também deve crescer 6,37% ao longo do período, alcançando 122,95 sacas por hectare. Combinando o crescimento de área e produtividade, a produção de milho em Mato Grosso tem a expectativa de chegar a 80,38 milhões de toneladas na safra 2033/34, o que representa um salto de 70,40% em comparação à safra 2023/24.

    Essas previsões refletem o fortalecimento do agronegócio no estado e o papel estratégico do milho para atender a demanda nacional e internacional, reforçando a importância de Mato Grosso como um dos maiores produtores de grãos do Brasil.

  • Outlook 2034: Imea apresenta projeções para o futuro do agronegócio em Mato Grosso

    Outlook 2034: Imea apresenta projeções para o futuro do agronegócio em Mato Grosso

    Na manhã desta quarta-feira (9/10), o auditório Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), em Cuiabá, recebeu o evento de lançamento do “Outlook 2034 – Projeções do Agronegócio em Mato Grosso de 2024 a 2034”. O evento, que contou com uma coletiva de imprensa, apresentou as principais tendências e projeções para as culturas agrícolas e produções pecuárias do estado nos próximos 10 anos. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) liderou os estudos e análises, em parceria com o Instituto Mato-Grossense do Agronegócio (IAGRO) e com o apoio da Aprosoja-MT.

    Para aprimorar a metodologia utilizada nas projeções do Outlook 2034, o Imea estabeleceu uma parceria estratégica com a Faculdade de Estatística da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Essa parceria aprimorou as previsões, oferecendo aos agentes do setor dados precisos e abrangentes, fundamentais para a tomada de decisões estratégicas no agronegócio.

    Segundo o superintendente do Imea, Cleiton Gauer, Mato Grosso produzirá 148,94 milhões de toneladas de grãos e pluma em 2034. A produção de carnes – bovina, suína e de aves – também deve crescer, alcançando 2,80 milhões de toneladas.

    As projeções indicam um crescimento significativo nas áreas cultivadas em Mato Grosso até 2034. A área de algodão deve expandir 40,62%, a de milho 60,20%, e a de soja 33,18%. Na pecuária, o Outlook 2034 aponta para um aumento de 7,49% na produção de carne bovina, impulsionado por investimentos em tecnologia e genética. A suinocultura e a avicultura também terão avanços expressivos, com crescimento na produção de 40,60% e 30,97%, respectivamente, ao longo da próxima década.

    O crescimento populacional mundial, que deve atingir 8,81 bilhões de pessoas em 2034, trará novos desafios para a produção de alimentos. Países subdesenvolvidos, especialmente na África Subsaariana, apresentarão as maiores taxas de crescimento populacional. A demanda por alimentos seguirá em alta, e Mato Grosso, como grande produtor, terá um papel estratégico para suprir essa demanda mundial.

    Para garantir que essas projeções se concretizem, o estado precisa intensificar os investimentos em infraestrutura e logística. Projetos como a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) e a Ferrovia Autorizada de Transporte Olacyr de Moraes (FATO), que conectará Cuiabá a Lucas do Rio Verde, são essenciais para reduzir os custos de transporte e aumentar a competitividade do agronegócio mato-grossense.

    O presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, destacou a relevância do estudo conduzido pelo Imea, uma das casas que compõem o Sistema Famato e que hoje é referência tanto no Brasil quanto no cenário internacional. “O Imea oferece uma base sólida de dados e análises que são essenciais para a tomada de decisões estratégicas, e seu papel na construção de um futuro próspero para o agronegócio mato-grossense é inquestionável”, afirmou.

    Vilmondes também ressaltou a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura de armazenamento, uma vez que a produção agrícola no estado tem crescido exponencialmente. “Nossos armazéns são as carrocerias dos caminhões”, comentou, alertando sobre o risco de gargalos logísticos e de armazenamento que podem comprometer a competitividade do estado no mercado global.

    O presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Luis Costa Beber, também esteve presente no evento, reforçando a importância de fornecer aos produtores informações precisas, como as apresentadas no Outlook 2034, para subsidiar a tomada de decisões no campo. “Nosso compromisso é apoiar o agricultor para que ele possa planejar com segurança e eficiência, sempre com o respaldo de dados e análises que garantam a melhor performance em suas atividades”, comentou.

    Lucas Beber também destacou que o crescimento da produção agrícola do estado pode ser alcançado de maneira sustentável, respeitando as áreas de pastagem já existentes e evitando a abertura de novas áreas. “Mato Grosso já se consolidou como uma referência global em responsabilidade ambiental, mostrando que é possível produzir em larga escala sem comprometer nossos recursos naturais”, enfatizou.

    Também participaram do evento o diretor Administrativo e Financeiro da Famato, Robson Marques, e o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), Marcelo Lupatini.

    O Outlook 2034 apresenta uma visão otimista para o futuro do agronegócio em Mato Grosso. Com uma produção agrícola e pecuária em constante crescimento, o estado continuará a desempenhar um papel crucial no cenário nacional e internacional. As projeções mostram que o crescimento econômico pode ser alcançado com sustentabilidade, respeitando as áreas de pastagem e evitando a abertura de novas áreas, reafirmando Mato Grosso como referência no equilíbrio entre desenvolvimento e responsabilidade ambiental.

  • Imea e Senar-MT apresentam custos da safra 2024/25 em evento híbrido

    Imea e Senar-MT apresentam custos da safra 2024/25 em evento híbrido

    Na manhã desta quarta-feira (18/09), o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) realizaram um importante evento para o agronegócio do estado. O projeto “Acompanhamento dos Custos de Produção Agropecuária de Mato Grosso – Safra 2024/25” foi apresentado em formato híbrido, com a participação presencial no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e transmissão ao vivo pelo canal do Imea no YouTube.

    O evento foi conduzido pelo coordenador de Inteligência de Mercado, Rodrigo Silva. O superintendente do Imea, Cleiton Gauer, abriu o evento dando as boas-vindas aos participantes, e as apresentações dos painéis ficaram a cargo dos analistas de Rentabilidade, Abraão Viana e Júlio Rossi. Representando o presidente Vilmondes Tomain, participaram os diretores da Famato, Ronaldo Vinha (Relações Institucionais) e Robson Marques (Administrativo e Financeiro). O Senar-MT, que também é realizador do projeto, foi representado pelo superintendente Marcelo Lupatini.

    O encontro trouxe uma análise detalhada dos custos de produção das principais atividades agropecuárias do estado, como soja, milho, algodão, bovinocultura de corte e leite, suinocultura, piscicultura, entre outras. O objetivo do projeto é fornecer um panorama preciso dos fatores que impactam os custos nas diversas regiões produtivas de Mato Grosso, orientando decisões tanto dos produtores quanto dos agentes de mercado.

    Utilizando a metodologia do “Painel Modal”, que coleta dados de uma propriedade rural típica de cada macrorregião, o projeto gera indicadores robustos sobre os custos médios de produção. Em 2024, o projeto foi expandido para divulgar mais detalhes sobre piscicultura e suinocultura, refletindo o crescente interesse e desenvolvimento dessas cadeias produtivas no estado.

    Entre os destaques da análise está a estimativa de crescimento da área plantada de soja, que, para a safra 2024/25, está em 12,66 milhões de hectares, representando um aumento de 1,47% em relação ao ciclo anterior. A produção esperada de soja deverá alcançar 44,04 milhões de toneladas, um incremento de 12,78% em comparação à safra passada. O milho, também de grande relevância, teve aumento no custo de produção devido à alta dos fertilizantes, mas a produção deve crescer 11,35%, alcançando 47,83 milhões de toneladas. No entanto, o cenário é delicado, já que o aumento nos custos e a redução na receita têm impactado a produtividade dos produtores.

    Outras culturas, como o gergelim, surgem como opções interessantes para a segunda safra, com a expectativa de um Lajida (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) positivo ao produtor, devido ao aumento na receita bruta e à redução nos custos de produção, diversificando as oportunidades.

    A bovinocultura, tanto de corte quanto de leite, foi amplamente discutida. Para a pecuária de corte, os dados indicam um aumento significativo no uso de tecnologias de confinamento e manejo nutricional, o que tem impactado os custos, mas também gerou ganhos expressivos em produtividade. Essas inovações permitem que os produtores mantenham a competitividade, apesar dos desafios com os insumos. No leite, os desafios com os insumos, como o custo da alimentação, foram apontados como fator de atenção para os produtores.

    O algodão apresentou custos de produção e lucros semelhantes à safra passada, suficientes para cobrir todos os custos de produção. No entanto, houve um aumento médio de 2,5% nos custos operacionais em relação à safra anterior, devido à alta nos preços de herbicidas e defensivos, o que exige atenção redobrada por parte dos produtores para garantir que as margens continuem positivas.

    Além de detalhar os custos, o evento trouxe projeções para a safra 2024/25. A expectativa é de estabilidade nos custos de produção, especialmente em culturas como a soja e o milho, devido a uma previsão de leve recuo nos preços de insumos, como fertilizantes e defensivos. Contudo, para algodão e suinocultura, os custos tendem a se manter elevados, exigindo estratégias mais cautelosas por parte dos produtores.

    A rentabilidade da soja também foi detalhada para a próxima safra, com especificações mais precisas em termos de Lajida. A atividade se mantém atrativa para os produtores.

    Já o feijão teve uma queda expressiva na rentabilidade devido à redução nos preços de venda, embora ainda se estime um Lajida positivo para a próxima temporada, já que os produtores conseguem gerenciar os custos.

    A cana-de-açúcar enfrentou uma redução nas margens devido ao aumento dos custos, o que resultou em uma rentabilidade líquida negativa. Esse cenário pressiona os produtores a buscar formas de reduzir custos ou diversificar a produção para compensar as perdas. Já a silvicultura, com receita bruta e custos semelhantes ao ano anterior, apresenta uma rentabilidade líquida positiva, considerando os ganhos de duas colheitas, o que garante a visão econômica dessa atividade no estado.

    O projeto incluiu uma análise mais aprofundada por regiões, abordando os principais custos de produção nas macrorregiões de Mato Grosso. Isso permite que os produtores tenham um diagnóstico ainda mais preciso da realidade local e possam adaptar suas estratégias conforme as particularidades de suas regiões.

  • Colheita de algodão em Mato Grosso alcança 99,70% da safra 23/24, segundo Imea

    Colheita de algodão em Mato Grosso alcança 99,70% da safra 23/24, segundo Imea

    O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou uma atualização sobre a colheita de algodão em Mato Grosso, indicando que até a última sexta-feira (13/09), 99,70% das áreas destinadas ao algodão da safra 23/24 já haviam sido colhidas. Este percentual representa um avanço de 2,94 pontos percentuais em comparação com a semana anterior.

    É importante destacar que houve um prolongamento do ciclo do algodão durante o desenvolvimento das lavouras nesta safra, resultando em um atraso na colheita. No mesmo período do ano passado, os trabalhos no campo já haviam sido concluídos, o que contrasta com o cenário atual.

    Entre as regiões do estado, o Nordeste se destaca ao liderar a colheita com 100% de sua área estimada já colhida, demonstrando eficiência e rapidez nos trabalhos.

    O andamento da colheita no estado é uma indicação da importância da cultura do algodão para Mato Grosso, um dos principais produtores do país. Mesmo com os atrasos, a colheita se aproxima do fim, reforçando a capacidade dos produtores de superar desafios e concluir o processo de forma eficaz.

  • Fretes rodoviários de grãos registram queda em Mato Grosso

    Fretes rodoviários de grãos registram queda em Mato Grosso

    Na última semana, os fretes rodoviários de grãos apresentaram quedas em diversas regiões de Mato Grosso. Devido ao ritmo lento nas exportações e à alta disponibilidade de caminhões, as cotações seguiram em trajetória de baixa. Os dados foram apurados pelo IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).

    As rotas de Querência (MT) para Colinas do Tocantins (TO) foram cotadas, em média, a R$ 265,00 por tonelada, uma redução de 4,07%. Já o trajeto de Diamantino (MT) para Paranaguá (PR) ficou em R$ 405,00/t, com uma queda de 1,22%.

    Essa conjuntura reflete o enfraquecimento da demanda por transporte rodoviário de grãos, enquanto os caminhoneiros enfrentam maior competição por fretes.