Tag: IBGE

  • Serviços crescem 1% de agosto para setembro

    Serviços crescem 1% de agosto para setembro

    O volume de serviços cresceu 1% em setembro deste ano, na comparação com agosto.

    Reprodução | Secom MT
    Reprodução | Secom MT

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  • Vendas no comércio crescem 0,5% em setembro e igualam patamar recorde

    Vendas no comércio crescem 0,5% em setembro e igualam patamar recorde

    As vendas no comércio brasileiro cresceram 0,5% na passagem de agosto para setembro. Esse desempenho coloca o setor de volta ao nível mais alto da série, atingido anteriormente em maio de 2024.

    A constatação faz parte da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O resultado positivo volta a colocar o comércio brasileiro no campo positivo na comparação entre meses imediatamente seguidos, uma vez que tinha recuado 0,2% na passagem de julho para agosto.

    Na comparação com setembro de 2023, o setor avançou 2,1%. No acumulado de 2024, o ganho somado é de 4,8%. Em 12 meses, o setor cresce 3,9%. Observando dados trimestrais, o terceiro trimestre de 2024 se expandiu 0,3% ante o conjunto dos meses abril, maio e junho. Em relação ao terceiro trimestre de 2023, a alta é de 4%.

    Atividades

    Quatro das oito atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram resultados positivos: outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,5%), combustíveis e lubrificantes (2,3%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria (1,6%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,3%).

    Por outro lado, móveis e eletrodomésticos (-2,9%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,8%), tecidos, vestuário e calçados (-1,7%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-0,9%) tiveram queda.

    O IBGE destaca que, ao longo de 2024, o desempenho dos supermercados e artigos farmacêuticos têm sustentado crescimento.

    As vendas nos supermercados têm o maior peso na pesquisa do IBGE, 55,6%. Já os artigos farmacêuticos figuram como terceiro maior peso (11%), perdendo para combustíveis e lubrificantes.

    O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, classifica o resultado como “bastante expressivo”. Ele enfatiza que o desempenho tira o comércio de uma zona de estabilidade em um nível já alto.

    “Se a gente está circundando o nível recorde, mais ou menos, desde maio, a gente está em uma base alta”, aponta.

    Ele explica que fatores como aumento de crédito para a pessoa física, expansão do número de pessoas ocupadas e crescimento da massa salarial dos trabalhadores ajudaram a impulsionar o comércio brasileiro. “Esse cenário vem puxando o ano de 2024.”

    Veículos e motos

    O IBGE também divulga dados do chamado varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado de produtos alimentícios, bebidas e fumo. Com esses setores agregados, o comércio cresceu 1,8% na passagem de agosto para setembro, superando o maior patamar da série histórica, atingido em agosto de 2013.

    “Também teve a questão do crédito para aquisição de veículos, que foi bastante forte, de 2,4% de agosto para setembro”, diz.

    Na comparação com setembro de 2023, o comércio ampliado se expandiu 3,9%. Em 12 meses, o ganho acumulado é de 3,8%.

  • Prefeitura de Rondonópolis contesta classificação do IBGE e nega existência de favelas na cidade

    Prefeitura de Rondonópolis contesta classificação do IBGE e nega existência de favelas na cidade

    A Prefeitura de Rondonópolis, por meio da Secretaria Municipal de Habitação, manifestou profundo descontentamento com a recente divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que classificou os bairros Jardim Itapuã, Vila Mamed e Jardim Amizade como favelas. A gestão municipal refuta veementemente essa informação, destacando a infraestrutura completa e os investimentos em regularização fundiária nesses locais.

    Em nota oficial, a secretária Maristela Moraes afirmou que os critérios utilizados pelo IBGE para a classificação são desconhecidos e incompatíveis com a realidade dos bairros em questão. “É incoerente classificar como favela locais que possuem asfalto, rede de esgoto, iluminação pública, coleta de lixo, postos de saúde, escolas e até mesmo escritura pública para todos os moradores”, disse a secretária.

    Maristela ressaltou que a gestão municipal tem investido significativamente na regularização fundiária e na melhoria da infraestrutura urbana de Rondonópolis.

    “Mais de 35 mil escrituras públicas foram entregues gratuitamente aos moradores, e mais de 30 mil moradias foram construídas em loteamentos urbanos de interesse social. É um absurdo que o IBGE ignore todos esses esforços e classifique esses bairros como favelas”, completou.

    A secretária questiona ainda como o IBGE pode classificar como favela um bairro onde o poder público oferece serviços de qualidade e garante a segurança jurídica da propriedade. “Em que lugar do Brasil o Estado fornece escrituras para favelas?”, indagou Maristela.

    A gestão municipal de Rondonópolis se destaca no cenário nacional por suas políticas públicas de inclusão social e urbanização. A criação de mais de 40 novos bairros e a distribuição de milhares de escrituras são exemplos do compromisso da prefeitura em melhorar a qualidade de vida da população.

    Diante da divergência com os dados do IBGE, a Secretaria Municipal de Habitação e a Secretaria de Governo irão oficiar a Superintendência Regional do IBGE em Mato Grosso, solicitando esclarecimentos sobre os critérios utilizados e os dados que embasaram a classificação dos bairros.

    A prefeitura reafirma que não há favelas em Rondonópolis e que todos os bairros da cidade possuem infraestrutura básica e serviços públicos de qualidade.

  • Mato Grosso: Mais de 81 mil pessoas vivem em favelas, revela Censo 2022

    Mato Grosso: Mais de 81 mil pessoas vivem em favelas, revela Censo 2022

    O Censo Demográfico 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trouxe dados preocupantes sobre a realidade das favelas em Mato Grosso. Segundo o levantamento e publicado pela redação do CenárioMT anteriormente, o estado possui 58 favelas e comunidades urbanas, onde residem mais de 81 mil pessoas, o equivalente a 2,2% da população mato-grossense.

    A maior parte dessas comunidades está concentrada na capital, Cuiabá, que abriga 47 favelas e mais de 80 mil moradores. Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop e Cáceres também possuem favelas em seus territórios. A pesquisa destaca que, apesar dos desafios enfrentados por essas populações, houve avanços em relação ao acesso a serviços básicos como água potável e coleta de lixo. No entanto, a falta de saneamento básico completo e a irregularidade fundiária ainda são problemas comuns nesses locais.

    A desigualdade social é uma marca presente nas favelas mato-grossenses. Os dados do Censo revelam que a população residente nesses locais é mais jovem e possui menor escolaridade em comparação com a média estadual. Além disso, há uma concentração maior de pessoas autodeclaradas pardas e pretas nas favelas.

    A situação das favelas em Mato Grosso exige atenção das autoridades e da sociedade como um todo. É fundamental que sejam implementadas políticas públicas que visem à melhoria das condições de vida dessas comunidades, como a regularização fundiária, a expansão do acesso a serviços básicos e a promoção de programas de geração de renda e inclusão social.

    A pesquisa do IBGE serve como um alerta para a necessidade de investimentos em políticas habitacionais e urbanas que garantam o direito à cidade para todos os cidadãos.

  • Censo 2022 revela aumento de favelas em Mato Grosso e aponta desafios

    Censo 2022 revela aumento de favelas em Mato Grosso e aponta desafios

    Um novo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trouxe à tona a realidade das favelas em Mato Grosso.

    Segundo os dados do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira (8), o estado possui 58 favelas, concentradas principalmente em Cuiabá e região metropolitana.

    As favelas em Mato Grosso, assim como em outras partes do país, são caracterizadas pela falta de infraestrutura básica, como saneamento básico, energia elétrica e ruas pavimentadas. Além disso, os moradores dessas comunidades enfrentam desafios como a falta de oportunidades e a violência.

    Distribuição das favelas por cidade de Mato Grosso:

    • Cuiabá: Concentra a maior parte das favelas do estado, totalizando 47.
    • Várzea Grande: Possui 6 favelas.
    • Rondonópolis: Abriga 3 favelas.
    • Sinop e Cáceres: Cada uma possui 1 favela.

    O IBGE substituiu o termo “Aglomerados Subnormais” por “Favelas e comunidades urbanas” para melhor representar a realidade dessas localidades. A nova denominação reflete as características dessas áreas, como a falta de infraestrutura e a precariedade das condições de vida.

    O Censo 2022 também revelou o perfil dos moradores das favelas em Mato Grosso. A população das favelas é mais jovem do que a média nacional, com idade média de 30 anos.

    Em relação à cor ou raça, a maioria dos moradores se autodeclaram pardos (56,8%), seguidos por pretos (16,1%) e brancos (26,6%).

    Desafios e perspectivas

    Os dados do Censo 2022 evidenciam a necessidade de políticas públicas mais eficazes para enfrentar os desafios das favelas em Mato Grosso.

    É fundamental investir em infraestrutura, saneamento básico, educação e geração de emprego e renda para melhorar a qualidade de vida dos moradores dessas comunidades.

  • Censo revela quais são as 20 maiores favelas do país; veja a lista

    Censo revela quais são as 20 maiores favelas do país; veja a lista

    Com mais de 72 mil moradores, a comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, é a maior favela do país. A constatação faz parte de um suplemento do Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O levantamento demográfico identificou no país 16.390.815 habitantes em 12.348 favelas, distribuídas por 656 municípios.

    Os pesquisadores do IBGE consideram favelas e comunidades urbanas localidades com características como insegurança jurídica da posse, ausência ou oferta precária ou incompleta de serviços públicos, padrões urbanísticos fora da ordem vigente e ocupação de áreas com restrição ou de risco ambiental.

    Se a Rocinha fosse uma cidade, os 72.021 moradores a colocariam como a 459ª maior do Brasil. Em 2022, o país tinha 5.570 municípios, ou seja, a Rocinha tinha mais habitantes que 5.112 cidades.

    As 20 maiores favelas brasileiras agrupam 858,6 mil moradores, representando 5,2% do total da população residente em comunidades pelo país. Dessas mais populosas, oito estavam na região Norte; sete, no Sudeste; quatro no Nordeste; e uma no Centro-Oeste.

    Veja a lista das 20 maiores em quantidade de moradores:

    1) Rocinha – Rio de Janeiro (RJ), 72 021
    2) Sol Nascente – Brasília (DF), 70 908
    3) Paraisópolis – São Paulo (SP), 58 527
    4) Cidade de Deus/Alfredo Nascimento – Manaus (AM), 55 821
    5) Rio das Pedras – Rio de Janeiro (RJ), 55 653
    6) Heliópolis – São Paulo (SP), 55 583
    7) Comunidade São Lucas – Manaus (AM), 53 674
    8) Coroadinho – São Luís (MA), 51 050
    9) Baixadas da Estrada Nova Jurunas – Belém (PA), 43 105
    10) Beiru / Tancredo Neves – Salvador (BA), 38 871
    11) Pernambués – Salvador (BA), 35 110
    12) Zumbi dos Palmares/Nova Luz – Manaus (AM), 34 706
    13) Santa Etelvina – Manaus (AM), 33 031
    14) Baixadas da Condor – Belém (PA), 31 321
    15) Colônia Terra Nova – Manaus (AM), 30 142
    16) Jacarezinho – Rio de Janeiro (RJ), 29 766
    17) Vila São Pedro – São Bernardo do Campo (SP), 28 466
    18) Cidade Olímpica – São Luís (MA), 27 326
    19) Chafik / Macuco – Mauá (SP), 26 835
    20) Grande Vitória – Manaus (AM), 26 733

    O G10 Bank, instituição financeira criada em Paraisópolis, favela da zona sul paulistana, vai abrir agências físicas em quatro estados. Foto: Espaço do Povo Paraisópolis
    Paraisópolis, favela localizada na zona sul paulistana. Foto: Espaço do Povo Paraisópolis

    Domicílios

    O Censo também traz o ranking das 20 maiores favelas em número de domicílios particulares permanentes ocupados. Elas representam 5,3% do total de 295.009 domicílios nas comunidades espalhadas pelo país.

    Novamente, a Rocinha lidera o ranking com mais que o triplo de domicílios da 20ª colocada (Colônia Terra Nova, Manaus). Apenas as paulistas Vila São Pedro, Chafik/Macuco e Jardim Oratório não estão localizadas em capitais.

    Veja a lista das 20 maiores em quantidade de domicílios:

    1) Rocinha – Rio de Janeiro (RJ), 30 371
    2) Rio das Pedras – Rio de Janeiro (RJ), 23 846
    3) Sol Nascente – Brasília (DF), 21 889
    4) Paraisópolis – São Paulo (SP), 21 442
    5) Heliópolis – São Paulo (SP), 20 205
    6) Coroadinho – São Luís (MA), 16 741
    7) Cidade de Deus/Alfredo Nascimento – Manaus (AM), 15 872
    8) Beiru / Tancredo Neves – Salvador (BA), 15 618
    9) Comunidade São Lucas – Manaus (AM), 15 469
    10) Pernambués – Salvador (BA), 14 649
    11) Baixadas da Estrada Nova Jurunas – Belém (PA), 13 077
    12) Jacarezinho – Rio de Janeiro (RJ), 10 936
    13) Vila São Pedro – São Bernado do Campo (SP), 10 273
    14) Zumbi dos Palmares/Nova Luz – Manaus (AM), 9 720
    15) Baixadas da Condor – Belém (PA), 9 638
    16) Santa Etelvina – Manaus (AM), 9 301
    17) Jardim Oratório – Mauá (SP), 9 189
    18) Chafik / Macuco – Mauá (SP), 9 158
    19) Cidade Olímpica – São Luís (MA), 8 923
    20) Colônia Terra Nova – Manaus (AM), 8 692

    Extensão

    O IBGE apontou também as favelas com maiores extensões territoriais. Nesse ranqueamento, o Censo ressalta que “não existia uma relação direta entre as áreas territoriais das favelas e comunidades urbanas e o número de residentes e de domicílios nesses territórios”.

    Ou seja, ter mais área não significa necessariamente ter mais casas, assim como ter mais casas não é certeza de ter mais moradores. A Rocinha, por exemplo, apesar de ter o maior número de domicílios e de moradores, sequer consta na lista das 20 maiores favelas em extensão territorial.

    Veja a lista das 20 maiores em área (quilômetro quadrado):

    1) 26 de Setembro – Brasília (DF), 10,5
    2) Sol Nascente – Brasília (DF), 9,2
    3) Morro da Cruz I e II – Brasília (DF), 5,9
    4) Invasão Água Limpa – Itabirito (MG), 5,7
    5) Valéria – Salvador (BA), 5,5
    6) Coroadinho – São Luís (MA), 5,4
    7) Santa Etelvina – Manaus (AM), 4,8
    8) Parque Estrela – Magé (RJ), 4,6
    9) João de Barro – Boa Vista (RR), 4,6
    10) Jardim Progresso – Natal (RN), 4,5
    11) Cidade de Deus/Alfredo Nascimento – Manaus (AM), 4,3
    12) Baía do Sol – Belém (PA), 4,2
    13) Residencial Tiradentes – São Luís (MA), 4,2
    14) Gapara – São Luís (MA), 4,1
    15) Vila Nestor – São Luís (MA), 4,1
    16) Nacional – Porto Velho (RO), 4,1
    17) Santa Rita – Feira de Santana (BA), 4,0
    18) Barra Alegre – Ipatinga (MG), 3,9
    19) Comunidade São Lucas – Manaus (AM), 3,8
    20) Água Boa – Belém (PA), 3,8

  • População de favela é mais negra e jovem que restante do país

    População de favela é mais negra e jovem que restante do país

    Nas favelas brasileiras, a proporção de pessoas pretas e pardas é maior do que no Brasil. Por outro lado, a presença de brancos é menor que a proporção na população geral. Essas constatações fazem parte de um suplemento do Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O levantamento, que também aponta um perfil mais jovem nas comunidades, identificou quase 16,4 milhões de moradores em 12,3 mil favelas, distribuídas por 656 municípios.

    Os pesquisadores do IBGE consideram favelas e comunidades urbanas localidades com características como insegurança jurídica da posse, ausência ou oferta precária ou incompleta de serviços públicos, padrões urbanísticos fora da ordem vigente e ocupação de áreas com restrição ou de risco ambiental.

    As pessoas pardas representam 45,3% do total da população brasileira. Os pretos são 10,2%. Juntos, somam 55,5%. Quando se olha apenas para as favelas, os pretos são 16,1%; e os pardos, 56,8%. Somados alcançam 72,9%.

    Por outro lado, os brancos, que são 43,5% da população brasileira, respondem por 26,6% dos moradores de favelas.

    Segundo o IBGE, os amarelos (asiáticos) são 0,4% da população geral e 0,1% das favelas. Os indígenas representam 0,8%, tanto na população geral, quanto nas favelas.

    O IBGE explica que o somatório dos grupos pardos, pretos, brancos, amarelos e indígenas supera 100% no censo, pois foi facultado a moradores de áreas indígenas se identificarem como indígenas, mesmo que sejam de outras cores. Por exemplo, uma pessoa parda que mora em um território demarcado pôde se considerar indígena.

    Vistos de outro prisma, os dados mostram mais aspectos da desigualdade racial no país. De todas as pessoas que se declararam brancas, 4,9% moravam em favelas. Entre os pretos, essa marca chegou a 12,8%, ou seja, de cada 100 pessoas pretas, praticamente 13 moravam em comunidades. No universo dos pardos, a relação era de 10 a cada 100 (10,1%).

    Entre os indígenas, a proporção foi de 8%, tendo alcançado a maior marca no Amazonas (17,9%). O segundo maior percentual é entre os indígenas no Rio de Janeiro (12,7%).

    Jovens da Rocinha participam do 1º Mutirão de Plantio De Olho no Lixo

    Jovens da Rocinha durante atividade cultural – Divulgação/Secretaria de Estado do Ambiente

    Mais novos

    O censo revelou que a população das favelas é mais jovem que a brasileira. O IBGE apresenta o índice de envelhecimento, que faz uma relação entre idosos de 60 anos ou mais e um grupo de 100 crianças de até 14 anos. Quanto maior o índice, mais envelhecida é a população.

    No Brasil, o índice para a população total foi 80 em 2022. Ou seja, havia 80 idosos para cada 100 crianças. Especificamente dentro das favelas, o marcador foi de 45 idosos para cada 100 crianças, indicando uma população proporcionalmente muito menos envelhecida.

    A idade mediana da população residente no Brasil, em 2022, era 35 anos, ou seja, metade da população possuía mais de 35; e a outra metade, menos de 35. Analisando apenas o universo de moradores de favelas, a idade mediana cai para 30 anos.

    “Um indicador de que esses territórios são formados, proporcionalmente, por população mais jovem que a totalidade da população residente no país”, escreve o IBGE.

    Sexo

    O censo indicou também que 48,3% dos moradores das favelas são homens; e 51,7%, mulheres. “Esses valores não apresentaram diferença expressiva em relação ao percentual de pessoas do sexo masculino e feminino na população geral, 48,5% e 51,5%, respectivamente”, assinala o instituto.

    Outro indicador importante para traçar as características demográficas de determinada população é a razão de sexo. Quando esse número é igual a 100, indica o mesmo número de pessoas dos dois sexos. Caso a razão de sexo seja menor que 100, a população analisada possui mais mulheres que homens.

    No Brasil, a razão de sexo da população total era de 94,3 homens para casa 100 mulheres, em 2022. Nas favelas, baixava para 93,4 homens para cada 100 mulheres.

  • Indústria cresce 1,1% em setembro, revela pesquisa do IBGE

    Indústria cresce 1,1% em setembro, revela pesquisa do IBGE

    A produção da indústria brasileira cresceu 1,1% em setembro deste ano em relação a agosto. Essa é a segunda alta consecutiva porque em agosto a expansão havia sido de 0,2%. A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) foi divulgada nesta sexta-feira (1º), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    A indústria também apresentou expansão na comparação com setembro do ano passado (3,4%), a quarta alta consecutiva, e nos acumulados do ano (3,1%) e de 12 meses (2,6%).

    As principais altas em setembro – na comparação com agosto – vieram dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,3%), produtos alimentícios (2,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (2,5%), produtos do fumo (36,5%), metalurgia (2,4%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,3%). No total, 12 dos 25 ramos industriais pesquisados apresentaram crescimento.

    Queda

    Ao mesmo tempo, 12 setores tiveram queda, com destaque para indústrias extrativas (-1,3%), produtos químicos (-2,7%), outros equipamentos de transporte (-7,8%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-3,7%). Produtos de borracha e material plástico apresentaram estabilidade na produção.

    Três das quatro grandes categorias econômicas da indústria cresceram de agosto para setembro: bens de capital, isto é, máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (4,2%), bens intermediários (insumos industrializados usados no setor produtivo (1,2%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,6%). Apenas o segmento de bens de consumo duráveis teve queda (-2,7%).

  • Censo 2022 revela aumento de lares chefiados por mulheres em Mato Grosso

    Censo 2022 revela aumento de lares chefiados por mulheres em Mato Grosso

    Em 2022, cerca de 45,9% das residências em Mato Grosso eram lideradas por mulheres, segundo o Censo Demográfico divulgado pelo IBGE. Esse percentual representa um aumento considerável em comparação a 2010, quando apenas 34,4% dos lares eram chefiados por mulheres no estado, demonstrando um avanço de 11,5% ao longo desse período.

    No Brasil como um todo, o levantamento indicou que quase metade dos lares (49,1%) é liderada por mulheres, em contraste com 2010, quando os homens eram maioria como chefes de família, representando 61,3% das moradias. Agora, essa diferença se reduziu significativamente.

    Em nível nacional, o IBGE destaca que, em 10 estados, a maioria dos lares já é chefiada por mulheres, com as maiores taxas observadas em Pernambuco, Sergipe e Maranhão. Já em Mato Grosso, o percentual de domicílios liderados por mulheres foi menor, sendo um dos cinco estados com os índices mais baixos.

    Além disso, o estudo mostra que 54,8% dos chefes de domicílios em Mato Grosso se identificam como pardos, 32,0% como brancos, 11,9% como negros, e 1,3% como indígenas.

    No mesmo período, o levantamento sobre óbitos aponta que, entre agosto de 2021 e julho de 2022, foram registradas 19.642 mortes no estado, com a maioria das mortes sendo de homens (11.517), e as mulheres representando 8.125 óbitos. A maior parte dessas mortes ocorreu em pessoas acima de 70 anos.

    Esses dados reforçam a transformação do perfil dos lares no estado e no país, refletindo mudanças sociais e demográficas nos últimos anos.

  • Brasil teve 1,3 milhão de óbitos de agosto de 2021 a julho de 2022

    Brasil teve 1,3 milhão de óbitos de agosto de 2021 a julho de 2022

    No período entre agosto de 2021 e julho de 2022, os entrevistados no Censo Demográfico 2022 informaram a existência de 1.326.138 óbitos no Brasil. Desse total, 722.225, ou 54,5%, eram do sexo masculino e 603.913, ou 45,5%, do feminino.

    Os dados fazem parte da pesquisa Censo Demográfico 2022: composição domiciliar e óbitos informados, divulgada nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além da resposta dos entrevistados, as principais fontes para a obtenção de informações de óbitos são o Registro Civil do próprio IBGE e o Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.

    O número de mortes captado pelo Censo 2022 foi menor que o indicado pelo SIM. O IBGE esclareceu que é comum isso ocorrer em uma pesquisa domiciliar e pode ser relacionado a erros de memória dos entrevistados ou à dificuldade de um Censo verificar os óbitos ocorridos em domicílios unipessoais, aqueles que têm apenas uma pessoa. Além disso, as mortes podem ter sido informadas mais de uma vez, nos casos de óbitos em domicílios posteriormente desmembrados.

    Izabel Marri, do IBGE, explicou que, por isso, o instituto considera também as informações dos registros civis, que são mais completos do que os óbitos apontados no Censo, aos quais chamou de subdeclarados.

    “Principalmente naqueles onde existe apenas uma pessoa, que são os domicílios unipessoais, quando a pessoa morre a gente perde a informação desse óbito, obviamente, porque não haverá domicílio ali para o Censo entrevistar. Então, principalmente por conta dessa característica, os óbitos do censo são subdeclarados, mesmo assim a informação pode ser utilizada usando métodos demográficos ou que permitam que o pesquisador possa contornar a situação para que possa usar as demais informações dos óbitos”, completou.

    Idade

    O volume de óbitos por sexo, segundo os grupos de idade das pessoas, mostrou que desde o nascimento até a faixa etária de 75/79 anos, a morte de homens supera a de mulheres. Essa proporção começa a mudar na faixa de 80/84 até mais de 100 anos.

    De acordo com a pesquisa, na comparação com as mulheres, o maior número de mortes entre os homens ocorre na população na faixa de 15 a 34 anos. Nesses casos, as principais causas são externas ou violentas, como homicídios, suicídios e acidentes de trânsito, entre outras.

    Para a pesquisadora Izabel Marri, gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE, sempre é interessante desagregar os óbitos por sexo e idade, porque eles têm características distintas, quando esses dois quesitos são analisados. Um dos exemplos é a mortalidade infantil, que registra recuo conforme evoluem os processos de desenvolvimento dos locais onde os óbitos ocorrem.

    “Os óbitos na faixa de 0 a 1 ano de idade são os que se usa para captar a mortalidade infantil. Esse grupo de idade concentra mais óbitos que os demais de crianças ou mesmo de adolescentes, se pegar até 10,14, ou até mesmo 15 anos. Esses óbitos estarão mais concentrados ainda nos primeiros meses de vida, no mês dois, mês zero em que nasceu e morreu e essa é uma tendência que se tem quando, com certo desenvolvimento, começa a eliminar os óbitos infantis por causas evitáveis como questões de saneamento, de água contaminada”, comentou na apresentação da pesquisa.

    A gerente chamou a atenção para o fato de que, em diferentes faixas etárias, é possível notar mais óbitos masculinos até a idade de 75 a 79 anos. “Nascem mais homens do que mulheres, por volta de 4% ou 5%, mas eles morrem mais ao longo da vida. Quando se chega às idades mais avançadas, por volta de 80 anos, existem mais mulheres sobreviventes do que homens. Aí a gente vê naturalmente, quanto mais a gente avança nas idades, maiores serão os óbitos. Então, aqui já se começa a perceber maior volume de óbitos femininos em relação aos masculinos”, informou.

    Segundo a pesquisa, o grupo etário com a maior razão de sexo dos óbitos, – que são os dos homens divididos pelos das mulheres – é o de 20 a 24 anos, com 371 mortes masculinas para cada 100 femininas, ou uma sobremortalidade [termo usado para representar aumento da taxa de mortalidade de um grupo de pessoas] masculina 3,7 vezes maior que a feminina. “Fica bem mais nítida a diferença dos sexos, sendo maior os óbitos entre os homens”, acrescentou a gerente.

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    A pesquisa apontou ainda que no Tocantins foram 150 óbitos masculinos para 100 óbitos femininos, ou uma sobremortalidade masculina de 1,5 vez. Essa é a maior proporção no país. Em seguida ficaram Rondônia (1,48), Roraima (1,47), Mato Grosso (1,42), Amapá (1,41), Amazonas (1,37) e Pará (1,36), todos maiores que a média nacional (1,2). Já as menores sobre mortalidades masculinas foram no Rio de Janeiro (1,05 vezes), em Pernambuco (1,12) e no Rio Grande do Sul (1,14).

    Apenas no grupo de 20 a 39 anos de idade, a maior sobremortalidade masculina foi verificada em Sergipe (3,49), seguido do Ceará (3,35), de Rondônia (3,31), da Bahia (3,29) e do Tocantins (3,28). Já as menores foram em Roraima (1,85), São Paulo (2,16) e no Rio de Janeiro (2,21).

    Conforme Izabel Marri, entre as principais variáveis analisadas na pesquisa de óbitos do Censo estão sexo e idade, além de mês e ano em que ocorreram. A pergunta feita aos entrevistados sobre óbitos costuma se limitar aos últimos 12 meses anteriores à data de referência do Censo, que nessa pesquisa vai de agosto de 2021 a julho de 2022. Ela lembrou que fica cada vez mais difícil obter a informação caso as mortes tenham ocorrido em período mais distante ou no caso dos que ocorrem em domicílios unipessoais.

    “A pessoa que está respondendo pode não saber que naquele domicílio não ocorreu um óbito, então tem um erro de memória de quando ele ocorreu e até erros dos óbitos quando eles vêm de domicílios unipessoais. Quanto mais a gente volta no tempo, mais vai ter erro de memória. Estamos falando de três anos e meio atrás. Tem óbitos do passado que não vamos recuperar”, disse.

    No entanto, por causa da pandemia de covid-19, como nesse período e no anterior os óbitos estavam aumentados desde o começo de 2020 até meados de 2022, possivelmente de formas diferentes entre estados e municípios em decorrência da doença, foi preciso estender o período de referência para a pergunta sobre ocorrência de óbitos no domicílio. Na pesquisa, os dados dos óbitos foram divididos nos períodos 1 (08/2021 até 0/2022), 2 (08/2020 até 07/2021) e 3 (08/2019 até 07/2020).

    “Expandir esse tempo para trás, a fim de coletar essa informação para que ela não ficasse só nos últimos 12 meses antes do Censo, seriam meses que estariam afetados pela covid.. Isso poderia trazer diferenças não características dos óbitos no Brasil, porque a pandemia veio e bagunçou o total de óbitos. Não só aumentou, como pode ter estados e municípios com mais ou menos óbitos”

    “De forma que os pesquisadores pudessem ver se havia uma diferença grande na desagregação de óbitos antes da pandemia, que seria o período 3, ou na pandemia que seriam os períodos 2 e 1. Então, é mais uma oportunidade de a gente ver o que ocorre com essa distribuição dos óbitos por idade e pelo país, para que se possa considerar essas condições dos homicídios também”, completou.

    Segundo a pesquisadora, essas informações do Censo 2022 são relevantes para avaliar os indicadores de saúde da população no Brasil.

    “As medidas de mortalidade são muito importantes como indicadores de saúde de uma população, como esperança de vida, mortalidade infantil e em outras idades, que indicam como vai a saúde de uma população. Ela serve para orientar políticas de enfrentamento da mortalidade em diferentes grupos de idade”, acrescentou.

    A gerente disse ainda que atualmente no Brasil os registros de óbitos, tanto os que estão incluídos da Pesquisa de Registro Civil do IBGE, como os que são do Sistema de Informação de Mortalidades do Ministério da Saúde, têm informações muito próximas e são as principais fontes de obtenção de óbitos do país, quando se pretende tabular indicadores que trabalham com um total da população. Izabel Marri destacou que o Censo Demográfico traz uma fonte alternativa sobre óbitos da população, com ganho de informações adicionais sobre o domicílio em que ocorreu o óbito, como condições de habitação, nível de educação das pessoas do domicílio, raça/cor.

    “Essa é a grande vantagem do Censo Demográfico. É uma fonte alternativa que pode ajudar o pesquisador a entender os óbitos dos registros e traz uma gama de informações dos homicídios”, completou em entrevista na apresentação da pesquisa.