Tag: IBGE

  • Inflação medida pelo INPC fica em 0,2% em agosto

    Inflação medida pelo INPC fica em 0,2% em agosto

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação da cesta de compras para famílias com renda até cinco salários mínimos, teve inflação de 0,2% em agosto deste ano. A taxa é superior às observadas no mês anterior e em agosto do ano passado, que haviam registrado deflações (quedas de preço) de 0,09% e 0,31%, respectivamente.

    O INPC acumula taxas de inflação de 2,8% no ano e de 4,06% em 12 meses. Portanto, o indicador apresenta taxas inferiores às apuradas pelo IPCA, que mede a inflação oficial e que apresentou altas de 0,23% em agosto deste ano, 3,23% no acumulado do ano e 4,61% em 12 meses.

    A inflação de agosto do INPC foi puxada pelos produtos não alimentícios, que subiram 0,56% no mês, depois de uma inflação de 0,07% em julho. Já os alimentícios tiveram deflação ainda mais acentuada em agosto (-0,91%) do que no mês anterior (-0,59%).

     
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  • Inflação oficial sobe para 0,23% em agosto, diz IBGE

    Inflação oficial sobe para 0,23% em agosto, diz IBGE

    A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,23% em agosto deste ano, taxa superior ao 0,12% do mês anterior. O índice também é superior ao registrado em agosto do ano passado, quando havia sido observada uma deflação (queda de preços) de 0,36%.

    Segundo dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula taxa de 3,23% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 4,61%, ainda dentro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, que é de 1,75% a 4,75%.

    O principal impacto na inflação de agosto veio do grupo habitação, que teve alta de 1,11% no mês, puxada principalmente pelo aumento do custo da energia elétrica de 4,59%.

    Segundo o pesquisador do IBGE André Almeida, o aumento da tarifa de energia elétrica foi provocado, principalmente, pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, que havia tido saldo positivo em 2022. “[O saldo positivo de Itaipu] foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional em julho e não está mais presente em agosto”, afirma.

    Também foram aplicados reajustes nas tarifas emVitória (3,20%, a partir de 7 de agosto), Belém (9,40% a partir de 15 de agosto) e São Luís (10,43% a partir de 28 de agosto).

    Além do grupo habitação, também tiveram impactos relevantes na taxa de inflação de agosto os grupos saúde e cuidados pessoais (0,58%) e transportes (0,34%). Na saúde, as altas vieram dosprodutos para pele(4,50%) e dosperfumes(1,57%).

    Já nos transportes, a alta foi puxada pelos preços do automóvel novo(1,71%), dagasolina(1,24%) e doóleo dieselsubiu 8,54%.

    Por outro lado, os alimentos continuaram apresentando queda (-0,85%), devido ao recuo de produtos comobatata-inglesa(-12,92%),feijão-carioca(-8,27%),tomate(-7,91%),leite longa vida(-3,35%),frango em pedaços(-2,57%) ecarnes(-1,90%).

    Os demais grupos de despesa apresentaram as seguintes taxas: educação (0,69%), vestuário (0,54%), despesas pessoais (0,38%), artigos de residência (-0,04%) e comunicação (-0,09%).

     
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  • Suframa e IBGE renovam parceria técnica para elaboração de dados

    Suframa e IBGE renovam parceria técnica para elaboração de dados

    A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) celebraram, em agosto, o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) Nº 19/2023, pelo qual cooperarão mutuamente na estruturação de um esquema contínuo de elaboração do Sistema de Contas Regionais e do Produto Interno Bruto dos Municípios. O ACT terá vigência até agosto de 2028 podendo ser prorrogado por mais cinco anos.

    Desde a década de 1990, a Suframa tem mantido parceria institucional com o IBGE, objetivando estimar as variáveis macroeconômicas regionais para os Estados da Amazônia Ocidental e o Amapá. O instrumento anterior, por exemplo, o Acordo de Cooperação Técnica nº 3/2013, teve vigência, após prorrogação, até abril de 2023.

    O apoio da Autarquia tem fundamentação legal no artigo 5º do Decreto-Lei nº 356 de 15 de agosto de 1968, a saber: “A Suframa, em convênio com a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e que poderá contar com a participação do Estado do Amazonas, adotará sistema eficaz e atualizado para avaliação dos resultados do funcionamento da Zona Franca de Manaus, com vistas ao desenvolvimento autossustentável da Amazônia Ocidental.”

    Na elaboração das Contas Regionais e do Produto Interno Bruto (PIB dos Municípios) são observadas normas e recomendações internacionais, adaptadas ao plano estadual, em consonância com as práticas seguidas nas Contas Nacionais pelo IBGE e compatíveis entre todas as Unidades da Federação e Municípios. Desta forma, a Suframa tem participado dos trabalhos de construção dos agregados macroeconômicos, coordenados pelo IBGE, atendendo à demanda por informações regionalizadas.

    As Contas Regionais compreendem um conjunto de agregados macroeconômicos que possibilitam aos planejadores dos Estados avaliarem a mensuração da produção anual dos bens e serviços identificados nas economias regionais, traçando as políticas setoriais para o desenvolvimento de cada Estado.

    “Suframa e IBGE compartilham o desafio de identificar a real situação das economias regionais. Dados coletados por essas instituições são essenciais para governos municipais e estaduais na implementação de planos e políticas setoriais que podem resultar no desenvolvimento dessas localidades”, explicou o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva.

    Por: Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa)
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  • Produção industrial cai 0,6% de junho para julho

    Produção industrial cai 0,6% de junho para julho

    A produção industrial brasileira teve queda de 0,6% em julho deste ano, na comparação com o mês anterior. O dado é da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgado nesta terça-feira (5)pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Na comparação com julho do ano passado, a queda chega a 1,1%. O setor também apresenta queda acumulada de 0,4% neste ano. No acumulado de 12 meses, a indústria apresenta estabilidade.

    “Com esses resultados, o setor industrial se encontra 2,3% abaixo do patamar pré-pandemia, ou seja, fevereiro de 2020, e 18,7% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011”, destaca o pesquisador do IBGE André Macedo.

    Quinze das 25 atividades industriais pesquisadas apresentaram queda na produção na passagem de junho para julho deste ano. Os principais recuos foram observados nos ramos de veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,5%), indústrias extrativas (-1,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,1%) e máquinas e equipamentos (-5%).

    Por outro lado, nove atividades tiveram alta na produção, com destaques para produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,2%), produtos alimentícios (0,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,7%).

    Na análise das quatro grandes categorias econômicas da indústria, três tiveram queda de junho para julho: os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (-7,4%),osbens de consumo duráveis (-4,1%) e os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (-0,6%). Apenas os bens de consumo semi e não duráveis tiveram aumento no período (1,5%).

    Edição: Graça Adjuto
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  • Haddad comemora crescimento do PIB superior ao projetado

    Haddad comemora crescimento do PIB superior ao projetado

    Ao comentar os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil na manhã desta sexta-feira (1), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad disse ficar feliz,já que as projeções do início do ano de crescimento superior a 2% feitas pela pastaestão sendo superadas, e o crescimento do PIB desse ano deve atingir a marca de 3%. O PIB do segundo trimestre,divulgado nesta sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 0,9%.

    O ministro ressaltou queaprojeçãomédiado mercado em janeiro era de crescimento inferior a 1%. “Nós estamos com um crescimento três vezes superior ao que estava sendo pensado no começo do ano. Isso dá força paraa agenda econômica”.

    Haddad lembrou que o governo está à disposição das lideranças do Congresso Nacional para trabalhar a fim de consolidar o conjunto de medidas que foram encaminhadas para os parlamentares. Ele lembrou que há ainda muito trabalho para efetivar o Marco Fiscal, as projeções para 2024. “Há muito questionamento sobre como vai ser o ano de 2024, mas eu tenho segurança de que se nós aprovarmos esse conjunto de medidas, nós vamos continuar colhendo os frutos de uma melhoria da percepção da economia brasileira”, afirmou.

    O ministro citou o Marco de Garantias, que reformula as normas que regulamentam as garantias de empréstimos com o objetivo de diminuir o risco de inadimplência do devedor e, assim, reduzir o custo do crédito. “Nós estamosfazendo gestão junto com a Câmara dos Deputados e entendemos que o Marco de Garantias pode alavancar o mercado de crédito no Brasil é uma reforma importante porque vai coincidir com a segunda fase do programa Desenrola”.

    Segundo Haddad, se o Marco de Garantias já estiver aprovado será possível incrementar o consumo das famílias que estarão menos endividadas e com poder de compra maior. “Então nós teremos aí um horizonte no segundo semestre e muito trabalho. Isso nos anima, mas nós conhecemos os desafios. Nós sabemos que nós temos aí um caminho pela frente, nós temos que aprovar as medidas que foram endereçadas. Há uma melhoria do ambiente político para que essas medidas sejam analisadas com cautela e generosidade”.

    Com relação ao Orçamento, Haddad disse que a equipe econômica está empenhada em obter os melhores resultados possíveis e caso haja dificuldades deve sugerir medidas para eventualmentecorrigir as frustrações. “Nós estamos seguros de que vamos melhorar o desempenho econômico do país no ano que vem. As medidas que nós mandamos para o Congresso, que são muito razoáveis, todas para lá de defensáveis, são correções de enormes distorções que foram criadas no nosso sistema”, ponderou.

    Edição: Aline Leal

  • Setor produtivo espera crescimento maior do PIB em 2023

    Setor produtivo espera crescimento maior do PIB em 2023

    O comportamento da economia brasileira, que cresceu 0,9% no segundo trimestre desteano na comparação com os três meses anteriores, era esperado por analistas do setor produtivo ouvidos pela Agência Brasil, que mantêm uma visão de otimismo para os próximos meses.

    O Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país,apresentou alta de 3,7% no primeiro semestre, informou hoje (1°) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Serviços

    O economista Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atribui três pontos principais ao crescimento de 0,6% do setor de serviços no trimestre. A influência do setor é grande porque responde por 70% da dinâmica econômica brasileira.

    O primeiro ponto é o fato de não ser tão impactado pelo aperto monetário – alto nível da taxa de juros – diferentemente da indústria e do comércio de consumos duráveis, como automóveis.

    O segundo é um reflexo pós-pandemia:“houve uma demanda reprimida no setor de serviços durante a pandemia, um setor que sofreu muito, principalmente no turismo. Ao que tudo indica, essa demanda reprimida ainda não se esgotou, então tem havido um aumento de atividade acima dos demais setores”, avalia.

    A valorização do real ante o dólar é o terceiro fator citado pelo economista porque “faz com que a indústria tenha mais dificuldade em competir com produtos estrangeiros, que ficam relativamente mais barato. Isso vale para o comércio também”.

    No primeiro semestre, a moeda americana recuou 9,4% em relação ao real. O analista da CNC pontua que o setor de serviços não sofre com a desvalorização. “Pelo contrário, a queda do dólar contribui para que a inflação seja menor, o setor de serviços depende muito do nível geral de preços”, detalha.

    Fabio Bentes espera que, se a inflação seguir controlada, mesmo que um pouco mais alta, e haja novos cortes na taxa de juros por parte do Banco Central, os serviços e o consumo no comércio tendem a ter um aquecimento maior no segundo semestre de 2023, se mantendo como locomotiva do PIB.

    Indústria otimista

    Para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a maior entidade de classe da indústria brasileira, que representa 130 mil indústrias, o resultado do PIB do segundo trimestre veio acima do esperado.

    “A Fiesp estava com uma projeção de 0,8%. O que surpreendeu mesmo foi o agro. O mercado esperava uma queda de 3,4%, mas veio só de 0,9%. No todo foi positivo”, aponta o economista-chefe da Fiesp, Igor Rocha, que deve rever a expectativa de crescimento da economia ao fim de 2023.

    “A gente projetava 2,6% de crescimento, que já era acima do consenso do mercado, que estava entre 2,1% e 2,3%. Já era otimista,mas, na verdade, não se tratava de otimismo, se tratava de dados. Se não tiver nenhuma surpresa negativa, devemos ter um crescimento de 3% em 2023.”

    Agropecuária

    Para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a queda de 0,9% do setor agropecuário era esperada por causa do fator sazonalidade, ou seja, o comportamento cíclico das safras. Renato Conchon, coordenador do Núcleo Econômico da CNA, explica que o desempenho do agro funciona em uma espécie de gráfico em V: tem um bom primeiro semestre, quedas de desempenho nos segundo e terceiro trimestres, e volta a subir no fim do ano.

    “A gente sugere que a análise seja feita comparando com o mesmo trimestre do ano anterior, porque daí essa questão da sazonalidade é reduzida, então a gente vê um crescimento de 17%”, explica. “Outra análise que a gente gosta é o acumulado dos últimos quatro trimestres, quando o agro cresceu 11,2%”, completa.

    Segundo Conchon, o ano tem sido coroado por boas safras de culturas que têm grande produção em volume, como a soja, o milho, algodão e atividades da pecuária. Desempenho que são resultado de estímulos do ano passado, que têm trazidos bons frutos para a safra corrente.

    “Estímulos promovidos pelos altos preços das commodities no mercado internacional e aqui no Brasil também”.

    Preocupação

    O patamar de preços das commodities (produtos primários negociados no mercado internacional) que animou os produtores no plantio da atual safra pode ter um impacto negativo para a próxima safra, uma vez que os valores têm apresentado quedas.

    “Com menos renda, o produtor investe em um pacote tecnológico mais barato e, com isso, a produtividade cai”, explica Conchon.

    Como exemplo da quede de preços, o analista da CNA cita o valor de negociação da saca de soja nos últimos doze meses, que recuou 16,6% em dólar. No caso da arroba do boi, a queda foi 32,1% em dólar.

    A importância de analisar o comportamento dos valores em dólares se dá pelo fato degrande parte da produção ser negociada no mercado internacional, ou seja, vendida para outros países.

    Outra preocupação que pode afetar a colheita do fim deste ano e do começo de 2024 é algo que foge totalmente do controle dos produtores: o El Niño, aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico.

    “A nossa preocupação é que o El Niño prejudique o início do plantio da safra 23/24, ou seja, na colheita do trigo, agora no final do ano, e principalmente no início do plantio a partir de setembro”, finaliza.

    Edição: Denise Griesinger

  • Economia brasileira cresce 0,9% no segundo trimestre de 2023

    Economia brasileira cresce 0,9% no segundo trimestre de 2023

    A economia brasileira cresceu 0,9% no segundo trimestre deste ano, na comparação com os primeiros três meses do ano.

    O Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, somou R$ 2,651 trilhões.

    O dado foi divulgado nesta sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a economia brasileiraavançou 3,4%. O PIB acumula alta de 3,2% no período de 12 meses.

     

     

  • IBGE: desemprego cai para 7,9% no trimestre encerrado em julho

    IBGE: desemprego cai para 7,9% no trimestre encerrado em julho

    A taxa de desocupação no trimestre encerrado em julho de 2023 ficou em 7,9%. É o menor resultado para o período desde 2014, quando foi de 6,7%. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (31) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O resultado aponta uma redução de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre encerrado em abril (8,5%) e de 1,2 p.p. ante o mesmo período do ano passado (9,1%).

    “Esse recuo ocorreu principalmente pela expansão do número de pessoas trabalhando”, explica Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.

    Alta na ocupação

    O número de pessoas ocupadas voltou a crescer após dois trimestres em queda, chegando a 99,3 milhões, um aumento de 1,3 milhão em relação ao período de fevereiro a abril. Na comparação anual, o crescimento foi de 0,7% (mais 669 mil), o menor dos últimos nove trimestres seguidos de alta.

    “Após a pandemia, tivemos um período de recuperação da população ocupada onde registramos aumentos intensos disseminados pelas atividades. À medida que esse processo de recuperação se consolida, os acréscimos voltam a ser mais influenciados pelas características econômicas e sazonais de cada atividade. Com isso, na perspectiva anual, o crescimento passa a ser menos intenso”, analisa Beringuy.

    A população desocupada ficou em 8,5 milhões de pessoas, uma retração de 6,3% em relação ao trimestre anterior e de 3,8% se comparada ao mesmo período de 2022.

    Tipo de emprego

    Na comparação trimestral, destaca-se o crescimento do emprego sem carteira assinada (4% ou mais 503 mil pessoas) que somou 13,2 milhões de pessoas. Já no comparativo anual, chama atenção o contingente de empregados com carteira, que cresceu 3,4% ou 1,2 milhão de pessoas, formando um universo de 37 milhões.

    O número de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões) ficou estável ante o trimestre anterior e caiu 2,5% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

    A Pnad revela que a taxa de informalidade – que leva em consideração trabalhadores sem carteira assinada em empresas e no serviço doméstico; e os que atuam por conta própria, mas sem CNPJ – ficou em 39,1%, índice semelhante ao trimestre anterior (38,9%).

    Recuo na subutilização

    A pesquisa mostra também que a taxa de subutilização ficou em 17,8%, representando queda de 3,1 p.p. no comparativo anual. São atualmente 20,3 milhões de pessoas desocupadas ou que trabalham menos que o número de horas que gostariam.

    A população desalentada – pessoa que gostaria de trabalhar, mas desistiu de procurar emprego por acreditar que não conseguiria – soma 3,7 milhões, estável ante o trimestre anterior.

    O rendimento médio do brasileiro ficou em R$ 2.935, estável na comparação com o trimestre anterior e crescimento de 5,1% em relação os trimestre encerrado em julho de 2022, já descontada a inflação do período.

    Edição: Maria Claudia

  • IBGE informa população que será referência para fundos de participação

    IBGE informa população que será referência para fundos de participação

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou,no Diário Oficial da Uniãonesta quinta-feira (31), dados oficiais da população residente no Brasilem cada unidade da federação e nos municípios em 31 de julho de 2022.

    A publicação tem a finalidade de orientar o cálculo das quotas referentes aos fundos de participação de estados e municípios e a fiscalização do repasse desses recursos.

    Na data de referência,o país tinha 203.080.756 habitantes residentes, um dado 0,008% menor que o divulgado pelo Censo de 2022, em junho deste ano. A ligeira diferença se dá por revisões metodológicas rotineiras, segundo o IBGE.

    “Os resultados populacionais de 12,1% dos municípios do país tiveram alguma variação ante a divulgação anterior, mas 98,4% dessas variações foram inferiores a 1,0%”, explicou o instituto.

    Edição: Maria Claudia

  • IBGE: apesar da queda acentuada da pobreza, desigualdades se mantêm

    IBGE: apesar da queda acentuada da pobreza, desigualdades se mantêm

    Novo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (25), revela significativa queda da pobreza considerando dados dos biênios 2008-2009 e 2017-2018. No entanto, os resultados também apontam para uma manutenção das desigualdades estruturais. Nas comparações entre a população urbana e rural e mesmo no recorte racial, verifica-se que as diferenças entre os grupos pouco se alteraram.

    O IBGE avaliou indicadores não monetários de pobreza e qualidade de vida, tendo como base os dados de duas diferentes edições da Pesquisa de Orçamentos Familiares: a de 2008-2009 e a de 2017-2018. Uma vez que utiliza três índices estatísticos novos, o estudo está em fase de teste e sob avaliação. Ele foi classificado como investigação experimental.

    O estudo está focado nos grupos populacionais que registram privações de qualidade de vida. Para tanto, foram avaliadas seis dimensões: moradia, acesso aos serviços de utilidade pública, saúde e alimentação,educação, acesso aos serviços financeiros e padrão de vida, e transporte e lazer. Em cada uma delas, diversos itens são levantados. Dessa forma, a pobreza e a vulnerabilidade foram investigadas considerando a estrutura do domicílio, as condições ambientais do entorno, o acesso à eletricidade e ao esgotamento sanitário, a frequência escolar, a posse de bens duráveis, o uso de serviços financeiros, o tempo gasto no transporte para o trabalho, entre outros itens.

    Na primeira etapa do estudo, foi realizado levantamento das pessoas com algum grau de pobreza no Brasil levando em conta as seis dimensões avaliadas. Essa população se reduziu significativamente no período investigado. Em 2008-2009, 44,2% das pessoas que viviam no país tinham algum grau de pobreza. Em 2017-2018, esse percentual caiu para 22,3%.

    O levantamento também mostra diferenças significativas entre áreas urbanas e rurais. Em 2017-2018, 17,3% pessoas que viviam nas cidades apresentavam algum grau de pobreza. No mesmo período, esse percentual era de 51,1% entre a população rural. No entanto, embora seja mais da metade dos moradores, trata-se de um resultado bastante inferior aos 77,8% registrados em 2008-2009. A queda nas áreas urbanas também foi acentuada: em 2008-009, 37,3% tinham algum grau de pobreza.

    Na segunda etapa, os pesquisadores buscaram dados que permitissem entender de forma mais ampla essas mudanças. Dessa forma, foram estabelecidas novas formas de avaliação. A primeira delas foi por meio do Índice de Pobreza Multidimensional não Monetário (IPM-NM). Ele foca nos casos que envolvem perdas mais severas e busca identificar intensidades de pobreza de cada grupo estudado. Dessa forma, se estabeleceu um ponto de corte: foram consideradas as pessoas com mais de um terço das privações de qualidade de vida que foram reportadas.

    “Diferentes aspectos são observados quando estamos falando de privações da qualidade de vida. Por exemplo, observa-se se uma família tem um banheiro exclusivo. Se ela não tem, isso é contabilizado. Observa-se se há pouco espaço no domicílio, se existe violência na área onde se vive. Uma pessoa pode estar privada na educação e na saúde, outra pessoa pode estar privada na educação, na saúde e na moradia de forma muito intensa. Para ela ser considerada multidimensionalmente pobre, ela precisa estar privada em diferentes dimensões. E é isso que o índice irá representar”, explica o pesquisador do IBGE Leonardo Santos de Oliveira.

    Segundo ele, a metodologia foi usada com o objetivo de encontrar uma medida mais precisa para fazer a comparação entre o Brasil de 2008/2009 e o de 2017/2018. “Se eu ficar apenas na proporção de pessoas que têm algum grau de pobreza, não consigo entender qual a intensidade dessa pobreza”, disse. De acordo com o pesquisador, a perda de qualidade de vida é considerada mais acentuada em situação onde uma pessoa tem muitas privações e acumula mais uma do que nos casos em que há poucas privações e passa a existir mais uma.

    De 2008-2009 para 2017-2018, o IPM-NM caiu de 6,7 para 2,3, o que significa redução de 65%. De acordo com os pesquisadores, os resultados indicam redução mais intensa da pobreza do que poderia sugerir uma análise superficial dos dados da população com algum grau de pobreza. Ao mesmo tempo, o estudo aponta que a queda foi mais forte nas cidades do que no campo. Ela foi de 66% nas áreas urbanas e de 59,5% nas áreas rurais.

    O estudo revela a manutenção da situação de desigualdade. Mesmo tendo apenas 15% da população do país em 2017-2018, a área rural representou 40,5% do resultado do IPM-NM. Em 2008-2009, sua parcela de contribuição era 40,2%, percentual que indica estabilidade do quadro.

    No recorte por regiões, o Norte e o Nordeste apresentaram os maiores valores de IPM-NM nos dois períodos. Ainda assim, a melhoria foi significativa. O IPM-NM na Região Norte saiu de 13,8 em 2008-2009 para 5,2 em 2017-2018. A queda na região Nordeste foi de 12,4 para 4,3.

    Também foi realizada uma análise a partir do subgrupo de cor ou raça. O IPM-NM da parcela da população com pessoas de referência da cor branca caiu 62,1%. Entre a parcela da população com pessoas de referência da cor preta ou parda, o índice saiu 9,6 para 3,2. Trata-se de uma redução percentual de 66,6%. “Repare que ela não é suficiente para eliminar a diferença que existe na pobreza das famílias em que a pessoa de referência é branca ou em que a pessoa de referência é preta ou parda”, observa Leonardo.

    O estudo mostra ainda que o IPM-NM da população com pessoas de cor preta ou parda se manteve acima da média nacional. Além disso, a contribuição desse grupo para a composição do índice nacional aumentou: em 2008-2009 tinham participação de 75,7% e em 2017-2018 saltou para 79,1%. De acordo com a pesquisa, “tais resultados evidenciam que a desigualdade estrutural não se alterou, apesar da redução do IPM-NM”.

    No recorte pelo grau de escolaridade, nota-se que o subgrupo cujas pessoas de referência da família não têm instrução registrou queda no IPM-NM de 56%. Entre a população cuja pessoa de referência tinha o ensino fundamental incompleto ou completo, a diminuição foi de 59%.

    Vulnerabilidade

    O estudo também traz uma avaliação a partir do índice de vulnerabilidade multidimensional não monetário (IVM-NM). Ele trabalha com um ponto de corte mais baixo. São consideradas as pessoas com mais de um sexto das privações de qualidade de vida que foram reportadas. A análise, portanto, engloba um contingente populacional mais amplo que o IPM-NM.

    De acordo com os resultados, entre os biênios 2008-2009 e 2017-2018, o IVM-NM caiu de 14,5 para 7,7. Trata-se de uma redução de 47%. Os pesquisadores notaram novamente diferenças entre as quedas na área urbana (48,1%) e na área rural (39,4%). Além disso, também foi observada uma redução levemente maior da vulnerabilidade da população com pessoas de referência de cor branca (50%), quando comparada com a diminuição registrada entre a população com pessoas de referência de cor preta ou parda (47,3%).

    O estudo apresentou ainda resultados para o índice de pobreza multidimensional com componente relativo (IPM-CR). Nesse caso, os pesquisadores não trabalham com ponto de corte, mas sim com a identificação e a agregação.

    “Basicamente, perguntamos para cada pessoa qual é o seu grau de perda e quantas pessoas tèm um grau de perda acima de você. Isso é levado em consideração. Depois, perguntamos para uma pessoa seguinte. É justamente por causa dessa comparação pessoal que você passa a ter um indicador com um componente relativo de pobreza”, explica Leonardo.

    Pela perspectiva do IPM-CR, também houve melhora para o Brasil entre os biênios 2008-2009 e 2017-2018. O índice registra queda de 20%, saindo de 15 para 12. Por outro lado, oferece uma leitura diferente para a comparação entre área urbana e área rural, que tiveram redução similar: 18,5% no primeiro caso e 18,8% no segundo.

    Quando os resultados são analisados a partir da cor ou raça, os dados também trazem um novo enquadramento. No grupo com pessoas de referência da cor preta ou parda o índice caiu de 18,7 para 14,4, uma redução de aproximadamente 23%. Entre o grupo com pessoas de referência, a queda foi de 17,6%, saindo de 10,8 para 8,9.

    Os pesquisadores sustentam que os resultados retratam a persistência da desigualdade entre essas populações, tendo em vista que as contribuições para a composição do índice nacional pouco se modificaram. O grupo com pessoas de referência da cor preta ou parda teve em 2017-2018 uma participação de 68,4% no IPM-CR total. Esse percentual indica leve aumento na comparação com 2008-2009, período em que essa contribuição foi de 65,4%.

    De acordo com os pesquisadores, o IPM-CR, assim como o IPM-NM e o IVM-NM, aponta para forte redução da pobreza e da vulnerabilidade. Ao mesmo tempo, sinaliza que os maiores valores continuam concentrados nos seguimentos menos favorecidos, reiterando a existência de um componente estrutural da desigualdade. Além disso, os pesquisadores observam que, ao analisar os três índices, as dimensões “acesso aos serviços financeiros e padrão de vida” e “educação” tiveram maior impacto, porém sem diferença muito grande das demais, reforçando o caráter multidimensional da pobreza e da vulnerabilidade.

    Edição: Graça Adjuto