Tag: ferrovia

  • Mercado de trabalho segue acelerado em municípios do sudeste de MT, por onde passará ferrovia

    Mercado de trabalho segue acelerado em municípios do sudeste de MT, por onde passará ferrovia

    À medida que as obras de construção da ferrovia estadual Senador Vicente Emílio Vuolo avançam, aumenta consideravelmente, a contribuição do projeto para o desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso. Dados divulgados pelo Novo Caged, com base no período de janeiro a junho de 2024, mostram que o setor de construção civil tem destaque na geração de novos postos de trabalho, direcionado para o segmento de obras de rodovias e ferrovias.

    Somente em Rondonópolis, as empresas ligadas ao setor da construção de rodovias e ferrovias contrataram 2.388 novos trabalhadores de janeiro a junho deste ano, sendo que 686 foram desligados no mesmo período, o que gerou um saldo positivo de 1.702 empregos mantidos na área. No comparativo com o último semestre de 2023, o crescimento na geração de vagas passa de 177%. A movimentação de obras ferroviárias é tão intensa no município, que o setor da construção é o que lidera as atividades econômicas com melhor desempenho no saldo de vagas. Ou seja, é o setor que mantém o maior número de vagas ocupadas e, consequentemente, o que menos gera desligamentos em Rondonópolis.

    Da mesma forma, o crescimento chega com as obras da ferrovia ao município de Primavera do Leste, onde um escritório local da Rumo foi montado há alguns meses. Em Primavera, o setor de construção de rodovias e ferrovias apresentou um saldo positivo de mais de 400 pessoas empregadas, somente no primeiro semestre do ano. A intensificação de contratações ocorreu, principalmente, em maio e junho, período que coincide com os avanços no projeto da Ferrovia Estadual de Mato Grosso.

    De acordo com Henrique Domingues, gerente executivo de Projetos da Rumo, as obras atingiram o pico de contratações no mês de julho. “Nos primeiros meses de 2024, as equipes ainda enfrentaram períodos de chuva, em Mato Grosso. Com a chegada do período seco, as obras estão aceleradas e esse ritmo deve ser mantido até outubro. Em julho, atingimos o máximo de contratações, ou seja, mais de 4.700 trabalhadores diretos engajados nas obras”, aponta Henrique.

    Veja também: Expansão da Ferrovia em Lucas do Rio Verde entra em fase crítica de obras

    Alta demanda por emprego

    Visando atender uma necessidade de mão de obra e de capacitações para funções específicas, a Rumo atua num importante projeto com IEL e Senai MT. Parceiros importantes, que auxiliam na estruturação de feiras para a promoção de vagas e para o acesso de trabalhadores às empresas empregadoras. Além disso, a parceria inclui o programa ‘Nos Trilhos de Mato Grosso’ que tem como objetivo capacitar os trabalhadores que vão atuar na construção do modal através dos cursos ofertados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai MT).

    “O programa Nos Trilhos de Mato Grosso, que conta com a parceria entre o IEL MT, o Senai e a empresa Rumo, está oferecendo muitas oportunidades de empregos e capacitação para trabalhadores que desejam atuar nas obras da Ferrovia Estadual. Somente em duas feiras realizadas em agosto, foram mais de 250 vagas ofertadas, com grande procura de trabalhadores interessados, em Rondonópolis e Jaciara. Os investimentos em logística estão movimentando a economia e a vida dos mato-grossenses”, ressalta a superintendente da Fiemt e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL MT), Fernanda Campos.

    Com a extensão de mais de 740 quilômetros de ferrovia, de Rondonópolis até Lucas do Rio Verde, passando por Cuiabá, o projeto da Rumo Logística conta com o trabalho realizado por mais de 30 empreiteiras parceiras, que geram empregos diretos e indiretos no estado.

    Em busca de uma vaga no mercado de trabalho, desde janeiro, Tatiele do Nascimento Lima, que é natural do Maranhão, se inscreveu no processo seletivo das empresas parceiras da Rumo. “É muito importante para quem vem de fora participar dessa feira em Rondonópolis. Fiquei sabendo através das redes sociais e, confesso, estou com grandes expectativas de fazer parte desse projeto que está transformando a vida de tantas pessoas.”

    A Cristiane Oliveira foi contratada pela empresa Construcap no setor de responsabilidade social e se sente orgulhosa de estar no quadro de funcionários que estão na missão da construção de uma obra que vai impulsionar ainda mais a competitividade de Mato Grosso no cenário nacional e internacional. “É gratificante e satisfatório poder contribuir na inclusão de profissionais que estão ansiosos por uma oportunidade. A feira dá oportunidade para o crescimento profissional de pessoas da região, que de certa forma gera uma grande expectativa, em um projeto grandioso e tão importante para o país.”, concluiu a mais nova contratada.

  • Expansão da Ferrovia em Lucas do Rio Verde entra em fase crítica de obras

    Expansão da Ferrovia em Lucas do Rio Verde entra em fase crítica de obras

    O projeto de extensão da ferrovia da Rumo em Mato Grosso, que visa conectar a Malha Norte a Lucas do Rio Verde, entrou em uma fase decisiva de aceleração das obras, conforme declarou Rafael Bergman, vice-presidente financeiro da empresa, durante uma teleconferência com analistas.

    “No segundo trimestre, já observamos um aumento significativo no ritmo das obras, atingindo o pico de mobilização da mão de obra. Atualmente, contamos com mais de 4 mil trabalhadores envolvidos no projeto. Nossa expectativa é que os investimentos cresçam ainda mais, visando o início da operação do primeiro terminal em 2026,” afirmou Bergman.

    O empreendimento, que busca expandir a Malha Norte – atualmente terminando em Rondonópolis (MT) – até o norte do estado em Lucas do Rio Verde, prevê a construção de mais de 700 km de novas ferrovias. A primeira fase, que está em andamento, cobrirá aproximadamente 210 km, ligando Rondonópolis a Campo Verde (MT).

    No primeiro semestre, a Rumo já investiu R$ 2,1 bilhões. Segundo as previsões mais recentes, divulgadas na quarta-feira (14), o investimento total para o ano deve alcançar entre R$ 5,4 bilhões e R$ 5,7 bilhões.

    Bergman também comentou sobre o novo terminal de grãos em Santos, que será construído em parceria com a CHS na área da DP World, destacando que o projeto visa expandir a capacidade do porto no médio e longo prazo para acompanhar os investimentos na infraestrutura ferroviária.

  • Sociedade civil rompe com Grupo de Trabalho sobre Ferrogrão

    Sociedade civil rompe com Grupo de Trabalho sobre Ferrogrão

    A Rede Xingu+, o Instituto Kabu e o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), representantes da sociedade civil no Grupo de Trabalho (GT) criado para discutir o traçado da Ferrogrão, anunciaram na segunda-feira (29) o rompimento com o grupo. As entidades alegam que o espaço não tem cumprido sua função de diálogo e que as decisões estão sendo tomadas sem a devida consulta às partes interessadas.

    Em uma declaração oficial enviada ao Ministério dos Transportes (MT), responsável pelo projeto, o grupo destacou que a pasta avançou com estudos sem consultar os membros do GT. Além disso, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) já incluiu a ferrovia no cronograma de leilões para 2025, uma decisão que ignorou as preocupações levantadas pela sociedade civil.

    “O que deveria ser um espaço de diálogo transversal e interministerial terminou esvaziado […]. O que deveria ser um espaço com participação da sociedade, dependeu da mobilização logística das próprias organizações e movimentos para assegurar suas presenças. E o que deveria ser um espaço de debates profundos, terminou sendo um ambiente secundarizado e sem ressonância nos processos de tomada de decisão,” diz trecho da declaração oficial.

    Entenda o Projeto Ferrogrão

    O projeto Ferrogrão visa a construção de uma ferrovia longitudinal que conecta Sinop (MT) a Itaituba (PA), destinada ao escoamento de produtos agrícolas da região Centro-Oeste para os portos do Norte. Contudo, o projeto enfrenta forte oposição devido aos potenciais impactos ambientais e sociais que pode causar.

    O projeto é alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou, em 2023, a criação do Grupo de Trabalho para avaliar os impactos da ferrovia. No entanto, as organizações da sociedade civil expressaram frustração com o andamento das discussões no GT.

    “Depois de nove meses desde nossa primeira reunião, atesta-se que este GT, criado pela Portaria 994/2023, não cumpre seu papel […] Juntamente com a Aliança #FerrogrãoNão, manifestamos nossa discordância e profunda preocupação pelo tratamento dado ao tema. Não mediremos esforços para barrar esses trilhos de destruição e seguiremos os diálogos com o governo federal de outras maneiras e em outras instâncias,” afirmam as organizações.

    Impactos ambientais e sociais alarmantes

    As críticas ao projeto Ferrogrão são centradas em um suposto passivo ambiental e fundiário significativo na região. As organizações destacam que o projeto original apresenta falhas nos estudos de impacto ambiental, não considera os efeitos sinérgicos e cumulativos e ignora o direito de consulta aos povos e comunidades afetadas.

    O traçado planejado para a ferrovia atravessa o Parque Nacional de Jamanxim e corta as bacias dos rios Xingu e Tapajós. Segundo organizações indigenistas, a construção da ferrovia poderá afetar diretamente 19 povos indígenas. Além disso, estimativas apontam que o projeto resultará no desmatamento de mais de 2 mil km² de floresta primária e impactará cerca de 4,9 milhões de hectares de áreas protegidas.

    A importância da Rede Xingu+ e do Instituto Kabu

    A Rede Xingu+ é uma aliança política composta por 32 organizações que representam povos indígenas, comunidades tradicionais do Xingu e entidades da sociedade civil que operam em Terras Indígenas e Unidades de Conservação na bacia do Rio Xingu. Este grupo atua no chamado Corredor Xingu de Diversidade Socioambiental, promovendo a defesa do meio ambiente e das populações tradicionais da região.

    O Instituto Kabu, por sua vez, é uma organização indígena que congrega 12 aldeias nas Terras Indígenas (TIs) Baú e Menkragnoti, localizadas no sul do Pará. Ambas as organizações têm desempenhado papéis cruciais na luta contra o projeto Ferrogrão, destacando os potenciais impactos ambientais e sociais que a ferrovia poderia trazer.

    O rompimento com o Grupo de Trabalho não significa o fim dos esforços das organizações para bloquear o avanço da Ferrogrão. A Rede Xingu+, o Instituto Kabu, o PSOL e outros parceiros da Aliança #FerrogrãoNão estão comprometidos em buscar alternativas para garantir que as vozes das comunidades afetadas sejam ouvidas e respeitadas. Eles continuam a explorar outras vias de diálogo com o governo federal, buscando soluções que não comprometam o meio ambiente e as populações locais. A resistência ao projeto Ferrogrão destaca a importância de uma abordagem responsável e inclusiva para o desenvolvimento de infraestrutura no Brasil.

  • ANTT aprova Projeto Executivo para expansão de trecho da FICO

    ANTT aprova Projeto Executivo para expansão de trecho da FICO

    A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou, na terça-feira (2/7), o Projeto Executivo para a implantação da via permanente do trecho entre o km 131 + 260 m e o km 167 + 300 m, localizados entre os estados de Mato Grosso e Goiás, da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO). A iniciativa vai desenvolver a infraestrutura ferroviária na região e potencializar o escoamento da produção agrícola e mineral local.

    A deliberação, publicada na edição de segunda-feira (01.07) do Diário Oficial da União (DOU), foi aprovada por unanimidade pela Diretoria Colegiada na última Reunião de Diretoria (Redir), com relatoria do diretor da ANTT Luciano Lourenço, visando cumprir as obrigações de investimento assumidas pela concessionária Vale S.A. no âmbito da prorrogação do contrato de concessão da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).

    A aprovação do projeto está em consonância com normativas da ANTT, como Resolução ANTT nº 5.956, de 2 de dezembro de 2021, a Portaria SUFER nº 237, de 20 de dezembro de 2021, e o Anexo 9 do 3º Termo Aditivo ao Contrato de Concessão da EFVM, que juntos estabelecem as diretrizes e obrigações para a execução das obras ferroviárias pela Vale S.A.

    O 3º Termo Aditivo, assinado em 18 de dezembro de 2020, estipula a implantação da infraestrutura e superestrutura ferroviária de um trecho da FICO, compreendido entre os municípios de Água Boa/MT e Mara Rosa/GO. Além disso, a Vale S.A. se comprometeu a adquirir trilhos e dormentes para a malha ferroviária de interesse público.

    A análise técnica do Projeto Executivo foi realizada pela Superintendência de Infraestrutura Ferroviária (Sufer/ANTT), que concluiu que o projeto atende às normas e aos requisitos técnicos estabelecidos, incluindo a segurança do tráfego ferroviário e a conformidade com as condições operacionais da FICO.

    O processo incluiu a submissão de projetos executivos e certificados de inspeção pela Vale S.A., bem como a análise de complementações solicitadas pela ANTT. As obrigações de elaboração e aprovação do projeto executivo foram claramente definidas, garantindo que todas as etapas fossem rigorosamente cumpridas.

    Impacto e próximos passos

    A aprovação deste projeto é um passo significativo para o avanço da FICO, uma obra estratégica que contribuirá para a logística e o transporte de cargas no Brasil. O trecho aprovado, entre o km 131 + 260 m e o km 167 + 300 m, é parte essencial da ligação entre os estados do Mato Grosso e Goiás.

    Antes do início efetivo das obras, a Vale S.A. deverá remeter à ANTT as Anotações de Responsabilidade Técnica (ART) dos técnicos responsáveis pela execução, conforme determinado no parágrafo único da deliberação.

    “Essa decisão reflete o compromisso da ANTT em garantir a eficiência e a segurança das operações ferroviárias, promovendo o desenvolvimento econômico e social por meio do setor de transportes terrestres”, concluiu o diretor Luciano Lourenço.

    A deliberação já está valendo.

  • Tebet diz que Brasil não tem orçamento para ferrovias, mas defende a Ferrogrão

    Tebet diz que Brasil não tem orçamento para ferrovias, mas defende a Ferrogrão

    Em audiência na Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado Federal nesta terça-feira (02/07), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), afirmou que o Brasil não dispõe de orçamento para investir em ferrovias. No entanto, ela destacou que a expansão do modal ferroviário no país pode ocorrer por meio de parcerias com o setor privado.

    Tebet citou como exemplo o projeto da Ferrogrão, uma ferrovia que pretende ligar Sinop (MT) a Miritituba (PA) para o escoamento de grãos em portos na região Norte. O projeto ainda está em fase de estudos e enfrenta desafios judiciais e de implantação.

    Apesar das limitações financeiras, a ministra acredita que as parcerias com o setor privado são essenciais para a expansão ferroviária no Brasil. “Precisamos estabelecer um marco regulatório que defina o melhor modelo de colaboração entre empresas nacionais e internacionais”, afirmou Tebet aos senadores presentes na audiência.

    Ela também mencionou que empresas estrangeiras já manifestaram interesse em investir na construção de ferrovias no Brasil. Contudo, a regulamentação atual do setor ainda impede a concretização desses projetos. “Eu não vou adiantar nomes, mas sei que há muito interesse externo. Estamos discutindo se eles poderão ter participação majoritária ou minoritária nesses empreendimentos, e acredito que a Comissão de Infraestrutura pode contribuir significativamente nessa questão”, disse a ministra.

    Na audiência, Tebet apresentou o plano de cinco rotas para a integração sul-americana e foi questionada sobre as dificuldades de investimentos em transporte, especialmente em ferrovias. O projeto da Ferrogrão foi destacado como um exemplo de empreendimento com implantação dificultada e judicializada. Tebet reforçou que a Ferrogrão é uma parte essencial do projeto de integração do continente sul-americano.

    A ministra enfatizou a importância de criar um ambiente regulatório favorável que atraia investimentos estrangeiros e permita o desenvolvimento do modal ferroviário no Brasil, contribuindo para a melhoria da infraestrutura e logística no país.

  • Programa Nos Trilhos de Mato Grosso inicia cursos de capacitação gratuita para trabalhadores que podem atuar nas obras da Ferrovia Estadual

    Programa Nos Trilhos de Mato Grosso inicia cursos de capacitação gratuita para trabalhadores que podem atuar nas obras da Ferrovia Estadual

    O Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai MT), inicia nessa segunda-feira (01.07) os cursos de capacitação para trabalhadores que podem atuar nas obras da Ferrovia Estadual Senador Emílio Vuolo, que está sendo construída pela Rumo Logística com recursos 100% privados. De acordo com o cronograma de julho estão disponíveis cursos para ter formações: operador de caminhão/basculante, operador de escavadeira/mini escavadeira e para pedreiro.

    A iniciativa faz parte do programa ‘Nos Trilhos de Mato Grosso’ que, junto com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL MT), tem como objetivo ofertar recrutar, selecionar e capacitar gratuitamente pessoas para trabalhar nas empreiteiras responsáveis pela ferrovia. No total, a ação vai beneficiar mais de 5 mil trabalhadores envolvidos em toda a obra.

    Nessas três formações serão ofertados o curso de ‘Iniciação em Sistemas Ferroviários’ tratando ainda sobre saúde, segurança e meio ambiente, com carga horaria de 20 horas, que terá início no dia 01 de julho. Serão 164 horas de curso para operador de basculante; 184 horas práticas para operador de escavadeira e 220 de carga horaria para construtor de alvenaria.

    Também para essas capacitações, os alunos contarão com curso sobre NR18, que destaca condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil; e NR12, que trata sobre segurança na operação de máquinas e equipamentos – com exceção para a formação de pedreiro.

    Em parceria com o Senai, nessa fase, o programa vai ofertar o total de 280 vagas gratuitas em cursos de qualificação profissional. Serão realizadas 14 turmas presenciais, sendo sete na unidade Senai de Rondonópolis e sete em Jaciara. Ainda serão ofertados cursos para armador de estruturas pesadas, operador de caminhão basculante, pipa e guindauto, operador de escavadeira e construtor de alvenaria.

    Outra frente de trabalho será realizada pelo IEL MT que disponibilizará um banco de talentos exclusivo para ser acessado pela Rumo e pelas empresas que fazem parte das obras. As inscrições podem ser feitas virtualmente. Mais informações pelo telefone 0800 646 6101.

    A Ferrovia

    Iniciada em novembro de 2022, a Ferrovia Estadual de Mato Grosso terá mais de 700 quilômetros de trilhos, partindo de Rondonópolis e chegando até Lucas do Rio Verde, assim como um ramal para Cuiabá. As obras vão abranger 16 municípios mato-grossenses, estimulando a geração de empregos diretos e indiretos.

    A geração de empregos será um dos grandes legados da construção. Desde que os trabalhos foram iniciados, a ferrovia já mobilizou profissionais na construção do primeiro viaduto ferroviário de Rondonópolis entregue no primeiro semestre de 2023 e em outros cinco viadutos que estão em construção entre Rondonópolis e Juscimeira. A empresa também está executando a terraplanagem por 35 km do traçado projetado que segue em direção ao Médio-Norte.

    Veja o cronograma abaixo

    cursos senai rumo

  • Deputados lançam a Frente Parlamentar para o fortalecimento da indústria ferroviária brasileira

    Deputados lançam a Frente Parlamentar para o fortalecimento da indústria ferroviária brasileira

    Na última semana foi lançada em Brasília a Frente Parlamentar para o Fortalecimento da Indústria Ferroviária Brasileira. O evento foi considerado um marco para a história da indústria ferroviária no Brasil, destacando os pilares da iniciativa e a importância do setor para o crescimento do país e a redução de custos no transporte, inclusive de alimentos.

    Durante o lançamento, o presidente da Frente, Deputado Federal Pedro Uczai (PT/SC), enfatizou a necessidade de sair do evento com um plano de trabalho estruturado. Segundo ele, a Frente tem dois grandes objetivos: o aperfeiçoamento da legislação brasileira pelo parlamento e a indução da indústria ferroviária, além de promover um diálogo entre o setor e o governo federal. “A ferrovia é um transporte mais barato, mais seguro, ambientalmente sustentável e induz o desenvolvimento por onde passa, contribuindo, inclusive, com os demais modais. Essa intermodalidade é imprescindível em um país continental”, afirmou Uczai.

    Massimo Giavina, 1º vice-presidente do SIMEFRE (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários), reforçou a importância do compromisso da sociedade com a indústria ferroviária, que é estratégica para o Brasil tanto no transporte de carga quanto de passageiros. Ele destacou que a indústria nacional oferece garantia e reposição de peças, ao contrário de produtos importados de baixa qualidade.

    Vicente Abate, presidente da ABIFER (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), considerou a criação da Frente como um marco para a indústria ferroviária brasileira, destacando o apoio de mais de 209 deputados. “O setor ferroviário brasileiro, representado pelas concessionárias e por nossa indústria, é estratégico para o país”, disse Abate.

    A Deputada Federal Denise Pessôa (PT/RS) destacou a importância da logística para a competitividade dos produtos e a necessidade urgente de renovação da frota ferroviária, subutilizada atualmente. “A renovação da frota é urgente. A gente precisa debater isso”, afirmou.

    O Deputado Federal Mauro Pereira (MDB/RS), que representou o vice-presidente da Frente, Deputado Federal Baleia Rossi (MDB/SP), destacou o apoio recebido na construção da Frente e a força da iniciativa. “Vamos conseguir ser lembrados não como os que levam mais carga, mas os que trazem mais soluções para o Brasil”, declarou.

    Para o Deputado Federal Padovani, também membro da Frente, é crucial que as legislações sejam harmonizadas para evitar paralisações nos projetos ferroviários por questões trabalhistas, sociais ou ambientais. “Somente assim a ferrovia será realmente um modal que dê futuro para o Brasil e para o Cone Sul”, explicou.

    Os objetivos da Frente Parlamentar são sustentados por quatro pilares: governo federal, congresso nacional, concessionárias ferroviárias de carga e indústria ferroviária brasileira. Segundo Vicente Abate, uma indústria ferroviária forte e produtiva gera empregos, inovações tecnológicas e impulsiona o PIB do país.

    Temas Prioritários da Gestão da Frente:

    1. Substituição da frota de vagões e locomotivas com mais de 50 anos por modelos com inovações tecnológicas sustentáveis, proporcionando economia de combustível e redução de emissões de CO².
    2. Geração de emprego e renda.
    3. Inserção da indústria ferroviária no programa “MOVER” do MDIC e obtenção de financiamento e incentivos do BNDES e do Fundo Clima.
    4. Aumento das divisas para o país através do transporte de maiores volumes de minérios, grãos, fertilizantes, celulose e carga conteinerizada.
    5. Maior sustentabilidade ambiental com menor emissão de GEE.
    6. Redução do custo logístico com maior eficiência energética.
    7. Aplicação de políticas de “ESG” na cadeia produtiva da indústria.
    8. Obtenção de isonomia tributária, equiparando o setor ferroviário aos demais modos de transporte.
    9. Apoio à política do Ministério dos Transportes para aumentar a participação ferroviária na matriz de carga brasileira dos atuais 27% para 40% até 2035.
  • Rumo finaliza obras importantes para implantação da Ferrovia Estadual de MT

    Rumo finaliza obras importantes para implantação da Ferrovia Estadual de MT

    Quem visitar a região sul de Mato Grosso já pode ver o andamento acelerado das obras de implantação da Ferrovia Estadual Emílio Vicente Vuolo. Seis importantes construções de viadutos e passagens inferiores foram concluídas pela Rumo Logística. Ao todo serão pouco mais de 740 quilômetros de ferrovia, saindo de Rondonópolis até Lucas do Rio Verde, bem como um ramal até Cuiabá, com recursos 100% privados.

    As construções finalizadas correspondem ao pacote de 19 viadutos e passagens inferiores e superiores que são chamadas de Obras de Artes Especiais (OAE), previstas nos primeiros 200 quilômetros de implantação do projeto. A obra concluída que pode ser mais facilmente visualizada pela população é o viaduto sobre a BR-163/364, localizado nas proximidades do distrito de Boa Vista (município de Rondonópolis), onde foram lançadas 10 vigas gigantes, com 30 metros de comprimento e peso aproximado de 100 toneladas (cada).

    Com extensão de 160 metros também transpõe o Rio Tugore que define o limítrofe entre os municípios de Rondonópolis e Juscimeira. Foram usados mais de 2.500 metros cúbicos de concreto e quase 300 toneladas de aço.

    Também está 100% executada a passagem rodoviária na MT-237, localizada no Distrito de Santa Elvira (Juscimeira) que tem 23 metros de extensão. Para a construção foram usados quase 500 metros cúbicos de concreto, 70 toneladas de aço, além de atividades de terraplenagem.

    E o viaduto da MT-480 (em Juscimeira) também está com status concluído. Com extensão de 23 metros foram precisos aproximadamente 450 metros cúbicos de concreto e usadas 58 mil toneladas de aço. E terraplanagem de 52 mil metros cúbicos.

    Já foram finalizadas também duas passagens inferiores, uma na MT-270 e outra na MT-469. Uma passagem superior sobre a MT-373. Todas concluídas entre abril e junho deste ano.

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    Foto: Divulgação

    Em andamento

    Atualmente cerca de 100 frentes de trabalho estão em andamento na implantação da Ferrovia Estadual, sob responsabilidade de aproximadamente 30 empresas contratadas que juntas empregam aproximadamente 4 mil trabalhadores. Ainda estão em construção viadutos e passagens inferiores em outras localidades diferentes.

    Devem ser entregues ainda este ano a ponte sobre o Rio Areal, um viaduto sobre a BR-163/364 e uma passagem inferior ao km 28 da rodovia federal, com prazo para conclusão até o final de 2024. Além das obras entregues e em andamento, está no projeto a estimativa de iniciar 10 Obras de Arte Especiais ainda este ano, com previsão de finalização em 2025.

    O gerente executivo de Projetos da Rumo Logística, Harley Silva, reforça que a implantação da ferrovia está a todo vapor e que as entregas das OAE`s evitam o tráfego de veículos das obras pelas rodovias trazendo mais segurança para população e para os usuários.

    A construção prevê a implantação de infraestrutura para a colocação de aproximadamente 200 km de trilhos, de Rondonópolis até os municípios localizados na região da BR-070, além de um terminal de cargas. “Neste trecho, especificamente, a previsão de investimento gira em torno de R$4,5 bilhões, com 5 mil novos postos de trabalho no pico de execução das obras”, pontuou.

  • Nos Trilhos de Mato Grosso: Senai MT oferta cursos de capacitação em sistemas ferroviários com formação em encarregado, servente de obras e carpinteiro

    Nos Trilhos de Mato Grosso: Senai MT oferta cursos de capacitação em sistemas ferroviários com formação em encarregado, servente de obras e carpinteiro

    O Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai MT), inicia cursos de capacitação para trabalhadores que podem atuar nas obras da Ferrovia Estadual Senador Emílio Vuolo, que está sendo construída pela Rumo Logística com recursos 100% privados. Inicialmente, serão abertas 60 vagas, no mês de julho, para três formações: encarregado, servente de obras e carpinteiro.

    O primeiro módulo em construção inclui 16 obras de arte especiais entre pontes, viadutos e passagens ferroviárias e rodoviárias, bem como a implantação de infraestrutura para a colocação de mais de 180 km de trilhos, de Rondonópolis até outros municípios localizados na região da BR-070, além de um terminal de cargas. Neste trecho, especificamente, a previsão de investimento gira em torno de R$ 4 bilhões e R$ 4,5 bilhões, com 5 mil novos postos de trabalho no pico de intensificação de obras.

    “São várias empresas especializadas em construção civil envolvidas no projeto e que estarão com aproximadamente 500 a 1.000 funcionários cada uma, sendo que a nossa previsão é chegar em torno de 5.000 funcionários diretos trabalhando nesse projeto no pico das obras, já no meio do ano de 2024. A parceira com o Sitema Fiemt é extremamente necessária para que consigamos preencher os postos de trabalho com profissionais capacitados e preferencialmente moradores dos municípios por onde passaremos com a construção”, explica Harley Silva, gerente executivo de Projetos da Rumo Logística.

    Veja o cronograma abaixo

    A iniciativa faz parte do programa ‘Nos Trilhos de Mato Grosso’ que, junto com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL MT), tem como objetivo ofertar recrutar, selecionar e capacitar gratuitamente pessoas para trabalhar nas empreiteiras responsáveis pela ferrovia. No total, a ação vai beneficiar mais de 5 mil trabalhadores envolvidos em toda a obra.

    Nessas três formações serão ofertados o curso de ‘Sistemas Ferroviários’ tratando ainda sobre saúde, segurança e meio ambiente, com carga horaria de 20 horas, que terá início no dia 01 de julho. Também para essas capacitações, os alunos contarão com curso sobre NR18, que destaca condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil.

    Para encarregado há também curso de mestre de obras com foco em terraplanagem e construção, somam 360 horas de treinamento que começara no dia 8 de julho. Já para servente de obras, o curso tem carga horária de 160 com previsão para iniciar em 10 de julho. Para carpinteiro de obras, totalizam 420 horas, programada para o dia 8 de julho.

    Em parceria com o Senai, nessa fase, o programa vai ofertar o total de 280 vagas gratuitas em cursos de qualificação profissional. Serão realizadas 14 turmas presenciais, sendo sete na unidade Senai de Rondonópolis e sete em Jaciara. Ainda serão ofertados cursos para armador de estruturas pesadas, operador de caminhão basculante, pipa e guindauto, operador de escavadeira e construtor de alvenaria.

    Banco de talentos

    Outra frente de trabalho será realizada pelo IEL MT que disponibilizará um banco de talentos exclusivo para ser acessado pela Rumo e pelas empresas que fazem parte das obras. “As capacitações ofertadas pelo Senai serão um diferencial para o currículo daqueles que querem uma oportunidade de emprego. Estaremos cadastrando os interessados no nosso banco de talento e disponibilizando os perfis para as empresas que estão atreladas a construção da ferrovia”, explica a gerente de Negócios do IEL MT, Bruna Faria.

    As inscrições podem ser feitas virtualmente. Mais informações pelo telefone 0800 646 6101.

    A Ferrovia

    Iniciada em novembro de 2022, a Ferrovia Estadual terá mais de 700 quilômetros de trilhos, partindo de Rondonópolis e chegando até Lucas do Rio Verde, assim como um ramal para Cuiabá. As obras vão abranger 16 municípios mato-grossenses, estimulando a geração de empregos diretos e indiretos.

    A geração de empregos será um dos grandes legados da construção. Desde que os trabalhos foram iniciados, a ferrovia já mobilizou profissionais na construção do primeiro viaduto ferroviário de Rondonópolis entregue no primeiro semestre de 2023 e em outros cinco viadutos que estão em construção entre Rondonópolis e Juscimeira. A empresa também está executando a terraplanagem por 35 km do traçado projetado que segue em direção ao Médio-Norte.

    Cronograma de cursos

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  • Ferrovia de MT é responsável por 62,1% do saldo de empregos em infraestrutura no estado no 1º tri de 2024

    Ferrovia de MT é responsável por 62,1% do saldo de empregos em infraestrutura no estado no 1º tri de 2024

    A construção da ferrovia estadual de Mato Grosso já representa cerca de 62,1% no saldo de geração de empregos no estado no segmento de construção de obras de infraestrutura do primeiro trimestre de 2024. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foram gerados 1.666 empregos em todo estado neste segmento no período. Deste montante, cerca de 1.035 são dedicados às obras da ferrovia da Rumo, maior operadora ferroviária do país.

    Só no mês de abril, a concessionária ferroviária foi responsável por 41,4% do saldo de empregos do segmento no estado. Segundo dados oficiais, em todo Mato Grosso o saldo de pessoas empregadas foi de 1478. Desses, as obras da ferrovia estadual tem participação por empregar 612 trabalhadores.

    A ferrovia, que se chama Senador Vicente Emílio Vuolo, é uma autorização estadual que foi dada à Rumo em 2021. Ao todo, a construção da ferrovia terá mais de 700 quilômetros de novos trilhos para ligar Rondonópolis até Lucas do Rio Verde, na maior região produtora de soja e milho do país. Nesta primeira fase, a estimativa de investimento é entre R$ 4 bilhões e R$ 4,5 bilhões, estão previstos mais de 200 quilômetros, chegando até a região da BR-070 onde será construído o primeiro terminal da nova ferrovia.

    Segundo o vice-presidente de regulação da Rumo, Guilherme Penin, para os próximos meses as obras devem atingir um pico de mais de 5 mil empregos diretos. “Nos três primeiros meses do ano tivemos um período de chuva na região. A partir de maio a tendência é acelerar as obras com o período de estiagem que vai até outubro. É uma obra que está impulsionando a economia do Estado”, destaca.

    Para Silvio Rangel, presidente do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), o avanço das obras da ferrovia em Mato Grosso pode trazer diversas consequências para a indústria do estado. Uma delas é a redução dos custos de transporte, o que tornará os produtos locais mais competitivos no mercado nacional e internacional. Além disso, a infraestrutura ferroviária pode atrair investimentos para a região, impulsionando ainda mais a geração de empregos.

    “O aumento do emprego não apenas melhora as condições de vida da população local, mas também estimula o consumo interno, impulsionando diversos setores da economia, como o varejo, a construção civil e os serviços. Esse aumento do consumo, por sua vez, pode levar a um aumento na arrecadação de impostos, beneficiando tanto o governo estadual quanto os municípios, que podem investir em infraestrutura, saúde, educação e outros serviços públicos essenciais. Essa dinâmica positiva de emprego, consumo e arrecadação pode contribuir significativamente para o crescimento econômico sustentável do estado a longo prazo”, disse Rangel.

    A Fiemt estima ainda que, ao longo da construção da ferrovia sejam gerados mais de 200 mil empregos no Estado. Desse total, 114 mil devem ser diretos, 44 mil indiretos e 44 mil induzidos.

    Sustentabilidade

    Além do efeito em cadeia provocado na economia, o modal ferroviário é mais sustentável do que o rodoviário. A quesito de comparação, um único trem da Rumo com 120 vagões pode transportar a mesma quantidade de carga de até 480 caminhões.

    O ano de 2023 foi o melhor exemplo dessa vantajosidade. No ano passado, a Rumo movimentou 77,3 bilhões de TKU. Se toda carga transportada pela companhia fosse feita por caminhão, seriam 6,6 milhões de toneladas de CO2 a mais na atmosfera.

    Além disso, a Rumo tem metas claras de redução de emissão de CO2. De 2019 a 2023, a ferrovia do grupo Cosan reduziu 17,4% suas emissões. De 2015 até o ano passado, a redução foi de 39%.