Tag: ferrovia

  • Ferronorte chega a Lucas do Rio Verde: Nova fase impulsiona exportação de grãos pelo Porto de Santos

    Ferronorte chega a Lucas do Rio Verde: Nova fase impulsiona exportação de grãos pelo Porto de Santos

    A cidade de Lucas do Rio Verde, um dos polos agrícolas de Mato Grosso, está no centro das atenções com a expansão da Ferronorte, um projeto estratégico que promete transformar o escoamento de grãos da região. Segundo Pedro Palma, CEO da Rumo, a ferrovia já está em fase de implantação e, nos próximos cinco anos, deverá transportar uma quantidade significativa de carga para o Porto de Santos, aumentando ainda mais a capacidade de exportação do agronegócio mato-grossense.

    A ampliação da Ferronorte, que terá terminais em pontos estratégicos a cada 150 ou 200 quilômetros, visa garantir que a crescente produção de grãos no estado seja escoada com eficiência. O primeiro terminal da extensão ferroviária já está sendo construído em Primavera do Leste, a 160 quilômetros de Rondonópolis, e a ferrovia seguirá até Lucas do Rio Verde, consolidando o município como um ponto crucial para o agronegócio.

    O Porto de Santos, por sua vez, será ampliado para atender à nova demanda, com previsão de aumento de 10 milhões de toneladas na capacidade de carga. O foco da Rumo é garantir que o escoamento pelo porto paulista atenda principalmente o mercado do Sudeste Asiático, que consome 85% da produção brasileira de grãos. Palma ressalta que, apesar das propostas de escoamento por outros portos, a geografia favorece Santos como o principal ponto de exportação.

    Rumo
    No total, a extensão da Ferronorte tem 730 quilômetros projetados e chega à cidade de Lucas do Rio Verde (MT).

    Além disso, investimentos na Malha Paulista e na Ferrovia Interna do Porto de Santos estão assegurados, garantindo que o aumento na produção agrícola de Mato Grosso chegue ao mercado internacional sem gargalos logísticos. A cidade de Lucas do Rio Verde, com sua crescente importância no cenário agrícola nacional, será um dos grandes beneficiados por essas melhorias, que viabilizarão o crescimento contínuo da produção e exportação de grãos na região.

    Com a infraestrutura ferroviária e portuária em desenvolvimento, o futuro de Lucas do Rio Verde está diretamente ligado ao avanço do agronegócio brasileiro. A expansão da Ferronorte representa não apenas uma oportunidade de crescimento econômico local, mas também o fortalecimento da posição de Mato Grosso como líder na exportação de grãos.

  • “Ferrovia é símbolo de infraestrutura sustentável”, pontua secretário Leonardo Ribeiro na maior feira global de tecnologia do setor

    “Ferrovia é símbolo de infraestrutura sustentável”, pontua secretário Leonardo Ribeiro na maior feira global de tecnologia do setor

    Só em países participantes, são 56. Quase 2.800 estandes de apresentação de produtos, serviços e negócios, expondo nada menos que 142 tipos diferentes de veículos para quase 140 mil visitantes. Esse é o tamanho da InnoTrans, uma das maiores feiras de transporte e tecnologia ferroviária do mundo, que acontece a cada dois anos na capital alemã, Berlim. Servindo como um ponto importante para articular políticas e pensar em soluções em ferrovias, o encontro atrai autoridades governamentais, empresas ferroviárias, fabricantes de equipamentos, fornecedores de tecnologia e demais profissionais do setor.

    “Hoje, o Brasil se posiciona perante o mercado global. Ferrovia é símbolo de infraestrutura sustentável de transporte, o que explica a importância do que fazemos”, declarou Leonardo Ribeiro. O secretário nacional de Transporte Ferroviário (SNTF) foi um dos representantes do Brasil na maior feira mundial de ferrovias de cargas e passageiros. A participação do Brasil foi a convite do Banco Mundial e a SNTF se juntou a outras 58 entidades, empresas e órgãos governamentais que compõem a delegação brasileira para compor o Brazil on Rails, estande que representa o país no evento e tem atividades até esta sexta-feira (27).

    A fala do secretário, que realizou o discurso de abertura do espaço, reforçou o papel das políticas públicas do país em prol da malha ferroviária. “As ferrovias são, sem dúvida, uma prioridade do Governo Federal. Pela primeira vez, temos uma secretaria nacional dedicada ao setor. Sabemos que as ferrovias são capazes de promover ganhos econômicos, ambientais e sociais para o Brasil e para o mundo”, afirma o secretário.

    A meta do Ministério dos Transportes é elevar a participação das ferrovias dos atuais 17% para 34% na matriz logística nacional, o que reduzirá custos de transporte e contribuirá para a modernização da infraestrutura, tornando-a mais eficiente e competitiva.

    Como exemplo do que apontou Ribeiro, o Governo Federal continua concentrando esforços em expandir a malha ferroviária do país. Hoje, são 30 mil quilômetros de trilhos no país. Cerca de 870 km de novas ferrovias públicas estão sendo realizados por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com 485 km na Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e 383 km na Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico). No Nordeste, a prioridade é o trecho entre as cidades pernambucanas de Salgueiro e Suape, trajeto de 544 km de extensão. São R$ 450 milhões investidos na conclusão do trecho da Transnordestina em Pernambuco.

    Também estiveram presentes no estande representantes da Infra S.A; Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); Departamento de Infraestrutura Ferroviária (DNIT); e Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana (Ministério das Cidades), além de líderes de mercado do setor ferroviário brasileiro.

    Visitas técnicas e agenda na Espanha

    Para além da feira, a imersão no país germano trouxe oportunidades para a delegação da SNTF. O sistema ferroviário alemão possui 41 mil quilômetros de extensão e mais de 150 empresas ferroviárias privadas, além da Deutsche Bahn, operam na rede, fornecendo serviços regionais de passageiros e carga.

    O secretário participou do 40º Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), em Wolfsburg, na região da Baixa Saxônia. O evento trouxe destaque para o fortalecimento das relações comerciais e de cooperação entre os dois países, com ênfase em ampliar o fluxo de investimentos.

    Antes da chegada na Alemanha, a comitiva da SNTF ainda realizou várias visitas técnicas na Espanha. A rede ferroviária espanhola tem 15 mil quilômetros, com a segunda maior malha ferroviária de alta velocidade do mundo, em 3,6 mil quilômetros.

  • Ferrogrão pode avançar após liberação no STF, ligando Sinop ao Pará, diz ANTT

    Ferrogrão pode avançar após liberação no STF, ligando Sinop ao Pará, diz ANTT

    O projeto da Ferrogrão, que prevê uma ferrovia de 933 km conectando Sinop (MT) a Miritituba (PA), deve avançar após o destravamento no Supremo Tribunal Federal (STF), segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale.

    Vitale afirmou que a Ferrogrão, importante para o escoamento da produção agrícola, sempre despertou o interesse do agronegócio. Agora, com o STF avaliando a questão, espera-se que o projeto ganhe ritmo e que novos debates com a sociedade sejam retomados.

    Os estudos técnicos solicitados pelo STF foram entregues pela ANTT, e a agência aguarda a deliberação do tribunal para estabelecer o cronograma do leilão e das obras. A ação no STF, movida pelo PSol, está paralisada desde 2021 e aguarda decisão do ministro Alexandre de Moraes sobre os prazos.

    A Ferrogrão será uma rota crucial para o escoamento de grãos, conectando Sinop, no norte de Mato Grosso, ao porto de Miritituba, no Pará.

  • ANTT destaca aceleração e investimentos em infraestrutura no 11º Fórum Caminhos da Safra

    ANTT destaca aceleração e investimentos em infraestrutura no 11º Fórum Caminhos da Safra

    O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale, participou, na manhã desta quarta-feira (28/8), em Brasília, do 11º Fórum Caminhos da Safra. O encontro aconteceu na sede da Confederação da Agropecuária e Pecuária do Brasil (CNA) e reuniu especialistas, autoridades e representantes do setor para tratar dos rumos do transporte, infraestrutura, logística e capacidade de escoamento para produção do agronegócio brasileiro.

    Em sua fala, Vitale reforçou a importância do papel da ANTT na transformação e modernização das rotas de escoamento da produção agropecuária do país, além de ter destacado como a Agência acelerou e investiu na promoção de melhorias significativas na infraestrutura terrestre, impactando positivamente na agropecuária, em especial no transporte de grãos, nos últimos anos.

    “Nós fazemos um trabalho constante, junto com Ministério dos Transportes, ANTAQ e DNIT, além do TCU e governos locais, sendo possível notar mudanças muito grandes. A evolução desde 2010 nos permitiu sair de uma infraestrutura residual para um cenário atual em que rodovias, hidrovias e ferrovias têm se tornado verdadeiros corredores logísticos, vitais para o agronegócio”, disse Vitale.

    Como exemplo, Vitale mencionou a BR-163, no trecho que liga Itiquira a Sinop, no Mato Grosso, como um case de sucesso da atuação conjunta entre a ANTT, o governo do estado e o Tribunal de Contas da União (TCU). A concessão da via, que estava paralisada e com obras interrompidas, foi reativada por meio de uma troca de controle assistida, resultando em investimentos significativos e melhorias na infraestrutura, como pavimentação e duplicação de vias.

    Além disso, a nova concessão da BR-163, envolvendo a concessionária Via Brasil, consolidou o corredor logístico da região, permitindo uma movimentação mais eficiente da produção agrícola. “A infraestrutura vai se aprimorando, especialmente por meio de investimentos privados, pelas concessões, que estão trazendo avanços significativos nas rodovias e ferrovias, além de parcerias institucionais como o DNIT, que está promovendo obras importantes”, comentou Vitale.

    Este é o quarto contrato firmado para a duplicação da BR-163 em menos de um ano da nova gestão da concessionária. A assinatura da ordem de serviço em 1º de julho de 2023, para início da obra entre Posto Gil e Nova Mutum, marcou a retomada da duplicação da BR-163, após 7 anos parada. Na sequência, foi a vez do trecho de Nova Mutum a Lucas do Rio Verde, iniciado em março deste ano. Mais recentemente, em 24 de maio, foi assinado o contrato para duplicação da Imigrantes.

    Entre os projetos em destaque, está a recente concessão da descida da Serra de Paranaguá, que promete ampliar a capacidade de escoamento, melhorar o serviço de guincho e facilitar o acesso ao Porto de Paranaguá. No Paraná, o futuro pacote de concessões, que abrange mais de 3 mil km de rodovias e prevê mais de 1,5 mil km de duplicações, representa o maior investimento em infraestrutura rodoviária em uma única região, somando mais de R$ 50 bilhões.

    Outro ponto importante são as ferrovias, com projetos como a FICO (Ferrovia de Integração Centro-Oeste) e a FIOL 2 (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), que estão em construção e devem entrar em operação nos próximos dois anos. Esses projetos são essenciais para consolidar novos corredores logísticos, como o oeste-leste e o norte-sul, integrando ainda mais a produção agrícola às ferrovias.

    Vitale também mencionou o avanço na Transnordestina, que promete se tornar uma nova rota logística para o transporte de grãos por ferrovia. “Todos os investimentos estão dentro do cronograma e com um andamento satisfatório. A regulação moderna e os incentivos ao investimento estão acelerando o ritmo das concessões, trazendo cada vez mais inovação para o setor”, concluiu Vitale.

    Sobre o 11º Fórum Caminhos da Safra

    O 11º Fórum Caminhos da Safra é uma série de reportagens do projeto Caminhos da Safra, da Globo Rural, que visa mapear as condições das principais rotas da produção agropecuária do Brasil. A edição de 2024 marca 11 anos de projeto. A intenção é mostrar os desafios ao longo de cada percurso, além de mapear a situação de importantes terminais portuários para o setor.

    O evento foi dividido em dois painéis. O primeiro tratou de novas rotas da produção, o que operadores e terminais portuários estão fazendo planejando e investindo em estruturas e aumento de capacidade para consolidar corredores logísticos e ampliar a movimentação de cargas.

    O segundo painel trouxe temas relacionados à inovação e sustentabilidade na logística. Além de apresentar soluções, os debatedores falaram sobre assuntos como conectividade, tecnologia de operações e descarbonização da matriz de transporte, especialmente a ligada ao agronegócio.

  • Ferrovia que ligará Rondonópolis a Lucas do Rio Verde poderá receber até R$ 4,3 bi em investimentos 

    Ferrovia que ligará Rondonópolis a Lucas do Rio Verde poderá receber até R$ 4,3 bi em investimentos 

    A Rumo Logística anunciou nesta segunda-feira (26) a atualização de sua projeção de investimentos para a primeira fase da Ferrovia do Mato Grosso (FMT), elevando o custo estimado para uma faixa entre R$ 3,8 bilhões e R$ 4,3 bilhões. Essa mudança considera novas expansões e adequações necessárias para o avanço do projeto. A ferrovia ligará Rondonópolis a Lucas do Rio Verde.

    Previsto para começar as operações em 2026, o novo terminal da FMT terá uma capacidade inicial de movimentação de 10 milhões de toneladas anuais, com a possibilidade de adicionar novos módulos de expansão futuramente. A empresa destaca que o novo investimento inclui aproximadamente R$ 500 milhões destinados à construção de um terminal adicional, um custo que não estava contemplado na projeção inicial.

    A atualização também leva em conta a exclusão dos investimentos já desembolsados até junho de 2024, bem como a revisão das premissas de construção e das condições macroeconômicas baseadas em consultorias de renome.

    Localizado estrategicamente na BR 070, próximo à MT 130, o terminal de transbordo da primeira etapa da FMT visa otimizar a logística de carga pela malha rodoviária existente, além de aproveitar as melhorias em infraestrutura que estão em andamento na região. A ferrovia terá uma extensão de aproximadamente 160 km até o Terminal de Rondonópolis, proporcionando uma ligação crucial para o escoamento da produção.

    “A projeção atualizada de investimentos reflete nosso compromisso em desenvolver uma infraestrutura ferroviária eficiente, segura e sustentável, que impulsione o agronegócio brasileiro e beneficie nossos clientes,” afirmou a Rumo Logística em comunicado. A empresa ressalta que esta nova estimativa substitui integralmente as previsões anteriores, destacadas em novembro de 2022.

    O projeto da Ferrovia do Mato Grosso é considerado um marco transformacional para a Rumo e para a infraestrutura de transporte do Brasil, prometendo uma logística de baixo carbono que contribuirá significativamente para a competitividade do agronegócio nacional.

  • Obras da Ferrovia Estadual ganham ritmo em Mato Grosso

    Obras da Ferrovia Estadual ganham ritmo em Mato Grosso

    A promessa de interligar os principais polos produtivos de Mato Grosso está se tornando realidade. A Ferrovia Estadual, um projeto ambicioso lançado pelo Governo do Estado em 2021, já demonstra avanços significativos em suas obras. A empresa Rumo, responsável pela construção e operação da ferrovia, iniciou os trabalhos em 2022 e já concluiu importantes etapas.

    Conforme o contrato firmado entre o Governo de Mato Grosso e a Rumo, a ferrovia terá um total de 743 quilômetros, divididos em dois ramais principais: um conectando Rondonópolis a Cuiabá e outro ligando Rondonópolis a Nova Mutum e Lucas do Rio Verde. Essa infraestrutura, que deve entrar em operação total em 2030, trará inúmeros benefícios para o estado, como a redução dos custos de transporte, o aumento da competitividade do agronegócio e a geração de empregos.

    A criação da Ferrovia Estadual foi um marco para Mato Grosso. Através de uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa em 2020, o governo estadual abriu espaço para a iniciativa privada investir na construção e operação de ferrovias no estado. A Rumo foi a empresa escolhida para executar o projeto, apresentando uma proposta que contemplou a ligação entre Rondonópolis e Cuiabá.

    As obras da ferrovia já estão em andamento há mais de um ano e os primeiros resultados são visíveis. Sete viadutos, com extensões que variam entre 23 e 181 metros, já foram concluídos entre Rondonópolis e Juscimeira. Além disso, aproximadamente três quilômetros de trilhos foram construídos em Rondonópolis e outros cinco estão em processo de finalização.

    De acordo com a Rumo, essas obras fazem parte do primeiro pacote de investimentos, que inclui a construção de 19 viadutos e passagens superiores e inferiores. Esse trecho inicial representa um investimento de entre R$ 4,0 bilhões e R$ 4,5 bilhões.

    Benefícios para Mato Grosso

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    A Ferrovia Estadual trará diversos benefícios para Mato Grosso, como:

    • Redução dos custos de transporte: A ferrovia é um modal mais eficiente e econômico para o transporte de grandes volumes de carga, o que resultará em uma redução nos custos de produção e logística para os produtores rurais e as indústrias.
    • Aumento da competitividade do agronegócio: A nova infraestrutura facilitará o escoamento da produção agrícola, tornando os produtos mato-grossenses mais competitivos no mercado nacional e internacional.
    • Geração de empregos: As obras da ferrovia e a sua futura operação gerarão milhares de empregos diretos e indiretos, contribuindo para o desenvolvimento econômico do estado.
    • Desenvolvimento regional: A ferrovia irá interligar diversas cidades do estado, promovendo o desenvolvimento regional e a integração econômica.
  • Rumo e TCE-MT firmam acordo para garantir chegada da Ferrovia Estadual em Cuiabá

    Rumo e TCE-MT firmam acordo para garantir chegada da Ferrovia Estadual em Cuiabá

    A empresa Rumo Logística e o Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) firmaram um acordo, nesta quinta-feira (23), para assegurar que a Ferrovia Senador Vicente Emílio Vuolo chegue até Cuiabá. O compromisso inclui a apresentação do projeto completo da ferrovia, com foco no trecho que atende a capital mato-grossense, até outubro de 2024.

    O acordo surgiu após preocupações da população e autoridades locais sobre a possibilidade de o contrato entre a Rumo e o Governo de Mato Grosso não contemplar o ramal ferroviário na região metropolitana de Cuiabá. Sérgio Ricardo, presidente do TCE-MT, entregou uma carta de compromisso à Rumo, sublinhando a importância estratégica da ferrovia para Cuiabá, a cidade mais populosa do estado.

    “Cuiabá precisa desse ramal, que tenho certeza que beneficiará todo Mato Grosso e o Brasil. O Tribunal de Contas acompanhará de perto essa execução, motivando para que a estrada de ferro chegue a todos os cantos do estado e, principalmente, à capital”, afirmou Sérgio Ricardo.

    Durante a reunião, Rodrigo Verardino de Stéfani, gerente de relações institucionais e governamentais da Rumo, garantiu que os trilhos chegarão a Cuiabá até o final de 2026. Segundo ele, a empresa está em fase de autorização junto à Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística para iniciar os estudos detalhados da região onde o traçado será implementado.

    O projeto da ferrovia prevê um investimento de R$ 14 bilhões, abrangendo 743 quilômetros de trilhos, com capacidade para tráfego de até 80 km/h. A estrutura incluirá 22 pontes, 21 viadutos, 5 passagens inferiores e passará por 16 municípios de Mato Grosso. Além de reduzir as distâncias rodoviárias e o impacto ambiental, o projeto, totalmente financiado pela iniciativa privada, tem potencial para gerar até 180 mil empregos e diminuir significativamente os custos logísticos de exportação das principais commodities do estado, como soja, milho e algodão.

  • TCE firma compromisso com empresa Rumo e garante ferrovia em Cuiabá

    TCE firma compromisso com empresa Rumo e garante ferrovia em Cuiabá

    O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) e a empresa Rumo Logística firmaram, nesta quinta-feira (23), compromisso que garante que os trilhos da Ferrovia Senador Vicente Emílio Vuolo cheguem até Cuiabá. A iniciativa é do conselheiro-presidente, Sérgio Ricardo, que realizou visita técnica nos canteiros de obras do modal, que interligará Rondonópolis a Lucas do Rio Verde.

    Ao entregar a carta compromisso aos representantes do empreendimento, o presidente do TCE-MT reforçou a necessidade da ferrovia chegar à Capital mato-grossense, cidade com maior concentração populacional do estado.

    “Cuiabá precisa desse ramal, que tenho certeza que vai beneficiar muito todo Mato Grosso e todo o Brasil. Essa obra está trazendo desenvolvimento e crescimento para o estado e o Tribunal de Contas vai acompanhar periodicamente essa execução, motivando e pedindo para que a estrada de ferro chegue em todos os cantos de Mato Grosso e, principalmente, em Cuiabá”, declarou Sérgio Ricardo.

    O pedido do conselheiro-presidente foi feito após análise do contrato firmado entre a Rumo e Governo de Mato Grosso, que prevê a possibilidade de não implementação do ramal ferroviário à região metropolitana do Vale do Rio Cuiabá.

    No encontro desta quinta-feira, a Rumo se comprometeu a apresentar o projeto completo da ferrovia, com ênfase no trecho referente ao ramal de Cuiabá, até outubro de 2024. “Cuiabá está nos planos da Rumo. A chance desses trilhos não chegarem até lá é zero”, assegurou o gerente de relações institucionais e governamentais da Rumo, Rodrigo Verardino de Stéfani.

    Ao apresentar os dados do projeto, ele chamou a atenção para a responsabilidade da Rumo, no que se refere ao cumprimento contratual, o que mais uma vez resultou na confirmação da chegada do modal à capital mato-grossense. “Os trilhos chegarão em Cuiabá até o final do ano de 2026. Estamos pedindo autorização da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra) para uma declaração de atividade pública, para que possamos entrar nos locais onde vai ser o traçado futuro para poder estudar com mais profundidade a região.”

    Durante a visita, o presidente da Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura no Congresso Nacional, senador Wellington Fagundes, também destacou que a ferrovia representa um significativo avanço para Mato Grosso, porque além de fomentar o agronegócio, que é uma das mais importantes frentes econômicas do estado, os trilhos também são sinônimo de emprego para o estado. “Esta execução era um sonho de muita gente e hoje é realidade. Temos aqui a geração de emprego, são R$ 5 bilhões de investimento, um recurso girando nosso capital. Todos os envolvidos estão aquecendo suas atividades econômicas. Por isso, é muito importante o que nós estamos fazendo aqui, tanto em se tratando da ferrovia, como também da fiscalização por parte das concessões estaduais de estradas.”

    A comitiva se deslocou pela Estrada Verde (Santo Antônio, Mimoso, São Lourenço de Fátima), até o canteiro de obras próximo ao viaduto ferroviário no Rio Tugore e BR-163/364. Também acompanharam as obras da ponte do Rio Vermelho e finalizaram a vistoria no Terminal Rodoferroviário Rumo, em Rondonópolis.

    Sonho antigo

    Sérgio Ricardo destacou que a ferrovia representa não apenas um marco no avanço da infraestrutura de transporte, mas também a realização de um sonho antigo dos mato-grossenses e a continuação do legado do senador Vicente Vuolo. “Essa obra é algo que eu jamais imaginei que ia de fato acontecer. Eu conheço toda a família Vuolo, conheci Vicente Vuolo e conversamos muito sobre essa ferrovia e agora nós estamos vendo o trem que já chegou em Rondonópolis e vai chegar em Cuiabá. É um marco muito importante para Mato Grosso.”

    Este, que é um dos maiores investimentos no setor de transporte já executados no estado, prevê aplicação de recursos na ordem de R$ 14 bilhões. O projeto tem previsão de 743 quilômetros de trilhos, que permitirão o tráfego de até 80 km/h, abrangendo 22 pontes, 21 viadutos, 5 passagens inferiores e contemplando 16 municípios do estado.

    Além de reduzir as distâncias rodoviárias, o modal, que é executado com investimento 100% privado, apresenta menor impacto ambiental e pode gerar até 180 mil empregos no decorrer de sua implementação, além da diminuição do custo logístico total de exportação das principais commodities do estado, como soja, milho e algodão.

  • Mato Grosso ganha novo impulso com a construção da ferrovia

    Mato Grosso ganha novo impulso com a construção da ferrovia

    Além de gerar milhares de empregos, a ferrovia está impulsionando o desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso. A obra está atraindo investimentos para a região, gerando renda e fortalecendo o comércio local.

    A qualificação profissional da mão de obra também é um ponto positivo, oferecendo novas oportunidades para os trabalhadores mato-grossenses. A construção da ferrovia representa um marco histórico para o estado, que se consolida como um dos principais polos agrícolas do país.

    Um novo ciclo de oportunidades em Rondonópolis

    Ferrovia Estadual de Mato Grosso
    Ferrovia Estadual de Mato Grosso – Foto: Divulgação

    Rondonópolis, um dos principais municípios beneficiados pelo empreendimento, tem experimentado um boom no mercado de trabalho. Os números do Novo Caged demonstram que o setor da construção civil na cidade registrou um saldo positivo de mais de 1.700 empregos nos primeiros seis meses de 2024, representando um aumento de mais de 177% em relação ao mesmo período do ano anterior. A concentração de obras ferroviárias na região tornou o setor da construção o principal motor da economia local, impulsionando a demanda por diversos serviços e produtos.

    Expansão para outras cidades e geração de renda

    O impacto da ferrovia não se restringe a Rondonópolis. Em Primavera do Leste, por exemplo, a abertura de um escritório da Rumo e a intensificação das obras geraram mais de 400 novos empregos no primeiro semestre do ano. Essa expansão demonstra o potencial multiplicador do projeto, que está levando desenvolvimento e oportunidades para diversas regiões do estado.

    Um exército de trabalhadores a serviço da ferrovia

    Ferrovia Estadual de Mato Grosso
    Ferrovia Estadual de Mato Grosso – Foto: Divulgação

    De acordo com Henrique Domingues, gerente executivo de Projetos da Rumo, o pico de contratações ocorreu em julho, com mais de 4.700 trabalhadores diretos envolvidos nas obras. Essa grande demanda por mão de obra tem exigido um esforço conjunto de empresas e instituições para garantir a qualificação dos profissionais.

    Parcerias para o desenvolvimento local

    A Rumo, em parceria com o IEL e o Senai MT, tem implementado diversas iniciativas para qualificar a mão de obra local e atender à demanda crescente por profissionais especializados. Feiras de emprego, cursos de capacitação e programas como o “Nos Trilhos de Mato Grosso” têm sido fundamentais para garantir que os trabalhadores tenham as habilidades necessárias para atuar nas obras da ferrovia.

    Impacto social e econômico

    A construção da ferrovia está gerando uma série de benefícios para a população de Mato Grosso, como:

    • Geração de emprego e renda: Milhares de famílias estão sendo beneficiadas com novas oportunidades de trabalho e renda.
    • Desenvolvimento regional: A ferrovia está impulsionando o desenvolvimento de diversas cidades e regiões do estado, gerando novos negócios e investimentos.
    • Melhoria da infraestrutura: A construção da ferrovia está contribuindo para a melhoria da infraestrutura de transporte do estado, facilitando o escoamento da produção e reduzindo os custos de logística.
    • Aumento da competitividade: A ferrovia vai tornar os produtos mato-grossenses mais competitivos no mercado nacional e internacional, impulsionando as exportações e gerando mais riquezas para o estado.

    Histórias de sucesso

    A história de Tatiele do Nascimento Lima, que veio do Maranhão em busca de oportunidades, e de Cristiane Oliveira, contratada pela Construcap, são exemplos de como a ferrovia está transformando vidas. Ambas destacam a importância das feiras de emprego organizadas pela Rumo e seus parceiros para conectar trabalhadores a novas oportunidades e impulsionar o desenvolvimento profissional.

    A construção da Ferrovia Estadual de Mato Grosso representa um marco histórico para o estado, impulsionando o desenvolvimento econômico e social e gerando milhares de empregos. Com a conclusão das obras, Mato Grosso estará ainda mais conectado ao mercado nacional e internacional, consolidando sua posição como um dos principais polos produtivos do país.

    Palavras-chave: Ferrovia Estadual de Mato Grosso, Rumo, geração de empregos, desenvolvimento econômico, Mato Grosso, construção civil, Novo Caged, Rondonópolis, Primavera do Leste, IEL, Senai, infraestrutura, logística.

  • Obras da FICO avançam em Goiás e devem chegar a MT em 2025

    Obras da FICO avançam em Goiás e devem chegar a MT em 2025

    As obras da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) devem chegar ao estado de Mato Grosso em 2025, afirma o gerente-geral de Implantação da FICO, Luciano Almada, durante apresentação do andamento das obras para produtores de MT. A apresentação ocorreu nesta quinta-feira (15.08), durante visita técnica feita pelos produtores.

    A visita foi organizada pela Comissão de Logística da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). Durante a programação, produtores visitaram o escritório da FICO, em Goiás, e também conheceram as infraestruturas necessárias para a implantação dos trilhos, que vai atender parte da Região Leste de MT.

    A ferrovia terá cerca de 360 km, a um custo de cerca de R$ 27 milhões por km, segundo Almada, dividida em 11 frentes de trabalho. Dessas, 6 são localizadas em Goiás e estão todas em andamento, incluindo a ponte sobre o Rio Araguaia. A obra de arte terá cerca de 1,7 km e é a maior do percurso, que terá um total de 20 pontes.

    “Esse ano é um ano de preparação, a gente está em fase de contratação das empresas. A Vale faz obras com parceiros, empresas que são especializadas em construção e estamos em fase de contratação para no ano que vem, de fato, a gente iniciar. A intenção é que ano que vem, além da ponte, tenhamos obras em terra rodando também em MT até chegar em Água Boa”, destaca.

    Almada lembrou também que, com a chegada das obras em MT, o número de trabalhadores passará de 6 mil para 8 mil pessoas. Atualmente, a empresa foca seus esforços para construção da base da ferrovia (infraestrutura), para que uma máquina faça a instalação da superestrutura (dormentes, trilhos, etc).

    A máquina deve chegar em outubro e tem capacidade de instalar até 2 km de trilhos por dia. Por isso, a empresa se concentra em fazer o máximo da infraestrutura para garantir rapidez na execução. A previsão mais moderada é de 500 metros por dia. “Eu tenho que correr muito com a infra, para ter um espaço grande, pois quando ela começa, tem uma produção altíssima”.

    O diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, lembra que a FICO deve ser concluída em 2028 e atenderá a produção dos municípios de Água Boa, Nova Xavantina, Campinápolis, Novo São Joaquim, Canarana, Gaúcha do Norte e Querência. Agricultores desses municípios produzem mais de 4 milhões de toneladas de soja por ano.

    Grande parte dessa produção é transportada por caminhões até Rondonópolis, onde é embarcada nos trens e vão para exportação. Com a conclusão da FICO, essa produção pode ser levada por meio ferroviário para o Porto de Itaqui, no Maranhão, ou para o Porto de Santos, pela Ferrovia Norte-Sul, que passa por Mara Rosa (GO).

    O diretor-executivo também pontua a necessidade de a Ferrovia Integração Oeste-Leste (FIOL) chegar até Mara Rosa. Assim, as produções mato-grossense e goiana poderiam ser destinadas para o Porto de Ilhéus, na Bahia, sendo mais uma opção viável para a exportação. Além disso, a Ferrogrão seria outra malha ferroviária que melhoria o escoamento, destaca Edeon.

    Porém, Edeon lembra que as ferrovias que estão em obras e que devem ser concluídas mais cedo são a Ferronorte (ferrovia que ligará os trilhos que chegam em Rondonópolis até Lucas do Rio Verde) e a Fico. Elas devem ser concluídas até 2031 (Ferronorte) e 2028 (FICO). Segundo Edeon, o transporte sobre trilhos pode reduzir o custo do frete em cerca de 25%.

    “O fato de ter essas opções ferroviárias e, se nós conseguirmos que empresas diferentes venham a operar esses trechos, isso vai provocar uma concorrência intramodal. Ou seja, uma concorrência de ferrovia com ferrovia. Isso vai provocar uma redução do custo do frete e reduzindo o custo do frete, aumenta a rentabilidade do produtor”, destaca Edeon.

    Já o produtor rural Zênio Souza, que é de Água Boa, município localizado na região do Vale do Araguaia, antes apelidado de “Vale dos Esquecidos”, lembra que a FICO é um sonho antigo da região. Zênio relata que, vendo a velocidade do andamento das obras, vislumbra o crescimento da região, tanto na agricultura, como na pecuária, que também é uma de suas atividades.

    “É um sonho que está se concretizando, podemos nos preparar porque, com a ferrovia chegando, mais portas vão se abrir para o nosso negócio. Então, o Vale do Araguaia, será muito beneficiado pela finalização da obra e a expectativa é que o nosso custo de transporte melhore”, pontua Zênio, que também é conselheiro fiscal da Aprosoja-MT.