Tag: ferrovia

  • “Lucas do Rio Verde será um grande entroncamento ferroviário” diz ministro da Infraestrutura

    “Lucas do Rio Verde será um grande entroncamento ferroviário” diz ministro da Infraestrutura

    O ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) disse que a construção da Ferrogrão, ferrovia de quase 1.000 quilômetros ligando Sinop (MT) ao Porto de Miritituba, no Pará, é “inescapável”. “A Ferrogrão vai ser o grande modulador de tarifas. É um projeto sensacional. Não faz o mínimo sentido discutir se devemos ou não ter a ferrovia”, acrescentou.

    Freitas disse ainda que, além de um ramal norte-sul, teremos um grande ramal Leste-Oeste que vai ser sistema FICOFIOL, que no futuro vai parar em Lucas do Rio Verde, interligando Lucas do Rio Verde/MT a Ilhéus/BA. Disse também que em Lucas do Rio Verde vai nascer a Ferrogrão e vai morrer a Ferronorte, será um grande entroncamento ferroviário, e a vida do produtor será transformada de uma maneira não vista antes.

    Confira abaixo as declarações do ministro Tarcísio Gomes

     

    A FICO, entre Mara Rosa/GO e Água Boa/MT, será construída pela Vale como contrapartida da renovação antecipada da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM). O projeto do trecho 2 da FICO está sendo elaborado, prevendo ligação entre Água Boa/MT e Lucas do Rio Verde/MT.

     

  • Índios criticam o MPF por defender Ferrogrão

    Índios criticam o MPF por defender Ferrogrão

    A Rede Xingu+ manifestou “surpresa e discordância” com uma nota técnica do Ministério Público Federal (MPF), que defendeu, na semana passada, a construção da Ferrogrão, projeto de ferrovia com 933 quilômetros que pretende ligar Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá) e Miritituba (PA).

    A frente – que reúne 22 organizações de povos indígenas, associações de comunidades ribeirinhas e instituições da sociedade civil que atuam na bacia do Rio Xingu – afirmou, em nota, que a Câmara do Consumidor e Ordem Econômica do MPF (3CCR) se mostrou favorável à obra, sem fazer “nenhuma menção” ao fato de o empreendimento violar o direito a uma “consulta livre, prévia e informada” dos povos indígenas e comunidades tradicionais afetados.

    De acordo com a Rede Xingu+, esse é um aspecto que tem sido objeto de denúncia por parte dos povos indígenas e do próprio Ministério Público, desde 2017.

    “Fomos surpreendidos por mencionada omissão por parte da 3ª CCR/MPF, considerando que a defesa dos direitos e interesses das populações indígenas é uma das funções institucionais do Ministério Público, competindo-lhe zelar pelo efetivo respeito aos direitos, interesses e garantias das comunidades indígenas”, diz nota.

    A frente, então, pediu uma explicação sobre o documento e também uma manifestação da Câmara das Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais (6CCR).

    “Diante do histórico recente da nossa atuação conjunta junto ao Ministério Público Federal, em alinhamento à defesa dos direitos indígenas à participação sobre o projeto da Ferrogrão, solicitamos esclarecimentos quanto à omissão do pleito do cumprimento da Consulta e Consentimento Livre, Prévio e Informado na Nota Técnica, bem como solicitamos a manifestação especializada da 6ª CCR/MPF sobre o empreendimento em questão”, acrescenta a nota.

    No texto, a Rede Xingu+ afirmou ainda que, em outubro de 2020, procuradores federais do Ministério Público Federal de Mato Grosso e do Pará encaminharam uma representação ao Tribunal de Contas da União (TCU), para denunciar o descumprimento do direito da realização da consulta prévia.

    A entidade também destacou uma manifestação do Ministério Público, junto ao TCU, que defendeu que a análise do tribunal só deveria ser feita depois de ouvir os povos indígenas afetados pela Ferrogrão.

    R$ 8,4 BILHÕES – Idealizada para baixar os preços do frete agrícola e impulsionar o escoamento de grãos pelo chamado Arco Norte, desafogando as rotas logísticas do Sudeste, a ferrovia tem seus estudos de viabilidade em reta final de avaliação pela área técnica do TCU.

    O Ministério da Infraestrutura pretende fazer o leilão do projeto no segundo semestre.

    De acordo com estimativas oficiais, serão necessários investimentos de R$ 8,4 bilhões.

    No setor privado, no entanto, muitos acreditam que esse valor está subestimado e que as obras devem ultrapassar os R$ 10 bilhões.

    No mês passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a lei que alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim (PA) para viabilizar as obras da Ferrogrão.

    A decisão foi do ministro Alexandre de Moraes, em ação movida pelo PSol.

    O caso ainda será levado a plenário.

  • Mato Grosso sobe no ranking da mineração no Brasil

    Mato Grosso sobe no ranking da mineração no Brasil

    Mato Grosso tornou-se em 2020 o primeiro estado do Brasil em requerimentos minerais e é o sexto com maior produção mineral do país. O presidente da Empresa Mato-grossense de Mineração (Metamat), Juliano Jorge Boraczynski, disse em entrevista à rádio CBN, de Cuiabá, que este é o reflexo da grande procura por minérios.

    “A busca de empresários de outros estados é muito grande pelo solo mato-grossense. Aqui temos zinco, fosfato, cobre e ouro e, por isso, a continuidade do trabalho da Metamat é muito importante”, afirmou Juliano Jorge.

    Ele salientou ainda que há um trabalho forte das empresas e cooperativas garimpeiras em busca da sustentabilidade da atividade especialmente na região Norte de Mato Grosso.

    “Antigamente, o garimpo fazia um ‘estrago’ na região, mas hoje é feito um furo por perfuratriz para extrair os minérios”, disse, citando o exemplo da Cooperativa dos Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto (Coogavepe), em Peixoto de Azevedo, que é a sexta maior em extração de ouro.

    Os investimentos na mineração em Mato Grosso podem aumentar ainda mais com a organização da logística na região garimpeira. “Existe o projeto da ferrovia Ferrogrão ir até Lucas do Rio Verde e porque não pensarmos em um ramal até Juína ou Juara, onde há 55 milhões de toneladas de minério de ferro para transportar, assim como o transporte de zinco da Nexa, em Aripuanã?”, questionou otimista.

    Além do trabalho de fomento à atividade mineradora, a Metamat começou a desenvolver no último ano um importante trabalho social. Foi assinado um termo de cooperação junto à Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para auxiliar os municípios que sofrem com falta de água potável.

    “Começamos um trabalho de perfuração de poços artesianos ou poços tubulantes profundos. Desde 2019, já foram perfurados 40 poços e 40 poços profundos, mais de 9,5km de perfuração”, explica Juliano Jorge.

    O presidente da Metamat revelou que está em processo de compra de uma perfuratriz para agilizar o processo e atender ainda mais comunidades rurais e assentamentos. “O último levantamento que tivemos acesso, de 2015, mostrava que 60 mil pessoas não tinham água potável no estado, mas acredito que seja mais que isso. Imagina não ter água para fazer comida ou tomar banho? É um trabalho essencial o que estamos fazendo”, reforçou.

    Juliano Jorge salientou que, por meio de emendas parlamentares, a empresa está conseguindo avançar nas perfurações e também em um estudo da mineração no estado. “Vamos fazer um termo de cooperação com a Universidade Federal de Mato Grosso para um mapeamento da mineração no estado e dos distritos mineiros, direcionados à exploração de recursos hídricos e pesquisas de rochas para insumos agrícolas.

    A Metamat completa 50 anos em 2021 e tem um amplo serviço prestado à Mato Grosso. Na gestão do governador Mauro Mendes, houve gestão das atividades e de colaboradores, com enxugamento de 60% da folha de pagamento.

  • Secretário e bancada de MT cobram de ministro inserção de ferrovia Senador Vicente Vuolo em Plano Nacional de Logística

    Secretário e bancada de MT cobram de ministro inserção de ferrovia Senador Vicente Vuolo em Plano Nacional de Logística

    O secretário de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento, Francisco Vuolo sai em defesa da inserção da ferrovia Senador Vicente Vuolo no Plano Nacional de Logística (PNL) 2035, lançado no último dia 30 de março, pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL). O documento que apresenta as necessidades e oportunidades do setor até 2035 não incluiu a extensão dos trilhos da ferrovia de Rondonópolis até Cuiabá e Lucas do Rio Verde, que era um compromisso assumido pelo ministro Tarcísio de Freitas e que foi reforçado em fevereiro deste ano. A reivindicação do gestor municipal cumpre uma determinação do prefeito Emanuel Pinheiro e recebe o apoio dos senadores de Mato Grosso, Jayme Campos e Wellington Fagundes.

    “Se o ministro assumiu o compromisso com nossos senadores, o primeiro passo dele para cumprir esse compromisso seria inserir isso no Plano Nacional. Ele quer a aprovação do PLS 261 para que dê a ele a condição de aprovar ferrovias, é óbvio que os senadores não darão essa autorização se ele não tiver garantindo aquilo que ele prometeu. O compromisso não tem que estar só na palavra, tem que estar na atitude. Nós não questionamos as outras ferrovias, defendemos todas, em que pese temos alguns questionamentos a fazer, mas o mais importante é que precisamos da extensão da ferrovia Senador Vicente Vuolo e ela não depende do Governo Federal em nada, os projetos já estão prontos e os recursos são exclusivamente da iniciativa privada”, explicou o secretário, Francisco Vuolo.

    O Ministro busca apoio para aprovação do PLS 261 de 2018, que dispõe sobre a exploração indireta, pela União, do transporte ferroviário em infraestruturas de propriedade privada, autoriza a autorregulação ferroviária e disciplina o trânsito e o transporte ferroviário dentre outras providencias.

    De acordo com o Ministério da Infraestrutura, o Plano Nacional de Logística (PNL) 2035 reúne uma série de dados e informações que contribuem para análises específicas e para o constante uso do planejamento na tomada de decisões estratégicas por parte do governo federal, governos dos estados e do Distrito Federal, municípios, agências reguladoras, empresas públicas e privadas, inseridas no sistema de transportes nacional.

    Em fevereiro deste ano, o prefeito Emanuel Pinheiro e o secretário Vuolo haviam comemorado o parecer favorável do ministro a autorização da extensão da ferrovia Senador Vicente Vuolo de Rondonópolis até Cuiabá, após reunião de Freitas em Brasília com os senadores de Mato Grosso.

    “Cuiabá é o maior polo consumidor do estado, com toda logística e condições de receber a ferrovia e estrategicamente, promover o desenvolvimento econômico, gerando emprego e renda, em uma região que temos uma condição muito maior de integração e de carregamento da nossa produção e dos nossos fretes. A ferrovia Senador Vicente Vuolo tem que ser inserida no Plano Nacional, assim como as outras”, declarou o prefeito de Cuiabá.

    No total, existem três grandes projetos ferroviários para Mato Grosso: a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), que vem de Goiás até Água Boa e futuramente vai chegar a Lucas do Rio Verde, integrando o estado de leste a oeste; a Ferrogrão, saindo Miritituba com destino a Sinop e Sorriso; e a Ferrovia Vicente Vuolo (Ferronorte), com 755 km de extensão, que liga Santa Fé do Sul (SP) até Rondonópolis (MT), que teve seu terminal inaugurado em 2013. Em seu percurso está previsto a passagem por Cuiabá, ligando a baixada cuiabana a Lucas do Rio Verde.

    Hoje, 20 milhões de toneladas são escoadas pelos trilhos que chegam até Rondonópolis. Com a expansão da Ferrovia Senador Vicente Vuolo, passando pela baixada cuiabana e seguindo até Lucas do Rio Verde, mais que dobrará a quantidade de carga transportada. Isso significa desenvolvimento econômico, geração de empregos e uma oportunidade de conexão com outras cidades de Mato Grosso e outros estados, barateando o frete e criando a possibilidade de desenvolvimento do polo industrial de Cuiabá.

  • Governo analisa projeto para construção de corredor ferroviário entre Lucas do Rio Verde (MT) e Ilhéus (BA)

    Governo analisa projeto para construção de corredor ferroviário entre Lucas do Rio Verde (MT) e Ilhéus (BA)

    Acordo de parceria fechado entre o Ministério da Infraestrutura e o Banco Mundial (Bird) vai permitir estruturar o projeto do corredor ferroviário Leste-Oeste, ligando Lucas do Rio Verde/MT a Ilhéus/BA, para futura concessão à iniciativa privada. Pelo documento, os estudos de viabilidade serão feitos pelo Banco Mundial e vão abranger a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) e os trechos 2 e 3 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), totalizando 1,9 mil quilômetros.

    O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e a diretora do Banco Mundial para o Brasil, Paloma Anós Casero, destacaram a importância da parceria para o País. “Esse projeto representa uma transformação. A ideia é termos um grande corredor ferroviário Leste-Oeste, integrada ao sistema Norte-Sul”, disse o ministro. “Esse futuro corredor tem muito potencial tanto do ponto de vista econômico como climático”, afirmou a diretor do Bird.

    OBRAS

    O trecho 1 da FIOL, entre Caetité/BA e Ilhéus/BA, vai a leilão no próximo dia 8 de abril. Já o trecho 2 da ferrovia, entre Caetité/BA e Barreiras/BA, está em obras pela Valec, com previsão de conclusão em 2022. O trecho 3 da FIOL, que vai ligar Barreiras/BA a Figueirópolis/TO ou Mara Rosa/GO, ainda precisa de financiamento para sair do papel.

    Já a FICO, entre Mara Rosa/GO e Água Boa/MT, será construída pela Vale como contrapartida da renovação antecipada da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM). O projeto do trecho 2 da FICO está sendo elaborado, prevendo ligação entre Água Boa/MT e Lucas do Rio Verde/MT.

    SUSTENTABILIDADE

    Os termos de referência para os estudos de viabilidade técnica, econômico-financeira, ambiental e jurídica (EVTEA) estão sendo tratados entre a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), vinculada ao MInfra, e a Corporação Financeira Internacional (IFC), braço do Banco Mundial. O projeto será orientado por diretrizes socioambientais de forma a garantir não apenas uma boa modelagem para a futura concessão, mas também para atrair investidores que priorizem empreendimentos sustentáveis.

  • As ferrovias que faltavam a Mato Grosso

    As ferrovias que faltavam a Mato Grosso

    O histórico Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 16/2020, que altera o artigo 131 da constituição estadual e concede ao ente federativo a competência para “explorar diretamente ou mediante concessão, permissão ou autorização a prestação de serviços públicos”, foi aprovado pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) no final de outubro. No dia 7 de janeiro, saímos da ALMT com a aprovação de outro marco que abre as portas para um novo ciclo de investimentos nas “estradas de ferro” em nosso estado. Trata-se do Projeto de Lei Complementar (PLC) 52/2020, dos Deputados Botelho e Avallone, que inclui o subsistema ferroviário no Sistema Estadual de Viação.

    A medida possibilita a implantação de novos ramais ferroviários, ampliando assim as alternativas para escoamento da produção agrícola, reduzindo custos e garantindo maior segurança logística aos produtores rurais. Nos termos propostos, a PLC 52/2020 permite que a iniciativa privada seja autorizada pelo governo a construir e operar uma ferrovia estadual. Isso não retira a primazia do Estado para investir onde julgar oportuno e conveniente, seja diretamente ou mediante concessões. Aprovado no plenário, o projeto segue agora para sanção do governador Mauro Mendes.

    Convertidos em lei, os dois projetos vão permitir que a região da Baixada Cuiabana finalmente tenha um terminal rodoferroviário, capaz de trabalhar com produtos e mercadorias vindos em contêineres pela ferrovia. Já foi identificada uma demanda pelo transporte para Cuiabá de 20 milhões de toneladas de produtos industrializados, combustíveis, alimentos processados e outros produtos que hoje oriundos da região Sudeste. Esta passará a ser a carga de retorno dos trens que descem para o Porto de Santos (SP) com produtos agrícolas.

    Uma ferrovia é muito mais do que uma atividade de transporte de cargas. As vias férreas representam desenvolvimento, geração de emprego e renda para a população de 14 municípios da Baixada Cuiabana, onde vivem mais de 1 milhão de pessoas.  A construção de um terminal rodoferroviário vai impactar direta e indiretamente a economia de Cuiabá, Várzea Grande, Acorizal, Barão de Melgaço, Campo Verde, Chapada dos Guimarães, Jangada, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, Nova Brasilândia, Planalto da Serra, Poconé, Rosário Oeste e Santo Antônio de Leverger.

    Expandir a ferrovia em Mato Grosso une as principais lideranças políticas do nosso estado. Em 2019, uma audiência pública conjunta proposta pelo Deputado Carlos Avallone pela Assembleia e o Senador Wellington Fagundes pelo Senado (presidente da Frenlogi, a Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura) teve o apoio do governador Mauro Mendes, de toda a classe empresarial do Movimento Pró-Ferrovia e da bancada federal mato-grossense, especialmente do senador Jayme Campos.

    A alteração na constituição estadual que permitirá ligar Cuiabá a Rondonópolis também será o indutor da ligação das regiões produtoras de grãos no médio-norte ao principal porto da América Latina: o de Santos (SP). Hoje, já temos um terminal rodoferroviário da Rumo no sul do estado (em Rondonópolis) que movimenta 35 milhões de toneladas. Com a renovação antecipada da concessão da Malha Paulista obtida em maio deste ano, a empresa já começou a investir parte dos R$ 6 bilhões destinados a preparar essa ferrovia para a movimentação de 75 milhões de toneladas anuais até 2026.

    Esse investimento na ferrovia paulista permite que a Rumo volte também seus planos para a expansão da Ferronorte, levando os trilhos para as regiões de Sorriso e Lucas do Rio Verde. Agora com a nossa lei estadual, esse projeto da empresa passa a ser prioritário. A concessionária já tem o projeto de engenharia praticamente pronto, e o processo de licenciamento ambiental já se encontra em andamento.

    Mato Grosso é a principal região produtora agrícola do país e não para de crescer. A hora de expandir os trilhos em nosso estado é agora! A Ferrovia Senador Vicente Vuolo vai chegar a Cuiabá e à Baixada Cuiabana.

    Assinam este artigo:

    Deputado Eduardo Botelho (DEM), Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

    Deputado Carlos Avallone, Presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Turismo e da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso

  • Prefeito de Lucas do Rio Verde defende reativação do CIDESA para desenvolvimento da região Médio-Norte de Mato Grosso

    Prefeito de Lucas do Rio Verde defende reativação do CIDESA para desenvolvimento da região Médio-Norte de Mato Grosso

    Otimista, o prefeito de Lucas do Rio Verde-MT, Miguel Vaz, defende a retomada das atividades do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental (CIDESA) como ferramenta importante para o desenvolvimento dos municípios do Médio-Norte de Mato Grosso, localizados no eixo da BR-163.

    Criado durante a primeira gestão do ex-prefeito Otaviano Pivetta (97/2000), o CIDESA reunia 17 municípios, que juntos uniram forças que atraíram investimentos regionais. Porém, o consórcio permanece desativado há vários anos, e se tornou um dos objetivos de Miguel Vaz, a sua reativação.

    Na última semana, durante encontro com os prefeitos, que fazem parte do Consórcio Intermunicipal de Saúde – Vale do Teles Pires – o prefeito de Lucas do Rio Verde colocou em discussão a retomada do CIDESA.

    Nesse encontro ficou definido que eu e o prefeito de Sorriso, Ari Lafin, tomássemos a frente para a reativação e reorganização do CIDESA e depois criarmos uma diretoria para gerenciar o consórcio”, comentou Vaz. “Ele se faz importante, pois é um sistema de blocos com 15 municípios onde serão tratados temas regionais, como por exemplo, à duplicação da BR-163, a instalação das ferrovias, entre outros importantes assuntos”, completou.

    De acordo com Vaz, a união entre os gestores municipais por meio do CIDESA, gerará força para que as demandas sejam encaminhadas paras as esferas estaduais e federais.

    Por exemplo, vamos tratar tema segurança em bloco, vamos tratar sobre saúde para a vinda de mais hospitais, criação de novos leitos, enfim, vamos tratar em blocos e assim tornar a região equipada com esses serviços, e que possa atender a todos os municípios. Esse é o sentido do CIDESA, tratar temas de interesse regional na área econômica, social e ambiental”.

    FERROVIAS EM MATO GROSSO

    A chegada dos trilhos das ferrovias na nossa região será tema constantemente debatido dentro do CIDESA, até porque, se formos analisar, todos os municípios gostariam de ter a ferrovia passando em seus territórios. Evidentemente que já se tem um traçado prévio definido. Mas, quando se olha para a Rumo Logística, que hoje está em Rondonópolis, e que tem projeto para chegar até Lucas do Rio Verde, provavelmente é de interesse do município de Sorriso que chegue até lá também. Idem para Lucas do Rio Verde com relação a Ferrogrão, que ligará Sinop aos portos de Miritituba no Pará. Então nesse sentido há o interesse regional. Também temos o projeto definido da ferrovia de integração Centro-Oeste (FICO) que ligará Goiás a Água Boa, e de lá até Lucas do Rio Verde, essa vamos continuar defendendo que o projeto fique aqui. Mas as outras duas, tanto Ferrogrão quanto a Rumo, nós gostaríamos que de alguma forma as duas se encontrassem e quem ganha com isso é a região, pois todos os municípios serão valorizados e poderão receber grandes e importantes investimentos”, explicou Vaz.

  • Governo assina contrato para pavimentação do novo acesso ao Terminal Ferroviário de Itiquira

    Governo assina contrato para pavimentação do novo acesso ao Terminal Ferroviário de Itiquira

    O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), assinou contrato para pavimentar 35,9 quilômetros da MT-040/299, em Itiquira (363 km de Cuiabá), o que vai permitir uma nova rota de acesso por via asfaltada ao Terminal Ferroviário no município.

    O contrato foi assinado junto à Teccon S/A Construção e PavimentaçãoMT-040/299 – e compreende o trecho que vai do entroncamento da MT-461, passando pela sede do município de Itiquira, até chegar ao Terminal Ferroviário.  Serão investidos R$ 24,9 milhões na execução da obra. A ordem de início dos serviços ainda será emitida.

    De acordo com om o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira, a pavimentação desse trecho atende a uma determinação do governador Mauro Mendes, de melhorar a logística para o escoamento de grãos em Mato Grosso, estado considerado o maior produtor nacional, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    “A obra vai impactar sobremaneira na diminuição do custo do frete, dando aos produtores um maior incentivo para aumentar a produção agrícola. Isso vai contribuir para o desenvolvimento do agronegócio e da economia de Mato Grosso”, disse o secretário.

    O terminal de Itiquira funciona desde 2012 e é um modal importante para o escoamento da produção, uma vez que compreende aproximadamente seis quilômetros de extensão e tem movimentação estimada de 2,5 milhões de toneladas por ano, em direção ao Porto de Santos (SP).

    Além do impacto econômico, a pavimentação vai contribuir para o desenvolvimento do próprio município de Itiquira, pois os moradores terão mais uma alternativa asfaltada para chegar até a BR-163, pelas rodovias MT-370 e MT-299, e também o acesso ao terminal ferroviário facilitado.

  • Em abril começa obra da Ferrovia com rumo a Mato Grosso

    Em abril começa obra da Ferrovia com rumo a Mato Grosso

    Em abril, a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) começa a sair do papel e, literalmente, entrará nos trilhos de bitola larga, em Mara Rosa (GO) rumo à cidade mato-grossense de Água Boa, distante 383 quilômetros.

    Palavra do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, que também acredita no apito do trem no Vale do Araguaia, em Mato Grosso, para escoar a safra 2025/26.

    Na semana passada, o ministro recebeu o prefeito eleito de Água Boa (730 km a Nordeste de Cuiabá), Mariano Kolankiewicz (MDB), em seu gabinete, para tratar desse assunto.

    Ele revelou que a obra começará em Mara Rosa, onde há estrutura de galpões, materiais para a construção e mão de obra qualificada, por se tratar de uma cidade ao lado dos trilhos da Ferrovia Norte-Sul, com a qual a Fico se conectará.

    Tarcísio Freitas destacou que não há nenhum impedimento para a obra. Segundo ele, não há barreira ambiental, o projeto básico foi elaborado em 2010 e o projeto executivo se encontra em fase adiantada, mas que a construção pode ser levada adiante enquanto o projeto executivo é formatado.

    Além disso, o Tribunal de Contas da União deu o sinal verde para largada da Fico.

    No percurso, serão construídas 18 pontes, sendo duas grandes: sobre o rio Araguaia e o rio das Mortes; três viadutos e recuos – onde uma composição aguarda a passagem de outra, em sentido contrário.

    A obra é orçada em R$ 4 bilhões. A construção da Fico é resultado de uma costura administrativa do Governo com a mineradora Vale.

    No acordo, a Vale ganhou a prorrogação, por 30 anos, de duas concessões ferroviárias suas, que terminariam em 2027: da Estrada de Ferro Vitória-Minas (de Itabira/MG ao porto no Espírito Santo) e da Estrada de Ferro de Carajás, no Pará e Maranhão, por onde se escoa minério de ferro de Carajás para o porto em São Luís, no Maranhão – ambas transportam passageiros.

    A dilatação das duas concessões por 30 anos será paga com a obra da Fico entre Mara Rosa e Água.

    Concluída a construção, o Governo dará o trecho em concessão com outorga ainda a ser definida.

    Água Boa é importante polo agrícola e sua produção está em expansão.

    Kolankiewicz acredita que, além dos grãos e plumas, haverá embarques de carnes, aves congeladas, farelo e óleo degomado de soja, que serão produzidos por indústrias interessadas em se instalarem em sua cidade e região.

    Enquanto espera pelo trem, Água Boa escoa commodities agrícolas pela rodovia BR-158 até Barra do Garças, e de lá, pela BR-070, MT-130 e BR-163 ao terminal ferroviário da Rumo, distante 650 quilômetros, em Rondonópolis, e também para o porto de Itaqui, no Maranhão, mas com um trecho de 140 quilômetro sem pavimentação na BR-158, na Terra Indígena Marãiwatsédé, dos xavantes.

  • Obras da ferrovia que ligará o Araguaia à Norte-Sul começam em abril

    Obras da ferrovia que ligará o Araguaia à Norte-Sul começam em abril

    A Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO), ligando a cidade de Mara Rosa, em Goiás, até Água Boa, em Mato Grosso, começará a ser construída em abril. A previsão de conclusão será de cinco anos. A informação foi confirmada ao senador Wellington Fagundes (PL-MT), presidente da Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura (Frenlogi), e pelo presidente da Valec Engenharia, André Kuhn. A Valec será a responsável técnica pela obra.

    O prazo para início das obras foi também confirmado pelo diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Davi Barreto. Ele informou ao senador que até o final deste mês ou começo de dezembro o contrato da Vale para o empreendimento deverá ser oficialmente assinado.

    Além de tratar de conhecer detalhes do projeto, as duas reuniões – com a Valec e ANTT – teve como finalidade discutir aspectos dos impactos sociais sobre as comunidades na região de influência dos trilhos. Fagundes manifestou forte preocupação com a preparação dos municípios para receber os empreendimentos, ao lembrar dos efeitos negativos causados às cidades que receberam os trilhos da Ferronorte.

    dafba5bc9948e31f5fc91dd4617ce184

    “Quando começaram a montar os canteiros de obra, não houve uma preocupação com os impactos na saúde, na educação e, sobretudo, na segurança. Tivemos casos de cidades que, após desativado o canteiro de obras, se formou um verdadeiro bolsão de pobreza e miséria, e tudo isso recaiu sobre a responsabilidade dos municípios. Não podemos cometer esse erro novamente” – disse o senador.

    A reunião contou com a presença do prefeito eleito de Água Boa, Mariano Kolankiewicz Filho e do superintendente da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Nelson Fraga, além de técnicos e consultores da Frente Parlamentar. Fraga informou que a autarquia reúne condições de desenvolver um amplo projeto de capacitação profissional para ocupação da mão de obra e de arranjos produtivos ao longo da ferrovia.

    A ligação entre Água Boa e Mara Rosa terá 382 quilômetros de trilhos. As obras se iniciarão por Goiás, avançando em direção a Mato Grosso. Além de Água Boa, estão na área de influência da ferrovia em Mato Grosso os municípios de Cocalinho e Nova Nazaré.

    A FICO tem como objetivo inicial propor uma opção logística ferroviária eficiente para o escoamento da produção de grãos da região Centro-Oeste (maior produtor nacional), em direção aos portos brasileiros de grande capacidade, acessados a partir da Ferrovia Norte-Sul e, consequentemente, à malha nacional.

    Na implantação da ferrovia estão previstos dez pátios de cruzamento, um pátio de formação de trens em Mara Rosa (GO), dois pátios de carga e descarga, sendo o primeiro localizado em Nova Crixás/GO e o segundo em Água Boa.

    De acordo com o senador Wellington, a ferrovia vai impactar no desenvolvimento econômico do Vale do Araguaia. Outrora chamado de ‘Vale dos Esquecidos’, a região, segundo Fagundes, pode, sozinha, produzir tudo o que Mato Grosso já produz. “E com um detalhe: sem derrubar uma árvore sequer. Por isso saio dessa reunião entusiasmado” – disse.

    CENTRO LOGÍSTICO – Mato Grosso caminha para ter um dos maiores centros logístico do país. Durante solenidade de posse do novo diretor-presidente da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, confirmou que já trabalha para estender os trilhos da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste, de Água Boa até Lucas do Rio Verde.

    Esse projeto, segundo ele, está dentro do contexto da concessão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que liga o Porto de Ilhéus (BA) à Ferrovia Norte-Sul, em fase de implantação.

    Além da FICO, Mato Grosso deverá em breve a extensão da Ferronorte, de Rondonópolis para Cuiabá, e depois seguindo para o Norte do Estado e também a Ferrogrão, que sairá de Sinop e chegará a Itaituba, no Pará, onde deverá se conectar com os portos do Arco Norte da Logística a partir de Miritituba.