Tag: Enem

  • Como lidar com o nervosismo na hora do Enem

    Como lidar com o nervosismo na hora do Enem

    Primeiro, pare tudo que estiver fazendo. Depois, sente-se em um local silencioso. Preste atenção na respiração. Inspire em quatro segundos, segure o ar por dois segundos e solte o ar em quatro segundos. Repita essa respiração algumas vezes. Preste atenção em cada parte do corpo, começando pelo dedo do pé, e, devagar, vá subindo até o topo da cabeça. Pense que cada parte está relaxando. Por fim, imagine uma luz dourada envolvendo todo o corpo. 

    Quem ensina o exercício, que pode durar 5 minutos, é a diretora da escola Teia Multicultural, Georgya Correa. O objetivo é acalmar e compensar as emoções. Algo essencial na reta final para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que começa a ser aplicado no próximo domingo (21).

    “Tem momentos que os estudantes estão mais descompensados, com ansiedade e nervosismo. É sabido que quando a pessoa está nervosa e mais agitada, a parte intelectual dela está menos conectada. Ela está mais no lugar das emoções fortes. Consegue pensar e raciocinar menos. Trazer esse estado de calma [é importante] para conseguir conectar com o que precisa, que é o racional, no momento do exame”, diz Georgya.

    Aulas de yoga, meditação e mindfulness – prática que, de forma simplificada, visa despertar um estado de atenção e consciência plena do momento presente – fazem parte do currículo da Teia Multicultural desde a infância. “Para aprender a se autorregular e se equilibrar precisa ter ferramentas e estratégias”, explica a diretora.

    Georgya conta que os exercícios com os alunos seguiram mesmo em meio a pandemia, nas aulas remotas. A prática que ela descreveu pode ser feita tanto em momentos de nervosismo, em intervalos de estudos, antes de começar a prova do Enem e até mesmo antes de dormir, para acalmar a mente e o corpo. Outra dica é, antes de começar o exercício, beber água e comer um pedaço de chocolate, para o corpo entender que foi alimentado e hidratado e, assim, sair do estado de nervosismo.

    Em setembro, enquete realizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) com 4 mil adolescentes de 15 a 19 anos de todo o Brasil sobre saúde mental na pandemia e acolhimento psicológico mostrou que 72% dos respondentes sentiram necessidade de pedir ajuda em relação ao bem-estar físico e mental durante a quarentena. Ainda assim, 41% não recorreram a ninguém.

    Fazer o que gosta

    Segundo a psicóloga e neuropsicopedagoga Alessandra Augusto, não é preciso se assustar, pois ter um pouco de ansiedade, mão gelada, frio na barriga, antes de um exame como Enem é normal. “Vou sentar, fazer uma respiração mais longa e começar a prova”, orienta.

    Se, no entanto, já nessa reta final, o nervosismo for grande e vier acompanhado de sintomas como taquicardia, dor no peito, angústia, o ideal é procurar um profissional de saúde para obter as orientações necessárias. “Procurar profissional antes, conversar com um profissional de saúde mental. [Precisamos] tirar o estigma de procurar um psiquiatra”, diz.

    Para a reta final de preparação para o Enem, Alessandra também dá algumas dicas que podem ajudar no nervosismo. De acordo com ela, o ideal um dia antes da prova é relaxar e fazer algo que se gosta e deixar os estudos um pouco de lado. “Não adianta intensificar os estudos na semana anterior ou alguns dias antes, isso só aumenta a angústia e a ansiedade, trazendo a sensação de que está faltando alguma coisa”.

    Uma rotina de alimentação leve e de boas noites de sono também ajudam o candidato a ficar mais tranquilo na hora do exame. “Com isso, consigo equilibrar minhas emoções, quando durmo bem, fico tranquilo, quando consigo ter uma alimentação equilibrada, regularizo os hormônios que me trazem sensação do prazer, vou estar mais preparado para gatilhos que possam me irritar, trazer impaciência”, diz Alessandra.

    Ritual de prova

    Segundo o coordenador geral do vestibular do colégio e curso ZeroHum, José Tavares, é importante que os estudantes tenham um ritual de prova, ou seja, que separem na véspera todo o material necessário, como duas canetas esfereográficas, documento de identidade, máscara, lanche e água. No dia do exame, colocar uma roupa confortável. “Se ele tiver um ritual de prova, ele consegue ficar mais tranquilo”, diz.


    Na hora de fazer a prova, o professor orienta os estudantes a lerem todo o exame e a assinalarem as questões que têm mais facilidade. No primeiro dia, próximo domingo (21), quando os candidatos farão as provas de linguagens, ciências humanas e redação, a dica é começar pela redação. “Alguns deixam a redação para o final, eu sou um pouco temeroso com essa estratégia, porque se a prova estiver pesada, ele não vai ter cabeça para fazer a redação. Então, [oriento para] deixar a redação ao menos rascunhada, já na primeira hora de prova”. 

    Outra dica é conhecer o local que fará o exame, se possível, fazer o caminho alguns dias antes para conhecer e calcular o tempo de deslocamento. Os locais de prova estão disponíveis no Cartão de Confirmação, na Página do Participante. Também é recomendado chegar com antecedência no dia da prova.

    Enem 2021

    O Enem será aplicado nos dias 21 e 28 de novembro para mais de 3 milhões de estudantes em todo o país, tanto na versão impressa quanto na digital. No primeiro dia de prova, os participantes farão as provas de linguagens, ciências humanas e redação. No segundo, matemática e ciências da natureza. O exame é usado para ingressar no ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para concorrer a bolsas de estudo pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para participar do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados também podem ser usados para ingressar em instituições de ensino portuguesas que têm convênio com o Inep.

    Questões do Enem

    A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) preparou um banco que reúne todas as questões do Enem de 2009 a 2020 para que os estudantes possam testar os conhecimentos e se preparar melhor para a prova. No sistema, é possível escolher quais áreas do conhecimento se quer estudar. O banco seleciona as questões de maneira aleatória.

  • Presidente do Inep diz na Câmara que realização do Enem está garantida

    Presidente do Inep diz na Câmara que realização do Enem está garantida

    O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Danilo Dupas Ribeiro, descartou hoje (10) a possibilidade de riscos quanto à realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para os dias 21 e 28 deste mês. A declaração de Dupas foi dada dias após 37 servidores, ligados a cargos em comissão voltados para a realização do Enem e de outras avaliações, terem pedido exoneração dessas funções.

    “Reforço que as aplicações [do Enem] estão garantidas, pois as fases preparatórias já foram concluídas, restando a distribuição das provas para a sua aplicação”, disse Dupas, que compareceu à Comissão de Educação da Câmara dos Deputados para explicar a situação no Inep. “As provas estão prontas, e as equipes já foram capacitadas. Está tudo certo, não se preocupem”, afirmou.

    Os funcionários, que atuam em funções ligadas à logística e ao desenvolvimento da aplicação do exame, atribuíram os pedidos de demissão à “fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep” e afirmam que “não se trata de posição ideológica ou de cunho sindical”. Na semana passada, dois coordenadores da autarquia, ligados a funções importantes do Enem, já haviam pedido demissão.

    O instituto, vinculado ao Ministério da Educação (MEC), é responsável por avaliações nacionais, como o Enem e o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), e pela aplicação de exames internacionais, como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), assim como por indicadores de qualidade da educação, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O Inep realiza ainda os censos da Educação Básica e Superior e diversos outros estudos voltados para a educação.

    De acordo com o presidente do Inep, nem todos os 37 servidores que colocaram à disposição os cargos em comissão, ou função comissionada, dos quais são titulares, estão diretamente ligados ao Enem. Dupas disse que nem todos são gestores, mas que os servidores continuam à disposição do instituto para exercer suas atribuições até a publicação do ato de exoneração dos cargos.

    “No documento em que aderem à exoneração coletiva, esses servidores do quadro efetivo do Inep reforçaram o comprometimento de continuar trabalhando até o fim do processo de desligamento”, disse. “Eles colocaram os cargos à disposição da presidência [do Inep], não deixaram o serviço público”, ponderou.

    Dupas acrescentou que outras avaliações, como o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), marcado para o próximo domingo (14), e o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida), previsto para 18 de dezembro, serão realizadas conforme o cronograma.

    O presidente do Inep lembrou que a avaliação dos cerca de 6,8 milhões de estudantes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) já começou ser aplicada e será encerrada no dia 10 de dezembro.

    Mesmo com as explicações de Dupas, deputados manifestaram preocupação com a gestão do órgão e com a possibilidade de prejuízos na realização de avaliações e com a continuidade das ações do Inep. A presidente da comissão, professora Dorinha Seabra (DEM-TO), afirmou que o colegiado está preocupado com a situação e destacou que o Enem tem mais de 3 milhões de inscritos.

    “Não é usual, nem dito normal, 37 pessoas entregarem seus cargos. Nossa preocupação é em razão do tempo muito curto para a realização do exame”, disse. “Mesmo sendo servidores que continuam lá, tem a questão da responsabilidade, existe um sinal que está sendo dado, que todos tomamos como uma situação de grande alerta”, acrescentou.

    A deputada professora Rosa Neide (PT-MT) também manifestou preocupação com o impasse e citou nota da Associação dos Servidores do Inep (Assinep), que fala em “clima desfavorável” e denuncia a existência de assédio moral por parte de Dupas. Segundo a deputada, o pedido coletivo de exoneração cria instabilidade e mostra uma política de desmonte na instituição.

    “Quem zela pela instituição são os profissionais da carreira, que historicamente estão lá. Quem garante a política pública, que a instituição dê continuidade aos processos dos seus trabalhos são seus profissionais”, disse. “Agora, como é que, às vésperas do Enem, temos um pedido em massa, 37 profissionais ligados diretamente ao exame, e como vamos dizer que isso não gera insegurança, como dizer que não é desmonte?”, questionou.

    Aos deputados, Dupas disse que irá conversar com representantes da Associação dos Servidores do Inep no fim da tarde desta quarta-feira, para discutir as denúncias de assédio moral e o pedido de exoneração dos servidores.

    “Não compactuamos, e repudiamos qualquer ato que se enquadre como assédio moral, estamos abrindo o diálogo com a associação a respeito disso”, afirmou.

    Edição: Nádia Franco

  • Saiba como prevenir infecções pela Covid-19 em exames do Inep

    Saiba como prevenir infecções pela Covid-19 em exames do Inep

    O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) publicou um documento com orientações para evitar contágios pela Covid-19 durante a aplicação de provas como a do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) e do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).

    O documento é voltado para estudantes que vão fazer as provas e traz orientações gerais “que devem ser realizadas antes e durante a aplicação dos exames do Inep”. O guia do instituto aborda os cuidados que devem ser tomados antes e no dia da aplicação, e durante as provas. De acordo com o Inep, quem estiver com sintomas “equivalentes à Covid-19” na semana que antecede a aplicação ou na véspera do exame não deve comparecer ao local de provas. “Solicite a reaplicação na Página do Participante. Nela, você deverá inserir um documento comprobatório da sua condição, que será analisado pelo Inep, para lhe oportunizar a reaplicação”, aponta o instituto.

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    As principais orientações dizem respeito ao uso obrigatório de máscaras durante toda a aplicação do exame (exceto para participantes com transtorno do espectro autista, deficiência intelectual ou sensorial) e ao uso de álcool líquido ou em gel para higienizar as mãos (o participante pode levar o próprio frasco, que será vistoriado pelo chefe de sala, mas o álcool também será disponibilizado para todos). O estudante também pode usar luvas, transparentes ou semitransparentes, que também serão vistoriadas, e a própria garrafa de água para consumo, em material transparente ou não.

  • MEC cria grupo de trabalho para atualização do Enem e do Encceja

    MEC cria grupo de trabalho para atualização do Enem e do Encceja

    Está publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (18), a Portaria 411/21 que institui um grupo de trabalho, no âmbito do Ministério da Educação (MEC), para discutir a atualização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).

    Sob a coordenação da Secretária de Educação Básica do MEC, o grupo vai se reunir uma vez por mês e será formado pelas secretarias executiva, de Educação Superior, de Modalidades Especializadas de Educação – de Educação Profissional e Tecnológica, além do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

    Também vão integrar o grupo, os conselhos Nacional de Educação e de Secretários de Educação, além da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, a Undime.

    Pela Portaria, o grupo tem seis meses, a partir de hoje, para concluir os trabalhos.

  • Enem Digital 2021 terá recursos de acessibilidade

    Enem Digital 2021 terá recursos de acessibilidade

    A versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 terá recursos de acessibilidade inéditos como prova ampliada, superampliada e com contraste, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Ao todo, serão 101.100 vagas para o Enem Digital. Essa versão do exame será exclusiva para quem já concluiu o ensino médio ou que está concluindo a etapa em 2021.

    Entre os perfis de participantes que podem solicitar os atendimentos estão: pessoas com baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, deficiência auditiva, surdez, deficiência intelectual, surdocegueira, dislexia, deficit de atenção, transtorno do espectro autista, discalculia, gestantes, lactantes, idosos, além de pessoas com outra condição específica.

    Segundo o Inep, também será permitido que os inscritos usem materiais próprios que auxiliem na realização da prova no computador, como máquina de escrever em braile, caneta de ponta grossa, óculos especiais, tábuas de apoio, multiplano e plano inclinado.

    Tradutor-intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras), tempo adicional e salas acessíveis estão previstos no edital. Cão-guia, medidor de glicose, bomba de insulina, além de aparelhos auditivos ou implantes cocleares também serão permitidos no Enem Digital 2021.

    O Inep esclarece que os participantes que precisam de recurso de acessibilidade diferente dos previstos no edital do exame digital terão o atendimento assegurado na versão impressa do exame.

    O período de inscrições do Enem 2021, incluindo o prazo para solicitar atendimento especializado, começa no dia 30 de junho e vai até 14 de julho. Os procedimentos deverão ser realizados por meio da Página do Participante. Tanto a versão digital quanto a impressa desta edição serão aplicadas nos dias 21 e 28 de novembro, além de contarem com provas de itens iguais.

    O Enem Digital foi aplicado pela primeira vez na edição de 2020. O objetivo é que o exame seja completamente digital até 2026. Ao todo, 93 mil candidatos se inscreveram para fazer as provas por computador. Cerca de 30 mil candidatos fizeram o exame.

  • Guedes diz que governo vai liberar R$ 1 bi para educação

    Guedes diz que governo vai liberar R$ 1 bi para educação

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem, (01/06) que o orçamento do Ministério da Educação (MEC) será desbloqueado, nos próximos dias, em cerca de R$ 1 bilhão. O corte total no orçamento do MEC foi de R$ 4,5 bilhões este ano. O ministro, entretanto, não detalhou quando será efetuada a liberação.

    De acordo com Guedes, que participou de audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados para tratar do bloqueio de recursos, o desbloqueio será possível em razão do aumento na arrecadação.

    No dia 14 de maio, o governo disse que estudava a liberação de R$ 2,5 bilhões para as universidades federais, que passam por contingenciamento de recursos. Os valores ajudarão a recompor o orçamento de gastos discricionários (não obrigatórios).

    “Vamos agora desbloquear R$ 4,5 bilhões [para todo o governo]. O próprio MEC que teve, atualmente, R$ 2,5 bilhões bloqueados, a perspectiva é de atendimento das demandas de educação”, informou o ministro, dizendo que parte dos recursos será destinada para a criação de vagas em seis novas universidades. “O segundo grande pleito que tinha é pelo menos esse desbloqueio de até R$ 1 bilhão para o MEC”, acrescentou.

    Durante a audiência, Guedes foi cobrado a respeito de cortes na pasta que estariam inviabilizando a execução das atividades. De acordo com a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), que elaborou o requerimento para a presença do ministro na comissão, assinado conjuntamente pelos deputados Ivan Valente (Psol-SP) e Glauber Braga (Psol-RJ), os percentuais do Orçamento aplicados na educação estão em menor patamar do que em anos anteriores.

    Redução de repasses

    A deputada professora Dorinha (DEM-TO), que preside a comissão, criticou a redução de repasses para a educação, enquanto outras áreas, como a defesa, tiveram um incremento orçamentário.

    “Enquanto [o Orçamento da] saúde e educação caem, e a educação muito mais que a saúde, a defesa cresce. Não tenho nada contra a defesa, só coloco que a política está levando dinheiro para a defesa e tirando da educação”, alertou a deputada que disse ainda completando que, se a situação persistir, não será possível cumprir as metas do Plano Nacional de Educação.

    Segundo a deputada, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, chegou a sinalizar para a comissão que a escassez de recursos pode afetar a realização de exames, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e o funcionamento das universidades. A deputada apontou ainda que o congelamento das verbas discricionárias da pasta prejudica diretamente o funcionamento das 69 instituições de ensino no próximo semestre.

    “O ministro da Educação fez um apelo sobre a falta de recursos para a realização do Enem, que não tem recursos para realizar os exames da Educação Básica, os cortes de bolsas de pesquisa. Da mesma forma, o apelo dos reitores de que vão fechar as portas, que não têm como manter as universidades e institutos federais funcionando”, cobrou a deputada.

    Guedes disse que o Ministério da Economia não era o responsável por definir onde os cortes eram executados e que a decisão sobre os bloqueios é da “política”.

    “Os [orçamentos dos] ministérios estão descendo, não foi só o de educação, percentualmente… E, sim, alguns ministérios subiram e isso são decisões políticas. O Brasil é uma potência emergente e precisa também de recursos para a defesa. Eu represento um governo que tem lá as suas prioridades”, respondeu.

    Fies

    O ministro também voltou a criticar o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) como política de acesso ao ensino superior e defendeu a entrega de “vouchers”, para os estudantes mais pobres.

    “O jovem que está começando a sua vida, consegue pegar um empréstimo no Fies. Aí quando ele vai entrar no mercado de trabalho tem uma pandemia dessa, derruba emprego, derruba o PIB, não tem criação de empregos”, disse. “Defendo o voucher para esses estudantes da periferia, o Fies funciona melhor para uma família de classe média, estabelecida, que tem condições de pagar essa dívida depois”, acrescentou.

    Mais cedo, o ministro avaliou que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2021 aponta para um crescimento forte da economia este ano.   Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve crescimento de 1,2%, na comparação com os últimos três meses do ano passado.  Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 2,048 trilhões.

  • Apenas 7 pessoas pediram reaplicação de provas do Enem em Lucas do Rio Verde

    Apenas 7 pessoas pediram reaplicação de provas do Enem em Lucas do Rio Verde

    Hoje e amanhã acontecem a reaplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em todo o país. Apenas 7 pessoas pediram a reaplicação do conteúdo em Lucas do Rio Verde.

    A reaplicação atende candidatos que tiveram as provas canceladas em razão do agravamento da pandemia de covid-19, que não puderam fazer o exame por apresentarem sintomas do novo coronavírus ou de outra doença infectocontagiosa e ainda participantes que foram prejudicados por questões logísticas.

    Em Lucas do Rio Verde, as provas são aplicadas na Escola Estadual Ângelo Nadin, bairro Bandeirantes. Duas pessoas agendaram para fazer a prova hoje (23) e outras 5 são esperadas para fazer a prova amanhã.

    De acordo com o Ministério da Educação, a reaplicação segue as mesmas regras do Enem regular, com os mesmos horários de aplicação. Os portões abrem às 11h30, no horário de Brasília, e fecham às 13h. A prova começa a ser aplicada às 13h30.

    Pelo cronograma do MEC, nesta terça-feira os participantes farão as provas de redação, linguagens e ciências humanas. O tempo de prova é 5 horas e 30 minutos. Amanhã (24), terão 5 horas para resolver as questões de matemática e ciências da natureza.

  • Mais de 2,8 mil participam do Enem digital em Mato Grosso

    Mais de 2,8 mil participam do Enem digital em Mato Grosso

    Neste domingo (31) e no próximo (7), serão realizadas as provas da versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020.

    Em Mato Grosso, 2.819 estudantes participarão do formato eletrônico, realizado pela primeira vez pelo Ministério da Educação (MEC), que prevê a aplicação do Enem 100% digital até 2026.

    Ao todo, 96.086 pessoas confirmaram a participação.

    Responsável pela aplicação da prova, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) explica que a aplicação do Enem Digital será presencial.

    Nesse sentido, as provas não serão aplicadas em casa, a distância ou em computadores particulares.

    “O exame ocorrerá em municípios e locais de prova selecionados pelo Inep, sob as mesmas condições de segurança e sigilo do Enem impresso”, afirma.

    “Cabe destacar, ainda, que a redação será feita como no exame em papel e deverá ser escrita à mão”, completa.

    O Inep reforça que o modelo-piloto requer atenção redobrada dos participantes, uma vez que terão de lidar com um novo sistema de provas.

    Para esclarecer todas as dúvidas, o Inep preparou um vídeo com passo a passo que instrui o participante desde a identificação até a conclusão do teste.

    O conteúdo está disponível na Página do Participante. Entre outras orientações, o candidato deve ficar atento ao acessar o sistema de provas, ler e conferir todas as informações no botão “Instruções da prova”.

    “Após autorização do chefe de sala, o inscrito deverá inserir, utilizando o teclado virtual, a chave de acesso que estará impressa na folha de rascunho personalizada”, informa o órgão federal de Educação.

    Neste domingo, os inscritos farão as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, assim como de ciências humanas e suas tecnologias, além da redação.

    Assim como na versão impressa, encerrada no último dia 17 deste mês, os portões dos locais de aplicação serão abertos às 11h30 (horário de Brasília) e fecham às 13 horas. A aplicação terá cinco horas e meia de duração.

    No segundo domingo (7), serão aplicadas as provas de ciências da natureza e suas tecnologias, bem como de matemática e suas tecnologias.

    Nesse caso, os participantes terão cinco horas para finalizar o exame.

    Os cadernos de questões do exame digital serão disponibilizados às 18h30 de cada dia de prova e os gabaritos das provas objetivas serão publicados no dia 10 de fevereiro.

    Vale lembrar que, em Mato Grosso, mais de 98 mil candidatos se inscreveram para a prova impressa, sendo que mais de 60% se ausentaram no último dia do exame.

  • MEC divulga selecionados na primeira chamada do Prouni 2021

    MEC divulga selecionados na primeira chamada do Prouni 2021

    O Ministério da Educação (MEC) divulgou, hoje (19), a relação dos candidatos aprovados na primeira chamada do Programa Universidade para Todos (Prouni) de 2021.

    Os selecionados terão até o dia 27 de janeiro para comprovar as informações prestadas na inscrição. O resultado da segunda chamada será divulgado em 1º de fevereiro.

    Neste ano, o programa oferece bolsas para 13.117 cursos em 1.031 instituições de ensino, localizadas em todos os estados e no Distrito Federal. Só para cursos na modalidade de educação a distância, a oferta é de 52.839 bolsas. No total, mais de 162 mil bolsas estão sendo ofertadas nesta edição do Prouni.

    Critérios

    Para ter acesso à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo (R$ 1.650) por pessoa. Para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser de até 3 salários mínimos por pessoa (R$ 3.300).

    É necessário também que o interessado tenha cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou da rede privada, desde que na condição de bolsista integral. Professores da rede pública de ensino também podem disputar uma bolsa, e, nesse caso não se aplica o limite de renda exigido dos demais candidatos.

    É preciso ainda que o candidato tenha feito a edição mais recente do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), tenha alcançado, no mínimo, 450 pontos de média das notas e não tenha tirado zero na redação.

    Neste ano, excepcionalmente, os interessados serão selecionados de acordo com as notas do Enem de 2019, uma vez que as provas do Enem 2020 foram adiadas em razão da pandemia da covid-19 e apenas o primeiro dia de provas foi realizado.

    Os candidatos não convocados nas duas primeiras chamadas devem manifestar interesse em continuar no processo seletivo entre os dias 18 e 19 de fevereiro. A lista de espera estará disponível para consulta em 22 de fevereiro.

    Edição: Kleber Sampaio

  • Estudantes do Enem lidam com internet precária e estudos pelo celular

    Estudantes do Enem lidam com internet precária e estudos pelo celular

    Na reta final para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), estudantes contam como estão se preparando e como estudaram ao longo deste ano em meio a pandemia do novo coronavírus. As realidades e os desafios são diversos.

    Em Porto Velho (RO), Heloísa Lara, 23 anos, que pretende cursar medicina, precisou enfrentar o ensino online – algo com o qual sempre teve dificuldade. No Rio de Janeiro, Lucas Bevilaqua, 17 anos, tenta driblar as telas e conseguir descansar um pouco às vésperas do exame. Em Cocal dos Alves (PI), Sergio Manoel Cardoso, 17 anos, passou a ter aulas por WhatsApp. Em Barreirinha (AM), Karen Eduarda Prestes, 18 anos, enfrenta a falta de internet, que atrapalha seus estudos.

    “Eu achei que não fosse ter foco porque estudar em casa tem distrações. Achei que seria difícil, mas arrumei foco e arrumei um lugar onde pude ficar mais em silêncio”, diz Heloísa Lara, 23 anos. Há cinco anos, a estudante busca uma vaga em um curso de medicina. Já havia tentando fazer cursinhos online, mas não conseguiu manter a rotina. A pandemia a obrigou a voltar para o ensino remoto. “Eu tive que mudar minha mentalidade quanto a isso. O online foi bom porque eu sou muito tímida e pude mandar perguntas sem precisar falar em uma sala de aula. Consegui tirar todas as dúvidas que eu tinha”, conta.

    Heloísa, este ano, investiu em um curso específico de redação. O ensino remoto permitiu que se matriculasse no Laboratório de Redação, em São Paulo. A estudante, que usa o celular para estudar, precisou também melhorar o pacote de internet que tinha para poder acompanhar as aulas. Ela passou ainda por uma mudança de cidade, em meio a pandemia, mudou-se de Cacoal (RO) para a capital do estado, Porto Velho. “Agora, estou revisando conteúdos do ano passado. Fiz resumos e estou fazendo bastante exercícios. Depois de várias terapias, agora estou tranquila”.

    Lidando com a ansiedade

    Para o estudante do colégio Mopi, no Rio de Janeiro, Lucas Bevilaqua, 17 anos, a parte emocional pesou este ano. “Esse ano foi um ano muito complicado. Eu não sei se a questão da pandemia ajudou ou piorou meus estudos. Acho que a questão da cabeça piorou muito. Mas, em termos de estudo, ajudou a me concentrar porque estou em casa não tem muito o que fazer. Acabei conseguindo distinguir as coisas, focar no que precisava, embora tenha sido um ano difícil psicológica e emocionalmente.”

    As aulas online ocupavam as manhãs e parte da tarde. “Uma coisa que pesou muito para mim, foi que ficava muito tempo no celular, no computador, sempre tinha que achar um tempinho para me recuperar, para achar um tempinho fora do computador”, diz.

    Ao lado do estudante, que pretende concorrer a uma vaga em um curso de psicologia, o irmão gêmeo Gabriel divide o espaço e a mesma angústia no preparo para o Enem. “Estamos meio que no mesmo barco”. Bevilaqua conta que, no último ano do ensino médio, ele sentiu falta da escola, “Pesou para mim não ir para escola, ver pessoas, conversar, pesou um lugar onde possa relaxar e tirar a pressão.”

    Aulas por WhatsApp

    Para o estudante da Escola Augustinho Brandão, em Cocal dos Alves (PI), Sergio Manoel Passos Cardoso, 17 anos, aprender apenas a distância gerou insegurança. “Além da forma de ensino ter mudado completamente, a distância física que temos das salas de aula cria um certo pane em relação ao que eu aprendi”, diz. Mas, o estudante diz que confia no trabalho feito pelos professores. “Eu acredito que apesar do ensino remoto, todos da minha turma irão se sair bem, pois, temos o apoio incondicional dos professores, de todas as formas possíveis”.

    O estudante passou a ter aulas por WhatsApp. Os professores mandavam exercícios, vídeos que eles mesmos produziam, sempre buscando a melhor forma de compreensão do aluno. As dúvidas podiam ser tiradas sempre levantando a mão com um emoji.

    “Esta reta final está sendo muito complicada, pois, além de se adaptar à nova rotina remota, buscar sempre manter a saúde mental também faz parte. Porém, com essa aproximação da prova, eu sinto que tenho que revisar o máximo de matérias e assuntos que conseguir, acredito que, aumentando minha ansiedade”, diz Cardoso, que pretende concorrer a vagas de direito ou odontologia. “Às vezes, quando quero me distrair um pouco, tento ir jogar bola, passo o dia sentado em uma cadeira.”

    Dificuldade de acesso

    A estudante Karen Eduarda Prestes, 18 anos, da Escola Estadual Professora Maria Belém, em Barreirinha (AM) Karen Eduarda Prestes, 18 anos, não chegou a conhecer pessoalmente os professores este ano. A escola estava em reforma no início do ano e logo em seguida foi fechada por conta da pandemia. As aulas passaram a ser dadas por WhatsApp.

    “Isso complicou mais ainda porque nós, como alunos, como a gente faz parte da classe baixa, a dificuldade foi maior pelo acesso à internet. No nosso município a internet é ruim demais. A gente teve que achar um meio para lidar com isso. Muitos alunos desistiram”, conta a estudante que passou o ano acessando conteúdos escolares pelo celular.

    Os professores e os estudantes precisaram se adaptar, mas Karen diz que eles conseguiram materiais e conseguiram fazer simulados este ano. “Hoje eu passei o dia todo estudando para o Enem e encontrei dificuldade. Minha vontade é ser professora de português. Muitas vezes pensei em desistir, por ter a dificuldade da internet, por não ter computador para pesquisar, mas a minha vontade é muito maior do que o que está acontecendo. Muitos desistiram dos sonhos, mas eu estou tentando ao máximo focar nos meus livros, nas videoaulas”. Fazer a prova em meio a pandemia é outro desafio, de acordo com a estudante. “Tenho muito receio, me sinto insegura”, diz.

    A pandemia exacerbou as desigualdades no Brasil. O acesso a internet, a computadores e celulares passou a fazer ainda mais diferença no aprendizado. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação (Pnad Contínua TIC) 2018, divulgada este ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma em cada quatro pessoas no Brasil não tem acesso à internet. Em números totais, isso representa cerca de 46 milhões de brasileiros que não acessam a rede.  Já a pesquisa TIC Domicílios apontou que 58% dos brasileiros acessavam a internet em 2019 exclusivamente pelo telefone celular.

    Enem 2020

    O Enem 2020 será aplicado na versão impressa nos dias 17 e 24 de janeiro e, na versão digital, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

    Devido a pandemia, durante todo o tempo de realização da prova, os candidatos estarão obrigados a usar máscaras de proteção da forma correta, tapando o nariz e a boca, sob pena de serem eliminados do exame. Além disso, o álcool em gel estará disponível em todos os locais de aplicação.

    Quem for diagnosticado com covid-19, ou apresentar sintomas desta ou de outras doenças infectocontagiosas até a data do exame, não deverá comparecer ao local de prova e sim entrar em contato com o Inep pela Página do Participante, ou pelo telefone 0800-616161, e terá direito a fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.