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  • Produção de grãos é estimada em 330,3 milhões de toneladas na safra 2024/25

    Produção de grãos é estimada em 330,3 milhões de toneladas na safra 2024/25

    Com a colheita das culturas de primeira safra em fase adiantada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vem confirmando a perspectiva de uma safra recorde de grãos na temporada 2024/25, agora estimada em 330,3 milhões de toneladas. O volume, se confirmado, além de ser o maior já registrado na série histórica da Conab, representa um crescimento de 32,6 milhões de toneladas quando se compara com o ciclo 2023/24. Os dados estão no 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 divulgado nesta quinta-feira (10) pela Companhia.

    O incremento estimado pela estatal se deve tanto a uma maior área plantada, prevista em 81,7 milhões de hectares, com incorporação de 1,7 milhão de hectares em relação à 2023/24, quanto às condições climáticas favoráveis registradas na primeira safra nas principais regiões produtoras. As perspectivas positivas para o clima também dão suporte para o desenvolvimento das culturas na segunda safra. Neste cenário, é esperada uma recuperação da produtividade em 8,6%, estimada em 4.045 quilos por hectares.

    Dentre os produtos cultivados, a soja deve registrar o maior volume já colhido no país. Nesta safra, a Conab prevê uma produção de 167,9 milhões de toneladas, resultado 20,1 milhões de toneladas superior à safra passada. O Centro-Oeste, principal região produtora do grão, deve registrar um novo recorde na produtividade média das lavouras com 3.808 quilos por hectare, superando o ciclo 2022/23. Em Mato Grosso a colheita já chega a 99,5% da área semeada com a produtividade média chegando a 3.897 quilos por hectares, a maior já registrada no estado mato-grossense. Cenário semelhante é visto em Goiás, onde os trabalhos de colheita já atingem 97% da área com uma produtividade de 4.122 kg/ha.

    Com a colheita da soja avançada, o plantio do milho 2ª safra está próximo de ser finalizado. A produção total do cereal, somados os três ciclos da cultura, está estimada em 124,7 milhões de toneladas em 2024/25, crescimento de 9 milhões de toneladas em relação ao ciclo passado. Só na segunda safra do grão é esperada uma colheita de 97,9 milhões de toneladas, resultado de uma maior área plantada, estimada em 16,9 milhões de hectares, combinado com uma recuperação de 5,5% na produtividade média prevista em 5.794 quilos por hectare.

    A colheita de arroz também segue em bom ritmo, com mais de 60% da área plantada já colhida. As condições climáticas nas principais regiões produtoras, até o momento, são favoráveis para o desenvolvimento da cultura. Aliado ao manejo adotado pelos agricultores, a produtividade média deve registrar recuperação de 7,2%, estimada em 7.061 quilos por hectare. A área também deve crescer em torno de 7%, chegando a 1,72 milhão de hectares. Com isso, a produção deve registrar uma alta de 14,7%, chegando a 12,1 milhões de toneladas.

    No caso do feijão, o aumento previsto na produção é de 2,1% , podendo chegar a 3,3 milhões de toneladas somadas as 3 safras da leguminosa. A elevação acompanha a melhora na produtividade média das lavouras, que sai de 1.135 quilos por hectare para 1.157 quilos por hectare, uma vez que a área se mantém estável em 2,86 milhões de hectares.

    Para o algodão, a expectativa de produção recorde vem se confirmando. O plantio está concluído com estimativa de área em 2,1 milhões de hectares, crescimento de 6,9% sobre a safra 2023/24. Já para a produção de pluma é esperada uma colheita de 3,9 milhões de toneladas, 5,1% acima do volume produzido na safra anterior.

    Mercado

    Neste levantamento, a Companhia ajustou as estimativas de consumo de milho na safra 2024/25, uma vez que a produção total do cereal foi reajustada para 124,7 milhões de toneladas. Com isso, a nova expectativa é de um volume de 87 milhões de toneladas consumidas no mercado interno. Já as exportações estão projetadas em 34 milhões de toneladas. Mesmo com o aumento no consumo interno, o estoque final deve chegar a cerca de 7,4 milhões de toneladas do grão. Cenário semelhante é encontrado para o algodão, em que o aumento na produção possibilita um incremento tanto no consumo quanto no estoque de passagem da fibra.

  • Conab entrega mais de mil quilos de castanhas-do-brasil a indígenas em insegurança alimentar em Mato Grosso

    Conab entrega mais de mil quilos de castanhas-do-brasil a indígenas em insegurança alimentar em Mato Grosso

    Até sexta-feira (11), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) entrega mais de mil quilos de castanhas-do-brasil para auxiliar no combate à vulnerabilidade alimentar de famílias da etnia Xavante.

    O produto, comprado da Associação Indígena Abanatsa – AIABA, Terra Indígena da Aldeia Rikbaktsa, localizado no município de Cotriguaçu, em Mato Grosso, estava estocado na Unidade Armazenadora da Conab em Rondonópolis, para atendimento a demandas de segurança alimentar e nutricional.

    Adquirido por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade Compra Direta da Agricultura Familiar (CDAF), o alimento teve um investimento total no valor de aproximadamente R$ 24 mil, com recursos do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

    Programa de Aquisição de Alimentos

    O PAA une o incentivo à produção das agricultoras e dos agricultores familiares ao fornecimento de alimentos a pessoas em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar. O Programa é coordenado pelo MDS, em parceria com os ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e da Fazenda, e executado pela Conab, além de estados e municípios.

    A modalidade Compra Direta é um instrumento do PAA que tem como objetivo a aquisição de alimentos da agricultura familiar, de forma específica e pontual, em operação aprovada pelo grupo gestor do programa, para disponibilizar alimentos para pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional.

  • Conab estima safra de grãos acima de 328 milhões de toneladas

    Conab estima safra de grãos acima de 328 milhões de toneladas

    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta quinta-feira (13), o sexto levantamento da safra de grãos 2024/25, que atualiza a produção nacional para 328,3 milhões de toneladas.

    A atual estimativa representa uma alta de 10,3%, se comparada ao volume colhido no ciclo anterior (2023/24), com acréscimo de 30,6 milhões de toneladas de 16 grãos a serem colhidos.  Se as projeções se confirmarem, será um novo recorde para a produção de grãos no Brasil.

    Segundo a Conab, o resultado reflete o aumento na área plantada, estimada em 81,6 milhões de hectares, e a recuperação na produtividade média das lavouras, projetada em 4,02 toneladas por hectare.

    Ao compartilhar os números, o presidente da companhia, Edegar Pretto, disse que será uma safra histórica.

    “As previsões deste sexto levantamento são mais positivas ainda do que as do quinto levantamento”, afirmou Edegar Pretto.

    Soja

    A soja continua a ser o principal produto cultivado na primeira safra. Na safra de 2024/25, a produção deve atingir 167,4 milhões de toneladas, com aumento de 13,3% em relação à safra passada.  A área plantada de soja é de 47,45 milhões de hectares, com crescimento de 2,8%, na comparação com a última safra. Os números consolidam o Brasil na posição de liderança da produção de soja no mercado global.

    O presidente da Conab lembrou o excesso de chuvas em janeiro, que provocou atrasos no plantio e tornou o início de colheita mais lento em alguns estados, mas ressaltou que a estiagem de fevereiro já possibilitou o avanço da colheita de 60,9% da área total.

    “A diminuição das chuvas no Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, que trouxe uma quebra na produção da soja [local], teve uma extraordinária recuperação nas demais regiões, como o Centro-oeste”, avaliou Edegar Pretto.

    Milho

    A produção de milho estimada pela Conab para a safra 2024/2025 é de 122,76 milhões de toneladas, crescimento de 6,1% na comparação com a última safra. A
    área plantada deve alcançar 21,14 milhões hectares, o que representa aumento de 0,4% em relação à última safra do cereal.

    A segunda safra de milho registra 83,1% da área prevista já plantada. O índice está abaixo do registrado no último ciclo.

    Pretto disse que a diminuição das chuvas “traz certa preocupação para o fim do plantio do milho” e que a Conab acompanha com atenção a situação, porque o milho é o principal componente da ração animal, fornecendo proteína para aves, suínos e bovinos.

    “Ter mais milho em oferta, tanto para o nosso Brasil quanto para o exterior, é importante para a economia. O governo tem uma atenção especial para a ração animal e também sobre o preço da carne para os consumidores.”

    Feijão e arroz

    Também para o arroz os técnicos da Conab verificaram aumento de 6,5% na área plantada, chegando a 1,7 milhão de hectares, maior área nos últimos sete anos. As condições climáticas têm favorecido as lavouras, permitindo a recuperação de 7,3% na produtividade média, estimada em 7.063 quilos por hectare.

    Mantendo-se o cenário atual, a estimativa para a produção neste levantamento passa para 12,1 milhões de toneladas. “O que é muito positivo porque [o arroz] é uma das culturas importante para o nosso consumo interno”, disse Pretto, ao explicar que a colheita deve ser superior à do mesmo período da safra passada em quase todos os principais estados produtores.

    Outro item típico da culinária brasileira, o feijão, deve registrar ligeiro aumento (1,5%) na produção total na safra 2024/25, estimada em 3,29 milhões de toneladas. De acordo com a Conab, o resultado é influenciado principalmente pela expectativa de melhora na produtividade média das lavouras, uma vez que a área destinada ao feijão se mantém praticamente estável.

    O presidente da Conab, que é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, enfatizou que a política de apoio aos produtores da agricultura familiar tem juros mais baixos para produção de alimentos como arroz e feijão, além de outras culturas destinadas ao consumo interno. “Neste ano, estamos fazendo a colheita das boas políticas plantadas, no ano passado”, comemorou o gestor.

    “A Conab acompanha, com assessoramento técnico, a montagem do próximo plano safra. Nossa recomendação é que o governo federal continue com as boas políticas de incentivos para alcançar com a mão amiga o produtor, de modo a aumentar a oferta de alimentos no país e equilibrar os preços, que sejam justos aos consumidores”, disse Edegar Pretto

    Outras lavouras

    No caso do algodão, a expectativa é que o aumento na área semeada, estimada em cerca de 2 milhões de hectares, resulte na produção de 3,82 milhões de toneladas de algodão em pluma, um novo recorde, se confirmado o crescimento de 3,3%, em comparação com a última safra.

    Já o trigo tem expectativa de produção de 9,11 milhões de toneladas, com incremento de 15,6% em comparação com a última safra, apesar da redução de 2,1% da área plantada deste grão. Com isso, a lavoura deve alcançar a área plantada de 2,99 milhões de hectares. A Conab projeta que as condições climáticas até o fim do inverno serão favoráveis para a produção de trigo.

    As informações completas do sexto boletim sobre a safra de grãos 2024/25 estão no site da Conab.

  • Prohort: Conab verifica queda nos preços da alface, da batata, mamão e laranja

    Prohort: Conab verifica queda nos preços da alface, da batata, mamão e laranja

    Os preços praticados nos principais mercados atacadistas no último mês para a alface e a batata registraram queda na média ponderada. No caso da folhosa, a queda foi de 13,23%, puxada pela diminuição das cotações na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). No entanto, em algumas Centrais de Abastecimento analisadas as cotações subiram. Nessa época, é comum a variação significativa de preço das folhosas, tanto em razão de chuvas nas áreas produtoras que dificultam a colheita e diminui a oferta, como também pelo excesso de calor, aumentando a demanda e pressionando os preços para cima. Já para a batata, importante tubérculo da alimentação brasileira, a média ponderada do preço caiu 11,58% em janeiro. Os valores praticados na comercialização no atacado vêm sendo influenciados pela oferta abundante do produto. Os dados estão no 2º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta sexta-feira (21) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    Já em razão de questões climáticas, os preços da cenoura e do tomate registraram alta, na média ponderada, de 47,89% e 9,55% respectivamente. Mesmo com a elevação, algumas cotações dos dois produtos estiveram inferiores aos valores praticados em 2024. Na Ceagesp, por exemplo, o preço da raiz em janeiro de 2025 ficou 48% inferior ao mesmo mês do ano passado. No caso do tomate, a Central de Abastecimento em Belo Horizonte (CeasaMinas) registrou redução de 28% na comparação com o mesmo período.

    A menor oferta tanto da cenoura como do tomate nos principais mercados atacadistas influenciaram nesse movimento de alta nos preços no mês de janeiro. A elevação nas cotações dos dois produtos ocorreu logo após um período em que os preços registraram constantes quedas. De acordo com a análise da Conab, nos dois casos, esse declínio verificado principalmente no 2º semestre de 2024, ocorreu logo após um período de preços bastante altos, na safra 2023/24, justamente por causa das intempéries climáticas, como chuvas intensas e constantes; assim, os altos preços estimularam a produção destes alimentos resultando em maior oferta e subsequente quedas. Nesse cenário de cotações baixas, o produtor não obteve ganhos e se desestimulou pelas culturas.

    Influenciada pela menor quantidade do produto nos mercados, a cebola também registrou aumento na média ponderada de preços. O movimento é esperado para o período, quando a distribuição da produção do bulbo passa a ter como principal ofertante a Região Sul, com destaque para Santa Catarina, o que eleva os custos com logística para os centros consumidores mais distantes.

    Frutas

    No caso das frutas mais comercializadas no atacado, laranja e mamão ficaram mais baratas no último mês, com queda na média ponderada de 6,31% e 3,59% respectivamente. A Conab verificou alta na oferta desses produtos, influenciando na redução registrada nas cotações.

    Já para a banana e maçã, os preços ficaram praticamente estáveis. No caso da banana houve uma ligeira queda de 0,63% na média ponderada de preços em virtude do aumento da oferta, principalmente da banana nanica paulista e catarinense, aliada a uma menor demanda explicada pelas férias escolares. Já para a maçã, a Conab verificou pequena alta de 0,49% para a maçã. Os estoques da safra 2023/24 foram praticamente finalizados, com a oferta ainda baixa no mês de janeiro. A expectativa é que a safra 2024/25 da maçã gala entre no mercado a partir deste mês.

    De acordo com o Boletim da Conab, a melancia por sua vez teve alta nos preços. A elevação foi registrada mesmo em meio a uma demanda mais fraca no início do mês, após as festas de fim de ano. A produção subiu nas praças baiana e gaúcha nos primeiros vinte dias do mês, vindo a cair em sequência, e os preços de venda repassados ao atacado e varejo também aumentaram, por causa da restrição de oferta.

    Exportações

    O ano foi iniciado de forma bastante promissora, com faturamento e volume superiores em relação aos anos anteriores e com comercialização destacada dos melões e das mini melancias potiguares. Em janeiro de 2025, o volume total enviado ao exterior foi de 111,9 mil toneladas, alta de 33,4% em relação ao mesmo mês de 2024. As vendas ao mercado externo resultaram em um faturamento de U$S 107,1 milhões (FOB), superior 12,54% em relação ao mesmo período de 2024 e de 7,72% em relação ao mesmo mês de 2023.

    Destaque – Nesta edição, a seção Destaques das Ceasas aborda a relevância das Ceasas como ferramenta estratégica para o abastecimento da população, uma vez que as Centrais atuam como elos do sistema de suprimento e têm papel fundamental para o escoamento da produção hortifrutícola, sendo responsável por grande parte da comercialização desses produtos que abastecem as diversas cidades do país.

    Os dados estatísticos do Boletim Prohort da Conab são levantados nas Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo e Campinas (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), São José (SC), Goiânia (GO), Recife (PE), Fortaleza (CE) e Rio Branco (AC) que, em conjunto, comercializam grande parte dos hortigranjeiros consumidos pela população brasileira. As análises completas podem ser acessadas no 2º Boletim Hortigranjeiro 2025, disponível no Portal da Conab.

  • Retomada da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) garantiu renda e viabilizou mercados para milhares de produtores em 2024

    Retomada da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) garantiu renda e viabilizou mercados para milhares de produtores em 2024

    Por meio do Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) e Prêmio para Escoamento de Produto (PEP), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atendeu 4.065 produtores de borracha e 182 de trigo. Esses instrumentos asseguraram a comercialização com garantia de preços mínimos de 40,2 mil toneladas de borracha e 479,3 mil toneladas de trigo. Para garantir o preço mínimo a esses produtores, a Conab, com recursos da PGPM, transferiu diretamente aos produtores de borracha e suas cooperativas R$ 67,7 milhões e R$ 139,5 milhões para os de trigo.

    Para o setor de trigo em grãos, apesar dos desafios enfrentados na Região Sul, as operações de PEP e Pepro realizadas desde outubro de 2023 garantiram a liquidez do mercado, com 73% dos pagamentos já concluídos. Os percentuais restantes de ambas as operações correspondem a processos com pendências documentais, que seguem sob análise criteriosa da Conab para regularização ou cancelamento, conforme as regras estabelecidas.

    Outra cadeia produtiva priorizada pela Conab foi a do arroz. Preocupada com a redução da área plantada que vinha ocorrendo nos últimos anos e com a inflação dos alimentos, a Companhia lançou quase R$ 1 bilhão em Contratos de Opção de Venda (COV), visando estimular o plantio deste que é um dos principais alimentos consumidos pelos brasileiros. Foram vendidos 3.396 contratos, que garantiram a compra de 91 mil toneladas do produto por parte do governo federal. Os contratos de opção são uma espécie de seguro de preço ao produtor. O governo define um determinado preço de garantia e caso o mercado não comercialize acima dele, o governo federal garante a compra. Dessa forma, o produtor tem uma renda mínima assegurada.

    Os incentivos ao arroz foram direcionados aos estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins. Além disso, foram adquiridas 53,3 toneladas de sementes de arroz para doação a entidades da Agricultura Familiar no Sul do país, ação realizada em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) para garantir produção sustentável e reduzir riscos de desabastecimento.

    Balanço de armazéns

    A Conab segue cadastrando armazéns e a capacidade instalada aumentou mais uma vez, passando de 208,4 milhões de toneladas para 210,0 milhões de toneladas. A capacidade estática total do país é de 210 milhões de toneladas, um aumento de 1,6 milhões de toneladas, ou seja, 1% em relação ao ano de 2023. No horizonte de 5 anos a capacidade estática aumentou 17,8 milhões de toneladas, um incremento de 9%.

    Neste ano, a Companhia segue avançando com a execução das políticas agrícolas do governo federal como estratégia para fortalecer a comercialização agrícola e ampliar o suporte aos produtores, garantindo mais segurança e previsibilidade ao setor.

  • Conab estima safra recorde de 325,7 milhões de toneladas

    Conab estima safra recorde de 325,7 milhões de toneladas

    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção da safra de grãos brasileira 2024/25 será a maior já produzida no país, ficando em 325,7 milhões de toneladas de grãos. O volume representa o crescimento de 9,4% acima da safra anterior. Os dados estão no 5º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela companhia nesta quinta-feira (13).

    O desempenho é decorrente, principalmente, do aumento de 2,1% na área cultivada, estimada em 81,6 milhões de hectares, e da recuperação de 7,1% na produtividade média das lavouras, que deve chegar a 3.990 quilos por hectare.

    Os dados apontam para aumento na produção total de milho, com expectativa de produção de 122 milhões de toneladas, alta de 5,5% sobre a colheita no ciclo anterior. A colheita da primeira safra do cereal já atinge 13,3% da área plantada.

    “Nesta temporada, houve uma redução de 6,6% na área semeada para o milho 1ª safra. Mas a queda foi compensada pelo ganho da produtividade média, 9,9% maior do que na safra anterior.Com isso, a projeção é que sejam colhidas 23,6 milhões de toneladas apenas neste primeiro ciclo”, disse a Conab.

    Colhendo soja em Mato Grosso
    Colhendo soja em Mato Grosso – Imagem: CenárioMT

    Em relação à segunda safra do milho, a Conab informou que a semeadura foi feita em 18,8% da área e que as condições climáticas são favoráveis. Em razão disso, a projeção é de crescimento de 2,4% para a área de plantio, com expectativa de uma produção de 96 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 6,4%.

    A soja já está com 14,8% da área já colhida. A expectativa é que a produção da oleaginosa chegue a 166 milhões de toneladas, ou seja, 18,3 milhões de toneladas acima do total produzido na safra anterior.

    “O resultado reflete aumento na área destinada à cultura, combinada com a recuperação da produtividade média nas lavouras do país. As condições climáticas foram favoráveis, principalmente no Paraná, em Santa Catarina e na maioria dos estados do Centro-Oeste. As exceções ficam para Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, que registraram restrição hídrica a partir de meados de dezembro”, informou a Conab.

    A área destinada ao plantio de arroz deve atingir 1,7 milhão de hectares, volume 6,4% superior à área cultivada na safra anterior. Com a semeadura praticamente concluída, a Conab alerta que   as altas temperaturas e a redução hídrica dos reservatórios em algumas regiões do Rio Grande do Sul, maior produtor do país, causam preocupações aos produtores, embora não indiquem redução da produtividade média.

    A Conab estima que a produção chegue a 11,8 milhões de toneladas, alta de 11,4% quando comparada à colheita da safra passada.

    Segundo o boletim divulgado pela Conab, é esperado um aumento na safra do feijão, com as três safras da leguminosa chegando a 3,3 milhões de toneladas. A primeira safra do produto já estava com 47% da área colhida em 10 de fevereiro. Houve aumento de produtividade, com a produção estimada em 1,1 milhão de toneladas.

    Para a segunda safra de feijão, o plantio está em fase inicial e a expectativa é que a colheita chegue a 1,46 milhão de toneladas. Para a terceira safra, a projeção é que sejam colhidas 778,9 mil toneladas.

    No caso do algodão, a área de plantio foi estimada em 2 milhões de hectares, com expectativa de crescimento de 4,8%.

    “A semeadura da fibra já passa de 87% da área prevista e a perspectiva aponta para uma produção de pluma em 3,8 milhões de toneladas, um novo recorde para a cultura caso o resultado se confirme”, disse a companhia.

     

    Já para as culturas de inverno, as primeiras estimativas, resultantes de modelos estatísticos, análise de mercado, previsões climáticas e informações preliminares, indicam a produção de trigo, principal produto cultivado, em 9,1 milhões de toneladas. O início do plantio no Paraná tem início a partir de meados de abril e no Rio Grande do Sul em maio. Os estados representam 80% da produção tritícola do país.

  • Produtores de feijão são contemplados com bônus do PGPAF em fevereiro

    Produtores de feijão são contemplados com bônus do PGPAF em fevereiro

    Produtores de feijão do Distrito Federal e dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina agora contam com o benefício do Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A leguminosa foi incluída em fevereiro na lista de bônus de desconto do programa, para aqueles agricultores que, ao venderem seus produtos, não atingem o preço mínimo de garantia estabelecido. A medida foi publicada, nesta segunda-feira (10), pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

    Além do feijão, outros produtos continuam a ser contemplados pelo PGPAF, como o açaí (fruto de cultivo), banana, batata, cará/inhame, castanha-de-caju, cebola, erva-mate, feijão-caupi, manga, mel de abelha, raiz de mandioca e trigo, com alteração em alguns dos estados beneficiados e nos percentuais de desconto em determinados produtos.

    A banana, por exemplo, terá bônus de desconto para produtores de Alagoas, Ceará, Pernambuco e Espírito Santo, com percentuais que variam de 3,44% até 43,88%. Já a batata, terá um bônus de 73,37% para os produtores do Paraná, representando um incentivo considerável para a produção deste tubérculo no estado.

    A castanha-de-caju, por sua vez, terá bônus que variam de 29,18% a 46,06%, beneficiando produtores da Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. O mel de abelha também segue na lista, com bônus entre 8,46% e 44,57% para produtores de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. A manga terá bônus de 55,91% a 69,33%, contemplando produtores da Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Já o trigo terá bônus que variam de 1,82% a 16,83%, de acordo com o estado de produção.

    O bônus de desconto do PGPAF é uma ferramenta para a manutenção da agricultura familiar no Brasil. Ele garante que os produtores recebam um preço justo por seus produtos, mesmo em situações de mercado desfavoráveis, contribuindo para a segurança alimentar e o desenvolvimento econômico do país. Para ter acesso ao bônus, o agricultor familiar precisa estar cadastrado no Pronaf, produzir um dos produtos contemplados pelo PGPAF e comprovar que o preço de venda do seu produto está abaixo do preço de garantia.

    A lista completa dos produtos e seus respectivos bônus, bem como os estados contemplados, podem ser consultados na Portaria nº 310, de 06 de fevereiro.

  • Monitoramento dos cultivos de verão analisa o impacto das chuvas na safra 2024/25

    Monitoramento dos cultivos de verão analisa o impacto das chuvas na safra 2024/25

    A primeira edição do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA) deste ano aponta para uma precipitação de chuvas expressivas nas principais regiões produtoras do país. O volume foi mais intenso na Região Centro-Norte e nas áreas do Matopiba, onde a chuva ainda não havia se estabilizado. Isso favoreceu o avanço da semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra. O excesso de precipitação em algumas áreas prejudicou a maturação e a colheita dos cultivos mais adiantados. Na região Sul e em parte de Mato Grosso do Sul, os volumes foram menores e causaram restrições hídricas em algumas lavouras.

    Os dados espectrais indicam condições favoráveis de desenvolvimento dos cultivos na maioria dos estados. Apesar do atraso na semeadura da soja, o índice de vegetação (IV) da safra atual se aproximou ou superou os maiores valores do índice da safra passada e da média histórica. Isso ocorreu devido ao menor escalonamento do plantio e às condições climáticas favoráveis. Contudo, em Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul, observou-se uma redução ou desaceleração no crescimento do índice no último período, causada, principalmente, pelas condições climáticas adversas.

    Considerando os cultivos irrigados, como o arroz, as condições são boas em todos os estados, favorecidas pela alta incidência de radiação solar. No entanto, observou-se a redução do nível dos reservatórios de água para a irrigação em parte do Rio Grande do Sul, o que gerou a necessidade de se realizar o aporte hídrico de forma intermitente em algumas lavouras.

    O BMA é uma publicação mensal, resultado da colaboração entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam). O trabalho conta, ainda, com a colaboração de agentes que contribuem com dados pesquisados em campo.

    A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab.

  • Agricultores familiares indígenas de Mato Grosso são beneficiados com o PAA

    Agricultores familiares indígenas de Mato Grosso são beneficiados com o PAA

    A partir desta semana, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai dar início à execução de projeto do Programa de Aquisição Alimentos (PAA) da aldeia Meri Ore Eda, pertencente ao Povo Boe Bororo, localizado no município General Carneiro, em Mato Grosso.

    Pelo projeto, serão adquiridos, ao longo de dois anos, 21.428 kg de raiz de mandioca, no valor total de R$ 89.997,60, da Associação Projeto Equipe Meri Ore (Pemo), que beneficiará 13 famílias de agricultores familiares indígenas. O recurso é oriundo do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Os alimentos serão doados à instituição de ensino da região e contribuirão para alimentação de estudantes em situação de insegurança alimentar e nutricional.

    Apoio à produção e segurança alimentar – O PAA, criado há mais de 20 anos no âmbito da estratégia Fome Zero, une o incentivo à produção das agricultoras e dos agricultores familiares ao fornecimento de alimentos a pessoas em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar. O Programa é coordenado pelo MDS, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e o Ministério da Fazenda, e executado pela Conab, além de estados e municípios.

  • Conab estima queda na produção de café com 51,8 milhões de sacas

    Conab estima queda na produção de café com 51,8 milhões de sacas

    A produção total estimada para a safra de café beneficiado brasileiro este ano é de 51,8 milhões de sacas, o que, se confirmado, representará uma queda de 4,4% na comparação com a safra anterior. O 1º Levantamento de Café – Safra 2025 foi divulgado nesta terça-feira (28) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    O gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos, explica que essa queda é reflexo de toda uma conjuntura climática observada desde 2021 no país.

    “Esse é o primeiro resultado da previsão da safra de café de 2025. A Conab monitora a safra cafeeira e divulga quatro estimativas ao ano. Esse resultado tem como tônica o reflexo, ainda, do clima em 2021, em 2023, e em parte de 2024. Ela se ainda se mostra uma safra desafiadora”, disse Vasconcellos.

    De acordo com a Conab, a produtividade foi prejudicada por fatores como altas temperaturas e restrição hídrica durante as fases de floração, o que deve resultar em uma colheita média de 28 sacas por hectare, o que corresponde a uma redução de 3% na comparação com 2024.

    O resultado deve ser negativo mesmo havendo crescimento de 0,5% na área total destinada a cultivo de café no Brasil, que ficou em 2,25 milhões de hectares, sendo 1,85 milhão para produção e 46 mil hectares para formação.

    “Para o café arábica, a estimativa aponta uma produção de 34,7 milhões de sacas, uma queda de 12,4% em relação ao ano anterior. Esse desempenho reflete o ciclo de baixa bienalidade e as adversidades climáticas, especialmente em Minas Gerais, maior produtor do país, onde a redução foi de 12,1%”, informou a Conab.

    No caso do café conilon, a estimativa da Conab é de uma produção totalizada em 17,1 milhões de sacas. Se confirmado, o resultado representará, segundo a Conab, um “crescimento expressivo” de 17,2%.