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  • Produção de café apresenta recuperação de 2,7% em 2025, estimada em 55,7 milhões de sacas

    Produção de café apresenta recuperação de 2,7% em 2025, estimada em 55,7 milhões de sacas

    Mesmo em ano de bienalidade negativa, a produção de café deve apresentar um crescimento de 2,7% na safra 2025 frente ao volume colhido na temporada passada, sendo estimada em 55,7 milhões de sacas. Caso o volume estimado se confirme ao final do ciclo, este será o maior já registrado para um ano de baixa bienalidade, superando em 1,1% a colheita registrada em 2023. Já a área total destinada à cafeicultura deverá registrar um aumento de 0,8%, chegando a 2,25 milhões de hectares. A área em produção deve registrar uma queda de 1,4%, estimada em 1,86 milhão de hectares, enquanto a área em formação tende a apresentar um incremento de 12,3%, movimento esperado para anos de bienalidade negativa. Os dados estão no 2º Levantamento da Safra de Café 2025, divulgado nesta terça-feira (6) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    O bom resultado estimado na safra total de café é influenciado, principalmente, pela recuperação de 28,3% nas produtividades médias das lavouras de conilon. Com isso, a expectativa de produção para esta espécie está estimada em 18,7 milhões de sacas, um novo recorde para a série histórica da Conab. Este resultado se deve, sobretudo, à regularidade climática durante as fases mais críticas das lavouras, que beneficiaram floradas positivas, e a boa quantidade de frutos por rosetas.

    Apenas no Espírito Santo, maior produtor de conilon do país, é esperada uma produção de 13,1 milhões de sacas, crescimento justificado pelas boas precipitações verificadas no norte do estado, região que corresponde a 69% da área da espécie no país. Na Bahia, a Conab também espera uma recuperação na colheita de conilon de 28,2%, estimada em 2,5 milhões de sacas. Neste cenário, o estado baiano recupera a posição de 2º maior produtor da espécie, ultrapassando Rondônia onde a expectativa é de uma colheita de 2,28 milhões de sacas.

    Já para o café arábica, espécie mais afetada pela bienalidade, a Conab prevê uma redução de 6,6% na colheita, com previsão de uma safra em torno de 37 milhões de sacas. Em Minas Gerais, estado com maior área destinada para a produção de arábica, é esperada uma colheita de 25,65 milhões de sacas. De acordo com o levantamento, além do reflexo já esperado pelo ciclo de bienalidade da planta, entre abril e setembro do ano passado foi registrado um longo período seco e as lavouras enfrentaram instabilidade, apresentando menor vigor vegetativo, influenciando na queda de potencial produtivo dos cafezais.

    Em São Paulo, a produtividade média também foi impactada pelos efeitos fisiológicos de baixa bienalidade, acompanhados pelas condições climáticas adversas registradas nas regiões produtoras. Com isso é esperada uma queda de 3,8% no desempenho das lavouras. Por outro lado, a área destinada para a produção cresceu em 5,3%, chegando a 196 mil hectares, o que compensa a perda esperada nas produtividades resultando em um aumento na produção de 1,3%, estimada em 5,5 milhões de sacas.

    Mercado

    Após o recorde de exportação de café em 2024, quando o Brasil exportou 50,5 milhões de sacas de 60 quilos, os embarques para o exterior apresentaram uma ligeira redução no primeiro trimestre de 2025. No acumulado de janeiro a março de 2025, o Brasil exportou 11,7 milhões de sacas de 60 quilos, o que representa uma baixa de 1% na comparação com igual período do ano anterior, segundo dados consolidados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Essa redução na exportação em volume já era esperada devido à restrição dos estoques internos nos meses iniciais de 2025, influenciados pela limitação da produção nos últimos anos e exportação elevada no ano anterior.

    Mesmo com a queda no volume comercializado, o valor com as vendas internacionais apresentou aumento no primeiro trimestre de 2025, movimento favorecido pelo cenário de alta dos preços do café neste início de ano. No acumulado de janeiro a março de 2025, o Brasil exportou US$ 4,1 bilhões, o que representa um aumento de 68,9% na comparação com igual período de 2024.

    As cotações do produto no mercado internacional devem continuar pressionadas ao longo do ano, mesmo com a expectativa de aumento na produção mundial pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), visto que os estoques do grão seguem em níveis baixos possibilitando preços em patamares mais elevados.

    Os números detalhados da produção brasileira de café e as análises de mercado do grão podem ser conferidos no Boletim completo do 2º Levantamento de Café – Safra 2025, publicado no site da Companhia.

  • Cana-de-açúcar tem produção estimada em 663,4 milhões de toneladas na safra 2025/26

    Cana-de-açúcar tem produção estimada em 663,4 milhões de toneladas na safra 2025/26

    O ciclo 2025/26 de cana-de-açúcar tem produção estimada em 663,4 milhões de toneladas, volume 2% inferior quando comparado com o obtido na última temporada. A área destinada para a cultura se mantém relativamente estável em relação a 2024/25, com um ligeiro aumento de 0,3% chegando a 8,79 milhões de hectares. Já a produtividade média dos canaviais está estimada em 75.451 quilos por hectares, uma queda de 2,3% quando comparada com a última safra. Essa redução se deve às condições climáticas desfavoráveis durante as fases de desenvolvimento das lavouras em 2024. Os dados estão no 1º Levantamento da Safra de Cana-de-açúcar 2025/26 divulgado nesta terça-feira (29) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    A queda da colheita esperada para a região Sudeste, principal região produtora da cultura, afetou a redução da produção nacional. Na região, é esperada uma queda na colheita de cana neste ciclo de 4,4% quando se compara à safra 2024/25, totalizando 420,2 milhões de toneladas. A região registrou uma condição climática desfavorável durante o desenvolvimento das lavouras, sobretudo em São Paulo, onde, além das baixas pluviosidades e altas temperaturas, foram registrados focos de incêndios, que afetaram parte dos canaviais. Esse cenário influenciou negativamente a produtividade média em 3,3%, estimada em 77.573 kg/ha. Além do menor desempenho das lavouras, a Conab também estima uma redução na área colhida.

    Já no Centro-Oeste, a segunda região que mais produz cana-de-açúcar no país, tem a estimativa para esta safra de produzir 148,4 milhões de toneladas. O volume representa um crescimento de 2,1% sobre o ciclo 2024/25, influenciado pelo aumento da área cultivada em 3,4% chegando a 1,91 milhão de hectares. Esse incremento compensa a perda esperada na produtividade média de 1,2%, projetada em 77.574 quilos por hectare, decorrente de condições climáticas menos favoráveis durante a fase evolutiva das lavouras.

    Na região Sul, a produtividade tende a se manter estável, em torno de 69 mil quilos por hectare. Já a área deve apresentar uma elevação de 2,3%, chegando a 497,1 mil hectares, o que resulta em uma produção de 34,4 milhões de toneladas.

    Já no Nordeste do país, onde as lavouras estão na fase de crescimento com previsão do início da colheita a partir de agosto, o incremento de área e a expectativa de melhores produtividades deverão aumentar a produção em 3,6%, com expectativa de colheita em 56,3 milhões de toneladas.

    Cenário semelhante é encontrado na região Norte. A expectativa de uma maior área destinada ao setor sucroenergético e melhora na produtividade, estimada em 82.395 kg/ha com o fator climático favorável, aponta para uma produção de 4,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

    Subprodutos – Mesmo com a redução na safra de cana no atual ciclo, a expectativa é de um incremento na produção de açúcar, podendo chegar a 45,9 milhões de toneladas. Caso o volume se confirme ao final do ciclo, esta será a maior fabricação do produto na série histórica da Conab.

    Por outro lado, a produção de etanol, somados os derivados da cana-de-açúcar e do milho, tende a apresentar redução de 1% em relação à safra anterior, estimada em 36,82 bilhões de litros. Quando se analisa apenas o combustível oriundo do esmagamento da cana-de-açúcar, a diminuição chega a 4,2% influenciado pela menor estimativa de colheita da matéria-prima. Essa queda é compensada pelo aumento da fabricação do etanol a partir do milho, que deverá ser acrescida em 11%.

    Mercado – A safra 2025/26 traz um cenário de expectativas positivas ainda que marcado por desafios climáticos, sobretudo para o açúcar, pois a competitividade brasileira no mercado internacional segue elevada, tendo em vista os custos de produção relativamente baixos e a possibilidade de menor oferta em outros grandes produtores, como a Índia e Tailândia, por exemplo. Neste panorama, a manutenção dos embarques em patamar robusto é esperada.

    Já no etanol, internamente a demanda continua vinculada à competitividade frente à gasolina e às políticas de precificação de combustíveis. Destaque para o aumento do combustível fabricado a partir do milho. Nos últimos anos, o setor tem expandido a capacidade de processamento do cereal, diversificando a matriz de combustíveis renováveis e garantindo maior estabilidade de preços. Para a safra 2025/26, essa expansão tende a prosseguir, ajudando a suprir a crescente demanda interna e dando suporte ao mercado mesmo quando a disponibilidade de etanol de cana estiver reduzida

    Os dados do 1° Levantamento da Safra 2025/26 de cana-de-açúcar e as condições de mercado do açúcar e etanol podem ser acessados no Boletim divulgado na página da Companhia.

  • Conab estima produção de 663,4 milhões de toneladas de cana

    Conab estima produção de 663,4 milhões de toneladas de cana

    As condições climáticas desfavoráveis na Região Sudeste influenciaram negativamente as previsões para a produção de cana-de-açúcar no país no ciclo 2025/26, reduzindo em 2% o volume na comparação com o resultado obtido no ciclo anterior.

    A expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que sejam colhidas 663,4 milhões de toneladas, segundo o 1º Levantamento da Safra de Cana-de-Açúcar 2025/26 divulgado nesta terça-feira (29), em Brasília.

    Segundo o estudo, a área destinada para a cultura deve se manter “relativamente estável” em relação a 2024/25, com um “ligeiro aumento” de 0,3%, totalizando 8,79 milhões de hectares.

    A produtividade média dos canaviais está estimada em 75.451 quilos por hectare, resultado que representa queda de 2,3% na comparação com a última safra. “Essa redução se deve às condições climáticas desfavoráveis durante as fases de desenvolvimento das lavouras em 2024”, explica a Conab.

    Sudeste

    Se confirmada a queda esperada para a principal região produtora de cana, a colheita na Região Sudeste ficará 4,4% menor na comparação com o ciclo anterior, somando 420,2 milhões de toneladas.

    “A região Sudeste registrou uma condição climática desfavorável durante o desenvolvimento das lavouras, sobretudo, em São Paulo, onde, além das baixas pluviosidades [chuvas] e altas temperaturas, foram registrados focos de incêndios afetando parte dos canaviais”, informou a Conab.

    O cenário tende, portanto, a influenciar negativamente a produtividade média em 3,3%, o que deverá ter como resultado final uma colheita de 77.573 quilos por hectare (kg/ha). É também esperada redução de área colhida na região.

    Sul e Centro-Oeste

    Na região Sul, a expectativa é de que a produtividade se mantenha estável, em cerca de 69 mil quilos por hectare. É esperada elevação em termos de área destinada ao plantio – de 2,3% – totalizando 497,1 mil hectares; e uma produção de 34,4 milhões de toneladas.

    Segunda maior região produtora de cana-de-açúcar no país, a Centro-Oeste deverá, segundo a Conab, produzir 148,4 milhões de toneladas nesta safra.

    Este volume é 2,1% maior do que o obtido no ciclo 2024/25. O resultado se deve a um aumento de 3,4% da área cultivada, chegando a 1,91 milhão de hectares.

    “Esse incremento compensa a perda esperada na produtividade média de 1,2%, projetada em 77.574 quilos por hectare, decorrente de condições climáticas menos favoráveis durante a fase evolutiva das lavouras”, justifica a Conab.

    Norte e Nordeste

    São esperados cenários semelhantes nas regiões Norte e Nordeste. No caso da Região Norte, a expectativa é de aumento em termos de área destinada ao setor sucroenergético; e de melhora na produtividade, estimada em 82.395 kg/ha. A produção deverá ser de 4,2 milhões de toneladas.

    Com lavouras na fase de crescimento e previsão de colheita a partir de agosto, o Nordeste deverá ter crescimento em termos de área destinada à produção de cana. Espera-se aumento de 3,6% na produtividade, e uma colheita de 56,3 milhões de toneladas.

    Subprodutos e mercado

    “Mesmo com a redução na safra de cana no atual ciclo, a expectativa é de um incremento na produção de açúcar, podendo chegar a 45,9 milhões de toneladas. Caso o volume se confirme ao final do ciclo, esta será a maior fabricação do produto na série histórica”, projeta a Conab.

    Para ela, a produção de etanol – somados os derivados da cana-de-açúcar e do milho – deve ter seu desempenho reduzido em 1% na mesma base de comparação. É esperada a produção de 36,82 bilhões de litros.

    “Quando se analisa apenas o combustível oriundo do esmagamento da cana-de-açúcar, a diminuição chega a 4,2%, [resultado] influenciado pela menor estimativa de colheita da matéria-prima. Essa queda é compensada pelo aumento da fabricação do etanol a partir do milho, que deverá ser acrescida em 11%”, explicou a companhia.

    Apesar da influência negativa do cenário climático, as expectativas para a safra 2025/26 são positivas, uma vez que a competitividade brasileira no mercado internacional se mantém elevada, com custos de produção relativamente baixos e possibilidade de menor oferta em outros grandes produtores. Neste panorama, a manutenção dos embarques em patamar robusto é esperada”, informou a Conab.

    No caso da produção de etanol, nos últimos anos tem sido observado aumento do combustível obtido a partir do milho.

    “O setor tem expandido a capacidade de processamento do cereal, diversificando a matriz de combustíveis renováveis e garantindo maior estabilidade de preços”, detalhou a Conab ao lembrar que – para a safra 2025/26 – espera-se que essa expansão persista, de forma a suprir a demanda interna.

  • Chuvas regulares favorecem milho segunda safra em Mato Grosso e Centro-Oeste, aponta boletim agrícola

    Chuvas regulares favorecem milho segunda safra em Mato Grosso e Centro-Oeste, aponta boletim agrícola

    O monitoramento climático e agrícola realizado entre os dias 1º e 21 de abril de 2025 revelou que o regime de chuvas se manteve favorável ao desenvolvimento das culturas de milho segunda safra e algodão em Mato Grosso e no restante da região Centro-Oeste. As informações fazem parte do Boletim de Monitoramento Agrícola, uma parceria entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), que destaca as condições agrometeorológicas em apoio às estimativas de safra no Brasil.

    No Centro-Oeste, as precipitações foram suficientes para manter elevada a umidade do solo, essencial para o bom desenvolvimento das lavouras. Em Mato Grosso, líder nacional na produção de milho e algodão, o cenário se mostrou especialmente positivo. As chuvas constantes permitiram o crescimento vigoroso das lavouras de milho segunda safra, com índices de vegetação acima da média histórica e do ciclo anterior. O algodão também se beneficiou das condições climáticas estáveis, apresentando bom vigor vegetativo e formação adequada das estruturas reprodutivas, etapa fundamental para o potencial produtivo.

    No entanto, a primeira quinzena de abril foi marcada por variações no volume de chuvas em algumas áreas de Goiás e Mato Grosso do Sul. Nessas regiões, a irregularidade hídrica e as temperaturas elevadas causaram momentos pontuais de estresse para as plantas. Em Mato Grosso do Sul, a falta de precipitações mais regulares provocou uma desaceleração no crescimento do índice de vegetação, o que pode impactar parte da produtividade do milho segunda safra.

    De maneira geral, o monitoramento espectral aponta que, em Mato Grosso, Goiás, Tocantins e grande parte do Mato Grosso do Sul, o milho segunda safra segue com desenvolvimento satisfatório. Mesmo com oscilações climáticas observadas em março e abril, a recuperação hídrica no final do período ajudou na manutenção da sanidade das lavouras que ainda estavam em estágio vegetativo.

    O boletim também destacou a colheita de arroz no Tocantins e em Mato Grosso. No Tocantins, mais de 60% das áreas produtoras já foram colhidas, com lavouras cultivadas em várzeas apresentando boa sanidade. Em Mato Grosso, o volume expressivo de chuvas não impediu o avanço da colheita, que já atinge mais de 70% da área semeada, mantendo a qualidade dos grãos.

    Outro destaque para a região foi o bom desempenho do algodão em Goiás, onde, apesar da irregularidade das chuvas, a umidade disponível no solo tem se mantido suficiente para atender às exigências hídricas da fase de formação das maçãs. Em Mato Grosso do Sul, enquanto no Norte as lavouras continuam se desenvolvendo bem, no Sul do estado a colheita de algodão já se aproxima com a realização da desfolha.

    No contexto nacional, o monitoramento agrícola apontou desafios no Nordeste e no Sul do país. No Semiárido nordestino, a restrição hídrica manteve o déficit no solo, prejudicando culturas como feijão e milho. Já no Sul, embora as chuvas tenham sido irregulares, as temperaturas mais amenas ajudaram a manter a umidade do solo, favorecendo o desenvolvimento das culturas de segunda safra.

    O Boletim de Monitoramento Agrícola reforça a importância da coleta contínua de dados climáticos, observação da terra e análises de campo para orientar produtores e instituições em um país de dimensões continentais e grande diversidade de cultivos como o Brasil. Em Mato Grosso e no Centro-Oeste, a expectativa é de que as condições atuais ajudem a consolidar uma boa produtividade para o milho segunda safra e o algodão na safra 2024/2025, mesmo diante das variações climáticas registradas no início do ano.

  • Cotação do algodão atinge R$ 4,24 com cenário internacional instável: veja o que esperar

    Cotação do algodão atinge R$ 4,24 com cenário internacional instável: veja o que esperar

    O mercado do algodão no Brasil está vivendo dias de montanha-russa. O preço da pluma atingiu R$ 4,24 — o maior patamar em um ano, de acordo com o indicador da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM). Uma marca que, embora traga alívio para alguns produtores, também carrega no seu bojo uma forte dose de incerteza.

    Oscilação nas cotações: o que está acontecendo?

    Durante o mês de abril, o algodão operou em um intervalo de variação relativamente estreito, de 2%, com preços oscilando entre R$ 4,16 e R$ 4,24, segundo o Sinap (Sistema de Informações de Negócios com Algodão em Pluma). Desde janeiro, a valorização acumulada já chega a 4%.

    Vale lembrar que o indicador da BBM leva em consideração a média dos preços informados pelas corretoras associadas, sempre tomando como base o algodão tipo 41-4, posto em São Paulo.

    Por que o algodão brasileiro está tão sensível?

    Segundo a corretora Laferlins, o preço do algodão nacional está cada vez mais atrelado ao mercado internacional. Fatores como a taxa de câmbio e as cotações futuras nos Estados Unidos acabam puxando o valor pago no Brasil. Não é exagero dizer que o nosso algodão dança conforme a música tocada lá fora.

    Fechamento: 24/04/2025 em Mato Grosso

    Praça Preço Compra (R$/@) Variação (%)
    Alto Garças 137,03 +0,89
    Campo Novo do Parecis 136,80 +0,90
    Campo Verde 137,28 +0,89
    Diamantino 137,39 +0,89
    Itiquira 135,76 +0,90
    Nova Mutum 136,53 +0,90
    Rondonópolis 136,29 +0,90
    Sorriso 135,98 +0,89

    Abastecimento doméstico: um mercado globalizado

    Hoje, estima-se que mais da metade do abastecimento interno seja realizado por tradings internacionais. Isso gera uma comparação direta entre os preços praticados no Brasil e os de exportação, pressionando ainda mais o mercado interno.

    Oferta restrita e qualidade: dois ingredientes que pesam

    Outro ponto crucial: a oferta de algodão de boa qualidade está cada vez mais escassa. Grande parte da produção brasileira já foi exportada ou está comprometida para embarque. Isso faz com que quem detém estoques premium possa cobrar preços mais altos, enquanto compradores menos favorecidos correm atrás do que restou no mercado.

    “Neste cenário, os detentores dessas qualidades oferecem o algodão a preços mais elevados e os que precisam comprar, precisam buscar onde comprar”, relatam operadores de mercado.

    Guerra comercial: impacto direto no mercado

    As tensões comerciais entre Estados Unidos e China, reacendidas pelas novas tarifas impostas pelo presidente americano Donald Trump, também mexem no tabuleiro. A expectativa é que a China importe menos algodão dos EUA, o que poderia abrir espaço para o algodão brasileiro no mercado asiático.

    Mas calma lá: o impacto imediato deve ser pequeno. Isso porque a China, na safra 2024/25, está aumentando sua própria produção de algodão, que deve alcançar 27,1 milhões de fardos, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

    Produção nacional em alta: boas e más notícias

    Se por um lado o mercado internacional impõe desafios, por outro a produção brasileira caminha para um recorde histórico. Segundo a última estimativa da Conab, a safra 2024/25 de pluma deve ser 5,1% maior do que a anterior, totalizando impressionantes 3,89 milhões de toneladas.

    Essa alta é boa para os produtores, mas também exige cuidado: uma oferta interna muito elevada, sem escoamento adequado para o exterior, pode pressionar os preços para baixo no futuro.

    Expectativas para os próximos meses: volatilidade à vista

    De acordo com a Laferlins, o curto prazo promete ser de forte volatilidade, influenciado pelas oscilações da guerra comercial e pela dança dos preços das commodities agrícolas no mercado internacional.

    No médio prazo, porém, a corretora aposta em uma recuperação gradual dos preços internacionais, impulsionada pela concorrência de área plantada com grãos como soja e milho, que podem “roubar” espaço do algodão em várias regiões produtoras.

    Resumo da ópera:

    • Preços atuais: Em alta, mas instáveis;
    • Oferta interna: Boa, mas com risco de sobrecarga se exportações não forem rápidas;
    • Mercado internacional: Volátil, com impacto direto da guerra comercial EUA-China;
    • Expectativa para o médio prazo: Tendência de recuperação, mas com muitas variáveis em jogo

    No mundo do algodão, o vento que sopra no Texas também balança as plantações no Mato Grosso. O cenário internacional continua sendo o principal termômetro para os preços internos, e a tensão comercial entre gigantes como EUA e China adiciona uma boa dose de adrenalina aos negócios.

    Para produtores e comerciantes, o recado é claro: olhos atentos no câmbio, nos embarques e, claro, nas próximas jogadas da guerra tarifária. Quem souber surfar nessa onda de incertezas pode sair no lucro — mas é preciso agilidade, estratégia e, acima de tudo, informação na ponta da língua.

  • Boa oferta de batata influencia em queda de preços nos principais mercados atacadistas

    Boa oferta de batata influencia em queda de preços nos principais mercados atacadistas

    A boa produção da safra das águas continua influenciando nos preços de comercialização da batata nos principais mercados atacadistas. Desde dezembro do ano passado, as cotações do produto estão em queda. E em março não foi diferente. De acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) , a redução na média ponderada das principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) analisadas foi de 5,34%. O dado está disponível no 4º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta quinta-feira (24) pela estatal.

    A alface foi outra hortaliça com queda na média ponderada de 8,08%. Essa redução ocorre depois de um movimento de alta registrada em fevereiro. No entanto, o movimento de preços mais baixos não foi unânime. As Ceasas que empurraram a média para baixo foram a de São Paulo (-14,32%), a de Belo Horizonte (-21,89%) e a de Recife (-60,79%). As diminuições de preço foram em função da maior comercialização da folhosa, e também queda na qualidade da folhosa, prejudicada pelo calor e chuvas constantes.

    Já as demais hortaliças ficaram mais caras no último mês.O tomate teve aumento de preços relacionado à diminuição da oferta e à proximidade do final da safra. A paulatina diminuição da oferta vem provocando a alta de preço. A proximidade do final da safra de verão provoca esse comportamento, com algumas áreas apresentando escassez de tomate em ponto de colheita. A oferta em março foi 3,3% inferior à de fevereiro. Na comparação com janeiro, ela ficou 13,2% abaixo e com dezembro de 2024 esse percentual negativo é ainda maior 15,1%. Ou seja, essa oferta declinante provoca a ascensão dos preços nesse período.*

    A cebola também registrou novo aumento nos preços, com variação positiva de 11,44% na média ponderada. O comportamento é esperado para a época, com a subida das cotações motivadas pela concentração da oferta do bulbo no Sul do país. Mas é preciso destacar que a alta deste ano, até o momento, pode ser considerada de pequena intensidade, principalmente quando comparada com a variação registrada nos últimos dois anos. No caso da cenoura, a elevação foi de pouca intensidade, com variação de 3,26% na média ponderada.

    Frutas – O Boletim da Conab aponta uma certa estabilidade nos preços praticados no último mês nos mercados atacadistas analisados. A maior oscilação registrada foi para a maçã, com queda de 2,02% na média ponderada, influenciada pelo aumento da colheita da variedade fuji.

    Para banana, a oscilação também foi ligeiramente negativa em 0,48%, uma vez que a oferta permaneceu alta nas Centrais de Abastecimento tanto para a variedade nanica como para a prata. No caso do mamão, a média ponderada foi de uma leve redução de 0,42%. Mas o comportamento dos preços não foi uniforme em todas as Ceasas analisadas. Março registrou aumento da comercialização, principalmente por causa da maior oferta da variedade formosa nos entrepostos atacadistas, junto a uma demanda aquecida no início do mês. Já para o mamão papaya, a oferta esteve restrita durante o mês e os preços subiram em relação ao mês anterior.

    Para a melancia, o movimento nas Centrais de Abastecimento analisadas foi de oscilação tanto de preços quanto de comercialização, com as cotações permanecendo estáveis na média ponderada. No início do mês, os valores praticados estiveram mais elevados por causa da menor oferta da fruta, com o encaminhamento do fim da safra gaúcha e a baixa colheita da segunda parte da safra na Bahia. Já na segunda quinzena de março, a produção aumentou em São Paulo, devendo se encerrar ainda em abril, já que a safrinha é mais curta do que a produção em outras épocas do ano.

    A laranja registrou leve alta de 0,14%. Com a menor qualidade das frutas, a demanda industrial foi menor. Consequentemente, os preços caíram para o setor industrial e sobraram mais frutas para consumo no atacado e varejo. Porém, no principal mercado produtor brasileiro, o cinturão citrícola, a maior parte dos laranjais se encontra em período de entressafra, com o fim da oferta das laranjas tardias da safra que está findando e o início, ainda tímido, da chegada das laranjas precoces da nova safra.

    Exportações – O ano foi iniciado de forma bastante promissora, com boas vendas para a Europa e Ásia. No primeiro trimestre de 2025, o volume total enviado ao exterior foi de 301 mil toneladas, alta de 26% em relação ao primeiro trimestre de 2024, e o faturamento foi de U$S 311 milhões (FOB), superior 7% em relação ao primeiro trimestre de 2024 e de 23% em relação ao mesmo período de 2023.

  • Conab realiza nova etapa de levantamento da safra de grãos em todo o país

    Conab realiza nova etapa de levantamento da safra de grãos em todo o país

    Com diferentes cenários agrícolas espalhados pelo território nacional, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deu início a uma nova etapa do levantamento da safra de grãos 2024/2025, com foco na análise do estágio de desenvolvimento das lavouras e das condições que impactam a produtividade e a colheita. O trabalho de campo, que também conta com apoio de geotecnologia, busca estimar com precisão a área plantada e o rendimento das principais culturas brasileiras.

    Nesta fase, o levantamento presencial está sendo realizado nos estados de Alagoas, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rondônia e Santa Catarina. Os técnicos da Conab percorrem lavouras de soja, milho 2ª safra, feijão 2ª safra, arroz, algodão e sorgo, a fim de reunir informações atualizadas que componham um retrato fiel da atual temporada agrícola.

    Diversidade climática e regional

    O trabalho é marcado pela diversidade climática e regional, o que impõe desafios distintos nas diferentes regiões produtoras. No Centro-Sul, na Região Norte e na área do Matopiba — fronteira agrícola que inclui partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia — a primeira safra já foi quase toda colhida, enquanto a segunda safra está em diferentes estágios, entre desenvolvimento e colheita. No Nordeste, por sua vez, a situação é diferente: muitas lavouras ainda estão em fase inicial de crescimento.

    Além das visitas in loco, o levantamento também conta com ferramentas de monitoramento remoto e imagens de satélite para complementar as análises e garantir maior precisão nos dados. Essas informações são fundamentais para a formulação de políticas públicas, definição de estratégias de mercado e tomada de decisões no setor agropecuário.

    O resultado consolidado dessa etapa será divulgado no próximo Boletim da Conab, o 8º Levantamento da Safra de Grãos 2024/2025, previsto para o dia 15 de maio. O relatório é considerado uma das principais referências técnicas para o agronegócio brasileiro, especialmente em um ano de clima irregular e grande variação nas produtividades.

  • Brasil terá segunda maior safra de cana, segundo estimativa da Conab

    Brasil terá segunda maior safra de cana, segundo estimativa da Conab

    O Brasil registrou a segunda maior produção de cana-de-açúcar, durante o ciclo 2024-2025, com um total estimado de 676,96 milhões de toneladas do produto. O resultado é 5,1% menor do que a safra recorde, registrada no ciclo anterior, colhido entre 2023 e 2024.

    De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a queda foi “reflexo dos baixos índices de chuvas, aliados às altas temperaturas registradas na Região Centro-Sul, que representa 91% da produção total do país”, aliado à queimada observada nos canaviais. O fogo, segundo a companhia, consumiu vários talhões de cana em plena produção.

    “Essas condições adversas registradas ao longo da temporada influenciaram negativamente na produtividade média, ficando em 77.223 quilos por hectares”, registrou a Conab ao anunciar, nesta quinta-feira (17), os resultados do 4º Levantamento sobre a cultura divulgado pela Companhia.

    Sudeste e Centro-Oeste

    Brasília (DF), 28/03/2025 - Prédio da Companhia Nacional de Abastecimento - Conab.. Foto: Sindsep-DF/Divulgação
    Conab divulgou nesta quinta-feira estimativa da safra de cana. Foto-arquivo: Sindsep-DF/Divulgação

    Principal região produtora de cana, o Sudeste colheu 439,6 milhões de toneladas, resultado 6,3% inferior ao obtido na safra anterior. Em termos de área, houve um aumento de 7,5% na mesma base de comparação, chegando a um total de 5,48 milhões de hectares

    “Esse aumento, no entanto, não foi suficiente para recuperar as perdas registradas pela queda da produtividade de 12,8%, estimada em 80.181 quilos por hectare”, justificou a Conab.

    No Centro-Oeste, a colheita não apresentou grandes variações em relação ao resultado da safra recorde, obtida no ciclo anterior. Foram colhidas 145,3 milhões de toneladas (alta de 0,2%), nesta relevante região produtora.

    “Assim como no Sudeste, a área cresceu 4%, chegando a 1,85 milhão de hectares, enquanto a produtividade foi 3,7% menor, projetada em 78.540 quilos por hectare”, informou a Conab.

    Nordeste, Sul e Norte

    A colheita do ciclo 2024/2025 está ainda sendo finalizada na Região Nordeste. Se confirmada a estimativa da companhia, a produção por lá ficará em 54,4 milhões de toneladas, o que representa queda de 3,7% em relação à safra anterior.

    De acordo com a Conab, este resultado sofreu influência da restrição hídrica na região, o que reduziu as produtividades médias das lavouras. A área colhida aumentou 1,6%, chegando a 897,5 mil hectares.

    A Região Sul apresentou queda tanto em termos de área como produtividade. Estimada em 33,6 milhões de toneladas, a produção ficará 13,2% inferior ao ciclo passado.

    Já na Região Norte, o panorama é o oposto, com aumentos de área e produtividade, de 1,4% e 1,1% respectivamente. Segundo a Conab, a colheita está estimada em 4 milhões de toneladas na região.

    Subprodutos

    A redução do volume de cana colhido resultou também em queda na produção de açúcar. O levantamento indica que a queda ficou em 3,4%, o que corresponde a um total estimado de 44,1 milhões de toneladas.

    “Apesar da redução em relação à última safra, a temporada que se encerra apresenta a segunda maior produção do adoçante na série histórica da Conab. Esse bom resultado é reflexo do mercado favorável ao produto, que fez com que boa parte da matéria-prima fosse destinada para a fabricação de açúcar”, explicou.

    Etanol

    No caso do etanol, houve crescimento de 4,4% na produção total, de 37,2 bilhões de litros. A alta foi obtida mesmo com a queda (de 1,1%) da produção a partir do esmagamento da cana, em consequência da piora das condições climáticas. O total produzido ficou em 29,35 bilhões de litros.

    “O bom resultado se deve ao incremento do etanol fabricado a partir do milho. Nesta safra, cerca de 7,84 bilhões de litros têm como origem o cereal, um aumento de 32,4% frente ao ciclo 2024/23”, informa a companhia.

    Exportações

    De acordo com a Conab, as exportações se mantiveram elevadas, mantendo o Brasil como principal fornecedor mundial do produto.

    “No fechamento da safra 2024/25, os volumes de açúcar ficaram estáveis em relação à safra anterior, no patamar de 35,1 milhões de toneladas. Porém, a receita foi de US$ 16,7 bilhões, queda de 8,2% em relação à receita da última safra, fruto do cenário de preços menores”, diz a Conab.

    Já a exportação de etanol fechou o ciclo com um total de 1,75 bilhão de litros embarcados. Uma queda de 31% na comparação com o ciclo 2023/24.

    A Conab explica que o etanol de milho tem ganhado mais relevância, com aumento tanto de produção em novas unidades como de eficiência das plantas já existentes.

  • Distribuição de tilápia beneficia quase 3 mil pessoas em duas cidades

    Distribuição de tilápia beneficia quase 3 mil pessoas em duas cidades

    Mais de quatro toneladas de peixe tilápia estão sendo entregues nesta quarta e quinta-feira (16 e 17/04) a instituições sociais de Cabo de Santo Agostinho e Vicência, no estado de Pernambuco. A ação integra o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade Compra com Doação Simultânea, que conecta diretamente agricultores familiares a entidades que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atua na execução e fiscalização do programa, garantindo a efetividade das entregas e o apoio à produção rural local. Os recursos são provenientes do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

    Ao todo, 4.261 kg de peixe in natura foram adquiridos da Cooperativa Pernambucana de Agropecuários e Criadores de Organismos Aquáticos, sediada em Cabo de Santo Agostinho. Os alimentos serão doados para quatro instituições: Associação Comunitária dos Pequenos Produtores Rurais dos Engenhos Novo e Serra Adjacências (Acpensa), Associação Irmãos e Cia, Conselho de Moradores do Alto do Colégio – todas localizadas no próprio município da cooperativa – e a Associação dos Moradores dos Loteamentos João Ramos, em Vicência. Juntas, essas entidades atenderão 2.880 pessoas com a doação.

    Com a iniciativa, a Conab estimula a circulação da produção da agricultura familiar e contribui para o abastecimento de entidades que prestam serviços sociais. A Companhia integra as etapas do processo, desde a formalização dos projetos até a entrega dos alimentos, assegurando que os recursos investidos cumpram sua função social.

  • Após primeiras colheitas, Conab confirma estimativa de safra recorde

    Após primeiras colheitas, Conab confirma estimativa de safra recorde

    Com maior área plantada e condições climáticas favoráveis, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma safra recorde de grãos na temporada 2024/25, em 330,3 milhões de toneladas. De acordo com o órgão, com a colheita das culturas de primeira safra em fase adiantada, essa perspectiva vem se confirmando.

    Os dados do 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado nesta quinta-feira (10) pela Conab, aponta um crescimento de 10,9% ou 32,6 milhões de toneladas quando se compara com o ciclo 2023/24.

    O incremento estimado se deve tanto a uma maior área plantada, prevista em 81,7 milhões de hectares, com incorporação de 1,7 milhão de hectares em relação à safra passada, quanto às condições climáticas favoráveis registradas na primeira safra nas principais regiões produtoras.

    “As perspectivas positivas para o clima também dão suporte para o desenvolvimento das culturas na segunda safra. Neste cenário, é esperada uma recuperação da produtividade em 8,6%, estimada em 4.045 quilos por hectares”, destacou a companhia.

    Soja

    A soja continua a ser o principal produto cultivado na primeira safra e deve registrar o maior volume já colhido no país. Nesta safra, a Conab prevê uma produção de 167,9 milhões de toneladas, resultado 20,1 milhões de toneladas superior à safra passada.

    O Centro-Oeste, principal região produtora do grão, deve registrar um novo recorde na produtividade média das lavouras com 3.808 quilos por hectare, superando o ciclo 2022/23.

    Em Mato Grosso, a colheita já chega a 99,5% da área semeada com a produtividade média chegando a 3.897 quilos por hectare, a maior já registrada no estado. Cenário semelhante é visto em Goiás, onde os trabalhos de colheita já atingem 97% da área com uma produtividade de 4.122 quilos por hectare.

    Com a colheita da soja avançada, o plantio do milho de segunda safra está próximo de ser finalizado. A produção total do cereal, somados os três ciclos da cultura, está estimada em 124,7 milhões de toneladas em 2024/25, crescimento de 9 milhões de toneladas em relação ao ciclo passado.

    Para o algodão, a expectativa de produção recorde também vem se confirmando. O plantio está concluído com estimativa de área em 2,1 milhões de hectares, crescimento de 6,9% sobre a safra 2023/24. Já para a produção de pluma é esperada uma colheita de 3,9 milhões de toneladas, 5,1% acima do volume produzido na safra anterior.

    Arroz e feijão

    De acordo com a Conab, a colheita de arroz também segue em bom ritmo, com mais de 60% da área plantada já colhida.

    “As condições climáticas nas principais regiões produtoras, até o momento, são favoráveis para o desenvolvimento da cultura”, informou o órgão.

    No caso do feijão, o aumento previsto na produção é de 2,1%, podendo chegar a 3,3 milhões de toneladas somadas as 3 safras da leguminosa. A elevação acompanha a melhora na produtividade média das lavouras, que sai de 1.135 quilos por hectare para 1.157 quilos por hectare, uma vez que a área se mantém estável em 2,86 milhões de hectares.

    Comércio

    Com o aumento na estimativa de produção do milho, a Conab também elevou as previsões de consumo do grão na safra. A nova expectativa é de um volume de 87 milhões de toneladas consumidas no mercado interno e 34 milhões de toneladas para exportação.

    “Mesmo com o aumento no consumo interno, o estoque final deve chegar a cerca de 7,4 milhões de toneladas do grão”, afirmou.

    Segundo a Conab, cenário semelhante é encontrado para o algodão, em que o aumento na produção possibilita um incremento tanto no consumo quanto no estoque de passagem da fibra.