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  • Petrobras comprará R$ 450 milhões em créditos de carbono na Amazônia

    Petrobras comprará R$ 450 milhões em créditos de carbono na Amazônia

    Uma parceria entre a Petrobras e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pretende criar um mercado de ao menos R$ 450 milhões em crédito de carbono, com o objetivo específico de restauração florestal na Amazônia.

    O protocolo de intenção entre as duas instituições foi assinado nesta segunda-feira (31) na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, entre os presidentes da companhia, Magda Chambriard, e do BNDES, Aloizio Mercadante. A iniciativa recebeu o nome ProFloresta+.

    O valor inicial de R$ 450 milhões corresponde ao que a Petrobras vai desembolsar comprando os créditos de carbono. O BNDES terá o papel de conceder empréstimos para projetos que se dediquem ao restauro de áreas amazônicas.

    O empréstimo é com recursos do Fundo Clima, em que a taxa de juros é de 1% ao ano. Para efeito de comparação, a taxa básica de juros do país, a Selic, que serve de parâmetro para operações de empréstimos, está em 14,25% ao ano.

    O BNDES é um banco público ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e atua no fomento de iniciativas de desenvolvimento, muitas vezes financiando projetos com juros mais em conta.

    25 milhões de árvores plantadas

    Os R$ 450 milhões iniciais são destinados a projetos de restauração de, no mínimo, 3 mil hectares. A Petrobras busca apoiar cinco projetos, totalizando 15 mil hectares e contratação de 5 milhões de créditos de carbono. Isso representa cerca de 25 milhões de árvores plantadas. Na estimativa da empresa, os projetos representarão a geração de 1,7 mil empregos.

    Para a presidente da empresa, o lançamento do programa é “prova viva” da preocupação da Petrobras com o meio ambiente.

    “É um compromisso com o povo que acredita que somos capazes de entregar o que eles desejam, que é um mundo mais limpo, mundo mais ameno para nossos filhos e netos”, disse.

    Para Magda Chambriard, trata-se de uma iniciativa de muito audaciosa. “Estamos falando de uma verdadeira revolução verde. Isso é um projeto estruturante em prol do clima”, acrescentou.

    Na apresentação do ProFloresta+, a Petrobras estimou que, em 25 anos, o projeto pode chegar a 50 mil hectares (500 km²), área maior que a cidade de Curitiba (435 km²), com investimento de R$ 1,5 bilhão, capturando cerca de 15 milhões de toneladas de carbono (equivalente ao emitido anualmente por 8,94 milhões de carros movidos a gasolina).

    O ProFloresta+ trabalha com prazo de 25 anos. Até 28 de abril, empresas e interessados podem enviar contribuições. O edital de licitação de compra dos créditos de carbono está marcado para julho de 2025. Empresas interessadas precisam se manifestar por meio deste e-mail.

    Agenda ambiental

    Aloizio Mercadante citou danos ambientais provocados pelas mudanças climáticas no país e no mundo, como as chuvas no Rio Grande do Sul, há quase um ano, e a maior seca na Região Norte em 121 anos, para pedir protagonismo no Brasil no cenário internacional.

    Para o presidente do BNDES, o Brasil tem que “liderar a agenda ambiental” e fazer da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climática (COP30), a ser realizada em novembro, em Belém, “um ponto de inflexão, de reflexão e de uma agenda de compromisso mais ambiciosa para enfrentar o aquecimento global e a crise climática”.

    “Plantar árvore é uma resposta decisiva para enfrentar a catástrofe climática”, ressaltou.

    O BNDES apoia outras iniciativas para manter a floresta em pé, mas o programa lançado nesta segunda-feira é específico para restauração e aumento da cobertura vegetal nativa.

    Revolução verde

    Petroleira e banco apontam a iniciativa como uma “revolução” no mercado de carbono, fazendo com que a demanda (interesse de compra) seja indutora do interesse de projetos ambientais, inclusive atuando na formação de preços e criando parâmetros que sejam replicados em outros projetos.

    Segundo a diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, até agora, interessados em fazer restauração de áreas não tinham garantia de financiamento, nem de compradores do crédito de carbono.

    “O que nós estamos fazendo hoje é inverter essa discussão, gerando uma demanda firme para o mercado. A ideia é que ter foco na demanda de crédito de carbono e, com isso, criar todo um ambiente que gere confiança e que inicie esse processo”, afirmou Tereza Campello, esclarecendo que os restauradores interessados no programa não estão obrigados a contratar empréstimos com o banco público.

    O mercado de carbono

    O dióxido de carbono (CO2), também chamado de gás carbônico, é um dos principais causadores do efeito estufa e contribui para aquecer a temperatura do planeta.

    O mercado de carbono consiste na compra e venda de créditos para compensar passivos de poluição. Por exemplo, um projeto ambiental que refloresta áreas desmatadas ou preserva a natureza contribui para evitar que o CO2 não chegue à atmosfera – é o chamado sequestro de carbono.

    Esse sequestro de carbono se transforma em crédito que pode ser negociado. Na outra ponta do mercado, empresas que mantêm atividade econômica que contribuem para a emissão de CO2 podem comprar os créditos, realizando assim uma compensação ambiental.

    Em dezembro do ano passado, foi sancionada a Lei 15.042, que regula o mercado de carbono no Brasil.

    Disruptivo

    Na opinião do diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, o projeto é um “mecanismo disruptivo para o setor ambiental” e tem entre suas vantagens o fato de garantir horizonte de longo prazo para os interessados em restaurar a floresta.

    “Leva cinco, dez anos para a floresta estar pronta para gerar os créditos. Enquanto o investidor faz isso, ele não sabe o preço do crédito daqui a cinco anos. Se ele participa de um leilão, já sabe o valor e pode montar o seu fluxo de caixa”, declarou.

    Organizações da sociedade civil como o Nature Investment Lab (NIL) e o Instituto Clima e Sociedade (ICS) contribuíram para elaborar o projeto com informações técnicas.

    Mercadante disse que haverá empresa especializada para certificar a geração do crédito de carbono. “O nosso desenho é uma certificadora em parceria público e privada”, adiantou. Magda Chambriard acrescentou que, além de garantir a demanda para geração de crédito de carbono, a Petrobras espera “fazer dinheiro” com a iniciativa.

    “O crédito de carbono é como se fosse uma ação, eu posso comprar e vender”, esclareceu. “Não precisa encarteirar esse título em 25 anos. Ela entra agora, compra e, em seguida, pode vender para o interessado, porque esse mercado, se organizando, cada vez vai ter mais liquidez e mais interesse”, completou Mercadante.

    Tolmasquim

    A presidente da Petrobras comentou a situação do diretor Mauricio Tolmasquim, referência em assuntos ligados a energia, especialmente transição energética. Tolmasquim foi indicado para participar do Conselho de Administração da Eletrobras, empresa privada que atua na geração de energia.

    Perguntada se há conflito de interesses, Magda respondeu: “Vamos ver ainda”. Ela afirmou, contudo, que os investimentos na área de sustentabilidade vão continuar à risca. “Faz parte do nosso planejamento estratégico.”

    De acordo com Magda Chambriard, o orçamento para transição energética nos próximos cinco anos é de US$ 16,2 bilhões, representando 15% do capex (dinheiro reservado para investimentos) da empresa. Ela reforçou que a Petrobras espera atingir em 2050 o chamado net zero (saldo negativo de emissão de carbono) na produção de petróleo.

  • BNDES aprova R$ 216,6 mi para projetos de ampliação e construção de armazéns no País

    BNDES aprova R$ 216,6 mi para projetos de ampliação e construção de armazéns no País

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamentos a projetos de armazenagem nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, que somam R$ 216,6 milhões. Os recursos são provenientes do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), do Plano Safra 2024/25, e do Finem.

    São R$ 83,8 milhões para a Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol) – sendo R$ 52,84 milhões em recursos PCA e R$ 31 milhões em Finem –, R$ 52,84 milhões em recursos PCA para a Coamo Agroindustrial Cooperativa, R$ 40 milhões para a Energética Santa Helena S.A – sendo R$ 25 milhões em recursos PCA e R$ 15 milhões em Finem –, e R$ 40 milhões para a Vale do Paracatu – sendo R$ 25 milhões do PCA e R$ 15 milhões do Finem.

    “Estamos com uma safra recorde a caminho e a política de estocagem foi deixada de lado no último governo. O presidente Lula retomou o papel essencial da Conab e esses investimentos são importantíssimos para aumentar a capacidade estocagem de grãos e trazem diversos benefícios para os produtores rurais, como um maior prazo de comercialização e proteção à produção”, explicou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

    “Os projetos estão alinhados às políticas públicas do governo do presidente Lula, pois atendem aos objetivos de fortalecer a produção agrícola brasileira, além de modernizar, reformar e construir novos armazéns, ampliando a capacidade de armazenamento e gestão de estoques para enfrentar sazonalidades”, salientou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

    Coamo

    O apoio do BNDES corresponde à totalidade dos investimentos da Coamo na modernização e ampliação da estrutura de armazenagem de soja e milho das unidades de Barbosa Ferraz, Brasilândia do Sul, e Engenheiro Beltrão, no Centro-Oeste do Paraná. Além de expandir a capacidade de armazenamento, o projeto melhora o fluxo de recebimento e armazenagem da produção, aumentando a confiabilidade dos processos e a conservação dos grãos com qualidade inalterada, enquanto o produtor cooperado aguarda as melhores condições de comercialização.

    No total, a capacidade de armazenamento das três unidades deverá ser ampliada das atuais cerca de 123,6 mil toneladas de grãos para aproximadamente 183,6 mil. Durante a execução do projeto, serão criados 75 postos de trabalho temporários.

    Santa Helena – O crédito concedido à Santa Helena representa 90,6% dos recursos a serem investidos em Nova Andradina, no Leste de Mato Grosso do Sul, onde serão construídos um armazém com capacidade para até 50 mil toneladas de açúcar e uma fábrica capaz de produzir até 850 toneladas de açúcar por dia junto à usina de etanol.

    Com os investimentos, a companhia, cuja principal linha de receita vem da venda de etanol (anidro e hidratado), terá flexibilidade para alternar entre a produção de açúcar e álcool etílico, maximizando a geração de receita e mitigando os riscos do negócio.

    A Santa Helena estima a geração de 100 postos de trabalho diretos durante a implantação do projeto e de 50 empregos diretos após a conclusão, ampliando seu quadro de funcionários de 1.280 para 1.330. Indiretamente, o projeto deverá empregar 150 trabalhadores durante a fase de implantação e 70 após a conclusão.

    Copacol

    Para a Copacol, o financiamento aprovado pelo Banco, de R$ 83,8 milhões, representa 91,4% do investimento que a cooperativa fará em três unidades no Oeste do Paraná. A finalidade é ampliar a capacidade de armazenamento de grãos da unidade Melissa, em Cascavel, passando das atuais 23.500 toneladas para 58.000 toneladas de grãos. Serão construídos três silos armazenadores de 11.500 toneladas cada, juntamente com a instalação de linhas de carga e descarga, com capacidade de 200 toneladas por hora.

    Em Jesuítas, a capacidade de armazenamento da Fábrica de Rações passará de 163.000 toneladas para 209.000 toneladas e serão construídos quatro silos metálicos, com capacidade de armazenagem de 11.500 toneladas cada, perfazendo um total de 46.000 toneladas a serem acrescidas. Já na Unidade de Recebimento e Armazenamento de Grãos, também em Jesuítas, a capacidade de armazenagem de grãos passará das atuais 45.000 toneladas para 68.000 toneladas, e serão construídos dois silos metálicos, com capacidade de armazenagem de 11.500 toneladas cada, perfazendo um total de 23.000 toneladas.

    Durante a execução das obras, a previsão é que sejam gerados, indiretamente, 62 empregos na unidade Melissa, 170 na Fábrica de Rações em Jesuítas e 65 na unidade de armazenamento de Jesuítas.

    Vale do Paracatu

    Em Paracatu, no Noroeste de Minas, o BNDES apoiará, com R$ 34,9 milhões, a Vale do Paracatu Bioenergia S/A na construção de armazém com capacidade para estocar até 60 mil toneladas de açúcar (ou 1,2 milhão de sacas). Também financiará a construção de uma fábrica de açúcar, com R$ 5,1 milhões, para a produção de 155 mil toneladas do produto por ano. O financiamento do Banco representa 25,7% do total do investimento da empresa no projeto. Durante a implementação do projeto devem ser gerados 300 empregos diretos e 70 após a conclusão.

    Segundo o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, os projetos apoiados pelo Banco estão alinhados aos objetivos da Nova Indústria Brasil. “Fortalecer as cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para garantir a segurança alimentar, nutricional e energética no país.”

    O Programa para Construção e Ampliação de Armazéns é um dos programas agropecuários do Governo Federal (PAGFs), que contam com juros equalizados pelo Tesouro Nacional, operados pelo BNDES. O PCA financia produtores e cooperativas rurais para ampliação, modernização, reforma e construção de armazéns e de câmaras frias.

  • BNDES tem impacto recorde de R$ 276,5 bi no crédito em 2024

    BNDES tem impacto recorde de R$ 276,5 bi no crédito em 2024

    Ao longo de 2024, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve impacto de R$ 276,5 bilhões no crédito disponível na economia brasileira.O valor é o maior impacto já registrado na história do banco público e representa aumento de 26% em relação a 2023.

    O lucro da instituição cresceu 20,5% em relação ao ano anterior e alcançou R$ 26,4 bilhões. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (25) na sede do BNDES, no Rio de Janeiro.

    O total de R$ 276,5 bilhões de impacto no crédito é a soma de R$ 212,6 bilhões em aprovação de financiamentos e R$ 63,9 bilhões do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), que consiste em garantias para empresas de menor porte conseguirem empréstimos em bancos.

    A aprovação de crédito cresceu 22% em relação a 2023. O banco também divulgou que os desembolsos – dinheiro efetivamente liberado no ano – somaram R$ 133,7 bilhões, alta de 17% ante o ano anterior.

    O valor das aprovações é maior que os desembolsos pois parte dos recursos costuma ser liberada em etapas – as chamadas tranches – em vários anos.

    Função do banco

    O BNDES é instituição financeira vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e funciona como um braço do governo para apoiar financeiramente investimentos que se relacionem com o desenvolvimento econômico e social do país.

    Ao destacar os resultados de 2024, o diretor financeiro e de mercado de capitais, Alexandre Abreu, destacou que, pela primeira vez desde 2017, a indústria (R$ 52,4 bilhões) teve mais liberação de crédito do que a agropecuária (R$ 52,3 bilhões).

    “O que mostra o sucesso das políticas voltadas para o fortalecimento da indústria, principalmente da Nova Indústria Brasil (NIB, política industrial do governo)”, apontou.

    Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, é um “ótimo indicador”.

    “A indústria é um setor que gera muito valor agregado, mão de obra, empregos mais qualificados, gera inovação tecnológica”.

    O setor que mais atraiu a aprovação de financiamentos foi o de infraestrutura (R$ 74,6 bilhões). Comércio e serviço atraíram (R$ 33,4 bilhões).

    Rio de Janeiro (RJ), 25/02/2025 - O presidente do banco, Aloizio Mercadante, fala durante coletiva em que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulga o resultado financeiro e o desempenho operacional do ano de 2024 , na sede da instituição, no centro da cidade Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
    BNDES apresenta resultado financeiro de 2024. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

    Mercadante enfatizou que no crédito de infraestrutura, houve uma mudança de perfil.

    “Nós continuamos crescendo fortemente, mas antes, era o saneamento que liderava, agora é o crédito rodoviário”

    Micro e pequenas

    Alexandre Abreu ressaltou também que o impacto no crédito para micro e pequena empresa (desembolso e garantias) atingiu R$ 156,3 bilhões em 2024, crescimento de 119,8% desde 2022 e 44,7% ante 2023. Esses aumentos são maiores que do volume total para todas as empresas (81% e 26%, respectivamente).

    “Mostra que o nosso foco em pequenas e médias empresas é muito grande e vem se expressando através dos números”.

    Lucro

    Do lucro líquido de R$ 26,4 bilhões, metade foi recorrente, R$ 13,2 bilhões. A outra metade é composta de eventos não recorrentes, ou seja, que não acontecem necessariamente sempre, como recebimento de dividendos de empresas investidas e recuperação de dívidas atrasadas.

    Em 2024, o BNDES recebeu R$ 10,4 bilhões em dividendos de empresas das quais detém ações, principalmente Petrobras e JBS (indústria alimentícia).

    De acordo com a diretoria do BNDES, o lucro do banco é o terceiro maior entre os principais bancos do país em valores nominais (sem descontar a inflação). Perde para o Itaú (R$ 40,2 bilhões) e Banco do Brasil (R$ 37,9 bilhões)

    No entanto, em relação ao número de funcionários, o BNDES lidera o ranking, como lucro líquido de R$ 11,35 milhões por funcionários.

    O BNDES fechou 2024 com patrimônio líquido de R$ 158,4 bilhões e carteira de crédito de R$ 584,8 bilhões – o maior valor em sete anos.

    A inadimplência superior a 90 dias foi de 0,001%. “Praticamente zero”, destaca Abreu. No mercado bancário brasileiro como um todo, o índice de inadimplência é de 2,95%, segundo o diretor.

    Contas públicas

    Ao longo do ano passado, o banco repassou R$ 29,5 bilhões em dividendos ao governo, o que ajudou as contas públicas. “É um resultado extraordinário que ajudou no arcabouço fiscal”, afirmou Mercadante. “Isso foi direto para o Tesouro”, completou.

    O banco público mantinha até o fim de 2024 carteira de participação societária (ações de outras empresas e fundos de investimentos) de R$ 82 bilhões, 30,8% a mais que em 2022. Além de Petrobras e JBS, outras grandes empresas investidas do banco são Eletrobras e Companhia Paranaense de Energia (Copel).

    O portfólio de participação societária é o mesmo desde o fim de 2022, ou seja, o acrescimento de R$ 19,3 bilhões nesse período se deveu à valorização dos ativos. “Se tivéssemos vendido, nós teríamos deixado de ganhar esses valores, fora os dividendos [que recebemos]”, disse o diretor Abreu.

    Projeção

    Mercadante acredita que a despeito da alta da taxa de juros no país, para combater a inflação, o BNDES terá papel importante na concessão de empréstimos. Ele citou investimentos de infraestrutura em rodovias, que devem somar R$ 30 bilhões em 2025.

    Atualmente, a aprovação de crédito do banco está em 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB, medição do tamanho da economia). Até 2026, o banco espera alcançar 2% do PIB.

    “Estamos bastante empenhados em entregar esse esforço do crédito, que é muito importante para manter o crescimento, emprego e desenvolvimento”

  • BNDES usa imagens de satélite para barrar empréstimo a desmatadores

    BNDES usa imagens de satélite para barrar empréstimo a desmatadores

    Desde fevereiro de 2023, uma parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a plataforma MapBiomas evitou que R$ 728 milhões fossem concedidos, em forma de empréstimo, para produtores rurais que tenham terras desmatadas ilegalmente.

    A principal ferramenta utilizada pela parceria para barrar esses financiamentos é o monitoramento das áreas verdes por meio de imagens de satélite, acompanhadas pelo MapBiomas, uma rede ambiental que envolve universidades, organizações não governamentais (ONGs) e empresas de tecnologia.

    Por meio de imagens de alta resolução, a plataforma monitora o uso e a conservação do solo em todos os biomas do país: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Pampa.

    De acordo com o BNDES, instituição do governo que fomenta projetos de desenvolvimento, o total embargado equivale a 0,92% dos R$ 79,5 bilhões de crédito rural solicitados ao banco de fevereiro de 2023, quando começou a parceria, até dezembro de 2024.

    Nesse período, o MapBiomas repassou ao BNDES 3,4 mil alertas de desmatamento, número que equivale a 1,12% das quase 309 mil solicitações de crédito rural encaminhadas ao banco.

    Somente em 2024, foram R$ 393 milhões em empréstimos não autorizados por causa de desmatamento ilegal.

    “A integração dos alertas de desmatamento do MapBiomas com a plataforma operacional do BNDES nos permite atuar de forma ágil e precisa na análise dos financiamentos. Dessa forma, evitamos que recursos públicos incentivem práticas que comprometam a preservação ambiental”, afirmou a diretora de Crédito Digital para Micro, Pequenas e Médias Empresas do banco, Maria Fernanda Coelho.

    Rastreamento de desmatadores

    O BNDES informa que não realiza operações de crédito rural para beneficiário final que tenha embargos vigentes listados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em qualquer propriedade, mesmo que não seja a beneficiada pelo financiamento, sem adoção de medidas efetivas de regularização.

    Segundo o banco, essa exigência é mais rígida que a do Manual de Crédito Rural (MCR), do Banco Central, que veda a concessão de empréstimo para produtores rurais com embargos localizados somente na propriedade beneficiada.

    A parceria com o MapBiomas permite monitorar operações de crédito já concedidas. “Em caso de embargo vigente após a contratação, a liberação de recursos é suspensa até o protocolo de documentos para regularização perante o órgão ambiental. Se isso não ocorrer em até 12 meses, a operação é liquidada antecipadamente”, explica o banco.

    Regiões

    A Região Norte é a que teve maior percentual de financiamento evitado por causa de desmatamento. Foram 2,1% dos R$ 3,9 bilhões solicitados. Isso representa alertas em 2,5% dos 6,6 mil pedidos no período de quase dois anos.

    Já o Nordeste teve maior proporção de solicitações negadas, 2,76% dos mais de 8,4 mil pedidos. Isso equivale a 1,7% dos R$ 5,5 bilhões demandados.

    A Região Centro-Oeste, principal celeiro do país, apresentou bloqueio de 0,8% dos R$ 18,1 bilhões solicitados e alertas de desmatamento em 1% das 20,2 mil solicitações.

    O estado do Amazonas teve os maiores percentuais: 12,67% de financiamentos barrados dos quase R$ 13 milhões solicitados e 6,38% de alertas de desmatamento em 47 solicitações de crédito rural.

    Entre todas as unidades da Federação, o Distrito Federal e o Amapá foram os únicos que não tiveram alertas.

  • BNDES barra R$ 728 milhões de crédito rural a proprietários que desmatam

    BNDES barra R$ 728 milhões de crédito rural a proprietários que desmatam

    A parceria firmada entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a plataforma MapBiomas para monitorar os biomas brasileiros via satélite já evitou a concessão de cerca de R$ 728 milhões em financiamentos a produtores rurais que tenham propriedades desmatadas ilegalmente. O valor corresponde a 0,92% dos R$ 79,5 bilhões de crédito rural solicitados ao Banco desde fevereiro de 2023, quando a ferramenta foi adotada, até dezembro do ano passado.

    Os 3.461 alertas ativos de desmatamento equivalem a 1,12% das quase 309 mil solicitações de crédito rural encaminhadas ao BNDES nesse período. São consideradas de crédito rural as operações dos programas agropecuários do Governo Federal, com juros equalizados; da linha BNDES Crédito Rural e aquelas que tenham marcação de crédito agrícola pelo Banco Central (BC).

    Regiões

    A região Norte teve o maior percentual de financiamentos evitados (2,1% dos R$ 3,9 bilhões solicitados), com alertas ativos de desmatamento em 2,5% das 6,6 mil solicitações. O Nordeste foi a região que registrou a maior taxa de alertas ativos de desmatamento (2,76% das mais de 8,4 mil solicitações), tendo sido bloqueados 1,7% dos R$ 5,5 bilhões solicitados.

    A região Sudeste, por sua vez, apresentou os menores indicadores, com bloqueio de 0,4% dos R$ 13,9 bilhões solicitados e alertas de desmatamento em 0,3% das 42,1 mil solicitações. O Centro-Oeste registrou bloqueio de 0,8% dos R$ 18,1 bilhões solicitados e alertas de desmatamento em 1% das 20,2 mil solicitações, enquanto a região Sul teve evitados 0,9% dos R$ 37,6 bilhões solicitados e apresentou 1,2% das 231,5 mil solicitações com alertas de desmatamento.

    O Estado do Amazonas teve os maiores percentuais, com 6,38% de alertas de desmatamento em 47 solicitações de crédito rural e 12,67% de financiamentos evitados dos quase R$ 13 milhões solicitados. Entre todos os entes federativos, o Distrito Federal e o Amapá foram os únicos que não tiveram alertas.

    2024 – Somente no ano passado, os financiamentos evitados somaram R$ 393 milhões, o que representa 0,9% dos R$ 43,6 bilhões de crédito rural solicitados ao Banco. Os 2.090 alertas ativos de desmatamento correspondem a 1,21% das mais de 173 mil solicitações encaminhadas ao BNDES em 2024.

    Ferramenta tecnológica

    A plataforma MapBiomas é capaz de validar alertas de desmatamento por meio de imagens de alta resolução e produzir laudos de constatação de desmatamentos recentes. A integração totalmente automatizada dos dados do MapBiomas com a plataforma operacional do BNDES permite ao Banco, inclusive, monitorar operações já contratadas, cujas propriedades rurais estão registradas no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SICAR) do Ministério da Agricultura e Pecuária.

    “A integração dos alertas de desmatamento do MapBiomas com a plataforma operacional do BNDES nos permite atuar de forma ágil e precisa na análise dos financiamentos. Dessa forma, evitamos que recursos públicos incentivem práticas que comprometam a preservação ambiental, ao mesmo tempo que garantimos segurança jurídica e previsibilidade para os produtores que operam dentro da legalidade”, afirmou a diretora de Crédito Digital para MPMEs do BNDES, Maria Fernanda Coelho.

    Normativos

    O BNDES tem por norma não contratar operações de crédito rural cujo beneficiário final tenha embargos vigentes listados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em qualquer propriedade, mesmo que não seja a beneficiada pelo financiamento, sem adoção de medidas efetivas de regularização. A exigência do Banco é mais rígida que a do Manual de Crédito Rural (MCR), do BC, que veda a concessão de crédito rural para produtores rurais com embargos localizados somente na propriedade beneficiada.

    Em caso de embargo vigente após a contratação, a liberação de recursos é suspensa até o protocolo de documentos para regularização perante o órgão ambiental. Se isso não ocorrer em até 12 meses, a operação é liquidada antecipadamente. Caso alguma medida de regularização pactuada pelo cliente com o órgão ambiental competente for descumprida, a instituição financeira credenciada para repassar os recursos do BNDES deve liquidar a operação antecipadamente em até 30 dias.

  • BNDES concede crédito de R$ 6,4 bi para melhoria de rodovias no Paraná

    BNDES concede crédito de R$ 6,4 bi para melhoria de rodovias no Paraná

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a concessionária EPR Litoral Pioneiro assinaram, nesta quarta-feira (29), contrato de financiamento de R$ 6,38 bilhões para investimentos em rodovias no Paraná. O ato ocorreu em cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    O projeto integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). São R$ 829 milhões em financiamento direto do BNDES e R$ 5,55 bilhões em emissão de debêntures, que são títulos de crédito de renda fixa emitidos pelo banco com o objetivo de captar recursos no mercado financeiro.

    O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o banco financiou 85% de todos os investimentos em estradas do Brasil, principal modal logístico do país. Segundo ele, em 2024, foram aprovados R$ 23 bilhões para o transporte rodoviário, volume recorde nos 72 anos do banco.

    “Não há financiamento de longo prazo para essa infraestrutura tão desafiadora, é um problema central de produtividade, de eficiência, de redução de gases de efeito estufa, de redução do custo de manutenção da frota dos caminhões, dos equipamentos, automóveis, se a gente não melhorar essa infraestrutura”, disse na cerimônia.

    O ministro dos Transportes, Renan Filho, também comentou sobre o volume de investimentos privados no país. “Já leiloamos quatro [lotes] e, esse ano, nós faremos os dois últimos leilões do estado do Paraná. O estado, com isso, vai captar o maior volume de investimento para o desenvolvimento de rodovias da sua história: R$ 60 bilhões serão investidos para modernizar a infraestrutura, garantir mais segurança para as pessoas. O Brasil está na mínima de desemprego porque está na máxima de investimento privado”, disse.

    “Rodovia precisa de investimentos vultosos para garantir fluxo, velocidade média superior e por consequência mais capacidade de exportação. Então, esses investimentos eles vão ajudar muito a capacidade do Paraná exportar sua própria produção e a produção de estados vizinhos”, acrescentou.

    Brasília (DF), 29/01/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da cerimônia de anúncio do financiamento do BNDES à concessionária EPR Litoral Pioneiro, no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
    Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em cerimônia de anúncio do financiamento do BNDES à concessionária EPR Litoral Pioneiro, no Palácio do Planalto – Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Obras

    Com os novos recursos, a EPR Litoral Pioneiro vai duplicar 350 quilômetros de rodovias federais e estaduais, além de construir 138 quilômetros de faixas adicionais e 73 quilômetros de vias marginais. Também será criado um acesso ao Porto do Paranaguá, importante via de escoamento da produção agrícola do centro-sul do país.

    Nos 30 anos de concessão à EPR Litoral Pioneiro, os investimentos estão estimados em R$ 16 bilhões, sendo R$ 10,5 bilhões em expansão e melhorias e R$ 5,5 bilhões em manutenção das estradas. O segmento inclui, além das federais BR-153, BR-277 e BR-369, diversos trechos de rodovias estaduais e atende 27 cidades paranaenses, incluindo a capital Curitiba.

    A malha concedida conta com quatro praças de pedágio em operação e outras duas em implantação. A tarifa de pedágio média, segundo comunicado da Presidência, é 31% inferior em relação à praticada nas concessões anteriores.

  • Mato Grosso recebe R$ 45 milhões para fortalecer combate a incêndios florestais

    Mato Grosso recebe R$ 45 milhões para fortalecer combate a incêndios florestais

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), destinará R$ 45 milhões para fortalecer o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso no combate e prevenção a incêndios florestais.

    A iniciativa faz parte de um investimento maior de R$ 405 milhões para fortalecer as corporações de bombeiros de toda a Amazônia Legal.

    O que o investimento vai garantir em Mato Grosso?

    Com os recursos, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso poderá:

    • Adquirir um helicóptero e equipamentos: A nova aeronave será fundamental para o combate a incêndios em áreas de difícil acesso.
    • Capacitar profissionais: Bombeiros, brigadistas e técnicos receberão treinamento especializado para agir de forma eficiente em situações de emergência.
    • Sensibilizar a população: Serão realizadas campanhas educativas para conscientizar a população sobre a importância da prevenção de incêndios.
    • Ampliar a estrutura: Serão construídas bases temporárias de pouso e decolagem para facilitar as operações de combate a incêndios.
    • Contratar bombeiros temporários: Aumentar o efetivo permitirá uma resposta mais rápida e eficaz em casos de incêndio.
    • Implementar brigadas florestais: Em parceria com municípios, serão criadas brigadas florestais para atuar em regiões mais remotas.

    Os incêndios florestais são uma grave ameaça à Amazônia e ao meio ambiente. O investimento do BNDES e do MMA é fundamental para fortalecer as ações de prevenção e combate a esses eventos, contribuindo para a preservação da biodiversidade e a melhoria da qualidade de vida da população.

    Comitê Estadual de Gestão do Fogo em Mato Grosso

    Mato Grosso também deu um importante passo para fortalecer o combate aos incêndios com a criação do Comitê Estadual de Gestão do Fogo. Esse comitê será responsável por coordenar as ações de prevenção e combate a incêndios em todo o estado, definindo normas e procedimentos para garantir maior eficiência.

    Com o investimento do BNDES e a criação do Comitê Estadual de Gestão do Fogo, Mato Grosso está mais preparado para enfrentar o desafio dos incêndios florestais. A expectativa é que as ações implementadas reduzam significativamente o número de incêndios e seus impactos ambientais e sociais.

  • Crédito do BNDES para micro, pequenas e médias empresa sobe 46% no ano

    Crédito do BNDES para micro, pequenas e médias empresa sobe 46% no ano

    Entre janeiro e novembro de 2024, o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) subiu 46% em relação ao mesmo período de 2023. Ao todo, foram aprovados créditos no montante de R$ 80,1 bilhões, superior ao valor de R$ 54,8 bilhões do ano anterior.

    Nesses 11 meses, os agentes financeiros parceiros do banco foram responsáveis pela aprovação de crédito no valor de R$ 100,4 bilhões para empresas de todos os portes. Apenas para MPMEs, os recursos representaram 80% do valor. No mesmo período de 2023, quando os agentes financeiros operaram R$ 74,5 bilhões no total, 73% do valor foi destinado a micro, pequenas e médias empresas.

    “A parceria do BNDES com os agentes financeiros permite que o banco alcance mais de 90% dos municípios brasileiros, contribuindo com a ampliação do acesso ao crédito a micro, pequenas e médias empresas, um segmento fundamental para a economia do país e para a geração de empregos, além de reduzir as desigualdades regionais”, destacou o presidente da instituição, Aloizio Mercadante.

  • BNDES libera R$ 5,05 bilhões para duplicação da BR-163 em Mato Grosso

    BNDES libera R$ 5,05 bilhões para duplicação da BR-163 em Mato Grosso

    Uma excelente notícia para Mato Grosso e para o agronegócio brasileiro: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um aporte financeiro de R$ 5,05 bilhões para a duplicação de 444 km da BR-163, principal via de escoamento da produção agrícola do estado. A concessionária Nova Rota do Oeste será a responsável pela execução das obras.

    O financiamento do BNDES se divide em duas modalidades: R$ 4,575 bilhões em debêntures (títulos de dívida) e R$ 475 milhões por meio do BNDES Finem, linha de crédito destinada a máquinas e equipamentos. A emissão das debêntures teve a coordenação do BNDES em conjunto com o BNP Paribas, que também investiu na operação. O investimento total no projeto, que engloba a duplicação e outras melhorias na rodovia, é de R$ 9 bilhões.

    A duplicação abrangerá um trecho crucial da BR-163 em Mato Grosso, impactando diretamente 19 municípios e beneficiando dois terços da população do estado. Com a conclusão das obras, prevista para 2029, todo o trecho sob concessão da Nova Rota do Oeste, que se estende por 850 km entre Itiquira e Sinop, estará duplicado.

    Corredor Logístico Vital para Mato Grosso e o Brasil

    A BR-163 é um corredor logístico fundamental para o agronegócio brasileiro, e especialmente para Mato Grosso, um dos maiores produtores agrícolas do país. A rodovia transporta mais de 20% das exportações agrícolas do Brasil, representando 40 milhões de toneladas, o equivalente a US$ 33 bilhões em 2023. A duplicação da BR-163 facilitará o escoamento da produção mato-grossense para os portos das regiões Norte e Sudeste, impulsionando a economia do estado e do país.

    Benefícios para Mato Grosso

    A duplicação da BR-163 trará diversos benefícios diretos para Mato Grosso:

    • Geração de Empregos: A previsão é de geração de 3.400 empregos diretos e indiretos durante as obras e mais de 2.400 postos de trabalho após a conclusão da duplicação.
    • Segurança nas Estradas: A duplicação deve resultar em uma redução de 35% no número de acidentes na rodovia, tornando as viagens mais seguras para os usuários.
    • Redução do Tempo de Viagem: O tempo de deslocamento entre Cuiabá e Sinop será reduzido em 20%, otimizando o transporte de cargas e passageiros e impulsionando a logística no estado.

    Palavras do Presidente do BNDES

    Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, enfatizou o compromisso do governo federal com Mato Grosso, o agronegócio e o crescimento econômico do país: “O apoio financeiro do BNDES para a duplicação da BR-163 reforça o compromisso do governo do presidente Lula com o pacto republicano, com o crescimento econômico, com o agronegócio brasileiro e com a população do Mato Grosso. Também é importante pois viabiliza o sucesso da primeira solução consensual do setor, destravando investimentos no país”.

    Em resumo, o investimento do BNDES na duplicação da BR-163 representa um marco para Mato Grosso, impulsionando o desenvolvimento econômico, gerando empregos, aumentando a segurança nas estradas e otimizando a logística do agronegócio, setor fundamental para a economia do estado e do Brasil.

  • BNDES financia R$ 1,1 bi para exportação de jatos pela Embraer

    BNDES financia R$ 1,1 bi para exportação de jatos pela Embraer

    A Empresa Brasileira de Aeronáutica S/A (Embraer) receberá o pagamento de R$ 1,1 bilhão, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pela exportação de oito jatos comerciais para a empresa norte-americana Azorra. Os aviões E190-E2 e E195-E2 serão entregues a partir deste mês e ao longo de 2025 pela fabricante localizada em São José dos Campos (SP).

    O financiamento do BNDES é feito através do programa BNDES Exim Pós-Embarque, no qual o banco brasileiro antecipa parte do pagamento à empresa exportadora, em reais, assim que o produto é exportado.

    O BNDES depois recebe o pagamento, parcelado e em dólares, da importadora estrangeira.

    Financiamento

    Esse é o terceiro financiamento do BNDES de aeronaves da família E2 à empresa Azorra, que é especializada na aquisição de aeronaves e seu arrendamento a companhias aéreas comerciais.

    “Somente neste ano, o BNDES aprovou o financiamento para a exportação de 56 aeronaves da Embraer para diferentes mercados nas Américas, Europa e Ásia. Fechamos novos contratos para aviões comerciais e militares. [O banco] também está apoiando a produção do carro-voador da empresa, com fábrica no Brasil e elevada produção tecnológica. São financiamentos que comprovam a eficácia da atuação autônoma, célere e transparente [da instituição]. Na história, o BNDES já apoiou a produção de mais de 1.300 aviões da empresa”, disse o presidente do banco, Aloizio Mercadante, por meio de nota à imprensa.