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  • 8 de janeiro: evento no Congresso Nacional reúne líderes dos Três Poderes nesta segunda-feira

    8 de janeiro: evento no Congresso Nacional reúne líderes dos Três Poderes nesta segunda-feira

    Nesta segunda-feira, 8 de janeiro, um evento no Congresso Nacional a partir das 15h vai reunir o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, da Câmara, Arthur Lira, e do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso. Intitulado “Democracia Inabalada”, o ato tem como objetivo reafirmar a importância e a força da democracia brasileira e restituir ao patrimônio público, de maneira simbólica, alguns itens depredados durante a invasão.

    São esperados cerca de 500 convidados. Dentre eles, a ex-ministra do STF que presidia a corte na época dos ataques, Rosa Weber, o vice-presidente Geraldo Alckmin, presidentes dos tribunais superiores, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, governadores, parlamentares, ministros de estado, secretários executivos dos ministérios, presidentes de estatais e representantes de organizações da sociedade civil, como Aline Sousa. Integrante do Movimento Catadores do Distrito Federal, ela entregou a faixa presidencial a Lula durante sua posse em 2023.

    Em um vídeo postado nas redes sociais nesta noite, o presidente Lula definiu a importância desses eventos. “Eu acho que poderemos, com o que aconteceu no dia 8 de janeiro, com as respostas que demos e com a resposta que vamos dar neste dia 8, estar construindo a possibilidade de esse país viver todo o Século XXI sem ter golpe de Estado”, afirmou o presidente.

    “Não podemos permitir que o povo brasileiro esqueça que em 8 de janeiro de 2023 um grupo de pessoas irresponsáveis resolveu dar um golpe nesse país. E que o 8 de janeiro significa a gente, daqui para frente, não permitir que a sociedade esqueça disso para ela poder garantir a democracia. E é esse 8 de janeiro que precisa ficar, em que a gente possa gritar alto e bom som, todo dia: liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós. E viva a democracia”, completou Lula.

    Projeção no Congresso Nacional

    Na véspera dos eventos que marcam um ano dos ataques às sedes dos três poderes em Brasília e da rápida resposta das instituições brasileiras, uma projeção nas duas torres do Congresso Nacional deu visibilidade a uma estilização da bandeira brasileira e à frase: “Democracia nos Une”.

    “É esse 8 de janeiro que precisa ficar, em que a gente possa gritar alto e bom som, todo dia: liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós. E viva a democracia”, afirmou o presidente Lula.

  • CPMI do 8 de janeiro pede indiciamento de Jair Bolsonaro

    CPMI do 8 de janeiro pede indiciamento de Jair Bolsonaro

    Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou os atos antidemocráticos de 8 de janeiro aprovou nesta quarta-feira (18) o pedido de indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais 60 pessoas, dos quais cinco ex-ministros e oito generais das Forças Armadas, todos acusados de tentativa de golpe de Estado durante a invasão das sedes dos Três Poderes.

    Com 20 votos a favor e 11 contrários, o colegiado aprovou o relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Houve uma abstenção.

    Entre os listados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro; os generais Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Luiz Eduardo Ramos, Paulo Sérgio Nogueira, Marco Antonio Freire Gomes, Ridauto Lúcio Fernandes, Carlos Feitosa Rodrigues e Carlos José Penteado; o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos; o tenente-coronel Mauro Cid; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques.

    O relatório pede que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja indiciado pelos crimes de associação criminosa; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de depor governo legitimamente constituído; e emprego de medidas para impedir o livre exercício de direitos políticos. De acordo com a relatora, Bolsonaro foi o autor intelectual dos atos antidemocráticos.

    Eliziane Gama incluiu, também, o nome de diversos outros militares, policiais rodoviários federais e integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal, além de diversos suspeitos de terem financiado ou influenciado a tentativa de golpe de Estado, durante os atos do 8 de janeiro.

    “A democracia foi atacada. Massas foram manipuladas com discursos de ódio. Milicianos digitais foram empregados para disseminar o medo, desqualificar adversários e promover ataques ao sistema eleitoral. Forças de seguranças foram cooptadas. Tentou-se corromper, obstruir e anular as eleições. E usam a liberdade de expressão para afogar a expressão”, afirmou a senadora, durante a leitura do documento.

    O relatório é encaminhado aos órgãos responsáveis pela apuração das responsabilidades, como o Ministério Público Federal.

    Em sete horas de discussão, parlamentares manifestaram-se a favor e contra os pedidos de indiciamento. Para os governistas, o relatório traz explicações que antecederam os atos de 8 de janeiro e evidências de que houve uma tentativa de instrumentalizar o Estado, cooptar militares para a derrubada da democracia. A oposição, contrária ao relatório, argumentou que o documento era parcial, tendencioso por não incluir na lista de indiciados integrantes do governo federal, como o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, que chegou a depor na CPI.

    Antes de anunciar o resultado, o presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), fez um balanço dos trabalhos da comissão, que a questão foi tratada com justiça e de forma imparcial e finalizou destacando que a CPMI não teve o objetivo de descredibilizar as Forças Armadas. “Todos os deputados e senadores que participaram dessa comissão querem o melhor para esse país e são radicalmente contra o que aconteceu em 8 de janeiro deste ano”, disse. “Estamos encerrando sobretudo com esse sentimento: de valorização da nossa democracia e de reconhecimento do papel do Parlamento para trazer essa verdade”.