Tag: 8 de janeiro

  • Tela de Di Cavalcanti, rasgada 7 vezes, é devolvida ao Planalto

    Tela de Di Cavalcanti, rasgada 7 vezes, é devolvida ao Planalto

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descerrou a tela As Mulatas à mesa, do pintor modernista Di Cavalcanti, no Palácio do Planalto, na manhã desta quarta-feira (8), em Brasília, durante cerimônia em defesa da democracia. Hoje, a tentativa de golpe de Estado no país completa dois anos.

    Uma das obras mais vandalizadas por extremistas durante a invasão do Palácio do Planalto, o quadro foi pintado em 1962 e retrata mulheres de ascendência africana, uma das bases formadoras da sociedade e cultura brasileiras. Avaliada em cerca de R$ 8 milhões, a obra tem 3,5 metros de largura por 1,2 metro de altura.

    Violência

    Considerada uma das obras mais importantes de todo acervo presidencial, a tela de Di Cavalcanti foi rasgada em sete pontos diferentes, não se sabe ao certo se por uma faca ou punhal usado pelos golpistas que invadiram o Palácio do Planalto naquele domingo fatídico – 8 de janeiro de 2023. O trabalho de recuperação – feito por uma equipe da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) – foi minucioso. Além dos rasgos, as travas de madeira que sustentam a pintura foram completamente destruídas.

    A obra já tinha um reentelamento (cobertura protetora no verso da tela) com tecido de linho, que foi rompido pelos rasgos e não era possível emendar com fibras originais. A opção foi utilizar um poliester, que é um tecido sintético comumente usado em velas de barco.

    Na parte frontal da tela, onde a obra está pintada, técnicas de justaposição das texturas dos fios, reproduzindo as pinceladas do artista, disfarçaram completamente os rasgos, que não são mais visíveis.

    Já na parte de trás da tela, os rasgos foram mantidos. Foi uma opção política para mostrar que essa tela sofreu um processo de violência, como destacou o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass.

    No descerramento do quadro que fica no terceiro andar do Palácio do Planalto, a poucos metros do gabinete presidencial, Lula recebeu pinturas de réplicas da tela de Di Cavalcanti feitas por estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal. Um trabalho de educação patrimonial em escolas da capital federal também faz parte de um acordo de cooperação técnica entre o Iphan e a UFPel para o restauro do acervo.

    Ao todo, 21 obras vandalizadas durante a invasão do Palácio do Planalto foram oficialmente reintegradas ao patrimônio durante cerimônia na manhã desta quarta-feira.

    Processo de restauro

    Para viabilizar a recuperação das obras, uma inédita estrutura laboratorial de restauração foi montada no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, por meio da Diretoria Curatorial dos Palácios Presidenciais e da Coordenação-Geral de Administração das Residências Oficiais.

    A iniciativa foi fruto de uma parceria entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), que possui experiência em conservação e restauração de peças de arte.

    O acordo durou cerca de um ano e nove meses, com custo de R$ 2,2 milhões em repasses feitos pelo Iphan à UFPel para a aquisição de equipamentos, contratação de bolsistas e gastos logísticos.

  • Após 2 anos dos ataques de 8/1, STF condenou 371; 122 estão foragidos

    Após 2 anos dos ataques de 8/1, STF condenou 371; 122 estão foragidos

    O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, nos últimos dois anos, 371 pessoas das mais de duas mil investigadas por participarem dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. O balanço foi divulgado nesta terça-feira (7) pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos relacionados ao caso.

    Até agora, 225 condenados tiveram seus crimes classificados como graves. Ao todo, 898 réus foram responsabilizados, sendo que 527 pessoas participaram de ações mais leves e fizeram acordos com o Ministério Público Federal (MPF).

    As penas para esses réus variam de três anos a 17 anos e seis meses de prisão. Naquela data, 2.172 presas foram presas em flagrante por participarem de alguma forma dos atentados aos prédios dos Três Poderes.

    Foragidos

    Segundo o levantamento, pelo menos 122 pessoas são consideradas foragidas. Em relação à metade desse quantitativo (61), foram adotadas medidas para o pedido de extradição junto a outros países.

    Nesse caso, essas pessoas monitoradas por tornozeleira eletrônica romperam o equipamento e saíram do Brasil. Depois que forem extraditadas, elas deverão cumprir suas penas em regime fechado.

    Crimes

    As condenações ocorreram por cinco tipos de crimes: tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público.

    Foram considerados crimes mais simples a incitação e associação criminosa. Nessas situações, 146 pessoas foram condenadas, mas não foram presas e devem usar tornozeleira eletrônica por um ano, pagar multa, prestar 225 horas de serviços à comunidade e participar de um curso presencial sobre democracia.

    Esses condenados foram proibidos de usar redes sociais nesse período e de viajar, mesmo dentro do Brasil, sem autorização judicial.

    Até o momento, cinco pessoas foram absolvidas.

    Multas

    Os 527 envolvidos que fizeram acordos com o MP pagaram multas que somaram uma arrecadação de R$ 1,7 milhão.  Além das multas, ficaram obrigados a prestar 150 horas de serviço comunitário e não podem manter perfis em redes sociais abertas durante a vigência do acordo.

    Também devem frequentar um curso sobre o funcionamento da democracia oferecido pelo Ministério Público Federal (MPF).

    * Com informações do STF

  • Políticos e jornalistas revivem 8 de janeiro: dia entrou para história

    Políticos e jornalistas revivem 8 de janeiro: dia entrou para história

    O conjunto de invasões e depredações nos prédios da Praça dos Três Poderes em Brasília na tarde de 8 janeiro de 2023, um domingo, chocou pela violência protagonizada por manifestantes bolsonaristas, mas não surpreendeu a todos os personagens que, por razões de ofício, acompanham o cotidiano institucional da capital federal, como jornalistas e políticos.

    Naquele dia, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) recorda-se que estava em sua casa em São Luís, depois de ter ido à Assembleia de Deus, onde atua como professora de escola bíblica dominical, quando viu uma mensagem em grupo de Whatsapp com imagens de destruição em Brasília.

    “Eu falei: gente, isso aqui não pode ser verdade. Isso é uma montagem, não é verdade”, contou ao programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, com participação da Agência Brasil.

    Brasília (DF) 06/06/2023 Senadora e relatora da CPMI do golpe, Eliziane Gama, leu o seu plano de trabalho ao colegiado. Foto Lula Marques/ Agência Brasil.

    Brasília (DF) 06/06/2023 Senadora e relatora da CPMI do golpe, Eliziane Gama. Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

    Assustada, a parlamentar foi à casa de sua mãe onde a televisão estava transmitindo a barbárie ao vivo.

    “Eu fiquei estarrecida. Levei minutos para acreditar no que estava vendo”, diz se recordando da multidão subindo a rampa do Congresso Nacional, quebrando vidros do prédio e ocupando um pedaço do Senado Federal, onde cumpre mandato há cinco anos.

    O impacto foi revivido quando na segunda-feira seguinte (9), de volta de São Luís, Eliziane Gama encontrou “um ambiente desolador, de guerra” no Senado. “Parecia um filme de terror: o prédio totalmente escuro, [com] o chão totalmente molhado, [e] as vidraças destruídas. Você não conseguia caminhar dentro do Congresso Nacional.”

    Ainda pasma com a voracidade destrutiva dos invasores, a senadora revela que a possibilidade de distúrbio ainda que absurda estava no horizonte.

    “O que ocorreu era algo que a gente vigiava, que a gente dizia que não pode acontecer, mas a gente nunca parou para pensar e dizer que isso vai acontecer.”

    Na opinião de Eliziane Gama, que foi relatora da CPMI do 8 de janeiro, tudo que se viu foi semeado durante anos por Jair Bolsonaro quando ocupava a Presidência da República (2019-2022) e atentava contra a democracia.

    “Ele questionava o processo da eleição, colocava em xeque a vulnerabilidade da urna eletrônica. Então, essa coisa de criar uma instabilidade do processo democrático, ele automaticamente criou um colchão de condições para que o movimento mais extremista brasileiro chegasse ao que nós acompanhamos no 8 de janeiro.”

    Assinatura de Bolsonaro

    O 8 de janeiro tornou-se uma data na qual as pessoas costumam lembrar onde estava, e o que estavam fazendo quando receberam a notícia de impacto, como aconteceu nas transmissões do primeiro pouso do homem na lua (1969), do acidente fatal de Ayrton Senna (1994) ou do choque dos aviões contra as Torres Gêmeas do World Trade Center em Nova York (2001).

    Como aconteceu com a senadora, a jornalista e escritora Bianca Santana lembra-se vivamente onde estava quando soube dos incidentes: tinha aterrissado em Brasília vindo de São Paulo naquela tarde de domingo. Ainda estava no avião quando começou a receber mensagens no celular indagando se tinha chegado bem.

    Curiosa, começou a pesquisar no aparelho o que estava acontecendo. Uma amiga a buscou no aeroporto da capital federal e a levou direto para casa.

    “A gente decidiu ficar recolhida. Nem saiu para comer.”

    Para Bianca Santana, a intentona que viu inicialmente pela tela do celular “tinha uma assinatura muito forte.” Ela rememora que Jair Bolsonaro instigou a balbúrdia, esvaziando a credibilidade do sistema de votação. “Ele anunciou inúmeras vezes que não aceitaria o resultado das urnas.” Para ela, o ex-presidente “o tempo todo colocou em xeque a confiança da população no processo eleitoral. Isso já é um processo de tentativa de golpe.”

    Brasília (DF), 11/09/2024 - O atleta de marcha olímpica medalhista de prata nas Olimpíadas de Paris 2024, Caio Bonfim, é o convidado do programa DR com Demori na Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

    Brasília (DF), 11/09/2024 – Leandro Demori no programa DR com Demori. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

    Na opinião do jornalista Leandro Demori, que apresenta o programa Dando a Real com Leandro Demori, na TV Brasil, os sentimentos contra a democracia foram provocados por Jair Bolsonaro antes mesmo de chegar ao poder.

    “Na eleição de 2018, [Bolsonaro] já havia aventando a possibilidade de fraude eleitoral, a pauta do voto impresso, e [a ideia] que o sistema não era seguro. Isso tudo acaba desembocando no 8 de janeiro.”

    A jornalista Juliana Dal Piva, autora do livro O Negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro, avalia que o ex-presidente “criou uma narrativa em cima de uma mentira e foi intensificando essa mentira” com o passar do tempo, especialmente nos dois últimos anos de mandato, e apesar da disseminação de falsidades ”se recusava a admitir que ele não tinha prova.” Ela lembra que Bolsonaro “foi eleito e reeleito [para] vários mandatos como deputado federal [total de seis mandatos] e como presidente da República pelo sistema eletrônico de votação.“

    Golpe encenado

    Ter atos contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva era esperado pelo senador do Randolfe Rodrigues (PT-AP).

    “Eu sabia que eles não aceitariam pacificamente o resultado das eleições de 30 de outubro de 2022. Eu tinha consciência disso. Então, para mim, não foi surpresa.”

    Ele, no entanto, admite o estarrecimento com a falta de iniciativa das forças de segurança para proteger os prédios públicos.

    “O que eu não esperava era a negligência coordenada e organizada para permitir que eles acessassem as sedes dos Três Poderes – os terroristas daquele dia. Mas quando eu os vi invadindo o Congresso Nacional, o meu sentimento naquele momento é que tinha um golpe de Estado em curso.”

    Randolfe Rodrigues, que é formado em História, diz que temeu um desfecho semelhante ao do Chile nos anos 1970, quando o presidente Salvador Allende foi cercado no Palácio de La Moneda pelas tropas lideradas pelo general Augusto Pinochet. “Eu tive receio daquele Brasília – 8 de janeiro ser um 11 de setembro chileno de 1973.”

    Brasília (DF) 11/04/2024 Senador, Randolfe Rodrigues, durante coletiva no Senado. Foto Lula Marques/ Agência Brasil

    Brasília (DF) 11/04/2024 Senador Randolfe Rodrigues. Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

    A possibilidade de haver um novo golpe de Estado no Brasil era tão aventada que os roteiristas da produtora Porta dos Fundos criaram dois esquetes humorísticos simulando a mobilização de militares para fazer uma nova intervenção golpista.

    “Havia já, né, essa sombra do golpe. Ela já estava presente há muito tempo, né?”, recorda-se o publicitário Antonio Tabet, um dos sócios e roteiristas da produtora. “Falava-se muito disso, havia muitas indiretas, uma comunicação truncada, umas ameaças veladas, e o fato de o governo da época [2019-2022] ser alinhado com ideais e interesses não exatamente democráticos, fazia com que esse assunto fosse efervescente.”

    Na opinião de Tabet, os esquetes Golpe em Brasília e Golpe no Rio foram dissuasivos de alguns espíritos menos democráticos. “Eu tenho certeza que esses vídeos circularam muito, tem milhões de views cada um deles. E certamente bateu em alguém que queria fazer e que mudou de ideia vendo aquilo.”

    “O humor informa de uma maneira simpática. Às vezes, uma pessoa assistindo a um telejornal, ela não consegue entender direito como funcionam as instituições, para que servem, o que é isso, qual é o real perigo, o real ridículo disso. O humor vai lá e joga um holofote na cara daquilo”, acredita o roteirista.

    No dia 8 de janeiro, como que seguindo um roteiro bem ensaiado, milhares de pessoas que estavam acampadas no Setor Militar Urbano em Brasília iniciaram às 13h uma longa marcha até a Praça dos Três Poderes.

    Às 15h, os golpistas conseguiram subir a rampa do Congresso para invadir e destruir prédio. Vinte minutos depois, outros vândalos derrubaram as grades de isolamento do Palácio do Planalto, subiram a rampa, quebraram os vidros da fachada e entraram no prédio. Às 15h37, iniciaram a invasão do edifício-sede do Supremo Tribunal Federal (STF).

    A Agência Brasil enviou mensagem, na segunda-feira (6), ao advogado Paulo Bueno, defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro, para manifestação, mas não obteve resposta até o momento. O espaço segue aberto.

    *Com entrevistas de Ana Passos, Marieta Cazarré, Patrícia Araújo e Thiago Padovan, da TV Brasil

  • Para Gilmar Mendes, destruição do STF no 8/1 resultou de manipulação

    Para Gilmar Mendes, destruição do STF no 8/1 resultou de manipulação

    O ministro Gilmar Mendes, 69 anos, é o membro mais antigo da atual composição do Supremo Tribunal Federal. Está no STF desde junho de 2002, após indicação do então presidente Fernando Henrique Cardoso e aprovação no Senado Federal com 57 votos para substituir o ministro José Néri da Silveira, nomeado em 1981 pelo ditador João Figueiredo, o último presidente do regime militar.

    No STF, antiguidade é posto. O ministro com mais tempo de Casa goza do status de “decano”. Alguém que atua como ponto de interlocução e de diálogo com demais ministros, como o próprio Gilmar Mendes define.

    Brasília (DF), 17/03/2024, O ministro do STF, Gilmar Mendes, durante entrevista exclusiva em seu gabinete. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

    Brasília (DF), 17/03/2024 – O ministro do STF, Gilmar Mendes, durante entrevista exclusiva. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

    Articulado, lida com políticos e dirigentes de todos os espectros partidários; e ainda atende solicitamente jornalistas no seu gabinete, decorado com quadros que emolduram entrevistas e charges nas quais é personagem. Nas sessões do tribunal, sai em defesa da própria Corte e dos demais ministros quando avalia necessário.

    Habituado à conciliação e também a embates conhecidos nacionalmente, o ministro se abateu com a destruição do plenário do Supremo em 8 de janeiro de 2023.

    “Uma boa parte da minha vida está associada ao Supremo. É como se uma fotografia ou um filme da minha vida tivesse sido rasgado”, comparou.

    Para ele, ver parte do prédio do STF destruído provocou emoções que ainda não havia experimentado no longevo cargo, e gerou “um misto de revolta, de vergonha, e um sentimento de [ter sofrido] uma agressão”, como expressa em entrevista para o programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, com participação da Agência Brasil.

    Lágrimas e vandalismo

    “E vocês vão se lembrar de imagens que têm. Quando cheguei em Brasília, vim diretamente para o gabinete e, em seguida, fui visitar o plenário, que estava sem luzes, estava ainda muito molhado. E eu, quando fui dar uma entrevista, fui às lágrimas”, lembra o ministro.

    Conforme o relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, o prédio do STF foi o mais afetado pelo vandalismo da manifestação.

    Os danos ao local, incluindo a recuperação e aquisição de equipamentos, mobiliário, obras de arte, relíquias e outros objetos, custaram R$ 11,41 milhões aos cofres públicos– bem acima do verificado no Senado Federal (R$ 3,5 milhões), na Câmara dos Deputados (R$ 3,55 milhões) e no Palácio do Planalto (R$ 4,3 milhões).

    Para Gilmar Mendes, a destruição do prédio foi colérica e resultou de manipulação.

    “A gente percebe, pelas cadeiras arrancadas, pelos danos que causaram, que havia uma raiva intrínseca que foi, de alguma forma, manifestada nessas agressões. Isso talvez seja fruto deste envenenamento da opinião das pessoas. Todo esse discurso de que o problema do Brasil estava no Supremo Tribunal Federal.”

    Atuação na pandemia

    Na avaliação do decano, o desengano de parte da opinião pública foi alimentado, por exemplo, quando o STF decidiu em 2020 que a vacinação compulsória contra a covid-19 era constitucional.

    “Muitos defendiam [que] o Supremo impediu a política pública de Jair Bolsonaro de ser implementada. Isso parece uma ironia. Que política pública Bolsonaro estava a defender? A chamada imunidade de rebanho. Vacina foi comprada graças à determinação do Supremo Tribunal Federal”, registra.

    Para ele, o que a Corte determinou “foi a aplicação de normas racionais sobre a pandemia, [e] repudiar o negacionismo, reforçar a posição de governadores que queriam aplicar um tratamento científico e evitar o uso de placebo, o uso de cloroquina ou ivermectina. Em suma, o Tribunal teve um papel importante. Muito provavelmente, pessoas e famílias que foram salvas graças à ação do tribunal, se colocaram contra o tribunal.”

    “São intervenções absolutamente legítimas, evitando que houvesse abusos aqui que agravassem ainda mais a situação da saúde na pandemia, reforçando o papel do SUS. Acho que o tribunal agiu bem. Veja que nós tivemos mais de 700 mil mortos graças a covid. Poderia ter sido maior se o tribunal tivesse sido omisso nesse contexto”, avalia.

    A Agência Brasil enviou mensagem ao advogado Paulo Bueno, defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro, para manifestação, mas não obteve resposta até o momento. O espaço segue aberto.

  • A Sorte está batendo à sua porta: Descubra o que o dia reserva para você!

    A Sorte está batendo à sua porta: Descubra o que o dia reserva para você!

    Prepare-se para um dia repleto de oportunidades e boas novas! A energia cósmica está alinhada de forma especial para os signos de Câncer, Gêmeos, Libra e Peixes, indicando um dia de sorte ao virar da esquina. Seus esforços serão recompensados e as chances de sucesso estão em alta. As estrelas sugerem que este é o momento ideal para arriscar, seguir seus sonhos e aproveitar as oportunidades que surgirem. A seguir, você encontrará as previsões astrológicas completas para cada um desses signos. Descubra como a sorte pode transformar seu dia!

    Câncer (21 de junho a 22 de julho):

    feliz
    Um momentos para saborear o melhor da vida

    Câncer, sua intuição estará aflorada, guiando-o para as melhores decisões. A sorte estará do seu lado em assuntos financeiros, podendo surgir uma oportunidade inesperada de aumentar seus rendimentos. Confie em seu sexto sentido e não tenha medo de arriscar um pouco mais.

    Gêmeos (21 de maio a 20 de junho):

    Gêmeos, sua comunicação estará em alta, facilitando a resolução de qualquer impasse. A sorte estará ao seu lado em assuntos relacionados à vida social e profissional. Aproveite para fortalecer seus relacionamentos e expandir sua rede de contatos.

    Libra (23 de setembro a 22 de outubro):

    Libra, seu charme e diplomacia conquistarão todos ao seu redor. A sorte estará do seu lado em assuntos amorosos e parcerias. Aproveite este dia para fortalecer seus laços afetivos e celebrar a vida ao lado das pessoas que ama.

    Peixes (19 de fevereiro a 20 de março):

    Peixes, sua intuição estará aguçada, guiando-o para um dia de muita criatividade e inspiração. A sorte estará do seu lado em projetos criativos e atividades artísticas. Permita-se sonhar e explore novas possibilidades.

    Câncer (21 de junho a 22 de julho):, Gêmeos (21 de maio a 20 de junho):, Libra (23 de setembro a 22 de outubro): e Peixes (19 de fevereiro a 20 de março):, aproveitem este dia repleto de oportunidades e boas energias. A sorte está ao lado de vocês, então abracem as novidades e celebrem os momentos de felicidade.

  • Emoções à flor da pele: Prepare-se Leão, Touro, Escorpião e Capricórnio para as reviravoltas desta quarta-feira!

    Emoções à flor da pele: Prepare-se Leão, Touro, Escorpião e Capricórnio para as reviravoltas desta quarta-feira!

    Nesta quarta-feira, 8 de janeiro de 2025, os astros prometem um dia repleto de reviravoltas emocionantes para os signos de Leão, Touro, Escorpião e Capricórnio. Uma energia intensa e transformadora permeia o ar, preparando o terreno para mudanças significativas em suas vidas. Prepare-se para viver momentos de grande intensidade emocional, que podem te levar a novas descobertas sobre si mesmo e sobre as pessoas ao seu redor.

    A palavra-chave do dia é “reviravoltas emocionais”. Essa energia pode se manifestar de diversas formas, desde uma paixão avassaladora até uma profunda crise existencial. Esteja aberto a experimentar novas sensações e a se conectar com seus sentimentos mais profundos. A seguir, apresentamos as previsões astrológicas para cada um dos signos mencionados, destacando os aspectos emocionais que podem ser intensificados neste dia.

    Leão (23 de julho a 22 de agosto):

    Sua necessidade de atenção estará em alta, e você pode se sentir mais sensível às críticas. Uma conversa importante com um amigo ou parceiro pode trazer à tona sentimentos que você havia reprimido. O horóscopo do dia indica que você precisa aprender a equilibrar sua necessidade de reconhecimento com a necessidade de se conectar com os outros.

    Touro (21 de abril a 20 de maio):

    Sua rotina pode ser interrompida por uma mudança inesperada. Uma nova paixão pode surgir, trazendo consigo uma dose de aventura e imprevisibilidade. O horóscopo do dia indica que você precisa sair da sua zona de conforto e experimentar novas coisas.

    Escorpião (23 de outubro a 21 de novembro):

    Sua intensidade emocional estará à flor da pele. Uma conversa difícil com um familiar pode trazer à tona antigas feridas. O horóscopo do dia indica que você precisa aprender a perdoar e seguir em frente.

    Capricórnio (22 de dezembro a 20 de janeiro):

    Sua ambição pode ser alimentada por uma nova oportunidade. Um projeto desafiador pode te exigir um grande esforço emocional. O horóscopo do dia indica que você precisa encontrar um equilíbrio entre sua vida profissional e pessoal.

    Nesta quarta-feira, 8 de janeiro de 2025, Leão, Touro, Escorpião e Capricórnio vivenciarão um dia de grandes emoções. As reviravoltas que os aguardam podem ser desafiadoras, mas também podem trazer consigo oportunidades de crescimento pessoal. É importante estar aberto a novas experiências e a se conectar com seus sentimentos mais profundos.

  • Anjo Sandalfon abre portas para 4 signos conquistarem ganhos financeiros e felicidade familiar a partir de quarta-feira (08/01)

    Anjo Sandalfon abre portas para 4 signos conquistarem ganhos financeiros e felicidade familiar a partir de quarta-feira (08/01)

    A partir de quarta-feira, 8 de janeiro, o Anjo Sandalfon estende suas bênçãos a quatro signos do zodíaco, unindo oportunidades de prosperidade e harmonia no lar. Confira quem são os agraciados e como aproveitar esse momento especial.

    No 08/01, o Anjo Sandalfon, reconhecido por suas conexões profundas com a prece e a harmonia,
    dirige sua atenção a quatro signos do zodíaco. Essa influência celeste favorece ganhos
    financeiros e momentos de alegria em família, criando um ambiente onde projetos podem florescer com mais facilidade
    e os laços afetivos se tornam ainda mais fortes. A chave para aproveitar essa energia consiste em manter a fé nas próprias
    habilidades e agir com empatia e sensibilidade.

    Touro (21/04 a 20/05)

    Touro, Sandalfon ilumina seus caminhos para que você encontre estabilidade financeira aliada à segurança emocional.
    Esta é a ocasião ideal para investir em ideias que visam resultados de longo prazo, ao mesmo tempo em que você
    fortalece os vínculos familiares, buscando atividades que unam todos. Sua paciência e determinação serão
    recompensadas de forma consistente, elevando seu bem-estar geral.

    Câncer (21/06 a 22/07)

    Câncer, o Anjo Sandalfon destaca a importância de nutrir tanto o ambiente doméstico quanto as metas profissionais.
    Ao priorizar o equilíbrio entre trabalho e família, você se sentirá mais confiante para abraçar novas oportunidades
    de ganhos. Esse cenário pode envolver a conclusão de projetos em equipe ou acordos financeiros que visam melhorar
    a qualidade de vida de quem está ao seu redor.

    Virgem (23/08 a 22/09)

    Virgem, sob a influência de Sandalfon, suas qualidades de organização e análise ganham um impulso extra, criando
    condições favoráveis para ampliar receitas e estabelecer acordos estáveis. No âmbito familiar, a harmonia pode
    ser reforçada quando você manifesta compreensão e paciência. Ao unir praticidade e sensibilidade, você descobrirá
    soluções que promovam crescimento mútuo, seja no lar ou nos negócios.

    Capricórnio (22/12 a 20/01)

    Capricórnio, o anjo reforça sua vocação para construir alicerces sólidos, ressaltando a chance de expandir projetos
    e ver retornos financeiros mais claros. Dentro de casa, o clima de cooperação será essencial para manter o foco nas metas
    de todos. Ao exercitar empatia e acolhimento, você equilibrará as obrigações profissionais com a alegria de compartilhar
    conquistas e momentos leves em família.

    Como aproveitar a energia de Sandalfon

    • Planeje com equilíbrio: Mantenha uma rotina que contemple metas financeiras e tempo de qualidade com os seus.
    • Compartilhe conquistas: Dividir cada vitória com quem você ama fortalece a união e aumenta a motivação de todos.
    • Pratique a empatia: Ouvir e compreender as necessidades alheias trará harmonia tanto no trabalho quanto em casa.

    A partir de 08 de janeiro, Touro, Câncer, Virgem
    e Capricórnio recebem do Anjo Sandalfon a oportunidade de conquistar
    ganhos financeiros e felicidade familiar. Ao unir determinação, organização
    e generosidade, esses signos poderão prosperar em várias áreas ao mesmo tempo, iniciando uma fase de abundância
    e união que tende a se prolongar ao longo do ano.

  • Lula concede indulto natalino a presos com HIV, câncer e gestantes

    Lula concede indulto natalino a presos com HIV, câncer e gestantes

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira (23) o indulto natalino de 2024. Na edição deste ano, publicada em edição extra do Diário Oficial, foram priorizadas pessoas condenadas que pertencem a grupos que estão em situação vulnerável, como idosos, gestantes, pessoas com deficiência ou doenças graves, como apenados com HIV ou em estágio terminal.

    O perdão da pena vai beneficiar gestantes com gravidez de alto risco e mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência que conseguirem comprovar que são essenciais para garantir o cuidado de crianças de até 12 anos.

    O indulto também poderá ser concedido para detentos com transtorno do espectro autista severo e presos que são paraplégicos, tetraplégicos e cegos.

    O decreto do presidente Lula não vale para condenados por crimes contra o Estado Democrático de Direito (como os atos golpistas de 8 de janeiro), por crimes hediondos, tortura, terrorismo, racismo, lavagem de dinheiro, ocultação de bens, violência contra a mulher, crianças e adolescentes.

    Integrantes de facções criminosas, pessoas condenadas por abuso de autoridade e que assinaram acordos de delação premiada também estão excluídas do indulto.

    As regras do decreto foram elaboradas pelo Conselho Nacional de Política Criminal e validadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

    De acordo com a Constituição, o presidente da República tem a atribuição de editar o indulto. As regras são revisadas todos os anos.

    Na notícia anterior, Lula diz que vai cuidar do povo e economia é forte.

  • STF começa a julgar recurso de Bolsonaro contra Moraes em inquérito

    STF começa a julgar recurso de Bolsonaro contra Moraes em inquérito

    O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar nesta sexta-feira (6) o recurso no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro pretende afastar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria do inquérito do golpe.

    O julgamento virtual do caso começou às 11h e já conta com quatro contrários ao pleito de Bolsonaro. A votação eletrônica ficará aberta até 13 de dezembro.

    Até o momento, prevalece o voto do relator, do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que foi seguido pelos ministros Flávio Dino, Edson Fachin e Gilmar Mendes. Moraes está impedido de votar por ser alvo do pedido de afastamento.

    No entendimento de Barroso, Alexandre de Moraes não configura como vítima nas investigações do golpe, como alega a defesa de Bolsonaro.

    “A simples alegação de que o ministro Alexandre de Moraes seria vítima dos delitos em apuração não conduz ao automático impedimento de sua excelência para a relatoria da causa, até mesmo porque os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de tentativa de golpe de Estado têm como sujeito passivo toda a coletividade, e não uma vítima individualizada”, justificou o relator.

    A defesa do ex-presidente recorreu ao plenário da Corte para derrubar a decisão individual de Barroso, que, em fevereiro deste ano, negou pedido feito pela defesa do ex-presidente para que Moraes seja impedido de atuar no processo.

    Após a decisão, os advogados recorreram ao plenário para reafirmar que Alexandre de Moraes figura como vítima nas investigações. Segundo a defesa, pelas regras do Código de Processo Penal (CPP), o juiz não pode atuar no processo em que ele próprio for parte o diretamente interessado.

    No mês passado, Bolsonaro e mais 36 aliados foram indiciados pela Polícia Federal (PF) pela tentativa de golpe. De acordo com as investigações, Bolsonaro tinha conhecimento do plano para matar Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente, Geraldo Alckmin.

  • PF: Bolsonaro deixou país para evitar prisão e esperar desfecho do 8/1

    PF: Bolsonaro deixou país para evitar prisão e esperar desfecho do 8/1

    A Polícia Federal (PF) concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro deixou o Brasil no final de 2022 para evitar eventual prisão e aguardar o desfecho dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

    Em dezembro de 2022, nos últimos dias de seu mandato, Bolsonaro embarcou para os Estados Unidos e retornou somente em março de 2023.

    A informação está no relatório no qual a PF indiciou Bolsonaro e mais 36 acusados por golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O sigilo foi derrubado nesta terça-feira (26) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do chamado inquérito do golpe.

    Os investigadores apontaram no relatório que foi descoberto um plano de fuga, elaborado em 2021, para que o ex-presidente deixasse o Brasil “caso seu ataque ao Poder Judiciário e ao regime democrático sofresse algum revés que colocasse sua liberdade em risco”.

    Durante as investigações, a PF encontrou no computador de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e um dos delatores, uma apresentação de PowerPoint com estratégias para implantação de uma rede de auxílio à fuga e evasão para ser empregada em situações nas quais Bolsonaro decidisse não cumprir decisões do STF.  O plano previa o uso de armamento para garantir a fuga.

    De acordo com as investigações, o plano de fuga de 2021 foi adaptado após o grupo não conseguir implementar um golpe de Estado em 2022.

    “O plano de fuga foi adaptado e utilizado no final do ano de 2022, quando a organização criminosa não obteve êxito na consumação do golpe de Estado”, aponta o relatório.

    “Jair Bolsonaro, após não conseguir o apoio das Forças Armadas para consumar a ruptura institucional, saiu do país, para evitar uma possível prisão e aguardar o desfecho dos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023”, concluiu a PF.

    Outro lado

    A Agência Brasil busca contato com a defesa de Bolsonaro e está aberta para incluir seu posicionamento no texto. Ontem (25), em coletiva de imprensa, ele declarou que “nunca discutiu golpe com ninguém”. Segundo o ex-presidente, todas as medidas tomadas durante seu governo foram feitas “dentro das quatro linhas da Constituição”.