Categoria: SAÚDE

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  • Ministério da Saúde regulamenta Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer

    Ministério da Saúde regulamenta Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer

    Na Semana Mundial de Combate ao Câncer, o Ministério da Saúde publicou três portarias com o intuito de fortalecer a prevenção e o tratamento do câncer no Sistema Único de Saúde (SUS) . As medidas incluem a regulamentação da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) e a criação Rede de Prevenção e Controle do Câncer e do Programa de Navegação da Pessoa com Diagnóstico de Câncer.

    A portaria que regulamenta a Política Nacional, publicada na quinta-feira (6), busca reduzir a incidência dos diversos tipos de câncer, além de garantir atenção integral, desde a prevenção e diagnóstico precoce até o tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, oferecendo acompanhamento contínuo em todas as fases da doença. A medida também busca reduzir a mortalidade, as incapacidades causadas pelo câncer e melhorar a qualidade de vida dos pacientes durante o tratamento.

    Já as portarias publicadas nesta sexta-feira (7) instituem a Rede de Prevenção e Controle do Câncer e o Programa de Navegação da Pessoa com Diagnóstico de Câncer, com o objetivo de garantir diagnósticos rápidos e promover uma gestão mais eficiente no tratamento da doença. A iniciativa visa integrar os diferentes níveis de atenção, da primária à especializada, assegurando uma coordenação eficaz entre os serviços de saúde.

    Além disso, o programa busca reduzir custos, evitar deslocamentos desnecessários e garantir a adesão ao tratamento, por meio de uma busca ativa e acompanhamento individualizado aos pacientes.

    A Rede de Prevenção e Controle do Câncer estabelecerá fluxos assistenciais organizados para atender às necessidades dos pacientes, baseados em evidências científicas, com metas e indicadores para avaliar a qualidade dos serviços e os resultados.

    O coordenador-geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer do Ministério da Saúde, José Barreto, destaca o avanço da criação da rede de controle do câncer, que permitirá um acompanhamento completo da doença, desde o rastreamento até os aspectos específicos e as regulamentações necessárias.

    “Trata-se de uma política de integração que vai colocar a oncologia dentro do SUS e o SUS dentro da oncologia. A área de oncologia cresceu além dos limites do sistema ao se integrar com o tratamento de doenças crônicas. Agora, com uma rede específica, teremos a capacidade de monitorar todos os aspectos relacionados ao câncer”, afirmou Barreto.

    Todas as portarias foram aprovadas e pactuadas na primeira reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) de 2025. As iniciativas visam organizar o SUS para identificar, monitorar e acompanhar o tratamento das pessoas com câncer ou com potencial para desenvolver a doença.

     

  • Ozempic manipulado: médicos alertam para riscos de remédio alternativo

    Ozempic manipulado: médicos alertam para riscos de remédio alternativo

    A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) divulgaram nota nesta quarta-feira (5) na qual alertam a população sobre “graves riscos” associados ao uso de medicamentos injetáveis de origem alternativa ou manipulados para tratar obesidade e diabetes.

    Os medicamentos em questão, de acordo com as entidades, são análogos do GLP-1 e GIP, incluindo a semaglutida (Ozempic e Wegovy, da farmacêutica Novo Nordisk) e a tirzepatida (Mounjaro e Zepbound, do laboratório Eli Lilly), aprovados por agências reguladoras como a brasileira Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a norte-americana Food and Drug Administration (FDA, na sigla em inglês).

    “Medicamentos biológicos, como a semaglutida e a tirzepatida, exigem processos rigorosos de fabricação para assegurar que o organismo utilize e metabolize a substância de forma eficaz e segura. Essas moléculas são administradas por injeções subcutâneas, o que demanda padrões rigorosos de esterilidade e estabilidade térmica”, destacou a nota.

    O uso de versões alternativas ou manipuladas, segundo as entidades, figura como “prática crescente, preocupante e perigosa” e carece de bases científicas e regulatórias que garantam eficácia, segurança, pureza e estabilidade do produto, “expondo os usuários a sérios riscos à saúde, pois não passam pelos testes de bioequivalência necessários, tornando impossível prever seus efeitos no corpo humano”.

    “Relatos da FDA documentam problemas graves de administração em versões alternativas ou manipuladas, com doses superiores ou inferiores às recomendadas, contaminações e substituição por outros compostos”, alerta a nota. “A semaglutida e a tirzepatida alternativas ou manipuladas são frequentemente divulgadas como opções mais acessíveis e igualmente eficazes, o que é uma falsa promessa.”

    Ainda de acordo com as entidades, a comercialização direta dessas medicações alternativas ou manipuladas por profissionais de saúde em consultórios configura prática contrária ao Código de Ética Médica, “ferindo a confiança da relação médico-paciente”. “Versões vendidas em sites, redes sociais ou por WhatsApp também aumentam o risco de adulteração, contaminação e ineficácia por desestabilização térmica”.

    Dentre as recomendações que constam na nota está:

    1. que profissionais de saúde não prescrevam semaglutida ou tirzepatida alternativas ou manipuladas. “Apenas utilizem medicamentos aprovados por agências reguladoras, com fabricação industrial certificada e vendidos em farmácias”;
    2. que pacientes rejeitem tratamentos que incluam versões alternativas ou manipuladas dessas moléculas – incluindo vendas diretas em sites, aplicativos ou em consultórios – e busquem alternativas aprovadas pela Anvisa;
    3. que órgãos reguladores e fiscalizadores, em especial a Anvisa e os conselhos de medicina, intensifiquem ações de fiscalização sobre todas as empresas e pessoas envolvidas na prática.

    Por fim, as entidades reforçam a importância de seguir recomendações baseadas na ciência e na ética, priorizando a segurança e o bem-estar da população. “E reiteram o compromisso social de melhorar o acesso a medicações seguras e eficazes para tratar a obesidade e o diabetes mellitus, assim como reivindicam políticas públicas de inclusão e abordagem ampla de prevenção e tratamento dessas condições”.

    Falsificações

    Em janeiro de 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou a fazer um alerta para a escassez de medicamentos como um problema global, sobretudo em países de baixa e média renda. Segundo a entidade, desde setembro de 2021, o número de insumos em falta em dois ou mais países cresceu 101%.

    “Essa escassez de medicamentos é uma força motriz reconhecida para remédios falsificados ou de qualidade inferior e acarreta o risco de muitos procurarem obter medicamentos através de meios não oficiais, como a internet”, destacou a OMS, em nota.

    O comunicado cita especificamente a escassez global, registrada em 2023, de produtos indicados para o tratamento do diabetes tipo 2 e utilizados também para a perda de peso, como o semaglutida. A substância é o princípio ativo do Ozempic, caneta de aplicação na pele para controle do apetite.

    Anvisa

    Em outubro, a Anvisa recebeu um comunicado da farmacêutica Novo Nordisk, responsável pela produção do Ozempic, sobre indícios de que canetas de insulina foram readesivadas e reaproveitadas com rótulos do medicamento. A suspeita era que os adesivos tenham sido retirados indevidamente de canetas originais de um lote da medicação e utilizados em embalagens de insulina vendidas.

    A orientação da Anvisa é que a população e os profissionais de saúde fiquem atentos às características da embalagem do Ozempic e adquiram somente produtos dentro da caixa, em farmácias regularizadas junto à vigilância sanitária, sempre com a emissão de nota fiscal.

    A agência recomenda ainda que não sejam adquiridos produtos de sites e canais que comercializam medicamentos usando nomes de marcas ou aplicativos de vendas, além de perfis em redes sociais que oferecem os produtos.

  • Ministério alerta para alta de casos de febre amarela em 4 estados

    Ministério alerta para alta de casos de febre amarela em 4 estados

    O Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre o aumento da transmissão da febre amarela nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins. A nota técnica – encaminhada às secretarias de saúde – destaca que o período sazonal da doença vai de dezembro a maio e recomenda a intensificação das ações de vigilância e de imunização nas áreas consideradas de risco.

    O estado de São Paulo, de acordo com o ministério, concentra a maior parte dos casos de febre amarela registrados ao longo das primeiras semanas de 2025. “Por isso, o Ministério da Saúde decidiu ampliar o envio de doses do imunizante para o governo estadual. O estado receberá dois milhões de doses até o início de fevereiro, sendo 800 mil doses extras. Destas, um milhão foi entregue em janeiro”.

    O montante foi definido em reunião do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE Dengue) na última quarta-feira (29), com a participação da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. “O envio das novas doses assegura o abastecimento da vacina contra a febre amarela no estado”, reforçou a pasta.

    O ministério informou que tem auxiliado a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo na investigação de casos suspeitos e confirmados de febre amarela, sobretudo no município de Ribeirão Preto. A previsão é que, nesta semana, técnicos da pasta participem de uma reunião, em Campinas, com profissionais de saúde do município e de cidades próximas.

    “O estoque de vacinas contra a febre amarela no Brasil está regular, com envios sendo realizados conforme as solicitações dos gestores estaduais, responsáveis pela distribuição aos municípios”, informou o ministério. Em 2024, a pasta distribuiu 20.882.790 doses do imunizante contra a febre amarela. Em 2025, foram enviadas 3.201.800 doses.

    Orientações para viajantes

    Pessoas que planejam viajar para áreas onde há transmissão da febre amarela ou para regiões rurais e de mata devem verificar sua carteira de vacinação. “Quem ainda não tomou a vacina ou recebeu a dose fracionada em 2018 deve procurar uma unidade de saúde pelo menos 10 dias antes da viagem para se imunizar e evitar a exposição ao vírus sem proteção”.

    As mesmas recomendações, de acordo com o governo, se aplicam para os seguintes grupos:

    – populações residentes em localidades com evidência de circulação viral ou em zona rural;

    – populações ribeirinhas e no entorno de parques e unidades de conservação;

    – trabalhadores rurais, agropecuários, extrativistas e do meio ambiente, entre outros;

    – indivíduos com exposição esporádica em áreas de risco (rurais, silvestres).

    Vacinação

    A vacina contra a febre amarela figura como a principal ferramenta de prevenção contra a doença. O imunizante faz parte do calendário básico de vacinação para crianças de nove meses a menores de cinco anos, com uma dose de reforço aos quatro anos de idade. Também está prevista uma dose única para pessoas de cinco a 59 anos que ainda não foram imunizadas.

    Orientações básicas

    Confira, a seguir, as principais orientações sobre a vacinação contra a febre amarela:

    – dose de reforço para viajantes: indivíduos que receberam a dose fracionada da vacina contra a febre amarela em 2018 e que vão viajar para áreas com circulação comprovada do vírus devem receber uma dose adicional na apresentação padrão;

    – dose zero: aplicada entre seis e oito meses de vida, a dose deve ser administrada apenas em crianças que residem ou viajarão para áreas com circulação confirmada do vírus;

    – vacinação de idosos: pessoas com 60 anos ou mais devem passar por uma avaliação médica individualizada antes da vacinação, considerando o risco de exposição ao vírus e suas condições de saúde.

    Cuidados

    Além da imunização, o Ministério da Saúde considera fundamental que a população adote medidas de proteção individual para se proteger da febre amarela, incluindo o uso de calças e camisas de manga longa, o uso de sapatos fechados e a aplicação de repelentes em áreas expostas do corpo.

    Acrescenta que “como os vetores do vírus da febre amarela têm hábito diurno, essas precauções devem ser mantidas ao longo de todo o dia”.

    Em caso de sintomas como febre, dor de cabeça, dores no corpo, náuseas ou vômitos, a orientação é que o paciente busque atendimento médico e informe ao profissional de saúde sobre uma possível exposição a áreas de risco para febre amarela.

  • Como o medo realmente nos afeta? Novo estudo revela efeitos

    Como o medo realmente nos afeta? Novo estudo revela efeitos

    O medo é uma das emoções humanas mais fortes e importantes, que causa fortes impactos na nossa vida, no entanto, as compreensões sobre seus impactos ainda não são tão complexas.

    Por isso, o novo estudo “A Semiose do Medo”, realizado por Dra. Elodia Ávila, graduada em medicina, especialista em cirurgia plástica e autora do estudo, em parceria com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela e o Dr. André Afonso Silva, se dedica a analisar os efeitos do medo.

    “Nossa visão do mundo é influenciada por crenças, sentidos e tecnologias que ampliam nossa percepção. Na infância, aprendemos valores com nossos pais, que guiam nossas decisões iniciais, mas com a autonomia, criamos novas bases a partir de experiências próprias”.

    “O medo aparece quando percebemos um perigo e, para evitar o sofrimento, buscamos nos proteger, ele pode nos paralisar ou nos motivar a agir, vai de uma leve ansiedade até um pânico intenso, sempre ligado ao sofrimento e à necessidade de controlar situações”, explica Dra. Elodia Ávila.

    A semiótica na compreensão do medo

    Historicamente, o medo reflete as crenças e valores de cada época, na Antiguidade, por exemplo, ele associava-se ao sobrenatural; na Idade Média, às guerras e religião; e na modernidade, ao progresso e incertezas futuras.

    “A semiótica ajuda a interpretar como o medo é construído e transmitido, seja por palavras, imagens ou sons, moldando culturas e comportamentos, ele também é usado como ferramenta de controle social, reforçando normas e identidades coletivas”, explica Dra. Elodia Ávila sobre o estudo.

  • As origens dos transtornos de personalidade e da parentalidade disfuncional. Estudo brasileiro aponta raízes

    As origens dos transtornos de personalidade e da parentalidade disfuncional. Estudo brasileiro aponta raízes

    De acordo com a OMS, mesmo que a carga de Transtornos Mentais (TM) tenha aumentado, metade dos pacientes em países desenvolvidos ainda não recebe tratamento adequado para as condições.

    Ainda existem poucas pesquisas sobre Transtornos de Personalidade (TP), que envolvem comportamentos rígidos e dificuldades nos relacionamentos. Estudos mostram que traumas na infância podem influenciar esses transtornos e que eles estão ligados à qualidade das relações.

    Estudo brasileiro analisa os transtornos de personalidade, e consegue delimitar uma microestrutura de oito neurodisfunções comuns (ONCs), que explica a origem de muitos Transtornos de Personalidade.

    Novas pesquisas estão explorando como integrar conhecimentos de neurociência e biologia para melhorar o diagnóstico e o tratamento. A mais recente delas foi realizada pelo brasileiro, Dr. Mário Furlanetto, neuropsiquiatra, neurocientista e especialista em saúde mental em parceria com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

    “É importante que profissionais de saúde ou áreas que lidam com a conduta humana entendam como as emoções e o cérebro funcionam, já que esses processos podem mudar ao longo da vida devido a fatores genéticos e experiências, e influenciam em doenças crônicas e nas relações interpesseoais”.

    “Cuidar da saúde mental é fundamental, pois existem diversos problemas de origem neurológica, nos relacionamos com os outros, podem levar a comportamentos errados em casa, no trabalho ou na sociedade, e até mesmo ser a origem de situações mais extremas como a criminalidade e à violência doméstica, por exemplo”, reforça Dr. Mário Furlanetto.

  • 9 sinais do câncer que você pode estar ignorando. Confira

    9 sinais do câncer que você pode estar ignorando. Confira

    De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer é a segunda principal causa de morte no mundo.

    O câncer é uma doença causada pelo crescimento descontrolado de células anormais, que podem formar tumores e afetar diferentes partes do corpo. O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento e melhores chances de cura, como afirma o Médico Cardiologista, Dr. Roberto Yano.

    “Descobrir o câncer logo no início faz toda a diferença no tratamento, o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura, pois permite tratar a doença antes que ela avance”, alerta.

    9 sinais de câncer que você pode estar ignorando:

    1 – Perda de peso
    Uma perda de peso significativa e sem explicação pode ser um sinal de vários tipos de câncer. Muitas vezes, o corpo gasta mais energia devido à presença do tumor, ou há alterações no metabolismo;

    2 – Febre persistente

    Febres que duram vários dias ou semanas sem causa aparente podem indicar câncer, especialmente em casos de linfoma ou leucemia. Ela pode ser uma resposta do corpo à presença de células cancerígenas ou infecções secundárias;

    3 – Fadiga excessiva
    Cansaço extremo, mesmo após descansar, pode ser sinal de câncer pois o corpo pode estar consumindo muita energia para combater a doença ou sofrer de anemia causada pelo câncer;

    4 – Dor persistente
    Dores que não desaparecem, como dor de cabeça constante ou dores nos ossos e articulações, podem ser um alerta, isso pode indicar a presença de um tumor que pressiona nervos, músculos ou outros tecidos;

    5 – Mudanças na pele
    Alterações como manchas, como escurecimento, amarelamento, vermelhidão, coceira, crescimento excessivo de pelo, pintas, etc., podem ser sinais de câncer de pele ou outros tipos;

    6 – Mudanças no intestino ou urina
    Alterações nos hábitos intestinais, como diarreia ou constipação persistentes, sangue nas fezes ou urina, podem ser sinais de câncer de cólon ou bexiga, por exemplo;

    7 – Feridas que não cicatrizam
    Uma ferida que demora a cicatrizar pode ser um alerta para câncer, especialmente na pele ou mucosas;

    8 – Sangramento inexplicado
    Sangramentos anormais, como tosse com sangue, sangramentos vaginais fora do ciclo ou sangue nas fezes, podem ser sinais de câncer. Esses sintomas indicam alterações nos tecidos internos e devem ser investigados para identificar a causa exata;

    9 – Dificuldade para engolir

    Problemas frequentes para engolir alimentos ou líquidos podem indicar câncer no esôfago, garganta ou estômago. Essa dificuldade pode ser causada por tumores que bloqueiam ou irritam a passagem.

    A prevenção é a chave

    De acordo com o Dr. Roberto Yano, esses sintomas podem indicar uma infinidade de condições, mas é importante investigá-los para garantir a sua saúde.

    Vale lembrar que esses sintomas nem sempre significam câncer; eles podem indicar  outras condições, mas mesmo assim, é muito importante não ignorá-los”.

    “Procurar um médico logo no início ajuda a entender o que está acontecendo e, se for necessário, começar o tratamento o quanto antes. Isso faz toda a diferença, ficar atento aos sinais do corpo é o primeiro passo para se cuidar melhor”, reforça Dr. Roberto Yano.

  • SP já tem mais mortes por febre amarela neste ano do que em todo 2024

    SP já tem mais mortes por febre amarela neste ano do que em todo 2024

    No mês de janeiro, três pessoas morreram por febre amarela no estado de São Paulo. O dado foi confirmado pela Secretaria Estadual de Saúde e computa casos registrados até a última sexta-feira (24). Esse número já supera o registrado em todo o ano passado, quando foram confirmados dois casos, com um óbito.

    Este já é o maior número de casos desde 2019, quando foram registrados 64 casos autóctones (contraído na própria região onde a pessoa vive) e 12 óbitos em todo o estado paulista.

    Ao todo, sete casos de febre amarela em humanos foram confirmados neste ano de 2025, todos no interior paulista. Quatro desses casos foram registrados em Socorro, um em Tuiuti e um em Joanópolis, locais onde está ocorrendo reforço na vacinação e nas ações de saúde. Um outro caso ainda está sob investigação.

    Também houve reforço de ações na região de Ribeirão Preto, onde foi detectada morte de macacos em decorrência da infecção. Embora macacos doentes não transmitam a doença, são um indicativo de circulação do vírus.

    Doença

    A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda que é causada por um vírus. Esse vírus é transmitido pela picada de um mosquito silvestre, que vive em zona de mata, e não há transmissão direta de pessoa para pessoa.

    Um indicador da presença desses mosquitos transmissores se dá com a morte de macacos, que também sofrem com altos índices de mortalidade quando contaminados. Por isso, o avistamento de macacos mortos deve ser informado às equipes de saúde do município.

    Os sintomas iniciais da febre amarela são febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.

    A doença pode ser prevenida por meio de vacina, que está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A vacina é a melhor forma de prevenção da doença e está disponível em todos os postos de saúde do estado.

  • Vacinação contra gripe é prorrogada até 31 de janeiro na Região Norte

    Vacinação contra gripe é prorrogada até 31 de janeiro na Região Norte

    A vacinação contra a gripe foi prorrogada na região Norte até o dia 31 de janeiro. Segundo o Ministério da Saúde, a iniciativa considera a situação epidemiológica local, os estoques disponíveis e as estratégias definidas pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.

    A imunização é recomendada para toda a população não vacinada, a partir de 6 meses de idade. A vacina utilizada é trivalente, protegendo contra os principais vírus em circulação no Brasil. A estimativa é que 6,6 milhões de pessoas sejam imunizadas no Norte brasileiro.

    Desde 2023, a estratégia de imunização contra a gripe nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins passou a ocorrer no segundo semestre do ano, devido às particularidades climáticas da região, que inicia nessa época o “Inverno Amazônico”, período de maior circulação viral e de transmissão da gripe.

    Desde o começo da mobilização, foram aplicadas 2.881.622 doses da vacina contra a influenza na região, alcançando uma cobertura vacinal de 39,3%.

  • Pessoas desconhecem riscos ao escanear a íris, alertam especialistas

    Pessoas desconhecem riscos ao escanear a íris, alertam especialistas

    É por uma portinha na região da Avenida Paulista que as pessoas vão chegando uma a uma, com celulares em mãos. Elas baixaram um aplicativo em casa, agendaram horário e estão esperando a vez de ter a íris escaneada em troca de criptomoedas. Na fila, a maioria das pessoas não sabe dizer para que serve isso. A maioria está ali por causa do dinheiro.

    Uma delas é o motoboy Bruno Barbosa Souza, 25 anos. “Foi um colega meu que indicou. Me disse que eles davam dinheiro, em torno de R$ 400 para ler a retina do olho, alguma coisa assim. Não sei para o que eles estão fazendo isso”, disse.

    Souza informou que o processo é simples. Basta entrar no aplicativo, colocar seus dados pessoais e fazer o agendamento. “Um amigo me falou que paga em bitcoin, algo assim. Estou precisando do dinheiro. Você faz hoje e o dinheiro já está caindo amanhã. Ele recebeu em torno de R$ 450.”

    O atendente Wallace Weslley, 31 anos, também foi motivado pelo dinheiro. Ele participou do processo há algumas semanas e hoje esteve no mesmo endereço na Rua Carlos Sampaio para levar a esposa. “Ela se cadastrou nesse negócio da World. Vi que, através da íris, eles conseguem se aprofundar em tudo, eles conseguem informações que a gente nem sabia que tinha. Eu já fiz também. Eu fiz faz uns 15 dias e recebi em torno de R$ 200. Em 24 horas, o dinheiro fica disponível. Você coloca o olho em uma máquina e tira também uma selfie com o seu celular. Eles me falaram que estão fazendo isso para ter uma segurança referente aos nossos dados.”

    “Eu vi uma reportagem falando que não é só isso, e que através da íris dos olhos eles podem estar coletando informações que ninguém mais tem, a não ser eles. Tenho receio disso, muito receio. Vi muita gente fazendo isso, mas dá um pouco de receio. Mas tá todo mundo apertado [de dinheiro]”, relatou.

    O casal Jurema Peres Panzetti, 72 anos, e José Virgílio, 73 anos, esteve neste endereço na região da Avenida Paulista na manhã de sexta-feira (17). “A gente viu o anúncio para coletar a íris. Eles pagam em torno de 45 worldcoins”, contaram. “E liberam 20 moedas (worldcoin) para resgatar em até 48 horas e o restante, parcelando durante um ano”, explicou o marido.

    Segundo Jurema, antes do escaneamento da retina, um vídeo é apresentado às pessoas para explicar sobre a empresa. “Eles passaram um vídeo [antes do escaneamento] explicando o que é. Daí você faz a fotografia da íris e ai eles passam um outro filme dizendo como você resgata [o dinheiro]. É tudo bem explicado”, falou Jurema. “Eles falam que, em princípio, é para você garantir que você é um ser humano. E dizem que os dados não ficam armazenados. Assim que você tira a foto, ela é criptografada e os dados somem. Essa é a recíproca da boa-fé. Vocês têm que acreditar neles”, reforçou o marido.

    A reportagem da Agência Brasil conversou com muitas pessoas no local. A maioria delas contou que, se fosse de graça, não estariam participando do projeto.

    Uma delas contou que participou do projeto em dezembro e que, naquela oportunidade, não foi passado nenhum vídeo. Segundo ela, não houve qualquer explicação sobre o que era o projeto, nem mesmo pelo aplicativo. Ela fez pelo dinheiro e só depois foi pesquisar sobre o que se tratava.

    A íris

    O local de verificação, na Rua Carlos Sampaio, é apenas um entre os vários endereços espalhados pela capital paulista para o escaneamento da íris. Em alguns deles – disse uma pessoa que não quis se identificar – formam-se filas gigantescas em busca de pagamento.

    De acordo com Nathan Paschoalini, pesquisador da área de governança e regulação da Data Privacy Brasil, até o momento, mais de um milhão de pessoas já baixou o aplicativo e mais de 400 mil pessoas no Brasil já fizeram o que se chama de “verificação da humanidade”. Segundo ele, é uma forma de se provar que elas são reais e não robôs, já que a íris, assim como as impressões digitais, são únicas. Embora as íris tenham uma vantagem: ela chega a níveis maiores de precisão.

    “A íris é dotada de uma característica muito específica, que é a unicidade. Ou seja, cada indivíduo vai ter uma íris única, em que suas características são preservadas ao longo de toda a duração de sua vida, de forma estável. A não ser que aconteça algum tipo de acidente, ela preserva todas as características ao longo da vida da pessoa. Por conta disso, a gente pode dizer que ela tem um papel de identificador único e extremamente preciso”, explicou Paschoalini.

    Tools for Humanity

    Por trás do escaneamento da íris está a empresa de tecnologia Tools for Humanity, presente em 39 países, e que desenvolve o projeto World ID, um sistema que se vale dos padrões da íris para criar um código de validação, impossível de ser reproduzido por inteligência artificial. A empresa é responsável pela fabricação de uma câmera avançada (Orb) que busca diferenciar humanos de robôs e inteligências artificiais.

    Um dos fundadores é Sam Altman, CEO da OpenIA, empresa do ChatGPT. Por meio de nota, a rede World informou que “está criando as ferramentas que as pessoas precisam para se preparar para a era da IA (inteligência artificial), ao mesmo tempo preservando a privacidade individual”.

    “Dados biométricos como digitais dos dedos, formato da face, voz, íris dos olhos, são marcadores exclusivos que identificam uma pessoa. Diferentemente de uma senha que pode ser redefinida a qualquer tempo, as informações biométricas identificarão uma pessoa durante toda a sua vida. Por isso, a coleta, processamento e armazenamento desenfreado e generalizado de dados biométricos preocupa tanto do ponto de vista da privacidade e até mesmo dos direitos humanos.”

    Riscos

    “Não sabemos ainda como essas informações serão utilizadas quando associadas em conjunto com algoritmos avançados, além da inteligência artificial (IA), podendo ser aberta uma porta para abusos, crimes e irregularidades”, alerta Karen Borges, gerente Adjunta da Assessoria Jurídica do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

    Após ter a imagem da sua íris coletada, a empresa paga cerca de 48 worldcoins [tokens de gestão da rede], uma espécie de criptomoeda da própria empresa, que pode ser convertida em criptomoedas ou em reais e depois sacada. Por se tratar de uma criptomoeda, o valor da worldcoin varia com frequência. Segundo o site Coinbase a moeda estava avaliada em R$ 13,22, às 18h do dia 16 de janeiro.

    Tudo isso parece razoavelmente simples, mas especialistas alertam que o escaneamento de íris pode representar riscos à segurança e à privacidade dos dados.

    “Estamos falando de um dado biométrico único em termos de dado pessoal, é um dado que é capaz de te identificar e te autenticar desde o início da sua vida até o final dela. Então existe uma sensibilidade muito grande em ceder esse tipo de dado para uma iniciativa como essa. Não só como essa, mas como outras que possam surgir no mesmo formato da WorldID. Então, o que eu diria é o seguinte, as pessoas devem refletir sobre o tipo de dado que está sendo coletado e para o que estão consentindo no fornecimento desses dados”, avisou Paschoalini.

    Pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a íris é considerada um dado biométrico ou um dado pessoal sensível. E, por isso, para trabalhar com esses dados, é necessário consentimento, como a empresa tem feito por meio do aplicativo. No entanto, esclareceu Paschoalini, esse consentimento precisa ser qualificado.

    “Estamos falando de consentimento qualificado, definido pela LGPD como uma manifestação livre, inequívoca e informada. O que tem um ponto de preocupação é o fato de haver compensação financeira. Ainda que a empresa afirme que não é um pagamento pelo consentimento, o que temos visto é que existe uma associação imediata entre o recebimento dos valores financeiros e autorização para o escaneamento da íris. Ou seja, a impressão que passa é a de que o sujeito não está indo lá coletar a sua íris pela finalidade de se autenticar online, mas sim interessado em receber aqueles valores prometidos e oferecidos. ERstamos falando de pessoas potencialmente mais pobres aderindo a essa prática.”

    “Não há dúvidas de que a coleta de dados por dinheiro é uma prática duvidosa, podendo ser caracterizada como exploração de populações vulneráveis. O dinheiro acaba sendo um atrativo no primeiro momento, fazendo com as pessoas desconsiderem os riscos por trás da iniciativa, a exemplo do risco de vazamento de marcadores exclusivos de identificação. Por isso, é fundamental que as autoridades investiguem esse tipo de iniciativa, garantindo que o direito à privacidade e proteção aos dados dos titulares sejam respeitados”, ressaltou Karen Borges.

    Escolha própria

    Rodrigo Tozzi, chefe de operações no Brasil da Tools for Humanity, empresa colaboradora do protocolo World, nega que a empresa faça algum pagamento. “Os usuários que verificam sua humanidade podem escolher serem recompensados com unidades de um token, um ativo virtual, chamado Worldcoin. Fazendo uma comparação, é como se fosse uma ação do protocolo, que pode ser vendida no mercado, como se vende uma ação em bolsa, e o valor obtido dependerá do valor do ativo no momento da venda. Atualmente, os usuários recebem 48 Worldcoins no total. São 20 Worldcoins 48 horas após o momento do escaneamento, e as outras 28 divididas pelos próximos 12 meses após o escaneamento. Trata-se de um incentivo à adoção da prova de humanidade”, explicou.

    Segurança e transparência dos dados

    Outro risco que Paschoalini vê no procedimento que está sendo adotado pela empresa é de que ela não tem garantida a segurança e a anonimização dos dados. “E isso pode gerar riscos, como o de vazamento de dados. E aí, especialmente com dados pessoais sensíveis e biométricos como a íris, você pode escalar para situações de violações a direitos de não discriminação ou para a própria dificuldade ou impossibilidade de autenticar aquela pessoa verdadeiramente, considerando que foi rompida a relação de confiança que existia no processo de tratamento de dados”, disse Paschoalini.

    A gerente do NIC.br alerta também sobre a questão da transparência no processo de coleta e no processamento e armazenamento dos dados. “Um dos princípios da LGPD é a transparência. Por isso, é fundamental que essas pessoas tenham conhecimento sobre o tratamento de seus dados pessoais, identifiquem uma finalidade clara ao procedimento que estão se submetendo, leiam atentamente o termo de consentimento que estão assinando e avaliem a real necessidade da coleta de seus dados biométricos para a finalidade indicada”, disse.

    Por meio de nota, a Fundação World Foundation disse que “não é incomum que ideias inovadoras e novas tecnologias levantem questões”.

    “A Fundação World Foundation acredita que é importante que os reguladores busquem informações ou esclarecimentos sobre suas preocupações. A Fundação World está em total conformidade com todas as leis e regulamentos aplicáveis que regem o processamento de dados pessoais nos mercados onde a World opera. Isso inclui, mas não se limita à Lei de Proteção de Dados Pessoais do Brasil ou LGPD (13.709/2018). Por meio do uso de tecnologia de ponta, a World define os mais altos padrões de privacidade e segurança e incorpora recursos avançados de preservação da privacidade”, informou.

    Empresa

    À Agência Brasil, Rodrigo Tozzi, chefe de operações no Brasil da Tools for Humanity, empresa colaboradora do protocolo World, explicou que a World “é um protocolo aberto e descentralizado que tem como objetivo ajudar as pessoas a diferenciar interações humanas reais daquelas impulsionadas por inteligência artificial (IA), além de aumentar o acesso à economia digital global e proteger a confiança e a privacidade online”.

    Segundo Tozzi, com os desafios propostos pela inteligência artificial tais como as deepfakes, as fraudes de identidade e a desinformação, “uma prova de humanidade se impõe como condição para que humanos e IA coexistam de forma segura e produtiva no ambiente digital”.

    Tozzi informou que a empresa está faz com o escaneamento de íris é uma verificação de humanidade e que a empresa preza pela anonimização dos dados.

    Seres humanos únicos

    “Para verificar sua humanidade, os interessados maiores de 18 anos devem baixar o World App e agendar um horário em um dos locais de verificação espalhados por São Paulo. Lá, um dispositivo de última geração chamado Orb, que se assemelha a uma câmera fotográfica de alta resolução, captura uma imagem do olho e do rosto, que é imediatamente convertida por algoritmos em uma representação numérica chamada de código de íris. A íris é a maneira mais segura e confiável de verificar que as pessoas são seres humanos únicos sem solicitar dados pessoais identificáveis como nome, idade, endereço ou documento. As imagens originais da íris são então criptografadas de ponta-a-ponta, enviadas para o telefone da pessoa e prontamente deletadas da Orb”, disse.

    Em entrevista à Agência Brasil, ele explicou que os códigos de íris são fracionados por meio de criptografia avançada e então armazenados em “nós computacionais operados por universidades e terceiros confiáveis, como as Universidades de Berkeley, nos Estados Unidos, e Friedrich Alexander Erlangen-Nürnberg, na Alemanha. Os fragmentos criptografados não revelam nada sobre o indivíduo nem podem ser efetivamente vinculados de volta a ele. A World assegura a efetiva anonimização dos dados”, disse.

    Para ele, as preocupações dos especialistas se deve principalmente “à falta de informações confiáveis a respeito do projeto e de suas premissas”.

    “A World não coloca em risco a privacidade das pessoas, muito pelo contrário, é uma rede projetada para proteger a privacidade, permitindo uma prova de humanidade privada e anônima, sem a necessidade de saber informações pessoais, como nome, documento, telefone ou e-mail. A World não armazena dados pessoais dos usuários. O protocolo sequer solicita dados pessoais. A única informação exigida dos usuários é uma comprovação de que são maiores de idade, via apresentação de documento pessoal nos locais de verificação”, disse o chefe de operações no Brasil.

    Fiscalização

    Preocupada com os possíveis riscos, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública instaurou um processo de fiscalização para “investigar o tratamento de dados biométricos de usuários no contexto do projeto World ID”.

    Para essa fiscalização, a ANPD pediu que a Tools for Humanity preste esclarecimentos sobre alguns pontos como o contexto em que ocorrem estas atividades e a transparência no tratamento dos dados pessoais dessas pessoas que têm sua íris escaneada.

    Em nota publicada na última quinta-feira, o órgão informou que a Tools for Humanity encaminhou os documentos e as informações requeridas. “Atualmente, o processo encontra-se em fase de análise da documentação apresentada e o seu andamento pode ser acompanhado por qualquer interessado, por meio do módulo de pesquisa pública da ANPD, localizado no

    “Os dados pessoais biométricos, tais como a palma da mão, as digitais dos dedos, a retina ou a íris dos olhos, o formato da face, a voz e a maneira de andar constituem dados pessoais sensíveis. Em razão dos riscos mais elevados que o tratamento desse tipo de dado pessoal pode oferecer, o legislador conferiu a eles regime de proteção mais rigoroso, limitando as hipóteses legais que autorizam o seu tratamento”, informou a ANPD.

  • País tem 4 mortes confirmadas por dengue em 2025 e investiga mais 62

    País tem 4 mortes confirmadas por dengue em 2025 e investiga mais 62

    A rede de monitoramento para arboviroses do Ministério da Saúde investiga 62 mortes com a dengue como causa possível em 2025, ante quatro que já foram confirmados, com registro de sintomas iniciais neste ano, no qual já há mais de 55 mil casos possíveis da doença. O estado de São Paulo tem o maior número de casos, 29.447, segundo a plataforma Painel de Monitoramento, da pasta.

    Entre os pacientes paulistas, foi confirmada uma morte no município de Guaíra, e 51 óbitos ainda estão em investigação.

    O óbito em Guaíra ocorreu na última terça-feira (14) e foi confirmado ontem pela prefeitura, que divulgou nota informando que intensificará as medidas de prevenção no município, que reforçou a importância da participação da população para frear a doença. “De acordo com a Prefeitura, diretorias e departamentos foram mobilizados para ampliar as ações de prevenção. “Estamos realizando visitas domiciliares, inspeções casa a casa e [passando] orientações diretas aos moradores”, informou o diretor de Saúde, Cervantes da Silva Garcia.

    Ele também destacou a importância da vacina contra a dengue, disponível em todos os postos de saúde para jovens entre 10 e 14 anos, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. “Vale lembrar que a vacina não substitui as medidas de prevenção, pois o mosquito também é vetor de outras doenças, como zika e chikungunya”, afirmou.

    O município de Guaíra tem cerca de 40 mil habitantes e está localizado no norte do estado, próximo da divisa com Minas Gerais e de cidades grandes da região, como Ribeirão Preto e Barretos. A prefeitura informou que há registro de 494 casos notificados, dos quais 183 negativos, 104 positivos e 207 suspeitos. Há duas pessoas internadas na UTI (unidade de terapia intensiva) da Santa Casa de Misericórdia local.

    A informação sobre a morte confirmada em Guaíra ainda não aparece na ferramenta estadual de monitoramento, que indica 56 óbitos em investigação e nenhum confirmado, apesar de haver 39 mil casos prováveis da doença este ano.

    Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que “monitora, de forma contínua, o cenário da dengue e outras arboviroses no estado, considerando indicadores importantes para a avaliação do comportamento da epidemia”. Os dados de casos e óbitos pela doença são extraídos do Sistema de Informação de Notificação de Agravos do Ministério da Saúde, no qual os municípios são responsáveis pelas notificações e investigações. Os resultados são atualizados diariamente e disponibilizados em boletins e painéis informativos no portal dengue.saude.sp.gov.br. Divergências de dados podem ocorrer por causa da periodicidade da atualização e de possíveis alterações nas fichas de notificação de casos preenchidas pelos municípios.

    A pasta estadual anunciou seu Plano de Contingência das Arboviroses Urbanas para o biênio 2025/2026 na última quarta-feira (15), quando reafirmou que o estado tem circulação confirmada dos sorotipos 1, 2 e 3 da doença, com maior prevalência do último. O estado também mantém atenção para surto de gastroenterite no litoral e para o avanço de casos de febre amarela em ambientes rurais nas regiões de Campinas e Ribeirão Preto.