Categoria: SAÚDE

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  • Estudo do CPAH Revela Segurança do Artavol®: Herbal Popular Não Apresenta Potencial Mutagênico

    Estudo do CPAH Revela Segurança do Artavol®: Herbal Popular Não Apresenta Potencial Mutagênico

    Introdução: Um estudo recente publicado na renomada revista Cuestiones Fisioterapéuticas, indexada na Scopus, trouxe importantes informações sobre a segurança do Artavol®, um chá de ervas amplamente utilizado na prevenção da malária. A pesquisa, conduzida por uma equipe multidisciplinar e contando com a participação de Vishwanath Pradeep, representante do CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito, avaliou o potencial mutagênico do produto utilizando o tradicional Ames Test, referência internacional na detecção de compostos mutagênicos.

    Metodologia: O estudo foi realizado no Departamento de Microbiologia da Osmania University, em Hyderabad, Índia. Utilizando o Ames Test, os pesquisadores testaram o extrato do Artavol® contra as linhagens Salmonella typhimurium TA98 e TA100, tanto com quanto sem ativação metabólica, para verificar possíveis mutações genéticas. O extrato foi preparado pelo método de infusão, seguido de testes laboratoriais padronizados que incluíram o uso do citômetro de fluxo Cytoflex LX (Beckman Coulter, EUA) e análises estatísticas pelo Graph Pad Prism.

    Resultados: Os resultados mostraram que o Artavol® não apresentou potencial mutagênico. Nenhuma das amostras testadas resultou em mutações nas linhagens bacterianas utilizadas. O estudo destacou que, no controle negativo, zero poços (0%) reverteram para positivo, enquanto no controle positivo, a reversão foi de até 80% para TA98 e 70% para TA100, confirmando a eficácia do teste e a segurança do produto.

    Discussão: A equipe de pesquisa ressaltou a importância de avaliar produtos fitoterápicos antes de sua comercialização, especialmente aqueles amplamente utilizados como o Artavol®. Embora o estudo não tenha abordado o potencial antimutagênico do produto, os resultados indicam que o Artavol® não causa mutações genéticas, o que diminui o risco de possíveis efeitos carcinogênicos.

    Declaração do CPAH: Vishwanath Pradeep, representante do CPAH, reforçou o compromisso do centro de pesquisa em garantir a segurança de produtos naturais no mercado. “O estudo do Artavol® faz parte de uma série de iniciativas do CPAH para avaliar o impacto de produtos fitoterápicos na saúde humana, contribuindo para um consumo mais seguro e informado”, destacou Pradeep.

    Conclusão: Com base nos achados, o Artavol® se mostra seguro quanto ao seu potencial mutagênico, oferecendo uma alternativa natural e confiável para a prevenção da malária. O CPAH continua sua investigação científica para assegurar que produtos naturais comercializados sigam padrões rigorosos de segurança, reforçando seu papel como referência na avaliação de fitoterápicos e medicamentos naturais.

  • Terapia inovadora contra distrofia muscular de Duchenne é aplicada pela primeira vez no SUS

    Terapia inovadora contra distrofia muscular de Duchenne é aplicada pela primeira vez no SUS

    No mês de conscientização sobre as doenças raras, o Ministério da Saúde realizou as primeiras infusões de terapia gênica com Elevidys na rede pública de saúde. O atendimento dos dois pacientes com distrofia muscular de Duchenne foi feito nesta semana pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) referência no tratamento de doenças raras. Com a aquisição e aplicação do medicamento, o Ministério da Saúde cumpre os prazos da decisão judicial do Supremo Tribunal Federal (STF).

    “Essa experiência nos mostra que o SUS pode estar na vanguarda no que se refere à capacidade que sua rede tem de absorver tecnologias que envolvem alta complexidade em termos de organização e processos”, ressaltou o coordenador-geral de doenças raras do Ministério da Saúde, Natan Monsores. A rede pública de saúde conta com 36 serviços de referência em doenças raras. Destes, 13 foram habilitados nos últimos dois anos, incluindo o primeiro da região Norte, impactando na expansão do atendimento dos pacientes em todo o país. Houve um aumento de 40% no número de consultas e exames ambulatoriais entre 2022 e 2024, passando de 29.931 para 41.670 registros.

    A aplicação inédita exigiu intenso diálogo junto ao Supremo Tribunal Federal para o preparo logístico e técnico necessário por parte do Ministério da Saúde para atender os pacientes na idade adequada e garantir o cumprimento da decisão judicial. O Departamento de Gestão das Demandas em Judicialização na Saúde, vinculado à Secretaria Executiva da pasta, atuou para garantir, de forma segura e legal, a aquisição internacional, entrega e realização infusão em um prazo recorde de 57 dias.

    Outro ponto é a continuidade do cuidado e acompanhamento da saúde dos pacientes para uma avaliação constante da efetividade da terapia que será feita pela pasta. “Fizemos contato com as famílias, acionamos o gestor municipal, dialogamos com a equipe do Serviço de Referência, providenciamos a capacitação da equipe, monitoramos o transporte e a entrega da terapia gênica até que fosse realizada a primeira infusão”, relata Monsores.

    A diretora do DJUD, Ludmila Andrade, explicou que o departamento atua com uma gestão humanizada das demandas judiciais. “Esse processo, em especial, confirma que contamos com uma equipe comprometida com a saúde pública e que o SUS está qualificado para atender demandas da mais alta complexidade com excelência e segue atento às tecnologias inovadoras em saúde”, afirmou.

    O coordenador Natan Monsores complementa que, haja vista a questão judicial, a terapia gênica é um tratamento avançado e inovador. “Queremos que a população tenha consciência de que somos capazes de fazer uma gestão de caso de alto nível no SUS, com a atuação sinérgica do Ministério da Saúde com os gestores e as equipes assistenciais locais, e que nossos serviços de referência em doenças raras têm a capacidade de realizar terapias avançadas com sucesso e perícia”, reforçou.

    O Hospital de Clínicas de Porto Alegre atua com pesquisa em terapia gênica há mais de 20 anos, o que possibilitou ser uma das primeiras unidades a realizar infusões no contexto do SUS. “Eu não tenho dúvidas de que o Hospital de Clínicas, um hospital predominantemente do SUS, tem todas as condições para fazer tratamentos muito complexos. Estamos preparados, capacitados e qualificados para propiciar tratamentos como esses, com resultados comparáveis a resultados internacionais”, destacou o diretor médico do HCPA, Luiz Eduardo Rohde.

    O professor Jonas Saute, vinculado aos serviços de Genética Médica e Neurologia do HCPA, reforça a importância do compromisso junto ao ministério para monitorar a eficácia das terapias. “É fundamental que seja monitorado para que os dados desses pacientes possam auxiliar a definir se realmente está havendo eficácia para que isso ajude a pautar novas políticas públicas para esse tipo de terapia”, destacou.

    Pesquisas e levantamento de evidências continuam

    O registro do medicamento na Anvisa é de caráter excepcional e condicionado ao monitoramento contínuo da tecnologia. O laboratório produtor deverá apresentar dados adicionais sobre os benefícios da terapia, uma vez que as evidências disponíveis ainda são limitadas e o tratamento tem sido debatido pela comunidade científica. O registro é válido até dezembro de 2029, e sua renovação dependerá do cumprimento de requisitos específicos pela empresa. O valor de comercialização de cada dose, segundo precificação junto à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), foi definido em R$ 11 milhões.

    Em janeiro de 2025, a farmacêutica responsável pelo medicamento, solicitou a avaliação da tecnologia pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) , etapa necessária para a oferta do medicamento no SUS. Contudo, a empresa não fez demanda sobre acordo de compartilhamento de risco, de forma que a análise seguirá os critérios da comissão.

    No processo de incorporação no SUS, o direito de acesso a medicamentos com eficácia comprovada é garantido a todos, o que traz também a melhoria em toda a jornada de acesso desde o diagnóstico até o monitoramento dos resultados, além da criação de diretrizes e linhas de cuidado para assistência dos pacientes.

    Saiba como foi o atendimento no SUS

    Médicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas e diversos outros profissionais tiveram papel fundamental para o sucesso das infusões do Elevidys . A equipe do Hospital de Clínicas de Porto Alegre foi capacitada e treinada pelo Ministério da Saúde, em parceria com o laboratório farmacêutico produtor, para a manipulação e preparação adequada da terapia.

    A chefe da Seção Central de Misturas Intravenosas do HCPA, Laura Alegria, explicou que a farmácia se envolveu no recebimento, armazenamento e preparo do medicamento. “O processo todo do preparo começa no recebimento, e a gente tem que ter essa garantia de um correto armazenamento, porque a gente está falando de uma terapia também com alto valor agregado”, explicou. O medicamento exigiu o armazenamento em ultra-freezer a -80º.

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    Foto: Matheus Brasil/MS

    Já a equipe de enfermagem foi responsável pela administração da terapia, realizada via intravenosa. “Todos os protocolos para administração de medicamentos seguem padrões internacionais de segurança do paciente. Então, a gente trabalha com essas boas práticas, com as melhores evidências, no sentido de lidar com uma medicação que tem um alto custo”, reforça Wiliam Wagner, chefe dos serviços de enfermagem pediátrica do HCPA.

    Tatiani Quevedo foi a enfermeira responsável pelas infusões, acompanhando os pacientes do início ao fim do processo, que dura cerca de 2 horas. “É um processo, para nós, de muita responsabilidade, mas ver a alegria deles no término, de toda a família, é o que faz toda a diferença para a gente”, explicou. A equipe é responsável pela administração, cuidado dos equipamentos e manuseio dos acessos.

    “A gente fica bem satisfeito e se sente parte disso e vendo que tem retorno todo o investimento que é feito, e o nosso Sistema Único de Saúde está realmente demonstrando também eficácia e resolutividade. Aqui a gente vê um trabalho muito diferenciado, enquanto hospital e essa integração com a universidade fortalece muito isso também”, reitera Wiliam Wegner.

    Sobre o medicamento

    O Elevidys foi concebido para a estabilização, ainda que de forma parcial, da função muscular, indicado para pacientes entre 4 e 7 anos 11 meses e 29 dias. As evidências disponíveis ainda são limitadas e o tratamento tem sido debatido pela comunidade científica.

    A expectativa, segundo a neurologista infantil responsável pelo Ambulatório de Doenças Neuromusculares do HCPA, Michelle Becker, é estabilizar ou tornar a progressão da doença mais lenta. “A gente não espera que o tratamento vá reverter aquela perda de força que o paciente tem. É muito importante dizer para as famílias que não é uma cura. Até agora, os estudos mostram que o medicamento é capaz de estabilizar ou de atrasar a progressão da doença, mas a duração do efeito ainda é limitada”, salientou.

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    Foto: Matheus Brasil/MS

    Para o pai de uma das crianças que recebeu a infusão, Alessandro Neves, a possibilidade de estabilização já traz esperança. “Não sei se, daqui a pouco, essa medicação pode ter um efeito mais longo. Ainda não há evidências, mas só de estabilizar, a gente se sente abençoado. E, mais pra frente, se tiver algum [medicamento] que seja realmente a cura, a gente ganha um pouco mais de tempo com essa aplicação”.

    A mãe da outra criança, Luana Fassina, também espera que o medicamento possa garantir uma maior qualidade de vida para o filho. “Fomos muito bem recepcionados, a equipe é maravilhosa e nos deu todo o suporte. Ainda não consigo acreditar, mas graças a Deus e ao ministério também, a gente está dando um passo em busca de uma vida mais digna para ele”, destacou.

    Distrofia muscular de Duchenne

    A distrofia muscular de Duchenne é uma doença genética rara, que acomete, principalmente, pessoas do sexo masculino. Essa alteração genética é caracterizada pela falta ou alteração de uma proteína no músculo das crianças – a distrofina – que vai ocasionar o principal sintoma da doença: fraqueza muscular. Esta condição pode levar à perda progressiva de habilidades motoras como subir escadas, pular e correr.

    A logística no envio do medicamento

    O medicamento iniciou seu trajeto com origem na Alemanha, pousando no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no dia 8 de fevereiro. Após pesagem e armazenagem na câmara fria, seguiu de Guarulhos para Porto Alegre no dia 11 de fevereiro. A chegada ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre aconteceu na manhã do dia 12 de fevereiro. Os pacientes receberam as infusões nos dias 12 e 13 de fevereiro, respectivamente.

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    Foto: Matheus Brasil/MS

    O produto veio congelado e precisou ser mantido, em todos os dias da logística, a -80º. A garantia de acondicionamento adequado foi garantida e confirmada por meio de um termômetro que acompanhou os medicamentos durante todo o trajeto.

     

  • Lentes de contato da china: Entenda o perigo da nova moda da internet

    Lentes de contato da china: Entenda o perigo da nova moda da internet

    Nos últimos meses, a popularização das lentes de contato dental vindas da China e compradas diretamente da internet tem viralizado nas redes sociais. Influenciadores e usuários compartilham suas experiências com essas peças estéticas que prometem um “sorriso perfeito” a um baixo custo.

    As lentes de contato

    As lentes de contato dental são camadas ultrafinas de material que cobrem a parte frontal dos dentes para melhorar a estética do sorriso.

    Quando feitas sob supervisão odontológica, elas são projetadas com materiais de qualidade, porcelana de alta durabilidade, podendo durar entre 10 a 15 anos, dependendo dos cuidados do paciente.

    Já as lentes importadas de forma irregular e aplicadas sem critério podem ser feitas de materiais de baixa qualidade, comprometendo sua resistência e longevidade.

    Os riscos das lentes compradas na internet

    Mas, de acordo com o Cirurgião Dentista Dr. Dyego Matielo, a prática pode causar riscos do uso dessas lentes sem o acompanhamento de um profissional qualificado.

    “Outro grande problema está na falta de personalização, sem a adaptação individualizada feita pelo dentista através de exames e moldagens para garantir que as lentes se ajustem perfeitamente à estrutura dentária, há o risco de encaixes inadequados, desconforto e machucar a gengiva e a dentição”.

    “Além disso, a má adaptação pode gerar dificuldades na mastigação e na fala, prejudicando funções essenciais da boca. A promessa de um sorriso bonito a um preço acessível pode parecer tentadora, mas os riscos superam os benefícios, o ideal é sempre buscar a orientação de um profissional habilitado para avaliar as condições bucais e indicar o tratamento mais adequado”, alerta o Dr. Dyego Matielo.

  • Bom dia! Como se livrar de uma ressaca rapidamente

    Bom dia! Como se livrar de uma ressaca rapidamente

    Se você teve um bom descanso à noite com muito álcool, então a manhã seguinte definitivamente não será boa. Uma ressaca é uma coisa assustadora, durante a qual às vezes você realmente quer entrar no circuito. E o pior é que muitas pessoas que sofrem dessa “doença” não entendem como curá-la. Métodos populares nem sempre trazem resultados, e às vezes pioram ainda.

    Se você está tentando fugir de uma bebida divertida agora ou espera participar de uma em breve, será útil saber como se livrar de uma ressaca de forma rápida e eficaz. O diabo não é tão assustador, e no material de hoje vamos provar isso.

    Sintomas de ressaca

    Então, você acordou e percebeu que se sentia mal. Mas você tem certeza de que está de ressaca? Talvez seja outra coisa? Verifique com os sintomas.

    • Você está com dor de cabeça. A dor é maçante e muito intrusiva, embora possa ser pontual e dispersa. Em casos avançados, a cabeça dói com o tempo com a pulsação.
    • O coração bate mais rápido do que o normal, e seu ritmo se tornou desível. E o pulso é claramente dado nas têmporas.
    • Seus membros estão tremendo ou tremendo por todo o seu corpo, embora você não esteja com frio.
    • Há uma sensação de calafrios ou calor a uma temperatura corporal normal ou ligeiramente elevada.
    • Aumento da pressão e uma sensação de fraqueza severa.
    • Hearn alterna com náuseas severas a tal ponto que o estômago parece estar virado do avesso.
    • Vômitos e diarreia graves.
    • Olhos vermelhos com uma rede vascular clara.
    • Um “secador” sem fim que não pode ser abafado com uma grande quantidade de líquido.
    • Dor e irritação de sons altos, luz brilhante e objetos derretidos no campo de visão.
    • Humor fortemente deprimido até melancólico e estado depressivo.

    Se você tem um ou dois dos sintomas mencionados, isso não significa que você tenha uma ressaca. Mas o bingo de vários pontos é quase certo. Lembre-se de que, se você não bebeu álcool no dia anterior, mas tem um ou mais dos sintomas mencionados acima, você definitivamente deve consultar um médico.

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    Bom dia! Como se livrar de uma ressaca rapidamente

    Tipos de ressaca

    Existem várias opções de quão ruim você ficará depois de uma noite muito divertida.

    • ressaca clássicaUma base pela qual quase todas as pessoas passaram. Ocorre porque você bebeu muito álcool no dia anterior. Os sintomas são padrão: náusea, azia, fraqueza e tudo o mais que é descrito no parágrafo anterior.
    • Ressaca alérgicaÉ semelhante ao anterior, mas é agravado por uma alergia a alguns componentes de bebidas bêbadas. Febre alta, erupção cutânea, coceira na pele, dificuldade para respirar e inchaço grave do rosto são adicionados aos sintomas usuais.
    • Ressaca de álcool barato, caseiro ou falsificadoTais bebidas podem conter grandes quantidades de impurezas, óleos cinzentos e até venenos, o que leva a sintomas muito mais graves até a morte.
    • Síndrome de retiradaUma condição crônica que acompanha alcoólatras ávidos todas as manhãs. É impossível lidar com isso por métodos convencionais, e a única maneira de ababar o sofrimento é beber mais.

    Na maioria das vezes, os bêbados enfrentam a primeira opção – uma ressaca clássica. Mas isso não significa que será o mesmo para todos. Além disso, este estado é dividido em vários estágios.

    Estágios de ressaca

    Primeiro grau (leve)

    Acontece se você bebeu 600-700 ml de vinho, 1,5-2 litros de cerveja ou 150-200 ml de vodka no dia anterior (somos sobre um homem adulto pesando 75-80 kg). Os sintomas são levemente expressos. Não requer atenção especial – essa ressaca desaparece sozinha. Se você bebeu a quantidade mencionada de álcool, mas fez isso por muito tempo e comeu muitos lanches, então uma ressaca em geral provavelmente o ignorará.

    Segundo (secundário) grau

    O estágio mais comum de uma ressaca. Vem se à noite você “banir” um litro e meio de vodka, 2-3 garrafas de vinho ou um barril inteiro de cerveja. Tudo é sério aqui: e a cabeça parece explodir agora, e o estômago parece apertar em uma singularidade. Francamente falando, neste caso, a intervenção de um médico é desejável, mas a maioria dos sofredores prefere simplesmente deitar neste estado.

    Terceiro grau (pesado)

    Uma condição na qual há um passo de uma dor de cabeça insuportável para um derrame. A consciência está confusa, o aparelho vestibular balança com uma caneta, a orientação no espaço é zero. Nesse caso, você não pode se livrar de uma ressaca em casa – você precisa chamar uma ambulância imediatamente. A procrastinação pode levar a consequências graves ou muitas vezes à morte.

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    A gravidade de uma ressaca dependendo do estágio do alcoolismo

    Uma ressaca clássica é uma coisa desagradável, mas rara para a maioria das pessoas. Se você comemorar sexta-feira, o aniversário de alguém ou a véspera de Ano Novo, mas houver tempo suficiente entre essas festas (pelo menos uma semana ou duas), então uma síndrome de abstinência de ressaca grave completa não se transformará.

    A situação é bem diferente se uma pessoa bebe uma grande quantidade de álcool regularmente. Se uma bebida alegre acontecer pela primeira vez em um mês, a ressaca passará condicionalmente em algumas horas. Se o consumo alegre de álcool (especialmente forte) ocorre uma vez a cada poucos dias, então o álcool está fortemente integrado aos processos metabólicos do corpo. A ressaca neste caso dura muito mais tempo e só pode ser abafada com outra porção de poção alcoólica.

    Grosso modo, um alcoólatra inveterado sabe perfeitamente bem que o que ele bebe hoje o deixará muito mal amanhã. Mas amanhã ele estará tão doente que apenas outra dose pode ajudar nesta condição. A dose, por sua vez, causará uma ressaca novamente no dia seguinte, e assim por diante. E quanto mais esse círculo vicioso se repete, mais álcool é necessário para o “tratamento” de uma ressaca.

    Quanto mais o alcoolismo vai, mais pesada e mais longa a ressaca. Em casos avançados, é impossível se curar, e muitos métodos populares (incluindo amarrar um alcoólatra à bateria ou lavar à força o estômago com litros de chifir) podem prejudicar seriamente o paciente ou até mesmo matá-lo.

    Não há uma resposta clara para a questão de quão rápido você pode fugir de uma ressaca. Isso é influenciado por muitos fatores – o sexo do sofredor, idade, peso, estágio de alcoolismo, velocidade de bebida e disponibilidade de um lanche.

    Falando do aper. Você já ouviu uma frase divergente, dizem eles, “rouba o grau” e, portanto, é melhor beber álcool com o estômago vazio para o máximo de intoxicação? Isso não é bem verdade – a quantidade de álcool no sangue não diminuirá se você comer um palito de salsicha ou um pacote de batatas fritas junto com uma garrafa de vodka. Mas o lanche diminuirá muito a absorção de álcool pelas paredes do estômago, e os nutrientes resultantes suavizarão e retardarão o início da intoxicação. E, ao mesmo tempo, o lanche aliviará a ressaca subsequente ou até ajudará a evitá-la.

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    Então, pelo menos aproximadamente quanto tempo leva para o corpo remover completamente a ressaca?

    • Com uma leve ressaca, essa condição é a pior tolerada pela manhã depois de beber, mas depois de duas ou três horas fica mais fácil. Você pode se livrar completamente das consequências somente depois de outra parte completa do sono, mas a maioria dos sintomas desaparecerá dentro de 6 a 8 horas após acordar.
    • Com uma ressaca moderada, se você não fizer nada, será ruim para o dia inteiro, e no dia seguinte você terá fraqueza muscular e distração.
    • Uma ressaca forte raramente desaparece em um ou dois dias – geralmente leva mais tempo, e no hospital e em um IV. Nesse caso, não será possível dar prazos aproximados – tudo é muito individual.

    O que afeta a duração de uma ressaca? Claro, a quantidade e a força do álcool bebido. Mas estamos falando de outros fatores:

    • disponibilidade de um lanche;
    • tempo para beber: quanto mais longa a festa, mais fácil é para o corpo lidar com o veneno que entra e mais fácil será ter uma ressaca;
    • sexo do bebedor: o álcool é excretado do corpo masculino mais rápido do que da mulher;
    • idade para beber: um estudante vai fugir de uma ressaca muitas vezes mais rápido do que um aposentado;
    • o peso do bebedor: outras coisas sendo iguais, um copo de vodka será absorvido muito mais rápido por aqueles cujo peso é maior;
    • predisposição genética e doenças crônicas: em diferentes situações, o efeito pode ser imprevisível.

    Prepare cadernos e canetas – anote tudo o que você não pode fazer durante uma ressaca. A lista será impressionante. Durante uma ressaca, é proibido:

    • Fique de ressaca, ou seja, beba ainda mais álcool. Isso pode aliviar um pouco os sintomas, mas na verdade só prolongará o sofrimento e o intensificará mais tarde.
    • Tome paracetamol, exceto para aliviar o calor extremo. Esta droga tem uma forte carga no fígado, que já funciona para se desgastar durante uma ressaca.
    • Praticar esportes. Mesmo uma corrida leve pode ser prejudicial. O sofredor já tem pressão alta e desidratação, e o coração pode não suportar tal “uso”.
    • Beba bebidas revigorantes – café, bebidas energéticas ou chá forte. A dor de cabeça só vai aumentar.
    • Há alimentos que contêm muitos ácidos. Laranjas e pepinos em conserva irritam o estômago que já sofre. Sinta pena do trato gastrointestinal.
    • Tome um banho quente. Isso causará saltos de pressão e um sentimento de fraqueza.
    • Tome sedativos, incluindo antidepressivos. Nada acontecerá com o seu curso se você perder um dia. E se você não perder, com certeza vai piorar.
    • Dirija um carro mesmo que você já esteja sóbrio. Uma pessoa com ressaca é muito lenta e o tempo de reação é visivelmente reduzido. Os riscos de um acidente aumentarão.
    • Organize a “desintoxicação” ou morra de fome. Na Internet, muitas vezes você pode encontrar conselhos, eles dizem, não coma nada, no máximo – beba um smoothie. Mas os vegetais crus são uma pilha de fibras, que são mal absorvidas quando o trato gastrointestinal já está trabalhando no desgaste, e não há tantos nutrientes neles. Na melhor das hipóteses, você não vai se ajudar, na pior das hipóteses, você vai provocar vômitos.
    • Trabalhe usando dispositivos móveis ou um computador. Os olhos precisam descansar, caso contrário, eles serão tensionados pela imagem contrastante na tela próxima. Ignore este ponto – tenha uma nova porção de dor de cabeça severa.

    Não escolha nenhum caminho. Se possível, use todos eles, e o resultado não demorará muito.

    Fluido de economia

    Sushnyak? Não ature isso – beba mais líquido. Não apenas água. Faça chá, mas não muito forte. Abra um pote de compota, que você estocou desde o Ano Novo. Aqueça o caldo, só não exagere – deve estar quente, não quente.

    O fato é que, para restaurar o corpo e o pobre cérebro, antes de tudo, você precisa de líquido. Sem isso, a cabeça vai doer ainda mais, e com bastante bebida, o processo de sair de uma ressaca vai acelerar. Você não pode remover uma ressaca rapidamente com um litro de água, mas é fácil aliviar a condição.

    Se o líquido pede de volta todas as vezes, faz sentido beber uma droga antiemética. Por exemplo, “Tserukal” em todos os kits de primeiros socorros. Só não beba água da torneira – compre engarrafada ou filtre você mesmo. Um jarro de filtro como “Barrier Norma” com 4 graus de purificação e um volume de 3 litros ajudará nisso, e o recurso do filtro de substituição é suficiente para 350 litros.

    Esqueça a dieta

    Não dê ouvidos àqueles que dizem que é melhor não comer durante uma ressaca. É estúpido, porque você precisa de nutrientes para se recuperar. Não é recomendado comer vegetais e frutas crus (a exceção são as bananas, elas são muito úteis durante uma ressaca), deitar em picles e cogumelos, bem como abusar de alimentos gordurosos.

    Um pequeno top de pratos que o ajudará a se recuperar rapidamente após uma noite divertida.

    • Aveia na água. Não custa leite, mesmo que você não seja alérgico à lactose – é mais difícil de digerir. Não pode fazer a aveia perfeita? Uma multicozinha virá em socorro e fará tudo por você. Por exemplo, o Moulinex Fuzzy Logic fará tudo da melhor maneira e, com a função de manter aquecido, manterá o mingau aquecido por um dia inteiro.
    • Sopas não muito gordurosas. A opção ideal são as sopas de creme, que são fáceis de fazer com um liquidificador como o Tefal Quickchef+. Também é adequado para purê de batatas, o que também é muito útil para uma ressaca.
    • Omelete ou ovos mexidos, apenas sem uma abundância de especiarias. A melhor fonte de proteína.
    • Torrada com mel. Carboidratos e frutose restaurarão rapidamente os níveis de açúcar no sangue. É melhor usar pão integral. A propósito, escrevemos em detalhes sobre como assar pão delicioso em casa em um material separado.
    • Truta ou salmão. Saboroso, dietético e rico em proteínas. A opção ideal de cozinhar é em uma grelha aerodinâmica sem óleo. O modelo Brayer BR2032 é adequado – possui 8 modos predefinidos, uma temperatura máxima de 200° e uma janela conveniente para monitorar o processo.

    Você pode dormir mais hoje

    Dormir é a melhor cura para uma ressaca. Mas nem sempre funciona – náuseas e dor de cabeça interferem, e também o fato de você já ter dormido a noite toda. Sem problemas – apenas torne o processo mais confortável, e você definitivamente será puxado para o lado.

    • Feche as cortinas – o hormônio melatonina, que é necessário para adormecer, é produzido no escuro. Desligue tudo o que brilha.
    • Umedete o ar até uma marca confortável. Deerma DEM-F990DW pode facilmente lidar com essa tarefa, e o tanque de 4,8 litros vai durar o dia inteiro.
    • Peça a alguém da família para lhe fazer uma massagem para relaxar seu corpo. Ou use um travesseiro de massagem.
    • Faça uma sessão de terapia LED com uma máscara da Yamaguchi. Depois disso, será muito mais fácil adormecer.

    É hora de desemparar o kit de primeiros socorros em casa

    Tome medicação para ajudá-lo a lidar com uma ressaca. Certamente eles já estão no seu armário de remédios em casa:

    • “Tserukal” – de azia e náusea;
    • ibuprofeno, analgina, aspirina – de dor de cabeça;
    • enterosorbentes – ajudarão a remover toda a sujeira do álcool do corpo;
    • “Asparkam” – de dor muscular e fraqueza.

    É hora de dar um passeio

    O ar fresco é o seu melhor amigo em tal situação. Você comeu, bebeu, dormiu e usou drogas? Quando você se sentir melhor, vá lá fora. Dê um passo tranquilo: o movimento acelerará os processos metabólicos no corpo e ajudará a aliviar uma ressaca mais rapidamente. Mas se você se sentir mal, volte para casa imediatamente.

    O que fazer se for muito ruim?

    Em nenhum caso você pode tolerar isso se tiver se tornado completamente ruim. Sinta-se à vontade para chamar um médico. Um gotejador de limpeza pode ser colocado tanto em casa quanto no BSMP e, se necessário, os médicos lavarão o estômago. Os sintomas de ressaca desaparecerão dentro de uma ou duas horas.

    Não tenha vergonha – ninguém vai condená-lo por chamar um médico. Será um adulto e a decisão certa se você se sentir muito mal.

    Outro problema urgente durante uma ressaca. Não será possível remover completamente o cheiro até que o trato gastrointestinal volte ao normal – os vapores vêm não apenas da boca, mas também do estômago. Mas há algumas dicas sobre como disfarçar miasmas.

    • Escove os dentes e a língua.
    • Enxágue a boca com um produto especial – o mentol esconde perfeitamente o cheiro desagradável.
    • Mastigue chiclete, mas não frutas, mas hortelã ou, o melhor de tudo, eucalipto.
    • Beba um copo de água. O líquido acelerará o processo de remoção de substâncias indesejadas do estômago.
    • Beba chá com limão. Coma limão, assim como Gagarin na recepção da rainha inglesa.
    • Verdes judeus – endro, salsa, manjericão e tudo assim bem mascaram odores desagradáveis.
    • Tente não fumar – isso aumenta as vagas.

    Agora você sabe como aliviar uma ressaca. E sobre como evitar isso? Não é nada difícil. Se você não consegue evitar uma grande embriaguez, aqui estão algumas dicas para você.

    • Coma muita refeição o mais tardar uma hora antes da festa.
    • Durante a diversão, às vezes não beba apenas álcool – alterne um copo de cerveja com 100-200 ml de água limpa.
    • Tente não ficar e voltar para casa para ir para a cama no seu horário habitual.
    • Antes de ir para a cama, tome um enterosorvente (por exemplo, carvão ativado) e beba um copo de água. Coloque uma garrafa de água limpa ao lado da cama – você provavelmente acordará com uma terrível seca.
    • Durma o suficiente. Você precisa de pelo menos oito horas para dormir para nivelar adequadamente os efeitos da bebida.

    Mas o conselho mais importante é se controlar e não se deliciar com o desfavor. Caso contrário, uma ressaca terrível e uma visita aos médicos não podem ser evitadas. Lembre-se de que o consumo excessivo de álcool é prejudicial não apenas para você, mas também para seus entes queridos.

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    ressaca-3
  • Casos de dengue no Brasil caem 60% nas primeiras semanas do ano

    Casos de dengue no Brasil caem 60% nas primeiras semanas do ano

    Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses indicam que o Brasil registrou, ao longo das seis primeiras semanas de 2025, um total de 281.049 casos prováveis de dengue. O número representa uma redução de cerca de 60% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 698.482 casos prováveis da doença.

    Em nota, o Ministério da Saúde avaliou a redução como substancial e um reflexo da mobilização nacional promovida pela pasta de forma conjunta com estados e municípios. “O resultado é parte do Plano de Ação para Redução dos Impactos das Arboviroses, lançado pelo Governo Federal em setembro de 2024.

    Dengue
    Dengue

    Entre as unidades federativas, 17 registraram redução nos casos prováveis de dengue, sendo que as maiores quedas foram identificadas no Distrito Federal, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Amapá e no Paraná. Já em dez estados, incluindo Tocantins e Pernambuco, houve aumento no comparativo com as seis primeiras semanas de 2024.

    Em relação à incidência, os estados com maior número de casos prováveis por 100 mil habitantes são Acre, São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. São Paulo figura como estado com o maior número de casos prováveis do país: 164.463 mil apenas em 2025, um aumento de cerca de 60% em relação ao mesmo período do ano passado.

    Sorotipo 3

    De acordo com a pasta, a elevação preocupa, sobretudo em razão da presença de casos de infecção pelo sorotipo 3, que não circulava no país de forma predominante há mais de 15 anos. “Neste momento, por exemplo, a Força Nacional do SUS [Sistema Único de Saúde] mantém equipe em São José do Rio Preto, no interior do estado.”

    Este mês, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu alerta epidemiológico sobre o risco elevado de surtos de dengue tipo 3 nas Américas. De acordo com a entidade, a circulação do sorotipo já foi registrada em diversos países do continente – incluindo Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México e Peru.

    “A Opas pede aos países que reforcem sua vigilância, o diagnóstico precoce e a gestão clínica para que possam enfrentar um potencial aumento de casos de dengue”, destacou a organização, em nota. O comunicado cita ainda que a Argentina chegou a registrar alguns casos de dengue tipo 3 em 2024.

    O vírus da dengue conta, ao todo, com quatro sorotipos distintos, sendo que a imunidade contra um sorotipo oferece proteção vitalícia apenas contra esse sorotipo específico. “O que significa que infecções subsequentes com outros sorotipos podem aumentar o risco de formas graves da doença”, destacou a organização.

    Ainda de acordo com a entidade, o sorotipo 3 vem sendo associado a formas graves da doença, mesmo em infecções primárias (quando o paciente não possui histórico de infecções por outros sorotipos da dengue). “O cenário levanta preocupações sobre o potencial impacto do sorotipo 3 na saúde pública.”

    “O ressurgimento do sorotipo 3, após um período de ausência prolongada em determinadas áreas das Américas, aumenta a vulnerabilidade de populações que não foram previamente expostas a ele”, concluiu a Opas.

  • Dengue: Anvisa pede esclarecimentos para aprovar vacina do Butantan

    Dengue: Anvisa pede esclarecimentos para aprovar vacina do Butantan

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou mais informações e dados complementares sobre a vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan. Em nota, ela informou que concluiu, de forma antecipada, a análise de dados de qualidade, segurança e eficácia apresentados.

    “A equipe técnica da agência solicitou informações e dados complementares necessários para o seguimento da análise. Os questionamentos enviados contemplam dúvidas relacionadas aos três pacotes de dados apresentados pelo Instituto Butantan”, destacou a Anvisa.

    Ainda de acordo com o comunicado, por se tratar de um processo de submissão contínua, não há prazo definido para que o Butantan apresente as respostas solicitadas à agência reguladora. “Neste momento, a Anvisa aguarda o protocolo do pedido de registro da vacina”.

    Entenda

    A Anvisa recebeu, até o momento, três pacotes de dados referentes à vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan, distribuídos da seguinte forma:

    – do primeiro pacote, constam documentos administrativos e informações gerais sobre os estudos não clínicos e clínicos;

    – no segundo pacote, foram apresentadas informações sobre bula e rotulagem, visão geral clínica, relatório da análise de benefício-risco e relatórios de estudos clínicos controlados;

    – o terceiro pacote contempla a atualização de documentos entregues nos pacotes anteriores, além de resumos de qualidade e de dados não clínicos e clínicos em formato adequado.

    O procedimento de submissão contínua – criado pela agência em meio à pandemia de covid-19 – permite que o Instituto Butantan apresente dados e documentos em etapas, à medida que o trabalho de pesquisa e desenvolvimento for realizado.

    Vacinação em massa

    Em janeiro, o centro bioindustrial do Instituto Butantan anunciou o início da produção da vacina contra a dengue.

    Apesar da iniciativa, a população brasileira não será vacinada em massa contra a doença este ano. A dificuldade é fazer com que a fabricação ganhe escala de produção para chegar a uma centena de milhões de doses.

    “O Butantan está produzindo, mas não há previsão de uma vacinação em massa neste ano de 2025, isso é muito importante colocar, independente da Anvisa, porque é preciso ter escala nessa produção”, afirmou, à época, a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

    A previsão do Butantan é fornecer um milhão de doses este ano e totalizar 100 milhões em 2027. A entrega, entretanto, só poderá ocorrer após a liberação da Anvisa.

    Posteriormente, a vacina deverá ser submetida à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS).

  • Anvisa aprova novo tratamento para condição sanguínea rara

    Anvisa aprova novo tratamento para condição sanguínea rara

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do crovalimabe, um anticorpo monoclonal indicado para o tratamento da hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), condição sanguínea rara.

    A medicação é indicada para pacientes adultos e pediátricos, com 13 anos ou mais, e com peso corporal de pelo menos 40 quilos (kg).

    De acordo com a Roche Farma Brasil, fabricante do crovalimabe, trata-se do primeiro tratamento subcutâneo com aplicação rápida de baixo volume e simples administração (a cada quatro semanas) disponível no Brasil.

    Entenda

    A HPN afeta cerca de 3,5 mil pessoas no Brasil e 20 mil em todo o mundo. Em pacientes diagnosticados com a doença, os glóbulos vermelhos são destruídos pelo sistema complemento, uma parte do sistema imunológico que atua como primeira linha de defesa contra infecções.

    O quadro pode causar sintomas que variam desde anemia e fadiga até insuficiência renal e coágulos sanguíneos associados à trombose, principal causa de complicações e óbitos relacionados à HPN.

    Quando não tratada, a mortalidade em pacientes com HPN severa é de aproximadamente 35% em cinco anos.

    “Inibidores de C5, como o crovalimabe, bloqueiam a parte final da cascata do sistema complemento e têm se mostrado uma intervenção eficaz e segura, sendo utilizado por mais de 15 anos como padrão de tratamento”, destacou a Roche.

    De acordo com a farmacêutica, o medicamento também está sendo avaliado para o tratamento da síndrome hemolítico-urêmica atípica e da anemia falciforme, dentre outras.

    O crovalimabe já foi aprovado em países como Japão, Estados Unidos e Reino Unido, além dos Emirados Árabes Unidos e do Catar, para o tratamento de pacientes com HPN.

  • Dengue: um ano após início da imunização, procura por vacina é baixa

    Dengue: um ano após início da imunização, procura por vacina é baixa

    Um ano após o início da vacinação contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS), a procura pelo imunizante no país está bem abaixo do esperado. De fevereiro de 2024 a janeiro de 2025, 6.370.966 doses foram distribuídas. A Rede Nacional de Dados em Saúde, entretanto, indica que apenas 3.205.625 foram aplicadas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo-alvo definido pela pasta.

    A faixa etária, de acordo com o ministério, concentra o maior número de hospitalizações por dengue depois de pessoas idosas, grupo para o qual o imunizante Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, não foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O esquema vacinal utilizado pela pasta é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas.

    Entenda

    Em janeiro de 2024, 521 municípios foram inicialmente selecionados para iniciar a imunização contra a dengue na rede pública já em fevereiro. As cidades compunham 37 regiões de saúde consideradas endêmicas para a doença e atendiam a três critérios: municípios de grande porte, com mais de 100 mil habitantes; alta transmissão de dengue no período 2023-2024; e maior predominância do sorotipo 2.

    Atualmente, todas unidades federativas recebem doses contra a dengue. Os critérios de distribuição, definidos pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), seguem recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI). Foram selecionadas regiões de saúde com municípios de grande porte, alta transmissão nos últimos 10 anos e/ou altas taxas de infecção nos últimos meses.

    A definição de um público-alvo e de regiões prioritárias, segundo o ministério, se fez necessária em razão da capacidade limitada de fornecimento de doses pelo fabricante. A primeira remessa, por exemplo, chegou ao Brasil em janeiro do ano passado e contava com apenas cerca de 757 mil doses. A pasta adquiriu todo o quantitativo disponibilizado pelo fabricante para 2024 – 5,2 milhões de doses e contratou 9 milhões de doses para 2025.

    Prioridade para o SUS

    Em comunicado divulgado no ano passado, a Takeda informou a decisão de priorizar o atendimento de pedidos feitos pelo ministério para o fornecimento de doses da Qdenga. De acordo com a nota, o laboratório suspendeu a assinatura de contratos diretos com estados e municípios e limitou o fornecimento da vacina na rede privada, suprindo apenas o quantitativo necessário para que pessoas que tomaram a primeira dose completassem o esquema vacinal com a segunda dose.

    “Em linha com o princípio da equidade na saúde, a Takeda está comprometida em apoiar as autoridades de saúde, portanto, seus esforços estão voltados para atender a demanda do Ministério da Saúde, conforme a estratégia vacinal definida pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações que considera faixa etária e regiões para receberem a vacina. Conforme já anunciado, temos garantida a entrega de 6,6 milhões de doses para o ano de 2024 e o provisionamento de mais 9 milhões de doses para o ano de 2025.”

    Vacina

    A vacina Qdenga teve o registro aprovado pela Anvisa em março de 2023. Na prática, o processo permite a comercialização do produto no Brasil, desde que mantidas as condições aprovadas. Em dezembro do mesmo ano, o ministério anunciou a incorporação do imunizante ao SUS.

    Em 2024, o imunizante também foi pré-qualificado pela OMS. A entidade define a Qdenga como uma vacina viva atenuada que contém versões enfraquecidas dos quatro sorotipos do vírus causador da dengue e recomenda que a dose seja aplicada em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em locais com alta transmissão da doença.

    “A pré-qualificação é um passo importante na expansão do acesso global a vacinas contra a dengue, uma vez que torna a dose elegível para aquisição por parte de agências da ONU [Organização das Nações Unidas], incluindo o Unicef [Fundo das Nações Unidas para a Infância] e a Opas [Organização Pan-Americana da Saúde]”, avalis, à época, o diretor de regulação e Pré-qualificação da OMS, Rogerio Gaspar.

    “Com apenas duas vacinas contra a dengue pré-qualificadas até o momento, esperamos que mais desenvolvedores de vacinas se apresentem para avaliação, para que possamos garantir que as doses cheguem a todas as comunidades que necessitam delas”, completou. A outra dose pré-qualificada é a da Sanofi Pasteur.

    Alerta

    No mês passado, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu um alerta sobre a baixa procura pela vacina contra a dengue. A entidade destacou que o imunizante está disponível, atualmente, para um grupo restrito de pessoas em 1,9 mil cidades nas quais a doença é mais frequente e que apenas metade das doses distribuídas pelo ministério para estados e municípios foi aplicada.

    O alerta acompanha ações recentes de prevenção e monitoramento do Ministério da Saúde e chega em um momento de preocupação por conta da detecção do sorotipo 3 da dengue em diversas localidades. O sorotipo, de acordo com o ministério, não circula no país de forma predominante desde 2008 e, portanto, grande parte da população está suscetível à infecção.

    Procurada pela Agência Brasil, a pasta informou que a baixa disponibilidade para aquisição da Qdenga faz com que a vacinação não seja a principal estratégia do governo contra a doença. O ministério destacou ainda o lançamento do Plano de Ação para Redução da Dengue e Outras Arboviroses, que prevê a intensificação do controle vetorial do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.

    No início de janeiro de 2025, o ministério voltou a instalar o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), com o objetivo de ampliar o monitoramento de arboviroses no Brasil.

    Números

    Em 2024, o país registrou a pior epidemia de dengue, com 6.629.595 casos prováveis e 6.103 mortes por causa do vírus. Em 2025, o Painel de Monitoramento das Arboviroses já registra 230.191 casos prováveis da doença e 67 mortes confirmadas, além de 278 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 108 casos para cada 100 mil habitantes.

  • Pesquisa com bactérias na Amazônia pode desenvolver novos medicamentos

    Pesquisa com bactérias na Amazônia pode desenvolver novos medicamentos

    Parte da pesquisa de ponta em fármacos no Brasil se faz levando amostras de solo de Belém (PA) para um complexo de laboratórios maior que um estádio de futebol em Campinas, no interior paulista. Toda essa viagem é para colocar seres microscópicos no que é, grosso modo, o maior microscópio da América do Sul, o acelerador Sirius, parte do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). Com essa ferramenta, é possível entender como funcionam os genes das bactérias e quais substâncias elas conseguem criar. As equipes envolvidas buscam substâncias com potencial antibiótico e antitumoral, e os primeiros resultados foram publicados em dezembro em uma revista especializada internacional.

    O motivo dessa viagem do solo amazônico é a parceria entre o CNPEM e a Universidade Federal do Pará (UFPA). O trabalho de campo começou recolhendo amostras de solo dos interiores do Parque Estadual do Utinga, reserva de conservação constituída em 1993 e que conta com áreas restauradas e áreas sem intervenção humana recente. O grupo investigou três espécies bacterianas das classes Actinomycetes e Bacilli isoladas, de solo da Amazônia, compreendendo bactérias do gênero Streptomyces, Rhodococcus e Brevibacillus.

    O passo seguinte se deu quando os pesquisadores do laboratório EngBio, da UFPA, liderados por Diego Assis das Graças, usou o sequenciador PromethION, da Oxford Nanopore (Reino Unido), “que se destaca por gerar leituras de alta qualidade, permitindo o sequenciamento de genomas complexos com alta produção de dados e baixo custo. A tecnologia de sequenciamento baseada em nanoporos permite a análise em tempo real e a leitura direta de DNA. Além disso, sua portabilidade e flexibilidade o tornam adequado para aplicações em laboratório e campo”, explicou Diego, que é um dos autores do primeiro artigo escrito a partir dessa fase da pesquisa.

    Com esse sequenciamento, foi possível olhar para os genes e entender como eles atuam na construção de enzimas, e os caminhos que as tornam moléculas mais complexas. Metade delas era desconhecida.

    “Estas moléculas são o foco dos nossos estudos, pois têm grande importância para desenvolvimento de fármacos e medicamentos. Por exemplo, mais de 2/3 (dois terços) de todos os fármacos já desenvolvidos no mundo têm origem em moléculas pequenas naturais, os metabólitos secundários ou metabólitos especializados”, explicou a pesquisadora Daniela Trivella, coordenadora de Descoberta de Fármacos do LNBio (Laboratório Nacional de Biociências).

    A análise dos dados foi feita também no LNBio e utilizou o Sirius. Esse sequenciamento é muito mais acessível, em termos de custos e tempo, do que era há uma ou duas décadas. Com isso, é possível analisar o que Trivella explicou serem bactérias “selvagens”, ou seja, aquelas encontradas na natureza. A estimativa atual é que menos de 1 em cada 10 espécies de bactérias selvagens sejam cultiváveis em laboratório, e quando o são menos de 10% dos genes que carregam são expressos em laboratório. Todo o resto é “perdido” para a ciência, sem estes métodos de ponta. “Então, existem muitas bactérias que ainda não conhecemos e muitos produtos naturais que não conseguíamos produzir em laboratório, ou os produzíamos em baixíssimo rendimento”, completou Daniela.

    Em resumo, o lugar importa, e muito. “Os agrupamentos de genes biossintéticos são responsáveis pela produção de substâncias com potencial biológico, como medicamentos. Mesmo em organismos já estudados, como as bactérias do gênero Streptomyces, vimos que ainda há muitas substâncias desconhecidas nos exemplares isolados do solo da Amazônia. Isso mostra como o ecossistema é essencial para novas descobertas. A Amazônia, nesse sentido, continua sendo uma área rica e pouco explorada para desenvolver novos produtos”, disse em nota outro dos participantes, o pesquisador Rafael Baraúna (EngBio-UFPA), que coordenou o trabalho pela UFPA.

    O passo final foi levar a produção para uma escala de laboratório. Entendendo quais os genes que produzem cada substância, com uma técnica avançada chamada metabologenômica, os pesquisadores “convenceram” espécies de bactérias de manejo comum no laboratório a aceitarem esses genes e produzirem as substâncias, produzindo quantidades que possam ser testadas e trabalhadas. “Com o DNA codificante alvo, a bactéria domesticada, que não produzia o metabólito de interesse, passa a produzi-lo, pois recebeu artificialmente a sequência de DNA que vimos na floresta. Assim temos acesso a esta molécula para desenvolver novos fármacos a partir dela. Ou seja, um acesso a novas moléculas a partir de uma rota biotecnológica”, disse Trivella.

    Esse conjunto de testes não isola uma ou duas moléculas. Com toda a estrutura do CNPEN um laboratório dedicado, como o LNBio, pode realizar até 10 mil testes em um único dia. Essa velocidade compete com outra, voraz, a da devastação. O ano de 2024 teve o maior número de queimadas e incêndios na Amazônia nos últimos 17 anos. Para tentar ajudar na corrida, pelo lado da ciência, os investimentos para pesquisas no bioma, anunciados na última reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) estão no patamar de R$ 500 milhões nesta década, com potencial de ajudar a valorizar economicamente o território e sua cobertura original.

    Como parte dos alvos são moléculas para tratar infecções e tumores, o retorno tem potencial superior ao dos investimentos. “Todos estes métodos estão condensados na Plataforma de Descoberta de Fármacos LNBio-CNPEM. Esta plataforma realiza a pesquisa em novos fármacos, indo desde a preparação de bibliotecas químicas da biodiversidade e seleção de alvos terapêuticos para o desenvolvimento de fármacos, até a obtenção da molécula protótipo (a invenção), que então passa por etapas regulatória para chegar na produção industrial e aos pacientes na clínica”, ilustra Trivella. Segundo ela as próximas fases da pesquisa levarão as equipes de campo longe até de Belém, para a Amazônia oriental. Lá esperam confirmar o potencial imenso de novas moléculas do bioma e comeár a entendê-lo ainda melhor.

    Esse trabalho faz parte de um esforço maior para criar um centro de pesquisa multiusuário na UFPA, apoiado pelo CNPEM e por projetos nacionais como o Iwasa’i, recentemente implementado no contexto da chamada CNPq/MCTI/FNDCT Nº 19/2024 – Centros Avançados em Áreas Estratégicas para o Desenvolvimento Sustentável da Região Amazônica – Pró-Amazônia.

  • Casos de chikungunya dobram e Mato Grosso lidera mortes pela doença no Brasil

    Casos de chikungunya dobram e Mato Grosso lidera mortes pela doença no Brasil

    O número de mortes por chikungunya em Mato Grosso dobrou em menos de um mês, de acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses, atualizado pelo Ministério da Saúde. Até este domingo (9), o estado registrou seis óbitos causados pela doença, enquanto no final de janeiro eram três.

    Mato Grosso lidera o ranking nacional de mortes por chikungunya. Ao todo, o Brasil contabiliza sete óbitos, sendo o sétimo registrado em Minas Gerais. O Ministério da Saúde também investiga outra morte suspeita no estado, além de 8.104 casos prováveis da doença.

    Municípios com óbitos confirmados: Cuiabá – 4 mortes confirmadas e uma em investigação; Jaciara – 1 morte e Dom Aquino – 1 morte. Além disso, outros 13 óbitos estão sob investigação em diferentes estados do país, incluindo um em Mato Grosso.

    Emergência em Cuiabá

    Diante do aumento de casos, a Prefeitura de Cuiabá decretou estado de emergência na saúde pública, válido por 60 dias. A medida busca intensificar as ações de controle e prevenção, incluindo a criação de um Comitê de Operações Emergenciais.

    Sintomas da chikungunya

    Segundo o Ministério da Saúde, os principais sintomas da chikungunya incluem:

    Febre; Dores e inchaços nas articulações; Dores musculares e nas costas; Manchas vermelhas e coceira na pele; Dor de cabeça e atrás dos olhos; Conjuntivite não-purulenta; Sintomas gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia (mais comuns em crianças)

    Dengue e zika também preocupam

    Além da chikungunya, Mato Grosso também enfrenta um aumento nos casos de dengue. O estado já registrou 9.948 casos prováveis, com três óbitos sob investigação. Em relação à zika, não há casos prováveis confirmados até o momento.