Categoria: SAÚDE

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  • Entidades médicas pedem faixa etária maior para mamografia de rastreio

    Entidades médicas pedem faixa etária maior para mamografia de rastreio

    Entidades médicas apresentaram à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) um parecer defendendo a mamografia de rastreio para todas as mulheres entre 40 e 74 anos. O documento tenta mudar o critério a ser usado pela ANS para certificar planos de saúde em seu novo programa de valorização às boas práticas no tratamento do câncer.

    Em dezembro do ano passado, a Agência lançou uma consulta pública para receber contribuições sobre o programa, e divulgou a cartilha preliminar com orientações e critérios para os planos de saúde que desejarem obter a certificação. Mas acabou sendo alvo de protestos.

    Um dos principais critérios é a realização de rastreamento organizado, ou seja, a convocação das usuárias para realizarem exames regularmente, mesmo sem sintomas. No caso do câncer de mama, a cartilha seguiu o protocolo do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca): mamografias a cada dois anos para as mulheres com idades entre 50 e 69 anos.

    Mas para as entidades médicas, essa faixa etária exclui uma parcela importante da população. Após os protestos, a ANS concedeu um prazo de um mês para que as organizações apresentassem um parecer com evidências científicas, o que foi feito na semana passada.

    Aumento de casos

    Elaborado em conjunto pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Sociedade Brasileira de Mastologia e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, o parecer argumenta que em 2024, 22% das mulheres que morreram por câncer de mama no Brasil tinham menos de 50 anos, e 34% tinham mais de 70.

    Os estudos reunidos no documento também apontam que houve crescimento de casos de câncer em mulheres mais jovens, e que esses tumores geralmente são mais agressivos e tem mais risco de metástase.

    Para as entidades médicas, a mamografia deve incluir essas pessoas, porque o diagnóstico de câncer em pessoas assintomáticas, a partir de exames de imagem, demanda tratamentos que impactam menos a qualidade de vida da paciente, e tem menos risco de recidivas, metástases e mortalidade.

    “No grupo do rastreamento, o tumor é detectado no estágio inicial e apresenta características biológicas menos agressivas, permitindo maior número de cirurgias conservadoras da mama. Essas pacientes também possuem menos indicação de quimioterapia, consequentemente com menores efeitos colaterais do tratamento” diz o parecer.

    E as entidades complementam: “o diagnóstico precoce também é custo-efetivo e se associa a benefícios econômicos, porque reduz os custos do tratamento, ao evitar terapias caras para cânceres em estágios avançados”.

    Efetividade

    Mas de acordo com o diretor-geral do Inca, Roberto Gil, não há discussão sobre os benefícios do diagnóstico precoce, mas sim sobre a efetividade de aumentar a idade dos exames de rastreamento, que devem ser feitos por todas as mulheres, quando não há sintomas ou suspeita.

    “Nossa questão não está baseada na incidência da doença abaixo dos 50 anos, mas nas fortes evidências de que o rastreamento abaixo de 50 anos não tem sensibilidade, aumentando o risco de sobrediagnóstico e de maior número de intervenções, sobrecarregando todo o sistema de Saúde”, afirmou Gil na quinta-feira (27).

    Em entrevista anterior à Agência Brasil, Gil enfatizou: “A informação científica que temos hoje não é da opinião de um especialista, é da literatura médica, avaliada com o nível de evidência 1, meta-análise e estudo randomizado, que é o maior nível de evidência que se tem. Grande parte dos trabalhos não conseguiu mostrar nenhum aumento de sobrevida na faixa dos 40 aos 50 anos. Só houve aumento de sobrevida na faixa de 50 a 69 anos.”

    De acordo com ele, isso se explica pela maior densidade da mama de mulheres mais jovens, o que aumenta as chances de um resultado falso positivo, que precisará ser descartado por exames adicionais, ou até por cirurgias desnecessárias.

    Cobertura

    Brasília (DF), 01/10/2024 - Teste de mamografia realizado na Campanha Outubro Rosa: Sesc-DF, que oferece exames e consultas gratuitas às mulheres. Foto: José Cruz/Agência Brasil
    Teste de mamografia realizado na Campanha Outubro Rosa: Sesc-DF. Foto: José Cruz/Agência Brasil – José Cruz/Agência Brasil

     

    Mas tanto o Inca quanto as entidades médicas defendem o rastreamento organizado, apontado como um dos principais responsáveis pela queda nos casos de câncer em alguns países desenvolvidos.

    No Brasil, a cobertura da mamografia ainda é um desafio. A última Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, mostrou que menos de 60% das mulheres de 50 a 69 anos tinham feito mamografia há menos de dois anos da data da entrevista.

    Para Roberto Gil, esse é mais um argumento contra o aumento da faixa etária, porque a inclusão de mais pacientes pode dificultar o acesso das mulheres que já estão cobertas pelo protocolo: “Se eu estivesse fazendo um salto em altura, eu botei o meu sarrafo em 2 metros e não estou conseguindo pular. A minha próxima medida vai ser tentar melhorar e treinar muito para pular os 2 metros, ou elevar o sarrafo para 2,50?”

    Mas as sociedades médicas temem que, se o protocolo do Inca for mantido como critério pelo programa de acreditação da ANS, os planos de saúde passem a negar exames de rotina em pacientes fora da faixa etária, ainda que eles estejam cobertos pelo rol obrigatório.

    O parecer ressalta que o cenário do rastreamento é melhor na rede privada, onde “53% dos tumores são detectados pela mamografia, em pacientes assintomáticas, e 40,6% são diagnosticados no estágio I (menos agressivo)”, logo não há risco de prejuízo para as usuárias que já têm indicação, caso mais mulheres sejam incluídas.

    A ANS informou que recebeu o documento no dia 26 de fevereiro. “Neste momento, a proposta do Manual de Certificação de Boas Práticas em Atenção Oncológica passa pela análise das mais de 60 mil contribuições recebidas durante a Consulta Pública 144, sem previsão de conclusão”, disse a ANS em nota.

    A agência complementou que as análises vão embasar a proposta final de Certificação Oncológica, que será objeto de nova audiência pública.

  • Carnaval: O período pode piorar sintomas de bruxismo? Descubra

    Carnaval: O período pode piorar sintomas de bruxismo? Descubra

    Carnaval é uma das festas mais aguardadas do ano, cheia de música, dança e os tradicionais bloquinhos, o período também costuma trazer excessos que podem afetar a saúde de diferentes formas.

    Para quem sofre de bruxismo, esses dias de folia podem ser um verdadeiro desafio devido a um combo de fatores.

    O que é o bruxismo?
    O bruxismo é uma condição que causa o ranger ou apertar involuntário dos dentes,  o que pode ocorrer tanto durante o sono quanto ao longo do dia e causar vários sintomas, como dores musculares, desgaste dentário, dores de cabeça e dificuldades para dormir.

    Carnaval e os fatores de risco para o bruxismo
    Durante o Carnaval, diversos fatores podem agravar os sintomas do bruxismo, o consumo excessivo de álcool e o tabagismo, por exemplo, são conhecidos por afetar o sistema nervoso, aumentando a tensão muscular e a atividade involuntária dos músculos da mandíbula, como explica a PhD em em odontologia e pesquisadora do CPAH, Dra. Andrea Melo.

    “O álcool altera a qualidade do sono, fazendo com que o corpo fique mais tenso e favorecendo episódios de bruxismo, essa desregulação, que também ocorre por noites em claro ou alteração de ciclos do sono, são fatores de risco para o bruxismo “.

    “O descanso é fundamental para o relaxamento muscular e a recuperação do organismo, pular noites de sono pode gerar mais tensão na região da mandíbula e aumentar a frequência dos episódios de bruxismo”, destaca a especialista.

    Além disso, o próprio estresse da festa, seja pela movimentação intensa, pela pressão social ou pelo cansaço físico, pode intensificar o apertamento dental.

    “O corpo reage ao estresse de diferentes formas, e uma delas é o aumento da tensão muscular. No caso do bruxismo, essa tensão se concentra na região da mandíbula”,
     explica a Dra. Andrea.

    Como reduzir os impactos?
    Para curtir o Carnaval sem agravar o bruxismo, é fundamental ter equilíbrio, destaca a Dra. Andrea Melo, criadora de um método exclusivo de tratamento da condição.

    “A prevenção está no autocuidado, evite grandes oscilações na rua rotina de sono, durma bem, controle o consumo de álcool, fuja do cigarro, do estresse, beba muita água e faça exercício físico, caso note um aumento nos sintomas de bruxismo procure um especialista”, destaca.

  • Pós-carnaval: Sucos naturais podem ajudar a aliviar a ressaca?

    Pós-carnaval: Sucos naturais podem ajudar a aliviar a ressaca?

    Após os dias de folia, muitas pessoas sentem os efeitos do consumo excessivo de álcool e acabam lidando com a famosa “ressaca”, que pode causar dor de cabeça, enjoo, fraqueza e desidratação.

    Há diversas receitas caseiras para amenizar esses sintomas, e entre as mais populares estão os sucos naturais feitos com frutas e vegetais.

    Mas eles realmente ajudam?

    Os sucos naturais podem ajudar na recuperação?

    O álcool sobrecarrega o organismo, reduzindo os níveis de hidratação e esgotando nutrientes essenciais. Dessa forma, consumir sucos preparados com ingredientes ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes pode contribuir para a reposição de líquidos e nutrientes.  

    “Apesar de não existir uma solução única para curar a ressaca, é possível combinar diferentes alimentos para aliviar alguns sintomas”, explica a nutricionista e educadora física Dani Borges.

    A mistura de ingredientes como gengibre, limão e folhas verdes, por exemplo, pode ajudar na digestão e no alívio de náuseas. Já alimentos com alto teor de água, como melancia e pepino, auxiliam na reidratação do organismo.

    Sucos naturais ou sucos detox?

    “Eu, particularmente, não uso a palavra detox pois essa não é uma propriedade exclusiva dos sucos e de nenhum alimento específico de forma individual, mas sim um processo natural do corpo, não é um processo ‘milagroso’ que ‘cura’ a ressaca, é uma desintoxicação natural que não deve ser vista como uma forma de compensar excessos com o álcool”, ressalta Dani Borges.

    3 receitas de sucos para recuperar a energia pós-folia 

    Se a intenção é minimizar o desconforto e ajudar na recuperação do corpo, algumas combinações podem ser benéficas. Confira três sugestões da nutricionista Dani Borges:

    Suco verde refrescante

    – 1 folha de couve

    – 1 rodela de gengibre

    – Suco de 1 limão

    – 200 ml de água de coco

    – 1 fatia de abacaxi

    Bata tudo no liquidificador e beba sem coar.

    Suco hidratante de melancia

    – 2 fatias de melancia

    – Suco de meio limão

    – 5 folhas de hortelã

    – 200 ml de água

    Bata no liquidificador e sirva gelado.

    Suco digestivo de laranja e cenoura

    – Suco de 2 laranjas

    – 1 cenoura pequena

    – 1 colher de chá de cúrcuma

    – 200 ml de água

    Bata no liquidificador e consuma na hora.  

    “A ressaca pode ser evitada ou minimizada com bons hábitos antes, durante e depois da folia. Manter-se bem hidratado, dormir bem e ter uma alimentação equilibrada fazem toda a diferença, mas esses cuidados devem ser constantes para garantir o bem-estar no dia a dia”, finaliza Dani Borges.

  • Riscos de Doenças Sexualmente Transmissíveis no Carnaval: Especialista Alerta para a Importância da Prevenção

    Riscos de Doenças Sexualmente Transmissíveis no Carnaval: Especialista Alerta para a Importância da Prevenção

    Com a chegada do carnaval, cidades como Salvador e Rio de Janeiro se preparam para receber milhões de foliões em busca de diversão e celebração. No entanto, além da alegria e da música, essa época do ano também acende um alerta importante para a saúde pública: o aumento do risco de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

    De acordo com o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, pós-PhD em Neurociências, licenciado em Biologia e membro da Royal Society of Medicine no Reino Unido, o carnaval, com sua aglomeração e clima festivo, favorece comportamentos de risco, especialmente no que diz respeito ao sexo desprotegido. “O aumento do consumo de álcool e drogas pode reduzir o julgamento crítico, levando muitas pessoas a negligenciarem o uso do preservativo”, explica o especialista.

    Atenção redobrada: não só o HIV preocupa

    Embora o HIV tenha recebido grande atenção nas últimas décadas, outras DSTs continuam sendo uma preocupação significativa. Doenças como sífilis, gonorreia, clamídia, herpes genital, HPV (papilomavírus humano) e as hepatites B e C também representam riscos elevados. A sífilis, por exemplo, pode causar complicações neurológicas e cardíacas se não tratada. A gonorreia e a clamídia podem levar à infertilidade, especialmente nas mulheres, além de causar dores e desconfortos severos. O herpes genital, apesar de não ter cura, apresenta surtos recorrentes e dolorosos que afetam a qualidade de vida. O HPV, além das verrugas genitais, está diretamente relacionado ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer, como o de colo do útero, ânus e orofaringe. Já as hepatites B e C, quando crônicas, podem evoluir para cirrose e câncer hepático.

    Segundo o Dr. Fabiano, “há uma falsa sensação de segurança com os avanços no tratamento do HIV, mas esquecemos que existem outras infecções tão perigosas quanto. Muitas vezes, o foco excessivo no HIV leva ao descuido com outras DSTs que podem ser silenciosas, mas devastadoras”.

    Estimativas de risco

    Estudos apontam que durante o carnaval a taxa de relações sexuais casuais pode aumentar em até 50%, sendo que até 30% dessas relações podem ocorrer sem o uso de preservativos. Com base nesses dados, o risco hipotético de contrair uma DST pode variar entre 5% a 10% para pessoas sexualmente ativas que não utilizam proteção adequada.

    Cuidado é fundamental

    Para reduzir esses riscos, a principal recomendação continua sendo o uso do preservativo em todas as relações sexuais. Além disso, o especialista destaca a importância de campanhas educativas: “Precisamos reforçar a conscientização não só sobre o HIV, mas sobre todas as DSTs. A prevenção ainda é o melhor caminho”, conclui o Dr. Fabiano.

    carnaval é um momento de alegria, mas também requer responsabilidade. Proteger-se é a melhor maneira de garantir que a festa continue segura e saudável para todos os foliões.

  • Carnaval: Como evitar lesões durante a folia. Especialista dá dicas

    Carnaval: Como evitar lesões durante a folia. Especialista dá dicas

    Carnaval é um período de intensa movimentação física, com horas seguidas de dança, caminhadas longas e o uso frequente de calçados inadequados. Essa combinação de fatores gera um combo perigoso para a saúde articular, especialmente para pessoas com condições pré-existentes.

    De acordo com o neuro-ortopedista Dr. Luiz Felipe Carvalho, a sobrecarga sobre as articulações pode levar a lesões incômodas e até graves.

    “Os calcanhares e os joelhos são regiões especialmente vulneráveis, principalmente devido ao impacto constante e ao uso prolongado de salto alto, longos períodos de esforço em pé, etc.”, explica.

    As lesões mais comuns no carnaval
    Entre as lesões mais comuns estão a fascite plantar, que causa dor intensa na sola dos pés, a tendinite patelar, que surge devido ao excesso de impacto nos joelhos e tornozelos e as entorses com lesões ligamentares, muitas vezes provocadas por torções bruscas ao dançar ou caminhar em terrenos irregulares.

    “A empolgação da festa faz com que muita gente ignore os sinais do corpo em situação de estresse, e isso pode levar a uma complicação maior”, alerta Dr. Luiz Felipe Carvalho.

    Como prevenir lesões durante o carnaval?
    Para evitar problemas e curtir a folia sem preocupações, algumas medidas simples podem fazer toda a diferença na sua saúde articular.

    “Escolher calçados confortáveis, com amortecimento adequado, é fundamental. Se for usar salto alto, o ideal é alterná-lo com momentos de descanso. Alongamentos antes e depois da festa também ajudam a preparar e recuperar a musculatura, principalmente para quem sai em blocos, etc., e já sabe que realizará um grande esforço nas articulações”.

    “A desidratação também pode aumentar o risco de cãibras e fadiga muscular, comprometendo o bem-estar durante o evento, por isso, é importante beber bastante água durante esse período”, recomenda o Dr. Luiz Felipe.

  • Déjà Vu: Estudo do Dr. Fabiano de Abreu Agrela Foi Destaque nas Jornadas de Psicologia da Universidade de Aveiro

    Déjà Vu: Estudo do Dr. Fabiano de Abreu Agrela Foi Destaque nas Jornadas de Psicologia da Universidade de Aveiro

    A equipa organizadora do evento do Núcleo de Estudantes de Psicologia (NEP) da Universidade de Aveiro, em Portugal, selecionou o artigo científico do Dr. Fabiano de Abreu Agrela, pós-PhD em Neurociências e Especialista em Genômica, para ser apresentado em palestra nas Jornadas de Psicologia. O evento, realizado no Campus de Psicologia da universidade, contou com uma programação diversa, trazendo diferentes palestrantes e estudos sobre temas variados na área da psicologia.

    O estudo do Dr. Fabiano de Abreu Agrela abordou o fenômeno do déjà vu sob uma perspectiva neurocientífica detalhada. Intitulado “Passo a Passo Neurocientífico do Déjà Vu: O Caminho do Sinal Neural”, o artigo apresentou o percurso do sinal neural desde o estímulo visual até o processo de avaliação crítica pelo córtex pré-frontal.

    Conceitos Inovadores e Evidências Científicas

    O que tornou o estudo relevante para as Jornadas de Psicologia foi a profundidade com que explorou as conexões entre o déjà vu e diferentes perfis neuropsicológicos. A pesquisa levantou hipóteses fundamentadas sobre o aumento das ocorrências de déjà vu em pessoas com autismo, devido ao déficit de conexão no corpo caloso e maior predisposição à epilepsia. Também destacou como indivíduos superdotados, especialmente aqueles com dupla excepcionalidade e superdotação profunda, podem ter diferentes probabilidades de vivenciar o fenômeno, relacionadas à atividade da amígdala e à regulação do neurotransmissor glutamato.

    Outro ponto de interesse foi a relação entre o volume hipocampal e a frequência do déjà vu. O estudo sugeriu que uma maior eficiência na discriminação de memórias pode reduzir a incidência do fenômeno, o que tem implicações para a compreensão do processamento da memória e da percepção de familiaridade.

    Destaque nas Jornadas de Psicologia

    Durante a palestra, o Dr. Fabiano de Abreu Agrela apresentou os principais resultados do estudo, discutindo as possíveis aplicações práticas das descobertas tanto na psicologia clínica quanto na neurociência. O objetivo foi proporcionar aos participantes uma compreensão mais clara de como o cérebro processa memórias e sensações de familiaridade, contribuindo para debates qualificados e aprofundados sobre o tema.

    As Jornadas de Psicologia da Universidade de Aveiro ofereceram uma plataforma diversa, onde além do Dr. Fabiano de Abreu Agrela, outros especialistas também compartilharam seus estudos e perspectivas, enriquecendo a troca de conhecimento e a discussão científica.

    Para mais informações sobre o evento e as atividades desenvolvidas, os interessados podem acompanhar as redes sociais do NEP-AAUAv no Instagram (@nep_aauav) e Facebook (Núcleo de Estudantes de Psicologia – AAUAv).

  • Kaiut Yoga Inaugura Nova Sede em São Paulo: Ciência, Saúde e Bem-Estar para Trasnformar Vidas

    Kaiut Yoga Inaugura Nova Sede em São Paulo: Ciência, Saúde e Bem-Estar para Trasnformar Vidas

    A nova sede do Kaiut Yoga foi oficialmente inaugurada em São Paulo, no último sábado, 22 de fevereiro de 2025, marcando um novo capítulo para o maior grupo de yoga do Brasil. Localizada no bairro Jardim América, a estrutura moderna e adaptada reforça a proposta do método Kaiut Yoga, que alia tradição milenar do yoga a fundamentos científicos voltados para o bem-estar e a longevidade.

    Método Kaiut Yoga: Tradição com Embasamento Científico

    Desenvolvido há mais de 30 anos por Francisco Kaiut, o método adapta as práticas tradicionais do yoga às necessidades do corpo moderno. A nova sede foi projetada para oferecer uma experiência imersiva, com equipamentos terapêuticos personalizados e um ambiente acolhedor. O método, reconhecido pela sua abordagem terapêutica, tem atraído praticantes de diversas partes do mundo, especialmente dos Estados Unidos, Austrália, África do Sul e Europa.

    Durante o evento, Francisco Kaiut lançou o livro Viagem ao Coração da Dor, que explora a sua trajetória e os princípios do método Kaiut Yoga. “Esta nova sede é um espaço para prática, aprendizado e conexão. É um convite para aprofundar a relação com o método e vivenciar seus benefícios transformadores”, afirmou o professor.

    Nova sede do Kaiut Yoga em Sao Paulo une tradicao milenar e ciencia para promover saude e bem estar. Divulgacao
    Divulgação

    Conexão com a Ciência e o CPAH

    A inauguração reforçou a parceria do Kaiut Yoga com o CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito, dirigido pelo Dr. Fabiano de Abreu Agrela, neurocientista e um dos maiores especialistas em inteligência humana do país. O CPAH reúne uma equipa multidisciplinar de médicos e cientistas, incluindo cardiologistas, cirurgiões plásticos, ortopedistas, psiquiatras e outros profissionais da saúde, que estudam os impactos do Kaiut Yoga na saúde física e mental.

    Esses e muitos outros especialistas colaboram ativamente em pesquisas sobre os efeitos da prática do yoga no sistema nervoso, na neuroplasticidade e no bem-estar geral. As contribuições científicas do CPAH reforçam o embasamento do método Kaiut Yoga, alinhando-o com práticas baseadas em evidências e ampliando seu reconhecimento no meio acadêmico e médico.

    Impacto Internacional e Local

    Com mais de 500 alunos registrados e 250 participantes ativos semanalmente, o Kaiut Yoga consolida-se como um ponto de referência em São Paulo, atraindo turistas internacionais e fortalecendo o turismo de bem-estar na cidade. A fusão entre tradição e ciência tem ressoado globalmente, trazendo ao Brasil visitantes interessados não só na prática, mas também nos estudos científicos que sustentam o método.

    A nova sede do Kaiut Yoga está localizada na Rua Groenlândia, 1768 – Jardim América, e já oferece aulas regulares ministradas por Francisco Kaiut. Com uma rede de mais de 1.000 professores certificados ao redor do mundo, o método mantém sua base em São Paulo como um ponto focal para inovação e prática terapêutica.

    Informações da Nova Sede do Kaiut Yoga

    • Endereço: Rua Groenlândia, 1768 – Jardim América, São Paulo
    • Telefone: (11) 96909-2086
    • Instagram: @kaiut_yoga_sp

    A nova fase do Kaiut Yoga reforça seu compromisso com a saúde, o bem-estar e a integração entre corpo e mente, apoiado por uma sólida base científica e uma equipe renomada do CPAH.

  • Ministério da Saúde lança estratégia para vacinar 3 milhões de jovens contra o HPV

    Ministério da Saúde lança estratégia para vacinar 3 milhões de jovens contra o HPV

    O Ministério da Saúde promoverá uma estratégia nacional com o objetivo de vacinar adolescentes de 15 a 19 anos que ainda não foram imunizados contra o HPV (papilomavírus humano) . A ação visa corrigir o acúmulo de não vacinados desde 2014, quando a vacina foi introduzida no Brasil, e proteger uma faixa etária altamente vulnerável a doenças relacionadas ao HPV como o câncer de colo do útero.

    O resgate de adolescentes não vacinados será realizado prioritariamente em 121 municípios, que possuem as maiores proporções de jovens não protegidos. Esses municípios têm um total de 2,95 milhões de adolescentes que precisam ser vacinados. A meta da estratégia é imunizar ao menos 90% do público-alvo.

    Estão previstas ações de microplanejamento que envolvem a mobilização de estados e municípios para vacinar adolescentes em pontos estratégicos como escolas, faculdades e salas de vacinação. Os municípios deverão elaborar seus próprios planos de ação, com base nos dados locais, para garantir que a vacina chegue até os adolescentes que perderam a oportunidade de serem imunizados anteriormente.

    Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), ressalta a importância dessas ações direcionadas e da utilização de dados locais para alcançar os adolescentes não vacinados. “Temos vacinas suficientes e um planejamento sólido para garantir a vacinação dos nossos adolescentes, incluindo aqueles que não foram vacinados na idade recomendada e que agora estão fora dessa faixa”, observa.

    Painel para o HPV

    Como parte dessa estratégia, foi apresentada uma ferramenta tecnológica inovadora para apoiar os gestores municipais. Trata-se de um painel específico para o HPV, disponível no sistema do Ministério da Saúde, que permitirá aos gestores visualizar as coberturas vacinais por faixa etária desde 2014. A ferramenta ajuda a identificar as áreas mais críticas e a comparar a evolução dos indicadores de vacinação ao longo dos anos. “Esse painel será essencial para o planejamento local, ajudando a direcionar esforços para as populações mais vulneráveis”, explica o diretor.

    Os três estados com os maiores índices de adolescentes não vacinados contra o HPV são o Rio de Janeiro (54%), Acre (40%), Distrito Federal (38%), Roraima (36%) e Amapá (32%).

    Resgate

    Estima-se que em 2024 cerca de 7 milhões de adolescentes de 15 a 19 anos ainda não tenham recebido a vacina. Todas as orientações para realização da estratégia poderão ser consultadas na publicação “ Recomendações para o resgate dos não vacinados com a vacina HPV ”, disponível no site do Ministério da Saúde.

    João Moraes
    Ministério da Saúde

  • Suplementação de cálcio passa a ser universal contra riscos de mortalidade materna na gestação

    Suplementação de cálcio passa a ser universal contra riscos de mortalidade materna na gestação

    O Ministério da Saúde publicou neste mês orientação aos profissionais de Atenção Primária à Saúde para a suplementação de cálcio no atendimento a gestantes que realizam o acompanhamento pré-natal pela Rede Alyne. A rede é a principal estratégia do SUS para fortalecer o pré-natal e reduzir as desigualdades no cuidado materno e infantil. E a suplementação de cálcio tem o objetivo de ajudar na prevenção de distúrbios hipertensivos na gestação.

    A hipertensão na gravidez é fator de risco para a ocorrência da pré-eclâmpsia, que está entre as principais causas de mortalidade materna no Brasil. O distúrbio pode levar a complicações graves, como parto prematuro e óbito materno e neonatal. Para combatê-lo, o Ministério da Saúde publicou a Nota Técnica Conjunta nº 251/2024, estabelece a suplementação universal de cálcio para gestantes.

    A medida, baseada em recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e já prevista no protocolo de atenção ao pré-natal de baixo risco do Ministério da Saúde desde 2012, integra a Rede Alyne.

    “Esse é um avanço fundamental na nossa estratégia de redução da mortalidade materna. Com essa iniciativa, fortalecemos a Rede Alyne e reafirmamos nosso compromisso com a saúde das mulheres, principalmente aquelas que vivem em situação de vulnerabilidade, garantindo um pré-natal mais seguro e acessível a todas. Nosso compromisso é com o Brasil onde todas as mães tenham acesso ao cuidado e à dignidade que merecem”, acredita a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

    Por que suplementar cálcio?

    Estudos mostram que a suplementação diária de cálcio reduz em até 55% o risco de pré-eclâmpsia. “A condição pode se manifestar a partir da 20ª semana de gestação e levar a complicações graves, como insuficiência hepática, insuficiência renal, descolamento prematuro de placenta e restrição do crescimento fetal”, explica a coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Mulheres, Renata Reis.

    Desde 2011, a OMS recomenda a suplementação de cálcio para gestantes com baixa ingestão do nutriente ou em situações de alto risco para pré-eclâmpsia. No Brasil, dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (2017-2018) apontam que mais de 96% das mulheres adultas consomem menos cálcio do que o recomendado, reforçando a necessidade da oferta universal do suplemento.

    Como será feita a suplementação no SUS?

    A nova diretriz recomenda que todas as gestantes recebam suplementação diária de cálcio, seguindo este protocolo:

    • Público: todas as gestantes atendidas no Sistema Único de Saúde (SUS), com início da suplementação a partir da 12ª semana de gestação até o parto;
    • Dosagem: dois comprimidos diários de carbonato de cálcio (1.250 mg, equivalente a 1.000 mg de cálcio elementar);
    • Prescrição: pode ser feita por médicos, enfermeiros e nutricionistas das equipes da APS;
    • Cuidados na administração: o suplemento não deve ser ingerido junto com a suplementação de ferro, sendo necessário um intervalo de duas horas entre os suplementos para garantir a absorção adequada de cada um.

    Equidade em saúde

    Criada para enfrentar a mortalidade materna e infantil, a Rede Alyne estrutura ações para um pré-natal seguro, com acesso oportuno e qualificado. A iniciativa prioriza gestantes em situação de vulnerabilidade e coloca no centro da política pública a redução das desigualdades raciais no acesso à saúde materna e infantil.

    A inclusão da suplementação universal de cálcio na Rede Alyne reforça a importância de um pré-natal completo, acessível e baseado em evidências científicas, para que as gestantes tenham acesso não apenas ao suplemento, mas também a um conjunto de cuidados essenciais. Isso inclui o fortalecimento da nutrição materna, com base nas diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira.

    Próximos passos: acesso e distribuição

    A distribuição do suplemento de cálcio será feita dentro do planejamento da assistência farmacêutica do SUS, com responsabilidade compartilhada entre estados, municípios e o Distrito Federal. A implementação da medida será acompanhada pelas equipes da APS, garantindo que as gestantes tenham acesso ao suplemento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

    Raiane Azevedo/Ministério da Saúde, com edição da Agência Gov

  • Entenda a relação entre a infecção por VSR e a bronquiolite

    Entenda a relação entre a infecção por VSR e a bronquiolite

    O Ministério da Saúde anunciou esta semana que vai incorporar ao Sistema Único de Saúde (SUS) uma vacina recombinante contra o vírus sincicial respiratório (VSR), uma das principais causas de infecções respiratórias graves em bebês, incluindo os temidos quadros de bronquiolite.

    Trata-se da vacina Abrysvo, produzida pela farmacêutica Pfizer. Segundo o ministério, a dose será aplicada em gestantes visando proteger o bebê ao longo dos primeiros meses de vida. A portaria oficializando a incorporação e detalhando o esquema vacinal deve ser publicada nos próximos dias.

    VSR e bronquiolite

    De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o VSR figura como um dos principais vírus associados à bronquiolite, quadro caracterizado pela inflamação dos bronquíolos – pequenas e finas ramificações dos brônquios que transportam o oxigênio até o tecido pulmonar.

    Segundo a SBIm, o vírus circula com maior intensidade no inverno e no início da primavera, períodos em que pode causar epidemias. No Brasil, a sazonalidade do VSR varia conforme as diferentes regiões do país. Surtos em outras estações do ano, entretanto, não são incomuns, sobretudo em países de clima tropical.

    “Quase todas as crianças são infectadas com VSR pelo menos uma vez até os dois anos de idade. Recorrências em outros momentos da vida são comuns, uma vez que a infecção não proporciona imunidade completa, mas, em geral, são menos graves”, destaca a SBIm.

    Nos Estados Unidos, por exemplo, o VSR é responsável por mais de 50 mil hospitalizações entre menores de cinco anos. Já no Brasil, dados da Secretaria de Atenção Primária à Saúde indicam que o vírus é responsável por cerca de 80% dos casos de bronquiolite e até 60% dos quadros de pneumonia em crianças menores de 2 anos.

    De acordo com a SBIm, algumas condições crônicas aumentam o risco de infecção grave por VSR: doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e a asma; doenças cardiovasculares, como insuficiência cardíaca congestiva e doença arterial coronariana; imunocomprometimento moderado ou grave; diabetes mellitus; distúrbios renais e hepáticos; e distúrbios hematológicos.

    Sintomas

    A maioria das crianças infectadas pelo VSR apresenta sintomas leves, geralmente semelhantes aos de um resfriado comum. Em menores de dois anos, entretanto, a infecção pode evoluir para sintomas mais graves e associados à bronquiolite.

    Inicialmente, há coriza, tosse leve e, em alguns casos, febre. Em um a dois dias, pode haver piora da tosse, dificuldade para respirar, aumento da frequência respiratória – com chiado a cada expiração – e dificuldade para mamar e deglutir. Como sinal da menor oxigenação, pode haver azulamento de dedos e lábios.

    Diagnóstico e tratamento

    O diagnóstico, de acordo com a SBIm, é clínico, mas a identificação e a confirmação de infecção por VSR são feitas somente por meio de exames laboratoriais, incluindo testes rápidos e ensaios moleculares, como PCR-RT, que detectam o antígeno viral.

    “Não há tratamento específico para o VSR. Diante de um quadro grave, é imprescindível a hospitalização para oxigenoterapia e outras medidas de suporte. Pode ser necessário o uso de respiradores mecânicos, em ambiente de UTI [unidade de terapia intensiva], destacou a entidade.

    “A maioria dos pacientes inicia a recuperação em cerca de sete dias e se restabelece totalmente. Entretanto, crianças podem desenvolver alterações respiratórias crônicas e tornam-se mais propensas à asma no futuro”, completou a SBIm.

    Transmissão

    O VSR é transmitido pelas secreções do nariz ou da boca da pessoa infectada, por contato direto ou por gotículas. A transmissão começa dois dias antes de aparecerem os sintomas e só termina quando a infecção está completamente controlada. O período de maior contágio é nos primeiros dias da infecção.