Categoria: SAÚDE

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  • Aumento de hospitalizações infantis por sintomas respiratórios

    Aumento de hospitalizações infantis por sintomas respiratórios

    Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) tiveram um crescimento entre crianças pequenas, segundo o novo boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (10) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A alta nas hospitalizações é associada ao vírus sincicial respiratório (VSR), causador da bronquiolite, cuja incidência ocorre em praticamente todo o país e tende a crescer no outono e no inverno.

    O estudo é referente à Semana Epidemiológica de 30 de março a 5 de abril, e também alerta para os primeiros indícios de crescimento dos casos de SRAG por influenza, o vírus da gripe. Esse aumento ocorre especialmente no Mato Grosso do Sul, onde as hospitalizações pelo vírus têm atingido jovens, adultos e idosos.

    De acordo com a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz, Tatiana Portela, com o início de aumento dos casos de influenza no Mato Grosso do Sul, é fundamental que todas as pessoas dos grupos prioritários, crianças de seis meses a seis anos, assim como gestantes e idosos, se imunizem contra o vírus.

    “Especialmente as pessoas dos grupos prioritários que moram nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Sudeste, onde a campanha de vacinação contra o vírus já começou”, explicou.

    Em nota, Tatiana reforça ainda a importância de, “em caso de aparecimento de sintomas de gripe ou resfriado, sair de casa usando máscara, assim como dentro de locais fechados e com maior aglomeração de pessoas e nos postos de saúde”.

    Estados e capitais

    No total, 13 dos 27 estados apresentam incidência de SRAG com sinal de crescimento na análise das últimas semanas: Acre, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe.

    Situação nacional

    Em 2025, já foram notificados 31.796 casos de SRAG, sendo 12.527 (39,4%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 14.113 (44,4%) negativos, e ao menos 3.060 (9,6%) aguardando resultado laboratorial.

    Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 10,3% de influenza A, 1,6% de influenza B, 50,4% de vírus sincicial respiratório, 31,4% de rinovírus, e 9,2% de Sars-CoV-2 (Covid-19).

  • Por que você procrastina? Seu cérebro e suas emoções são as peças-chave, afirma especialista

    Por que você procrastina? Seu cérebro e suas emoções são as peças-chave, afirma especialista

    A cena já é conhecida: Você tem uma tarefa importante, um prazo se aproximando e, mesmo assim, se vê organizando a gaveta, assistindo a vídeos aleatórios ou simplesmente adiando.

    A explicação, segundo a terapeuta e especialista em comportamento empresarial Simone Resende, não é preguiça — é o funcionamento do seu cérebro e a forma como você lida com emoções desconfortáveis.

    Procrastinação é, muitas vezes, uma tentativa de evitar sensações como ansiedade, medo do fracasso ou autocrítica”, explica Simone.

    “Nosso cérebro prefere recompensas imediatas a tarefas que exigem esforço ou que despertam inseguranças e aí também entram as questões comportamentais”.

    As causas vão além da falta de organização
    Fatores como perfeccionismo, baixa autoestima, fadiga mental e até mesmo um ambiente desorganizado podem contribuir para o adiamento crônico de tarefas.

    “Muitas vezes, adiamos porque nos sentimos sobrecarregados ou porque acreditamos que não vamos dar conta. A boa notícia é que, uma vez compreendidas essas causas, é possível agir de forma mais consciente e produtiva tanto na vida pessoal, quanto na profissional”, comenta a especialista.

    Cinco dicas práticas para vencer a procrastinação
    1 – Divida grandes tarefas em etapas menores

    Quebrar um projeto em ações simples diminui a ansiedade e aumenta a sensação de progresso;

    2 – Use a técnica Pomodoro
    Trabalhe por 25 minutos focado, seguidos de 5 minutos de pausa. Isso ajuda a manter a atenção sem esgotar o cérebro;

    3 – Estabeleça prioridades diárias
    “Nem tudo é urgente. Saber o que é realmente importante te ajuda a direcionar sua energia de forma inteligente”, afirma Simone;

    4 – Ajuste suas expectativas
    Perfeccionismo paralisa. Lembre-se de que feito é melhor do que perfeito;

    5 – Observe suas emoções sem julgamento
    Identifique o que está sentindo ao evitar uma tarefa. Medo? Cansaço? Insegurança? Entender é o primeiro passo para mudar.

    “Procrastinar é um pedido do seu sistema para olhar com mais atenção para suas emoções e sua forma de lidar com elas”, finaliza Simone Resende.

  • Campanha de vacinação contra a gripe começa nesta segunda

    Campanha de vacinação contra a gripe começa nesta segunda

    Começa nesta segunda-feira (7) a campanha nacional de vacinação contra a influenza. A meta é imunizar 90% dos chamados grupos prioritários, que incluem crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos e gestantes. Também podem receber a dose:

    – trabalhadores da saúde;

    – puérperas;

    – professores dos ensinos básico e superior;

    – povos indígenas;

    – pessoas em situação de rua;

    – profissionais das forças de segurança e de salvamento;

    – profissionais das Forças Armadas;

    – pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);

    – pessoas com deficiência permanente;

    – caminhoneiros;

    – trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);

    – trabalhadores portuários

    – funcionários do sistema de privação de liberdade;

    – e população privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (com idade entre 12 e 21 anos).

    Proteção

    De acordo com o Ministério da Saúde, o imunizante distribuído na rede pública protege contra um total de três vírus do tipo influenza e garante uma redução do risco de casos graves e óbitos provocados pela doença.

    Em 2025, a dose contém as seguintes cepas: H1N1, H3N2 e B. A administração, de acordo com o ministério, pode ser feita junto com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação.

    Doses

    Para a vacinação deste ano, a pasta adquiriu um total de 73, 6 milhões de doses. No primeiro semestre, 67,6 milhões de doses devem ser distribuídas para as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. No segundo semestre, 5,9 milhões serão enviadas para o Norte.

    Inverno amazônico

    A campanha, este ano, será realizada em dois momentos:

    – primeiro semestre (março/abril): nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul

    – segundo semestre (setembro): na Região Norte, alinhando-se ao período de maior circulação viral na região, o chamado inverno amazônico.

    Eficácia e segurança

    Ainda de acordo com a pasta, a vacina contra a gripe é capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e dos óbitos relacionados à doença.

    O imunizante é contraindicado para crianças menores de 6 meses e pessoas com histórico de anafilaxia (reação alérgica) grave após doses anteriores.

    Cobertura

    Em 2024, a cobertura vacinal contra a gripe entre os públicos prioritários foi de 48,89% na Região Norte e 55,19% nas demais regiões.

    “O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação e conta com a participação de toda a população. Vacinar-se é um ato de cuidado próprio e coletivo. As vacinas são seguras, eficazes e gratuitas.”

  • Brasil amplia prevenção e adota tratamentos inovadores para eliminar a tuberculose

    Brasil amplia prevenção e adota tratamentos inovadores para eliminar a tuberculose

    O Brasil vem intensificando os esforços para eliminar a tuberculose como problema de saúde pública, com um forte investimento na prevenção e no uso de cuidados inovadores. Em 2024, o tratamento preventivo cresceu 30% em comparação a 2023, impulsionado pela ampliação das terapias medicinais de curta duração, de três meses, que já representam 72% do total, conforme dados do Boletim Epidemiológico da Tuberculose 2025 .

    O tratamento da infecção latente da tuberculose – quando a pessoa tem a doença, mas de forma adormecida – é fundamental para evitar o desenvolvimento da doença ativa, especialmente em contatos domiciliares, crianças e grupos mais vulneráveis, como pessoas vivendo com HIV/aids .

    Com o objetivo de aumentar a adesão a esse tipo de tratamento preventivo, o Ministério da Saúde ampliou o uso de uma terapia encurtada chamada 3HP, que combina os antibióticos isoniazida e rifapentina em doses semanais, durante três meses. Ou seja, um total de 12 doses até o fim do processo. As duas substâncias são combinadas em um mesmo comprimido, e, geralmente, uma dose para adulto corresponde a três comprimidos.

    Em 2024, 72% dos tratamentos preventivos adotaram esse regime – um salto em relação aos 52,4% registrados no ano anterior. A maior adesão se deve à curta duração e à menor toxicidade do 3HP, uma vez que ele causa menos náuseas e mal-estar que o cuidado clássico somente com a isoniazida, antibiótico cujo protocolo de uso é de 180 doses, com duração de 6 a 9 meses.

    A mudança nessa adesão aos medicamentos levou a uma taxa de conclusão de 80% dos tratamentos iniciados, a mais alta entre as terapias disponíveis pelo SUS.

    “As tecnologias preventivas viabilizam a meta de eliminação, por isso é muito importante que sejam cada vez mais inovadoras. Em breve, teremos uma terapia de 28 dias, que pode ter uma adesão ainda melhor”, diz Draurio Barreira, diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde .

    Embora a tuberculose ainda seja uma das doenças infecciosas mais letais do mundo, com essa atuação na prevenção, o Brasil tem se destacado globalmente na luta para eliminação da doença, recebendo da Organização Mundial da Saúde (OMS) o reconhecimento por seus méritos. O SUS oferece gratuitamente, além das terapias medicamentosas, a vacina BCG , que protege crianças contra as formas graves da doença.

    Número de diagnósticos segue com reflexos da pandemia

    O Boletim Epidemiológico da Tuberculose 2025 também mostrou que o número de diagnósticos de novos casos segue no patamar de 84 mil, embora tenha sido registrada uma pequena queda de 2023 (84.994) para 2024 (84.308). O número vem em crescente desde 2020, quando foram 69.681 registros.

    O quadro se deve, principalmente, às implicações da pandemia de Covid-19 , que levaram a uma subnotificação, como explica Draurio Barreira. “Na pandemia, houve uma tendência de queda em todo o mundo, não só no Brasil. Agora, estamos na retomada dos diagnósticos. Mas isso deve perder força, como já começa a acontecer em alguns países, com um arrefecimento desse pico nos próximos anos e retorno ao patamar anterior”, diz.

    Nos anos de pandemia, muita gente que estava com tuberculose acabou sendo diagnosticada como paciente de Covid-19. Além disso, muitas pessoas, em isolamento, evitaram procurar os serviços de saúde no período pandêmico e, ainda, sem saber que estavam com a doença e sem tratá-la, podem ter infectado familiares. Esse quadro afetou também o número de óbitos.

    Brasil Saudável: estratégia intersetorial para eliminação da tuberculose

    Além das medidas preventivas, o Brasil adotou uma abordagem inovadora para combater a tuberculose e outras doenças ligadas à vulnerabilidade social. O programa Brasil Saudável é uma iniciativa inédita no mundo, que reúne 14 ministérios e parceiros estratégicos – como organismos internacionais e organizações da sociedade civil – para implementar ações intersetoriais voltadas à redução das desigualdades associadas à tuberculose e consequentemente, contribuir para a eliminação da doença.

    Mais investimentos no combate à doença

    O compromisso do governo com a eliminação da tuberculose também se reflete no aumento de investimentos. O Ministério da Saúde destinou R$ 100 milhões para reforçar a vigilância, prevenção e controle da doença , dentro do Incentivo Financeiro às Ações de Vigilância, Prevenção e Controle do HIV/aids, da Tuberculose, das Hepatites Virais e das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

    Entre 2023 e 2024, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foram lançadas chamadas públicas para financiar pesquisas sobre tuberculose , totalizando R$ 20 milhões em investimentos. Além disso, R$ 6 milhões foram disponibilizados para projetos de mobilização social liderados por organizações da sociedade civil.

    Outra iniciativa importante foi o lançamento do Prevenir TB , um aplicativo desenvolvido para apoiar profissionais de saúde do SUS na tomada de decisões com informações estratégicas sobre o tratamento preventivo da tuberculose.

    No Prevenir TB, o profissional seleciona as características e tem uma resposta indicando se a escolha deve ser por iniciar o tratamento para prevenção ou se não é necessário. O sistema faz algumas perguntas e guia para a tomada de decisão clínica. Por exemplo, se é o caso de alguém que teve contato com um infectado por tuberculose, o aplicativo questiona, entre outras coisas, se há sintomas.

    O app utiliza a tecnologia Progressive Web App (PWA) , permitindo acesso prático em diversos dispositivos e navegadores.

    Destaca-se ainda que o Ministério da Saúde tem atuado amplamente na qualificação da vigilância e cuidado à tuberculose por meio de ações de apoio técnico e assessoramento aos profissionais, gestores e coordenações de tuberculose nos estados e municípios, dentre os quais destaca-se a disponibilização de dados estratégicos e informações epidemiológicas que orientam a tomada de decisões e elaboração de políticas territoriais. O Boletim Epidemiológico de 2025 soma-se a essas ações e apresenta os dados atualizados da tuberculose no Brasil.

    O objetivo da pasta é cada vez mais reforçar seu protagonismo no combate à tuberculose, apostando na prevenção, inovação e articulação intersetorial para eliminar a doença como problema de saúde pública.

  • Rastreamento de câncer de intestino identifica lesões em 231 pacientes

    Rastreamento de câncer de intestino identifica lesões em 231 pacientes

    Uma ação de rastreamento de câncer de intestino resultou na identificação de 462 lesões em 231 pacientes (54%), com pelo menos 4 casos de câncer avançado já encaminhados para tratamento. Na mobilização, realizada na Cidade de Goiás (GO), foram oferecidos 8 mil testes fit (exame de sangue oculto nas fezes) com uma taxa de positividade em torno de 8%.

    Foram encaminhados para a colonoscopia 563 pacientes, sendo que 423 realizaram o exame.

    Considerada a maior ação de rastreamento de câncer de intestino do mundo, o mutirão foi realizado entre os dias 16 e 22 março, envolvendo 65 médicos voluntários, profissionais de enfermagem, servidores da policlínica da cidade de Goiás e da prefeitura da Cidade de Goiás.

    Todos os moradores entre 45 e 70 anos da cidade foram convocados para participar da ação de rastreamento. O estudo foi uma parceria entre a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED).

    Segundo o presidente da SBCP, Sérgio Eduardo Alonso Araújo, na literatura médica, há cada vez mais evidências do aumento significativo de novos casos de câncer do intestino entre pacientes com menos de 50 anos, e a mortalidade nessa faixa etária também tem aumentado.

    “Assim, diversas sociedades no mundo passaram a recomendar os exames diagnósticos mais cedo, aos 45 anos, o que passamos a adotar e a fazer o alerta”, explicou

    A idade de rastreamento sugerida pelas entidades foi reduzida este ano de 50 para 45 anos. De acordo com recente pesquisa divulgada pela Fundação do Câncer, os casos de câncer colorretal devem aumentar 21% até 2040.

    Diagnóstico

    Cerca de 65% dos casos de câncer de intestino são diagnosticados em estágios avançados, o que dificulta a recuperação dos pacientes, além de exigir procedimentos mais agressivos, como quimioterapia, radioterapia e cirurgias mais complexas e invasivas.

    O câncer de intestino é o único que pode ser prevenido ao se localizar um pólipo adenomatoso e retirá-lo em colonoscopia, evitando que vire uma lesão cancerosa.

  • Saúde bucal: entenda importância e cuidados com cremes dentais

    Saúde bucal: entenda importância e cuidados com cremes dentais

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, na última quinta-feira (27), uma resolução que suspendia todos os lotes do Creme Dental Colgate Total Clean Mint. Segundo a Anvisa, a medida era preventiva e temporária, com o intuito de proteger a saúde da população.

    A suspensão teria duração de 90 dias, período no qual a Anvisa conduziria investigações sobre reações adversas notificadas e relacionadas ao produto. No mesmo dia da publicação da resolução, entretanto, a agência suspendeu a interdição do creme dental, após apresentação de recurso pela empresa.

    Ainda assim, a Anvisa emitiu um alerta sobre a possibilidade de ocorrência de reações indesejáveis diante do uso de cremes dentais que contenham fluoreto de estanho na formulação. Este é o primeiro alerta de segurança emitido no Brasil sobre reações adversas associadas ao uso de cremes dentais contendo fluoreto estanoso.

    Cremes dentais

    De acordo com o Conselho Federal de Odontologia (CFO), a escovação com creme dental fluoretado é uma estratégia comprovadamente eficaz, segura e apontada como a principal razão para o declínio das lesões de cárie observado no Brasil e no mundo desde a década de 1970.

    O Ministério da Saúde destaca que a pasta de dente com fluoreto é importante para diminuir a prevalência de cárie dentária. Todas as pessoas, segundo a pasta, apresentam, em algum grau, perdas de minerais ou desmineralização dos dentes devido aos ácidos liberados pelas bactérias na presença de alimentos açucarados.

    “Entretanto, o indivíduo que não escova os dentes com pasta de dente fluoretada e não tem uma alimentação adequada, ingerindo com frequência alimentos e bebidas açucaradas e produtos ultraprocessados (que contêm excesso de sal, gordura e açúcar), apresenta muito mais probabilidade de desenvolver cárie dentária.”

    “Por isso, é importante que se utilize pasta fluoretada pelo menos duas vezes ao dia durante a limpeza da boca. É possível também usar água fluoretada e creme dental fluoretado, pois não há incompatibilidade entre eles”, completou o ministério.

    Dosagem correta

    No momento da escovação, a orientação do ministério é que seja usado creme dental fluoretado com no mínimo 1 mil partes por milhão (ppm) de flúor. Para checar a dosagem, basta observar no verso da embalagem a concentração do flúor.

    “O mais importante é a frequência diária de uso da pasta e não a quantidade de pasta colocada na escova”, destacou o ministério.

    Anvisa

    Já a Anvisa refere-se aos cremes dentais como produtos de higiene oral de venda livre que, quando usados corretamente, ajudam a manter os dentes limpos e saudáveis. Segundo a agência, os que são formulados com fluoreto estanoso têm reconhecidas propriedades antimicrobianas e anticárie.

    “No entanto, estudos científicos têm descrito reações adversas a cremes dentais contendo fluoreto estanoso, incluindo dor, ulceração, vermelhidão, sensação de queimação, bolhas na boca, entre outros sintomas”, destacou.

    No Brasil, dados oficiais de cosmetovigilância da Anvisa, somados a relatos em mídias sociais, plataformas de reclamações de consumidores e reportagens da imprensa, evidenciam um padrão crescente de reações adversas a esses cremes dentais.

    O alerta, segundo a agência, tem como objetivo informar profissionais de saúde e consumidores sobre riscos potenciais desse tipo de produto, além de destacar a importância de relatar as reações adversas à Anvisa e fornecer orientações para um uso mais seguro e consciente.

    Recomendações

    A Anvisa pede que profissionais de saúde monitorem sinais de alterações bucais, orientem seus pacientes sobre possíveis reações adversas advindas de cremes dentais e recomendem alternativas para indivíduos sensíveis.

    “Consumidores devem estar atentos a sinais de irritação, interromper o uso do produto e procurar um dentista ou médico em caso de desconforto persistente”, destacou a agência.

    A Anvisa acrescenta que os fabricantes têm que fornecer na rotulagem informações claras sobre possíveis reações adversas e instruções de uso adequadas, além de orientar sobre possíveis grupos de consumidores sensíveis.

    Em caso de dúvida, a recomendação é buscar órgãos locais de vigilância sanitária ou entrar em contato diretamente com a Anvisa pela internet, acessando o formulário eletrônico do Fale Conosco, ou pelo telefone 0800 642 9782.

  • Nova espécie de fungo causador da Paracoccidioidomicose é descoberta em Cuiabá

    Nova espécie de fungo causador da Paracoccidioidomicose é descoberta em Cuiabá

    Pesquisadores do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM-UFMT), em Cuiabá, identificaram uma nova espécie de fungo denominada Paracoccidioides lutzii, responsável por causar a Paracoccidioidomicose (PCM), uma infecção fúngica que afeta principalmente trabalhadores rurais, garimpeiros e pessoas com contato frequente com o solo.

    De acordo com os especialistas, o fungo se aloja no solo e pode ser inalado quando a terra é remexida, atingindo os pulmões e causando danos crônicos. A doença pode resultar em sequelas pulmonares graves, como fibrose pulmonar, além de provocar manifestações clínicas como úlceras na mucosa oral e nasal, inchaço dos gânglios cervicais, lesões na pele, em ossos e problemas oculares.

    Os estudos indicam que os homens são mais afetados pela PCM, em uma proporção de 14 para 1 em relação às mulheres. Segundo os pesquisadores, o hormônio estrogênico exerce um efeito protetor, reduzindo a incidência da doença entre mulheres antes da puberdade e após a menopausa.

    A coordenadora da pesquisa, doutora Rosane Hahn, destaca que a Paracoccidioidomicose não tem cura, mas pode ser controlada com o tratamento adequado. Os casos diagnosticados recebem acompanhamento no HUJM.

    Para aprimorar o diagnóstico da doença, o Ministério da Saúde está financiando um projeto que busca desenvolver um antígeno, permitindo sua utilização em laboratórios de análises clínicas nos estados brasileiros (LACENs).

    A pesquisadora também lidera um projeto em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), que visa coletar amostras de sangue de agricultores familiares para a realização de sorologia, contribuindo para estudos epidemiológicos da doença.

  • SUS vai substituir papanicolau por exame mais sensível ainda este ano

    SUS vai substituir papanicolau por exame mais sensível ainda este ano

    A partir deste ano, o teste citopatológico para a detecção do HPV, popularmente conhecido como papanicolau, deve ser gradualmente substituído, no Sistema Único de Saúde, pelo exame molecular de DNA-HPV. Com isso, o tempo de intervalo entre as coletas, quando não houver diagnóstico do vírus, passará a ser de cinco anos. Já a faixa-etária para o exame de rastreio, quando não houver sintomas ou suspeita de infecção, permanece a mesma: de 25 a 49 anos.

    A mudança faz parte das novas diretrizes para o diagnóstico do câncer do colo do útero, apresentadas nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). O conjunto de orientações já foi aprovado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde e pela Comissão de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (Conitec). Resta apenas a avaliação final da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Saúde para entrar em vigor.

    O papilomavírus humano, ou HPV, é o causador de mais de 99% dos casos de câncer decolo do útero, que é o terceiro mais incidente entre as mulheres brasileiras, com cerca de 17 mil novos casos por ano. Com altas coberturas de vacinação e de exames de rastreio organizado, especialistas acreditam que a doença pode ser erradicada em cerca de 20 anos.

    O teste molecular é recomendado como exame primário para detectar o HPV pela Organização Mundial da Saúde desde 2021, porque é mais eficaz para a redução de casos e óbitos, em decorrência da sua maior sensibilidade. Ele também permite identificar o subtipo do vírus, caso o resultado seja positivo, o que oferece uma grande vantagem, já que apenas algumas variantes têm risco de provocar lesões que podem evoluir para câncer.

    O pesquisador da Divisão de Detecção Precoce do Inca Itamar Bento explica que essas vantagens permitem um espaçamento maior entre as coletas.

    “O teste DNA-HPV tem um valor preditivo negativo muito forte, ou seja, se a pessoa tiver resultado negativo, a gente pode de fato confiar nesse resultado. E, conhecendo a história natural da doença, a evolução das lesões, é uma margem segura aguardar cinco anos para fazer um novo teste.”

    Além disso, a implementação do novo teste deverá ser combinada com a realização de rastreio organizado, quando o sistema de saúde busca ativamente as pessoas, em vez de esperar que elas procurem as unidades de saúde. “É necessário que a população alvo seja identificada e convocada ativamente e individualmente. E é preciso garantir que ela terá acesso à confirmação diagnóstica e ao tratamento das lesões havendo essa necessidade”, complementa o pesquisador do Inca.

    De acordo com dados do Sistema de Informação do Câncer, entre 2021 e 2023, apenas três estados tiveram cobertura de realização de papanicolau próxima de 50% do público-alvo. Todos os outros tiveram uma porcentagem abaixo desse patamar, e alguns não têm dados completos para análise. Além disso, há estados, como Acre, Maranhão e Mato Grosso, onde a maior parte dos resultados foi entregue após 30 dias, o que dificulta a realização de exames confirmatórios para que a paciente inicie o tratamento em até 60 dias, como determina a legislação.

    Por isso, o rastreamento organizado também prevê uma linha de conduta organizada, como explica Itamar Bento: “A pessoa faz um teste de DNA-HPV, e, se não foi detectado, ela só vai repetir o exame após 5 anos. Se foi detectado um tipo oncogênico, como o 16 e o 18, que são responsáveis por 70% das lesões precursoras de câncer, ela vai ser encaminhada diretamente à colposcopia. Se a colposcopia identificar uma doença cervical, vai seguir para condutas específicas.”

    As novas diretrizes também trazem outras duas inovações: a autocoleta do material para teste em populações de difícil acesso ou resistentes ao exame feito por profissional de saúde; e orientações para o atendimento de pessoas trangênero, não binárias e intersexuais.

  • Anvisa fará consulta pública para atualizar regulamentação sobre uso de cannabis

    Anvisa fará consulta pública para atualizar regulamentação sobre uso de cannabis

    A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou, nesta quarta-feira (26/3), a abertura de Consulta Pública para revisar a atual regulamentação de produtos de cannabis. A minuta de resolução ficará aberta por 60 dias e, durante este período, qualquer interessado poderá fazer contribuições à proposta de atualização da regulamentação feita pela Anvisa.

    Atualmente, os produtos de cannabis no Brasil são regulamentados pela RDC 327/2019 , que define as regras para que os produtos possam ser autorizados no país e vendidos no varejo farmacêutico.

    O voto do diretor relator do tema (anexo abaixo) trouxe uma análise detalhada do atual cenário dos produtos de cannabis no país e os motivos das atualizações que estão sendo propostas.

    Dentre os pontos da proposta estão incluídos temas como atendimento às Boas Práticas de Fabricação, vias de administração, publicidade de produtos, validade da autorização sanitária, prescrição, dispensação, importação de insumos para produção nacional, rotulagem, entre outros.

    De acordo com o diretor-presidente substituto e relator do tema, a norma é fundamental para os pacientes que utilizam este produto, pois, além do registro como medicamento, a regularização como produto de cannabis é o único caminho regulatório possível para a comprovação da qualidade mínima necessária aos produtos de cannabis. No Brasil, os produtos com derivados da cannabis podem ser regularizados em duas categorias distintas: como medicamento, seguindo as normas de comprovação de eficácia e segurança de medicamentos, ou como produto de cannabis, que tem um processo simplificado. Existem hoje no país um medicamento de cannabis aprovado e 36 produtos de cannabis regularizados.

    Os diretores também aprovaram a abertura de um processo regulatório para revisar a resolução RDC 660/2022 , que trata da importação excepcional de produtos de cannabis para uso pessoal. Os produtos importados pela RDC 660 não têm qualquer avaliação da Anvisa quanto à qualidade, segurança ou composição.

    A Consulta Pública acerca da revisão da RDC 327 será publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.

    Histórico

    A publicação da RDC 327/2019 foi motivada, principalmente, pela crescente demanda pela disponibilização desses produtos no mercado brasileiro. A categoria dos produtos de cannabis está sujeita a um processo mais simplificado de regularização quando comparado à via convencional de registro de medicamentos, o que não exclui a obrigatoriedade de que tais produtos sejam comprovadamente submetidos aos mesmos procedimentos de boas práticas de fabricação e controle de qualidade aplicáveis a medicamentos.

    A revisão da resolução 327/2019 não tem relação com a decisão do STJ, que recentemente emitiu decisão para que a União regulamente o plantio de cannabis e cânhamo no Brasil. As determinações do STJ referentes ao plantio de cânhamo e cannabis estão sendo coordenadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) e envolvem outros entes da administração federal.

  • Médicos alertam para riscos da gripe em pessoas com mais de 60 anos

    Médicos alertam para riscos da gripe em pessoas com mais de 60 anos

    O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou em 2024 um crescimento de 189% nas hospitalizações de idosos por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza, em relação a 2023. Para chamar a atenção da população para os riscos da gripe em pessoas com mais de 60 anos, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), em parceria com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), realiza nesta quarta-feira (26) o encontro Além da Gripe – Um debate sensível à gravidade dos riscos e impactos provocados pelo vírus da influenza.

    O objetivo do encontro é fazer um alerta sobre a sazonalidade da gripe, principalmente por conta dos baixos índices vacinais e dos riscos que este cenário pode causar para a população idosa. Segundo as entidades organizadoras, a sazonalidade está associada ao começo do outono e à mudança do clima em vários lugares do país, época em que as baixas temperaturas podem contribuir para que o vírus acabe circulando com mais intensidade, o que aumenta a necessidade de proteção e o risco de hospitalização.

    De acordo com as entidades, a partir dos 40 anos, o risco de ataque cardíaco aumenta em dez vezes e o de AVC oito vezes nos primeiros três dias após uma infecção por influenza e idosos permanecem com risco elevado para AVC até dois meses depois de se contaminar pelo vírus, o que reflete nas admissões em UTI, que cresceram 187% e em 157% mais óbitos.