Categoria: SAÚDE

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  • Covid-19: vacina de RNA da Fiocruz tem eficácia em testes com animais

    Covid-19: vacina de RNA da Fiocruz tem eficácia em testes com animais

    A vacina contra a covid-19 com tecnologia de RNA mensageiro, que está sendo desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apresentou excelente eficácia nos testes em animais.

    Os resultados foram semelhantes aos demonstrados pelas vacinas de mRNA já disponíveis no mercado, como as da Pfizer e da Moderna, segundo informou a coordenadora de Implantação do Hub Regional de Desenvolvimento e Produção de Produtos RNA, do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos – Bio-Manguinhos, Patrícia Neves. 

    Rio de Janeiro (RJ), 07/05/2025 –A coordenadora de Desenvolvimento e Produção de Produtos RNA de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Patrícia Neves, participa do 9º Simpósio Internacional de Imunobiológicos. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

    Coordenadora de Desenvolvimento e Produção de Produtos RNA de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Patrícia Neves. Foto – Fernando Frazão/Agência Brasil

    Neste momento, o instituto está fazendo os testes laboratoriais de segurança, que devem ser concluídos em julho.

    “Instalamos a primeira área de produção de boas pŕaticas de fabricação de produtos RNA da América Latina. É um grande avanço para o Brasil e motivo de orgulho pra nós. Já produzimos três lotes de controle e dois lotes de vacina, que estão sendo usados nos últimos estudos toxicológicos. Não tivemos nenhum evento adverso grave, nem mortalidade dos animais”, afirmou.

    Para testar a segurança da vacina, animais estão sendo avaliados de forma “microscópica” para garantir que as substâncias usadas na produção não causaram nenhuma toxicidade aos tecidos e órgãos. Quando todos os experimentos forem concluídos, o instituto vai solicitar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a autorização para inciar os testes em humanos. 

    Teste em humanos

    A expectativa é que até o final do ano a agência conceda a autorização para o início da fase 1 dos testes em voluntários. Outras rodadas de testes em humanos devem ser realizadas até que o instituto possa pedir à Anvisa o registro do produto. 

    Apesar de não haver previsão para o término do processo, os primeiros resultados são “bastante animadores”, de acordo com a coordenadora de Bi0-Manguinhos. Testes indicam que, em poucos anos, o Brasil terá uma vacina de mRNA contra a covid-19 altamente eficaz, produzida em território nacional por uma instituição pública. Isso significa que ela poderá ser adquirida pelo Ministério da Saúde a um custo bastante inferior. 

    O sucesso da vacina também vai comprovar a validade da plataforma de RNA mensageiro desenvolvida por Biomanguinhos, que utiliza uma nanopartícula lipídica para levar as informações genéticas do coronavírus até o interior das células do sistema imunológico. Essa molécula sintética “ensina” o sistema imunológico do organismo humano a produzir anticorpos para combater o vírus que causa a covid-19, caso a pessoa seja infectada por ele após a vacinação

    Se a plataforma se mostrar efetiva, vai possibilitar que Biomanguinhos adapte a mesma molécula a agentes causadores de outras doenças, acelerando a produção de novas vacinas.

    “A natureza do RNA e da nanopartícula que recobre esse RNA não muda. O que muda é a sequência genética que está dentro. Você pode trocar pela sequência do antígeno de outras doenças e o processo de desenvolvimento é muito mais rápido”, explica Patrícia

    Mais quatro projetos de novos imunizantes já estão em andamento, mas ainda em fase inicial, para prevenir a leishmaniose, o vírus sincicial respiratório (VSR), a febre amarela e a tuberculose. Contra a leishmaniose ainda não há vacina, mas imunizantes de RNA para o VSR, a febre amarela e a tuberculose podem ser mais vantajosos do que as versões atualmente disponíveis, aumentando a proteção e possibilitando a aplicação em pessoas que hoje têm contra-indicação. 

    Patrícia Neves destaca também a importância estratégica de um instituto público brasileiro dominar essa tecnologia. 

    “É só a pontinha do iceberg porque o RNA tem emergido como uma molécula muito versátil e a gente tem vários tipos de RNA, que têm outros papéis no desenvolvimento das doenças, e a gente pode utilizar como alvo e como produto para terapias para tratar tumores e doenças genéticas raras, por exemplo, e outras doenças que hoje são de difícil tratamento.”

  • Rio retoma nesta quarta-feira vacinação atualizada contra covid-19

    Rio retoma nesta quarta-feira vacinação atualizada contra covid-19

    A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-RJ) retoma nesta quarta-feira (7) a vacinação atualizada contra a covid-19 que protege contra a cepa JN.1. A secretaria recebeu 20.700 doses. O primeiro grupo a ser vacinado é de idosos que vivem em instituições de longa permanência.

    O município do Rio também recebeu 13.040 doses do imunizante Pfizer Baby para aplicação em crianças de seis meses a 4 anos.

    A vacina é segura e previne contra a variante mais recente da covid-19, a JN.1, reduzindo o risco de internação e mortalidade pela doença. Para se vacinar, é preciso que o idoso tenha tomado a dose anterior, há um ano.

    Nas próximas semanas, sem data definida, com a chegada de mais doses, a expectativa é imunizar contra a doença outros grupos prioritários nas 240 salas de vacinação em unidades de atenção primária, como as clínicas da família e centros municipais de saúde. A vacina também pode ser tomada nas duas unidades do Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, na zona sul, e no Park Shopping Campo Grande, na zona oeste.

    Dia D

    No próximo sábado (10), das 8h às 17h, será realizado o Dia D de vacinação contra a gripe, com atendimento em todas as salas das unidades de atenção primária, no Super Centro Carioca e em centenas de pontos extras distribuídos pela cidade. Esses pontos ficam em locais estratégicos para facilitar o acesso das pessoas, como praças, associações de moradores, igrejas, centros comerciais e escolas. Serão disponibilizadas mais de 500 mil doses da vacina contra a influenza.

    No município do Rio, todas as pessoas a partir de 6 meses de idade podem tomar a vacina da gripe. As únicas exceções são pessoas com histórico de alergia grave em dose anterior do imunizante. Não há indicação de imunização para crianças com menos de 6 meses.

    Para se imunizar, é necessário apresentar documento de identificação e, se possível, a caderneta de vacinação. A dose é anual. Quem se vacinou no ano passado precisa tomar nova dose este ano. Para quem já tomou o imunizante anteriormente, o esquema vacinal é de dose única. Em 2025, mais de 700 mil usuários já se imunizaram contra a gripe e a meta no Rio, até o final da campanha, é proteger cerca de 3 milhões de cariocas.

    Rio de Janeiro (RJ), 21/08/2023 – O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz durante entrevista à Agência Brasil no Centro de Operações (COR), na Cidade Nova, região central da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde – Arquivo/Agência Brasil

    “O pico da doença ocorre nos meses de julho e agosto, no inverno. Então é importante que a população esteja imunizada antes desse período. O ideal é que as pessoas busquem se vacinar o mais rápido possível, para estar protegidas. É uma vacina muito segura e, para facilitar o acesso, disponibilizamos centenas de pontos de vacinação em toda a cidade. Muitas unidades estão com programações lúdicas e culturais para tornar o Dia D uma grande festa da saúde, como o carioca gosta e merece. No último Dia D, em 2024, foram vacinadas 208 mil pessoa,s e a expectativa é superar essa marca em 2025, no próximo sábado”, disse, em nota, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

  • Região Norte do Brasil registra casos de mpox

    Região Norte do Brasil registra casos de mpox

    Entre 1º de janeiro e 30 de abril, o estado do Amazonas registrou 63 notificações de mpox, sendo 33 casos confirmados e 29 descartados. A Secretaria de Saúde do Amazonas informou que, até o momento, não há registro de óbito causado pelo vírus.

    Em nota, o órgão reforçou que pessoas que apresentarem sintomas suspeitos, incluindo febre, lesões na pele ou cansaço extremo, devem procurar atendimento médico em uma unidade básica de saúde (UBS), além de seguir orientações de isolamento.

    As orientações indicadas pela pasta para reduzir o risco de infecção são:

    • Evitar contato direto com lesões de pele, erupções cutâneas, crostas ou fluidos corporais de pessoas infectadas;
    • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou utilizar álcool em gel, especialmente após tocar superfícies compartilhadas ou estar em locais públicos;
    • Praticar sexo seguro, utilizando preservativo, e estar atento a sinais suspeitos em si mesmo ou no(a) parceiro(a);
    • Manter a etiqueta respiratória, cobrindo a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, para evitar a disseminação de partículas virais;
    • Usar máscaras de proteção respiratória em ambientes com alta probabilidade de transmissão, como locais fechados e mal ventilados;
    • Manter a higiene pessoal de forma rigorosa, garantindo a limpeza adequada do corpo e objetos de uso pessoal.

    No Pará, de 1º de janeiro à 23 de abril, foram confirmados 19 casos de mpox, sendo 14 apenas na capital, Belém. As demais infecções foram confirmadas nos municípios de Ananindeua e Marituba, além de um caso importado de outro estado.

    Também em comunicado, a Secretaria de Saúde do Pará nega surto no estado e destaca alinhamento e comprometimento para fortalecer medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença.

    “É fundamental que os profissionais dos municípios estejam atentos com os fluxos de notificação e diagnóstico que já estão bem estabelecidos pela secretaria, que segue as diretrizes do Ministério da Saúde para que a doença não se propague.”

    Nova cepa

    Em março, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de infecção pela cepa 1b da mpox no Brasil. A paciente, uma mulher de 29 anos que mora na região metropolitana de São Paulo, teve contato com um familiar que esteve na República Democrática do Congo, país que enfrenta surto da doença.

    Em nota, o ministério informou que o caso no Brasil foi confirmado laboratorialmente, por meio da realização de sequenciamento para caracterizar o agente infeccioso. O exame permitiu a obtenção do genoma completo que, segundo a pasta, é muito próximo aos de casos detectados em outros países.

    “Até o presente momento, não foram identificados casos secundários. A equipe de vigilância municipal mantém o rastreamento de possíveis contatos”, destacou o comunicado.

    Ainda de acordo com o ministério, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi informada sobre o caso e a pasta, junto às secretarias estadual e municipal de Saúde, solicitou o reforço da rede de vigilância epidemiológica e o acompanhamento da busca ativa de pessoas que tiveram contato com a paciente.

    Doença

    Causada pelo vírus Monkeypox, a doença pode se espalhar entre pessoas e, ocasionalmente, do ambiente para pessoas, por meio de objetos e superfícies que foram tocados por um paciente infectado.

    Em regiões onde o vírus está presente entre animais selvagens, a mpox também pode ser transmitida para humanos que tenham contato com os animais infectados.

    A infecção pode causar uma série de sinais e sintomas. Embora algumas pessoas apresentem sintomas menos graves, outras podem desenvolver quadros mais sérios e necessitar de atendimento em unidades de saúde.

    O sintoma mais comum é a erupção na pele, semelhante a bolhas ou feridas, que pode durar de duas a quatro semanas.

    O quadro pode começar com ou ser seguido de febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, apatia e gânglios inchados. A erupção cutânea pode afetar o rosto, as palmas das mãos, as solas dos pés, a virilha, as regiões genitais e/ou anal.

  • Saúde amplia vacinação contra hepatite A para usuários de PrEP

    Saúde amplia vacinação contra hepatite A para usuários de PrEP

    A partir de agora, a vacinação contra hepatite A no Brasil passa a ser indicada também para usuários de profilaxia pré-exposição (PrEP) – tratamento preventivo ao HIV. O anúncio da ampliação do esquema vacinal foi feito nesta sexta-feira (2) pelo Ministério da Saúde.

    Em nota, a pasta informou que a medida tem como objetivo conter surtos de hepatite A na população adulta, além de atender a uma mudança no perfil epidemiológico da doença. De acordo com o ministério, com a ampla vacinação de crianças, iniciada em 2014, a doença passou a se concentrar no público adulto.

    A expectativa é que a ampliação da vacinação tenha impacto também nas internações e nos óbitos por hepatite A, já que os casos graves, geralmente, são registrados entre adultos. A meta é imunizar 80% de todas as pessoas que utilizam PrEP – atualmente, mais de 120,7 mil cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS).

    A imunização será realizada por meio de duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Para receber o imunizante, é preciso apresentar a receita médica que indica o uso da PrEP. O local para vacinação será informado pelos serviços de referência onde os medicamentos são retirados.

    Doença

    A hepatite A é uma inflamação no fígado causada por uma infecção viral, que pode resultar em complicações. A doença, segundo o ministério, tende a ter mais gravidade em adultos do que em crianças.

    Embora a principal transmissão do vírus seja fecal-oral, a Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou, em 2016, um aumento no número de casos relacionados a práticas sexuais. A entidade indica a vacinação como estratégia de prevenção contra a doença.

    No Brasil, o aumento de casos de hepatite A por potencial transmissão por sexo, de acordo com dados do governo federal, foi identificado, pela primeira vez, em 2017, no município de São Paulo. Na época, foram 786 diagnósticos com dois óbitos confirmados.

    “Outros surtos foram registrados posteriormente, com predominância na população de homens que fazem sexo com homens. Atualmente, cerca de 80% dos usuários da PrEP têm esse perfil. Os surtos foram controlados com ajuda de ações específicas de vacinação”, destacou a pasta.

  • 5 coisas que você médico precisa saber antes de empreender. Especialista em gestão dá dicas

    5 coisas que você médico precisa saber antes de empreender. Especialista em gestão dá dicas

    Cada vez mais médicos têm buscado empreender como forma de ampliar seus horizontes profissionais e conquistar maior autonomia. Abrir uma clínica, um consultório ou até lançar um serviço de saúde pode ser um caminho promissor, mas também desafiador.

    De acordo com o cardiologista e especialista em gestão médica, Dr. Vinicius Carlesso, o sucesso depende de mais do que domínio da área de atuação: é necessário preparo e visão estratégica.

    “Ser um bom médico não significa automaticamente ser um bom gestor. Muitos se frustram por não planejarem o lado administrativo e financeiro do negócio, algo fundamental para a longevidade de um empreendimento”, alerta o especialista.

    5 dicas para empreender na área da saúde:
    1. Tenha um plano de negócios realista
    “É essencial conhecer os custos, estimar os lucros, entender o público-alvo e mapear a concorrência. Isso ajuda a evitar surpresas desagradáveis e planejar com antecedênica”, afirma Dr. Vinicius;

    2. Entenda de gestão financeira
    “A rotina financeira de uma clínica envolve fluxo de caixa, tributos, precificação e controle de inadimplência, muitos médicos têm dificuldades por falta de domínio sobre essas questões, por isso, buscar orientação contábil e de gestão logo no início evita prejuízos futuros”, destaca;

    3. Invista em equipe e processos
    “Um atendimento de excelência é um forte diferencial, mas depende de uma equipe bem treinada e de processos organizados. É fundamental ter recepcionistas, técnicos e parceiros que compreendam os valores da clínica e ajudem a oferecer uma experiência acolhedora e eficaz ao paciente”;

    4. Conheça as regras e exigências legais
    “É comum ver bons médicos com problemas legais por falta de atenção a essa parte, abrir uma empresa envolve várias questões legais, jurídicas, tributárias, etc., muitos problemas  podem ser evitado com assessoria jurídica e contábil especializada”, alerta o especialista.

    5. Cuide da sua saúde mental
    “O médico precisa lembrar que, além de cuidar dos outros, também precisa cuidar de si. Delegar, descansar e manter o equilíbrio emocional são estratégias fundamentais para empreender com saúde e otimizar o funcionamento do seu negócio”, explica Dr. Vinícius Carlesso.

  • Morre Marco Krieger, vice-presidente da Fiocruz e defensor de vacinas

    Morre Marco Krieger, vice-presidente da Fiocruz e defensor de vacinas

    Morreu nesta segunda-feira (28) Marco Aurélio Krieger, vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ele estava no cargo desde 2017. Tinha 61 anos e lutava contra um câncer.

    Referência em temas como imunização e vacinas, Krieger foi um dos cientistas que lutaram pela liberação do uso emergencial das duas vacinas – a da Fiocruz e a do Instituto Butantan – contra a covid-19.

    Ao defender a eficácia das vacinas contra a doença, Krieger desempenhou um papel importante no combate ao negacionismo científico e ao movimento antivacinas, destaca nota da Fiocruz, em que lamenta a morte do vice-presidente.

    “O cientista era um entusiasta da inovação tecnológica e estava sempre empenhado em incorporar novas vacinas, fármacos e produtos ao SUS. Como ele sempre costumava destacar, ‘é importante criarmos um ambiente que favoreça o desenvolvimento de projetos de inovação tecnológica e incentivar o caráter empreendedor dos pesquisadores’”, diz a nota, destacando a dedicação do vice-presidente “a projetos que pudessem ampliar o acesso da população a melhores vacinas e tratamentos pelo SUS”.

    Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), em 1987, tendo mestrado (1989) e doutorado (1997) em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Krieger foi diretor-adjunto de Desenvolvimento Tecnológico, Prototipagem e Produção do Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná), coordenador do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e coordenador-técnico da Unidade de Produção da Fiocruz para Diagnóstico de Ácido Nucleico.

    Ainda não há informações sobre velório e enterro.

  • De MG para o mundo: Especialista em transplante capilar mineiro lança livro sobre o tema em congresso internacional

    De MG para o mundo: Especialista em transplante capilar mineiro lança livro sobre o tema em congresso internacional

    O transplante capilar tem sido cada vez mais buscado no Brasil, em especial uma técnica já bastante conhecida internacionalmente, a técnica FUE, que realiza o procedimento fio a fio e traz resultados mais naturais e duradouros.

    Entre os dias 23 e 26 de abril, o 8º Congresso Mundial do World FUE Institute (WFI), um dos principais eventos internacionais sobre restauração capilar, será realizado no Brasil.

    O encontro reunirá especialistas de todo o mundo para discutir os avanços nas técnicas de transplante capilar, com destaque para a técnica FUE (Extração de Unidade Folicular), uma das mais modernas da atualidade.

    Mineiro lançará livro no evento internacional

    Durante o evento, será lançado o “Tratado Internacional de Transplante Capilar”, obra coordenada pelo dermatologista e especialista em transplante capilar Dr. Gustavo Martins, de Minas Gerais.

    O livro é resultado de uma colaboração internacional, com participação de cirurgiões e pesquisadores da América, Europa e Ásia.

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    A escolha do congresso do WFI para o lançamento da obra reforça sua relevância no cenário internacional. O evento é reconhecido por promover a troca de conhecimentos e elevar os padrões da prática clínica no segmento de restauração capilar.

    De acordo com o Dr. Gustavo Martins, a publicação busca ser um marco no campo da tricologia ao reunir, de forma didática e científica, os principais conhecimentos e técnicas relacionadas ao transplante capilar.

    “O livro aborda desde procedimentos clássicos até inovações como o transplante de barba, sobrancelhas e técnicas que dispensam o corte dos fios do paciente”, explica.

  • Falta de diagnóstico é obstáculo para eliminação da malária no Brasil

    Falta de diagnóstico é obstáculo para eliminação da malária no Brasil

    Um dos grandes entraves para a eliminação da malária é a falta de diagnóstico adequado, alerta o chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária da Fundação Oswaldo Cruz, Claudio Tadeu Daniel-Ribeiro. Na última sexta-feira (25), por ocasião do Dia Mundial da Malária, o Ministério da Saúde divulgou que os casos comprovados da doença caíram 26,8% entre janeiro e março deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Ainda assim, foram 25.473 registros em apenas três meses.

    Daniel-Ribeiro compõe o comitê de especialistas que assessora o governo federal nas ações de controle da doença e considera que as metas de reduzir em 90% os novos casos até 2030 e eliminar a transmissão no país até 2035 são factíveis, desde que a vigilância seja fortalecida em todo o Brasil.

    “Embora 99% dos casos de malária ocorram na Amazônia, o mosquito transmissor da doença vive em 80% do território nacional. Então, a malária é um problema fora da Amazônia também, porque hoje as pessoas têm grande facilidade para se locomover, inclusive da Amazônia para a área extra-amazônica, ou vindo de outras áreas endêmicas, como a África, pro Brasil”, reforça o imunologista.

    A malária é causada por protozoários do gênero plasmodium, transmitidos a partir da picada do mosquito Anopheles, popularmente chamado de mosquito-prego. Um viajante infectado pode demorar até 30 dias para manifestar sintomas e se tornar uma fonte de novas infecções, ao ser picado por fêmeas do mosquito, que vão sugar o protozoário junto com o sangue, e transmiti-lo para outras pessoas.

    Além disso, pessoas infectadas pela primeira vez tendem a desenvolver quadros mais graves, com chance maior de morte, por não terem nenhuma imunidade contra a doença. Por isso, Daniel-Ribeiro reforça a importância do diagnóstico adequado:

    “É preciso que os médicos fora da Amazônia tenham consciência de que um sujeito com febre, dor de cabeça, sudorese e calafrios, pode ter malária”.

    Quase todos os casos registrados no Brasil são causados por duas espécies de Plasmodium, a vivax e a falciparum. A primeira tem maior potencial de infecção, e responde por 80% dos casos, mas a segunda representa maior risco de morte. Antes de eliminar totalmente a transmissão, o Brasil também espera acabar com as infecções pelo Plasmodium falciparum até 2030.

    Unicef/Bagla Um trabalhador borrifa inseticida nas superfícies de um abrigo para controlar a propagação de mosquitos e diminuir o risco de malária

    Um trabalhador borrifa inseticida nas superfícies de um abrigo para controlar a propagação de mosquitos e diminuir o risco de malária – Unicef/Bagla

    O especialista da Fiocruz explica que a pessoa infectada pelo plasmodium vivax já pode transmitir a doença a partir do primeiro dia, enquanto aquela infectada por falciparum só desenvolverá a forma infecciosa do protozoário após sete dias de contaminação.

    “Então, se você tratar rapidamente a malária, você não deixa aquele indivíduo infectar novos mosquitos. Mas se não fizer o diagnóstico rápido e não correr para a região onde ele foi infectado para fazer ações de bloqueio de transmissão, você pode ter um novo surto ou até a reimplantação da malária em um lugar onde ela já foi eliminada”, ele complementa.

    Hoje em dia, os serviços de saúde contam com remédios bastante eficazes para tratar a malária e interromper a cadeia de transmissão, além de testes de diagnóstico rápido, que podem ser realizados com apenas uma gota de sangue. Mas, há um grande desafio no horizonte: as mudanças climáticas.

    “A gente eliminou muito mais rapidamente a malária na Europa e na América do Norte, também porque o mosquito e o próprio plasmodium tem uma sensibilidade maior ao clima temperado. Então, se você aquecer demais a temperatura, a gente pode ter a reimplatação da malária em áreas onde ela já foi eliminada. E não há dúvida nenhuma que as alterações climáticas podem facilitar o desenvolvimento e o aumento da transmissão em áreas onde a doença ainda existe, porque as condições ambientais vão dificultar o controle do mosquito”

  • Quatro opções saudáveis de café da manhã

    Quatro opções saudáveis de café da manhã

    O café da manhã é considerado por muitos a refeição mais importante do dia. E não é para menos: ele é responsável por fornecer a energia necessária para enfrentar a manhã com disposição e bom humor.

    Escolher alimentos nutritivos nesse momento ajuda a manter o metabolismo equilibrado, evita picos de fome e melhora a concentração e o desempenho físico e mental.

    Pensando nisso, separamos quatro opções de café da manhã saudáveis e deliciosas para você incluir na sua rotina e começar o dia de maneira mais leve e equilibrada.

    1. Iogurte natural com frutas e granola

    Uma combinação prática, rápida e muito nutritiva!

    O iogurte natural é uma excelente fonte de proteínas e probióticos, que ajudam a manter a saúde intestinal em dia. Ao adicionar frutas frescas, como banana, morango ou mamão, você inclui fibras, vitaminas e antioxidantes à refeição.

    A granola (preferencialmente sem açúcar) traz crocância e fornece gorduras boas, essenciais para a saciedade.

    Dica: prefira iogurtes naturais sem adição de açúcar e granolas caseiras ou integrais.

    2. Omelete de legumes

    Como fazer omelete de forno
    Como fazer omelete de forno – Foto: Canva

    Omeletes são ótimas opções para um café da manhã completo e saboroso. Preparar um omelete com ovos e legumes variados (como tomate, espinafre, cebola e abobrinha) é uma maneira excelente de consumir proteínas e fibras logo cedo.

    Os ovos fornecem proteína de alta qualidade, enquanto os legumes adicionam micronutrientes essenciais para o funcionamento do corpo.

    Dica: utilize um fio de azeite extravirgem na preparação e adicione ervas frescas para realçar o sabor.

    3. Pão integral com abacate e ovos mexidos

    Essa opção é perfeita para quem precisa de mais energia e quer manter a saciedade por várias horas.

    O pão integral oferece carboidratos complexos, que liberam energia de forma gradual. O abacate é rico em gorduras boas, como o ômega-9, que ajudam na saúde cardiovascular. Já os ovos mexidos completam a refeição com proteínas e vitaminas.

    Dica: tempere o abacate com limão e uma pitada de sal para um sabor ainda mais especial.

    4. Smoothie de frutas com aveiaIngredientes frescos para o smoothie de morango: morangos, iogurte, cubos de gelo e hortelã

    Para os dias mais corridos, um smoothie pode ser a solução perfeita!

    Basta bater no liquidificador frutas como banana, manga ou frutas vermelhas com leite (animal ou vegetal) e uma colher de aveia em flocos. Essa bebida é rica em fibras, vitaminas e minerais e ainda proporciona uma sensação agradável de saciedade.

    Dica: adicione sementes de chia ou linhaça para um boost de fibras e ácidos graxos essenciais.

    Seu dia começa melhor com escolhas saudáveis

    Incluir alimentos nutritivos no café da manhã faz toda a diferença no seu bem-estar físico e mental ao longo do dia.

    Essas quatro opções saudáveis são práticas, saborosas e podem ser adaptadas conforme sua rotina e preferências. Lembre-se: um começo equilibrado é o primeiro passo para um dia mais produtivo e cheio de energia!

    Escolha seu café da manhã preferido e comece a transformar sua manhã em um momento de cuidado e saúde!

  • Quero parar de usar o cigarro eletrônico. O que fazer?

    Quero parar de usar o cigarro eletrônico. O que fazer?

    À primeira vista, os cigarros eletrônicos, com seus aromas e sabores variados, podem parecer inofensivos. No entanto, o que muitos não sabem é que, assim como o cigarro tradicional, esses dispositivos também trazem sérios riscos à saúde. Cada vez mais populares entre os jovens, os DEFs (Dispositivos Eletrônicos para Fumar) escondem em suas essências um velho conhecido: a nicotina, principal responsável pela dependência química provocada pelo tabaco.

    De acordo com Andrea Reis, chefe da Divisão de Controle do Tabagismo do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a nicotina é extraída das folhas de tabaco e atua diretamente no Sistema Nervoso Central (SNC), alterando o humor e o comportamento dos usuários.

    Como a nicotina atua no cérebro

    Segundo a especialista, a nicotina estimula a liberação de neurotransmissores ligados ao prazer, satisfação e motivação, o que explica o forte poder de vício da substância. Assim, o consumo frequente torna o indivíduo dependente tanto física quanto psicologicamente.

    A dependência psicológica surge quando o fumante usa o cigarro como válvula de escape para emoções intensas — seja tristeza, estresse ou até felicidade. Já a dependência comportamental é construída quando o ato de fumar é associado a atividades rotineiras, como tomar café, fazer uma pausa no trabalho, socializar em festas ou consumir bebidas alcoólicas.

    Cigarro eletrônico: mais nicotina, mais riscos

    Nos dispositivos eletrônicos, a nicotina é encontrada nos líquidos usados para vaporização, conhecidos popularmente como essências. De acordo com Stella Martins, especialista em dependência química da Pneumologia do Hospital das Clínicas da USP, esses produtos podem conter concentrações altíssimas da substância.

    Em entrevista ao Jornal da USP, Stella explica que, enquanto um cigarro tradicional brasileiro possui cerca de 1 mg de nicotina, alguns cigarros eletrônicos chegam a concentrar até 57 mg por mililitro do líquido utilizado. Isso significa que a exposição à nicotina pode ser muito superior ao consumo de cigarros convencionais, aumentando o risco de vício.

    Além disso, a especialista alerta que até mesmo produtos classificados como “sem nicotina” carregam outros compostos tóxicos, impróprios para inalação, que trazem sérios prejuízos à saúde.

    O uso contínuo e os perigos silenciosos

    Andrea Reis também chama atenção para o padrão de uso dos cigarros eletrônicos: ao contrário do cigarro comum, que termina após ser consumido, o DEF pode ser utilizado continuamente ao longo do dia, tornando o consumo de nicotina quase ininterrupto.

    Essa característica, aliada ao fato de os DEFs não emitirem fumaça forte ou odor desagradável, contribui para que seu uso seja socialmente mais aceito, inclusive em ambientes fechados. O resultado é uma exposição constante e elevada a substâncias nocivas.

    É possível largar o cigarro eletrônico?

    Embora ainda faltem estudos conclusivos sobre métodos específicos para abandonar o cigarro eletrônico, Andrea orienta que quem deseja parar de usar esses dispositivos procure os mesmos serviços que auxiliam fumantes tradicionais.

    O suporte psicológico é um recurso valioso, já que ajuda a identificar gatilhos emocionais e comportamentais que reforçam o vício. Um dos focos é justamente desconstruir a falsa ideia de que o cigarro eletrônico é uma opção segura ou uma ajuda para parar de fumar — o que não corresponde à realidade.

    Segundo a especialista do INCA, o caminho para a libertação do tabagismo continua sendo o mesmo: abandono completo da nicotina e de seus derivados.

    Parar de fumar é sempre o melhor caminho

    Proibido fumar. Homem para de fumar, recusa, rejeita, quebra e pega cigarro - Fotos do Canva
    Fotos do Canva

    Apesar da aparência moderna e do marketing atrativo, o cigarro eletrônico é tão prejudicial quanto o cigarro tradicional. Ambos trazem riscos graves à saúde e geram dependência química, psicológica e comportamental.

    Felizmente, existem alternativas de apoio para quem deseja abandonar o tabagismo. O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), oferece tratamento gratuito e integral pelo SUS para quem quer parar de fumar.

    Além do acompanhamento médico, muitos serviços de saúde disponibilizam grupos de apoio, terapia comportamental e, quando necessário, medicamentos que auxiliam no processo de cessação.

    Liberte-se das armadilhas do vício

    Não se deixe enganar pelas aparências: o cigarro eletrônico pode parecer inofensivo, mas seus efeitos são perigosos e silenciosos. Ao buscar ajuda e se comprometer com o abandono do tabagismo, você está investindo na sua saúde, no seu futuro e na sua liberdade.

    Parar de fumar é uma decisão de coragem e amor-próprio. Seja qual for o tipo de cigarro, a melhor escolha é sempre dizer não ao vício e sim à vida.