Categoria: Mundo animal

Fique por dentro das últimas novidades e curiosidades do mundo animal com o CenárioMT. Explore informações fascinantes sobre a vida selvagem, comportamentos intrigantes, e descobertas científicas sobre espécies de todos os cantos do planeta.

  • Cobra choca consumidores em prateleira de supermercado; veja vídeo

    Cobra choca consumidores em prateleira de supermercado; veja vídeo

    Uma píton de três metros de comprimento surpreendeu os compradores em um supermercado de Sydney na Austrália. A cobra estava deslizando ao longo de uma prateleira na seção de especiarias.

    O vídeo foi filmado por uma cliente que realizava compras no local. Confira:

    As pítons de diamante são encontradas em áreas de mata e nos parques nacionais de Sydney, mas muitas vezes passam despercebidas por causa de seus hábitos noturnos e lentos.

    “Pítons não são venenosos, mas podem infligir uma mordida dolorosa. Os dentes podem se romper e permanecer embutidos na vítima.”

  • Onça atropelada passa por tratamento com células-tronco

    Onça atropelada passa por tratamento com células-tronco

    Mari é um filhote de onça-parda que foi atropelada em uma rodovia do Paraná. Depois de resgatada e submetida ao tratamento usual para esses casos, a evolução da oncinha estacionou, deixando o animal com muitas sequelas neurológicas. 

    E justamente para tentar reverter esse quadro, o hospital veterinário do Centro Universitário Filadélfia (UniFil), no Paraná, iniciou um tratamento inovador com células-tronco. A médica veterinária responsável pelo procedimento, Mariana Consenza, explicou que o material genético veio de um laboratório de São Paulo e que a expectativa de sucesso é muito boa.

    “A nossa expectativa é de que ela [Mari] evolua positivamente e que isso [o tratamento] faça com que ela tenha uma melhora de qualidade de vida. Que ela consiga, então, subir em árvores sozinha, que ela consiga caminhar tranquilamente”, disse Mariana.

    Mariana Consenza conta que a rodovia onde a onça foi atropelada registra muitos acidentes com animais silvestres e que um tratamento como esse pode ajudar a minimizar as sequelas sofridas por esses bichos além, claro, de um trabalho de prevenção. A veterinária explicou que a ideia agora é levar esse tipo de procedimento para outros animais, melhorando a qualidade de vida deles.

    “Passar a fornecer esse tratamento em situações que ocorram, que venham a chegar aqui no hospital da UniFil, quando exista sequelas neurológicas ou situações de lesões importantes de tendão, articulação

    A onça-parda foi tratada no Centro de Atendimento à Fauna Silvestre da UniFil, em Londrina, em parceria com o Instituto Água e Terra.

  • Sucuri de 4 metros é encontrada dentro de tanque pesqueiro

    Sucuri de 4 metros é encontrada dentro de tanque pesqueiro

    Uma sucuri de quatro metro foi resgatada pela equipe do Batalhão de Proteção Ambiental, na tarde deste domingo (15.08), em uma pousada, na cidade de Acorizal (a 62 km de Cuiabá).

    Sucuri no pesqueiro

    O dono do estabelecimento entrou em contato com a Polícia, pedindo ajuda imediatamente depois de ter encontrado o animal em seu tanque de criação de tambaqui. Ele contou que levou um susto ao puxar a rede e dar de cara com a cobra toda enrolada.

    Os policiais retiraram o animal da rede e realizaram a soltura em uma área verde no município de Santo Antônio do Leverger.

    A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, pelo 190 ou, sem precisar se identificar, por meio do disque-denúncia 08000.65.3939. Nesse número, sem custo de ligação, qualquer cidadão pode informar situações suspeitas ou crimes. Exemplos: a presença de foragidos da Justiça com mandado de prisão em aberto e ponto de venda de droga.

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  • O que fazer quando o cachorro engasga

    O que fazer quando o cachorro engasga

    Os cães são sempre curiosos – perdendo apenas para explorar com o nariz, eles usam a boca para investigar coisas novas e interessantes.

    Os cães podem engasgar com qualquer coisa do tamanho da abertura da traqueia, mas os agressores mais comuns são pequenas bolas, como bolas de golfe e squash, couro cru e ossos de verdade, celofane e brinquedos de plástico para crianças.

    O que fazer quando o cachorro engasga

    CAO CACHORRO

    O que fazer quando o cachorro engasga: você pode ver diferentes técnicas para lidar com esta situação.

    •  Tire a coleira do seu cachorro. Agarre suas pernas traseiras, de cabeça baixa, para ver se isso tornará mais fácil para ele ejetar o objeto.
    • Manobra de Heimlich: com o canino em pé ou deitado, coloque os braços em volta de sua cintura, junte as mãos, uma delas em forma de punho logo abaixo da caixa torácica, no abdômen. Pressione o abdômen com os dois braços cinco vezes, rapidamente.
    • A última opção é bater forte com a palma da mão entre as omoplatas. E então tente a Manobra de Heimlich novamente.

    Depois de conseguir extrair o objeto, você deve ir imediatamente ao veterinário.

    Como evitar asfixia

    Nestes casos, além de saber agir, o mais importante é a prevenção, depende da causa do engasgo, os especialistas apontam vários elementos a serem levados em consideração:

    1. Para garantir que o animal coma devagar e não engasgue com a comida, o melhor é um comedouro lento com ranhuras diferentes que impeçam o animal de comer uma quantidade maior do que pode ingerir.

    2. Em hipótese alguma dê alimentos que possam sufocar como certos ossos e, principalmente, frango.

    3. Controle o que você tira da rua ou do parque ao caminhar e evite colocar na boca se encaixar e puder obstruir você.

    4. Sempre compre brinquedos em pet shops com materiais não tóxicos e resistentes a arrancamento de animais.

  • Agricultor morre após ser picado por cobra cascavel

    Agricultor morre após ser picado por cobra cascavel

    Um agricultor de 41 anos de idade, morador do Projeto de Assentamento Poço Novo, na zona rural de Baraúna RN, morreu no Hospital Tarcísio Maia em Mossoró, vítima de picada de cobra.

    No último domingo (9), a vítima trafegava de moto na estrada de acesso a sua comunidade, quando passou por cima de uma cobra cascavel e o animal ficou preso na motocicleta.

    O homem tentou retirar o animal e acabou sendo picado na boca. O agricultor matou a cobra e depois ficou brincando com o réptil em volta de seu pescoço e minutos depois ele passou mal sendo levado ao hospital da cidade e transferido às pressas para o Hospital Tarcísio Maia em Mossoró, onde acabou morrendo.

     

    https://www.cenariomt.com.br/mundo-animal/que-susto-homem-acorda-com-barulho-de-descarga-e-descobre-cobra-na-privada/

  • Que susto! mulher acorda com cobra píton dando um bote em sua perna

    Que susto! mulher acorda com cobra píton dando um bote em sua perna

    Uma mulher, de 75 anos, tomou um grande susto enquanto dormia ao se deparar com uma cobra píton, que invadiu seu quarto, tentando dar bote na idosa. O caso aconteceu em 2019, em Bangkok, na Tailândia, e voltou a viralizar nas redes sociais. As imagens foram gravadas pelas câmeras de segurança que tinha no quarto da mulher e ela ainda chegou a ser mordida.

     

    “Achei que estava tendo um pesadelo. Senti uma forte dor no pé e acordei. Acendi a lanterna e notei algo se movendo no chão. Foi quando vi a cobra. Não sei por que a cobra me mordeu, eu estava dormindo, não a ameaçando. Agora estou com medo de dormir naquele quarto de novo”, disse a idosa na época.

     

    O filho da idosa, que é engenheiro, socorreu a mãe e chamou a equipe de resgate que encontrou o réptil dentro do vaso sanitário do banheiro. O animal foi devolvido a seu habita natural.

    O engenheiro contou que se sentiu orgulho da mãe por ela ter mantido a calma e que estavam investigando por onde ela entrou.

    “Estou orgulhoso da minha mãe por manter a calma. Não sei como a cobra apareceu lá, mas presumi que a cobra saiu do cano e rastejou para cima do vaso sanitário. Minha mãe gosta de deixar a porta do banheiro aberta, então a cobra foi do banheiro para o quarto dela”, explicou Nakorn.

  • Você viu? Uma cobra com duas cabeças come dois ratos ao mesmo tempo

    Você viu? Uma cobra com duas cabeças come dois ratos ao mesmo tempo

    Uma cena rara e inusitada ocorrida recentemente em zoo de Michigan (EUA) deixou muitos internautas boquiabertos. Uma cobra com duas cabeça comeu dois ratos ao mesmo tempo: cada uma delas com uma presa na boca.

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    O especialista em répteis Brian Barczyk, que trabalha no zoológico, filmou a serpente mutante, chamada Ben e Jerry, comendo dois ratos. O vídeo viralizou após postagem no Instagram.

    “Minha cobra de duas cabeças Ben e Jerry está comendo agora. Eles nem sempre comem ao mesmo tempo”, postou ele na rede.

    A cobra marrom e amarela é vista engolindo os filhotes de camundongo lentamente, mas, como ela tem apenas um sistema digestivo, a velocidade do processo diminui consideravelmente.

  • Maior cobra do Brasil não quebra ossos de presas, como se pensa

    Maior cobra do Brasil não quebra ossos de presas, como se pensa

    Quem já assistiu ao filme “Anaconda”, produzido em 1997, pode jurar que as sucuris são cobras perigosíssimas e aterrorizantes. No entanto, basta ter acesso a informações simples para tirar essa imagem Hollywoodiana da cabeça e desmentir tradicionais equívocos envolvendo a espécie.

    Uma das informações equivocadas é a ideia de que existem indivíduos com mais de 10 ou 15 metros de comprimento, como explica o biólogo Cláudio Machado.

    “Apesar de ser a maior cobra do Brasil e a segunda maior do mundo – atrás apenas de uma piton da África; a maior sucuri-verde (Eunectes murinus) já registrada cientificamente tinha cerca de oito metros. Mesmo antes da internet, muitas pessoas inventavam histórias e até faziam montagens com fotografias de cobras gigante. Com os recursos da tecnologia essas invenções só foram aperfeiçoadas”, afirma Machado, que desmente outros mitos típicos sobre a espécie.

    “Ela não possui veneno, não é capaz de comer bois e vacas e muito menos pessoas. Além disso, não quebra os ossos das presas para se alimentar: a estratégia de caça por constrição na verdade resulta no ‘estrangulamento’ dos vasos sanguíneos dos animais, que acabam fazendo com que a presa fique sem oxigênio e morra”, disse.

    As sucuris são da mesma família das jiboias e das cobras-papagaio, que também usam a estratégia de constrição para caçar. 

    No cardápio da sucuri-verde estão mamíferos de pequeno e médio porte que costumam ficar próximos à água, como capivaras, antas e cervos; aves, lagartos e jacarés.

    “As onças pintadas e pardas também podem ser presas da sucuri, assim como podem ser predadoras da cobra”, comenta Machado, que destaca as habilidades da espécie na água.

    “Elas passam a maior parte do dia nos rios. O corpo adaptado permite que sejam ótimas nadadoras: além da musculatura adaptada que garante agilidade, os olhos e as narinas ficam na parte dorsal da cabeça, apropriadas para que a sucuri respire quase sem precisar tirar o corpo da água”, explica.

    A palavra “sucuri” em tupi significa “aquela que morde rápido”

    Sucuris do Brasil

    Além da sucuri-verde, que ocorre principalmente na Amazônia e no Pantanal, o Brasil é casa para a sucuri-amarela (Eunectes notaeus), que também ocorre na Argentina e Paraguai, e para a Eunectes deschauenseei, tão rara e restrita ao norte do País que não possui nome popular.
    As sucuris não correm risco de extinção, mas continuam sendo vítimas dos homens, na maior parte das vezes por conta dos tabus e das crendices acerca das espécies

    — Cláudio Machado, biólogo

    Fora a coloração, as sucuris-verde e amarela se distinguem pelo tamanho, sendo a amarela menor, com até 3,7 metros de comprimento; e pela área de ocorrência: a sucuri-amarela vive somente em áreas que inundam anualmente, em regiões próximas às fronteiras com a Argentina, Bolívia e Paraguai. Por isso, no Pantanal é mais comum observar essa espécie, mesmo que a verde ainda possa ser encontrada.

    “A chance de observar sucuris varia de acordo com a época do ano. Por vezes elas ficam escondidas nos rios e evitam o ambiente terrestre, onde ficam mais vulneráveis. Já no período reprodutivo, quando os machos se aglomeram junto às fêmeas, há uma possibilidade maior de observá-las”, diz Cláudio.

    Além desse ‘encontro tumultuado’ provocado por machos atrás das fêmeas, as características de reprodução são curiosas: vivíparas, geram de 20 a 40 filhotes por ninhada, durante aproximadamente sete meses. Eles nascem totalmente desenvolvidos e independentes.

  • Filhotes de ararinhas-azuis nascem no Brasil após 20 anos de extinção

    Filhotes de ararinhas-azuis nascem no Brasil após 20 anos de extinção

    Três filhotes de ararinhas-azuis nasceram na região da Caatinga baiana 20 anos após espécie ser declarada extinta no país. Eles são fruto de um casal que veio entre 52 exemplares repatriados da Alemanha no ano passado. 

    O primeiro filhote de ararinha-azul nasceu em 13 de abril, os irmãos nasceram em 6 e 9 de junho. De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a ararinha-azul é considerada extinta no Brasil desde os anos 2000. De lá para cá, são registradas cerca de 160 ararinhas em cativeiros privados.

    De acordo com a analista ambiental e responsável pela Área Temática de Pesquisa, Monitoramento e Manejo do Núcleo de Gestão Integrada (NGI) ICMBio Juazeiro, Camile Lugarini, as ararinhas-azuis devem ser reintroduzidas na natureza. A previsão é que isso aconteça no interior do Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha Azul, em Curaçá (BA). O município está localizado a 594 quilômetros de Salvador, no extremo norte da Bahia.

    Parceria

    O nascimento dos filhotes foi possível por meio de um programa de reprodução, envolvendo Brasil e parceiros internacionais, que vem trabalhando para reintrodução da espécie na natureza. Repatriados da Association for the Conservation of Threatend Parrots (ACTP), uma associação alemã que detinha grande número de espécies da ararinha-azul, dos 52 animais que vieram para o país, 14 deles estão em pares dispostos em um recinto para reprodução.

    “O acordo foi estabelecido entre ICMBio e ACTP em 2019 para construção de um centro de reprodução no interior do Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha Azul, unidade de conservação federal criada em 2018 para abranger a população a ser reintroduzida”, explicou Lugarini.

    Atualmente são aproximadamente 240 animais dessa espécie no mundo e todos estão em cativeiro. Segundo a analista do ICMBio, entre 2019 e 2020 foram registrados 18 nascimentos no criadouro Fazenda Cachoeira, em Minas Gerais.

    “Mas este é o primeiro nascimento na sua área de ocorrência histórica, [na Bahia]. Os animais em cativeiro estão na Alemanha, Bélgica e Singapura. No Brasil, existem dois criadouros: um em Minas Gerais e outro na área de distribuição original, que é o norte da Bahia”, afirmou.

    Edição: Fábio Massalli

  • Começa a temporada de baleias no litoral brasileiro

    Começa a temporada de baleias no litoral brasileiro

    Começou neste mês a temporada das baleias no litoral brasileiro, que se estenderá até novembro. A diretora do Projeto ProFranca, Karina Groch, informou que no caso das baleias Franca, a temporada começou um pouco mais cedo. As primeiras baleias dessa espécie foram registradas no dia 12 de junho. “Desde então, o número vem aumentando”, disse Karina.

    Na sexta-feira (16), em sobrevoo na costa catarinense, os pesquisadores avistaram mais baleias na região do que o máximo de ocorrências registradas em setembro do ano passado. “Isso já é um indicativo de que a gente deve ter uma temporada com número maior de baleias do que no ano passado”, estimou a bióloga.

    Em setembro de 2020, no pico da temporada, foram observadas 42 baleias Franca na costa catarinense e gaúcha, sendo 33 em Santa Catarina. Este ano, nessa mesma área, já foram contabilizadas 36 baleias, com auxílio de drones. Segundo Karina Groch, essa espécie está crescendo a uma taxa de 4,8% ao ano.

    A baleia Franca é uma espécie ameaçada de extinção. Foi caçada durante quatro séculos e começou recentemente a retornar à costa do Brasil no início da década de 1980. Em 2018, houve um pico de ocorrências, com o recorde registrado de 273 baleias Franca na costa de Santa Catarina. Karina explicou que as flutuações estão relacionadas ao ciclo reprodutivo da espécie, que ocorre a cada três anos, quando as fêmeas vêm para o litoral brasileiro para ter os filhotes. A vinda ao país para o nascimento dos filhotes tem a ver também com a disponibilidade de alimentos na Antártida. “Anos que têm mais alimento, vêm mais baleias para cá; anos que têm menos alimentos, vêm menos baleias para cá, porque elas vêm especificamente para o nascimento dos filhotes”, explicou a diretora do ProFranca.

    As primeiras baleias Franca que chegaram nesta temporada foram duas fêmeas adultas grávidas, já catalogadas pelo programa. Poucos dias depois, uma delas foi avistada com filhote. “É mais uma evidência de que elas chegam aqui grávidas e poucos dias depois o filhote nasce”. A principal área reprodutiva da baleia Franca no Brasil é o litoral centro-sul de Santa Catarina, onde existe uma unidade de conservação federal que protege a principal área de ocorrência da espécie.

    Estimativa populacional

    O principal sobrevoo para foto identificação, realização de censo para estimativas populacionais e acompanhamento do crescimento dos filhotes, está programado para setembro. Karina informou que outra linha de pesquisa, iniciada no ano passado, graças ao patrocínio da Petrobras, visa a coleta de pele para tentar identificar quais são as áreas de alimentação das baleias.

    A diretora do ProFranca explicou que já existem evidências históricas, em função da caça, e recentes, a partir da foto identificação de uma baleia e rastreamento por satélite de outra fêmea, de que as baleias que vêm para o Brasil provavelmente se alimentam no verão nas Ilhas Georgia do Sul. Existem, entretanto, outras áreas que o ProFranca deseja identificar. “É fundamental para a conservação da espécie que a gente tente descobrir quais são as outras áreas que elas ocupam”.

    A estimativa é que, pelo menos, 550 baleias Franca fêmeas se reproduzem regularmente no Brasil. Devido ao ciclo reprodutivo trianual, não são as mesmas baleias que vêm para a costa brasileira. Além disso, elas compartilham outras áreas de reprodução. Também vão para a Argentina, onde cerca de 13% das baleias catalogadas no Brasil já estiveram pelo menos uma vez. A coleta de pele desses cetáceos dá aos pesquisadores indicativo de onde elas se alimentaram.

    Outra pesquisa é o monitoramento a partir de pontos fixos estrategicamente localizados em terra. Esse trabalho é feito com auxílio de estagiários de oceanografia, biologia e áreas afins que participam de um processo seletivo. Os estudantes estão recebendo treinamento para, a partir de 1º de agosto, serem distribuídos ao longo de 15 pontos fixos para realizar o monitoramento diário do comportamento e distribuição das baleias, complementando sua formação.

    A ideia é proporcionar a estudantes que tenham vivência dentro do ProFranca, que é uma instituição de pesquisa, e também tenham a experiência de pesquisar um mamífero marinho ameaçado de extinção e transmitir conhecimento para a comunidade local.

    Karina explicou que as grandes baleias que vêm para o Brasil com maior frequência, especialmente a baleia Franca e a baleia Jubarte, são espécies migratórias entre áreas de alimentação e áreas de reprodução, que têm águas mais quentes. “Durante o verão, elas se alimentam em regiões mais próximas da Antártida, no entorno das ilhas Georgia do Sul e em outras áreas que a gente pretende descobrir”.

    A diretora do ProFranca disse que essa migração não acontece todos os anos, mas de acordo com o ciclo reprodutivo das fêmeas. Há um período do ciclo de vida dessas baleias que os cientistas querem descobrir para ampliar as informações.

    Baleias Jubarte

    Foi iniciada também neste mês a 13ª temporada de reprodução das baleias Jubarte no Brasil, com a reocupação de antigas áreas de reprodução, com maior concentração no banco de Abrolhos, no extremo sul da Bahia e norte do Espírito Santo. “Setenta por cento da população estão nessa região”, disse Enrico Marcovaldi, coordenador do Projeto Baleia Jubarte.

    Há crescimento, porém, para outras áreas. Até o ano passado, as baleias se espalhavam de São Paulo até o Rio Grande do Norte. Este ano, para surpresa dos pesquisadores, elas estão aparecendo também em Santa Catarina e Rio de Janeiro. “A gente vai acompanhar. Onde as baleias estão, a gente está junto”, assegurou Marcovaldi.

    No final da década de 1990, durante a implantação do Parque Marinho de Abrolhos, os pesquisadores descobriram uma pequena quantidade de baleias Jubarte remanescente de uma população que quase foi dizimada pela caça. “Foi uma surpresa e uma alegria muito grandes”, disse Marcovaldi.

    A população, que era estimada entre mil a 1,5 mil espécies, na década de 1990, subiu hoje para 20 mil baleias Jubarte. No ano passado, o projeto percorreu na região de Abrolhos cerca de 798,8 milhas náuticas durante 23 dias. Nesse período, foram registrados 171 grupos que somaram 433 baleias, das quais 76 eram filhotes.

    Pesquisas

    O Projeto Baleia Jubarte, também apoiado pela Petrobras, tem várias linhas de pesquisa. Há coleta de dados e de material para subsidiar políticas de conservação. “Colher conhecimento para informar à sociedade como um todo”.

    Na foto identificação, identifica-se cada baleia pela parte central da nadadeira caudal, que apresenta um padrão de pigmentação que varia do branco até o preto total. “É como se fosse a impressão digital do ser humano”.

    Ao longo dos últimos 30 anos, o banco de identificação do projeto superou 6 mil baleias. Os pesquisadores coletam também pequenos pedaços de pele e gordura das baleias para ver material genético, contaminantes, sexo das baleias.

    Há ainda o censo aéreo para estimativa populacional, que é feito de três em três anos. Outra linha de pesquisa recente é a fotogrametria, com ajuda de drones, para estimar a saúde das baleias e características de cada local. Belas imagens são feitas durante as pesquisas para sensibilizar a sociedade para a conservação desses cetáceos.

    Outras ações importantes para a preservação da baleia Jubarte é o trabalho de turismo de observação ao longo do litoral da Bahia e do Espírito Santo, com vários parceiros capacitados e monitorados. “Acreditamos que é uma grande ferramenta para a conservação, porque agrega valor econômico em cima da baleia. É um gerador de emprego e renda, de sensibilização. Isso contrapõe qualquer ameaça que venha de caça. A gente prova que vale muito mais baleia viva do que morta”, disse Enrico Marcovaldi.

    A temporada de turismo de observação de baleias Jubarte foi aberta agora em Porto Seguro.

    Para esta temporada, o Baleia Jubarte conta com a parceria da universidade australiana Griffith University para uma avaliação detalhada da nutrição das baleias. O objetivo é identificar se as baleias estão bem nutridas ou não e usar as baleias Jubarte como sentinelas para avaliar o impacto da mudança do clima sobre a Antártica.