Presidente da Fiemt afirma que Governo de MT “acertou fortemente” em trocar VLT por BRT

Presidente da Fiemt afirma que Governo de MT “acertou fortemente” em trocar VLT por BRT2020 12 22 18:51:28

O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo Oliveira, afirmou nesta terça-feira (22.12) que o Governo de Mato Grosso tomou uma decisão bastante acertada ao substituir a execução das obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) pela implantação do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT).

“Quero declarar meu total apoio à decisão da troca do VLT pelo BRT. O Governo do Estado acertou fortemente em fazer uma nova proposta mais moderna, mais adequada e que vai trazer maior conforto ao usuário do transporte coletivo, sem que isso traga custos maiores à sociedade”, afirmou.

Ele destacou as vantagens da decisão, como menor impacto de poluição tanto atmosférica, como sonora, uma vez que o modal será 100% elétrico. Além de que o projeto poderá ser expandido para outras regiões com maior facilidade, o que não ocorria em relação ao VLT, um modal mais engessado em caso de alterações à execução original.

“Outra vantagem, e aqui quero lembrar a todos os empresários, é que o vale-transporte é um custo importante em nossa composição de preços e a proposta apresentada terá tarifa muito menor do que seria a tarifa do VLT, como está bem colocado nos estudos técnicos”, pontuou o presidente da Fiemt.

Para ele, o novo projeto foi bem pensado no sentido de economicidade aos cofres públicos, já que o custo da implantação do BRT chega a ser R$ 330 milhões menor que para a conclusão do VLT.

De acordo com o estudo técnico elaborado pelo Governo de Mato Grosso e pelo Grupo Técnico criado na Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, para a conclusão do BRT são necessários 24 meses e R$ 430 milhões, já para o VLT, o custo seria de R$ 763 milhões e 48 meses para ser finalizado.

“Quero dar meus parabéns à equipe técnica do Governo do Estado pelo estudo muito bem feito e pela coragem de propor algo diferente, moderno e que vai entregar uma solução muito mais rápida à mobilidade urbana de Cuiabá e Várzea Grande”, finalizou Gustavo Oliveira.

Estudos técnicos

Os relatórios concluíram ainda que o BRT terá mais vantagens à mobilidade da população cuiabana e várzea-grandense em razão da flexibilidade do modal, “pois consegue atingir regiões mais adensadas e mais distantes, bem como permite o seu prolongamento no futuro”.

“Além disso, permite também que um ônibus saia de um bairro, entre no corredor exclusivo e, sem qualquer integração, siga a outro bairro distante do corredor estrutural, garantindo conforto e agilidade para o usuário”.

Conforme os estudos, o traçado do VLT é inflexível, já que as zonas com maior atração de viagens estão há mais de 400 metros dos eixos, “especialmente as áreas centrais de Cuiabá e Várzea Grande”.

Outro ponto destacado pela comissão foi o valor da tarifa, que ficou orçada em R$ 5,28, montante muito superior ao do transporte coletivo praticado na Baixada Cuiabana, que é de R$ 4,10.

Já na hipótese de instalação do BRT, a tarifa ficaria na faixa de R$ 3,04, “impactando decisivamente no custo operacional do transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande”.