O Governo do Estado do Rio de Janeiro recomendou que fosse feito a “inutilização da proposta” de Flamengo e Fluminense e parte do Procedimento de Manifestação de Interesse, que acontece antes da licitação para a concessão do Maracanã por 35 anos. Fora a dupla Fla-Flu que já vinham administrando o estádio, a empresa Latin United não será utilizada também.

De acordo com o Diário Oficial, a comissão “recomenda a inutilização das propostas pelas empresas habilitadas, não havendo pontos das propostas a serem escolhidos, em razão da inexistência de elementos de inovação para a validação de estudos de viabilidade técnica econômico-financeiro-jurídico para instrução do projeto de concessão onerosa da gestão, operação e manutenção do Complexo Maracanã “.
Segundo a Casa Civil, não houve inovação nas propostas apresentadas e com isso, decidiu não utilizar nenhuma das duas. Mesmo com esse pedido, os clubes e a empresa ainda podem conseguir essa concessão de administração. Ao contrario do que se pensa, o governo estuda criar um projeto em parceria com todos os interessados. Empresas especializadas em gestão de estádios e os órgãos estaduais, como a Procuradoria Geral do Estado (PGE), servirão como base.

A dupla de rivais do futebol carioca oficializaram uma proposta em novembro do ano passado e em maio deste ano entregaram os estudos de técnicos. O Flamengo não vai se pronunciar sobre o assunto, mas deixou claro que a decisão do governo estadual desagradou o clube rubro-negro. O Flamengo tinha projetos engatilhados para o estádio contando com essa concessão por 35 anos. O clube tricolor não se pronunciou até a publicação desta matéria.
As propostas que não foram utilizadas, eram parte do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), instrumento que é usado pelo governo para avaliação de estudos de Parceria Público-Privada (PPP). A comissão consultiva foi criada pelo ex-governador Wilson Witzel em março de 2019, logo após a quebra de contrato com a Odebrecht, e tinha como objetivo inicial elaborar o estudo e parecer para a manutenção das atividades consideradas essenciais do Complexo Maracanã.