Categoria: ESPORTES

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  • André Gomes sofre fratura no tornozelo após carrinho de Son, que fica chocado e chora em campo

    André Gomes sofre fratura no tornozelo após carrinho de Son, que fica chocado e chora em campo

    O duelo entre Everton e Tottenham, neste domingo, em Liverpool, ficou marcado por cenas tristes. O meia André Gomes, dos Toffees, sofreu uma fratura no tornozelo direito depois de um carrinho do sul-coreano dos Spurs – ele será operado na segunda-feira. Son imediatamente ficou chocado ao ver a gravidade do lance e começou a chorar em campo, antes de levar um cartão vermelho. O jogo acabou empatado em 1 a 1, com gols de Dele Alli e Cenk Tosun.

    O lance aconteceu aos 31 minutos do segundo tempo, quando Son deu um carrinho tentando parar uma arrancada de André Gomes pelo lado esquerdo do ataque do Everton, que perdia o jogo por 1 a 0. O português conseguiu escapar do choque direto, mas se desequilibrou e acabou caindo junto a Aurier, que tentava completar o desarme.

    Na queda, o pé de André Gomes ficou preso ao gramado, ocasionando a fratura. O português imediatamente gritou de dor e levou a mão ao tornozelo. Os atletas em volta, logo reagiram com caras de espanto e desespero, enquanto Son – que inicialmente não havia visto a lesão – também ficou chocado.

    O sul-coreano levou as mãos ao rosto e começou a chorar, enquanto jogadores dos dois times rezavam e mostravam-se espantados com a grave lesão – assim como os torcedores presentes na arquibancada mais próxima do campo no Goodison Park.

    O árbitro da partida, Martin Atinkson, inicialmente mostrou um cartão amarelo para Son, logo depois do carrinho do sul-coreano e sem verificar a gravidade da lesão. Entretanto, o juiz depois mostrou o cartão vermelho direto para Son – que ainda se mostrava chocado e era acalmado por membros da comissão técnica das duas equipes. O astro foi para os vestiários ainda com as mãos no rosto.

    André Gomes foi socorrido pela equipe de emergência e deixou o gramado em uma maca. O Everton ainda não divulgou informações oficiais sobre o estado de saúde do jogador, mas o técnico Marco Silva falou sobre o tema na entrevista coletiva após a partida.

    – André foi para o hospital. Ele está com nossa equipe médica, e está melhor, esperando por atualizações. Claro, é um momento ruim para nós como grupo. É mais que futebol. Damos todo suporte a André – disse o técnico.

  • Fábio Carille é demitido do Corinthians após derrota para o Flamengo

    Fábio Carille é demitido do Corinthians após derrota para o Flamengo

    Fábio Carille não é mais técnico do Corinthians. O treinador deixou o comando do Timão após a derrota por 4 a 1 para o Flamengo, neste domingo, no Maracanã.

    Além de Carille, deixam o clube o auxiliar Leandro da Silva, o Cuca, e o preparador físico Walmir Cruz. O coordenador de futebol Emerson Sheik e o gerente de futebol Vilson Menezes também têm cargo ameaçado. Todos voltam no mesmo voo da delegação a São Paulo.

    – Nós tiramos. Foi uma conversa, toda conversa de demissão é triste, ainda mais de um treinador que tem história grande no Corinthians. Tivemos de tomar essa decisão – afirmou o presidente Andrés Sanchez, após a partida.

    Carille ficou por quase duas horas no vestiário do Maracanã e não passou pela zona mista do estádio, saindo por outro setor.

    Sem Carille, Dyego Coelho, técnico do sub-20, vai comandar o Timão contra o Fortaleza, quarta-feira, na Arena Corinthians. Em entrevista coletiva, Andrés prometeu mudanças drásticas até o fim do ano, mas ainda não iniciou a busca por um novo comandante – Tiago Nunes, do Athletico-PR, e Sylvinho, recém-demitido do Lyon, da França, aparecem como nomes favoritos.

    A equipe não vence há oito jogos no Campeonato Brasileiro, algo que não ocorrida desde 2013, e deixou o G-6 após as últimas derrotas, para CSA e o próprio Flamengo.

    Em 183 jogos no comando do Corinthians, Carille obteve 86 vitórias, 56 empates e 41 derrotas. Ele está no top-7 dos treinadores da história do clube.

    No comando da equipe ele conquistou o Brasileirão de 2018 e o tricampeonato paulista (2017, 2018 e 2019). Nesta segunda passagem, iniciada em janeiro, são 69 jogos, com 27 vitórias, 25 empates e 17 derrotas. Mesmo campeão estadual, o treinador admite que fez poucos jogos bons na temporada.

    Após início arrasador, com três títulos em menos de um ano e meio, Carille se transferiu em maio de 2018 para o Al-Wehda, da Arábia Saudita. No fim da temporada, porém, ele retornou ao Timão.

    Veja a nota oficial do Corinthians:

    “Por meio da Diretoria de Futebol e da Presidência, o Sport Club Corinthians Paulista confirma o desligamento do técnico Fábio Carille.

    No Corinthians desde 2009, quando ingressou como auxiliar, Fábio Carille assumiu o posto de treinador definitivamente em 2017, ano em que foi campeão brasileiro e paulista. Manteve as conquistas estaduais por mais dois anos no Parque São Jorge. No total, somou como técnico do Timão 183 jogos, sendo 86 vitórias, 56 empates e 41 derrotas. Tais números o levaram à lista dos dez profissionais que mais dirigiram o Alvinegro na história.

    O Clube agradece os anos de serviços prestados e deseja sorte na continuidade da carreira.”

  • Eficiente, Tricolor vence a Chapecoense e se mantém no G4

    Eficiente, Tricolor vence a Chapecoense e se mantém no G4

    Com um grande início de jogo e eficiente nos contragolpes, o Tricolor derrotou a Chapecoense por 3 a 0 neste sábado (2) na Arena Condá e se manteve no G4 do Campeonato Brasileiro – independentemente do desfecho desta 30ª rodada no domingo (3).

    Com gols Bruno Alves no começo da partida, e Vitor Bueno e Antony – este um golaço – em contra-ataques bem armados, o São Paulo conquistou três pontos importantes em Santa Catarina e se recuperou após o revés no clássico.

    Na quarta colocação, o clube detém agora 52 pontos na competição nacional. Na próxima quinta-feira (7), às 19h30, no Morumbi, o Tricolor enfrentará o Fluminense na sequência da competição.

    Para encarar os catarinenses, o técnico Fernando Diniz fez duas alterações em relação ao time que começou o Choque-Rei. Assim, com Jucilei e Raniel entre os titulares, o treinador escalou a equipe com Volpi; Dani Alves, Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Jucilei, Tchê Tchê e Igor Gomes; Vitor Bueno, Raniel e Antony.

    No primeiro tempo, o Tricolor começou o jogo ligado e foi eficiente para balançar as redes duas vezes antes mesmo do intervalo. Logo aos seis minutos, Bruno Alves aproveitou falta cobrada por Dani Alves e abriu o placar de cabeça! 1 a 0.

    Em vantagem no marcador, o São Paulo obrigou a Chapecoense a atacar e explorou o contragolpe para anotar o segundo gol aos 23 minutos com Vitor Bueno após assistência de Antony, que puxou contra-ataque e serviu o camisa 12.

    Na etapa complementar, o time da casa tentou pressionar e exigiu defesas difíceis de Tiago Volpi, que foi decisivo e iniciou a jogada do terceiro gol são-paulino: aos 34 minutos, o goleiro espalmou uma bola complicada, que sobrou para Juanfran na sequência. O espanhol, então, lançou Antony, que desceu em velocidade, ajeitou para o pé esquerdo e bateu firme para estudar as redes! Golaço! 3 a 0!

    O Tricolor até marcou o quarto gol, novamente com Bruno Alves após cobrança de falta, mas a arbitragem acionou o VAR e alunou o segundo tento do zagueiro. Seguro, o time são-paulino administrou a vantagem e conquistou três pontos importantes em Chapecó: 3 a 0.

    Chapecoense 0x3 São Paulo

    Chapecoense: Tiepo; Eduardo (Elicarlos, no intervalo), Rafael P., Douglas e Bruno Pacheco; Renato, Márcio Araújo, Camilo e Roberto (Vini Locatelli, 30min/2ºT); Everaldo e Dalberto (Arthur Gomes, 12min/2ºT)Técnico: Marquinhos Santos

    São Paulo: Volpi; Dani Alves (Juanfran, no intervalo), Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Jucilei (Luan, 22min/2ºT), Tchê Tchê, Igor Gomes, Antony, Vitor Bueno (Hernanes, 38min/2ºT) e RanielTécnico: Fernando Diniz

    Gols: Bruno Alves (6min/1ºT); Vitor Bueno (23min/1ºT); Antony (35min/2ºT)
    Árbitro: Anderson Daronco (RS)Assistente: Rafael da Silva Alves (RS) e Michael Stanislau (RS)
    Cartões amarelos: Márcio Araújo (13min/2ºT); Volpi (22min/2ºT); Igor Gomes (22min/2ºT); Renato (39min/2ºT)Cartões vermelhos: Não houve

  • Pelo Brasileiro, Vasco empata com o Fluminense

    Pelo Brasileiro, Vasco empata com o Fluminense

    O Vasco da Gama entrou em campo na noite deste sábado (02/11) diante do Fluminense para mais um compromisso pelo Campeonato Brasileiro. O clássico carioca terminou com empate em 0 a 0, no gramado do Maracanã. O próximo compromisso do Gigante da Colina pela competição nacional será diante do Palmeiras, na próxima quarta-feira (06/11), às 21h30, em São Januário.
    O JOGO

    A primeira grande chance da partida aconteceu por parte do Gigante. Aos cinco minutos de jogo, Marrony fez boa jogada pela esquerda e cruzou rasteiro, para a defesa tricolor cortar com um chute que passou perto do gol de Muriel. Na sequência, aos sete minutos, Rossi cruzou para Marrony, que subiu para desviar de cabeça. A bola passou rente à trave direita. Mais tarde, aos 27, Guarín arriscou com a perna esquerda, de fora da área, com muito perigo. Antes do fim da primeira etapa, Rossi dá bom passe para Pikachu, que invadiu a área e finalizou. A bola foi na rede pelo lado de fora.

    Na volta para a segunda etapa, o Gigante ficou perto de marcar logo aos 14 minutos. Quando após cruzamento de Raul da direita, Ribamar desviou e levou muito perigo para a meta tricolor. Aos 36 minutos, o Fluminense ameaçou após cobrança de escanteio, mas Fernando Miguel afastou perigo. O duelo carioca terminou sem gols do gramado do Maracanã.
    FICHA TÉCNICA
    FLUMINENSE 0 x 0 VASCO

    Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
    Data/hora: 2/11/2019, às 19h (de Brasília)
    Árbitro: Raphael Claus (SP) – Nota LANCE!: 6,5 (não influenciou no resultado)
    Auxiliares: Danilo Ricardo Simon Manis (SP) e Alex Ang Ribeiro (SP)
    VAR: Jose Claudio Rocha Filho (SP)
    Público/renda: 14.206 pagantes/16.056 presentes/R$ 399.385,00
    Cartões amarelos: Nino, Yony González (FLU) e Bruno Gomes, Marrony, Richard (VAS)
    Cartão vermelho: –

    GOL: –

    VASCO: Fernando Miguel, Yago Pikachu, Oswaldo Henríquez, Leandro Castan e Henrique (Danilo Barcelos 8’/2ºT); Richard e Bruno Gomes (Marcos Júnior intervalo); Rossi, Guarín (Raul intervalo) e Marrony; Ribamar. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

    Fluminense: Muriel, Gilberto (Pablo Dyego 21’/2ºT), Digão, Nino e Caio Henrique; Yuri Lima (Dodi 17’/2ºT), Allan, Daniel e Paulo Henrique Ganso (Nenê 33’/2ºT); Yony González e Marcos Paulo. Técnico: Marcão.

  • Palmeiras supera Ceará e alcança marca de 100 vitórias no Allianz Parque

    Palmeiras supera Ceará e alcança marca de 100 vitórias no Allianz Parque

    O Palmeiras recebeu o Ceará no Allianz Parque, em duelo válido pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro, e superou a equipe alvinegra por 1 a 0, com gol de Zé Rafael marcado no início do primeiro tempo. Com o triunfo, o Verdão chegou à expressiva marca de 100 vitórias na sua moderna arena, inaugurada em novembro de 2014.

    Na tabela, o time de Mano Menezes acumula 63 pontos e ocupa a vice-liderança, atrás apenas do Flamengo, que tem 68 pontos conquistados. O terceiro colocado é o Santos, com oitos pontos a menos do que o Maior Campeão do Brasil. O rubro-negro e o alvinegro praiano ainda jogam na rodada, ambos no domingo (03), contra Corinthians e Botafogo, respectivamente.

    No total, o retrospecto palmeirense na arena é de 149 jogos, 100 vitórias, 27 empates e 22 reveses. Foram 275 gols marcados e 109 sofridos em quase cinco anos de estádio (o Allianz Parque foi inaugurado em 19 de novembro de 2014). As maiores vítimas entre as equipes visitantes no local são o São Paulo (derrotado oito vezes em nove duelos) e o Fluminense (seis vitórias palestrinas em seis partidas). Já as sequências de triunfos mais longas foram alcançadas em três oportunidades, com oito seguidos em cada vez: entre 11/02/2015 e 26/04/2015, 14/04/2016 e 30/06/2016 e, por fim, de 10/04/2019 a 10/07/2019.

    Atualmente, o Palmeiras ostenta 22 jogos sem ser superado no Allianz Parque (a última derrota foi em fevereiro de 2019) – desde então, são 17 triunfos e 5 empates, com 39 gols marcados e apenas 6 sofridos. O recorde de invencibilidade da arena é de 28 jogos (21 vitórias e 7 igualdades), registrado entre agosto de 2016 e junho de 2017. No Palestra Italia, porém, a maior sequência invicta é de 68 partidas, marca imposta entre 1986 e 1990, com 44 vitórias e 24 empates.

    Além disso, o Verdão não sabe o que é perder em seus domínios no Brasileirão há 30 jogos e já superou o antigo recorde de invencibilidade do time como mandante no Nacional, que havia sido imposto entre 1985 e 1987 (27 jogos sem revés). A série atual é de 26 triunfos e 4 empates.

    O Alviverde volta a campo na quarta-feira (06) para encarar o Vasco, às 21h30, em São Januário, no Rio de Janeiro-RJ, em duelo válido pela 31ª rodada do Brasileiro. No sábado (09), o compromisso é contra o Corinthians, às 19h, no Pacaembu, com mando palestrino – os ingressos estão à venda para todos os torcedores e 11 mil já foram comercializados antecipadamente.

    O jogo

    O time de Mano Menezes começou a partida tomando a iniciativa, ficando com a posse de bola e jogando em seu campo de ataque. O Ceará, por sua vez, se fechou no campo de defesa, tentando impedir que as jogadas alviverdes levassem perigo ao gol de Diogo Silva. Não demorou muito, porém, para que o Verdão superasse o sistema defensivo adversário.

    Aos 16 minutos, Bruno Henrique acertou belo passe para Mayke, que levou a bola à linha de fundo e cruzou para trás. A zaga cearense tentou afastar, mas a sobra ficou com Zé Rafael, no meio da área. O meia ajeitou e chutou no cantinho para abrir o placar no Allianz Parque. (Palmeiras 1×0 Ceará)

    Mesmo depois de sofrer o gol, o Ceará não conseguiu criar bons lances no ataque e ameaçar a meta de Weverton. O Palmeiras continuava tendo o domínio da partida, mesmo sem finalizar a gol com tanta frequência.

    O Verdão diminuiu o ritmo no final da primeira etapa, enquanto os adversários continuavam com a mesma estratégia de explorar os contra-ataques.  Aos 37, em um lance de velocidade do time cearense, a arbitragem marcou pênalti de Vitor Hugo em Chico. Bergson bateu e Weverton, lendo corretamente o lado do chute, caiu para o canto direito para espalmar e impedir o empate.

  • Com um a menos, Atlético-MG busca empate contra o Fortaleza, no Castelão

    Com um a menos, Atlético-MG busca empate contra o Fortaleza, no Castelão

    Fortaleza e Atlético-MG fizeram um jogo movimentadíssimo na tarde/noite deste sábado, no Castelão.

    O time da casa abriu o placar logo aos 14 minutos, com Gabriel Dias, sofreu o empate logo depois (gol de Patric) e voltou a ficar à frente após novo gol do lateral Gabriel Dias.

    A vantagem de 2 a 1 foi levada para o intervalo e ficou maior quando o Galo teve Geuvânio expulso no início do segundo tempo.

    Apesar da desvantagem numérica, o time mineiro buscou um empate heroico, já aos 41 minutos do segundo tempo, com Fábio Santos.

  • 2 Coreia do Sul vence o Chile e se garante nas oitavas de final do Mundial sub-17

    2 Coreia do Sul vence o Chile e se garante nas oitavas de final do Mundial sub-17

    Coreia do Sul e Chile fizeram um confronto direto pela segunda vaga do Grupo C para as oitavas de final do Mundial sub-17.

    E na partida deste sábado à tarde, no Kleber Andrade, em Cariacica, os sul-coreanos definiram tudo na etapa inicial, com gols de Paik Sanghoon e Hong Sungwook.

    Nem mesmo o gol de Alexsander Oroz, no fim do 1º tempo e as chances criadas até o apito final não foram suficientes para virar o placar.

    O resultado de 2 a 1 deixa a Coreia do Sul classificada, enquanto que o Chile aguarda o fim da 1ª fase para ver se passou ou se ficou pelo caminho.

  • Coluna – Thales deve ser o líbero da seleção masculina em Tóquio

    Coluna – Thales deve ser o líbero da seleção masculina em Tóquio

    A não ser que aconteça um inesperado desvio de rota no caminho até os Jogos Olímpicos de Tóquio, Thales, de 30 anos, deve ser o líbero que vai defender a seleção brasileira no evento. Nas últimas quatro Olimpíadas a posição esteve a cargo de um dos maiores especialistas do vôlei mundial: Serginho. Campeão de tudo com a seleção, Serginho já havia se despedido da camisa verde-e-amarela, mas topou o convite de Bernardinho para retornar e defender o Brasil na Rio 2016. Deu certo. Aos 41 anos ele foi um dos líderes da conquista do ouro olímpico, o segundo de sua carreira.

    Mário Júnior, que jogou o Mundial de 2014, e Thiago Brendle, que chegou a ser convocado pelo técnico Renan Dal Zotto, perderam espaço na seleção e Thales foi ganhando terreno. Mas não sem um pouco de desconfiança. O jogador do Taubaté nunca foi uma unanimidade na posição. Tanto que para o Mundial de 2018, disputado na Itália e na Bulgária, Renan optou por levar dois líberos e revezá-los em quadra. Thales atuava preferencialmente na recepção, enquanto Maique, jogador do Minas, entrava para ajudar na defesa.

    Com o revezamento ficava claro que Thales ainda precisava evoluir na defesa, especialidade de Maique. Na Liga das Nações deste ano, o técnico brasileiro continuou a alternar os líberos em quadra. Faltava uma oportunidade para que o atleta fosse mais testado e pudesse mostrar todo o seu potencial. Essa chance veio na Copa do Mundo do Japão.

    O título de forma invicta e incontestável da seleção brasileira teve o oposto Alan como o grande nome. Mas Thales também se destacou. Renan optou por deixá-lo a maior parte do tempo em quadra, sem fazer o revezamento com Maique. Com isso, o líbero foi efetivamente experimentado e respondeu à altura. Nas estatísticas foi o segundo melhor defensor do campeonato, e teve a terceira melhor recepção. Não é pouca coisa para quem vinha sendo muito cobrado por uma certa instabilidade na posição. Testado e aprovado, Thales conquistou na bola a vaga na seleção que vai defender o título olímpico em Tóquio. Qualquer outra indicação de Renan Dal Zotto na lista final para os Jogos será uma grande surpresa.

    Leia se despediu da seleção brasileira

    Líbero da seleção feminina na campanha dos Jogos Olímpicos do Rio, Leia anunciou que não vai mais defender a camisa do Brasil. Sua última competição foi a Copa do Mundo do Japão deste ano, que terminou com as brasileiras em quarto lugar. A decisão da jogadora do Minas Tênis Clube foi previamente combinada com a comissão técnica e abre espaço para a consolidação de Camila Brait no posto.

    A atleta do Osasco/Audax havia se afastado da seleção após ter sido preterida justamente por Leia na lista de convocadas para a Rio 2016. Convidada pelo técnico José Roberto Guimarães, Camila aceitou voltar ao time brasileiro. Seu retorno já dava indícios de que seria ela a líbero brasileira em Tóquio. Tecnicamente, Leia e Camila são as melhores líberos em atividade no Brasil. Suelen, do Dentil/Praia Clube, defendeu o Brasil no Mundial de 2018, mas hoje aparece com menos chances de ir à Olimpíada. Dificilmente Zé Roberto vai cortar novamente Brait da seleção às vésperas dos Jogos Olímpicos. Por isso hoje ela é a dona da posição. E provavelmente vai continuar assim, pelo menos até o fim da Olimpíada.

    Fábio Lisboa

  • Do improviso à glória: como o Brasil virou o “melhor goalball do mundo

    Do improviso à glória: como o Brasil virou o “melhor goalball do mundo

    Entre as modalidades presentes no programa da Paralimpíada, o goalball é a única que não é adaptada. Trata-se de um esporte especificamente para cegos, criado em 1946 para reabilitação de veteranos da Segunda Guerra Mundial que perderam a visão.

    A modalidade é uma das maiores apostas de medalha de ouro para o Brasil nos Jogos de Tóquio, no ano que vem. A seleção masculina lidera o ranking mundial e a equipe feminina é a atual terceira melhor do mundo.

    Segundo a Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV), o goalball é a modalidade para cegos com mais praticantes no país. A estimativa é que de 600 a 700 atletas (entre homens e mulheres) sejam filiados e participem de torneios oficiais. A edição deste ano da Copa Brasil, como é chamado o campeonato nacional, reuniu no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, 189 jogadores de 33 equipes separados em quatro divisões (séries A e B, masculino e feminino).

    “Hoje o goalball brasileiro é referência mundial. E o mesmo acontece com o nosso campeonato. Não é à toa que, neste ano, teve até estrangeiro jogando aqui. Português, argentino”, afirma Leomon Moreno, atleta do Santos e da seleção masculina.

    Leomon, aliás, é exemplo da relevância do Brasil no cenário internacional da modalidade. Quando não está jogando por aqui o brasiliense compete pelo Sporting (Portugal), que o apelidou de “Cristiano Ronaldo do goalball”. Além dele outros brasileiros têm sido chamados para disputar torneios pelo clube português, como Romário Marques (parceiro de Leomon no Santos), Ana Carolina Duarte (Santos) e Ana Gabriely Brito (Sesi).

    Usando a criatividade

    Um jogo é disputado em uma quadra com 9 metros de largura e 18 metros de comprimento, com uma bola específica (pesando 1,25 kg e com guizos no interior). A bola é arremessada a uma meta com 9 metros de largura por 1,3 metro de altura. Pouco mais de 30 anos atrás, quando tudo começou por aqui, o cenário era completamente diferente.

    O goalball chegou ao Brasil em 1985 após o professor Steven Dubner, que trabalhava no Centro de Apoio aos Deficientes Visuais (Cadevi), em São Paulo, conhecer a modalidade nos Estados Unidos. No mesmo ano foi disputado o primeiro amistoso no país, entre Cadevi e Adevipar (Associação dos Deficientes Visuais do Paraná), no ginásio da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

    “Não conhecíamos muito as regras, então fizemos [os gols] com dois bancos suecos deitados”, diz Mário Sérgio Fontes, atual coordenador de eventos da CBDV, e que em 1987 supervisionou o primeiro campeonato nacional de goalball, disputado em Uberlândia (MG).

    Hoje presidente da CBDV e ex-coordenador do futebol de 5 brasileiro, José Antônio Freire foi jogador de goalball nos anos 90. Segundo ele, a dificuldade de acesso a equipamentos oficiais obrigava os praticantes a usarem a criatividade.

    “Jogávamos em João Pessoa [PB] com uma bola de futebol de campo com guizos improvisados. A bola [oficial] era muito cara. Só tinha na Alemanha, então as equipes daqui tinham dificuldade”, lembra.

    “Às vezes, colocava-se um saco plástico por cima de uma bola normal para simular o barulho [do guizo]. Cheguei a ver isso em aquecimento de jogo”, recorda Diego Colletes, técnico das equipes masculina e feminina do Sesi e que trabalha com a modalidade há mais de 20 anos.

    Se com a bola até era possível dar um jeito de compensar as limitações financeiras, com outros equipamentos não era tão simples. Como o goalball reúne atletas com diferentes níveis de deficiência visual, todos usam óculos de proteção. A Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA) tornou o uso do equipamento obrigatório, para garantir que todos os atletas disputem a partida em igualdade de condições.

    “Os óculos mais baratinhos aqui no Brasil custam em torno de R$ 300. Eu não tinha um real para comer, imagina para comprar óculos assim? Eu não tinha tênis apropriado para jogar, então jogava descalço. Não tinha a roupa, aí jogava de regata. Não tinha joelheira, cotoveleira”, afirma Josemarcio Sousa, o Parazinho, autor de sete gols na vitória de 10 a 4 do Sesi sobre o Santos na final da Série A masculina da Copa Brasil.

    Subindo o sarrafo

    “Conheci o goalball em 2004, trabalhando no Lar das Moças Cegas, em Santos (SP). Acabei fazendo meu trabalho de conclusão de curso (TCC) sobre goalball. E não foi nada fácil. Você pesquisava na faculdade, visitava biblioteca e não achava quase nada. Até tinha alguma coisa no Google, mas pouco. Hoje está bem diferente”, diz José Mauro Neri, técnico do Santos.

    Foi exatamente em 2004 que a modalidade deu o primeiro salto no país, com a classificação inédita de uma seleção, a feminina, para a Paralimpíada de Atenas, na Grécia. De lá para cá foram três pódios em Mundiais (terceiro lugar entre as mulheres em 2018, e dois títulos entre os homens, em 2014 e em 2018) e duas medalhas paralímpicas no masculino: prata em Londres 2012, no Reino Unido, e bronze na Rio 2016. Nos Jogos Parapan-Americanos, desde Guadalajara 2011, no México, o domínio brasileiro é ainda maior: seis medalhas, sendo cinco douradas.

    Este salto coincide com a instituição da Lei Piva (10.264), de 16 de julho de 2001, que previa a destinação de 2% (2,7% a partir de 6 de julho de 2015) da arrecadação bruta das loterias federais em operação no país (descontadas as premiações) aos Comitês Olímpico do Brasil (COB) e Paralímpico Brasileiro (CPB). A entidade ligada ao paradesporto, que inicialmente tinha direito a 15% do valor repassado, teve a fatia aumentada para 37,04% há quatro anos. O CPB direciona esse investimento às modalidades, seja as que estão sob sua gestão (natação e atletismo, por exemplo), seja as administradas por outras confederações, como o goalball.

    “A inclusão do paradesporto como um todo na Lei Piva trouxe uma mudança significativa. Hoje podemos dizer que o Brasil tem recursos para dar apoio às seleções nacionais de alto padrão e realizar treinamentos”, analisa Mário Sérgio Fontes, da CBDV.

    “Não há como pensar em trabalho de alto nível, de alta qualidade, sem recursos financeiros para mantê-lo. E hoje, no país, os próprios atletas, não digo 100%, mas boa parte deles, que estão em nível de competição, recebem apoio financeiro de alguma forma, por lei de incentivo ou patrocinadores próprios”, completa.

     

    Para Diego Colletes, do Sesi, o cenário que se desenhou para o goalball brasileiro no século XXI aumentou a exigência do alto-rendimento.

    “Lá atrás o perfil dos jogadores não era verdadeiramente de atleta. Você via equipes que se juntavam para organizar uma ação fora da realidade do alto-rendimento. Mas os anos se passaram e os atletas foram entendendo a importância do dia a dia de treino para almejarem resultados”, destaca.

    “Até alguns anos atrás o goalball era simples. Você via uma equipe e sabia que ela seria campeã. Hoje os jogos são disputadíssimos. A Copa Brasil deste ano foi surpreendente. Equipes das quais não se esperava tanto antes chegaram com ótimos resultados”, acrescenta Victoria Amorim, jogadora do Sesi e da seleção feminina. Ela foi campeã da Copa Brasil em decisão inédita e apertada, por 2 a 0, contra o Instituto de Educação e Reabilitação de Cegos do Rio Grande do Norte.

    O que não significa que o papel social do paradesporto tenha necessariamente ficado em segundo plano. Adilson Benedito, de 45 anos e que hoje defende o Instituto Athlon, de São José dos Campos (SP), sofreu um acidente em uma oficina mecânica que o fez perder a visão. Os gols que marcou ao perceber que só teria sucesso nas quadras de goalball se levasse a prática a sério foram além daqueles em que a bola toca a rede.

    “Eu praticava o esporte, mas ainda tinha vício em bebida, cigarro e drogas. Isso me atrapalhou muito. Mas acreditei no trabalho. Larguei tudo que era ruim na minha vida. Confiei no projeto e hoje estou colhendo os frutos”, encerra Adilson, um dos destaques do Athlon na conquista do terceiro lugar na Copa Brasil.

    Assista no Stadium:

    Fábio Lisboa

  • Itália vence México e se classifica no Mundial Sub-17

    Itália vence México e se classifica no Mundial Sub-17

    A Itália provou sua força e o México continua sendo uma decepção neste Mundial Sub-17. O país latino chegou credenciado por dois títulos nesta categoria, mas até agora não conseguiu vencer. Os italianos, amparados pelo talento de Gnonto, conseguiram 6 pontos em duas rodadas e estão classificados para as oitavas de final.

    Foi um 1º tempo em que o grito de gol ficou entalado na garganta de quem estava nas arquibancadas no Estádio Bezerrão, no Gama (DF). Inúmeras chances foram criadas, mas ninguém conseguiu balançar as redes. A Itália, ousou mais, chutou 13 vezes a gol, mas o goleiro García – da mesma escola dos lendários Carbajal e Ochoa – fechou a meta, defendendo bolas incríveis. Numa delas, García defendeu por duas vezes, no mesmo lance, as pretensões italianas.

    A grande chance, porém, foi mexicana. Aos 38 minutos, o zagueiro Ruggeri cometeu pênalti, confirmado pelo VAR (árbitro de vídeo). O camisa 10, Luna, foi para a cobrança, o goleiro Molla saltou para o canto certo e espalmou, frustrando a maioria da torcida no estádio.

    No 2º tempo, a Itália continuou pressionando mais. Aos 22 minutos, Gnonto chuta forte, de dentro da área, a bola desvia na zaga mexicana e bate na rede pelo lado de fora. Aos 28 minutos, Gnonto, da Internazionale de Milão, fez uma grande jogada individual, pegou a bola, saiu driblando e arriscou de fora da área. O tiro saiu firme, rasteiro, no canto de García, que nada pode fazer: 1 a 0. Gnonto é o jogador mais jovem a marcar gols neste Mundial, com 15 anos e três gols.

    O México deveria buscar o empate nos minutos que restavam, mas o técnico Marco Ruíz já tinha feito as três substituições. O time estava sem criatividade e só conseguiu chegar ao gol graças a uma jogada individual do reserva Álvarez. Ele entrou na área, passou por dois italianos e chutou no canto. Um golaço aos 46 minutos!

    Logo em seguida, a Itália foi ao ataque, a bola sobrou livre na área para o lateral Udogie, que chutou prensado, a bola enganou o goleiro García e entrou: 2 a 1, aos 48 minutos do 2º tempo.
    Irritado, Rafael Martínez chutou a bola no rosto de Boscolo e foi expulso.

    A Itália volta a campo no domingo, também no Estádio Bezerrão, para enfrentar o Paraguai, vice-líder da chave. No mesmo horário, o México encara as Ilhas Salomão, precisando da vitória.

    Ficha técnica:

    ITÁLIA 2 x 1 MÉXICO
    Competição:
    Mundial Sub-17 (Primeira Fase – Grupo F)
    Local: Estádio Bezerrão, Gama (DF)
    Juiz: Diego Haro (Peru)
    Público: 1.611
    Itália: Molla, Lamanna, Ruggeri, Dalle Mura e Udogie; Panada, Pirola, Brentan (Giovane) e Tongya; Gnonto (Boscolo) e Cudrig (Oristanio). T: Carmine Nunziata.
    México: García, Lara, Alejandro Gómez, Rafael Martínez e Gúzman; Josué Martínez, Joel Gómez, El Mesmari (Puente) e Ávila (Álvarez); Muñoz (González) e Luna. T: Marco Ruíz.
    Gol: No 2º tempo: Gnonto (28), Álvarez (46) e Udogie (48).

    Fábio Massalli