Categoria: ECONOMIA

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  • Petrobras reduz preços do diesel para distribuidoras; saiba o que entra no valor cobrado na bomba

    Petrobras reduz preços do diesel para distribuidoras; saiba o que entra no valor cobrado na bomba

    A partir de amanhã, 6 de maio, a Petrobras reduzirá seus preços de venda de diesel A para as distribuidoras que passarão a ser, em média, de R$ 3,27 por litro, uma redução de R$ 0,16 por litro.

    Considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para composição do diesel B vendido nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,81 /litro, uma redução de R$ 0,14 a cada litro de diesel B.

    Com o reajuste anunciado, a Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços de diesel para as distribuidoras em R$ 1,22 / litro, uma redução de 27,2%. Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ 1,75/ litro ou 34,9%.

    De forma a contribuir para a transparência de preços e melhor compreensão da sociedade, a Petrobras publica em seu site informações referentes à formação e composição dos preços de combustíveis ao consumidor.

    A parcela de preço que cabe à remuneração da Petrobras é de 47,4% do preço total. A parte das revendas e distribuidoras responde por 17,4% do valor cobrado do consumidor final. O custo do biodiesel, que compõe a mistura que abastece os motores, corresponde a 12,1% do preço final. Os impostos estaduais compõem 17,9% do preço. A menor parcela na composição do preço se deve aos impostos federais, que respondem por 5,1% do valor final. Convidamos a visitar precos.petrobras.com.br

    Por ser o principal combustível utilizado no transporte terrestre de mercadorias, o diesel tem influência sobre o preço dos alimentos e outros produtos. A queda de seu preço ajuda a combater a inflação.

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  • Mercado espera última alta da Selic em 2025: 14,75% ao ano

    Mercado espera última alta da Selic em 2025: 14,75% ao ano

    Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam que a taxa básica de juros, a Selic, seja elevada a 14,75% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que ocorre nesta terça (6) e quarta-feira (7). A cada 45 dias, o colegiado do BC reúne-se, em Brasília, para definir os juros básicos da economia. A expectativa do mercado é que esta seja a última alta da Selic este ano.

    A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (5), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC sobre os principais indicadores econômicos. Em sua última reunião, em março, o Copom elevou a taxa pela quinta vez consecutiva para 14,25% ao ano .

    Política monetária

    A alta consolida um ciclo de contração na política monetária. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e três de 1 ponto percentual. Agora, a expectativa é que ela suba 0,5 ponto.

    Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2025 em 14,75% ao ano. Para o fim de 2026, a estimativa é de que a taxa básica caia para 12,5% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente, para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

    A taxa básica é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. Em comunicado, o Copom informou que a economia brasileira está aquecida, apesar de sinais de moderação na expansão. Segundo o BC, a inflação cheia e os núcleos – medida que exclui preços mais voláteis, como alimentos e energia – continuam em alta.

    O órgão alertou que existe o risco de que a inflação de serviços permaneça alta e informou que continuará a monitorar a política econômica do governo. Na reunião de março, Copom informou que elevará a taxa Selic “em menor magnitude” na reunião desta semana, mas não deixou pistas para o que acontecerá depois disso.

    Inflação

    Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

    Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

    Nesta edição do Focus, a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 5,55% para 5,53% este ano. Para 2026, a projeção da inflação foi mantida em 4,51%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,8%, respectivamente.

    A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

    Em março, a inflação fechou em 0,56%, pressionada principalmente pelos preços dos alimentos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar dessa pressão, o IPCA perdeu força em relação a fevereiro, quando marcou 1,31%. No acumulado em 12 meses, a inflação soma 5,48%.

    PIB e câmbio

    A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano permanece em 2%. Para 2026, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país) também ficou em 1,7%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2%, para os dois anos.

    Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021 quando o PIB alcançou 4,8%.

    A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,86 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,91.

  • Entenda a guerra de tarifas de Trump e consequências para Brasil

    Entenda a guerra de tarifas de Trump e consequências para Brasil

    A medida do governo dos Estados Unidos (EUA) de impor tarifas a todos os parceiros comerciais, nessa quarta-feira (2), representa uma tentativa da maior potência do planeta de retomar a posição que a indústria do país já teve, além de tentar combater os déficits comerciais de bens que somam cerca de US$ 1 trilhão ao ano.

    Essa avaliação é feita por diversos analistas, entre eles, o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, consultado pela Agência Brasil. O também professor em economia da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), contudo, avalia que as tarifas não podem sozinhas reverter a perda de competitividade da economia estadunidense, em especial, para a Ásia.

    “A Ásia foi muito eficiente em desenhar políticas para desenvolver a indústria dela nos últimos 20 a 30 anos. Os governos do Vietnã, da Malásia, da Tailândia, da Indonésia, da China, até mesmo da Índia, têm conseguido desenhar políticas de inovação e industriais com subsídios ao desenvolvimento tecnológico”, comentou.

    O especialista argumenta que o tarifaço representa “um choque brutal” na economia mundial, o maior desde os anos 1930. Além disso, diz que não se tratam de tarifas recíprocas, como prometia o governo Trump, e que haverá impacto para economia brasileira, em especial, para alguns setores e empresas, como a Embraer.

    Em média, as tarifas aplicadas por Trump foram de 10% para países da América Latina, de 20% para Europa e de 30% para Ásia, mostrando que o problema maior está no continente asiático.

    “Hoje, a Ásia deve ter quase 25% do mercado mundial de carro, para não falar da China com a BYD, que está quase matando a Tesla nos mercados mundiais”, comentou Paulo.

    A Tesla é a fabricante de carros do multibilionário Elon Musk, dono da plataforma X e aliado do presidente Trump.

    Em 2023, a produção industrial dos EUA como parcela da produção industrial global foi de 17,4%, bem abaixo dos 28,4% de 2001, segundo dados da Casa Branca. “Grandes e persistentes déficits comerciais anuais de bens dos EUA levaram ao esvaziamento de nossa base de manufatura; inibiu nossa capacidade de fabricação doméstica”, justificou Trump.

    Paulo Gala diz que as tarifas não podem reverter o custo de produção nos EUA.

    “O problema é que o custo de produção nos EUA hoje é 5 a 6 vezes maior do que na Ásia. Enquanto a média salarial nos EUA é de US$ 5 mil, na Ásia é de US$ 1 mil”, disse.

    Choque brutal

    As medidas geram incerteza no mercado mundial, derrubam bolsas em todo o mundo e devem paralisar as decisões empresariais. Uma multinacional que produz no Vietnã, na China, em Taiwan, ou na Europa, vai pensar duas vezes agora no que fazer, avalia Paulo Gala.

    “É o maior choque tarifário desde os anos 1930, é um choque tarifário brutal e o mercado está reagindo com muita preocupação. Vai ter uma desestruturação dramática do comércio, investimentos e tecido produtivo”, acrescentou.

    Para ele, as tarifas devem pressionar a inflação interna dos EUA. “Todos os produtos asiáticos ficam 30% mais caros. Equipamentos, máquinas, tratores, computadores, chips, tudo isso”, alertou.

    Tarifas recíprocas?

    Um dos principais argumentos da Casa Branca para o tarifaço desta semana é que os parceiros comerciais têm adotado tarifas aos produtos estadunidenses superiores aos que os EUA aplicam nas suas importações e cita o caso do Brasil.

    “Grandes e persistentes déficits comerciais anuais de bens dos EUA são causados ​​em parte substancial pela falta de reciprocidade em nossas relações comerciais bilaterais, que dificultam a venda de produtos por fabricantes dos EUA em mercados estrangeiros. O Brasil (18%) e a Indonésia (30%) impõem uma tarifa mais alta sobre o etanol do que os Estados Unidos (2,5%)”, afirmou Trump na Ordem Executiva publicada ontem.

    Na avaliação do economista Paulo Gala, as medidas não respeitaram qualquer princípio de reciprocidade. “Não foi tarifa recíproca. É a ideia de que, se um país tarifa os EUA em 30%, os EUA vão lá e tarifam 30% de volta. Isso é tarifa recíproca. Mas não foi isso que foi feito”, afirmou.

    Para Paulo Gala, o governo Trump apenas pegou os grandes déficits comerciais que os EUA têm e colocaram uma tarifa em cima.

    “Foi uma resposta meio tosca. Na verdade, é uma tarifação de países e produtos que causam déficit nos Estados Unidos”, completou.

    Brasil

    O Brasil ficou com a tarifa mais baixa entre as divulgadas, com uma taxação de 10% sobre todas exportações para os Estados Unidos. O governo promete tentar reverter a situação e mesmo recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) que, devido a paralisia promovida pelos EUA, teve sua atuação limitada nos últimos anos.

    O efeito geral que a guerra de tarifas vai causar, com provável retaliação por todo o mundo, deve trazer problemas adicionais para o comércio internacional no Brasil, não diretamente relacionado com a taxação sobre as importações brasileiras.

    “O Brasil ficou com a tarifa ‘mais barata’ de 10%. Claro que isso é um benefício, mas o Brasil vai sofrer por conta desse terremoto global que está acontecendo. Um medo de crise derrubando juros e dólar e uma recessão, obviamente, que afetariam o Brasil também”, afirmou o economista-chefe do Banco Master.

    A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lembrou que os EUA são o principal destino das exportações da indústria brasileira, especialmente de produtos de maior intensidade tecnológica, além de liderarem o comércio de serviços e os investimentos bilaterais.

    Paulo Gala avalia que a fabricante de aviões brasileira Embraer deve ser uma das companhias mais atingidas.  “Talvez Embraer seja a empresa mais impactada. A nossa dependência em relação aos EUA não é muito alta. Para além dos efeitos diretos em algumas empresas brasileiras, não deve ter um efeito tão dramático.”, completou.

    Oportunidades para o Brasil.

    Especialistas têm destacado ainda que a crise aberta pela guerra de tarifas abre oportunidades que podem ser aproveitadas pelas exportações brasileiras.

    “Se souber aproveitar esse momento, o Brasil pode expandir suas exportações, especialmente porque a taxação sobre produtos americanos pode levar importadores a buscar alternativas”, na avaliação de Volnei Eyng, CEO da gestora de ativos Multiplike.

  • Governo adota medidas para responsabilizar entidades que promoveram descontos indevidos no INSS

    Governo adota medidas para responsabilizar entidades que promoveram descontos indevidos no INSS

    A Advocacia-Geral da União (AGU) realizou a sexta feira (2/5), mais uma reunião do Grupo Especial de combate às Fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O encontro foi conduzido pelo ministro Jorge Messias, da AGU, e contou com a presença do novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, e do presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção.

    Durante o encontro, Waller anunciou a decisão do INSS de abrir Procedimentos Administrativos de Responsabilização de Pessoas Jurídica (PAR), com base na Lei Anticorrupção, contra as entidades investigadas com indícios de pagamento de propina a agentes públicos, bem como as entidades classificadas na investigação como de fachada.

    Ainda na defesa da probidade e do patrimônio do INSS, o advogado-geral da União determinou à Procuradoria-Geral Federal (PGF) a instauração de procedimentos preparatórios para ajuizamento de ações de improbidade administrativa. Os denominados Procedimentos de Instrução Prévia (PIP) investigarão as condutas dos agentes públicos e das pessoas jurídicas objeto de apuração na Operação Sem Desconto com vistas à plena responsabilização administrativa dos envolvidos.

    O INSS, com apoio do Grupo Especial da AGU e da Dataprev, avançou na construção de proposta de Plano de Ressarcimento Excepcional para os aposentados e pensionistas que foram vítimas das entidades que praticaram os descontos indevidos.

    A proposta está em fase final de elaboração e, tão logo seja concluída, será submetida no início da próxima semana à Casa Civil da Presidência da República, para posterior apresentação ao Conselho Nacional de Justiça, ao Ministério Público Federal e à Defensoria Pública da União.

  • PIB do Brics segue superior à média mundial e representa 40% da economia global

    PIB do Brics segue superior à média mundial e representa 40% da economia global

    A média do Produto Interno Bruto (PIB) dos onze países-membros do Brics está maior que a mundial, neste ano, segundo projeção do relatório Perspectivas Econômicas Mundiais, divulgado em abril pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Os dados preveem que o agrupamento alcance 3,4% no PIB, enquanto a média mundial chegaria a 2,8%.

    O Brics também obteve crescimento no acumulado de 2024, quando o PIB chegou a 4%. No mundo todo, esse valor ficou em 3,3%. As mesmas informações do FMI mostram que a participação do Brics já representava 40% na economia mundial no ano passado, segundo o PIB com base na participação da paridade do poder de compra (PPC). A projeção é que, neste ano, o agrupamento some 41% da economia global.

    O avanço dos países do Sul Global pode ser explicado pela diversidade característica do agrupamento, como explica Rodrigo Cezar, professor de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV), especialista em economia política internacional.

    “É importante falar aqui de uma heterogeneidade, uma diferença interna nos países do Brics. Isso gera desafios e oportunidades porque no caso do Brasil e da Índia, por exemplo, o fato de estarem mais afastados das frentes de instabilidade geopolítica gera uma oportunidade atrelada ao desvio de comércio”, inicia o internacionalista. Um exemplo dessa nova rota comercial é o aumento das exportações do setor agrícola brasileiro, nos últimos anos, principalmente, no setor de grãos.

    “Já países que são peças centrais nessa instabilidade possuem uma necessidade de estímulo fiscal muito grande internamente, eles precisam injetar dinheiro na economia para reduzir as fontes de instabilidade. Então, farão mais investimento em infraestrutura, indústria. Isso também vai gerar crescimento nesses países”, acrescenta Cezar sobre conflitos e guerras tarifárias do cenário global.

    Proporção

    Um fator essencial para a grande participação do Brics na economia mundial é a dimensão dos países membros. Atualmente, as onze nações representam mais de 40% da população mundial.

    “Não tem como o Brics não ser relevante, por conta desse tamanho da sua população. E tem aí também países que são chave no fornecimento de commodities, como o Brasil, a Rússia, que fornecem energia, alimentos e até minerais estratégicos muito relevantes. Então, os países do Brics vão ser muito relevantes para até mesmo ditar ou dar uma direção para os preços dessas matérias”, explica o especialista em economia política internacional.

    Cezar ainda acrescenta que a dimensão dos países e as características comerciais faz com que o Brics tenha uma “maior capacidade de absorver alguns choques externos”. Os países que lideram a projeção de crescimento do PIB do Brics para 2025 são: Etiópia (6,6%), Índia (6,2%), Indonésia (4,7%), Emirados Árabes (4%) e China (4%). Quanto à projeção deste ano da participação no mercado internacional, a China ocupa a maior fatia, representando 19,6% da economia global. Na sequência estão a Índia (8,5%), a Rússia (3,4%), a Indonésia (2,4%) e o Brasil (2,3%).

    “Se você pegar a média do grupo, você vai ter alguns países que vão puxar o crescimento para cima, enquanto outros vão estar com crescimento um pouco mais lento. É muito provável que pelo menos um dos países do grupo esteja em um crescimento considerável por conta dos seus fatores estruturais, investimentos, da demanda da China, por exemplo, de fazer investimentos domésticos para conseguir manter o seu nível de crescimento e isso vai puxar a média do grupo inteiro para cima”, resume o internacionalista.

    Os dados do FMI também mostram que os onze países-membros do agrupamento estão se consolidando como mais relevantes na economia mundial do que os do chamado G7, que reúne as nações mais desenvolvidas da União Europeia e América do Norte. Na participação da economia global, os países desenvolvidos somam, aproximadamente, 28%, no ano passado na projeção deste ano, enquanto o Brics está com 40%. A diferença da média do PIB é ainda maior – o G7 teve média de 1,7%, em 2024, e projeção de 1,2%, neste ano – enquanto o Brics teve média de 4% e 3,4%, respectivamente.

    “É uma importância econômica, mas também política, por ser um contraponto à hegemonia dos Estados Unidos. É um ator que mostra uma alternativa em relação ao G7 – os países mais desenvolvidos da União Europeia e da América do Norte”, finaliza Cezar.

    Veja o resumo dos dados apresentados pelo FMI

    tabela pib brics

  • INSS prepara plano para ressarcir aposentados vítimas de fraude

    INSS prepara plano para ressarcir aposentados vítimas de fraude

    O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está elaborando uma proposta de Plano de Ressarcimento Excepcional para os aposentados e pensionistas que foram vítimas de descontos não autorizados por entidades associativas. A medida foi discutida em reunião na tarde desta sexta-feira (2), conduzida pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, e que contou com a presença do novo presidente do INSS.

    “A proposta está em fase final de elaboração e, tão logo seja concluída, será submetida no início da próxima semana à Casa Civil da Presidência da República, para posterior apresentação ao Conselho Nacional de Justiça, ao Ministério Público Federal e à Defensoria Pública da União”, informou a AGU, em nota.

    A pasta instituiu um Grupo Especial, com suporte da Dataprev e do próprio INSS, para resolver a situação causada a milhões de aposentados e pensionistas. A devolução dos recursos cobrados indevidamente foi uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que abordou o tema em seu mais recente pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão.

    O novo presidente do INSS afirmou, durante a reunião, que vai determinar a abertura Procedimentos Administrativos de Responsabilização de Pessoas Jurídicas (PAR), com base na Lei nº 12.846/2013 (Lei Anticorrupção), em desfavor das entidades investigadas com indícios de pagamento de propina a agentes públicos, bem como as entidades classificadas na investigação como de fachada.

    Da parte da AGU, Jorge Messias determinou, segundo o que foi informado, a instauração de procedimentos preparatórios para ajuizamento de ações de improbidade administrativa.

    “Os denominados Procedimentos de Instrução Prévia (PIP) investigarão as condutas dos agentes públicos e das pessoas jurídicas objeto de apuração na Operação Sem Desconto com vistas à plena responsabilização administrativa dos envolvidos”, disse a pasta.

    Ministro pede demissão

    Também nesta sexta, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, acertou sua saída do cargo, após se reunir com Lula, no Palácio do Planalto, em Brasília. Em seu lugar, o Planalto anunciou ex-deputado federal Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da pasta, indicado pelo PDT, que é presidido pelo próprio Lupi.

    A troca no comando do Ministério da Previdência ocorre uma semana após a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagrarem uma operação conjunta que apura um suposto esquema de descontos não autorizados.

    A investigação aponta que as irregularidades começaram em 2019, durante a gestão de Jair Bolsonaro, e prosseguiram nos últimos anos.

    Mudanças no INSS

    O caso já havia resultado na exoneração do então presidente do Instituto, Alessandro Stefanutto, e no afastamento de quatro dirigentes da autarquia e  de um policial federal lotado em São Paulo.

    Deputados de oposição protocolaram, na última quarta-feira (30), um requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os sindicatos envolvidos na fraude do INSS.

    A PF informou ter reunido indícios da existência de irregularidades em parte dos cerca de R$ 6,3 bilhões que a cobrança das mensalidades associativas movimentou apenas entre 2019 e 2024. Nos dias seguintes, a CGU e o próprio INSS tornaram públicos os resultados de auditorias realizadas desde 2023, que também apontavam inconsistências e problemas relacionados ao tema.

  • Após fraude no INSS, Lupi pede demissão do Ministério da Previdência

    Após fraude no INSS, Lupi pede demissão do Ministério da Previdência

    O ministro da Previdência, Carlos Lupi, acertou sua saída do cargo, nesta sexta-feira (2), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, em Brasília.

    Em seu lugar, o Palácio do Planalto anunciou ex-deputado federal Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da pasta. O agora ex-ministro, que é presidente nacional do PDT, anunciou a saída do governo em uma postagem nas redes sociais.

    Brasília (DF), 02/05/2025 - Wolney Queiroz, novo ministro da Previdência Social. Foto: MPS/Divulgação Wolney Queiroz assume o Ministério da Previdência Social – MPS/Divulgação

    “Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso, que apuram possíveis irregularidades no INSS. Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula. Espero que as investigações sigam seu curso natural, identifiquem os responsáveis e punam, com rigor, aqueles que usaram suas funções para prejudicar o povo trabalhador”, escreveu Lupi.

    Segundo o Planalto, a exoneração de Lupi e a nomeação de Wolney serão publicadas ainda nesta sexta em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). A troca no comando do Ministério da Previdência ocorre uma semana após a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagrarem uma operação conjunta que apura um suposto esquema de descontos não autorizados de mensalidades associativas em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

    A investigação aponta que as irregularidades começaram em 2019, durante a gestão de Jair Bolsonaro, e prosseguiram nos últimos anos.

    “Continuarei acompanhando de perto e colaborando com o governo para que, ao final, todo e qualquer recurso que tenha sido desviado do caminho de nossos beneficiários seja devolvido integralmente. Deixo meu agradecimento aos mais de 20 mil servidores do INSS e do Ministério da Previdência Social, profissionais que aprendi a admirar ainda mais nestes pouco mais de dois anos à frente da Pasta. Homens e mulheres que sustentam, com dedicação, o maior programa social das Américas”, prosseguiu Carlos Lupi.

    Mudanças no INSS

    O caso já havia resultado na exoneração do então presidente do instituto, Alessandro Stefanutto, e no afastamento de quatro dirigentes da autarquia e de um policial federal lotado em São Paulo.

    Deputados de oposição protocolaram, na última quarta-feira (30), um requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os sindicatos envolvidos na fraude do INSS. Pressionado pela oposição, Lupi chegou a prestar depoimento durante sessão da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, também da Câmara dos Deputados, realizada na terça-feira (29), mas sua permanência à frente da pasta acabou ficando insustentável.

    A PF informou ter reunido indícios da existência de irregularidades em parte dos cerca de R$ 6,3 bilhões que a cobrança das mensalidades associativas movimentou apenas entre 2019 e 2024. Nos dias seguintes, a CGU e o próprio INSS tornaram públicos os resultados de auditorias realizadas desde 2023, que também apontavam inconsistências e problemas relacionados ao tema.

    Suspensão e devolução

    Logo após a deflagração da operação da PF, o INSS suspendeu todos os descontos oriundos dos acordos com as entidades.

    Para reaver o dinheiro retroativo aos anos anteriores, a Advocacia-Geral da União (AGU) montou um grupo para buscar a reparação dos prejuízos. Esse grupo se reuniu na tarde desta sexta, na sede da AGU, envolvendo o próprio advogado-geral da União, Jorge Messias; o presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção e o novo presidente do INSS, nomeado há dois dias.

    Na última quinta-feira (30), em pronunciamento nacional por ocasião do Dia do Trabalhador, Lula prometeu que os prejudicados serão ressarcidos.

  • Comércio deve movimentar R$ 37,75 bilhões no Dia das Mães, apesar de queda em relação a 2024

    Comércio deve movimentar R$ 37,75 bilhões no Dia das Mães, apesar de queda em relação a 2024

    Considerada a principal data comemorativa do primeiro semestre para o varejo, o Dia das Mães deve movimentar R$ 37,75 bilhões nos segmentos de comércio e serviços em 2025, segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil, em parceria com a Offerwise. A data deve levar cerca de 126,9 milhões de consumidores às compras, o que representa 78% da população economicamente ativa, ainda que o volume financeiro previsto seja R$ 2,46 bilhões menor que o registrado no ano anterior.

    A pesquisa revela que as mães (77%) continuam sendo as principais presenteadas, seguidas por sogras (18%) e esposas (17%). O valor médio das compras será de R$ 298, com homens (R$ 334) e consumidores das classes A/B (R$ 351) liderando os maiores gastos. A maior parte pretende adquirir dois presentes, sendo perfumes (47%), roupas, calçados ou acessórios (41%) e cosméticos (26%) os itens mais procurados.

    Produtos mais caros

    Mesmo com a intenção de presentear em alta, 69% dos consumidores afirmam que os produtos estão mais caros este ano. Ainda assim, 39% disseram que vão gastar mais, motivados principalmente pelo desejo de comprar um presente melhor (60%), pelos preços mais altos (44%) ou por adquirir mais itens (31%). Em contrapartida, 16% pretendem gastar menos, alegando necessidade de economizar, situação financeira difícil ou intenção de comprar menos presentes.

    As comemorações devem ocorrer em casa, segundo 43% dos entrevistados, sendo a casa da mãe o destino mais citado. Almoçar fora será a opção de 11% dos consumidores.

    O presidente da CNDL, José César da Costa, reforça a importância da data para o setor, mesmo em cenário de juros altos e inadimplência crescente. “Apesar da queda numérica em relação ao ano passado, sabemos que o brasileiro tem a tradição de presentear. É importante fazer pesquisa de preço e ficar atento ao orçamento, já que o país passa por um período crítico.”

    Preferência por lojas físicas

    As lojas físicas seguem como o canal de compra preferido, com 80% dos consumidores pretendendo adquirir os presentes presencialmente. Os principais pontos de venda citados são shopping centers (32%), shoppings populares (19%), lojas de departamento (17%) e lojas de rua (11%). Ainda assim, 45% pretendem realizar pelo menos uma compra pela internet, principalmente por aplicativos (73%), sites (69%) e Instagram (28%). O destaque fica para os sites internacionais (52%), onde os consumidores buscam variedade, preços mais baixos e qualidade.

    A pesquisa de preços deve orientar a maioria das decisões de compra: 79% dos entrevistados afirmam que irão comparar valores antes de adquirir os produtos, tanto pela internet (85%) quanto nas lojas físicas (68%). Em relação ao pagamento, 67% pretendem pagar à vista, sendo o PIX a forma mais citada (46%), seguido por cartão de débito (23%). Entre os que optarão por parcelar, o cartão de crédito aparece como principal recurso, com média de quatro prestações.

    Apesar da movimentação expressiva no comércio, o estudo aponta um comportamento de risco financeiro: 32% dos consumidores estão com contas em atraso e 63% têm o nome negativado. Mais alarmante é o fato de que 13% admitem que deixarão de pagar alguma conta para comprar presentes neste Dia das Mães.

    Equilíbrio na compra de presentes para as mães

    “É preciso equilíbrio. O ato de presentear não pode se sobrepor ao orçamento da família. Nessas horas, vale usar a criatividade, fazer algo personalizado ou dividir os custos do presente com outros familiares”, alerta Costa.

    Entre os que irão dividir os gastos, 56% farão isso com irmãos, 34% com outros parentes e 13% com o pai. Ainda assim, 82% devem arcar sozinhos com os custos dos presentes.

    A pesquisa foi realizada entre 1º e 10 de abril de 2025, com 730 entrevistados nas 27 capitais brasileiras, todos maiores de 18 anos e com intenção de comprar presentes. A margem de erro é de até 4 pontos percentuais, com 95% de nível de confiança.

  • Lula escolhe procurador federal como novo presidente do INSS

    Lula escolhe procurador federal como novo presidente do INSS

    O procurador federal Gilberto Waller Júnior será o novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), informou nesta noite o Palácio do Planalto. Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a nomeação foi assinada pela ministra-chefe substituta da Casa Civil, Miriam Belchior.

    O ato será publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União. Tradicionalmente, a nomeação do presidente do INSS cabe ao ministro da Previdência Social.

    Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, Waller Júnior tem pós-graduação em Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro. Ele entrou no INSS como procurador em 1998, tendo ocupado os cargos de corregedor-geral de 2001 a 2004 e subprocurador-geral de 2007 a 2008.

    Waller também trabalhou na Controladoria-Geral da União (CGU), onde ocupou o cargo de ouvidor-geral da União de 2016 a 2023. Atualmente, ele é corregedor da Procuradoria-Geral Federal, órgão da Advocacia-Geral da União (AGU).

    O procurador federal assumirá o posto de Alessandro Stefanutto, demitido do cargo após a Operação Sem Desconto da Polícia Federal revelar a existência de um esquema de fraudes no órgão entre 2019 e 2024, que descontou indevidamente contribuições de aposentados e pensionistas a entidades e organizações sociais.

    No mesmo dia da operação, a Justiça Federal determinou o afastamento de Stefanutto, por omissão diante de denúncias de fraudes nos repasses às entidades. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a exoneração de Stefanutto na mesma noite.

    Desde a última quinta-feira (24), a diretora de Orçamento, Finanças e Logística do INSS, Débora Aparecida Floriano, ocupava a presidência interina da autarquia. Além de Stefanutto, a Justiça determinou o afastamento de cinco servidores do órgão, posteriormente demitidos.

    Na terça-feira (29), o juiz Frederico Botelho de Barros Viana, da 15ª Vara Federal Criminal de Brasília, autorizou a quebra de sigilo telemático de Stefanutto. Segundo o magistrado, o fim do sigilo permite o aprofundamento das investigações do esquema de descontos em aposentadorias e pensões.

  • MPDFT pede suspensão da compra do Banco Master pelo BRB

    MPDFT pede suspensão da compra do Banco Master pelo BRB

    O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) protocolou nesta quarta-feira (30) um pedido para barrar a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), instituição financeira pública ligada ao governo do Distrito Federal.

    Em março deste ano, o BRB anunciou a intenção de comprar o Banco Master por R$ 2 bilhões. O BRB ficaria com 58% do capital total e 49% das ações ordinárias do Master. A operação depende de autorização do Banco Central.

    Na ação civil pública, os promotores pedem que a Justiça da capital federal impeça o BRB de assinar o contrato definitivo de compra de parte das ações e apontam irregularidades na operação de compra.

    Os promotores afirmaram que a deliberação do Conselho de Administração do BRB que aprovou a compra sequer mencionou a operação com o Banco Master. Além disso, a decisão não foi tomada pela assembleia de acionistas.

    “Esse fato revela que o Conselho de Administração do BRB, contrariando o estatuto [do banco] e a Lei 6.404/1976, optou deliberadamente por excluir os acionistas da decisão que lhe cabe como unidade de definição dos destinos sociais da companhia”, afirmam os promotores.

    O MPDFT também disse que a venda precisa ser aprovada pela Câmara Legislativa do DF.

    “Até o momento, não há lei autorizando o BRB a participar do capital social de companhia privada, o que é uma exigência da Constituição da República. Isso também está inscrito na Lei Orgânica do Distrito Federal”, completou o órgão.

    A Agência Brasil entrou em contato com o BRB e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestação.

    Negócio polêmico

    O negócio é polêmico porque o Banco Master tem uma política agressiva para captar recursos, oferecendo rendimentos de até 140% do Certificado de Depósito Bancário (CDI) a quem compra papéis da instituição financeira, superiores às taxas médias para bancos pequenos, em torno de 110% a 120% do CDI.

    O Master também enfrenta a desconfiança do mercado financeiro. Recentemente, a instituição financeira tentou uma emissão de títulos em dólares, mas não conseguiu captar recursos. Operações do banco com precatórios, títulos de dívidas de governos com sentença judicial definitiva, também aumentaram dúvidas sobre a situação financeira da instituição.

    O Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação preliminar para apurar a compra.