Categoria: Coluna do Fabiano de Abreu

Colunista do CenárioMT, Fabiano de Abreu é membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo com sede na Inglaterra conseguindo alcançar o maior QI registrado com 99 de percentil o que equivale em numeral a um QI acima de 180 para valores europeus e 150 para o Brasil. Especialista em estudos da mente humana, é membro e sócio da CPAH – Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, com sede no Brasil e unidade em Portugal.

  • Quem é o menino gênio de 14 anos que foi contratado para empresa de Elon Musk?

    Quem é o menino gênio de 14 anos que foi contratado para empresa de Elon Musk?

    Kairan Quazi has been identified as profoundly gifted meaning his IQ score is in the top

    Kairan Quazi tem apenas 14 anos e está prestes a terminar uma licenciatura em engenharia da informática n a Universidade de Santa Clara, nos Estados Unidos, e já tem vaga garantida na SpaceX, uma das principais empresas de Elon Musk.

    O jovem já dava sinais de suas altas habilidades desde muito pequeno, aos dois anos, já era capaz de formular frases completas, aos nove, ingressou na faculdade e, aos 10 anos, conseguiu um estágio em uma empresa de tecnologia.

    No final de julho, Kairan dará um novo passo importante na sua carreira, se mudará para Washington, acompanhado por sua mãe, para iniciar sua jornada como engenheiro de software na SpaceX.

    O QI de Kairan foi testado acima do percentil 99,9 quando estava na terceira série, e sua inteligência emocional (QE) também foi descrita como “surpreendentemente alta”.

    De acordo com o Pós PhD em neurociências membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, Kairan Quazi tem potencial para ingressar nas mais restritas sociedades de alto QI.

    O QI do menino é tão alto, que se encaixa em sociedades como Triple Nine Society e The Thousand onde só aceitam pessoas com 99.9 de percentil

    Quanto às habilidades precoces de Kairan, Dr. Fabiano de Abreu ressalta que as habilidades de crianças superdotadas variam bastante, mas que o ambiente influencia bastante nos rumos que a criança irá trilhar.

    Nem todos têm a mesma sorte deste menino, pois é necessário nascer em países como Estados Unidos para ter esse tipo de oportunidade. E existem os de muito alto QI que não se adaptam ao mundo acadêmico, ser autodidata e ter que cumprir as regras do meio acadêmico é um grande desafio”.

    Eu estava num encontro nos Países Baixos este final de semana, da TNS, e estava comentando sobre isso. Em países como Brasil e Portugal, ter alto QI é uma ameaça, para os países do norte da Europa, ter alto QI é visto como oportunidade” Conta o Dr. Fabiano de Abreu.

  • Por que nosso intestino também é conhecido como “segundo cérebro”?

    Por que nosso intestino também é conhecido como “segundo cérebro”?

    conexao intestinal do cerebro 206049 4613

    O nosso organismo é um sistema altamente interligado, mas uma das conexões mais importantes do nosso corpo ainda é altamente incompreendida: A relação cérebro-intestino.

    Nosso sistema digestivo é fortemente ligado com nosso Sistema Nervoso Central (SNC), sendo coordenado pelo SNE – Sistema Nervoso Entérico, uma espécie de subdivisão independente do SNC, mas que mantém comunicação através dos sistemas simpático e parassimpático e está presente nas camadas que revestem o sistema digestivo possuindo seus próprios circuitos neurais.

    Um novo estudo realizado por uma equipe de pesquisadores dos Estados Unidos ligada a institutos de pesquisa do cérebro analisou a relação entre o cérebro e o intestino humano através de um método pioneiro: A utilização de uma cápsula vibratória minimamente invasiva. Através dela foi medido o que foi chamado de “potencial evocado gástrico”, uma resposta neural tardia em eletrodos parieto-occipitais da linha média relacionada com a acurácia perceptual.

    Os pesquisadores ainda identificaram uma melhorada precisão perceptiva, redução da variabilidade no tempo de reação e detecção mais rápida da estimulação feita através do dispositivo.

    De acordo com o Pós PhD em neurociências membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o estudo, além de reforçar a conexão entre o cérebro e o intestino, apresenta um método que pode ajudar a entender melhor essa interação.

    Há muito tempo se sabe que há uma estreita relação entre o cérebro e o intestino, no entanto, a inacessibilidade ao interior do corpo dificulta estratégias que ajudem a entender melhor como se dá essa interação, o que pode ser facilitado com a apresentação deste novo modelo de sonda mecanossensorial minimamente invasiva, a cápsula vibratória, para estimulação do intestino e posterior medição dos efeitos dessa estimulação no cérebro”.

    Além disso, a descoberta das respostas neurais em eletrodos parieto-occipitais da linha média à estimulação vibracional da cápsula no intestino permite compreender mais profundamente a função dos sintomas gastrointestinais em diversas patologias e direcionar os estudos sobre a forma como os sentimentos intestinais são processados pelo cérebro humano”.

    O estudo reforça a ideia do intestino como o ‘segundo cérebro’? Não é bem assim, eu não gosto desse termo, já que cada órgão tem a sua especialidade e só há um cérebro, mas é óbvio que há uma relação direta” Afirma Dr. Fabiano de Abreu.

  • Varicela: Como a doença pode afetar o neurodesenvolvimento de bebês

    Varicela: Como a doença pode afetar o neurodesenvolvimento de bebês

    pregnant 2568594 640

    Varicela, também conhecida como catapora, é uma doença altamente contagiosa causada pelo vírus Varicela-Zoster e marcada por erupções cutâneas, apesar de ser mais comum em crianças, pode afetar pessoas de todas as idades. Normalmente, a varicela costuma ser uma doença autolimitada, mas em certos casos, como em gestantes, pode causar complicações graves e duradouras, incluindo o impacto no neurodesenvolvimento dos bebês.

    Como ocorre o contágio por varicela?

    A varicela é transmitida pelo contato direto com o fluido das bolhas ou pela inalação de partículas virais presentes no ar quando uma pessoa infectada tosse ou espirra, os bebês, especialmente aqueles com menos de um ano de idade, têm maior risco de desenvolver complicações graves devido ao seu sistema imunológico imaturo.

    Quais os impactos da varicela em gestantes?

    De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o contágio de varicela em gestantes pode gerar sequelas neurológicas permanentes nos bebês.

    O vírus Varicela-Zoster quando afeta gestantes pode gerar diversos problemas na mãe e no feto através da Síndrome de Varicela Congênita, ocorre pela infecção do vírus na mãe e é transmitido ao filho através da placenta, esse processo ocorre de forma mais grave durante as 20 primeiras semanas”.

    Ela é marcada por uma embriofetopatia que gera diversos problemas, em especial ao desenvolvimento neurológico podendo causar, dentre outras coisas, hidrocefalia, microcefalia, calcificações intra e extracranianas e atrofia cerebelar e cortical, o que afeta permanentemente a saúde do bebê” Explica Dr. Fabiano de Abreu.

    Como prevenir a varicela em gestantes?

    Os cuidados preventivos para a varicela em gestantes, e para a população em geral, são simples, mas de suma importância para evitar todos os problemas que ela desencadeia.

    Os principais cuidados incluem lavar as mãos com frequência, evitar contato com pessoas contaminadas, locais ou objetivos com contato direto com o paciente, além disso, a vacinação é fundamental, a vacina varicela e tetravalente viral são as utilizadas para a condição.

    Como é feito o tratamento contra a varicela

    Não existe um tratamento específico para a varicela, normalmente, os cuidados com a doença consistem em remédios para aliviar os sintomas, em especial géis e loções para aliviar as coceiras e repouso até a remissão total da condição, que costuma ocorrer dentro de 30 dias.

  • Distorção da realidade: Inteligência Artificial alterando o cérebro e aumentando a ansiedade e solidão

    Distorção da realidade: Inteligência Artificial alterando o cérebro e aumentando a ansiedade e solidão

    inteligencia artificial na medicina 1

    A Inteligência Artificial se tornou o centro de uma série de desenvolvimentos tecnológicos e mudanças na sociedade, a tecnologia em pouco tempo obteve uma popularização exponencial gerando entusiasmo na mesma medida em que gerou temor, mas além disso, a IA também é um poderoso fator para potencializar os efeitos da tecnologia em nosso cérebro.

    Desde o “boom” da internet, redes sociais e das tecnologias digitais nos anos 2000, pudemos perceber diversos impactos à nossa saúde mental e ao funcionamento do nosso cérebro, como ansiedade, depressão, narcisismo patológico, falta de foco e uma lógica da incoerência, mas a IA trouxe consigo uma evolução especialmente delicada que se não for bem utilizada pode trazer consequências negativas ainda mais graves.

    Nós somos seres orgânicos, o nosso cérebro é conduzido através de estímulos, no entanto, com as redes sociais houve um processo de aceleração de digitalização de uma enorme parcela da interação com a sociedade, o que destoa dos instintos mais básicos que regem nosso cérebro há milhares de anos e que, a despeito das revoluções tecnológicas, persistem.

    A IA é, em última análise, um processo virtual e abstrato, o que, em larga escala e com uma expressiva presença no nosso dia a dia gera confusões e alterações que reconfiguram nosso cérebro de uma forma perigosa e compromete o nosso pensamento, fazendo com que o real fique cada vez mais flexível, fornecendo ferramentas poderosas para pessoas com transtornos criarem uma realidade que lhes pareça mais amigável e a “venda” como a verdade, se antes o narcisismo patológico já era perigoso com o uso das redes sociais na busca pela “imagem perfeita”, com a IA praticamente não há limite para as ferramentas que estarão nas mãos de narcisistas.

    Este tipo de alteração anatômica do cérebro está relacionada a essa cultura das redes sociais através da distorção da realidade que grande parte das vezes não são sequer relacionadas aos transtornos que cada vez se tornam mais comuns, mas na verdade são reações às mudanças no cérebro que não dependem exclusivamente de predisposição genética.

    Atualmente, já vivemos em uma era onde as pessoas criam a sua própria realidade e se convencem dela, muitas vezes através dos transtornos mentais que distorcem a verdade para torná-la mais aceitas por nós mesmos, trazendo um falso alívio gerado por uma descarga desregulada de neurotransmissores, o que com ferramentas que alteram tão facilmente e significativamente a realidade como a IA chega a patamares absurdos.

    É importante reforçar que a Inteligência Artificial deve continuar o seu progresso por ser bastante benéfica, ajudando no tratamento de doenças, para melhorar a qualidade de vida, otimizar processos, etc., mas isso só se aplica se seu uso for feito corretamente e sem excessos.

    Esse tipo de movimento não é só perigoso a nível individual, mas também a nível mundial, pois com o tempo, uma maioria que acredita em uma distorção irá “engolir” a minoria que tem consciência, coerência e razão lógica da realidade.

    Por isso, a preocupação com a Inteligência Artificial não é em vão, nós temos uma disputa de grandes cérebros, em que existem os cérebros que pensam em si mesmo e não no bem comum, de forma egoísta, e existem os cérebros que pensam de forma preventiva para proteger a humanidade, o que obviamente é mais assertivo.

    Tudo isso, nos leva a concluir que mesmo com as mais poderosas e avançadas tecnologias, nós não somos tão poderosos quanto achávamos que éramos, a maior prova disso é que existem animais que são muito mais preparados para a sobrevivência do que nós, enquanto nós ainda precisamos desenvolver nosso lobo frontal. A mesma inteligência que desenvolvemos, também é capaz de destruir, é por isso que grandes cérebros se preocupam, por ter uma noção muito mais plausível das consequências para a sociedade, todos querem ser lembrados por seus feitos, deixar o seu legado, mas um legado só é válido se ainda houver alguém para vê-lo.

  • O Fenômeno dos Robôs: Por que eles se tornaram Tão Populares? Cientista explica

    O Fenômeno dos Robôs: Por que eles se tornaram Tão Populares? Cientista explica

    IMG 0687 scaled 1 scaled

    Os robôs estão assumindo o centro das atenções no cenário global. De assistentes virtuais a robôs humanoides, essas criações artificiais têm conquistado a imaginação e a curiosidade das pessoas. Mas por que eles se tornaram tão populares?

    De acordo com Dr. Fabiano de Abreu Agrela, pós PhD em neurociências com especialização em Inteligência Artificial, a IA está no centro dessa revolução tecnológica.  Ela está transformando a maneira como interagimos com a tecnologia no dia a dia. Essas soluções inteligentes estão trazendo maior eficiência, conveniência e produtividade para as nossas vidas, o que naturalmente desperta interesse e adoção por parte do público. O Dr. Fabiano destaca que a popularização dos robôs também está relacionada à nossa própria curiosidade humana e fascínio pela ideia de interagir com máquinas inteligentes. “Os  robôs representam uma síntese entre ciência, tecnologia e criatividade, despertando o nosso imaginário e alimentando a imaginação coletiva. Eles nos fazem questionar o que é possível e nos permitem explorar o potencial de um futuro onde humanos e máquinas coexistem de forma harmoniosa e colaborativa.

    Com avanços surpreendentes em algoritmos e poder computacional, os robôs estão se tornando cada vez mais inteligentes e habilidosos, participando cada vez mais da nossa rotina. No entanto, essa crescente dependência da tecnologia tem levantado questões importantes sobre a influência da IA em nossas vidas. “Estamos sendo dominados pela inteligência artificial, e isso está alterando até mesmo o nosso cérebro”, alerta o Dr. Fabiano. Com os robôs dominando a esfera da inteligência, é inevitável que ocupem cada vez mais espaço na sociedade. Para ele, enquanto alguns se tornarão reféns da tecnologia, outros saberão aproveitar seus benefícios com sabedoria, distinguindo a realidade virtual da vida real.

    Esse rápido avanço tecnológico não está isento de riscos. Existe uma preocupação de que a independência dos robôs possa sair do controle. O especialista alerta que fica ainda mais evidente quando consideramos a falta de empatia dessas criações mecânicas. Segundo Fabiano, robôs são lógicos, matemáticos, desprovidos de emoção. “E é justamente essa falta de emoção que nos preocupa, pois quanto mais racionais e frios se tornam, menos as pessoas parecem se importar. A lógica sem emoção pode causar destruição sem arrependimento”, ressalta o neurocientista.

    E o que o futuro reserva para a robótica e a inteligência artificial? Estamos apenas começando a desvendar seu verdadeiro potencial. Com o avanço contínuo da tecnologia, podemos esperar que os robôs sejam cada vez mais integrados em áreas como saúde, educação, indústria e muito mais. No entanto, é essencial que nos mantenhamos vigilantes e conscientes dos riscos envolvidos, garantindo que não substitua a humanidade. O futuro promete uma simbiose entre humanos e máquinas, ressalta o Dr. Fabiano. Com a contínua evolução da robótica e da IA, é crucial que consideremos os impactos éticos, sociais e emocionais dessas tecnologias, para que possamos moldar um futuro no qual a tecnologia seja um complemento e uma ferramenta a serviço da humanidade, preservando a empatia e a essência humana.

    Cabe a nós, como sociedade, definir os limites e direcionar o desenvolvimento dessas criações artificiais para o bem comum.

  • Por que os falsos diagnósticos de TDAH têm prejudicado a sociedade?

    Por que os falsos diagnósticos de TDAH têm prejudicado a sociedade?

    woman 5452432 640

    O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica multifatorial que se manifesta principalmente na infância e pode persistir ao longo da vida,o TDAH pode causar dificuldade em prestar atenção em detalhes e tarefas, em seguir instruções e concluir tarefas diárias, em se organizar, manter o foco e a tendência a perder objetos.

    Os diagnósticos de TDAH tem crescido em todo o mundo nos últimos tempos, de acordo com um levantamento da agência France Presse, em 2013,um em cada 5 adolescentes americanos eram diagnosticados com TDAH e, segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção – ABDA – o número de casos de TDAH pode chegar a 8% mundialmente.

    O cérebro dos seres humanos de hoje é o mesmo cérebro que os seres humanos tinham na Idade Média, onde o volume de informação e a velocidade com que ela devia ser processada eram infinitamente menores, isso logicamente gera uma enorme disparidade com os resultados requeridos pela sociedade e o que nosso cérebro está acostumado e biologicamente propenso a fazer.

    Nossa sociedade atual possui características que foram definidas há poucos anos e que passam por constantes mudanças, como o crescente uso de redes sociais, a avalanche de informações, imediatismo, e a cultura narcísica formatada por ela, entre outros, acabam gerando alterações comportamentais muito próximas dos sintomas de TDAH, como ansiedade, hiperatividade, dificuldade em manter o foco, o que pode gerar diagnósticos equivocados.

    O autodiagnóstico e a banalização do TDAH é muito perigoso e pode aumentar ainda mais a falsa sensação de ter encontrado a causa-raiz do problema, o que na verdade, prejudica o direcionamento correto de medidas para tratá-las, mas medidas voltadas para cuidado da saúde mental, por escolas,empresas, etc., ainda estão engatinhando e longe do que seria ideal para manusear as demandas, tanto do TDAH, quanto resultado do excesso do uso de redes sociais.

  • Microplásticos podem chegar ao cérebro duas horas após a ingestão, aponta estudo

    Microplásticos podem chegar ao cérebro duas horas após a ingestão, aponta estudo

    microplasticos topo 1 1

    Os microplásticos são pequenas partículas de plástico com tamanho inferior a 5 milímetros que se tornaram um dos principais problemas ambientais do nosso tempo, elas formam-se através da fragmentação de plásticos maiores, produtos de higiene pessoal, tecidos sintéticos e resíduos industriais.

    Os microplásticos são consumidos por animais marinhos, como peixes e mariscos, que confundem essas partículas com alimento, o que além dos riscos à saúde destes animais, é perigoso para os humanos que os consomem, segundo um estudo da Universidade Médica de Viena, os seres humanos consomem cerca de 5g de partículas de plástico por semana.

    Mas de acordo com um novo estudo, realizado por um grupo de pesquisadores dos EUA, Áustria, Hungria e Holanda, e publicado pela revista Nanomaterials, os microplásticos podem chegar ao cérebro cerca de duas horas após a ingestão.

    Segundo o Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, os microplásticos podem aumentar o risco do desenvolvimento de doenças como Parkinson e Alzheimer.

    Ainda não se entendem totalmente os efeitos das micropartículas de plástico no cérebro, mas sabe-se que eles podem aumentar as chances de inflamação, distúrbios neurológicos e doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer”.

    Além disso, elas podem causar alterações no intestino, prejudicando a absorção de nutrientes e desequilibrando a flora intestinal, o que também está relacionado com o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas”.

    O estudo revelou que após a administração oral em camundongos, pequenos fragmentos de MNPs foram detectados em seus cérebros em um curto período de duas horas, atravessando a barreira hematoencefálica.

    No entanto, ainda é incerto se o mesmo comportamento ocorre em seres humanos, além disso, ainda não se sabe ao certo a quantidade de partículas plásticas necessárias para causar danos significativos ao cérebro humano.

  • Poluição sonora: Como ela pode afetar a sua saúde?

    Poluição sonora: Como ela pode afetar a sua saúde?

    barulho apartamento lei ouvidor

    Tornou-se comum a exposição a uma grande quantidade de ruídos diariamente, em especial nas grandes cidades onde barulhos advindos do trânsito, obras, fones de ouvido, caixas de som, entre outros se acumulam formando a famosa poluição sonora.

    Poluição sonora e perda auditiva

    A poluição sonora pode causar uma série de problemas para a sua saúde, um dos principais é a perda auditiva, como explica o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

    Morar em grandes cidades está associado a taxas mais altas de perda auditiva, até 5% da perda auditiva e surdez da população mundial está relacionado à poluição sonora em grandes cidades, a razão mais comum que as pessoas perdem sua audição como adultos é perda auditiva relacionada à idade, chamada presbiacusia, uma alteração no órgão auditivo gerada pela idade, mas que também sofre influência do ambiente”.

    Um dos fatores que tornou a presbiacusia ainda mais comum agora do que nunca é o fato de que vivemos em um mundo barulhento, causando uma perda auditiva gradual e queda na qualidade de vida” Afirma Dr.Fabiano.

    Poluição sonora e o cérebro

    De acordo com um estudo financiado pelo Fundo Nacional para Pesquisa Científica (SNSF) e publicado na revista Environmental Research, o barulho gerado pelo trânsito pode causar déficits de concentração e memória.

    O estudo analisou cerca de 900 adolescentes entre 10 e 17 anos em exposição a níveis diferentes de ruídos vindos do trânsito, analisando suas habilidades cognitivas antes e depois desse período, chegando à conclusão de que a cada 10dB acima da média do barulho no trânsito, a memória chamada figurativa, responsável por registrar memórias, reduziu-se cerca de 0,27 pontos, e a capacidade de concentração diminuiu 0,13.

    Além dos efeitos diretos ao cérebro, apenas uma conclusão lógica pode ajudar a perceber que memorizar e manter a concentração em meio a um ambiente barulhento ou após horas de exposição a ele geram níveis de estresse que prejudicam essas capacidades”. Afirma o Dr. Fabiano.

  • Estudo aponta que o cérebro utiliza o cálcio para se comunicar

    Estudo aponta que o cérebro utiliza o cálcio para se comunicar

    123209317 gettyimages 1279148720 1 1

    De acordo com um novo estudo publicado pela revista científica Science, a comunicação cerebral envolve mais fatores do que se acreditava anteriormente, concluindo que os íons de sódio não são a única substância envolvida no processo de comunicação do cérebro, o cálcio também exerce um importante papel nesse processo.

    Ao bloquear os íons de sódio, medindo a atividade elétrica em tecidos removidos durante cirurgias e analisando a estrutura através de microscopia de fluorescência,os pesquisadores perceberam que os sinais continuavam sendo emitidos, mas cessavam quando o cálcio era bloqueado. Isso indica que a relação entre esses íons é crucial para o processo de comunicação cerebral, e sugere que o cérebro possui múltiplos mecanismos neuronais para realizar suas operações lógicas.

    Segundo o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o novo estudo reforça a complexidade dos processos ocorridos no cérebro e a necessidade de maiores estudos para entender o órgão.

    Descobrir e entender novos mecanismos utilizados pelo cérebro para realizar a sua comunicação é fundamental não só para desvendar um pouco mais sobre o seu funcionamento, mas também conseguir aperfeiçoar técnicas de tratamento e diagnósticos de doenças” Explica.

    Os pesquisadores envolvidos na pesquisa pretendem dar continuidade aos estudos para entender melhor o funcionamento dessa nova forma de comunicação cerebral.

  • As mudanças que ocorrem na vida sexual após uma lesão que afeta a mobilidade

    As mudanças que ocorrem na vida sexual após uma lesão que afeta a mobilidade

    wheelchair 749985 1920

    Algumas lesões específicas, em especial na medula espinhal,que faz parte do Sistema Nervoso Central, atuando na conexão entre o cérebro e as demais partes do corpo, gerando ramificações de nervos que se estendem até os membros, por isso, quando há alguma lesão nessa região é comum que o paciente fique tetraplégico (Imobilidade do pescoço para baixo), ou paraplégico (Imobilidade nos membros inferiores).

    Uma questão bastante debatida é a vida sexual do paciente após esse tipo de lesão que afeta a sua mobilidade, os impactos nessa área variam bastante a depender do caso e da gravidade da lesão, mas não é raro que, mesmo sem mobilidade nos membros inferiores o homem mantenha a sensibilidade nos órgãos genitais.

    No entanto, mesmo quando a sensibilidade na região é prejudicada, o estímulo é capaz de gerar uma ereção como uma espécie de reflexo, mas o simples fato de conseguir ter uma ereção já se torna bastante significativo para a autoestima do homem.

    A ejaculação também varia a depender de uma série de fatores, como a presença ou não de sensibilidade no órgão genital, capacidade de ereção e amplitude da lesão, mas mesmo assim o paciente pode ter uma vida sexual ativa.

    O ciclo da excitação é modificado a depender das particularidades de cada caso, mas em especial nos casos onde a sensibilidade é prejudicada, são necessários outros estímulos, visuais, auditivos, cheiros, sabores, etc., para isso é fundamental um acompanhamento multidisciplinar.