Categoria: Coluna do Fabiano de Abreu

Colunista do CenárioMT, Fabiano de Abreu é membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo com sede na Inglaterra conseguindo alcançar o maior QI registrado com 99 de percentil o que equivale em numeral a um QI acima de 180 para valores europeus e 150 para o Brasil. Especialista em estudos da mente humana, é membro e sócio da CPAH – Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, com sede no Brasil e unidade em Portugal.

  • Stalking: Entenda como o crime de perseguição se tornou uma arma para manchar a imagem de alguém

    Stalking: Entenda como o crime de perseguição se tornou uma arma para manchar a imagem de alguém

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    A prática do crime de perseguição, também conhecido como stalking, tem se tornado mais comum e se ampliado devido ao acesso às tecnologias de comunicação e pode gerar uma série de impactos negativos a anônimos e pessoas públicas.

    O que é o crime de perseguição?

    O crime de perseguição é caracterizado pela repetição constante e deliberada desses comportamentos, levando a vítima a sentir-se ameaçada, insegura e angustiada.

    Stalking é um termo em inglês que significa “caçar” ou “perseguir de forma obsessiva” e foi associado ao crime por englobar invasões de privacidade, causando medo e desconforto através de ações como monitoramento constante, mensagens excessivas, ataques em redes sociais e vigilância não autorizada, podendo ser considerado um crime em muitas jurisdições.

    De acordo com a lei 14.132/2021 no Código Penal “Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade” gera uma pena de seis meses a dois anos e multa.

    Como ocorre o crime de perseguição?

    O crime de perseguição tem ocorrido cada vez mais com o auxílio das redes sociais, o que maximiza o seu poder de afetar negativamente a saúde física e mental de alguém.

    No caso do Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, os fatos têm ocorrido desde que a sua alta pontuação em testes de QI começou a ser tema de diversas matérias na imprensa, alguns poucos membros de uma famosa associação começaram a persegui-lo.

    Tudo começou devido às matérias que saíam na imprensa sobre o seu QI e seus títulos, então Dr. Fabiano passou a ser alvo de uma série de denúncias questionando suas formações e sua pontuação de QI para os órgãos responsáveis, acusações que foram totalmente arquivadas diante da documentação comprobatória.

    No entanto, mesmo cinco anos após o início das perseguições, que incluíram contas falsas na Wikipedia em seu nome com o objetivo de bani-lo permanentemente da plataforma após infringir a sua política, ataques em redes sociais e ameaças por telefone, os processos ainda seguem para tentar frear o assédio.

    Casos de Stalking cresceram nos últimos tempos

    Os casos de crimes de perseguição têm aumentado nos últimos anos, de acordo com o Anuário de Segurança Pública do Estado de Minas Gerais, os crimes de Stalking cresceram 60% no primeiro semestre de 2023.

    No Brasil inteiro, em 2022,foram registrados mais de 63 mil denúncias do crime de perseguição, São Paulo liderou o levantamento com 22.477 casos.

  • Estudo revela mecanismo cerebral capaz de “impedir” o cérebro de se distrair

    Estudo revela mecanismo cerebral capaz de “impedir” o cérebro de se distrair

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    O foco é uma habilidade importante do cérebro humano, permitindo a concentração em tarefas e objetivos específicos, mas em uma sociedade saturada de informações e ritmo acelerado, manter o foco tornou-se um desafio cada vez maior.

    No entanto, uma nova descoberta realizada por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia e publicado na revista científica Neuron, pode ajudar a entender melhor como o cérebro é capaz de manter o foco.

    De acordo com o estudo, existe um grupo de neurônios de “movimento visual” presentes no córtex pré-frontal lateral (LPFC) que são capazes de reprimir distrações e manter a atenção em tarefas que trarão bons resultados.

    O grupo de neurônios possui um padrão de atividade chamado “explosões beta” no córtex pré-frontal, reduzindo assim o estímulo de distrações e aumentando o foco em determinadas atividades.

    A descoberta pode permitir uma melhor compreensão dos processos de foco do cérebro e possibilitar desenvolver estratégias para aprimorá-lo, afirma o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

    Entender sistemas como esses que permitem ao cérebro uma melhor atenção e foco em tarefas específicas pode ajudar a compreender melhor formas de desenvolvê-lo e os impactos que essa habilidade sofre com a necessidade de ter atenção em várias coisas ao mesmo tempo, além de também poder se tornar uma importante ferramenta no tratamento de TDAH”.

    Essas estruturas reforçam que os anos de evolução do nosso cérebro foram direcionados a habilidades voltadas ao foco e atenção em uma atividade por vez, algo que tem sido cada vez mais desafiado na sociedade atual” Pondera Dr. Fabiano de Abreu.

  • Cérebro x sociedade: Estudo aponta sistemas cerebrais responsáveis pelo foco

    Cérebro x sociedade: Estudo aponta sistemas cerebrais responsáveis pelo foco

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    Ao longo da evolução, o cérebro humano desenvolveu complexos sistemas de foco e atenção, adaptando-se às demandas ambientais e sociais. Regiões cerebrais fundamentais, como o córtex pré-frontal dorsolateral e o córtex parietal superior, estão envolvidas na regulação da atenção seletiva e focalizada. Essas áreas permitem que os indivíduos se concentrem em estímulos mais importantes ligados a recompensas e suprimam distrações, otimizando o processamento cognitivo.

    A evolução favoreceu a capacidade de foco para aprimorar a eficácia na busca por recursos essenciais, detecção de ameaças e interações sociais. A necessidade de concentrar-se em atividades específicas, como caçar ou construir abrigos, conferiu vantagens adaptativas. A atenção focada permitia o processamento detalhado e a resolução de problemas, maximizando a sobrevivência e reprodução.

    A existência e importância desse processo foi reforçada por um novo estudo promovido pela Universidade da Pensilvânia e publicada pela revista científica Neuron, que identificou a ação de um grupo de neurônios relacionados ao movimento visual localizados no córtex pré-frontal lateral que atuam com um padrão de atividades chamado “explosões beta”, responsáveis por suprimir a intervenção de estímulos distratores em face de uma atividade central.

    Essa descoberta apoia um desenvolvimento evolucional voltado ao foco em atividades específicas por vez, no entanto, em um contexto contemporâneo repleto de estímulos variados e demandas multitarefa, a habilidade de foco tem sido cada vez mais posta à prova.

    Compreender melhor os sistemas que modulam o foco e a regulação de distrações é fundamental para entender os impactos que a cultura de informações rápidas e em massa no cérebro humano e na sua capacidade de manter a atenção em tarefas e atividades específicas, podendo também ser importante para o tratamento de condições que afetam o foco, como TDAH.

  • Na era das Fake News é preciso provar o que diz

    Na era das Fake News é preciso provar o que diz

    Com a recente onda de Fake News, conteúdos gerados por IA e desinformação, cada vez tem se tornado mais importante comprovar o que se fala, principalmente para profissionais da saúde, educação, empresários, entre outros.

    Tendo em vista esse movimento da sociedade, diversos profissionais têm buscado formas de demonstrar credibilidade e confiança nos seus métodos e falas para seus clientes e pacientes e uma das formas mais utilizadas têm sido os modelos científicos.

    O que é um método científico?

    O método científico é uma abordagem sistemática e rigorosa utilizada para investigar fenômenos, métodos, fórmulas, entre outros, e adquirir conhecimento confiável e válido, comprovando cientificamente que uma determinada abordagem traz resultados eficazes.

    O método científico exige a utilização de experimentação controlada, medição precisa, análise estatística e replicação para garantir a confiabilidade dos resultados. Ele permite que os cientistas testem suas ideias de forma objetiva, eliminando opiniões pessoais.

    Por que é importante ter um método científico?

    Dr. Fabiano de Abreu Agrela é um Pós PhD em neurociências, pesquisador do Centro de Pesquisa e Análises Heráclito – CPAH e CEO da empresa de comunicação MF Press Global é um dos principais defensores do uso do método científico não apenas como um diferencial, mas como uma necessidade para os mais diversos profissionais.

    Atualmente cada vez mais profissionais têm tido a necessidade de comprovar que realiza um trabalho sério e aplicar métodos totalmente baseados na técnica e na ciência se tornou uma necessidade, jamais fazer algo apenas por acreditar que esteja certo sem qualquer tipo de comprovação, isso nos leva, consequentemente, à necessidade de recorrer à ciência para validar a abordagem utilizada por cada profissional”.

    Essa validação científica, além de garantir os bons resultados da técnica utilizadas em cada caso, também permite que o profissional tenha um diferencial pois a partir daí não será ele que estará afirmando que o método utilizado funciona e sim uma equipe de cientistas que realizou um trabalho científico para validar a técnica, isso dá um peso muito maior ao profissional pois muitos dizem ter método, mas na verdade, um método só é um método quando é comprovado cientificamente” Explica Dr. Fabiano.

    Por isso, no CPAH e na MF Press Global temos sido muito procurados para isso e sempre buscamos reforçar, através da ciência, os resultados que os profissionais obtêm através dos seus métodos, que nós criamos ou adaptamos a ideia do profissional com uma equipe multidisciplinar responsável pela análise científica da técnica utilizada pelo profissional para a sua aprovação, além disso, sempre incluímos referências nas postagens em redes sociais para que o profissional possa se destacar em meio à desinformação ” Afirma.

  • K9: Saiba como a “droga zumbi” afeta o cérebro

    K9: Saiba como a “droga zumbi” afeta o cérebro

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    A K9 é uma droga sintética que imita os efeitos da maconha de forma potencializada com uma alta concentração de THC – tetra-hidrocanabinol, o principal componente ativo da maconha – Ela é produzida através da pulverização de plantas com produtos químicos que atuam no cérebro facilitando a assimilação de canabinóides, tornando os efeitos da droga ainda maiores, podendo superar em 50 vezes a morfina.

    Quais os riscos do uso de k9?

    Por ser mais potente do que a maconha comum, a k9 gera o que foi chamado de “efeito zumbi”, por fazer o usuário perder sua percepção da realidade.

    Dentre os principais efeitos causados pela “droga zumbi”, estão alucinações, paranoia, ansiedade, convulsões, taquicardia, perda dos sentidos, incapacidade de comunicação, confusão mental, sonolência, tontura, entre outros.

    Quais os impactos da “droga zumbi” no cérebro?

    De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, ainda não se sabe todos os efeitos da droga a longo prazo, mas se sabe que ele pode desencadear algumas condições neurológicas.

    Apesar de já se observar o uso da droga K9 há cerca de 15 anos, não se sabe como o seu consumo longo prazo pode impactar o cérebro de forma permanente”.

    De acordo com o CDC – Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA – o K9 pode desencadear problemas psiquiátricos e neurológicos, mas além disso, sabe-se que a droga pode causar AVCs e provocar esquizofrenia e depressão” Afirma Dr. Fabiano de Abreu.

    O grande perigo dessa substância é o uso indiscriminado de produtos químicos que afetam a forma como o cérebro recebe os sinais de canabinóides, isso aliado à perda de percepção de sentidos e raciocínio durante o efeito da droga, o que pode vir do efeito em diversas áreas do cérebro, como o lobo frontal, temporal e parietal, prejudicando habilidades como comunicação, raciocínio e percepção sensorial, fazendo com que o usuário perca o contato com a realidade” Explica.

  • Memória: Estratégias de pessoas de alto QI para memorização

    Memória: Estratégias de pessoas de alto QI para memorização

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    A memória sempre foi uma habilidade essencial na história da humanidade, permitindo o aprendizado, a transmissão de conhecimentos e o desenvolvimento das sociedades. Atualmente, em um mundo cada vez mais acelerado e repleto de informações rápidas, a capacidade de memorização ganhou ainda mais importância, mas como melhorar a nossa memória?

    Segundo o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, Pós PhD em neurociências e membro de quatro sociedades de alto QI, dentre elas a Mensa e a Triple Nine Society, memorização é um processo complexo e individual.

    Cada indivíduo possui características, capacidades e personalidades únicas, o que torna essencial a adaptação das técnicas de memorização para cada indivíduo. Existem várias técnicas de memorização, mas elas não são universais e, por isso, o que funciona para uma pessoa pode não ser eficiente para outra” Explica Dr. Fabiano de Abreu

    Quais as técnicas de memorização que pessoas de alto QI usam?

    Não existe essa ideia de que as pessoas de alto QI têm alguma técnica mágica que lhes dá memória fotográfica, até porque não é desta maneira. Alto QI tem relação com conexões eficientes, logo, se esquece bastante para se armazenar bastante, por isso a melhor memória está relacionada ao interesse sobre o que se quer memorizar e a emoção usada. Pessoas que memorizam tudo o que vêem, como exemplo da síndrome da Supermemória, enfrentam problemas cognitivos, sociais, de ansiedade e depressão já que, memorizam muitas coisas ruins e não esquecem.  Mas dentro do padrão normal ou de alto QI, existem algumas estratégias usadas para facilitar a retenção de informações” Afirma Dr. Fabiano.

    A associação de ideias é uma das principais e muitas vezes feita de forma inconsciente, nela o aprendizado é vinculado a conceitos ou informações já conhecidos, facilitando sua retenção na memória. Outra técnica é a repetição espaçada, que consiste em revisar o conteúdo em intervalos de tempo regulares de acordo com a chamada ‘curva do esquecimento’ o que melhora a fixação das informações”.

    “A técnica da visualização também é muito usada, nela o indivíduo cria imagens mentais relacionadas ao conteúdo que está sendo memorizado, tornando-o mais vívido e fácil de recordar” Ensina.

    Mas o que considero o ‘grande segredo’ para melhorar a memorização é a esquematização do conteúdo, de forma visual, por meio de áudios, escrever a mão, etc., quanto mais diversificado for o seu contato com o conteúdo, mais áreas do cérebro serão estimuladas, o que facilita a retenção da informação” Destaca Dr. Fabiano de Abreu.

  • O grande plano de Elon Musk: Como o mais novo projeto do bilionário pode mesclar ser humano e robôs

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    Não é de hoje que o empresário bilionário Elon Musk gera polêmica com os seus projetos ambiciosos, recentemente, com a liberação da sua empresa Neuralink realizar testes com chips cerebrais em humanos o debate sobre o uso da tecnologia foi reacendido, mas Musk pode estar planejando muito mais por trás deste projeto.

    Como devem ser os chips cerebrais de Elon Musk?

    A Neuralink é uma empresa fundada por Elon Musk em 2016 com a missão de avançar no desenvolvimento de tecnologias de interface cérebro-computador. Seu objetivo é criar conexões diretas entre o cérebro humano e dispositivos externos, utilizando eletrodos implantados na superfície cerebral.

    O novo dispositivo desenvolvido pela empresa seria implantado no cérebro e teria o potencial de trazer benefícios terapêuticos para uma variedade de condições médicas, como paralisia, depressão e até cegueira. Além disso, a tecnologia poderia permitir a interconexão direta entre o cérebro e supercomputadores, bem como a capacidade de armazenar memórias.

    No entanto, as ambições do projeto também geraram dúvidas e críticas. Questões éticas e legais foram levantadas em relação à viabilidade e aos possíveis impactos dessa tecnologia. O debate se concentra em preocupações como privacidade, segurança, autonomia individual e potenciais abusos do acesso direto ao cérebro humano.

    O que está por trás dos chips cerebrais de Elon Musk?

    De acordo com o Pós PhD em neurociências e membro da Society for Neuroscience nos EUA e da Sigma XI, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o projeto de Elon Musk vai muito além de benefícios terapêuticos, sendo voltado também para o desenvolvimento de uma simbiose humano-máquina.

    O projeto Neuralink soa algo interessante, que é trazer a cura e reativar membros. Por exemplo, fazer um cego enxergar, um surdo ouvir, uma pessoa com Alzheimer se lembrar e até mesmo pessoas sem mobilidade voltarem a andar, mas sabemos que no mundo científico que nem todo estudo e projeto é somente aquele que beneficia, mas também o que descobre, revela, antecede e o que aguça as ambições”.

    Elon Musk já alertou sobre o risco da inteligência artificial e da possibilidade de os robôs se voltarem contra nós, ele também deixou escapar que há por trás do Neuralink uma prevenção através da simbiose para que nós sejamos as máquinas, dessa forma o risco da IA ‘sair do controle’ seriam menores pois ela estaria, de alguma forma, integrada a nós” Analisa Dr. Fabiano de Abreu.

  • Varicela em gestantes: Sequelas podem ser permanentes nos bebês

    Varicela em gestantes: Sequelas podem ser permanentes nos bebês

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    A varicela é uma doença altamente contagiosa causada pelo vírus Varicela-Zoster, caracterizada por erupções cutâneas pruriginosas, é mais comum em crianças, mas pode afetar pessoas de todas as idades. Embora geralmente seja benigna, a varicela pode levar a complicações graves, especialmente em bebês e pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos e gestantes.

    Quando afeta gestantes, a varicela pode gerar danos irreversíveis à saúde do feto, prejudicando definitivamente funções neurológicas.

    O contágio do vírus Varicela-Zoster pela mãe durante a gravidez, principalmente quando ocorre nas 20 primeiras semanas da gestação, que faz com que o feto seja infectado por intermédio da placenta, nestes casos a condição é conhecida como Síndrome de Varicela Congênita, mas quando ocorre com o recém-nascido em até 10 dias após seu nascimento, é chamada varicela perinatal.

    A Síndrome de Varicela Congênita é mais grave e é caracterizada por uma série de sintomas e condições neurológicas que podem ser desencadeadas por ela, como atrofia cerebelar e cortical, hidrocefalia, convulsões, microcefalia, retardo mental, calcificações intra e extracranianas, atrofia da medula espinhal, além de outros efeitos no restante do organismo, como nos nervos ópticos, bexiga, anus, intestino e pulmões.

    Não existem tratamentos efetivos para a condição, os cuidados são quase exclusivamente preventivos, como evitar contato com pessoas infectadas, lavar as mãos com frequência, vacinar-se e paliativos para as condições decorrentes da Síndrome de Varicela Congênita que acompanham o bebê durante toda a vida, no entanto, pode ser realizada a administração de imunoglobulina específica para o vírus e/ou Aciclovir.

    O diagnóstico da Varicela Congênita pode ser clínico, através da observação das alterações características da condição, laboratorial, por meio da detecção específica de IgM contra o vírus Varicela-Zoster no feto, ou pelo diagnóstico ultrassonográfico, realizado 12 semanas após o quadro de varicela na mãe para a detecção de hidrocefalia e entre 15 e 18 semanas para a identificação de calcificação hepática e hipoplasia dos membros, que está relacionada, em 50% dos casos, com alterações neurológicas.

  • Decifrando o daltonismo: Os desafios da percepção das cores

    Decifrando o daltonismo: Os desafios da percepção das cores

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    Enxergar e distinguir as cores é fundamental para a realização de diversas tarefas diárias, como dirigir, usar o celular, escrever, entre outras, no entanto, ela pode ser afetada por uma condição comum: O daltonismo.

    O daltonismo é uma condição visual que afeta a percepção das cores e gera um grande prejuízo na qualidade de vida dos pacientes. Ele é uma condição genética, transmitida de pais para filhos por meio de alterações nos genes responsáveis pela identificação das cores.

    Essas alterações podem afetar a produção ou a função dos cones – Células especializadas na percepção das cores. Além disso, lesões oculares, como traumas ou doenças, podem causar danos aos cones e levar ao daltonismo adquirido. Certos medicamentos também podem interferir na visão das cores como efeito colateral, mas também existem condições médicas, como a retinite pigmentosa, que estão associadas ao daltonismo devido ao comprometimento da retina.

    Dificuldades na diferenciação de cores podem interferir na identificação de sinais de trânsito, leitura de gráficos e mapas, escolha de roupas, o que pode levar a frustrações e desafios no ambiente de trabalho e isolamento social.

    Atualmente não há cura definitiva para o daltonismo, mas existem abordagens terapêuticas que podem ajudar a reduzir os sintomas e melhorar a percepção das cores para os pacientes. Uma das principais opções é o uso de lentes de contato ou óculos com filtros especiais que aumentam o contraste entre as cores. Além disso, intervenções baseadas em tecnologia, como dispositivos eletrônicos e aplicativos, podem ser utilizadas como mais uma ferramenta para auxiliar na identificação de cores.

  • Nascidos de parto normal podem ter propensão a alto QI. Neurocientista explica

    Nascidos de parto normal podem ter propensão a alto QI. Neurocientista explica

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    O processo de gestação é fundamental para a saúde do bebê, os cuidados tidos nesse período influenciam diretamente diversos aspectos da vida da criança, mas além disso, o momento do parto também tem grande influência sobre a saúde do bebê, incluindo a sua inteligência.

    Durante o parto natural, o contato do bebê com a flora vaginal da mãe é fundamental para manter o equilíbrio da microbiota intestinal da criança, além de influenciar em diversos pontos do seu desenvolvimento.

    De acordo com um estudo publicado na revista científica American Journal of Neuroradiology, a realização de um parto cesáreo impacta no neurodesenvolvimento infantil, causando uma redução de mielina – substância que reveste os nervos, seu desgaste pode influenciar funções do cérebro – durante toda a infância.

    Outro estudo recentemente publicado na revista Cell Host & Microbe, o uso das bactérias benignas da flora vaginal da mãe em bebês nascidos por cesariana ajuda a reequilibrar a microbiota intestinal da criança, o que influencia o seu desenvolvimento neurológico, além de risco aumentado durante certo período da infância de contrair asma, alergias ou diabetes.

    Segundo o Pós PhD em neurociências e especialista em genômica, o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, já há fortes evidências da influência do parto no desenvolvimento cerebral da criança, e consequentemente, sua inteligência.

    Já está fortemente estabelecido pela ciência que há claras diferenças entre a microbiota intestinal dos bebês nascidos de cesárea e de parto natural, isso se dá pois no parto natural há um contato com a flora vaginal da mãe, o que ajuda na formação da flora intestinal da criança, o que é fundamental para diversos processos do corpo que vão desde a absorção de nutrientes e imunidade, às funções cognitivas”.

    Existem estudos que indicam também que o tipo de parto pode ter efeitos moderadores sobre a disposição genética relacionada à inteligência nas crianças, apesar de não ter sido encontrado nenhum gene significativo, foram localizados diversos loci (regiões específicas mapeadas em um Genoma) que, a depender da forma do parto, apresenta efeitos moderadores na inteligência, além de identificarem variações no gene GRIN2A em crianças nascidas em cesárea que estão ligadas a um menor QI” Explica.

    No entanto, todas as evidências apontam que a influência é transitória, durando algum tempo apenas durante a infância, mas como eu sempre digo, todo precursor é significativo para o fenótipo. Ainda há a necessidade  de mais estudos que analisem seus impactos a longo prazo” Afirma Dr. Fabiano de Abreu.