Categoria: Coluna do Fabiano de Abreu

Colunista do CenárioMT, Fabiano de Abreu é membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo com sede na Inglaterra conseguindo alcançar o maior QI registrado com 99 de percentil o que equivale em numeral a um QI acima de 180 para valores europeus e 150 para o Brasil. Especialista em estudos da mente humana, é membro e sócio da CPAH – Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, com sede no Brasil e unidade em Portugal.

  • Israel vs Palestina De quem é a terra?

    Israel vs Palestina De quem é a terra?

    Os recentes ataques a Israel que iniciou-se no dia 7 de outubro com ataques do grupo terrorista Hamas ao país, já deixaram mais de 4 mil mortos, tornando-se o mais mortal da história de Gaza e o pior dos últimos 50 anos em Israel.

    O conflito não é atual e se arrasta ao longo de vários anos, gerando tensões internacionais acerca das relações entre as duas nações.

    Qual a verdadeira razão do conflito?

    De acordo com o Pós PhD em neurociências e licenciado em História, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a terra era originalmente judaica, mas outros povos também acabaram nutrindo fortes laços com a região, o que gerou conflitos.

    Filósofo explica dilemas do conflito entre Palestina e Israel

    O povo de Israel dispersou-se em todo o mundo após diversos eventos chamados de diásporas, onde povos invadiram territórios e escravizaram o povo, o que fez com que eles perdessem um território definido, tendo apenas a sua fé e hábitos como união entre a população. A Bíblia hebraica descreve (c. 1200–576 a.C.) confrontos militares constantes entre os judeus e outras tribos, incluindo os filisteus, cuja capital era Gaza. Por volta de 930 a.C. o reino se dividiu entre o Reino de Judá, ao sul, e o Reino de Israel, no norte”.

    Já os árabes descendem de povos que habitaram a região em períodos onde os judeus haviam sido expulsos da sua terra, durante as diásporas, e também estabelecendo fortes laços com o território. O conflito se intensifica pelas questões religiosas, para ambos os povos, o território é sagrado e concedido por direito divino”.

    Por volta do início do século XIX um processo chamado sionismo passou a ocorrer, onde os judeus passaram a reocupar a região como forma de pressionar a criação do estado de Israel, o que fez com que em 1947 a ONU – Organização das Nações Unidas, votou pela divisão do território em 55% para os judeus e 45% para os árabes, mesmo que fossem a esmagadora maioria de habitantes da região.

    Após a formação do Estado de Israel, em maio de 1948, a construção do muro de Israel em 2002 e a diáspora, dessa vez para os povos árabes, piorou ainda mais os conflitos.

    Análise comportamental do conflito

    De acordo com o Pós PhD em neurociências e licenciado em História, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o idealismo é colocado à frente da coerência, embaçando noções lógicas em relação às consequências do conflito e dificultando o diálogo entre os povos.

    O raciocínio, a tomada de decisões razoáveis baseada em uma análise do que se perde e do que se ganha em cada cenário, tudo depende de um pensamento claro sobre a situação, algo que não ocorre quando o idealismo é colocado à frente, como guia de decisões agressivas e arbitrárias para alcançar seus objetivos”, ressalta.

    O Hamas usa os civis como escudo humano, algo feito de forma alinhada aos interesses de natalidade naquele país para aumento populacional. O povo de Gaza é pobre, pela má administração do Hamas. Judeus sempre serão judeus assim como sempre foram na história, mesmo com as diásporas, antisemitismo, guerras, etc., já o Hamas e seu idealismo terrorista é resultado de uma doutrina e educação”, afirma Dr. Fabiano de Abreu.

    Os judeus foram expulsos de suas terras diversas vezes, começando em 750 a.C pelo rei assírio Tiglate-Pileser III, depois tem o que foi considerada a primeira diáspora judaica ao ano de 586 a.C., quando Nabucodonosor II — imperador babilônico — invadiu o Reino de Judá. Depois em 70 d.C pelos romanos. E agora a tentativa é do povo árabe de uma terceira considerável diáspora. Por isso há judeus espalhados por todo mundo. Faça o seu DNA e poderá encontrar sangue judeu”.

    Mas a questão, é que os judeus tendem a manter seus traços genéticos de personalidade. Nomes famosos como Sigmund Freud, Albert Einstein, Karl Marx, Jesus Cristo, Baruch Spinoza, Ana Frank, Shimon Peres, Frida Kahlo, Woody Allen, Harrison Ford, Calvin Klein, Ralph Lauren, Steven Spielberg, Bob Dylan, entre centenas de outros, incluindo Silvio Santos, cujo nome verdadeiro é Senor Abravanel, são alguns dos nomes de personagens históricos que são judeus”, destaca Dr. Fabiano.

  • 5 dicas da ciência que ninguém te conta para cuidar da sua saúde mental

    5 dicas da ciência que ninguém te conta para cuidar da sua saúde mental

    Cuidar da saúde mental se tornou uma necessidade nos dias de hoje devido à grande quantidade de casos relacionados à saúde mental e emocional, fazendo com que alguns cuidados precisem ser tomados para prevenir e cuidar de problemas do tipo.

    No entanto, de acordo com o Pós PhD em neurociências, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, é possível cuidar da sua mente com alguns cuidados simples, mas pouco difundidos.

    Quando se fala em cuidar da saúde mental existem alguns cuidados bastante conhecidos relacionados a dieta, descanso, exercícios, trabalho, entre outros. Mas não vou falar de alimentação, exercícios físicos e horas de sono que já batemos muito nesta tecla, gosto sempre de trazer algo novo para cuidados com saúde mental”.

    5 dicas que ninguém te conta para cuidar da saúde mental

    1. Tomada de Decisão Consciente: “Quando precisar fazer algo importante, tome a decisão rapidamente sem hesitar muito, isso fortalece a região do seu cérebro ligada à inteligência, o córtex pré-frontal, o que exercita a mente e fortalece a neuroplasticidade”.

    2. Controle dos Pensamentos: “Para afastar pensamentos negativos, distraia sua mente com tarefas que exijam concentração e te obrigue a pensar em outras coisas, isso ajuda a driblar pensamentos ruins”, afirma Dr. Fabiano de Abreu.

    3. Evite Pessoas Tóxicas: “Não se envolva com pessoas que têm comportamentos negativos, prejudiciais ou que afetam sua saúde mental. Isso não significa perder empatia, mas sim cuidar de si mesmo primeiro”, ressalta.

    4. Entretenimento Positivo: “Assista a filmes ou séries que estimulem pensamentos positivos e levem sua imaginação para lugares agradáveis, esses momentos ajudam tanto a se distrair, quanto a relaxar a sua mente”.

    5. Reduza o Uso das Redes Sociais: “Se você está buscando ajuda, saiba que as redes sociais podem ser prejudiciais. Considere reduzir ou abandonar temporariamente as redes e observe como isso pode melhorar sua vida em algumas semanas. Atualmente, as redes sociais são o principal gatilho para doenças mentais”, destaca Dr. Fabiano de Abreu.

  • Caso brasileiro ajuda a entender melhor Doença da Vaca Louca

    Caso brasileiro ajuda a entender melhor Doença da Vaca Louca

    A doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) – Doença da Vaca Louca, também denominada encefalopatia espongiforme transmissível, é uma patologia neurodegenerativa que não possui cura. Ela gera sintomas como paralisia, ataxia, demência e alterações visuais.

    O tratamento da DCJ baseia-se em terapias curativas e seu tratamento se restringe ao alívio dos sintomas (abordagem paliativa), no entanto, as pesquisas científicas têm intensificado seus esforços no entendimento dos mecanismos envolvidos na patologia.

    Com esse pensamento iniciei uma pesquisa, publicada na revista científica “Caderno pedagógico” voltada a entender melhor questões relacionadas ao desenvolvimento e tratamento da doença através da análise do caso de um brasileiro de 46 anos de idade que teve o diagnóstico de DCJ após sentir sintomas progressivos, como dores nas pernas, tonturas e perda de coordenação motora.

    No estudo foi possível analisar mais de perto como a patologia se desenvolve e entender como exames de imagem, como Ressonância Magnética e Tomografia Computadorizada identificam dados importantes para detectar alterações cerebrais capazes de indicar a presença e progressão da doença.

    Além disso, outra etapa importante da pesquisa foi a luta pela realização de um teste genético para o sequenciamento genético que tem como objetivo identificar possíveis mutações ou causas hereditárias relacionadas à doença.

    Técnicas de diagnóstico, tratamento e suporte também foram analisadas na prática diária do tratamento com o paciente, bem como seus impactos na melhora da qualidade de vida do paciente.

    O estudo também indicou que novos estudos são fundamentais para auxiliar no manejo da doença, como também o desenvolvimento de tecnologias como a nanotecnologia, inteligência artificial e terapias gênicas, que podem trazer benefícios às pessoas que sofrem com a condição.

    A DCJ é uma doença altamente complexa, influenciada por vários fatores e responsável por causar danos a diversas regiões cerebrais, o que causa uma progressão rápida dos sintomas e dificulta a pesquisa para desenvolvimento de tratamentos mais eficazes para o controle da condição.

  • União Europeia quer penalizar Portugal por quantidade de brasileiros chegando ao país

    União Europeia quer penalizar Portugal por quantidade de brasileiros chegando ao país

    A ida de brasileiros para morar em Portugal tem sido cada vez mais frequente, algo que ocorre em grande parte devido aos programas de incentivo à mudança de estrangeiros ao país, principalmente à lei que possibilita uma autorização “automática” de residência para imigrantes dos chamados países da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, o que os permite morar, trabalhar, alugar imóveis e realizar cursos no país.

    Mas esse tipo de projeto de incentivo, que tem atraído estrangeiros para as terras portuguesas, tem sido questionado pela União Europeia – bloco político e econômico do qual Portugal faz parte.

    De acordo com a Comissão Europeia, o visto concedido pela CPLP não permite a viagem dos imigrantes para outros países do bloco europeu, que, para turistas, não deveria ultrapassar o limite de 90 dias.

    Segundo o bloco europeu, o visto da CPLP viola o acordo de Schengen, criado em 1985, responsável por definir um acordo de livre circulação na Europa. O órgão notificou Portugal, que tem um prazo de dois meses para responder a notificação e apresentar o seu posicionamento.

    O grande número de brasileiros em Portugal

    De acordo com o representante lusófono, assessor da Casa do Brasil, Terras de Cabral, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, esse deve ser apenas o início das implicações no êxodo brasileiro a Portugal.

    A vinda de brasileiros para residir em Portugal não é necessariamente algo negativo, mas o que percebemos é que a facilitação extrema do governo português, as atuais condições do país, a grande quantidade de imigrantes e a dissociação dos benefícios de visto com as normas da União Europeia mostram que o movimento está sendo feito de uma forma mal planejada, o que prejudica tanto o país, quanto os imigrantes, que acabam, muitas vezes, passando por dificuldades que o fazem retornar ao seu país de origem”, afirma.

  • Genética na educação: Estudo de caso revela influência dos genes no aprendizado

    Genética na educação: Estudo de caso revela influência dos genes no aprendizado

    No dia 15 de outubro é comemorado o Dia do Professor, uma data pensada para homenagear e reconhecer a importância dos educadores em nossas vidas, que dedicam suas vidas a transmitir conhecimento para os alunos da melhor forma possível.

    O desenvolvimento de estratégias personalizadas para o ensino é fundamental para aprimorar o aprendizado e melhorar a retenção de informações, no entanto, essa é uma tarefa muito complexa, mas que cada vez mais tem ganhado ferramentas para auxiliá-la, como a genética.

    Entender os genes do estudante ajuda a compreender melhor diversas características importantes para o aprendizado, como a personalidade, propensões, características emocionais e psicológicas, entre outras, gerando uma base sólida para a elaboração de técnicas pedagógicas mais eficazes.

    A geneducação é um conceito desenvolvido pelo Pós PhD em neurociências, especialista em genômica e membro da Royal Society of Biology no Reino Unido, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, que abraça o estudo dos genes como forma de potencializar o aprendizado.

    A Geneducação é uma abordagem que utiliza informações genéticas para entender e otimizar o processo de aprendizado. Ao analisar os genomas individuais é possível obter detalhes sobre características específicas de cada aluno, o que possibilita a criação de estratégias direcionadas e adaptadas às necessidades individuais de cada estudante, melhorando o aprendizado”, afirma Dr. Fabiano.

    Estudo de caso sobre geneducação

    Dentre os testes que realizo para refinar cada vez mais o uso da geneducação, um em especial pode ser bastante expressivo sobre o processo”.

    Há um adulto e uma criança, o adulto foi diagnosticado através de um teste de QI com altas habilidades, mas não teve uma cultura de estudo ou incentivo de pais, o que fez com que, nos testes, seu QI verbal não fosse tão expressivo, ao contrário do resultado de testes genéticos, que mostravam um QI verbal maior que o QI processual. Isso mostra que o ambiente favoreceu seu QI processual para superar os obstáculos da vida, enquanto o QI verbal não obteve tantos estímulos no ambiente e, por isso, não se desenvolveu tanto”.

    “Já a criança, em seu teste de QI, teve um bom QI verbal e processual, mas foi revelada uma baixa predisposição genética para matemática, o que reforça a experiência prática. Ou seja, é possível trabalhar de forma direcionada as habilidades das quais ele possui menor predisposição, gerando um melhor processo educacional”, conta Dr. Fabiano de Abreu.

  • Geneducação: Especialista em genômica cria conceito de educar a partir dos dados genéticos

    Geneducação: Especialista em genômica cria conceito de educar a partir dos dados genéticos

    A genética é fundamental em nossa vida, influenciando diversos aspectos como cor dos olhos e estatura, além de predisposição a certas doenças hereditárias ou hábitos, também afetam aspectos comportamentais e cognitivos, como a inteligência e personalidade, embora a interação com o ambiente também seja importante nesse processo.

    Tendo isso em vista, não é tão complicado entender como ela pode ser usada para entender melhor como reagimos a certos estímulos, como o aprendizado. Pensando nisso, o diretor do CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito, Pós PhD em Neurociências, biólogo com especialização em genômica e membro da Royal Society of Biology no Reino Unido, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, desenvolveu um novo conceito de aprendizado baseado em informações genéticas.

    Meus filhos são os meus estudos de caso (risos). Fiz o teste de DNA neles e imputação, para ter todo genoma. Os resultados são divertidos, pois posso compará-los e ver o quanto pegaram de mim, da mãe, dos avós e entre eles o que compartilham mais e menos. Mas além disso, com esse relatório, pode-se traçar um bom plano de vida para eles, desde alimentação, inteligência, aptidões, prevenções em geral, assim como já traçar um plano sob dosagem exata para todos os referidos acima, assim como tendência ao uso das telas, entre centenas de outros fatores”.

    É possível até traçar a personalidade e saber o que vamos encontrar pela frente, é tudo muito maravilhoso o que a evolução pode nos proporcionar. Estou criando um sistema “perfeito” para que mais pessoas possam ter essa vantagem” explica Dr. Fabiano.

    Conhecer a genética pode facilitar o aprendizado?

    Entender a genética do aluno permite conhecer melhor características psicológicas, emocionais, facilidades em determinadas habilidades, entre outras informações importantes, isso pode ajudar a direcionar melhor as estratégias que serão utilizadas” , explica.

    A imputação não é 100% exata, mas tem margem confiável o suficiente. Ela é relativamente barata e pode ser feita nesses testes mais em conta no mercado, ou pode-se optar por um sequenciamento e saber até mutações, algo que farei em breve“.

    Testes genéticos e QI

    Muito se discute sobre os testes de QI aplicados no Brasil e a correção dos profissionais. Assim como se discute se a criança que pontua alto num teste de QI, ao fazê-lo novamente na fase adulta se a pontuação vai corroborar. Mas tudo isso em breve vai mudar, pois o teste genético de inteligência não deixa dúvidas. Por isso muitas pessoas que tiveram pontuação alta em testes de QI já o temem. O teste genético de inteligência será a prova real sobre o resultado do teste de QI” ressalta Dr. Fabiano de Abreu.

  • Brasil europeu? Por que brasileiros estão fundando igrejas em Portugal?

    Brasil europeu? Por que brasileiros estão fundando igrejas em Portugal?

    Engana-se quem acredita que as relações profundas entre Brasil e Portugal acabaram com a separação entre Império e Colônia há vários anos atrás. De acordo com um levantamento realizado pelo SEF – Serviço de Estrangeiros e Fronteiras em 2023, os brasileiros constituem cerca de 30% de todos os estrangeiros que residem em Portugal e estima-se que entre 2019 e 2022, 134,3 mil brasileiros tenham sido incorporados às estatísticas oficiais do país.

    Uma série de incentivos e facilidades nas relações entre os dois países estimula, de certa forma, esse êxodo brasileiro às terras europeias.

    Ao contrário do que muitas pessoas podem acreditar, a vida de brasileiros em Portugal não é um “conto de fadas”, na verdade, a cada ano aumentam os números de estrangeiros que querem retornar ao seu país de origem, além da situação precária de alguns que não conseguem empregos como imaginavam e até mesmo a grande xenofobia existente.

    Mas a despeito de todos esses fatores um novo tipo de “propósito” tem surgido para esses brasileiros: A fundação de igrejas.

    Um homem revelou no YouTube que trouxe toda uma família para fundar uma igreja no país. Isso incentiva a outras pessoas a fazerem o mesmo. O problema é a análise sobre o intuito ser ou não religioso. Como averiguar a intenção e registro para este tipo de “empreendedorismo”? Pois a intensão obviamente não é evangelização“, afirma Fabiano de Abreu, representante lusófono, assessor da Casa do Brasil, Terras de Cabral.

    Há muitos brasileiros indo para Portugal para fundar igrejas, só numa pequena vila chamada Castelo de Paiva, há duas”, ressalta.

  • Doppelgangers: Estudo revela que pessoas muito parecidas também possuem genética semelhante

    Doppelgangers: Estudo revela que pessoas muito parecidas também possuem genética semelhante

    Qual a relação entre aparência e comportamento? Um novo estudo realizado por uma equipe de pesquisadores da Espanha pode ajudar a entender melhor esse processo. O estudo, publicado na revista Cell Reports, indicou que Doppelgangers compartilham comportamentos, estilos de vida e traços genéticos muito semelhantes.

    O que são Doppelgangers?

    Doppelgangers é um termo alemão que significa “duplo ambulante”, usado para denominar  pessoas sem parentesco ou conexão biológica direta, mas que se assemelham de forma impressionante a outra pessoa, muitas vezes a ponto de serem quase idênticos.

    Entenda o novo estudo

    A equipe do Instituto de Pesquisa de Leucemia Josep Carreras, em Barcelona, conduziram um estudo sobre doppelgangers, explorando as semelhanças genéticas e comportamentais entre indivíduos que se assemelham fisicamente. Para isso, eles recorreram a 32 pares de sósias não relacionados, coletando fotografias desses pares do artista canadense François Brunelle, que tem uma coleção de fotos de sósias desde 1999.

    Utilizando três diferentes algoritmos de reconhecimento facial, os pesquisadores analisaram as imagens em busca de semelhanças. 25 dos pares foram considerados “muito semelhantes” por pelo menos dois algoritmos, e metade deles foi pareada pelos três, com níveis de semelhança comparáveis aos de gêmeos idênticos.

    Os participantes foram então contatados para fornecer informações sobre seus estilos de vida e enviar amostras de saliva. A análise do DNA revelou que 9 dos 16 pares “muito semelhantes” compartilhavam um grande número de variantes genéticas em genes específicos, não relacionadas à ancestralidade compartilhada. Além disso, esses doppelgangers não apenas possuíam semelhanças físicas, como altura e peso, mas também hábitos e comportamentos, incluindo tabagismo e nível educacional.

    Esses achados sugerem que as variantes genéticas compartilhadas podem influenciar não apenas a aparência, mas também o estilo de vida.

    O que explica o resultado?

    De acordo com o Pós PhD em neurociências e especialista em genômica, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, os genes regem nossa vida e entender a relação entre diferentes genes é importante para correlacionar diferentes aspectos dela.

    Quando reconhecemos o rosto de alguém como familiar, já criamos uma impressão, é a nossa inteligência instintiva revelando a possível personalidade daquele indivíduo para não corrermos riscos“.

    Quanto à genética, sabemos que os genes são responsáveis por diversos aspectos tanto da nossa aparência quanto da nossa personalidade ou até mesmo propensões a vícios e determinadas preferências, no entanto, o estudo traz uma perspectiva nova, de que os genes da aparência e os do comportamento podem ter uma relação mais próxima”.

    No entanto, esse tipo de afirmação ainda não pode ser totalmente confirmada pois, além de o estudo ainda ser pequeno, é preciso considerar fatores epigenéticos, ou seja, o ambiente em que a pessoa vive, onde nasceu, seu estilo de vida, entre outros”, pondera Dr. Fabiano de Abreu.

  • Cientistas desvendam pistas sobre evolução de neurônios a partir de animais marinhos de um milímetro

    Cientistas desvendam pistas sobre evolução de neurônios a partir de animais marinhos de um milímetro

    Apesar de toda a sua importância para o nosso Sistema Nervoso Central e nosso organismo como um todo, ainda existem lacunas na história do desenvolvimento dos neurônios, no entanto, uma equipe de pesquisadores pode ter descoberto pistas importantes sobre a evolução dessas células através da análise de um animal marinho microscópico.

    De acordo com o artigo, publicado na revista científica Cell, que contém os resultados da pesquisa, os placozoários – microrganismos marinhos de cerca de um milímetro com forma achatada surgidos há 800 milhões de anos – pode ter relação com o surgimento dos neurônios.

    A equipe, coordenada pelo Centro de Regulação Genômica (CRG) do Instituto de Ciência e Tecnologia de Barcelona mapeou as células encontradas nos placozoários, cada uma com funções específicas e sendo coordenadas por um determinado conjunto de genes, para posteriormente serem comparadas com células de outros animais, determinando assim a sua evolução.

    O mapa indicou que uma parte significativa das células dos placozoários multiplica-se e transforma-se em outro tipo de células para manter uma proporção entre as quantidades de cada tipo de células. No entanto, um tipo específico celular, chamado peptidérgica, possuem semelhanças com os neurônios, em sua capacidade de diferenciação, similar à neurogênese e pelo fato de possuírem módulos de genes para “enviar mensagens”, de forma parecida como ocorre com os neurônios, indicando assim que as células presentes nos placozoários são uma etapa primitiva da origem dos neurônios.

    Por que entender a história evolutiva dos neurônios?

    De acordo com o Pós Phd em neurociências, Biólogo e especialista em genômica, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, entender a evolução dos neurônios permite um melhor entendimento sobre as células e seu funcionamento.

    Entender como ocorreu o desenvolvimento dos neurônios ajuda a entender melhor como eles funcionam atualmente, nesse estudo em específico podem estar indicações importantes sobre a comunicação entre neurônios, formação de sinapses e neurogênese, entendendo o processo que formatou essas habilidades entende-se melhor o seu funcionamento, consequentemente, do cérebro como um todo”, afirma Dr. Fabiano.

  • Novo estudo pode ter encontrado a cura do Alzheimer. Neurocientista explica descoberta

    Novo estudo pode ter encontrado a cura do Alzheimer. Neurocientista explica descoberta

    O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que causa diversos problemas como dificuldades de comunicação, raciocínio e perdas de memória, estima-se que cerca de 35,6 milhões de pessoas diagnosticadas atualmente com a doença.

    Atualmente, apesar dos tratamentos que proporcionam uma melhor qualidade de vida ao paciente, a doença ainda não tem cura, no entanto, um novo estudo realizado por cientistas do Reino Unido e publicado na revista científica Science descobriu um novo gene que pode estar relacionado às principais causas da doença, o que, de acordo com especialistas, é uma abordagem promissora para tratar a perda de neurônios decorrente da doença.

    Entenda o estudo

    Um dos principais fatores desencadeantes do Alzheimer é a redução da quantidade de neurônios no paciente, o que ainda não é totalmente compreendido pela ciência, no entanto, sabe-se que um processo conhecido como necroptose está diretamente relacionado.

    A necroptose é um tipo bastante particular de morte celular que faz com que após a morte de um neurônio, os neurônios vizinhos também sejam afetados, gerando um efeito em cascata que acelera a progressão do Alzheimer, conhecido como suicídio celular.

    No estudo, entretanto, foi descoberto que, nos espaços gerados entre os neurônios se acumulam amilóides anormais, relacionados ao Alzheimer, gerando uma neuro-inflamação,o que desencadeia alterações na química cerebral interna. Após isso, emaranhados da proteína TAU, também ligado ao Alzheimer, surgem e as células cerebrais passam a produzir um gene de RNA, chamado MEG3, que, por sua vez, desencadeia a necroptose.

    Após a descoberta, os cientistas bloquearam a MEG3, o que fez com que as células cerebrais sobrevivessem.

    Ao utilizarem um novo modelo, os pesquisadores notaram que apenas os neurônios humanos exibiam traços associados ao Alzheimer, indicando a possível influência de fatores específicos do ser humano na manifestação da doença.

    Essa pode ser a cura do Alzheimer?

    De acordo com o Pós PhD em Neurociências, especialista em genômica, membro da Royal Society of Biology no Reino Unido, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a descoberta abre novos horizontes para o tratamento de Alzheimer, mas ainda são necessários mais estudos.

    O novo estudo traz uma perspectiva mais ampla e completamente nova sobre o Alzheimer envolvendo fatores já conhecidos como as amilóides e proteínas TAU anormais para apontar a relação entre o gene MEG3 e o processo de necroptose, que causa a morte neuronal, o fator-chave para o desenvolvimento do Alzheimer”.

    Entender melhor como ocorre a morte neuronal nas doenças neurodegenerativas e os agentes envolvidos nesse fator é fundamental para potencializar os tratamentos para a doença”.

    A descoberta da relação entre a MEG3 e o processo de necroptose abre a possibilidade de tratamentos envolvendo o bloqueio do gene para reduzir ou, possivelmente, mitigar o processo, no entanto, para isso ainda serão necessárias novas e mais aprofundadas pesquisas, principalmente para testar o resultado do bloqueio do gene em humanos”, ressalta Dr. Fabiano.