Categoria: Coluna do Fabiano de Abreu

Colunista do CenárioMT, Fabiano de Abreu é membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo com sede na Inglaterra conseguindo alcançar o maior QI registrado com 99 de percentil o que equivale em numeral a um QI acima de 180 para valores europeus e 150 para o Brasil. Especialista em estudos da mente humana, é membro e sócio da CPAH – Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, com sede no Brasil e unidade em Portugal.

  • A liberdade e o cérebro: Afinal, o que significa ser livre?

    A liberdade e o cérebro: Afinal, o que significa ser livre?

    A liberdade é a capacidade de agir, pensar e expressar-se sem restrições, respeitando os direitos individuais e a autonomia pessoal. Essa é uma habilidade cada vez mais valorizada pela sociedade e estimulada por diversas leis e estilos de vida.

    Mas fora as ações de terceiros, a liberdade é influenciada por ações internas, mas especificamente processos do órgão-mestre do corpo humano: O cérebro.

    O cérebro é responsável não só por ações do corpo, mas também por atitudes mais subjetivas, como a simples tomada de decisões, desde as mais complexas, como parcerias comerciais, ou mais simples, com qual trajeto fazer para o trabalho.

    O processo de tomada de decisões pelo cérebro é bastante complexo envolvendo várias regiões cerebrais, em especial as frontais, mostrando a quantidade de fatores envolvidos na tomada de decisão. Dentre as regiões do cérebro envolvidas estão o córtex cingulado anterior, que é responsável por processar a regulação de funções autônomas do corpo, o córtex insular, que lida com estímulos fisiológicos e emocionais, o córtex pré-frontal medial, relacionado com o controle comportamental e córtex pré-frontal, responsável pela consciência, lógica, razão e prevenção.

    Ou seja, os aspectos emocionais têm uma grande relevância na tomada de decisões, assim como ações mais autônomas e comportamentais. Mas estes não são os únicos fatores que influenciam o processo.

    Apesar de ser importante para a liberdade, o processo de tomada de decisão não é, estritamente, liberdade, que é, na verdade, um conceito muito mais amplo que isso. Liberdade é autoconsciência, que é definida como estar ciente de si mesmo, incluindo suas características, sentimentos e comportamentos.

    Ela é essencial para a plenitude humana quando não infringe as regras sociais e a liberdade empática. Livre é quem conhece a si mesmo, quem compreende os próprios limites e age com liberdade pela consciência.

    Ser livre significa estar ao lado de pessoas que te fazem bem, é poder dizer o que pensa sem medo de errar. É uma dádiva de quem sabe realmente escutar o outro. A liberdade é a humildade do reconhecimento, do não julgamento, da não depreciação.

    É a consciência limpa, o sentimento de dever cumprido, é não ter pendências que afetem o bem estar próprio e do outro. Livre é quem não tem culpa!

  • Análise de genes pode ajudar a medir a inteligência?

    Análise de genes pode ajudar a medir a inteligência?

    Entender nossos genes é fundamental para compreender nosso corpo, detectar e prever doenças, e orientar tratamentos, os estudos sobre o código genético têm evoluído nos últimos anos, o que nos possibilitou a descoberta de predisposições genéticas a certas condições e permitiu intervenções precoces e melhor direcionadas, mas seria essa também a chave para entender a inteligência humana?

    A inteligência é uma das características mais importantes para o ser humano, ela foi fundamental para a sobrevivência e desenvolvimento da espécie e cada vez mais tem sido o foco de estudos, já se sabe que, além de fatores externos, cerca de 50% da nossa inteligência tem relação com fatores genéticos.

    Há muita complexidade quando se trata de relacionar a genética à inteligência, estudos recentes já apontam mais de 900 genes envolvidos nesse processo, para desvendar melhor esse processo altamente poligênico uma das técnicas mais utilizadas são os escores poligênicos (PGS) que combinam os efeitos de diversos polimorfismos de nucleotídeo único (SNP) ao genoma para entender melhor a relação entre os genes e um determinado fenótipo, neste caso a inteligência, através de estudos GWAS – Genome Wide Association Studies – que identifica traços genéticos em comum em indivíduos com o mesmo fenótipo.-

    Esse processo foi melhor estudado por uma equipe de pesquisadores da Alemanha e Luxemburgo e publicado na revista científica Human Brain Mapping que analisou 557 participantes livres de condições psicológicas ou neurológicas com cerca de 27 anos que foram submetidos a testes de medição de inteligência geral, genotipagem para cálculo do PGS e exames de neuroimagem.

    Um dos principais destaques dentre as análises realizadas no estudo, os resultados da análise multimediadora indicaram associações positivas entre os escores poligênicos e a maioria das partes do cérebro analisadas (O estudo focou no parcelamento multimodal do Projeto Conectoma Humano, que tinha como objetivo compilar dados neuronais), em especial córtex motor primário, córtex pré-motor, áreas intraparietais, córtex órbito-frontal, opérculo parietal,giro temporal anterossuperior e córtex temporal posterior.

    Por fim, o estudo concluiu que variações genéticas podem predizer com certa assertividade diferenças pessoais de inteligência e habilidades cognitivas, mas reforça que pouco se sabe sobre todas as variáveis envolvidas no processo de correlação entre a predisposição genética e inteligência.

    O estudo reitera a complexidade da relação entre os genes e a inteligência humana que, mesmo com os avanços da ciência na compreensão e correlação entre ambos ainda há muitas minúcias envolvidas que ainda necessitam de estudos mais profundos, no entanto, a genética continua se posicionando, apesar de não unicamente, como um importante fator para o desenvolvimento de habilidades cognitivas.

    Sobre Dr. Fabiano de Abreu

    Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA – American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Pesquisador e especialista em Nutrigenética e genômica. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE – Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel e Triple Nine Society. Autor de mais de 200 artigos científico e 15 livros.

  • Saúde mental e irmãos: Uma relação complexa

    Saúde mental e irmãos: Uma relação complexa

    Um dos mais importantes fatores para determinar características como personalidade e saúde mental de um indivíduo é, sem dúvidas, o seu contexto familiar. O local, a forma de vida, a quantidade de pessoas presentes durante toda a vida de uma criança tem um grande poder de modular, por meio dos neurônios espelho, a personalidade e os comportamentos do indivíduo.

    Apesar de ser consenso que há impactos do seio familiar no desenvolvimento e na saúde da criança, há controvérsia sobre a natureza desses impactos.

    Em um estudo recente, cientistas analisaram adolescentes, com média de 14 anos, dos EUA e China para traçar um paralelo entre a quantidade de irmãos e a saúde mental, chegando à conclusão que que há uma relação inversamente proporcional entre eles. Essa descoberta contraria um estudo anterior que focou em analisar crianças norueguesas, entre 3 e 8 anos, mas que chegou à conclusão oposta, de que a saúde mental é maior quanto mais irmãos.

    Esses estudos mostram o quão complexo é esse tema e que a quantidade de irmãos é apenas um fator dentre vários, como, por exemplo, o país, uma vez que países com maior desenvolvimento tecnológico e maior consumo costumam ter uma relação mais frágil de atenção dos pais para com os filhos, o que podemos notar nas diferenças de resultados da análise dos EUA e China e da Noruega.

    Essa falta de atenção com os filhos é um fator muito importante que também deve ser considerado pois pode desencadear problemas de inteligência emocional, autoestima, busca de chamar a atenção de maneiras inadequadas, autoimagem, sentimentos de negligência, entre outros, que afetam toda a vida do indivíduo.

    Por isso, repito, é importante sim considerar as descobertas científicas, mas sendo racional na sua análise, entendendo que os estudos devem ser olhados e entendidos em um contexto que também exerce influência nos resultados. A família é um pilar importante no desenvolvimento das crianças, mas é preciso ter cuidado com a forma como essa família acolhe e estimula a criança ou adolescente.

    REFERÊNCIAS:

    NUMBER of Siblings and Mental Health Among Adolescents: Evidence From the U.S. and China. Journal of Family Issues, [s. l.], 2023. DOI doi.org/10.1177/0192513X231220045. Disponível em: journals.sagepub.com/doi/10.1177/0192513X231220045. Acesso em: 17 jan. 2024.

    EFFECT of household size on mental problems in children: results from the Norwegian Mother and Child Cohort study. BMC psychology, [s. l.], 2016. DOI doi.org/10.1186/s40359-016-0136-1. Disponível em: pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27255744/. Acesso em: 17 jan. 2024.

    Sobre Dr. Fabiano de Abreu Agrela

    Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues MRSB é Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos , membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA – American Philosophical Association também nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society, Triple Nine Society, ISI-Society, Numerical e  HELLIQ Society High IQ. Autor de mais de 220 artigos científicos e 17 livros.

  • Superdotação: Mitos prejudicam evolução da compreensão do tema

    Superdotação: Mitos prejudicam evolução da compreensão do tema

    Nunca a superdotação esteve tanto em pauta e toda essa repercussão sobre o tema ajuda a chamar a atenção para uma condição que, por muito tempo, foi deixada de lado. No entanto, ainda existem muitos mitos sobre a superdotação, como afirma o Pós PhD em neurociências, especialista em genômica e em inteligência, membro da Royal Society of Biology no Reino Unido, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

    A superdotação se tornou um tema ‘viral’, o que por um lado ajuda a disseminar conhecimento sobre o tema, mas por outro também espalha muita desinformação, por exemplo, sempre surgem ‘especialistas’ para falar sobre o tema que não têm realmente um conhecimento profundo, o que contribui para distorcer detalhes sobre a condição”, explica.

    O que é a superdotação?

    De acordo com o Dr. Fabiano de Abreu, a superdotação possui diversos fatores de influência que geram as altas habilidades.

    A superdotação refere-se a indivíduos com desempenho intelectual, criatividade e habilidades acima da média. São pessoas que se destacam pela capacidade de pensar, raciocinar e julgar. Pessoas superdotadas apresentam interesses diversos e profundos em determinados assuntos e temas. Pessoas superdotadas tem comportamentos comuns”.

    “A superdotação é definida como uma habilidade intelectual ligada a uma pontuação de QI de 130 ou mais no desvio padrão 15, pontuação essa definida por estudos científicos assim como foram definidas a média como 100 e o desvio padrão fixado como 15 neste caso, chegando ao máximo de 160 pontos. No entanto, nem todas as pessoas superdotadas se destacam em uma área acadêmica. Os sinais de uma pessoa superdotada também incluem uma alta capacidade  artística, musical e/ou de liderança em relação aos colegas da mesma idade.”

    A superdotação sofre influência de diversos fatores, mas tem uma forte relação com a genética e pode ser comprovada a partir de testes de QI supervisionados ou teste genético de inteligência, este último é infalível e livre de dúvidas, será o mecanismo mais utilizado em breve”, afirma.

    Mitos mais comuns sobre a superdotação

    01 – Todo superdotado é autista:

    Pode haver, em alguns casos, a presença da superdotação e do autismo, mas isso está longe de ser a regra. A divulgação de uma minoria que possui as duas condições pode gerar uma noção distorcida de que isso é a regra. Até porque no diagnóstico de autismo, geralmente há a testagem de QI, logo, a maioria mede o quoficiente de inteligência”, ressalta Dr. Fabiano de Abreu.

    02 – Todo superdotado tem algum transtorno?

    Estudos replicados trazem provas sólidas de que os indivíduos altamente inteligentes não têm mais perturbações de saúde mental do que a população média. Inclusive, a inteligência surge como um fator de proteção para transtornos mentais. Isso quer dizer que existem pessoas superdotadas com transtornos, sim, mas não seria uma maioria”, afirma.

    03 – Superdotação é um espectro?

    Essa distorção tem sido muito espalhada atualmente, pois o termo ‘espectro’, apesar de poder ser aplicado em diversos contextos, acaba transmitindo a ideia errada de que a superdotação é um transtorno, assim como outros termos como AHSD ou dupla excepcionalidade, que induzem uma associação errada entre a superdotação e transtornos”, ressalta.

    Sobre Dr. Fabiano de Abreu Agrela

    Dr. Fabiano de Abreu Agrela é Pós PhD em Neurociências e biólogo membro das principais sociedades científicas como SFN – Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Sigma XI, sociedade científica onde os membros precisam ser convidados e que conta com mais de 200 prémios Nobel e a RSB – Royal Society of Biology, maior sociedade de biologia sediada no Reino Unido. É membro de 10 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa, Intertel, ISPE, Triple Nine Society, coordenador Intertel Brazil, diretor internacional da IIS Society e presidente da ISI e ePiq society, todas sociedades restritas para pessoas com alto QI comprovados em testes supervisionados. Criou o primeiro relatório genético que estima a pontuação de QI através de teste de DNA e o projeto GIP – Genetic Intelligence Project com estudos genéticos e psicológicos sobre alto QI com voluntários. Autor de mais de 50 estudos sobre inteligência, foi voluntário em testes de QI supervisionados, testes genéticos de inteligência e estudo de neuroimagem já que atingiu a pontuação máxima em mais de um teste de QI em mais de um país corroborando com os demais resultados genéticos e de neuroimagem.

  • O QI e o leite materno: A importância do aleitamento para o bebê

    O QI e o leite materno: A importância do aleitamento para o bebê

    O leite materno é crucial para o bebê, pois contém nutrientes essenciais, anticorpos e proteínas que fortalecem o sistema imunológico, protegendo contra infecções e alergias. Além disso, ajuda no desenvolvimento do sistema nervoso e digestivo, prevenindo doenças crônicas futuras.

    Mas além dos benefícios mais conhecidos do aleitamento materno, novos estudos têm analisado a sua relação com o desenvolvimento cognitivo da criança, o que pode resultar em um QI mais elevado no futuro.

    A inteligência é uma habilidade profundamente multifatorial, ou seja, ela sofre influência de uma série de fatores, notadamente da genética, uma vez que os teste genéticos são atualmente a forma mais fidedigna de se medir o QI. Mas os fatores ambientais também podem ser muito importantes para esse desenvolvimento, interagindo com a influência genética durante todo o processo e dentre esses fatores durante a primeira infância, o aleitamento materno é o mais expressivo.

    Crianças que recebem amamentação pelo tempo ideal possuem pontuações de QI superiores às crianças não alimentadas com leite materno. Essa vantagem pode ser atribuída aos ácidos graxos presentes exclusivamente no leite materno, mas também se associa aos nutrientes essenciais fornecidos durante esse período e a relação com o desenvolvimento do sistema nervoso da criança.

    Em um estudo chamado “Moderação dos efeitos da amamentação no QI por variação genética no metabolismo dos ácidos graxos” e publicado na revista científica  Journal of Pediatrics demonstrou uma relação entre a amamentação e uma variante genética chamada FADS2, que está relacionada ao controle genético das vias dos ácidos graxos. O estudo identificou um aumento do QI de crianças de 5 ½ anos de idade, que tinham sido alimentadas com uma fórmula suplementada com lactoferrina e da MFGM, membrana de glóbulos de gordura do leite, em até 5 pontos, com maior destaque para a velocidade de processamento de informações e nas habilidades visual-espacial.

    Hoje em dia tem-se como média de tempo de amamentação para crianças como de 12 meses, sendo a metade feita de forma exclusiva, mas esse tempo pode variar em cada caso.

    Mas é importante ressaltar que essa não é uma relação cravada e uma regra, ela deve ser vista como um fator importante, mas que também pode ser influenciado por outros fatores, até mesmo outras variantes genéticas que também podem influir nesse processo.

    REFERÊNCIAS:

    MODERATION of breastfeeding effects on the IQ by genetic variation in fatty acid metabolism. PNAS, [S. l.], p. 1, 20 jan. 2007. DOI doi.org/10.1073%2Fpnas.0704292104. Disponível em: www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2141867/#:~:text=Breastfed%20children%20attain%20higher%20IQ,control%20of%20fatty%20acid%20pathways. Acesso em: 10 jan. 2024.

    MELHORA dos resultados do neurodesenvolvimento aos 5,5 anos de idade em crianças que receberam membrana de glóbulo de gordura do leite bovino e lactoferrina em fórmulas infantis até 12 meses: um ensaio clínico randomizado e controlado. The Journal of Pediatrics, [S. l.], p. 1, 14 maio 2023. DOI doi.org/10.1016/j.jpeds.2023.113483. Disponível em: www.jpeds.com/article/S0022-3476(23)00331-1/fulltext. Acesso em: 10 jan. 2024.

    EFFECT modification of FADS2 polymorphisms on the association between breastfeeding and intelligence: results from a collaborative meta-analysis. International Journal of Epidemiology, [S. l.], p. 1, 14 maio 2023. DOI doi.org/10.1093/ije/dyy273. Disponível em: pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30541029/. Acesso em: 10 jan. 2024.

    Sobre Dr. Fabiano de Abreu Agrela

    Dr. Fabiano de Abreu Agrela é Pós PhD em Neurociências e biólogo membro das principais sociedades científicas como SFN – Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Sigma XI, sociedade científica onde os membros precisam ser convidados e que conta com mais de 200 prémios Nobel e a RSB – Royal Society of Biology, maior sociedade de biologia sediada no Reuno Unido. É membro de 10 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa, Intertel, ISPE, Triple Nine Society, coordenador Intertel Brazil, diretor internacional da IIS Society e presidente da ISI e ePiq society, todas sociedades restritas para pessoas com alto QI comprovados em testes supervisionados. Criou o primeiro relatório genético que estima a pontuação de QI através de teste de DNA e o projeto GIP – Genetic Intelligence Project com estudos genéticos e psicológicos sobre alto QI com voluntários. Autor de mais de 50 estudos sobre inteligência, foi voluntário em testes de QI supervisionados, testes genéticos de inteligência e estudo de neuroimagem já que atingiu a pontuação máxima em mais de um teste de QI em mais de um país corroborando com os demais resultados genéticos e de neuroimagem.

  • O efeito protetivo contra traumas

    O efeito protetivo contra traumas

    O efeito protetivo em relação aos traumas, particularmente quando profundamente enraizados no inconsciente, pode ser compreendido como um mecanismo de defesa para evitar uma constante ruminação dessas experiências. Embora a consciência não retenha plena percepção desses traumas, evidências indicam a sua localização no córtex, exercendo uma influência depressiva sobre a psique, e mesmo sem compreender o motivo a pessoa carrega um peso, sente-se mal.

    É ao trazer à consciência a memória do trauma, o alívio sobre o trauma, como se removesse de onde está estacionado, mas que ao não conseguir buscar, a ansiedade cumpre então o seu papel de pendência, mas quando não encontra a memória, essa pendência torna-se constante, instalada, promovendo assim distúrbios e doenças como a depressão.

    Quando trazida esta memória ao córtex pré-frontal, varremos essa memória do inconsciente transferindo-a através do hipocampo. Podemos dizer que mais do que racionalizar uma experiência negativa estamos perante uma modificação na “residência” dessas experiências dolorosas e pensamentos intrusivos. A conjugação destes dois fatores é o caminho para a compreensão e racionalização do problema promovendo o seu alívio e talvez a sua cura.

    Por: Dr Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues
    Pós PhD em Neurociências e biólogo membro da Society for Neuroscience, Sigma XI e Royal Society of Biology.

  • Avanço Revolucionário no Campo da Inteligência Genética – Projeto GIP

    Avanço Revolucionário no Campo da Inteligência Genética – Projeto GIP

    Traçando caminho para se tornar um marco significativo para a pesquisa genômica, o Genetic Intelligence Project (GIP) emerge como uma iniciativa inovadora, tentando alargar os limites do Projeto Genoma Humano. O GIP não apenas salva vidas, mas desvenda os mistérios da inteligência humana. O Genetic Intelligence Project concentra-se em medir a inteligência humana por meio da genética, dando passos importantes e inovadores nessa questão e apresentando o primeiro relatório genético de inteligência.

    Este relatório pioneiro estima o QI de indivíduos com base em estudos replicados, alimentados por um extenso banco de dados próprio e integração com bancos de dados externos. Além da medição da inteligência, o GIP se propõe a ser um bastião contra distúrbios mentais, utilizando a inteligência como um neuroprotetor. Já pensou na quantidade de pessoas que pode usufruir de uma vida melhor com base nestas informações? A missão do projeto trabalha ainda no mapeamento abrangente de distúrbios e doenças que impactam a mente e o cérebro.

    O objetivo é não apenas prevenir essas condições, mas também proporcionar tratamentos aprimorados e o mais cedo possível. O GIP surge como um projeto promissor no caminho da compreensão e aprimoramento da inteligência humana, marcando uma era transformadora na interseção da genética e da mente. Além do mais este projeto aborda as questões da inteligência de uma forma como nunca foram trabalhadas anteriormente!

  • Superdotação: Entenda como uma consultoria de uma hora pode mudar sua vida

    Superdotação: Entenda como uma consultoria de uma hora pode mudar sua vida

    Imagine desbloquear seu potencial máximo em apenas uma hora. Parece surpreendente, não é mesmo? Uma das primeiras consultorias brasileiras para Superdotados foi  meticulosamente desenvolvida por especialistas da neurociência para indivíduos com desempenho além da média, visando proporcionar uma transformação significativa e eficaz em seu cotidiano em um curto período de tempo. A consultoria se compromete a permitir que os “gênios” explorem novas fronteiras do seu intelecto, orientado por neurocientistas que compreendem as nuances e desafios específicos da superdotação.

    A proposta envolve uma imersão profunda e personalizada, abordando diversos aspectos cruciais para o desenvolvimento e sucesso desses indivíduos altamente talentosos. Em uma hora, o profissional abrange uma série de tópicos relevantes e estratégias especializadas, proporcionando uma experiência concentrada e eficaz.

    A consultoria inclui:

    – Teste genético gratuito sobre inteligência e relatórios detalhados;
    – Ingresso em sociedades de alto QI;
    – Validação internacional de testes de QI aplicados no Brasil;
    – Bolsa escolar;
    – Estratégia educacional;
    – Hábitos para pessoas de alto QI;
    – Explicação profunda sobre o que é o alto QI, abordando as regiões cerebrais envolvidas e a genética;
    – Cuidados necessários;
    – Desmistificação de mitos e revelação de verdades sobre superdotação;
    – Benefícios e leis específicas para superdotados;
    – Assessoria de imprensa especializada;
    – Estratégias para imagem e carreira.

    Nesse tempo, cada ponto é cuidadosamente explorado, garantindo que todas as facetas sejam discutidas e compreendidas, levando em consideração as características individuais de cada pessoa.

    Pais de crianças superdotadas são os que mais procuram orientação. Mas há adultos superdotados que também procuram a consultoria para se conhecer e se entender melhor. O mais comum, são adultos que estão saturados da sua profissão, ou querem coisas novas e estão preso a rotina pela questão financeira.

    É comum em pessoas de alto QI saturarem do trabalho quando esse não exige mais descobertas.

  • Israel ou Palestina? Afinal, a quem realmente pertence a terra?

    Israel ou Palestina? Afinal, a quem realmente pertence a terra?

    No último dia 7 de outubro de 2023 iniciou-se o mais novo capítulo de um conflito que se estende desde o início do século XIX, a disputa pelo controle das terras da região da Faixa de Gaza entre Israel e a Palestina.

    O território foi inicialmente habitado pelos povos judes que, há séculos sofreu com diversas invasões feitas por diferentes povos, como os romanos e babilônicos, o que resultou nas chamadas diásporas, que ocorreram quando os povos judaicos precisaram se dispersar pelo mundo durante diversas vezes, fazendo com que fosse, ora escravizados por outros povos, ora vítimas de preconceitos, como o antisemitismo.

    Os confrontos militares que envolvem o povo judeu são citados até mesmo na própria Bíblia hebraica  (c. 1200–576 a.C.), disputas que resultaram na divisão entre o Reino de Judá, ao sul, e o Reino de Israel, ao norte.

    Já os povos árabes também acabaram desenvolvendo fortes relações com o território por descenderem de povos antigos, como os filisteus, que habitaram a região durante as diásporas judaicas, gerando a sensação de pertencimento ao local.

    Além disso, ambos os povos possuem uma relação muito próxima entre o local e a religião, acreditando que o território tenha sido concedido por Deus, o que foi reforçado por também ter sido palco de eventos religiosos importantes para os dois povos.

    Por volta do início do século XIX, o sionismo, um movimento que promoveu o retorno dos judeus à sua terra ancestral, ganhou força, o que resultou em uma reocupação da região para pressionar a criação do Estado de Israel. Em 1947, a ONU votou pela divisão do território, alocando 55% para os judeus e 45% para os árabes, embora estes fossem a maioria.

    A formação de Israel em maio de 1948 e a construção do muro de Israel em 2002 agravaram os conflitos na região, levando a uma nova diáspora, desta vez entre as populações árabes. Esses eventos desencadearam um longo e complexo conflito no Oriente Médio, que desencadeou a guerra atual entre os dois povos.

    Este caso nos permite analisar alguns fatores que transcendem a história, como psicológicos e neurocientíficos, pode-se perceber uma diferença entre o posicionamento dos dois povos, os judeus possuem fortes raízes que mantém a nação unida por fé e costumes, mesmo durante longas diásporas e terríveis períodos de escravização e genocídio, já os palestinos passam por um processo onde o idealismo é colocado a frente do raciocínio relacionado à capacidade de discernir os impactos de determinadas ações para o mundo e para seu próprio povo

    Os judeus mantém suas tradições mesmo nos períodos mais adversos, o que claramente também tem relação com a genética desse povo, que além de, através da miscigenação, fazer parte de muitos de nós, também geraram grandes nomes mundiais em diversas áreas, como Albert Einstein, Silvio Santos, Calvin Klein, Karl Marx, Anne Frank, Steven Spielberg, entre outros.

  • Violência Doméstica: O que causa e como afastar esse problema?

    Violência Doméstica: O que causa e como afastar esse problema?

    Com casos recentes de violências enfrentado por mulheres famosas, como Ana Hickmann e Patrícia Ramos, o tema violência doméstica ganhou uma grande projeção, fazendo com que diversas questões fossem levantadas, como o que faz uma mulher se manter em um relacionamento abusivo? Como se livrar desse tipo de relação?

    De acordo com o Pós PhD em Neurociências e com mestrado em psicologia, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, nem todas as mulheres aceitam esse tipo de situação e, como nos casos recentes na mídia, denunciam, mas nos casos onde elas permanecem na relação, diversos fatores podem ser os culpados.

    Não é qualquer mulher que sofre esse tipo de violência, há muitas que não aceitam e saem do relacionamento logo nos primeiros indícios. As que suportam essa situação por mais tempo podem estar relacionadas a diversos fatores, desde genéticos, distúrbios, educação, cultura, entre outros, podendo se tratar de um conjunto de fatores ou traços individuais”.

    Por que há dificuldade em realizar a denúncia?

    Para Dr. Fabiano de Abreu, a decisão para denunciar é mais complexa que apenas coragem, envolvendo também o contexto onde a personalidade da mulher se formou.

    A falta de capacidade na tomada de decisão não tem relação apenas com a coragem. Estamos falando de impedimentos relacionados ao cérebro e quando falamos de condições cerebrais, falamos de resultado de como o órgão se formatou referente a vertentes ao longo da vida que o moldou. Não é assim tão simples, mas é um processo a ser trabalhado de forma gradativa”.

    Os impactos da violência doméstica no cérebro da mulher

    Situações de violência doméstica, especialmente quando dura muito tempo, gera alterações na anatomia do cérebro, podendo desencadear desde distúrbios mentais à doenças como depressão”, destaca Dr. Fabiano.

    Falar sobre o tema: Combate ou estímulo?

    Quando se trata desse tema, especialmente na mídia, é necessário ter muita cautela com a forma com que o tema é abordado para realmente gerar conscientização.

    Temos que ter cuidado sempre em falar sobre isso demasiado para não estimular, é necessário trazer a consciência de forma inteligente. A campanha contra esses problemas mais primitivos na grande maioria das vezes é feito de maneira errada e estimula o preconceito através da diferença”.

    Vivemos em uma sociedade com leis, essas devem ser eficazes para que possam ter limites. Assim como a própria sociedade deve se unir e tentar fazer a sua parte ajudando essas pessoas que têm maior dificuldade em lidar com situações complexas como essa sobre a violência doméstica”, ressalta Dr. Fabiano.