Categoria: Coluna do Fabiano de Abreu

Colunista do CenárioMT, Fabiano de Abreu é membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo com sede na Inglaterra conseguindo alcançar o maior QI registrado com 99 de percentil o que equivale em numeral a um QI acima de 180 para valores europeus e 150 para o Brasil. Especialista em estudos da mente humana, é membro e sócio da CPAH – Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, com sede no Brasil e unidade em Portugal.

  • Novas tecnologias na educação, cuidado redobrado

    Novas tecnologias na educação, cuidado redobrado

    Há alguns anos não havia nem a mais remota faísca da internet, smartphones, ou os computadores tecnológicos que existem hoje me dia, nessa sociedade era utilizado um determinado modelo de ensino para as crianças, no entanto, com o passar do tempo, a tecnologia evoluiu, remodelando a sociedade e formando uma nova geração que já não vive no mesmo contexto anterior, entretanto, o modelo de ensino continua o mesmo, parece contraditório, não?

    A evolução da sociedade faz com que sejam necessárias mudanças no modelo de educação, utilizando tecnologias digitais para isso, mas apesar de ser uma possibilidade vantajosa para o ensino, ela deve ser feita com muito cuidado para que não exerça o efeito contrário e prejudique a educação e formação das crianças como um indivíduo.

    Essa é a ideia que defendo no meu artigo “Formatando uma personalidade pelo uso moderado e estipulado das telas”, publicado pela Revista Multidisciplinar de Ciência Latina, onde apresento mais detalhadamente os preceitos que embasam essa tese.

    O uso indiscriminado das telas, em especial por crianças, pode gerar uma série de problemas como o desenvolvimento de transtornos de ansiedade de atenção, dependência de tecnologias e estimular o afastamento do convívio social.

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    Dr. Fabiano de Abreu (Arquivo Pessoal)

    No entanto, usá-las moderadamente e com alguns cuidados pode ajudar bastante na educação dos pequenos, tornando-se uma importante ferramenta na estimulação da neuroplasticidade cerebral das crianças, ajudando a desenvolver a inteligência, criatividade e raciocínio lógico.

    Para isso, é essencial que sejam retiradas as notificações, apagados alguns aplicativos, como Youtube, redes sociais e outras ferramentas prejudiciais para crianças.

    Essa série de cuidados e, principalmente, os impactos negativos de sua má utilização, fazem com que seja necessário um amplo acompanhamento de autoridades e profissionais da educação no processo de inserção de tecnologias digitais na educação, para que ela seja feita da melhor forma possível.

    Sobre o Prof. Dr. Fabiano de Abreu

    Sobre o Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro de 4 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa International e a mais restrita do mundo Triple Nine Society.

  • Justin Bieber e Setembro Amarelo: neurocientista explica qual a relação para o seu atual estado psicológico e sua doença

    Justin Bieber e Setembro Amarelo: neurocientista explica qual a relação para o seu atual estado psicológico e sua doença

    Ao contrário da tentativa das redes sociais de correlacionar a doença de Ramsay Hunt de Justin Bieber com a depressão, ambas as doenças não têm qualquer relação direta, sendo possível indiretamente como qualquer doença que atrapalhe a vida de alguém.

    A síndrome de Ramsay Hunt, também conhecida como herpes zoster oticus, ou herpes zoster do gânglio geniculado, é uma complicação tardia da infecção pelo vírus varicela-zoster (VZV), que resulta na inflamação do gânglio geniculado do nervo craniano CVII.

    Já a depressão é uma alteração no sistema nervoso central derivado de consequências emocionais. Segundo o pós-PhD em Neurociência, Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a relação entre as duas acontece no sistema imunológico que, afetado devido à própria depressão, somado a hábitos de risco como álcool e drogas, acarreta não apenas na síndrome, como também em outras doenças já apresentadas pelo cantor.

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    Fabiano de Abreu: Divulgação / MF Press Global

    “Tudo na vida deve ser em equilíbrio e a fama quase nunca traz resultados satisfatórios a depender do nível de inteligência do famoso e como ele usa a inteligência emocional. Mas sempre há alterações comportamentais por diversas razões que implicam na alteração de humor”, declarou.

    Insistindo na questão da fama, Fabiano emenda dizendo que a fama distorce a razão, assim como o entendimento sobre os interesses e necessidades. Eleva o narcisismo e como consequência altera a anatomia do cérebro. As consequências do sentimento de solidão, a falta de objetividade em conquistas, as facilidades, moldam o cérebro e prejudicam a região da inteligência, tão necessária para este controle emocional. O que acarreta em depressão.”

    Sobre o Prof. Dr.  Fabiano de Abreu Agrela

    Dr.  Fabiano de Abreu Agrela  , é um Pós PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FACMED – Faculdade de Medicina no Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México, membro FIEPS e membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro de 4 sociedades de alto QI, entre elas a Mensa International e a mais restrita do mundo Triple Nine Society.

  • Positividade tóxica: Ser positivo demais pode ser prejudicial?

    Positividade tóxica: Ser positivo demais pode ser prejudicial?

    Sacrificar todos os sentimentos em prol de apenas um: A felicidade. Essa troca vale a pena? 

    Positividade tóxica é o nome dado a uma obsessão pelo pensamento positivo, um foco absoluto em sempre pensar positivamente e reprimir pensamentos negativos.

    Em um primeiro momento parece algo benéfico, no entanto, esse comportamento repetido exageradamente se torna tóxico, isso pode acabar pressionando o indivíduo a desconsiderar outras emoções, se arriscando sem planejamento em nome de não sentir medo, e ignorar questões importantes do mundo.

    Não é incomum encontrar textos motivacionais que repudiam completamente sentimentos considerados “negativos” estimulando a repetição de mantras felizes, esse comportamento é chamado invalidação sentimental.

    A princípio isso pode gerar um estranhamento, pois durante anos a mídia, estudos e artigos reforçaram a importância da positividade para a saúde mental, entretanto, apesar dos benefícios do pensamento positivo comprovados cientificamente, como combate ao estresse, melhora no sono, etc.,quando ele se transforma em uma necessidade a ser preenchida a todo custo, torna-se prejudicial.

    Focar completamente em um único sentimento “abafa” um leque de sensações importantes de serem sentidas. A inteligência, o aprendizado e a evolução – tanto pessoal, como da sociedade como um todo – vêm através da tentativa e erro, da análise realizada considerando todos os aspectos de uma situação.

    Dessa forma, é importante sentir, superar e lidar com sentimentos negativos, esse hábito colabora para uma habilidade importante, a inteligência emocional. O segredo é aprender a lidar com os sentimentos, não ignorá-los”.

     

    Sobre Dr. Fabiano de Abreu

    Dr. Fabiano de Abreu Agrela, é um PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva.

  • O veneno da sociedade: O que nos torna ansiosos?

    O veneno da sociedade: O que nos torna ansiosos?

    A sociedade brasileira é uma das mais ansiosas do mundo, entenda mais sobre as causas desses números alarmantes.

    Todos nós usufruímos da evolução da tecnologia, da sociedade, das ciências e de todas as outras coisas que se desenvolveram para que a sociedade contemporânea pudesse se tornar o que é hoje, mas apesar de todo esse “prazer” que ela nos proporciona, a sociedade nos envenena, e a pandemia foi apenas o fator que expôs esses danos.

    Esse foi o tema da palestra “Pandemia da saúde mental: O adoecimento coletivo de uma geração” idealizada pela Faculdade Católica Dom Orione em comemoração ao dia do psicólogo, da qual fiz parte e apresentei minhas concepções sobre a verdadeira causa dos danos à nossa saúde mental.

    Verdadeiramente precisamos ter em mente que nosso cérebro levou milhões de anos para se desenvolver, enquanto a internet surgiu há pouco mais de meio século, o que gera uma enorme discrepância entre a evolução da sociedade e a nossa capacidade de se adaptar a ela.

    Além disso, vale ressaltar que o Brasil é o país com o maior número de profissionais da psicologia do mundo, esse dado ganha embasamento ao ser comparado com outro, de acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde – o Brasil também é o país mais ansioso do mundo.

    Toda essa ansiedade advém de diversos fatores que a sociedade brasileira produz, a violência por exemplo, colabora bastante para o desenvolvimento de ansiedade, levar um celular extra ao sair de casa, acordar à noite com um barulho na rua que pode indicar uma invasão na sua cas, contar o dinheiro ao sair com medo de ser assaltada, tudo isso indica claros sinais de ansiedade gerada pelo medo da violência.

    O Brasil também abriga uma das maiores desigualdade sociais do mundo, o que estimula uma verdadeira batalha pelo sucesso, ou melhor, pelo reconhecimento alheio como forma de minimizar essas distâncias sociais, aparecer, ser reconhecido por qualidade supérfluas e busca por superioridade, tudo sinaliza outro grave problema da sociedade brasileira, o narcisismo patológico.

    A necessidade de likes, a incansável busca pela ostentação, “lacrar”, superar o recalque, etc., tudo ressalta ainda mais a necessidade de aprovação social para a sua superioridade artificial.

    Todos esses fatores contribuem para gerar uma sociedade estressada, uma sociedade estressada precisa de válvulas de escape para receber doses de dopamina e sentir um pouco de prazer em meio ao caos, o que a leva a recorrer a uma solução simples e que cabe na palma das mãos: O celular.

    Um simples deslizar de dedos e uma dose de dopamina novinha em folha é liberada, com uma foto postada a cada curtida uma nova sensação de prazer, no entanto, a liberação de dopamina é reduzida a cada vez que você repete determinado estímulo, chegando a um ponto no qual essa dose não supre a sua necessidade, iniciando assim uma busca por algo ainda mais exclusivo, impressionante, engraçado ou engrandecedor.

    Essa busca é eterna, a cada lançamento de um novo modelo de celular, a cada foto ainda mais apelativa na corrida por likes, a cada dancinha ainda mais elaborada e viral no TikTok os padrões são elevados gerando uma necessidade cada vez maior de superá-los, o que estimula ainda mais a ansiedade.

    Todo esse processo ocorre há muitos anos antes da pandemia, o isolamento social apenas serviu como potencializador de todos esses problemas que já vinham sendo gerados.

    Em resumo, a ansiedade advém da negação da natureza primitiva do homem, em negar que seu equilíbrio está na simplicidade, pessoas de alto QI não têm interesse por redes sociais pois sua busca é pelo desenvolvimento, tenha fé.

    Será que não está na hora de voltarmos ao passado e viver uma vida como vivíamos antes? Com menos uso de celulares, redes sociais, exercitando a fé, cultivando um maior contato com a natureza?

    Sobre Dr. Fabiano de Abreu

    Dr. Fabiano de Abreu Agrela, é um PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva.

     

     

  • Você sabia que a ansiedade pode ser um precursor da depressão

    Você sabia que a ansiedade pode ser um precursor da depressão

    Entenda neste artigo como a ansiedade funciona em nosso cérebro.

    Quando temos uma ameaça, ela é recebida no cérebro através do córtex visual, uma vez que se vê a ameaça, envia-se duas mensagens, uma para a amígdala e a outra para o córtex pré frontal. A Amígdala manda mensagem para as glândulas suprarrenais que passa a produzir mais noradrenalina, hormônio do medo, humor, ansiedade, sono e alimentação junto com a serotonina, dopamina e adrenalina. Esse neurotransmissor é um precursor da adrenalina, ou seja, ele aparece antes da adrenalina ser metabolizada. São neurotransmissores parecidos sendo que estimulam receptores diferentes.

    A amígdala é a resposta física do medo. A consciência do medo está no córtex pre frontal, ela dá o julgamento, a razão para o medo buscando memórias antigas e recentes de experiências de medo. Não precisamos ver para que nossa amígdala perceba o perigo, o medo, pois a região vai além dos sentidos mas também da percepção da condição.

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    Neurocientistas da universidade da Califórnia, em São Francisco, fizeram testes em participantes com depressão e ansiedade que apresentaram sinais passando entre a amígdala cerebelosa, grupo de neurônios pertencentes ao sistema límbico que controlam as emoções, e no hipocampo, que é a estrutura localizada nos lóbulos temporais do cérebro e responsável pelo armazenamento da memória, em que as frequências apresentadas foram entre 13 e 30 hertz.

    As ondas cerebrais, chamadas β-AH ICNs, coincidiam com períodos em que a ansiedade aumentava. Essas regiões tem papéis na emoção e no humor. As amígdalas recebem as informações dos sentidos, é aonde fica armazenado o que seria o inconsciente; as amígdalas demonstram desempenhar um papel importante no processamento de memória e decisão especialmente no processamento de memórias que tenham significado emocional, tomando decisões com base nessas memórias.

    O hipocampo é conectado reciprocamente ao córtex e às estruturas subcorticais, a atividade no hipocampo é necessária para converter memórias de curto prazo em memórias de longo prazo. Ele consolida uma experiência ou fato mantido na memória de curto prazo em código armazenável de longo prazo. O hipocampo também está diretamente conectado ao córtex visual e desempenha um papel significativo na navegação espacial e na memória.

    Processo através dos hormônios neurotransmissores

    Primeiro estágio – A ameaça, o medo ou receio ativa o sistema neuroendócrino onde há o envolvimento das partes do cérebro denominadas de hipotálamo que secreta neurotransmissores como a dopamina, noradrenalina e fator liberador de corticotrofina que estimula a liberação de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) pela glândula hipófise, que também aumenta a produção de outros hormônios, tais como ADH, prolactina, hormônio somatotrófico (STH ou GH – hormônio de crescimento), hormônio tireotrófico (TSH).

    O ACTH estimula as glândulas supra-renais a secretarem corticóides e adrenalina (catecolamina). As glândulas adrenais passam  então a produzir e liberar os hormônios do estresse (adrenalina e cortisol), que aceleram o batimento cardíaco, dilatam as pupilas, aumentam a sudorese e os níveis de açúcar no sangue, reduzem a digestão (e ainda o crescimento e o interesse pelo sexo), contraem o baço (que expulsa mais hemácias para a circulação sanguínea, o que amplia a oxigenação dos tecidos) e causa imunodepressão (redução das defesas do organismo). A função dessa resposta fisiológica é preparar o organismo para a ação, que pode ser de “luta” ou “fuga”.

    Nessa fase também pode ocorrer tento uma inibição quanto um aumento desmedido de hormônios gonadotróficos.

    Segundo estágio, (adaptação), – o organismo repara os danos causados pela reação de alarme, reduzindo os níveis hormonais. No entanto, se o agente ou estímulo estressor continua, o terceiro estágio (exaustão) – começa e pode provocar o surgimento de uma doença associada à condição estressante, pois nesse estágio começam a falhar os mecanismos de adaptação e ocorre déficit das reservas de energia. As modificações biológicas que aparecem nessa fase assemelham-se àquelas da reação de alarme, mas o organismo já não é capaz de equilibrar-se por si só.

    O estresse agudo, repetido inúmeras vezes pode, por essa razão, trazer consequências desagradáveis, incluindo disfunção das defesas imunológicas.

    O estresse pode provocar também mudança nos receptores pós-sinápticos normais de GABA (principal neurotransmissor inibidor do SNC), levando a superestimulação de neurônios e resultando em irritabilidade do sistema límbico. A presença de GABA diminui a excitabilidade elétrica dos neurônios ao permitir um fluxo maior de íons cloro. A perda de uma das sub-unidades-chave do receptor GABA prejudica sua capacidade de moderar a atividade neuronal.

    De modo geral, pode-se afirmar que o organismo humano está muito bem adaptado para lidar com estresse agudo, se ele não ocorre com muita frequência. Mas quando essa condição se torna repetitiva ou crônica, seus efeitos se multiplicam em cascata, desgastando seriamente o organismo.

    Sintomas da ansiedade

    A adrenalina circulante precisa ser queimada, o que causa ações diferentes em cada parte do corpo: pode provocar tontura, boca seca, dificuldade de respirar, taquicardia,  inquietação física, tremores, inquietação física,  visão turva, frio na barriga, arrepios, dores de cabeça, sudorese, problemas gastrointestinais, sensação de queda, podendo levar ao desmaio.

    A ansiedade também pode resultar em disfunções de outros neurotransmissores, entre eles, a serotonina e a dopamina que resultam nos sintomas acima. Tudo depende do tipo e intensidade da ansiedade para os sintomas e também do organismo do indivíduo e como ele responde ao desequilíbrio.

    Ansiedade e memória

    A ansiedade é um circuito de sobrevivência defensivo e está relacionado a memória de trabalho, que faz a manutenção temporária e processamento da informação durante a realização de tarefas diversas. Quando a memória de trabalho está ativado seu funcionamento reside na interação entre o córtex pré-frontal e diferentes áreas do córtex posterior, lobo temporal e occipital.

    Quanto maior a ansiedade, maior a perda da razão e da memória. Isso acontece pois a ansiedade é um sistema de defesa e a emoção impulsiona para que possa ter uma saída rápida. Quando temos a emoção sobressaindo à razão, temos menor raciocínio. Também há a questão da disfunção hormonal que leva a sintomas que interferem na razão. E o terceiro ponto é o acumulo de informações que geram filtros em que, quando acentuada a ansiedade, o cérebro tem dificuldades na escolha devido a essa interferência de informações. É como se a emoção estivesse em todas as memórias e não escolhesse uma só para armazenar. Uma tremenda confusão.

    Doenças da ansiedade.

    A ansiedade pode levar à síndrome do pânico, fobias, transtornos, síndromes, mutismo seletivo, estresse e depressão.

    Com lidar com a ansiedade – alguns pontos para controlar

    • Falta de metas de curto e longo prazo elevam a ansiedade e levam à depressão. É importante criar não só metas de longo prazo, mas as de curto prazo. Principalmente quem sofre de ansiedade;
    • Respiração, procurar respirar fundo quando sente-se ansioso;
    • Nosso tipo de pensamento é responsável pelas diversidades mentais negativas. O pensamento desencadeia uma ação no sentimento. Precisamos pensar positivo e buscar ações positivas;
    • Meditação é um bom relaxamento quando consegue pratica-lo devidamente, não pensando em nada negativo ou que leve à ansiedade;
    • Auto intoxicação comportamental, onde seus pensamentos desregulam os hormônios e neurotransmissores trazendo desequilíbrio. Mudança de hábito é essencial;
    • Uma neuroplasticidade cerebral criando novas conexões através da leitura, exercícios físicos e mudança de hábitos;
    • Uma alimentação que supra nossas necessidades e regule a microbiota intestinal para que reações não atrapalhes o bem estar e não levem a uma ansiedade;

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  • Uso excessivo de redes sociais deixa pessoas menos inteligentes e pode causar depressão

    Uso excessivo de redes sociais deixa pessoas menos inteligentes e pode causar depressão

    O uso excessivo do celular e das redes sociais além de deixar as pessoas menos inteligentes, pode ocasionar transtornos mentais como a depressão. É o que vem alertando o professor PhD Fabiano de Abreu Agrela desde 2018 por diversos estudos publicados em revistas científicas.

    “A ansiedade é precursora para desencadear os problemas mentais. Ela funciona como uma pendência, e nos coloca sempre numa atmosfera ruim com pensamentos pendentes. Isso faz com que o cérebro procure sensações de prazer e a busca mais fácil são as redes sociais, já que liberamos este prazer só na expectativa. Mas ela nos frustra, não apenas pela consequência não ser tão animadora, como também porque após liberados os neuro-hormônios, entramos no ciclo de ansiedade para mais liberação querendo sempre mais. Isso hiperativa regiões do cérebro relacionadas à inteligência e a emoção causando uma disfunção que acarreta em transtornos e doenças como a depressão. Também deixando menos inteligente”, explicou.

    O professor exemplificou como funciona o nosso cérebro com a dependência do celular e das redes socais. “Você está concentrado fazendo algo, de repente chega uma notificação. Pronto, sua ansiedade está acionada para saber o que seria essa notificação. Pronto, perdeu a concentração. Semânticos, essas ações tornam-se culturais e seu cérebro adapta-se à falta de concentração, por esse e outros motivos, como do mau funcionamento da região frontal do cérebro relacionada à atenção. O cérebro demora para retomar a atenção. Quando tentamos fazer mais de uma tarefa ao mesmo tempo, a capacidade de filtro do cérebro reduz-se. Prejudicando a memória. Temos muitas informações, mas não há foco, produtividade e memorização.”

    Segundo Fabiano, há também a semântica do virtual, onde adaptamos o cérebro a uma cultura do abstrato, irreal, ilusório, fantasioso, que é o que a rede social propaga. Trazendo à tona o narcisismo, pela falta de controle e limites, que nos torna egoístas e incoerentes. “O narcisismo faz parte do instinto reprodutivo para conquista, assim como libera neurotransmissores da recompensa e pode tornar-se crônico alterando a anatomia do cérebro. A falta de percepção da morte e de freio pelos julgamentos concretos e através da interação social física, eleva um “poder” imaginário mediante a esta semântica cultural”, disse em um de seus estudos.

    Conforme o pesquisador, o nosso cérebro é plástico, se adapta, mas como o exemplo do metaverso, onde a vida é virtual, sofreremos consequências já que o instinto prevalece, é real, já que a morte é um fator real, assim como os riscos dela são reais, resultando em uma não adaptação completa ao virtual trazendo consequências desta “burla” ao nosso código genético e memória primitiva.

    “Experiências que fazem você se sentir bem ativam o centro de recompensa do cérebro, que responde liberando dopamina. Essa liberação faz com que seu cérebro concentre mais sua atenção na experiência. Como resultado, você fica com uma forte lembrança do prazer que sentiu. Essa memória forte pode levá-lo a fazer um esforço para experimentá-la novamente.”

    Diante disso, muito antes do tema vir à tona e ser muito debatido pela mídia, o professor já afirmava ser necessário o cuidado e controle do uso do celular e das redes sociais, inclusive, para as crianças, que passam pelo processo de formação.

    Sobre Fabiano de Abreu Agrela

    Dr. Fabiano de Abreu Agrela é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil e investigador cientista na Universidad Santander de México. Registros profissionais: FENS PT30079 / SFN C-015737 / SBNEC 6028488 / SPSIG 2515/5476.

  • Marketing Digital e seus benefícios para as finanças de empresas

    Marketing Digital e seus benefícios para as finanças de empresas

    O constante crescimento tecnológico trouxe consigo a necessidade de investir estratégias de marketing digital para melhorar a rentabilidade financeira das empresas.

    O Marketing é um método utilizado há décadas pelas empresas para gerar valor em seus produtos, melhor posicionar seu negócio e se destacar da concorrência, mas com o crescimento meteórico dos eletrônicos, o público migrou para os meios digitais, o que também forçou uma transferência das estratégias de marketing tradicional para o virtual, formando o Marketing Digital.

    A relação entre o Marketing Digital e a vida financeira das empresas é explorada no artigo “As vantagens do marketing digital nas finanças das empresas”, produzido por mim em parceria com o estudante de administração, Adroaldo José Weisheimer, e o especialista em gestão empresarial, Sergio Rodrigo Russo.

    “O cenário atual do mercado oferece inúmeras novas oportunidades, mas também muitos
    desafios, as organizações sofrem com a dinâmica das mudanças que ocorrem, tanto no ambiente interno quanto no externo. Além da concorrência, cada vez mais acirrada e os clientes mais exigentes.”

    “Diante deste fato, as organizações precisam corresponder às necessidades e desejos dos clientes, de maneira eficaz, para tanto, têm que dispor de criatividade e buscar estratégias que colaborem no processo gerencial.” Ressaltamos no artigo.

    Demandas do Marketing Digital

    As mudanças rápidas que ocorreram no mercado não alteraram somente os meios utilizados pelo Marketing, como também as demandas da estratégia que tornaram-se mais elevadas e complexas, facilitando a comparação entre diferentes ofertas, moldando consumidores mais exigentes.

    As redes sociais, são as principais plataformas usadas pelos consumidores para analisar empresas, ferramentas de reclamações com milhares de experiências, positivas e negativas, com a empresa estão a um clique de distância, além de grupos virtuais de pessoas com interesses em comum que favorecem a troca de opinião e influenciam na escolha de produtos online.

    “O sucesso nos meios digitais depende da estratégia, o fracasso da ação normalmente é consequência de um planejamento inadequado, que não considera o tipo de negócio e seu público alvo”.

    Marketing X Finanças: Qual a relação?

    O Marketing é um investimento com retorno a longo prazo, por isso, muitas vezes é considerado um gasto não prioritário pelos setores financeiros das empresas, no entanto, com a chegada do Marketing Digital, as ferramentas virtuais trouxeram consigo meios mais efetivos para medir o retorno desses investimentos que têm alterado a sua relação com as finanças da empresa.

    “Quando apenas havia mídia analógica a comprovação dos resultados obtidos versus verba investida foi possível, contudo, mais trabalhoso e menos detalhista. A vinda do marketing digital veio facilitar e, se não resolver, pelo menos enfraquecer bem essa pauta conflituosa entre financeiro e marketing”.

    Nesse contexto, estão sendo realizadas diversas pesquisas e estudos desenvolvidos por gestores financeiros com o objetivo de justificar e embasar os investimentos em marketing digital e comprovar a rentabilidade das estratégias utilizadas.

    A mensuração dos resultados do marketing digital tem se tornado essencial para tomada de decisões pelos gestores financeiros, para isso, diversas métricas são utilizadas, como o ROI (Retorno sobre investimento), o CAC (Custo de Aquisição de Clientes) e o ticket médio.

    “A implantação de Marketing Digital em uma empresa agrega muitos benefícios, entre eles, o relacionamento mais direto e mais ágil com o cliente, as novas tecnologias passaram a ser imprescindíveis tanto para o cidadão como para as companhias, uma vez que afetam as práticas de influência mútua entre as pessoas que disputam o mesmo mercado”.

     

    Sobre Dr. Fabiano de Abreu

    Dr. Fabiano de Abreu Agrela, colunista do Observatório de Games é um PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva.

  • Cirurgia robótica cerebral: A evolução das neurocirurgias

    Cirurgia robótica cerebral: A evolução das neurocirurgias

    Evolução tecnológica abre portas para a criação de sinapses artificiais que podem auxiliar na reversão de doenças neurais

    Já imaginou substituir neurônios biológicos por neurônios artificiais?

    Isso pode estar cada vez mais próximo da realidade com o avanço da tecnologia na área das neurocirurgias. É sobre isso que o meu estudo “O avanço da cirurgia cerebral e a possibilidade de substituições neuronais” se debruça.

    Como neurocientista, sempre fui fascinado pela capacidade do homem de realizar o diagnóstico, tratamento e reabilitação pós-cirurgia de pacientes com lesões no sistema nervoso central, a neurocirurgia. No entanto, ela esbarrava em um ponto anatomicamente difícil de ser trabalhado pelo neurocirurgião. Mas a cada dia as tecnologias avançam mais e permitem imagens que facilitam bastante a precisão da cirurgia e a tornam bem menos invasiva.

    Além da facilitar e tornar mais precisas as neurocirurgias, as novas tecnologias também apresentam uma possibilidade entusiasmante: O desenvolvimento de sinapses artificiais.
    O cérebro humano é formado por bilhões de neurônios que são conectados entre si pelas sinapses, esse conglomerado de organismo encefálicos formam uma rede de comunicação, a rede neural. O uso de neuropróteses no futuro abre a possibilidade de reverter patologias que hoje não são possíveis e até da recriação de um cérebro biológico em um robô.
    Com o aperfeiçoamento das tecnológicas que permeiam as neurocirugias, a tendência é que, cada vez mais, o biológico e o artificial mesclem-se possibilitando a realização de procedimentos delicados no cérebro e tornando esse processo mais eficaz e menos invasivo.

     

    Dr. Fabiano de Abreu Agrela, colunista do Observatório de Games é um PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva.

  • Foi formatada uma geração que apresenta déficits que resultarão em um futuro ainda mais incoerente

    Foi formatada uma geração que apresenta déficits que resultarão em um futuro ainda mais incoerente

    Os evolucionistas são exemplos da própria evolução. Esta é a frase que decidi ser o ponto de partida para o assunto que decidi abordar hoje.

    O futuro preocupa-me, ainda mais o futuro das nossas capacidades enquanto seres humanos. Já em 2018 comecei a elaborar alguns estudos em que conclui que o acesso imediato à informação facilitada, que o uso recorrente do mundo virtual nos estava a tirar capacidades o que nos colocaria em risco a nossa espécie ou nos tornaríamos adaptados a uma nova realidade de sobrevivência. Apesar de tudo, esse é o caminho da humanidade, a adaptação pois sempre fomos sujeitos a inúmeros testes e mudanças! O que nos torna diferenciados é a capacidade de compreender o panorama e agir de acordo com ele. O intelecto é fundamental.

    A última região do cérebro a se formar é o lobo frontal, justamente a região da inteligência, diferente das demais espécies, encontramos na lógica uma maneira de sobreviver. Sendo mais específico ao alvo, o córtex pré-frontal no cérebro revela comportamentos que garantem essa afirmativa perigosa de que estamos regredindo, ou prefiro dizer, elegendo uma nova adaptação que mudará a nossa percepção sobre a vida. Quem sabe não deixaremos de enxergar a morte como seres humanos e passaremos ao enxergá-la como os demais animais sofrendo menos e perdendo a crença, de forma semântica à religiosa, pela falta do pensamento coerente sobre ela.

    O córtex pré-frontal está relacionado com o controle emocional, lógica, tomada de decisão, atenção, coerência, planejamento, reflexão, percepção, entre outros elementos que revelam diretamente ou em conjunto a inteligência.

    Pense em cada elemento que coloquei aqui e reflita se as crianças e jovens de hoje estão tendo dificuldades em relação a eles. Aumento de casos de TDAH – Transtorno Déficit de Atenção e Hiperatividade, falta de controle emocional com relação a TPD – Transtornos de Personalidade Dramáticos, falta de lógica e coerência, dificuldade no foco atencional, dúvidas para as decisões, imaturidade, falta de planejamento, erros nas reflexões e falta de percepção do óbvio relacionado a lógica, entre outros.

    Jean-Baptiste de Lamarck (1744-1829) era um cérebro evoluído para a sua época, dando ênfase no que digo sobre os evolucionistas serem exemplos da própria evolução. O naturalista francês disse que as espécies se modificam para adaptar-se, mas regridem, a lei do uso e desuso não estava totalmente correta para tudo, entre as exceções está o cérebro; que quando utilizado se aprimora, quando não utilizado, se atrofia (claro que com nuances não determinadas).

    A transmissão dos caracteres adquiridos em vida – se esta geração está menos inteligente – logo a próxima geração virá menos inteligente e isso sucessivamente, moldando um novo tipo de inteligência, sempre tentando prevalecer a sobrevivência ou, quem sabe, extinção. Há também a relação com a epigenética onde os reguladores gênicos, passarão adiante os hábitos em vida até à reprodução, não de forma generalizada.

    Vale então mediante este texto, chamar a atenção para essa cultura das redes sociais que formam comportamentos semânticos que interferem na evolução do cérebro, assim como sensações que alteram a sua anatomia, prejudicando a geração presente e acarretando em consequências futuras.

    A mudança dos hábitos e a regulação torna-se prioridade governamental e escolar, não omitindo os pais, mas levando em consideração que a maioria está “contaminado” por esta cultura. Nossa linha cronológica comprovou a necessidade do equilíbrio, mesmo que este tenha que ser regulado por cérebros menos afetados.

  • As cores podem influenciar no comportamento humano

    As cores podem influenciar no comportamento humano

    Quando as luzes são emitidas e refletidas em um objeto, elas geram ondas eletromagnéticas que são captadas pelas retinas e decifradas pelo sistema nervoso. É importante ressaltar que existem comprimentos de ondas que não são percebidas a olho nu, logo, existem cores que os seres humanos não conseguem enxergar. Diferentes animais conseguem enxergar mais cores que outros, justamente, pela possibilidade de ver esses comprimentos de ondas.

    Atualmente, as cores são amplamente estudadas na área do marketing, criando assim, combinações que expressem a personalidade de uma marca e a forma com a qual esta se comunica com o seu público-alvo. As cores podem dizer muitas coisas, estão relacionadas até com o modo de vestir das pessoas, expressando suas personalidades e a forma com a qual se apresentam para o mundo exterior.

    Entender a relação entre cores e linguagem é importante para responder perguntas como: a cor vista é a cor real ou será que é influenciada pelo nome que foi dado a ela? Estudos sugerem que há alterações sutis no cérebro durante a percepção de certas tonalidades. A cor vermelha, por exemplo, provoca o aumento de batimentos cardíacos e aumento do metabolismo, ela provoca fome e, por isso, é muito utilizada em restaurantes.

    Estudar sobre as cores e seus efeitos requer uma pesquisa interdisciplinar entre emoções, ciências cognitivas e percepção, já que, psicologicamente, as cores provocam estímulos emocionais amplamente explorados pela publicidade. É um campo extremamente abrangente, onde ainda é possível perceber a insuficiência de dados em relação a quantidade de tonalidades percebidas e não percebidas pelo olho humano.

    As cores possuem, inclusive, papel fundamental no comportamento humano. É possível perceber que a influência da cor está presente no dia a dia das pessoas de maneira inconsciente dependendo da forma com a qual ela se apresenta em um ambiente. Essa influência se estende por várias áreas como atenção seletiva, desempenho intelectual e atlético, publicidade e marketing de diferentes empresas focadas em roupas, alimentos e bebidas, podendo influenciar até na agressividade e na atração física.

    Nesse contexto, surge a cromoterapia, no qual o paciente é colocado em uma sala onde receberá diferentes ondas eletromagnéticas para equilíbrio da mente e do corpo. Luzes de diferentes cores atuam de diferentes maneiras, cores frias, por exemplo, podem ajudar no tratamento complementar de transtornos como o cansaço mental, sintomas de depressão, transtornos do sono e até pressão alta.

    Link para o estudo:
    https:/brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/42579/pdf

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    Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo, Programação em Python e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associações e sociedade de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.