Categoria: Coluna do Fabiano de Abreu

Colunista do CenárioMT, Fabiano de Abreu é membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo com sede na Inglaterra conseguindo alcançar o maior QI registrado com 99 de percentil o que equivale em numeral a um QI acima de 180 para valores europeus e 150 para o Brasil. Especialista em estudos da mente humana, é membro e sócio da CPAH – Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, com sede no Brasil e unidade em Portugal.

  • Efeito Werther: Falar sobre suicídio é propaganda ou prevenção? Especialista explica os cuidados necessário ao tratar do tema

    Efeito Werther: Falar sobre suicídio é propaganda ou prevenção? Especialista explica os cuidados necessário ao tratar do tema

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    Após a publicação do livro “Os Sofrimentos do Jovem Werther” de Johann Wolfgang Goethe, em 1774, que narra a história de um amor impossível que termina em tragédia após o protagonista tirar sua própria vida por não ter a chance de concretizar seu amor, surgiu uma grande polêmica acerca da forma como o suícidio é abordado.

    A obra foi acusada de ser imoral e romantizar o suicídio, o que poderia estimular outras pessoas a nutrirem uma aura heroica sobre o ato e estimulá-lo, o que gerou o surgimento do termo “Efetio Wether”.

    De histórias mundialmente conhecidas, como “Romeu e Julieta”, a obras contemporâneas de sucesso, como a série “13 Reasons Why”, ambas voltadas para o público infantojuvenil, tratam a temática com uma abordagem controversa, tratando-a como um ato de amor ou recurso dramático.

    De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, há uma linha tênue entre o incentivo e a prevenção na forma como o tema pode ser apresentado.

    Existe uma teoria de que falar sobre suicídio pode incentivá-lo, no entanto, não tocar no assunto também pode gerar curiosidade e mistério sobre o tema. É importante analisar que  a maioria de casos de suicídio poderiam ser evitados se a situação fosse identificada e direcionada para um tratamento adequado e ajudá-la com apoio, conselhos e empatia, o que não acontece se as pessoas ao redor não conhecerem os sintomas desse tipo de caso”.

    Tudo depende da maneira em como se transmite o acontecimento, para que não seja um marketing, e sim uma prevenção”. Explica o Dr. Fabiano de Abreu.

    A pessoa que se mata não faz isso por querer morrer e sim por não querer mais viver assim. Acredito também no que chamo de “colapso racional” onde a disfunção em neurotransmissores específicos destoa a razão, desconecta a região frontal do cérebro impedindo a prevenção e acionando um instinto autodestrutivo, quando alguém está nesse estado é necessária a intervenção de terceiros para evitar situações mais graves“.

    Por isso, ao tratar sobre suicídio, em especial com jovens, é necessário ter bastante cuidado para apresentar o caso com uma abordagem informativa e preventiva, nunca envolta em uma atmosfera dramática, romantica, heroica ou banalizada”. Alerta.

  • Anime: Os perigos dos desenhos animados japoneses para o cérebro

    Anime: Os perigos dos desenhos animados japoneses para o cérebro

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    Os animes são os desenhos animados japoneses mais tradicionais e famosos mundialmente, em especial pelo público jovem, no entanto, assistir recorrentemente os animes pode causar prejuízos ao cérebro.

    De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, autor de um dos primeiros estudos que comprovaram os efeitos do excesso do uso de redes sociais e mal uso da tecnologia na inteligência, o hábito de assistir animes pode prejudicar a cognição e causar ansiedade, isolamento e dificultar o desenvolvimento do cérebro das crianças.

    A grande maioria dos animes não traz nenhum tipo de conhecimento além de estímulos à violência, o que ajuda a aumentar a ansiedade e desencadeia um processo de ‘emburrecimento’, prejudicando o processo de neuroplasticidade cerebral e atrofiando o cérebro”.

    Outra característica marcante dos animes é a falta de expressões faciais dos personagens, o que, principalmente para as crianças, dificulta o desenvolvimento da cognição com base nas expressões, o que é fundamental para interpretar emoções e sentimentos de outras pessoas no seu convívio” Alerta.

    Segundo resultados de um estudo realizado por um grupo de pesquisadores das Universidades de São Francisco e Califórnia e publicado pela revista científica JAMA Psychiatry ournal, quanto mais as pessoas assistem televisão, piores são seus resultados em testes de inteligência, no entanto, apesar de alarmantes, de acordo com o Dr. Fabiano de Abreu, os impactos dos animes são  superiores ao da televisão em geral.

    A televisão em excesso durante a infância prejudica o desenvolvimento de importantes funções cerebrais, no caso dos animes, esses impactos são dobrados pelo claro apela emotivo de tramas bastante fortes e de cunho sexual para crianças, trilhas sonoras, efeitos visuais, pobreza de vocabulário e atitudes dos personagens que estimulam a violência e solidão, contribuem para isso”.

  • Caso Jeffrey Dahmer: Por que o diagnóstico original do serial killer era impreciso?

    Caso Jeffrey Dahmer: Por que o diagnóstico original do serial killer era impreciso?

    Jeffrey Dahmer

    Jeffrey Dahmer é um dos serial killers mais conhecidos do mundo, seu nome ficou marcado pela brutalidade com a qual ele cometia seus assassinatos, associando-os a práticas de abuso sexual, canibalismo, necrofilia e conservação dos corpos das vítimas.

    No entanto, durante o processo de julgamento que acabou resultando na condenação de Dahmer a 17 penas de prisão perpétua, ele recebeu o diagnóstico médico de personalidade esquizotípica ou transtorno psicótico, mas essa conclusão está incompleta diante das características apresentadas por ele.

    Em um novo estudo liderado por mim, juntamente com o médico psiquiatra Dr. Francis Moreira e mais dez profissionais que incluíram neurologistas, psiquiatras, psicólogos e neurocientistas, chamado “Jeffrey Dahmer: Multifatoriedade à luz da neurociência”, realizamos uma análise técnica do serial killer baseando-se na análise das perícias forenses originais do caso, documentários, entrevistas, estudos publicados, entre outros materiais para chegar a um comum acordo sobre o diagnóstico.

    Foi chegado à conclusão que existiram diversos fatores fundamentais para o estado mental de Dahmer, como o uso abusivo de substâncias psicoativas pela sua mãe ainda durante a gestação, comportamento sexual compulsivo, traumas de infância, traços de psicopatia e transtornos de personalidade, sendo assim, é necessário analisá-lo por uma ótica multifatorial.

    O diagnóstico original de Dahmer estavam equivocados e incompletos, englobando apenas alguns aspectos da gama de fatores que contribuíram para o seu comportamento.

    O serial killer possuía diversos transtornos que, somados ao abuso de álcool devido à não aceitação da sua homosexualidade, traumas de infância e disfunções familiares, fatores genéticos e culturais, também exerceram um importante papel para culminar nos assassinatos.

    Sendo assim, percebe-se que o desejo popular por justiça diante das atrocidades cometidas, contribuiu para que Dahmer recebesse as condenações para a prisão e não a um manicômio judiciário, baseando-se em um diagnóstico bastante raso diante da profundidade da situação.

     

  • Burnout: Neurocientista revela os hábitos e suplementos que ajudam a combater o esgotamento mental

    Burnout: Neurocientista revela os hábitos e suplementos que ajudam a combater o esgotamento mental

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    O Burnout é uma síndrome caracterizada pelo esgotamento extremo físico e mental, exaustão, tensão emocional e queda na produtividade, ela é relacionada diretamente com rotinas e condições de trabalho e tem se tornado cada vez mais comum.

    No entanto, de acordo com o Pós PhD em neurociências com especialização avançada em Nutrição Clínica em Portugal, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, existem alguns hábitos e cuidados que podem ajudar a reduzir os sintomas.

    “Uma das principais indicações para quem possui ou quer prevenir o Burnout é definir horários para descanso, evitar levar o trabalho para os momentos de lazer, garantir oito horas de sono, de noite não de madrugada, além de evitar o uso de eletrônicos antes de dormir, ler um livro e refletir sobre o que foi lido ajuda a relaxar e descansar melhor à noite”.

    “Para evitar a queda na disposição é importante reservar 30 minutos ao acordar para fazer uma caminhada e cuidar da alimentação, é importante ter uma alimentação equilibrada, como a dieta mediterrânea e japonesa”. Ressalta

    “Mas além dos cuidados físicos, devemos ter atenção às nossas necessidades mentais, o ser humano não pode ficar estagnado, tenha metas alcançáveis, pratique jogos de lógica e separe momentos para passar com a família, amigos e entrar em contato com a natureza”.

    Suplementação também é fundamental

    A suplementação também pode ser uma importante aliada nesse processo, ajudando a reforçar a ação do organismo no combate ao esgotamento, insônia e ansiedade.

    “A suplementação com Ômega 3 DHA+EPA é muito importante para ajudar na regulação do humor, também é indicado o uso de vitaminas do complexo B e vitamina C junto com as principais refeições, ajudando a combater a fadiga e irritabilidade” Alerta o Dr. Fabiano de Abreu

    “O uso de melatonina natural alguns minutos antes de dormir ajuda no combate à insônia e proporciona uma melhor noite de descanso, o que contribui bastante para melhorar a produtividade e melhorar a saúde mental” Ressalta.

    Ansiedade X Burnout

    No entanto, tomar esses cuidados e desenvolver esses hábitos não é uma tarefa fácil, pois o Burnout surge combinado com a ansiedade excessiva, o que afeta o sistema límbico e prejudica a comunicação do cérebro com a região frontal do cérebro, que está ligada à tomada de decisões, foco e criatividade.

    Por isso é tão difícil desenvolver bons hábitos quando se está com desequilíbrios emocionais derivados da ansiedade, o que evidencia a importância de contar com ajuda profissional durante todo o tratamento.

  • Neurocientista explica como o TikTok prejudica funções do seu cérebro

    Neurocientista explica como o TikTok prejudica funções do seu cérebro

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    Aos poucos o TikTok se tornou uma das redes sociais de maior sucesso, em especial pelos jovens, o que fez com que o conceito de vídeos curtos fosse apropriado por diversas outras plataformas como Instagram, Youtube, etc.

    No entanto, esse sistema é extremamente prejudicial ao cérebro e pode prejudicar permanentemente funções importantes como foco e concentração.

    De acordo com um estudo do Pós PhD em neurociências e biólogo, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, aprovada pela revista científica Brazilian Journal of Development, as redes sociais geram vício de recompensas no cérebro, causando desequilíbrios hormonais que reduzem a capacidade de concentração e podem desencadear ansiedade e depressão.

    “Atualmente o uso excessivo de redes sociais pautadas pela velocidade, onde conteúdos de curta duração são infinitamente fornecidos com base nos seus gostos e necessidades, identificados via algoritmo, moldam a química cerebral causando uma série um vício na dopamina gerada por essas ‘pílulas de prazer’, causando a fadiga mental”.

    “Essa fadiga mental impede que nosso cérebro consiga concluir tarefas, como ler um livro, estudar, limpar a casa, cozinhar, etc., sempre substituindo-as por outras atividades antes da sua conclusão total, isso porque o cérebro está acostumado a substituir estímulos por outros mais fortes em apenas um deslizar de dedos e isso acaba afetando a realidade, reduzindo bastante as capacidades do cérebro” Alerta.

    Doses de dopamina – importante neurotransmissor do cérebro, ligado a sensações de prazer- são liberadas no cérebro com um sistema de recompensa por atividades prazerosas, atividades essas que são estimuladas e banalizadas pelo uso das redes sociais, o que faz com que o cérebro se “vicie” em dopamina, precisando cada vez de doses mais alta e interrompendo tarefas pela metade assim que as doses de dopamina fornecidas por ela são reduzidas.

    Esse processo prejudica a atenção, foco, concentração, memória, aprendizado e diversas outras funções do cérebro, criando e reforçando um ciclo vicioso de uso das redes sociais.

  • O calor em excesso afeta a inteligência

    O calor em excesso afeta a inteligência

    Conforme a temperatura sobe, o desempenho cognitivo diminui. Em temperaturas acima dos 30 graus Celsius, qualquer tarefa que exija muito esforço mental torna-se muito mais difícil de se realizar. Temperaturas mais altas podem impedir que as fibras nervosas funcionem corretamente. Por causa disso, você pode sentir fadiga, fraqueza ou problemas de equilíbrio ou visão.

    O estresse térmico ocorre quando o corpo não consegue se resfriar o suficiente para manter uma temperatura saudável, o que pode diminuir a capacidade cognitiva. Muita exposição ao calor também pode prejudicar o fluxo sanguíneo e o suprimento de oxigênio para o cérebro, podendo levar, inclusive, a um episódio de desmaio.

    Em temperaturas altas, a barreira hematoencefálica começa a se romper e proteínas e íons indesejados podem se acumular no cérebro, causando inflamação e atrapalhando o funcionamento normal. As proteínas também podem se desdobrar, o que pode causar a morte de neurônios.

    O hipotálamo, no cérebro, regula a temperatura interna do corpo e pode influenciar a forma como o calor nos afeta, enviando sinais às glândulas sudoríparas para produzir suor e resfriar o corpo. Ele tem conectividade com o circuito ventral, que inclui a amígdala, o córtex pré-frontal medial ventral e o estriado ventral.

    O circuito dorsal, que inclui o córtex parietal inferior, o córtex pré-frontal lateral dorsal e o estriado dorsal, tem conectividade mínima com o hipotálamo. A conectividade hipotalâmica sugere papéis distintos para esses circuitos. Propomos que o circuito ventral defina os objetivos comportamentais e o circuito dorsal orquestre o comportamento para atingir esses objetivos.

    Interações hipotalâmicas com circuitos neurais de larga escala são subjacentes ao aprendizado por reforço e ao comportamento motivado, relacionando a cognição. Por isso a relação.

    Temperaturas mais quentes são um problema ainda maior para pessoas com problemas neurológicos, por serem incapazes de regular a temperatura corporal e tolerar o calor tão facilmente. Pessoas com esclerose múltipla, por exemplo, no calor forte, tem consequências negativas para o cérebro.

  • O cérebro dos jovens está mais velho após a pandemia; como isso impacta a saúde dos adolescentes?

    O cérebro dos jovens está mais velho após a pandemia; como isso impacta a saúde dos adolescentes?

    Segundo um novo estudo realizado por Cientistas da Universidade Stanford, nos Estados Unidos e publicado pela revista científica Biological Psychiatry: Global Open Science, o cérebro de adolescentes envelheceu precocemente em cerca de três anos após o isolamento social pandêmico.

    Os mesmos efeitos não foram identificados em outras faixas etárias de forma tão expressiva e são normalmente relacionados apenas a situações graves de problemas familiares, negligência durante a infância, traumas, dependência e violência, o que tem preocupado especialistas.

    É importante esclarecer que o envelhecimento do cérebro não é sinônimo de maturidade, ele diz respeito apenas ao processo de desenvolvimento do órgão, que se ocorre de forma anormal pode gerar uma discrepância em relação à maturidade do indivíduo, o que pode ser um fator de peso para o surgimento de problemas de saúde mental nos jovens.

    Vale lembrar que o estudo não aponta se os efeitos são permanentes ou não, além de não detalhar os impactos desse desenvolvimento acelerado na vida dos adolescentes, no entanto, esse envelhecimento precoce de áreas cerebrais responsáveis pela regulação de memórias e emoções está relacionado a doenças mentais derivadas do excesso de ansiedade, depressão e até mesmo risco aumentado de doenças cardíacas.

    As alterações identificadas contemplaram áreas do cérebro como a amígdala – Responsável pela regulação de emoções e memórias- , hipocampo – área ligada ao controle do sistema límbico e importante para a formação de novas memórias – e até o afinamento de tecidos do córtex cerebral – Região responsável por percepção social, linguagem, pensamento, equilíbrio e etc.

    Esse é o ponto mais preocupante dos resultados, como o isolamento impacta toda uma geração de adolescentes pelo mundo? Será ela responsável por intensificar ainda mais a presença de doenças mentais e desequilíbrios emocionais entre os adolescentes?

    Sobre o Dr. Fabiano de Abreu

    Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA – American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro Mensa, Intertel e TNS.

  • A culpa é do Tite e de mais ninguém

    A culpa é do Tite e de mais ninguém

    O jornalista e neurocientista Fabiano de Abreu é colunista regular para o Jornal Record de Portugal e falou sobre a saída do Brasil dessa Copa. Para Abreu a maior fragilidade do time brasileiro é o seu treinador, que, entretanto, resignou ao cargo.

    “Brasil perde para as suas fragilidades. Este jogo foi a demonstração do que temia desde o início desta copa.  O time brasileiro tem duas caras. Quando o coletivo está inspirado ninguém os segura, jogam muito e com qualidade. A habilidade individual dos jogadores é inquestionável, mas a forma como o técnico do Brasil gere e escala a equipe é uma história completamente diferente.”, comentou.

    Para Abreu a Copa começou mal logo na fase das convocações e isso já tinha sido referido em colunas anteriores.

    De acordo com o jornalista, “Foram convocados jogadores para este mundial que não fazem qualquer sentido, promessas de balneário que acabam por entregar o resultado. Neste mesmo jornal evidenciei isso na minha coluna mesmo antes desta competição ter começado. O Brasil é um país que respira futebol, que vive futebol, um país de talentos puros mas é necessário um bom treinador para formar uma equipa, para delinear um objetivo conjunto.”

    Para Abreu nesse último jogo a organização croata brilhou mais do que a qualidade individual dos jogadores brasileiros.

    “Enquanto coletivo a Croácia é bem mais fraca que o Brasil mas ganha na organização, na coesão e na estruturação. Estas foram características essenciais para que conseguissem empatar o jogo e depois sair mais  forte nas grandes penalidades. Ao contrário do Brasil que delega os resultados nas habilidades individuais dos seus jogadores e não numa formação estruturada.

    Este jogo veio ainda demonstrar que quando têm posse de bola o Brasil é um leão mas quando perde a posse não passam de uns gatinhos. A equipa não tem laterais que sustentem a equipa nem para a defesa nem para o ataque e isto ditou a eliminação do Brasil.”, concluiu.

  • Newcastle desmente notícia sobre compra de jovem do Santos

    Newcastle desmente notícia sobre compra de jovem do Santos

    Poucas coisas podem ser tão danosas à carreira de um jogador de futebol que está agora a começar quanto uma especulação infundada, mentirosa. Desta vez, infelizmente, foi o jovem atacante Ângelo Gabriel de apenas 17anos que representa o Santos e que vai passar por um período chato neste início de trajetória. Explico:

    Algum agente, que se diz ligado ao mercado do futebol europeu, simplesmente divulgou uma informação de que o Newcastle, clube da Inglaterra, estaria pronto para oferecer alguns milhões de euros ao clube paulista pelo jogador. No entanto, nada disto aconteceu.

    O suposto agente é mais um dos que não possuem responsabilidade e nem consideração não só ao jogador, mas a todo um grupo de pessoas desde família a equipa técnica. Digo isso porque o próprio clube inglês negou o seu interesse no atleta.

    Alguns representantes do clube foram bem claros ao enfatizar que, pelos menos por agora, não vai haver transferência do Ângelo de São Paulo para a terra da rainha.

    O que me deixa mais surpreso é o modis operandi de profissional como este. É não ter o mínimo daquela palavra tão usada ultimamente (empatia) com um jovem de apenas 17 anos que ainda sonha com a primeira transferência. No mínimo, podemos classificar de absurda uma atitude como esta.

  • A evolução cerebral e seu papel nas suas conexões neurais

    A evolução cerebral e seu papel nas suas conexões neurais

    Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? Essa é uma questão clássica que envolve a causa e a consequência de uma determinada situação, que muitas vezes são divididas por uma linha tão tênue que gera confusões.

    Digo isso pois recentemente li uma matéria sobre um livro chamado “Desconstruindo a ansiedade” do neurocientista Judson Brewer, nele é apresentada a ideia de que a ansiedade, um dos maiores males da atualidade, tem como um dos fatores de seu surgimento falhas da comunicação entre o sistema límbico e o córtex pré-frontal.

    Mas a minha linha de raciocínio não acompanha a do livro, pois nosso cérebro, nosso organismo como um todo é um mecanismo perfeito, todos os milhões de anos de evolução foram guiados pela perfeição e auto suficiência, é no mínimo contraditório afirmar que há problemas em um sistema tão fortemente moldado pelas necessidades do cenário.

    No entanto, consigo entender as raízes dessa linha de pensamento, pois o cérebro humano realmente está tendo dificuldades para se adaptar às grandes e rápidas mudanças. A evolução do ser humano ocorreu em um processo bastante lento, ao contrário da evolução tecnológica que torna produtos obsoletos a cada ano, essas mudanças rápidas no ambiente não são absorvidas totalmente pelo cérebro.

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    Dr. Fabiano de Abreu (Arquivo Pessoal)

    Ou seja, as dificuldades de comunicação entre algumas partes do cérebro apresentadas no livro não são causadas por fatores puramente biológicos, e sim por fatores externos.

    Não é o cérebro que é incapaz de assimilar a sociedade e sim nós que a tornamos inassimilável.

    Por exemplo, a ansiedade é uma espécie de pendência que ocorre em determinadas situações, o cérebro então, busca nas suas memórias experiências passadas semelhantes a essa para encontrar uma solução que se encaixe, logicamente, quando se passa por situações tristes ou estressantes, o cérebro recorre a lembranças tristes e estressantes, o que causa uma atmosfera densa.

    Para se livrar dessa atmosfera, recorremos a “pílulas de prazer” para tentar se livrar dessa situação, por isso, quanto maior a ansiedade, maior a necessidade e sensações prazerosas compensatórias.

    Quando nós buscamos essas “boas sensações”, programamos nosso cérebro para buscá-las cada vez mais, criando um vício, sempre usando as pendências da ansiedade como pontapé inicial para esse ciclo, alterando assim a anatomia do cérebro prejudicando a saúde mental.

    Sobre o Prof. Dr. Fabiano de Abreu

    Dr. Fabiano de Abreu Agrela, é um PhD em neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat – La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil, investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva.